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caderno quinto semestre

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Técnicas e Materiais em Endodontia 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICAS E MATERIAIS EM ENDODONTIA 
 Endodontia é a ciência que estuda a etiologia, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das afecções pulpares e 
suas consequências no Periápice. 
* Polpa morta e o dente ainda dói: é o ligamento periodontal que está doendo. 
Instrumental Endodôntico 
→ Instrumental para Abertura Coronária; Instrumental de Esvaziamento do Canal Radicular; Instrumental para o 
Preparo do Canal Radicular; Instrumental para Irrigação e Aspiração; Instrumental e material para Obturação do 
Canal Radicular 
Instrumental para Abertura Coronária 
- Caneta de alta rotação – Micromotor - Contra-ângulo 
 
Remoção de Esmalte e/ou Dentina: ← CAIU NA PROVA 
- Pontas diamantadas para alta rotação: 
→ 1012, 1014, 1016 esféricas 
→ 3071 cônica 
→ 1092 cilíndrica 
 Realização da Trepanação: ← CAIU NA PROVA 
- Brocas de baixa rotação: 
→ Esféricas haste curta 22,5mm – 2, 4 e 6 
→ Esféricas haste média 28mm – 2, 4 e 6 
Remoção do Teto: ← CAIU NA PROVA 
- Broca de alta rotação 
- Ponta diamantada 3083 
- Endo Z 
Endo Z 
 Função: Abertura da câmara pulpar (pode encostar no assoalho da câmara pulpar, pois a ponta é inativa e não irá 
cortar). Utilizada em posteriores, pois somente eles tem mais de um canal, necessitando de um instrumento com ponta 
inativa para não danificar o assoalho da cavidade. ← CAIU NA PROVA 
 Medidas: 
- Comprimento: 9mm 
- Base: 0,9mm 
- Ponta inativa 
- 6 Espiras Helicoidais (tiras de corte) ← CAIU NA PROVA 
Broca Largo 
Função: Realizar desgaste compensatório. Desgaste da parede do canal. 
- Brocas 1, 2 e 3 
- Ponta inativa ← CAIU NA PROVA 
* Quebra fácil, não forçar. Somente entrar e sair da Corpo Haste Ponta ativa 
cavidade com ela girando, nunca parar de girar. 
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Instrumental de Esvaziamento do Canal Radicular 
Sonda Farpada: 
- Usada em canais amplos (pois as farpas podem trancar na parede do canal e quebrar se ele for muito pequeno) 
- Remoção da polpa radicular 
- Introdução, 3 a 5 voltas e tração (a polpa sai quase inteira junto 
com a sonda) ← CAIU NA PROVA 
- Roxa, branca, amarela, vermelha, azul, verde e preta 
- É quase descartável, pois pode perder as farpas durante a 
lavagem. 
Instrumental para o Preparo do Canal Radicular 
 Limas tipo K: 
- É a mais utilizada na endodontia 
- Haste metálica quadrangular (mais rígida) 
- Fabricadas por torção 
- Exploração e preparo do canal 
- Abrir espaço em profundidade 
- Ponta ativa 
- Representada por um quadradinho □ na base do cabo 
 Limas K-Flexofile: 
- Semelhante a lima tipo K 
- Fabricada por torção 
- Haste metálica triangular 
- Com maior número de espiras 
- Ultraflexibilidade 
- Exploração e preparo 
- Ponta inativa ← CAIU NA PROVA 
- Representada por um quadradinho □ na base do cabo 
* Diferença entre Lima tipo K e K- Flexofile: 
O quadradinho na base do cabo é pintado na flexofile e vazio na tipo K 
Limas Hedströen: 
- Cones superpostos 
- Fabricadas por usinagem ← CAIU NA PROVA 
- Secção transversal em forma de vírgula 
- Alta capacidade de corte 
- Regularização de paredes 
- Utilizadas após a abertura de espaço por outro instrumento (Lima tipo K). Nunca se utiliza no início do trabalho 
- Representada por uma bolinha ○ na base do cabo
Triple Flex Files: 
- Torcidas 
- Secção transversal triangular 
- Ponta inativa 
- Maior flexibilidade que a K-Flex Files 
 K-Flex Files: 
- Torcidas 
- Secção transversal triangular 
- Ponta inativa
 
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Diferenças das limas 
- K = atinge profundidade 
- KF = canal mais atresiado 
- H = acabamento do canal, deixa as paredes mais lisas 
Instrumental Endodôntico 
 Existe uma correlação entre o número do instrumento, seu diâmetro, a cor do seu cabo e série que pertencem. 
 Padronização: 
→ Número; Diâmetro; Conicidade; Cor do cabo; Comprimento; Comprimento da parte ativa. 
Os instrumentos podem ser de 21 (molar), 25 (incisivo) e 31mm (canino superior) de comprimento. Entretanto a sua 
parte ativa sempre medirá 16mm. ← CAIU NA PROVA 
O instrumento endodôntico é formado basicamente por: 
→ Cabo 
→ Haste intermediária 
→ Lâmina (16mm independentemente do número e tamanho do instrumental) 
 
 
 
 
 
* O furo do cabo serve para amarrar um fio dental para poder evitar que o paciente engula a lima caso ela caia 
Passo da Lima 
- D0 = Diâmetro zero, na ponta do instrumental. 
- D0 é o número que está na lima, Ex.: Lima 30, o D0 vai ser 0,30mm 
- A cada 1mm, o instrumento aumenta 0,02 (centésimos de milímetro) 
- D16 é sempre 0,32 maior que o D0 
 
 
 
 
 
Séries das Limas PROVA 
 ○ ● ● ● ● ● 
1ª Série 15 20 25 30 35 40 
2ª Série 45 50 55 60 70 80 
3ª Série 90 100 110 120 130 140 
 
 Série Especial: (haste quadrangular, para canais finos) 
PROVA 
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→ Rosa = 06 
→ Cinza = 08 
→ Roxa = 10 ← CAIU NA PROVA, conta do D16 = 0,42mm 
 
Instrumental para Irrigação 
 Precisam ser limpos por dentro com água, se não limpar o hipoclorito utilizado calcifica estragando o instrumento. 
 
 
 
Instrumental para Aspiração e Secagem 
Cânulas Aspiradoras Cones de papel 
 
 
 
 
Instrumental para Obturação do Canal Radicular 
 
Espaçadores digitais Condensadores verticais Cimento Endodôntico 
 
 
 
 
 
Instrumental e material complementar 
Cones de guta percha Colgaduras Lamparina à álcool 
(B7, B8, R7 e R8) 
 
 
 
 
 
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 Cursores Tamborel Régua milimetrada 
 
 
 
 
 
 
 Régua calibradora Condensadores de McSpadden 
(tamanho 21 e25mm, a partir do nº 25) 
 
 
 
 
 
ANATOMIA DENTÁRIA E ABERTURA CORONÁRIA 
 Tempos Operatórios: 
 Cirurgia de acesso 
 Odontometria e Esvaziamento 
 Preparo do canal radicular 
o Meios mecânicos 
o Meios químicos 
o Meios físicos 
 Medicação intracanal 
 Obturação 
 Proservação 
Características gerais da cavidade pulpar 
 Importância do conhecimento prévio da anatomia dental: 
 Evitar acidentes durante o ato operatório 
 Determinar a forma de contorno da cavidade de acesso 
 Conhecer o campo de ação do endodontista 
 
HESS (1917): 
 A cavidade pulpar acompanha a forma externa do dente 
 O dente, ao irromper na cavidade oral, apresenta cavidade pulpar ampla, diminuindo progressivamente no 
decorrer da idade 
 A cavidade pulpar apresenta ramificações laterais e apicais 
* Se a câmara pulpar já diminuiu muito, pode acabar dando um resultado falso negativo ao teste de sensibilidade pulpar. 
 Fatores que alteram a cavidade pulpar: 
 Deposição de dentina secundária 
 Deposição de dentina terciária ou reparativa 
 Calcificações 
 Reabsorções dentinárias internas 
 
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Como se divide o órgão dental 
 Cavidade pulpar 
o Canais radiculares 
o Câmara pulpar 
o Assoalho da Câmara pulpar 
 
Câmara Pulpar 
 Semelhante à anatomia dental externa. 
 
 
 
Assoalho da Câmara PulparLocalização das entradas dos canais. 
 
 
 Os dentes unirradiculares não possuem assoalho da câmara pulpar. 
 
Classificação dos Canais ← CAIU NA PROVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colateral: Paralelo ao canal principal, com menor diâmetro e pode terminar em forame único ou separadamente. 
 Lateral: Localizado no terço médio ou cervical da raiz, sai do canal principal e alcança o periodonto lateral. 
 Secundário: Localizado no terço apical da raiz, sai do canal principal e alcança o periodonto lateral. 
 Acessório: Ramificação do canal secundário que chega a superfície externa do cemento apical. 
 Interconduto: Une dois canais entre si. 
 Recorrente: Sai do canal principal, percorre parte da dentina e volta ao principal sem exteriorizar-se. 
 Cavo-inter-radicular: Sai do assoalho da câmara pulpar e termina na bifurcação ou trifurcação radicular. 
 Delta Apical: Múltiplas terminações do canal principal, originando o aparecimento de vários forames. 
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* Os canais Secundários somente são limpos pelos meios químicos, pois são muito pequenos para as limas. 
 
 
 
 
Segmento apical do canal 
 
 
 
 
 
 
 
* O limite CDC recebe o cone principal na obturação e não pode ser danificado/deformado. 
Canal Dentinocementário (CDC) 
 Transição, união entre os canais dentinário e cementário ← CAIU NA PROVA 
 Local onde termina a polpa e inicia o periodonto 
 Local de maior constrição (menor diâmetro) 
 Não é possível visualizar por meio de radiografia ← CAIU NA PROVA 
Incisivo Central Superior 
 Câmara Pulpar: Trapezoidal 
 Condutos: 1 (100%) 
 Secção transversal: 
 Comprimento Médio: 22,5mm 
Incisivo Lateral Superior 
 Câmara pulpar: Trapezoidal 
 Condutos: 1 (100%) 
 Secção transversal: 
 Comprimento médio: 22,0mm 
Curva-se para Distal no 1/3 apical 
Incisivo Central Inferior 
 Câmara pulpar: Trapezoidal 
 Condutos: 2 (25%) 
 Raízes: 1 (100%) 
 Secção transversal: 
 Comprimento médio: 21,0mm 
Curva-se para Vestibular (20%); Distal (10%) 
Achatamento mésio-distal, fazendo com que seja possível encontrar 2 canais 
Incisivo Lateral Inferior 
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 Câmara pulpar: trapezoidal 
 Condutos: menor probabilidade de 2 
 Secção transversal: 
 Comprimento médio: 22,0mm 
Curva-se para Distal (35%) 
Canino Superior 
 Câmara pulpar: Trapezoidal/Cuboide 
 Condutos: 1 (100%) 
 Secção transversal: 
 Comprimento médio: 26,0mm (Pode ser maior que 30,0mm) 
Curva-se para Distal e Vestibular 
Canino Inferior 
 Câmara pulpar: Cuboide 
 Condutos: 2 (12%) 
 Raízes: 2 (6%) 
 Secção transversal: 
 Comprimento médio: 24,0mm 
Curva-se para Distal (20%) 
Primeiro Pré-Molar Superior 
 Câmara pulpar: Cuboide 
 Condutos: 1 (8,3%); 2 (84,2%); 3 (7,5%) 
 Raízes: 1(35,5%); 2 (61%); 3 (3,5%) 
 Secção transversal: 
 Comprimento médio: 21,0mm 
1 Curva-se para Vestibular e 1 curva-se para Palatino 
1 Curva-se para Distal 
Assemelha-se aos molares 
CAIU NA PROVA – dar nome dos canais 
Segundo Pré-molar Superior 
 Câmara pulpar: Cuboide 
 Condutos: 1 (63,7%); 2 (46,3%) 
 Raízes: 1 (94,6%); 2 (5,4%) 
 Secção transversal: 
 Comprimento médio: 21,0mm 
Primeiro Pré-Molar Inferior 
 Câmara pulpar: Cuboide 
 Condutos: 1 (66,6%); 2 (31,3%); 3 (2,1%) 
 Raízes: 1 (82%); 2 (18%) 
 Secção transversal: 
 Comprimento médio: 21,6mm 
Segundo Pré-Molar inferior 
 Câmara pulpar: Cuboide 
 Condutos: 1 (89,3%); 2(10,7%) 
 Raízes: 1 (92%); 2 (8%) 
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 Secção transversal: 
 Comprimento médio: 22,0mm 
Curva-se para Distal (40%) 
Canais em secundários em 15% 
Primeiro Molar Superior 
 Comprimento Médio: 21,7mm 
 Situa-se bem próximo ao seio maxilar 
 Inclinação: 0° e 15° em direção palatina 
 Número de Raízes: 3 
 Número de Canais: 4 (70%); 3 (30%) 
 Direção do Canal: Raiz MV – Distal (78%), Raiz DV – Reta (54%), Raiz P – Vestibular (55%) e Reta (40%) 
Segundo Molar Superior 
 Comprimento Médio: 21,3mm 
 Situa-se Distal ao 1ºMS 
 Inclinação: 5° em direção Mesial, 11° em direção Palatina 
 Número de Raízes: 3 (53,7% Separadas, V Fusionadas 18,5%, M e P Fusionadas 5,8%, todas fusionadas 12,5%) 
 Número de Canais: 3 
 Direção do Canal: Semelhante ao 1ºMS 
Primeiro Molar Inferior 
 Comprimento Médio: 21,9m 
 Situa-se posterior ao canal mentoniano e suas raízes próximas ao canal mandibular 
 Inclinação: 10° em direção Distal, 13° em direção Lingual 
 Número de Raízes: 2 
 Número de Canais: 3 (56%); 4 (36%) 
 Direção do Canal: Raiz M para distal, raiz D geralmente reta 
Segundo Molar Inferior 
 Comprimento Médio: 22,4mm 
 Situa-se distalmente ao 1ºMI 
 Inclinação: 15° em direção Distal, 12° em direção Lingual 
 Número de Raízes: 2 
 Número de Canais: 3 (72,5%; 2 (16,2%); 4 (11,3%) 
 Direção do canal: Semelhante ao 1°MI 
 
ABERTURA CORONÁRIA 
 É a fase do tratamento endodôntico que permite criar um acesso ao interior da cavidade pulpar, através de 
manobras operatórias, com a finalidade de obter um acesso direto, amplo e sem obstáculos ao forame apical. 
Princípios da Abertura Coronária 
 Toda abertura coronária deverá oferecer por meio de uma linha reta, um acesso direto ao canal radicular. 
 O limite da abertura coronária deverá incluir todos os cornos pulpares, saliências e retenções do teto da câmara 
pulpar. 
 A anatomia do assoalho da câmara pulpar não deverá ser alterada. 
 O princípio básico da abertura coronária é a definição da forma geométrica que terá a cavidade, sempre em 
dimensões menores, a fim de se evitar desgaste além da câmara. Essa cavidade deverá apresentar uma profundidade a 
mais próxima possível da câmara, facilitando assim a trepanação e a remoção do teto. 
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 Avaliação preliminar: 
 Radiografia inicial 
o Tamanho e localização da Câmara Pulpar 
o Alterações dentinárias 
o Número de canais 
o Inclinações dentárias 
 Remoção do tecido cariado 
o Presença de cárie – fonte de contaminação 
 
Instrumental Endodôntico para Abertura Coronária 
Brocas de alta rotação: 
 Esféricas diamantadas 
o 1012 
o 1014 
o 1016 
 Cilíndricas 
o 2082 
 Endo Z 
Brocas de Baixa rotação: 
 Esféricas 28 e 32mm 
o 2, 4, 6 e 8 
 Largo 
o 1 e 2 
 
Fases da Abertura Coronária 
 Remoção do tecido cariado 
 Ponto de eleição – onde inicia a abertura coronária 
 Forma de Contorno 
 Direção de Trepanação 
 Remoção do teto da câmara pulpar 
 Desgaste compensatório 
 
Dentes Anteriores (Superiores e Inferiores) 
 Ponto de Eleição: ← CAIU NA PROVA 
Centro da face lingual, 2 a 3mm abaixo do cíngulo e 3 a 4mm da borda incisal. 
 Forma de Contorno: ← CAIU NA PROVA 
Incisivos: Forma de triângulo, base para bordo incisal e ápice para o cíngulo. 
Canino: Elipsoidal/ovóide 
Direção de Trepanação: ← CAIU NA PROVA 
A broca é posicionada no ponto de eleição, em um ângulo de 45°com a superfície lingual, inicia-se o desgaste do 
esmalte até alcançar 2/3 da dentina, então dá-se uma leve inclinada para o longo eixo do dente, para poder alcançar a 
porção maior da câmara pulpar. 
PROVA 
Saber qual 
instrumento usar 
para cada fase 
PROVA 
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Remoção completa do teto da Câmara Pulpar: 
Com movimentos de tração, de dentro da câmara pulpar para fora, remover todo o teto da 
câmara (cuidar com a parede vestibular). Com o auxílio da porção angulada de uma sonda exploradora, 
verificar a possível existência de remanescentes do teto. 
* Se a câmara pulpar for grande, percebe-se uma sensação de “cair” na polpa. 
Desgaste Compensatório: 
 Com a broca ENDO-Z ou Largo, desgastar aregião do cíngulo com a broca (desgastar o cíngulo para maior abertura 
do canal). A limpeza do canal é feita com Hipoclorito de Sódio. 
 
 
Passo a passo 
1- O 
acesso é 
sempre feito 
pela superfície 
palatina ou 
lingual dos 
dentes. A 
penetração 
inicial é feita exatamente no centro da face lingual. 
2- O acesso inicial é feito com broca esférica em alta rotação. 
3- Após atingir a câmara pulpar (queda no vazio), remover o teto da câmara dando forma à cavidade, que é ditada 
pela anatomia interna da câmara pulpar. A forma final da cavidade nos incisivos superiores é triangular com base voltada 
para incisal e a do canino é ligeiramente oval com o longo eixo no sentido inciso-cervical. 
4- Após toda remoção do teto, alisar as paredes laterais da cavidade com brocas ENDO-Z 
5- Uma vez concluída a abertura da cavidade, deve-se realizar a toalete da mesma, irrigar abundantemente com 
solução de hipoclorito de sódio na concentração escolhida. 
6- Visualizar o orifício do canal radicular. 
7- Realizar o desgaste compensatório na entrada dos canais radiculares. Esse desgaste deve ser realizado com broca 
ENDO-Z ou largo. 
8- Nova toalete da cavidade para remover raspas de dentina deixadas pela ação das brocas na entrada dos canais. 
 
Pré-Molares (Superiores e inferiores) 
Ponto de Eleição: ← CAIU NA PROVA 
Face oclusal, no centro do sulco central. 
 Forma de Contorno: ← CAIU NA PROVA 
 Superiores: Oval, no sentido vestíbulo-lingual. 
 Inferiores: Circular 
Direção de Trepanação: ← CAIU NA PROVA 
Paralelo ao longo eixo do dente / Perpendicular a face oclusal até atingir 2/3 da dentina, após se dá uma leve 
inclinada para encontrar o canal palatino. 
Remoção completa do teto da Câmara Pulpar: 
Com movimentos de tração, de dentro da câmara pulpar para fora, remover todo o teto da câmara (cuidar com a 
parede vestibular). Com o auxílio da porção angulada de uma sonda exploradora, verificar a possível existência de 
remanescentes do teto. 
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Desgaste Compensatório: 
Amplia-se a abertura no sentido vestíbulo-palatino. 
 
 
 
 
Passo a 
passo 
 1- O 
acesso é 
sempre 
realizado através da face oclusa, em todos os dentes posteriores, o preparo inicial é feito com a broca paralela ao longo 
eixo do dente, no centro exato do sulco principal dos pré-molares superiores. A broca esférica acionada por meio de alta 
rotação é excelente para realizar este procedimento. 
 2- Após atingir a câmara pulpar (queda no vazio), com movimentos de dentro para fora, ainda com broca esférica, 
remove-se o teto da câmara pulpar, devido a forma da câmara pulpar e a localização da entrada dos canais radiculares, 
essa etapa deve visar principalmente a porção vestibular e palatina, evitando-se desta forma desgastes desnecessários nas 
porções proximais, ou seja, nas paredes Mesial e distal. 
 3- Após a remoção do teto, as paredes laterais da cavidade endodôntica devem ser alisadas com brocas ENDO-Z, 
dando uma ligeira divergência para oclusal. 
 4- A forma de contorno deve ser ovóide com maior diâmetro no sentido vestíbulo-lingual. 
 5- Toalete da cavidade com irrigação abundante. 
6- Localização dos orifícios de entrada dos canais radiculares. 
 
Molares Superiores e inferiores 
Ponto de Eleição: ← CAIU NA PROVA 
Face oclusal, centro da fosseta central, paralela ao longo eixo do dente. 
 Forma de Contorno: ← CAIU NA PROVA 
 Superiores: Triangulo com base b=vestibular e ápice para palatino. 
 Inferiores: Trapezoidal, com a base maior para Mesial e a base menor para distal. 
 
Direção de Trepanação: ← CAIU NA PROVA 
Superiores: Direcionado para o canal palatino. 
Inferiores: Direcionado para o canal distal. 
Remoção completa do teto da Câmara Pulpar: ← CAIU NA PROVA 
Superiores: Parede disto-vestibular e Mesial, preservando a ponte de esmalte. 
Inferiores: Mesial. 
Desgaste Compensatório/abertura coronária: 
Superior: triangular 
Inferior: Quadrado 
 
 
 
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PREPARO QUÍMICO-MECÂNICO DOS CANAIS RADICULARES 
 Complexidade endodôntica: Extirpa nervo somente pode ser utilizada em canais amplos, normalmente em mono 
radiculares. Em canais atrésicos, pode ficar preso na dentina. 
 O preparo biomecânico do canal radicular é realizado por meio da limpeza químico-mecânica. Ao canal é atribuído 
uma conformação cônica, no sentido coroa-ápice (moldagem), com o objetivo de realizar uma obturação tridimensional 
do sistema de canais radiculares. 
 Meios químicos: substâncias químicas 
 Meios físicos: irrigação/aspiração 
 Meios mecânicos: instrumentação 
Os meios químicos e físicos auxiliam os meios mecânico; concluiu-se que a instrumentação complementada pela 
irrigação, sucção e inundação dos canais radiculares com substâncias ou soluções irrigadoras constitui clinicamente um 
processo único, simultâneo e contínuo. 
Substâncias Químicas 
Objetivos 
 Remover detritos do interior do Canal Radicular 
 Diminuir microbiota existente (se o dente já estava aberto – cárie – e a polpa já estava contaminada haverá 
microorganismos – mesmo após a limpeza, ainda restarão alguns) 
 Umedecer e lubrificar as paredes do Canal Radicular para facilitar a ação dos instrumentos (instrumentos de corte 
perdem a durabilidade se utilizados em local seco) 
 Facilitar a ação da medicação intracanal (deixar a medicação por 15 dias) 
 Permitir uma melhor adesão do material obturador às paredes do Canal Radicular (durar para sempre) 
 
Compostos Halogenados 
 Solução de hipoclorito a 0,5% - Líquido de Dakin 
 Solução de hipoclorito a 1% - Solução de Milton (BIOPULPECTOMIA) ← CAIU NA PROVA 
 Solução de hipoclorito a 2,5% - Solução de Labarraque (NECROSE PULPAR) ← CAIU NA PROVA 
 Solução de hipoclorito a 4-6% - Soda clorada duplamente concentrada 
 Solução de gluconato de clorexidina a 2% 
* Para polpa viva utilizamos solução de 1%, pois ela contém menos microorganismos. 
 
Hipoclorito de Sódio 
CAIU NA PROVA – inversamente proporcional a atividade antimicrobiana e diretamente proporcional a estabilidade 
 
 
 
 
Propriedades 
 Bactericida: em contato com restos orgânicos pulpares, libera cloro e oxigênio, que são os melhores antissépticos 
conhecidos. 
PH ácido ou 
neutro 
PH alcalino 
HOCl 
OCL- 
Ac. hipocloroso não dissociado (instável 
e maior atividade antibacteriana) 
Íon hipoclorito (estável e menor 
atividade antibacteriana) 
PROVA 
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 Neutraliza produtos tóxicos: permite neutralizar parcialmente e remover todo o conteúdo tóxico do Canal Radicular 
na sessão inicial de tratamento, sem correr o risco das desagradáveis agudizações dos processos periapicais crônicos. 
 Possui ação desodorizante: anula o cheiro da polpa necrosada. 
 Não ser irritante sob condições de uso; 
 Ação Disssolvente: é o dissolvente mais eficaz do tecido pulpar. Sua ação vai depender: 
 Volume da solução e a massa do tecido orgânico 
 Concentração 
 Frequência da renovação da solução no interior do canal 
 Temperatura 
CAIU NA PROVA – não possui baixa tensão superficial, somente diminui a tensão superficial dos ácidos graxos, produzindo a 
saponificação 
Concentrações de Cloro ativo encontradas em amostras de soluções de NaOCl (médias) 
Indicada no rótulo Encontrada Capacidade de atividade 
5% 3,24% 64,70% 
2% 1,60% 80% 
1% 0,78% 78,30% 
0,5% 0,05% 11,50% 
 
 Vantagens: 
 Relativamente barato 
 Ação solvente de matéria orgânica ← CAIU NA PROVA 
 Atividade antimicrobiana pronunciada contra bactérias fungos e vírus 
 Relativamente não tóxico nas condições de uso 
 Clareador 
 Desodorizante e lubrificante 
Desvantagens: 
 Instável ao armazenamento 
 Corrosivo Irritante para a pele e mucosa 
 Forte odor 
 Descora tecidos 
 Pode provocar ruptura do dique de borracha 
 
Clorexidine 
 
Vantagens: 
 Ausência de toxidade 
 Capacidade de adsorção pela dentina 
 Amplo espectro de ação contra bactérias G+/- 
 Substantividade 
 Biocompatibilidade 
Desvantagens: 
 Não dissolve tecido pulpar ← CAIU NA PROVA 
 Não tem ação clareadora 
* não misturar hipoclorito de sódio com clorexidine, 
pois pode manchar a cavidade de marro
 
A ação dos instrumentos endodônticos na parede do Canal Radicular promovem a formação do 
PROVA 
16 
 
SMEAR LAYER 
 O que é Smear Layer? É a formação de qualquer resíduo produzido pela ação de corte sobre a dentina (raspas de 
dentina, fragmentos de polpa, podendo conter microorganismos) 
 
 Como remove-la? 
 Utilizando o EDTA (Ácido Etilenodiamino Tetracético) 
 
Quando se coloca EDTA no canal radicular, ocorre inicialmente, a solubilização de uma pequena quantidade de 
fosfato de cálcio. Esta reação é denominada de Quelação e o produto resultante, quelato de Cálcio. Os íons cálcio são 
incorporados a molécula de EDTA, e a reação química continua, até a saturação da solução quelante – ação auto-limitante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Implicações clínicas da formação da Smear Layer: ← CAIU NA PROVA 
 Impede a difusão dos medicamentos através da dentina 
 Diminui a eficiência seladora da obturação 
 
 
Meios Físicos 
Irrigação / Aspiração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* O EDTA remove o componente inorgânico (cálcio) do SMEAR, mas não remove o orgânico, que é removido pelo 
Hipoclorito de Sódio. ← CAIU NA PROVA 
Técnica da Irrigação 
 A agulha irrigadora deve ser pré-encurvada e levada profundamente sem obstruir o canal, o que impediria o refluxo 
normal da solução irrigadora. 
 Cânulas irrigadoras de maior diâmetro, pois tem uma maior capacidade de sucção. 
 Importância do volume da solução irrigadora 
 PERIGO! Evitar que as soluções irrigadoras sejam forçadas para a região periapical 
Com 
EDTA 
Sem 
EDTA 
SMEAR LAYER 
O Hipoclorito de Sódio será a solução irrigadora 
utilizada durante todo o PQM do canal radicular. 
O EDTA será colocado no interior do canal radicular 
apenas no final do PQM agitando-o por 1 minuto. 
A última irrigação será realizada com Hipoclorito de 
Sódio (componentes orgânicos). 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
FASES DO ESVAZIAMENTO DO CANAL RADICULAR 
 O esvaziamento do canal radicular é a fase em que removemos o conteúdo do interior do canal. Exérese de um 
tecido pulpar vido, ou remoção dos restos necróticos. 
Esvaziamento em casos de Polpa Viva 
Pulpectomia 
 É uma forma invasiva e radical de abordagem do tecido pulpar (em toda polpa coronária e radicular, 
independentemente do número de canais). 
Indicações: 
 Pulpite irreversível sintomática 
 Pulpite crônica hiperplásica (pólipo pulpar) 
 Doenças degenerativas 
 Reabsorção dentinária interna 
 Restauração protética 
 
 Após a realização do diagnóstico pulpar, deve-se colocar o isolamento absoluto 
 A polpa viva não pode ser contaminada 
 
Polpa viva: 
 Quando removemos da polpa coronária? Após abertura da câmara pulpar 
 Quando removemos a polpa radicular? Após a odontometria 
 
Considerações anatômicas e biológicas na determinação do limite longitudinal de esvaziamento do canal radicular dos 
dentes portadores de polpa viva 
 Canal Dentinário: (local de ação da endo) 
 Formado pela dentina radicular 
 Afunilamento constante em direção apical ← CAIU NA PROVA 
 No interior do canal dentinário encontra-se o tecido pulpar 
 
Canal Cementário: 
 Disposto de maneira inversa, é formado por cemento radicular abrindo-se em 
 direção apical ← CAIU NA PROVA 
 
 
Irriga Aspira Inunda 
18 
 
Limite CDC: 
 O limite CDC é onde termina o canal dentinário e inicia o canal cementário 
 Essa região é somente visualizada por meio de cortes histológicos ou por alguns tipos de desgaste 
 Não é visível radiograficamente ← CAIU NA PROVA 
 Integridade do canal cementário  Boas condições ao reparo 
 
Limite da Exérese pulpar: 
 De 1 a 2mm aquém do vértice radiográfico (limite do ápice). 
 
Amputação da polpa coronária: 
 Durante a cirurgia de acesso, irrigação abundante com hipoclorito de sódio a 1% 
 Remoção da polpa coronária com curetas estéreis ← CAIU NA PROVA 
* Colher / Escavador de dentina estéril (sem ter sido utilizado para tecido cariado) para remover a polpa coronária. 
* A partir da trepanação, utilizar o hipoclorito de sódio (irrigar muitas vezes, pois pode haver muito sangramento). 
 
Cateterismo Odontométrico 
 CAD: Medida da ponta da raiz até a incisal da coroa (na radiografia). Comprimento aparente do dente. 
 CRI: CAD – 3mm 
 CRT: Comprimento de trabalho 
 
Cateterismo 
 Deslocamento da polpa das paredes dentinárias com uma lima K de pequeno calibre até o CRI (comprimento real 
do instrumento) ← CAIU NA PROVA 
 Depois desse procedimento realizamos a odontometria 
 
Remoção da polpa radicular: 
 Canais amplos: sondas farpadas, cursores no CRT (3 a 4 voltas até o CRT e traciona). ← CAIU NA PROVA 
 Canais atrésicos: limas tipo K, todas com cursores no CRT. Maceração (10,15) – esfarelamento da polpa radicular 
com limas finas. ← CAIU NA PROVA 
 
Pulpectomia 
 
 
 
 
 
Pulpectomia em Canais Amplos: 
 Câmara pulpar inundada de hipoclorito de sódio à 1% 
 Odontometria – CRT (comprimento real de trabalho) 
 Introduzir sonda farpada até CRT – girar de 3 a 4 voltas e tracionar 
Canal Amplo Canal Atrésico 
Sonda Farpada Lima tipo K 
3 a 4 voltas e 
traciona 
Masseração 
19 
 
 Seleciona-se uma Sonda Farpada compatível com o diâmetro do canal. Cursores para demarcar o CRT 
Pulpectomia em Canais Atrésicos: 
 Inundação da câmara pulpar 
 Odontometria 
 Limas tipo K com cursor no CRT (comprimento real de trabalho) 
 Remover a polpa por Masseração (esfarelamento) 
 
Esvaziamento de Necrose Pulpar 
O canal radicular poderá estar preenchido: 
 Restos necróticos de tecido pulpar 
Em estágios mais avançados de deterioração: 
 Exsudato seroso 
 Sanguinolento ou purulento 
 
Necrose Pulpar 
 Células da polpa destruídas 
 Grande número de espécies bacterianas no sistema de canais radiculares e túbulos dentinários. 
 A flora bacteriana infectante do canal radicular, portador de polpa morta com lesão periapical: 
o É prevalentemente constituída por microorganismos anaeróbios facultativos e estritos. 
 Com necrose, o cateterismo está completamente descartado. ← CAIU NA PROVA 
 Funciona como um êmbolo, forçando o conteúdo séptico para a região apical. 
 
 
 
 
 
Tricresol Formalina 
(Necrose Pulpar) 
 É um composto a base de formaldeído e cresol 
 É uma substância bactericida e irritante aos tecidos vivos 
 Atua sobre produtos originados da necrose pulpar, inativando-os 
 Indicações: 
 Neutralização do conteúdo séptico do Canal Radicular (técnica mediata – após 78h) 
 
Técnica de Buckley – Mediata ← CAIU NA PROVA 
* Somente em polpa morta, nunca em polpa ainda viva 
 Indicações: 
 Pacientes de risco para Endocardite Bacteriana 
 Canais atrésicos e curvos 
 Falta de tempo 
Técnica: 
Penetração 
Desinfetante 
TÉCNICA IMEDIATA TÉCNICA MEDIATA 
Hipoclorito de sódio 
a 2,5% 
Técnica de 
Buckley 
Tricreosol formalina 
20 
 
1. Abertura coronária 
2. Medicação em bolinha de algodão estéril 
3. Remoção do excesso com gaze 
4. Bolinhana embocadura do Canal Radicular 
5. Selamento duplo provisório 
Hipoclorito de Sódio (2,5%) 
(Necrose Pulpar) 
 Indicações: 
 Neutralização do conteúdo séptico do Canal Radicular (Técnica Imediata) 
 
Penetração Desinfectante: (técnica imediata) 
 Neutralização progressiva do conteúdo séptico tóxico do canal 
 
Técnica: (Penetração Desinfectante) ← CAIU NA PROVA 
1. Irrigar a câmara pulpar – agulhas finas 
2. Duvidir o CRI em 3 partes 
3. Fazer movimentos oscilatórios com uma lima até o valor do 1º terço 
4. Irrigar novamente o canal radicular – agulhas finas 
5. Fazer movimentos oscilatórios com uma lima fina até o valor do 2º terço 
6. Irrigar novamente o canal radicular 
7. Fazer movimentos oscilatórios com a lima fina até o valor do CRI 
 
Depois de esvaziar, determinar o CRT (odontometria) e realizar o esvaziamento dos milímetros faltantes. ← CAIU NA PROVA 
* O CRT nos casos de necrose é 1mm aquém do vértice radiográfico 
* O CRT nos casos de polpa viva (BIO) é 2mm aquém do vértice radiográfico 
 
LIMITE APICAL DE INSTRUMENTAÇÃO – ODONTOMETRIA 
 Série de manobras que visam determinar a extensão do tratamento endodôntico. Comprimento de trabalho (CT). 
Definir um limite apical de cimentação, até onde pode intervir. Devemos ter um comprimento de trabalho. 
 Seria ideal, se fosse possível, medir o dente fora da cavidade bucal, com auxílio de um paquímetro de precisão. As 
radiografias periapicais quase sempre terão algum nível de distorção, alongamento ou encurtamento do tamanho real do 
dente. 
 Método Sinestésico – entrando com a lima até o paciente sentir dor (passa pelo limite DCD) 
 Método Radiográfico – INGLE 
 Método Eletrônico – precisa de um equipamento odontométrico eletrônico 
 
1º Princípio Básico 
 Conhecer profundamente a anatomia interna de cada grupo dental. 
2º Princípio Básico 
 Conhecer o comprimento médio dos dentes humanos (para não errar o tamanho caso a radiografia ficar alongada, 
Ex.: IC com 27mm (média 22mm), deve ter alongado). 
 
21 
 
 IC IL C 1º PM 2º PM 1º M 2º M 3º M 
Superior 22 22 27 21 22 21 21 19 
Inferior 21 22 25 21 21 21 21 19 
 
Técnica Radiográfica de Ingle, 1957 
 
1º Passo: ← CAIU NA PROVA 
 Obtenção do CAD (Comprimento Aparente do Dente – passível de distorção) 
 Utilizar radiografia de diagnóstico Periapical 
 Medir com a régua em milímetros, do ápice até a coroa 
 Medir da ponta da cúspide/incisal até o vértice radiográfico 
 
2º Passo: ← CAIU NA PROVA 
 Obtenção do CRI (Comprimento Real do Instrumento – não tem distorção) 
 Usar margem de segurança devido a possíveis distorções da imagem radiográfica de diagnóstico (CAD – 
3mm = CRI) 
 Transpor a medida para uma lima (utilizando régua calibradora) 
 Utilizar cursores para limitar o comprimento do instrumento 
 Utilizar o instrumento mais próximo possível da medida, Ex.: 18mm – utilizar lima de 21mm com cursores 
para que ela fique 18mm. 
 Cursores: limitadores de penetração, preencher o espaço intermediário com vários cursores. 
3º Passo: ← CAIU NA PROVA 
 Obtenção do X (distância da ponta do instrumento até o vértice radiográfico) 
 Levar o instrumento até o canal 
 Descolando a polpa do dente até o CRI (dividir o CRI em 3 partes, entrar até 
1/3, irrigar, entrar até 2/3, irrigar novamente e entrar até 3/3 e irrigar mais 
uma vez. Nunca entrar no canal seco) 
 Tirar nova radiografia com o instrumento dentro do canal 
 Para a obtenção do X, medir da ponta do instrumento até o vértice 
radiográfico (com régua) 
 CRI + X = CRD (Comprimento Real do Dente) 
* Quando o X for 0, o CRI vai ser igual ao CRT, podemos prosseguir com o tratamento 
 
4º Passo: ← CAIU NA PROVA 
 Obtenção do CRT (Comprimento Real de Trabalho - Limite Apical) 
 CRT = CRD – 1mm (polpa morta) 
 CRT = CRD – 2mm (polpa viva) 
 
5º Passo: ← CAIU NA PROVA 
 Raio x de confirmação do CRT 
 Distância de 1 a 2mm entre a ponta do instrumento e o vértice radiográfico 
Resumo: ← CAIU NA PROVA, saber fazer a conta, não confundir o X com os 3mm de margem de segurança 
 CAD – 3mm = CRI 
 CRI + X = CRD 
Vértice 
Radiográfico 
Ponta da 
cúspide/Incisal 
22 
 
 CRT = CRD – 1mm (polpa morta) 
 CRT – 2mm (polpa viva) 
* Limite CDC vai estar de 1 a 2mm do vértice radiográfico 
* Ápice: os últimos 5mm da raiz possuem os canais delta apicais, são múltiplos canais, é a ZONA CRÍTICA APICAL, possui 
muitas ligações com o exterior. 
Reabsorções Apicais 
 Encurtam o dente juntamente com o limite CDC 
 
Anotações – ODONTOMETRIA 
Dente Canal Ponto de Referência CAD CRI 
(CAD – 3mm) 
X CRD 
(CRI – X) 
CRT 
(CRD -1 ou 2mm) 
 
 
Seleção do Instrumento para Alcançar o CRI 
 De acordo com a anatomia do dente, comprimento e diâmetro do canal 
 
X Negativo, como justificar? ← CAIU NA PROVA 
 O dente saiu alongado na radiografia Periapical de diagnóstico 
 O raio x estava muito alongado e os 3mm de margem de segurança não foram suficientes 
 CAD maior que CRD 
 
O que fazer? 
 Medir da ponta do instrumento até o vértice radiográfico (que foi ultrapassado) 
 O valor da medida devemos diminuir (CRI – X) 
 Calibrar a lima com o CRI adequado 
 Realizar novo raio x 
* Se o dente possuir coroa provisória, diminuir o tamanho da coroa para não ultrapassar o vértice (pois removemos a 
coroa para realizar o tratamento) 
Variações do X em molares 
 Remover as “sobras” que interrompem a passagem da lima (preparo cervical) 
 Realizar a odontometria após o preparo cervical – desgaste compensatório da entrada do canal 
 
 
 
 
 
 
Referência Clínica Incisal ou Oclusal 
 Deve ser estável durante todo o tratamento endodôntico 
 Remover Cárie, restaurações e esmalte sem suporte dentinário, proporcionando superfície regular ou planificada 
 Remover as irregularidades para os cursores encostarem sempre no mesmo local 
 
23 
 
Cuidados Gerais 
Se o dente possuir restauração de amálgama, não raspar a lima no amálgama, pois pode cair restos dentro do canal 
e promover o insucesso do tratamento. 
Técnica de Clark 
 Dentes com mais de um canal que necessitam de dissociação para visualização dos mesmos 
 1º Molar Superior não necessita de dissociação 
 Medir o X no maior canal, obter o CAD e usar essa medida para o canal que está sobreposto também 
 
Você deverá repetir a radiografia, se: 
 Não aparecer o ápice 
 Não estiver visível a ponta do instrumento 
 Radiografia estiver muito alongada 
 A distância entre a ponta do instrumento e o ápice for igual ou maior do que 4mm 
* Ao final do tratamento endodôntico todas as radiografias serão entregues juntamente com a ficha de odontometria. 
 
PREPARO DO CANAL RADICULAR – MEIOS MECÂNICOS: TÉCNICA MANUAL 
 Fases Operatórias: 
1. Cirurgia de acesso 
2. Esvaziamento 
3. PREPARO DO CANAL RADICULAR 
a. Meios mecânicos 
b. Meios químicos 
c. Meios físicos 
4. Medicação Intracanal 
5. Obturação 
6. Restauração 
7. Proservação 
 
Objetivos: 
 Limpeza: soluções químicas auxiliares 
 Modelagem: manual, com limas 
 
Sinonímia: 
 Preparo Químico-Mecânico 
 Preparo Químico-Cirúrgico 
 Preparo Biomecânico 
 
Objetivos Mecânicos: ← CAIU NA PROVA 
 Dar forma cônica e progressiva com menor diâmetro apical 
 Retificar as curvaturas no terço cervical (preparo cervical) 
 Manter forma e posição original do forame 
 Preparar o batente apical (serve para parar o cone de guta percha no final do canal) 
 
Preparo Manual do Canal Radicular 
 O canal anatômico deve ser contido em toda sua extensão pelo cirúrgico. Mantendo o forame na 
forma e posição originais.24 
 
Como preparamos o Canal Radicular? 
 Movimentos reciprocantes: movimentos alternados um pouco para direita e um pouco para a esquerda 
 
Finalidades do Preparo Biomecânico 
Problema: 
 Fazer o instrumento ampliar o canal e se adaptar a sua forma sem causar deformação. 
 
 
 
 
 
 
Preparo Manual o Canal Radicular 
Princípios básicos para uma correta instrumentação: 
 Conhecer os limites do instrumento 
 Não girar o instrumento quando estiver preso 
 Não forçar o instrumento 
 Observar deformações na parte ativa do instrumento 
 
Movimentos: ← CAIU NA PROVA 
 Movimento Oscilatório – Sem tração / de Cateterismo: 
o Exploração iniciam do canal 
o Instrumentos finos 
o Avanços e retrocessos 
o Leve pressão 
o Discreta rotação para direita e esquerda 
o Sem tração 
* ¼ de volta para a direita, ¼ de volta para a esquerda até o CRI, com limas de 
pequeno calibre. 
 Movimento Oscilatório – Com tração: 
o Instrumentos mais calibrosos 
o Avanços e retrocessos 
o Leve pressão 
o Retirada com tração 
o Evolução em profundidade 
* ¼ para direita – vai, ¼ para a esquerda – volta. Movimento em viés, tração lateral 
oblíqua. Traciona para o lado durante a retirada. 
25 
 
 Movimento de Limagem: 
o Instrumentos mais calibrosos 
o Leve pressão 
o Pressão lateral 
o Retirada em viés com tração 
o Evolução em largura 
* Entra, traciona contra a parede e sai com viés. 
* Após os movimentos o preparo fica irregular, pois só metade da lima toca na parede. 
* Quando a lima fica “presa” é porque ainda tem canal pela frente. 
Meios Químicos e Físicos: 
 Hipoclorito de sódio 
 EDTA trissódico à 17% 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica Coroa-Ápice 
 3 Fases do preparo: 
 Preparo cérvico-apical 
 Preparo apical (batente apical) 
 Preparo escalonado com recuo progressivo e programado (técnica escalonada) 
 
Qual lima eu inicio? 
 Lima de confirmação do CRT + 0,32mm 
 Lima da 2 série da mesma cor 
 Instrumentos mais calibrosos para menos calibrosos, Ex,: 50, 45, 40, 35... 
 
1ª FASE: PREPARO CÉRVICO APICAL ← CAIU NA PROVA 
 Exploração 
o Esvaziamento – bio ou necro? 
o Limas finas + movimentos oscilatórios sem tração 
 Odontometria 
o Instrumento justo no canal 
 Alargamento cérvico-apical 
 
Instrumentos mais calibrosos: (Limas 50, 45, 50, 35...) 
Alargamento lateral – 
amplitude e não profundidade 
PROBLEMA! 
(Principalmente nos canais curvos) 
Problema no terço cervical: 
 Anatomia complexa do 1/3 cervical dificulta a 
chegada ao terço apical. 
 Normalmente no canal Mesial de molares 
Inferiores, desgastar a entrada do canal manualmente 
Com limas ou broca largo 
26 
 
 Movimentos de oscilação com tração 
o Introdução com leve pressão 
o Discreta rotação para direita e esquerda 
o Tração 
 Até que a lima fique solta no canal 
 Irrigação + exploração no CRT com lima fina 
 Repetir manobra com instrumentos imediatamente menos calibrosos, Ex.: 60, 55, 50... 
 A cada troca de lima, irrigar e utilizar lima fina até atingir o CRT 
 A lima que chegar no CRT é o Instrumento apical inicial 
* Ex.: Instrumento de grande calibre escolhido (50), colocar no canal até “prender”, fazer movimentos oscilatórios sem 
pressão com tração, irrigar, aspirar, inundar, utilizar lima exploratória (a lima que utilizou na odontometria) para ver se não 
houve bloqueio do canal, próximo instrumento com calibre menor (45), repete o procedimento. O primeiro instrumento 
que chega no CRT é o Instrumento Apical Inicial. 
* Quantas limas necessitam para chegar ao CRT? Quantas forem necessárias para chegar no CRT sem pressão. 
2ª FASE: PREPARO APICAL / BATENTE APICAL ← CAIU NA PROVA 
 Movimento de limagem: 
 Instrumento apical inicial + 2 ou 3 limas imediatamente mais calibrosas (Ex.: 25, 30, 35, 40) 
 Último instrumento: Instrumento memória (IM) – máximo diâmetro apical, máxima dilatação cirúrgica no CRT. 
* Instrumento Apical inicial + 3 calibres para Bio e 4 calibres para Necro. 
* Ex.: Instrumento Apical inicial (20) + 3 calibres (35 – lima memória/patência), chegar até o CRT com movimentos de 
limagem (primeiro lima 25, depois 30 e por último a 35). 
3ª FASE: PREPARO ESCALONADO ← CAIU NA PROVA 
Preparo do terço médio: 
 Aumento de calibre – diminuição do CRT 
 Uso de no mínimo 3 instrumentos subsequentes ao Instrumento de Memória 
 Recuo de 1mm do CRT a cada instrumento 
 Movimento de limagem 
 A cada lima, utiliza-se o Instrumento de memória até o CRT 
* Ex.: CRT (7mm), Instrumento apical inicial (20) + 3 calibres (35 – lima memória), chegar até o CRT 
(7mm) com movimentos de limagem. Irriga, aspira, inunda, utiliza lima exploradora para verificar se não houve bloqueio 
do canal. Calibrar a próxima lima (40) com 1mm a menos do que o CRT (a cada 1mm que sobe, utiliza uma lima de maior 
calibre). 
MEDICAÇÃO INTRACANAL - MIC 
A medicação intra canal consiste na aplicação de um medicamento no interior do canal radicular por um período 
geralmente mais longo do que de uma consulta e que visa exercer algum efeito terapêutico; 
ENDODONTIA: 
1. Diagnóstico 
2. Abertura coronária 
3. Preparo biomecânico 
4. Fase de desinfecção  medicação intracanal 
5. Obturação 
6. Sucesso 
7. Proservação
 
27 
 
 TÚBULOS DENTINÁRIOS, RAMIFICAÇÃO DO CANAL, DELTA APICAL  A medicação tem a ação de agir sobre as 
bactérias nos locais em que não temos acessos; 
 
OBJETIVOS: ← CAIU NA PROVA, verdadeiro/falso 
1. Eliminar mos que sobreviveram ao PQM – ação antimicrobiana, com o potencial de destruir microrganismos 
remanescentes que sobreviveram ao PQM; 
2. Atuar como barreira físico químico contra a infecção ou reinfecção por mos da saliva – melhor reparo dos tecidos, 
podem impedir a penetração de microorganismos da saliva no canal; 
3. Reduzir a inflamação perirradicular e consequente sintomatologia - faz-se necessário o emprego do MIC para reduzir 
direta ou indiretamente a intensidade da resposta inflamatória; 
4. Solubilizar matéria orgânica – A permanência de resíduos pode virar um reservatório para microorganismos 
residuais, que podem comprometer o sucesso da terapia endodôntica a longo prazo; canais secundários, istmos, 
áreas de reabsorções dentarias; 
5. Neutralizar produtos tóxicos - Medicamentos que possuem efeito neutralizante podem contribui para a criação de 
um ambiente endodontico favorável à reparação perirradicular; necrose pulpar, projeção de microorganismos e 
seus produtos tóxicos do canal radicular para a régio periapical; manifestações dolorosas 
6. Controlar exsudação persistentes – A presença física desse exsudato cria um ambiente úmido que impede a 
obtenção de um adequado selamento do CR. O PQM deve ser revisado com o comprimento de trabalho reavaliado; 
exsudato = impede adequado selamento do canal radicular - iiritantes permanecem atuando sobre os tecidos 
periapicais; medicamentos = atividade antibacteriana, inibição da resposta inflamatória, ação física de 
preenchimento e ação higroscópica. 
7. Controlar reabsorção dentaria externa inflamatória – A perda do cemento expõe a dentina e permite o 
estabelecimento uma conexão direta dos tecidos perirradiculares com bactérias e seus produtos presentes na 
polpa e nos túbulos dentinários; 
8. Estimular a reparação por tecido mineralizado – Em casos de perfurações e reabsorções radiculares, MIC são 
utilizados para favorecer a reparação através da deposição de um tecido mineralizado; 
PROMOVER A ELIMINAÇÃO DE MICROORGANISMOS QUE SOBREVIVEM AO PREPARO QUÍMICO MECÂNICO: 
 Ação antimicrobiana 
 Melhor reparo dos tecidos periapicais 
 Maior sucesso 
CLASSIFICAÇÃO QUÍMICADOS MIC: não precisa saber só ter o conhecimento 
Derivados fenólicos: São potentes agentes antimicrobianos e exercem seu efeito tanto por contato direto, quanto pela 
liberação de vapores. Somente pelo PMCC ainda é recomendado pela endodontia. 
Aldeídos: São fixadores teciduais de pronunciada eficácia. Representados pelos formaldeídos (tricresol, formalina ou 
formocresol) e glutaraldeído. São potentes anti-microbianos tanto pelo contato direto quanto pela liberação de vapores 
ativos. 
28 
 
Halógenos: São componentes que tem cloro ou iodo. Tem efeitos destrutivos sobre os vírus e bactérias. Temos o 
iodofórmio(CHI³) e o iodeto de potássio. 
Bases ou hidróxidos: Representado pelo hidróxido de cálcio (Ca(OH)2). É um pó branco, alcalino (PH12m8), inodoro, pouco 
solúvel em água. É comprovado a sua atividade anti-microbiano por contato e o efeito de estímulo a formação de uma 
barreira mineralizada. 
Corticoisteróides: São derivados do córtex da suprarrenal. Atuam sobre a inflamação inibindo a ação da enzima fósfolipase 
a2 envolvida na síntese dos derivados do ácido araquidônico (prostaglandinas e leucotrienos) importantes mediados 
químicos da inflamação. Em endodontia são utilizados em aplicação tópica nos casos de periodontite apical aguda de 
etiologia química ou traumática. Os corticoisteroides mais utilizados na endodontia são a hidrocortisona e a dexametasona. 
Antibióticos: Substancias produzidas pelos microorganismos ou similares a ela produzidas total ou parcialmente no 
laboratório, capazes de inibir o desenvolvimento ou matar outros microorganismos. São pouco empregadas como 
medicamentos intracanal pois tem um grande risco de sensibilizar o paciente ou causar resistência bacteriana. 
QUANDO EMPREGAR A MIC? 
Condição clínica: 
 Polpas vitais  obturação imediata sempre que possível (porque estamos lidando com tecido pulpar e não com 
microorganismos = sessão única); 
 Necrose pulpar  MIC 
 
CASOS DE BIO: 
 Biopulpectomia: corticóide – antibiótico e hidróxido de cálcio = Otosporin 
Associação corticóide + antibiótico: 
 Corticoide (anti-inflamatório) + Antibiótico (ação antimicrobiana); 
 Atenua a intensidade da reação inflamatória provocada pelo ato cirúrgico e uso de drogas, favorecendo a 
eliminação da dor pós-operatória e o mecanismos reparador; 
OTOSPORIN: 
 Preserva a integridade do coto periosontal (tecido com células histologicamente viáveis 
que preservamos, pois integra tecido pulpar com periodontal) e tecidos periapicais; 
 Permite a neoformação do coto periodontal (sobre instrumentação); 
 Grande poder de penetração; 
 Hidrossolúvel; 
 Fácil aplicação e remoção do interior do canal (forma liquida); 
Indicações: 
 Polpa vital; 
29 
 
 Trauma físico (sobre instrumentação) ou químico no coto periodontal e /ou tecidos periapicais; 
Efeitos colaterais: 
 Retardo na reparação tecidual; 
 Permanência por períodos curtos (máximo de 7 dias (no consultório 48 horas); 
 
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO BACTERICIDA: 
 Perda da integridade da membrana citoplasmática bacteriana; 
 Inativação enzimática; 
 Dano ao DNA bacteriano; 
POLPA VIVA não consegui realizar obturação: 
 PQM completo 25mm: uso hidróxido de cálcio (nem sempre conseguimos); ← CAIU NA PROVA 
 PQM incompleto: otosporin; 
 
NEUTRALIZAÇÃO DE ENDOTOXINAS: 
 LPS  importante fator de virulência bacteriana (lipídio A) 
 
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO AÇÃO ANTIBACTERIANA: 
 A maioria dos microorganismos patogênicos para o homem não é capaz 
de sobreviver em um meio extremamente alcalino. O pH do hidróxido 
de Ca é de certa de 12,8; 
 
 Efeito osmótico: reduz um dos sinais da inflamação que é o edema 
 Anti-exsudativo: ação higroscópica; 
 
AÇÃO ANTI IFLAMATÓRIA: 
 Ação higroscópica: 
 Ca(OH)2 É HIPERTTÔNICO -> EFEITO OSMOTICO 
 
INDUTOR DE REPARO POR TECIDO MINERALIZADO: ← CAIU NA PROVA 
Quando em contato direto com um tecido conjuntivo organizado com memória genética para produção de tecido 
mineralizado, como polpa ou ligamento periodontal, o Ca (OH)2 estimula a neoformação de dentina ou cemento; 
 
VEICULOS INERTES: HIROSSOLÚVEIS E OLEOSOS: 
Hidrossolúveis: veículos água 
 Aquosos: água destilada, soro, soluções anestésicas; 
 Rápida dissociação  Difusão e diluição + rápida (7 dias); 
 
30 
 
Viscosos: veículos oleosos (efeito mais lento de dissolução no dente – 30 DIAS) 
 Glicerina, polietilenoglicol, propilenoglicol – CALEN; 
 dissociação lenta; 
 
VEICULOS BIOLOGICAMENTE ATIVOS: 
 Conferem a pasta efeitos adicionais aos proporcionados pelo hidróxido de 
cálcio. Exemplos incluem o PMCC e a clorexidina; 
 
REMOÇÃO DO SMEAR LAYER: após PQM 
 Preenchimento do canal com EDTA a 17% por 3min; 
 Agitação (pra cima e pra baixo com o EDTA – 3 min); 
 Irrigação – aspiração (hipoclorito de sódio); 
 Secagem; 
 Medicação intra canal (após uma semana, se refaz todo esse mesmo processo acima, porque pode mesmo assim 
ter restos nos canais laterais, fazendo isso obturamos); 
 
 PREENCHIMENTO DO CR COM PASTA DE Ca(0H)2 – recuar 2mm do CRT para não extravasar a medicação (agulha 
callen); 
 
CASOS NECRO: 
PARAMONOCLOFENOL CANFORADO (PMCC): 
 Entre os antissépticos mais usados e estudados na endodontia distingui-los o paramonoclofenol canforado que se 
mostrou eficiente no combate aos microorganismos do canal. mas ao lado de sua eficiência, mostrou também alta 
atividade citotóxica. Assim várias formulações; 
 Lesão periapical não podemos usar, pois esta anaeróbico; 
 Alta toxicidade; 
 
Técnica de uso: 
 Cone de papel de tamanho e diâmetro adequados 
o Ponta do cone não deve ultrapassar o limite entre 
os terços médios e apical; 
 Umedecer levemente o cone 
 Lavar o cone com o PMCC na cavidade pulpar; 
 Bolinha de algodão na camara pulpar restauração provisória; 
 
Quando houver lesão (PQM completa): utilização do callen 15 dias podemos deixar 30 dias (preferencialmente) ou 
hidróxido de cálcio + associação com PMCC; 
31 
 
TRICRESOL: 
Estudos recomendam sua permanência na câmara pulpar por no máximo 2 dias por poder haver uma resposta 
inflamatória seguida de abcesso oriundos de produtos tóxicos de bactérias, restos pulpares em decomposição, volatilidade 
do formaldeído ou ambos os fatores simultaneamente. Porém artigos como valera indicam poder usá-lo por até 7 dias; 
Casos: 
 Urgência; 
 PQM incompleto; 
 
QUAL MEDICAÇÃO USAR? 
Polpa vital: 
 Hidróxido de cálcio: 
o 1ª opção – canal devidamente instrumentado – 7 a 30 dias 
 Otosporin: 
o Periodontite apical aguda traumática ou química; 
o Canal não completamente instrumentado; 
o Tempo entre consultas inferior a 7 dias; 
Necrose pulpar: 
 Hidróxido de cálcio: 
o 1ª opção – canal devidamente instrumentado – 7 a 30 dias 
 PMCC: 
o Tricresol Formalina – canal não terminado; 
 
MATERIAL RESTAURADOR PROVISÓRIO: 
Funções: 
 Impedir que saliva e microorganismos da cavidade oral ganhem acesso ao canal radicular; 
 Preservar a efetividade da medicação; 
Propriedades: 
 Estabilidade dimensional; 
 Bom selamento; 
 Resistência mecânica; 
 
DECORAR: 
 BIO: 
o PQM completo  Hidróxido de Cálcio 
o PQM incompleto  Otosporin 
 NECRO: 
32 
 
o PQM completo  Hidróxido de Cálcio 
o PQM incompleto  PMCC ou Tricresol Formalina 
o PQM completo + lesão  Hidróxido de Cálcio + PMCC 
o PQM incompleto + lesão  Tricresol Formalina 
 
OBTURAÇÃO DO CANAL RADICULAR 
 
FINALIDADE OBTURAÇÃO: 
O propósito da obturação é selar toda a extensão do canal radicular. O material obturador deve preencher todo o 
espaço ocupado anteriormente, pela polpa radicular, proporcionando um selamentotridimensional. 
 
Porque obturar: 
Uma obturação defeituosa, com espaços vazios em seu interior, não teremos selamento suficiente para impedir a 
penetração pelo forame de serosidades que propiciam um meio nutritivo favorável à multiplicação de germes e o conduto 
passará a comportar-se como foco de infecção. 
 
COM O QUE: 
Material sólido: 
 Cones de Guta percha 
Composição Guta Percha: 
 Guta percha 
 Óxido de zinco 
 Sulfatos metálicos 
 Resinas ou ceras 
Vantagens Guta Percha: ← CAIU NA PROVA 
 Bem tolerados pelos tecidos periapicais 
 Radiopacos 
 Fácil remoção 
 Possuem estabilidade dimensional nas 
condições de uso 
 Não alteram a cor do dente quando usados no 
limite coronário adequado; 
Desvantagens Guta Percha: ← CAIU NA PROVA 
 Apresentam pequena resistência mecânica a flexocompreensão (rigidez), o que dificulta seu uso em canais curvos 
e atresiados; 
 Pouca adesividade; 
 Podem ser deslocados por pressão, provocando sobreobturação durante processos de compactação; 
 
Material plástico: 
33 
 
 Cimentos 
Composição: 
 A base de oxido de zinco e eugenol: 
o EX: EUGENOL, ENDOFIL; 
 Cimentos resinosos: 
o EX: AH PLUS, A26; 
 Cimentos a base de ionômero de vidro; 
 Cimentos a base de hidróxido de cálcio: 
o EX: SEALER 26, APEXIT; 
 
VANTAGENS DOS CIMENTOS ENDODÔNTICOS: ← CAIU NA PROVA 
 Radiopacidade 
 Fácil manipulação e remoção 
 Não sofre alterações de volume 
 Ter adesividade as paredes do CR ; (pois a Guta Percha não tem adesividade) 
 Insolúvel aos fluidos orgânicos; 
 Ação antimicrobiana; 
 Bi compatível; 
 Não manchar estrutura dentária; 
 
SELEÇÃO DO CONE MESTRE: 
Teste tátil: ← CAIU NA PROVA 
 O cone deve ficar adaptado nos 3mm iniciais do CRT 
 O cone não pode ficar solto, precisa ficar preso 
 Tentar retirar o cone levemente, ele não pode sair 
 
Teste visual: ← CAIU NA PROVA 
 Calibrar o cone com a régua metálica 
 Marcar com ajuda da pinça o local exato da medida 
 Observar se o cone entrou todos os milímetros que deveria 
 
Teste radiográfico: ← CAIU NA PROVA 
 Fazer uma radiografia para observar se o cone chegou ao local certo 
 
34 
 
ESPATULAÇÃO DO CIMENTO: 
 Dividir o pó em duas partes 
 Juntar uma das partes com o líquido 
 Juntar a segunda parte 
 Segurar a espátula formando um fio de cimento, por 10 segundos, se o fio não quebrar esse é o ponto correto 
 
COLOCAÇÃO DO CONE PRINCIPAL: 
 Passar o cone de guta percha no cimento 
 Fazer movimentos de vai e vem até chegar no CRT 
 Não mexer mais 
 
ESPAÇADORES DIGITAIS: 
 Abrir espaço para outro cone de guta percha 
 
TÉCNICA DE CONDENSAÇÃO LATERAL: 
 Condensar o cone que já está dentro do canal radicular com 
espaçadores digitais 
 Colocar mais cones até não ter mais espaços 
 O cone principal é passado no cimento, após isso, um cone 
sim e outro não 
 
CORTE DOS CONES: 
 Condensadores de Paiva 
 Aquecer até a ponta ficar vermelha – tem que ficar bem quente para conseguir cortar os cones, se só estiver 
morno vai grudar e arrancar todos os cones de dentro do canal 
 Fazer o corte dos cones um pouco abaixo da cervical – os cones não podem ficar na coroa do dente pois pode 
causar escurecimento 
 Condensação vertical com o condensador já frio 
 
RESTAURAÇÃO PROVISÓRIA: 
 Deve ser bem feita pois caso ela caia, o tratamento tem que ser reiniciado 
RADIOGRAFIA FINAL: 
 Confirmação da obturação realizada com sucesso 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terapêutica Sistêmica e 
Anestesiologia 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
NERVO TRIGÊMEO 
 Nervo Misto: 
→ Ação Motora: inerva músculos mastigatórios, além do milohioideo e ventre anterior do digástrico. 
→ Ação Sensitiva: cavidade bucal, 2/3 anteriores da língua, globo ocular, pele da face, seios paranasais, nariz e dura-
máter, ATM. 
Divide-se em três ramos: 
→ Oftálmico 
→ Maxilar 
→ Mandibular 
Nervo Oftálmico 
→ Passa pela fissura orbital superior – cavidade orbital 
→ Inerva a cavidade orbital – sensitiva 
→ Emite ramificações: 
o Nervo lacrimal: glândula lacrimal 
o Nervo frontal: 
 Nervo Supraorbitário (seio frontal, pálpebra superior e fossa lacrimal) 
 Nervo Supratroclear (pele da pálpebra superior, nasal e frontal) 
o Nervo Nasociliar: segue o interior da cavidade orbitária 
 
Nervo Maxilar 
- Nervo sensitivo 
- Antes de passar pelo forame redondo: ramo meníngeo: dura-máter 
- Após sair da caixa craniana pelo forame redondo emite ramos: 
Nervo Zigomático: 
→ Nervo zigomático facial: bochechas (pele) 
→ Nervo Zigomático temporal: região temporal (pele) 
Nervo Pterigopalatino: atravessa o forame esfenopalatino: interior da fossa nasal, emitindo ramos: 
→ Nervo Nasal Póstero Superior: cornetos médios e superiores 
→ Nervo Nasopalatino: mucosa palatina – canino a canino superior 
→ Nevo palatino subdivide-se em: 
o Nervo palatino anterior: palato duro (2/3 posteriores) 
o Nervo Palatino Posterior: palato mole e amigdalas 
Nervo Alveolar Póstero-Superior: 
Nervo Infra Orbitário: 
→ Nervo Alveolar Antero Superior 
→ Nervo Alveolar Médio Superior 
→ Nervo Palpebral 
→ Nervo Nasal 
→ Nervo LabialSuperior 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nervo Nasopalatino: 
→ Mucosa gengival palatina (2/3 anteriores do palato duro), de canino a canino 
* Não inerva dente, somente a região da mucosa entre esses dentes. 
Nervo Palatino Maior/Anterior: 
→ Palato duro (2/3 posteriores) 
 
Nervo Palatino Menor/Posterior: 
→ Palato mole 
→ Amigdalas Palatinas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nervo Alveolar Antero Superior: 
→ Polpa IC, IL e C 
→ Osso alveolar 
→ Ligamento Periodontal 
→ Mucosa Gengival Vestibular 
 
Nervo Alveolar Médio Superior: 
→ Polpa 1PM, 2PM, Raiz MV do 1M 
→ Ligamento Periodontal 
→ Osso Alveolar 
→ Mucosa Gengival Vestibula
Nervo Alveolar Póstero Superior (vem direto do maxilar): 
→ Raiz DV e P do 1M e polpa do 2M e 3M 
→ Ligamento Periodontal 
→ Osso Alveolar 
38 
 
→ Mucosa Gengival Vestibular 
 
Nervo Mandibular 
- Nervo misto 
- Atravessa o forame oval 
 Nervo Aurículo Temporal: parótida, ATM, região temporal, pavilhão auricular e meato acústico externo. 
 Tronco Têmporo Masseterino: motor – temporal e masseter 
→ Nervo Temporal Profundo Posterior 
→ Nervo Masseterino 
Tronco Têmporo bucal: misto 
→ Nervo Temporal Profundo Anterior: motor – musculo temporal 
→ Nervo Bucal: sensitivo – mucosa gengival vestibular de II PM a III Molar, mucosa e pele da bochecha 
→ Nervo Pterigoideo Lateral – músculo pterigoideo lateral 
→ Nervo Pterigoideo Medial – músculo pterigoideo medial 
→ Nervo Temporal Profundo Médio – musculo temporal 
→ Nervo Lingual 
→ Nervo Alveolar Inferior 
o Nervo Milihioideo 
o Nervo Mentoniano 
o Nervo Incisivo 
 
 
 
Nervo Alveolar Inferior: 
→ Polpa I, II e III Mols, II PM 
→ Ligamento periodontal 
→ Osso Alveolar 
Nervo Incisivo: 
→ Polpa OC, IL, C e I PM 
→ Ligamento Periodontal 
→ Osso Alveolar
Nervo Mentoniano: 
→ Lábio Inferior 
→ Pele do Mento 
→ Mucosa gengival vestibular 
 
Nervo Bucal: 
→ Mucosa gengival vestibular (2PM até 3M) 
→ Mucosa das bochechas
Nervo Lingual: 
→ Mucosa gengival lingual (IC até 3M) 
→ Assoalho Bucal 
→ 2/3 Anteriores da língua 
* O nervo Lingual e o Alveolar Inferior são anestesiados juntos por estarem muito próximos. 
Língua 
 
39 
 
1/3 Posterior: 
→ IX Glossofaríngeo 
 
2/3 Anteriores: 
→ Sensibilidade gustativa:VII – Facial 
→ Inervação Motora: XII - Hipoglosso 
HISTOFISIOLOGIA DO NERVO PERIFÉRICO 
Anestesia Local 
 Perda de sensibilidade em uma área circunscrita do corpo causada pela depressão da excitação das terminações 
nervosas ou pela inibição do processo de condução dos nervos periféricos. 
 A anestesia geral é um estado reversível de inconsciência produzido por agentes anestésicos com abolição da 
sensibilidade dolorosa em todo o corpo. 
 Cicatrização: substituição do tecido lesado por tecido conjuntivo. 
 Reparação: substituição do tecido lesado por tecido igual. 
* Anestésico tópico se injetado não produz anestesia. 
 
Métodos de indução da Anestesia Local 
 Trauma mecânico 
 Baixa temperatura 
 Anoxia (falta de irrigação sanguínea no nervo) 
 Irritantes químicos 
 Agentes neurolíticos 
 Agentes químicos 
* Os nervos possuem uma microcirculação, se condicionados ao frio, os micro vasos se fecham e o local fica sem sangue e 
passa a não ter mais sensibilidade. 
* Excesso de açúcar no sangue fecha os vasos dos nervos podendo causar cegueira e/ou falta de sensibilidade. 
 
Etiologia das injúrias no nervo lingual associada à extração dos terceiros molares 
 Anestesia local 
 Incisão (bisturi) 
 Broca (ostectomia) 
 Tensão excessiva na retração dos tecidos 
 Estiramento do nervo (folículo dentário aderido ao nervo) 
 Fratura óssea 
 Instrumentos (curetas) 
 Agulha ou sutura compressiva 
 Medicamentos em contato com o nervo 
 
Difusão 
40 
 
 Fibras nervosas 
 Endoneuro 
 Fascículos (feixes do manto e feixes centrais) 
 Perineuro – maior barreira para a penetração 
anestésica 
 Epineuro 
 Bainha epitelial 
 
 
 
 
Direção do impulso nervoso 
 Aferente (sensitivo): levam o impulso nervoso da dor ao Sistema Nervoso Central. 
 Eferente (motor): levam o impulso motor do Sistema Nervoso Central até o local da dor. 
Ex.: Ao encostar uma mão em uma panela quente, os receptores da pele captam a temperatura elevada e levam essa 
informação até o Sistema Nervoso Central, que manda de volta para o músculo do antebraço, pela via eferente, para que 
retire imediatamente a mão da panela 
 
Propagação do impulso Nervoso 
Axônio em repouso tem sua estrutura polarizada, com 
concentração de ions Na+ fora da membrana, e íons K- dentro da 
membrana. Com a chegada do impulso nervoso os canais de Sódio e 
potássio se abrem, e o Na+ entra para dentro da membrana, 
invertendo as polaridades. O impulso nervoso continua seu caminho, 
e o Na+ volta a sair da membrana repolarizando a estrutura do axônio. 
Os anestésicos bloqueiam a bomba de sódio e potássio 
impedindo a mudança na polaridade. 
 
 
 
Ação dos anestésicos locais 
 Teoria da expansão da membrana: 
 Diminuição do diâmetro dos canais de sódio o que impedem o aumento da permeabilidade dos íons sódio. 
Teoria do receptor específico: 
 Os anestésicos locais atuam por ligações com receptores específicos no canal de sódio. Eliminam a permeabilidade 
aos íons sódio e a condução nervosa é interrompida. 
 
Anestesia local em sítios infectados 
41 
 
 Como as áreas infectadas estão hiperêmicas, os anestésicos locais injetados provavelmente atingem a circulação 
sistêmica mais rapidamente que em tecidos não infectados. 
 Uma agulha ou seringa contaminada não pode ser reutilizada em um sítio infectado, porque ela pode disseminar a 
infecção a um espaço facial mais profundo. 
 
Forma do anestésico: RNH 
 RN: impede a despolarização da membrana 
 H: fica no local onde foi injetado 
 
Base biológica para a falha da anestesia local: 
Os processos infecciosos possuem muito íons H, o RN tenta impedir a despolarização, mas os íons H ligam-se aos 
íons RN, fazendo voltar para a sua forma inicial (RNH), não fazendo a analgesia. 
* A anestesia funciona pouco, pois não vai haver mais H que RN, então o efeito ainda existe, porém em baixa potência. 
 
Taquifilaxia 
Base biológica para a falha da anestesia local. 
 Injeções repetidas do anestésico podem resultar em perda da sua eficácia devido a acidose extracelular. 
 Depleção da capacidade de tamponamento dos tecidos locais – a acidose aumenta a forma catiônica extracelular 
que se difunde inadequadamente nos axônios. 
 A anestesia subsequente a primeira, não vai ter a mesma eficácia, pois os íons H que foram separados do RNH e 
ficaram nos tecidos, irão fazer o local ficar ácido (3h). Um ambiente ácido, após a separação da molécula, RN irá se ligar 
novamente aos H, diminuindo a potência de analgesia. 
 
Limiar de reação à dor 
 Raça – negra e amarela (limiar mais alto) 
 Gênero – mulheres (limiar mais alto) 
 Idade – idosos (limiar mais alto) 
 Condições emocionais – emocionalmente comprometidos, instáveis (limiar mais baixo) 
 Odontofobia (limiar mais baixo) 
 
Todos os anestésicos locais, com exceção da cocaína, são sintéticos 
 Lindocaína 
 Prilocaína 
 Mepivacaína 
 Articaína
Classificação dos anestésicos locais 
 Ésteres: 
 Ésteres do Ácido Benzóico 
o Butacaína 
o Cocaína 
42 
 
o Benzocaína 
o Tetracaína 
 Ésteres do Ácido Paraminobenzóico 
o Cloroprocaína 
o Procaína 
o Propoxicaína 
 
Amidas: 
 Articaína 
 Bupivacaína 
 Etidocaína 
 Lindocaína 
 Mepivacaína 
 Prilocaína
 
Quinolonas: 
 Centbucridina 
* Os anestésicos locais injetáveis são do grupo farmacológico amidas 
* Contém extremidade lipofílica e hidrofílica 
* Lindocaína possui uma menor toxicidade 
* Benzocaína, do grupo de ésteres somente são utilizados topicamente 
* Lindocaína é o principal anestésico utilizado pelos cirurgiões dentistas 
 
Características de um Anestésico Local Ideal 
 Deve ser transitório e reversível 
 Não deve irritar os tecidos vivos 
 Deve ter toxicidade sistêmica insignificante 
 Tem de ser eficaz em qualquer local de sua aplicação 
 Deve ter período de latência (tempo que leva para fazer efeito (± 1:00 a 1:30min) 
 Não deve ser capaz de produzir alergias 
 Deve ser estéril 
 Deve sofrer biotransformação rápida no organismo (quando começa a injetar ele já começa a biotransformar) 
 
Conteúdo das Soluções Anestésicas 
1. Sal anestésico (nome do anestésico) 
2. Vasoconstritor (adrenalina/epinefrina, noradrenalina/norepinefrina, felipressina) 
3. Preservativo do vasoconstritor (todo vasoconstritor é instável, precisa de um “preservativo”) 
a. Bissulfito de Sódio (mais utilizado) 
b. Metilparabeno (potencial para reações anafiláticas) 
4. Cloreto de sódio (NaCl) 
5. Nitrogênio (Bolha, avisa se houve infiltração, anestésico em contato com o oxigênio perde eficácia) 
6. Água destilada (dá mais volume ao anestésico) 
* O NaCl armazenado no calor transforma-se em Clorato e causa ardência na aplicação). 
 
43 
 
Benzocaína (Grupamento Éster) 
 Utilizada apenas topicamente 
 Pouca solubilidade em água 
 Pequena absorção para o sistema cardiovascular 
 Inadequada para injeção (pois não é hidrossolúvel) 
 Usada nas concentrações de 10% a 20% 
* Se utilizar em cima da saliva não irá funcionar, precisa secar a mucosa antes de utiliza-la – aplicar na gengiva. 
 
Prilocaína (Grupamento Amida) 
 Potência 1 
 Metabolismo: fígado 
 Excreção: rins 
 Propriedade vasodilatadora: menor vasodilatação que a lidocaína, porém, maior que a Mepivacaína 
 Início da ação: 2 a 4 minutos 
 Concentração eficaz: 3% a 4% 
 Meia vida: 1,6 horas 
 Nomes Comerciais: Citantest; Citocaína; Prilocaína; Prilonest; 
* Mais fraco dos anestésicos locais 
 
Lidocaína (Grupamento Amida) 
 Potência: 2 
 Metabolismo: fígado 
 Excreção: rins 
 Propriedade vasodilatadora:maior que a da Mepivacaína e da Prilocaína 
 Início da ação: 2 a 3 minutos 
 Concentração eficaz: 2% e 3% 
 Meia vida: 1,6 horas 
 Nomes Comerciais: Xylocaína; Xylestesin; Alphacaína; Lindostesin; Novocol; 
* Anestésico mais seguro. 
Mepivacaína (Grupamento Amida) 
 Potência: 2 
 Metabolismo: fígado 
 Excreção: rins 
 Propriedade vasodilatadora: muito pequena 
 Início da ação: 1,5 a 2 minutos 
 Concentração eficaz: 3% sem vasoconstritor e 2% com vasoconstritor 
 Meia vida: 1,9 horas 
 Nomes Comerciais: Scandicaína; Mepivacaína; 
* Anestésico mais utilizado, tem lipossolubilidade maior que a lidocaína. 
 
Articaína (Grupamento Amida) 
Todos os sais anestésicos são 
vasodilatadores. Dentre eles, o 
que menos vasodilata é a 
mepivacaína 
Quando não se usa 
vasoconstritor, precisa utilizar 
uma concentração maior para ter 
melhor efeito 
44 
 
 Potência: 4 
 Metabolismo: plasma e fígado 
 Excreção: renal 
 Propriedade vasodilatadora: igual a lidocaína 
 Início da ação: 1 a 3 minutos 
 Concentração eficaz: 4% 
 Meia vida: 1,25 horas 
 Nomes Comerciais: Septanest; Articaína 
* Alérgicos a Sulfa e Anêmicos 
* Maior solubilidade (lipossolúvel, penetra mais fundo nos tecidos, tem maior facilidade de atingir o nervo) 
* Não existe sem vasoconstritor 
Vasoconstritores 
 Em virtude de os anestésicos locais, na maioria das vezes, produzirem vasodilatação, associa-se ao sal anestésico 
uma outra droga, que possui como efeito desejável a vasoconstrição. 
1. Aumentar a duração do efeito anestésico, uma vez que o vasoconstritor diminui a velocidade de absorção do sal 
anestésico (ação mais longa do anestésico). 
2. Aumenta o tempo de anestesia. 
3. Como o vasoconstritor diminui o calibre dos vasos sanguíneos nos procedimentos cirúrgicos, obter-se-á um campo 
operatório com menor sangramento. 
4. Melhor hemostasia devido a redução do sangramento no local de administração dos anestésicos (compressão dos 
vasos, controle do sangramento). 
* Reduz a quantidade anestésica necessária e diminui a toxicidade. 
Principais Vasoconstritores 
 Adrenalina 
 Noradrenalina 
 Levanordefrina 
 Felipressina 
 Fenilefrina
 
Adrenalina: (leva o corpo a exaustão) 
 Produzido nas supra-renais 
 Miocárdio – aumento da frequência cardíaca 
 Artérias coronárias – aumento do fluxo 
sanguíneo 
 Pressão arterial – aumento 
 Rede vascular – vasoconstrição 
 Sistema respiratório – broncodilatação 
* Mais eficaz que a noradrenalina 
* No pulmão produz broncodilatação 
* Concentração de 1 para 100.000 para anestésicos 
* Vasoconstrição de veias e artérias 
 
Felipressina: (cardioprotetor) 
 Octapressin 
 Sintético 
 Miocárdio – ausência de efeitos 
 Artérias coronárias – redução do fluxo sanguíneo 
 Pressão arterial – praticamente sem alterações 
 Rede vascular – vasoconstrição pequena (por que?) 
* Vasoconstrição pequena, pois é só venosa, menos eficaz. 
 
45 
 
Pacientes Cardiopatas e Hipertensos 
 Sal: não faz diferença, pode ser qualquer um 
 Vasoconstritor: Felipressina é o mais indicado 
 Não pode injetar dentro do vaso 
 Verificar a quantidade anestésica 
Pacientes Diabéticos 
 Sal: não faz diferença, pode ser qualquer um 
 Vasoconstritor: pode ser qualquer um, porém ter cuidado com a quantidade, e não injetar no vaso. 
 Quanto mais adrenalina, mais vai subir a glicemia do paciente 
 
Doses máximas admissíveis para anestésicos locais 
Droga anestésica Quantidade Quantidade por kg 
Lidocaína 300mg 4,4mg/Kg 
Prilocaína 400mg 6,0mg/Kg 
Mepivacaína 300mg 4,4mg/Kg 
Bupivacaína 90mg 1,3mg/Kg 
Articaína 500mg 7,0mg/Kg 
(Paciente adulto 70kg) 
* Pacientes com mais de 70kg a dose máxima continua sendo a mesma. Só modifica para pacientes com menor peso. 
 
Doses Máximas Admissíveis para Vasoconstritores 
Droga Doses máximas 
Vasoconstritora Pacientes saudáveis Pacientes cardiopatas 
Adrenalina 0,20mg 0,04mg 
Noradrenalina 0,34mg 0,14mg 
Fenilefrina 4,00mg 1,60mg 
Levonordefrina 1,00mg 1,00mg 
Felipressina 0,27UI (0,03UI/ml) 0,27UI(0,03UI/ml) 
(Paciente adulto 70kg) 
* Dose máxima de Felipressina é 5 tubetes tanto para pacientes saudáveis quanto cardiopatas. 
Cálculo 
Ex.: Mepivacaína 2% com adrenalina 1:00.000 
Duração dos Anestésicos 
CURTA INTERMEDIÁRIA LONGA 
Prilocaína 
Cloroprocaína 
Lidocaína 
Mepivacaína 
Prilocaína 
Articaína 
Tetracaína 
Bupivacaína 
Levobupivacaína 
Etidocaína 
Ropivacaína 
 
Gestantes 
ANESTÉSICO CATEGORIA DE RISCO AÇÃO SOBRE O FETO 
Lidocaína B/ Não evidência de risco 
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Prilocaína B/ Não evidência de risco Atravessa a placenta mais 
rapidamente 
Metemoglobinemia 
Mepivacaína C/ Atividade teratogênica não é 
descartada 
Bradicardia Fetal 
Bupivacaína C/ Atividade teratogênica não é 
descartada 
Bradicardia Fetal 
Articaína Não está definido 
 
* Lidocaína (2%) / adrenalina 1:100.000 ou noradrenalina 1:50.000 – máximo de 3 tubetes por Sessão 
* Felipressina pode causar contrações uterinas precoce. 
 
EQUIPAMENTO 
 Seringa 
 Agulha 
 Tubete anestésico 
 
 
 
 
 
Tipos de Seringas 
 Descartáveis 
o Plástica 
o Aspiratória 
o Luer – lok 
o Seringa de segurança 
 
 Carpule 
o Auto-aspiratória (utilizar essa) 
o Aspiratória com arpão 
 
Agulha 
 Aço inoxidável 
 Pré-esterilizadas 
 Descartáveis 
Recomendações: 
 Agulha de menor nº calibre 
 Longa com calibre 25 
 Evitar introdução até o canhão (deixar 2mm de agulha para fora para o caso de quebra) 
 Trocar após muitas punções 
 Descarte adequado 
 Recapear com técnica adequada 
 Recapear quando não utilizada (para evitar acidentes) 
 
47 
 
Tubete 
 
 
 
 
 
 Conteúdo do Tubete: 
 Anestésico Local 
 Vasopressor 
 Conservante do vasopressor (Bissulfito de sódio) 
 Cloreto de Sódio 
 Água destilada 
 
Cuidados com o Tubete: 
 Armazenamento 
 Alterações no líquido 
 Posição do êmbolo 
 Fratura do cilindro 
 
Montagem da Carpule 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANESTESIA TÓPICA 
 Aplicação do anestésico sobre o local a ser puncionado (mucosa). 
 Anestésicos usados: 
 Lidocaína (amida) 
 Benzocaína (éster) 
 
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Características: 
 Insolúveis em água 
 Sem vasoconstritor 
 Alta concentração 
 2/3mm de profundidade 
 Duração da aplicação: 1-2 min
 
Formas de apresentação: 
 Gel 
 Solução 
 Pomada 
Técnica: 
 Lavar a cavidade bucal se necessário 
 Secar a mucosa no local de aplicação 
 Aplicar o gel em gaze ou algodão na mucosa por 1 ou 2 minutos e ficar pressionando 
 Remover o excesso do anestésico (o gel não é estéril, então é necessário remover antes de perfurar o tecido) 
* Spray precisa ser colocado em algodão, pois escorre. 
TÉCNICAS DE ANESTESIA REGIONAL MANDIBULAR 
 Regional: Nervo ao longo de toda sua extensão, anestesia todas as regiões onde o nervo passa, incluindo suas 
ramificações. Ex.: Alveolar inferior, irá anestesiar, mentoniano e incisivo também. 
 Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior 
 Bloqueio do Nervo Mentoniano 
 Bloqueio do Nervo Incisivo 
 Bloqueio do Nero Bucal 
 Bloqueio do Nervo Lingua
 
Bloqueio do Nervo Alveolar inferior 
 Nervos Anestesiados: 
 Alveolar Inferior 
 Mentoniano (ramo terminal) 
 Incisivo (ramo terminal) 
 Lingual (difusão anestésica) 
Áreas anestesiadas: 
 Polpa dental (3º Molar até Incisivo Central) 
 Osso mandibular 
 Ligamento periodontal (3º Molar a Incisivo Central) 
 Mucosa vestibular (1º Pré-Molar

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