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Bruna Miranda Odontologia VII 1 RESUMÃO ATENÇÃO BÁSICA CARIOLOGIA: Maior exposição ao açúcar = alterações no pH = esgotamento de cálcio e fosfato na placa = queda do grau de saturação = aumento do potencial cariogênico. Locais de maior acúmulo: margem gengival, nichos interproximais, fissuras e sulcos. Lesão de mancha branca: aparecem por volta de 4 semanas. Desmineralização = aumento da porosidade do esmalte = ácidos e toxinas bacterianas penetram a dentina subjacente. CÁRIE ESMALTE DENTINA ATIVA Opaca e rugosa Amolecida INATIVA Brilhante e lisa Dura Grau de desmineralização da dentina: AFETADA INFECTADA Passível de remineralização Necrosada, não passível de remineralização Tecido duro, dentina organizada Tecido amolecido e úmido A remoção seletiva de cárie é o termo utilizado para sua remoção, que deve ser feita com a colher de dentina e os escavadores. A remoção total da cárie não é indicada devido à proximidade com polpa, além do fato de que hoje, existem estudos que comprovam o poder de remineralização da dentina afetada. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Fluorose: mancha não acompanha a margem gengival, áreas sem acúmulo de biofilme, acomete mais faces e afeta dentes homólogos. Hipomineralização molar incisivo: áreas sem acúmulo de biofilme e opacidade demarcada. PERIODONTIA: Fatores ambientais + fatores microbiológicos + fatores do hospedeiro = atuação em conjunto. Consultar pdf nova classificação. ÍNDICE DE PERDA ÓSSEA: Radiografia periapical + régua + idade do paciente. Marcar a JCE. Distância da JCE até o ápice. Distância da JCE até a crista. Paciente de 37 anos. 6 mm até a crista, 3 mm da crista até o ápice. Cálculo: JCE até a crista dividido pelo comprimento total. % PO = 6/9 x 100 = 66%. Como anotar? %PO/idade do paciente. 66/37 = 1,7 (alto risco, grau C). Um diagnóstico de periodontite para um paciente individual deve abranger três dimensões: 1. Definição de um caso de periodontite tem como base a perda de NIC detectável em dois dentes não adjacentes. 2. Identificação da forma da periodontite: periodontite necrosante, periodontite como manifestação de doença sistêmica ou periodontite. Bruna Miranda Odontologia VII 2 3. Descrição da apresentação e agressividade da doença por estágio e grau de progressão. UTILIZAÇÃO DAS CURETAS: CURETAS GRACEY - SUB E SUPRAGENGIVAL: 1/2 e 3/4: todas as faces de dentes anteriores. 5/6: todas as faces de dentes anteriores e pré- molares. 7/8 e 9/10: vestibular e lingual dos dentes posteriores. 11/12: mesial dos dentes posteriores. 13/14: distal dos dentes posteriores. CURETAS MCCALL – SUPRAGENGIVAL: 13/14: todas as faces dos dentes anteriores. 17/18: todas as faces dos dentes posteriores. CURETAS MINI-FIVE – SUBGENGIVAL: 7/8: todos os dentes anteriores e vestibular e lingual dos dentes posteriores. 11/12: mesial dos dentes posteriores. 13/14: distal dos dentes posteriores. LIMAS – ÁREAS DE ACÚMULO DE CÁLCULO, COMO REGIÕES DE FURCA E SUBGENGIVAL: 3/7: vestibular e lingual. 5/11: mesial e distal. ANESTESIOLOGIA: Os anestésicos locais são classificados pela cadeira intermediária: éster ou amida. Éster: metabolizados no sangue, produz radical tóxico que é alergênico. Usados em odontologia apenas na formulação tópica: Benzocaína e EMLA. Pacientes com colinesterase plasmática atípica possuem tendência maior a acumularem ésteres no organismo). Amida: metabolizados no fígado, são mais seguros. Contraindicação: disfunção hepática significativa ou insuficiência cardíaca. Injetáveis: lidocaína, mepivacaína, prilocaína (risco de metahemoglobinemia – mudança na conformação da hemoglobina não transportando oxigênio de forma adequada, contraindicado para gestantes, idosos, crianças e pacientes anêmicos), articaína (metabolismo duplo – fígado e plasma, vantajosa para Hepatopatas por não ter metabolismo exclusivamente hepático) e bupivacaína. DURAÇÃO DOS ANESTÉSICOS: Articaína 4% Intermediária Bupivacaína 0,5% Longa Lidocaína 2% Intermediária Prilocaína 3% Intermediária Mepivacaína 3% Curta (s/ vasoconstritor)/inter mediária Curta: < 30 min de anestesia pulpar. Intermediária: aproximadamente 60 minutos. Longa: > 90 minutos. *Bupivacaína em tecidos moles possui duração e até 12 horas, e por isso não é muito utilizada. *Articaína, lidocaína, prilocaína e mepivacaína associadas a vasoconstritores possuem duração intermediária: aproximadamente 60 minutos de anestesia pulpar. *Mepivacaína: duração curta sem vaso constritor. CÁLCULO DE DOSES MÁXIMAS: Bruna Miranda Odontologia VII 3 Considerando a administração de lidocaína 2% a um paciente de 70 kg, podemos realizar o seguinte cálculo: 2% = 2g do sal em 100 ml de solução = 20 mg/ml. 20 mg X 1,8 ml (1 tubete) = 36 mg/tubete anestésico. Dose máxima da lidocaína: 7 mg/kg de peso corporal. Dose máxima para um adulto de 70kg = 70 X 7 = 490 mg (dose máxima = 500 mg). Quantidade máxima de tubetes = 490/36 mg = 13,61 tubetes. VASOCONSTRITORES: A maioria dos anestésicos locais possuem vasoatividade de dilatação, e por isso são comercializados com vasoconstritores. A mepivacaína é a amida que menos vasodilata, e por isso muitas vezes é comercializada sem vasoconstritor. Vantagens: Prolongam a duração da anestesia local. Reduz a quantidade de anestésico local. Diminui os picos de concentração plasmática do anestésico. Hemostasia. DOSE MÁXIMA DE VASOCONSTRITORES: INERVAÇÃO: Nervo trigêmeo: raiz motora e raiz sensitiva. V1: oftálmico: apenas sensitivo. V2: maxilar: apenas sensitivo. V3: mandibular: motor e sensitivo. INERVAÇÃO DOS DENTES SUPERIORES: Incisivo central: alveolar antero-superior e infraorbitário deixa ramos que vai para a gengiva vestibular. Incisivo Lateral: alveolar antero-superior e infraorbitário deixa ramos que vai para a gengiva vestibular Canino: Nervo alveolar antero-superior e infraorbitário deixa ramos que vai para a gengiva vestibular 1° Pré-molar: Sua polpa é inervada pelo alveolar superior médio. O nervo infraorbitário deixa ramos que vai para a gengiva vestibular 2° Pré-molar: Sua polpa também é inervada pelo alveolar superior médio e nervo infraorbitário deixa ramos que vai para a gengiva vestibular. 1° molar: Sua raiz mésio-vestibular é inervada pelo nervo alveolar superior médio e a raiz disto vestibular e palatina são inervadas pelo nervo alveolar superior posterior. O nervo gengival (ramo do NASP) e os ramos alveolares inervam a gengiva vestibular. 2° molar: alveolar superior posterior inerva a polpa dos molares 3° molar: alveolar superior posterior inerva a polpa dos molares TODA a mucosa palatina dos dentes superiores é inervada pelo nervo palatino maior e todo o plexo alveolar superior faz parte da inervação dos dentes superiores (Nervo infraorbitário, N. alveolar superior posterior, N. alveolar superior médio, N. alveolar superior anterior, Nervo palatino maior, Nervo nasopalatino e Nervo Etmoidal anterior). Bruna Miranda Odontologia VII 4 INERVAÇÃO DO DENTES INFERIORES: Incisivo central e lateral: Nervo mentual: parte da gengiva da região de pré-molares a incisivos. Nervo incisivo: responsável pela sensibilidade geral da polpa e dos ligamentos periodontais dos incisivos e caninos inferiores, da gengiva vestibular. Nervo lingual: gengiva lingual de todo os dentes inferiores e a mucosa do assoalho da cavidade oral. Canino: Nervo mentual: parte da gengiva da região de pré-molares a incisivos. Nervo incisivo: responsável pela sensibilidade geral da polpa e dos ligamentos periodontais dos incisivos e caninosinferiores, da gengiva vestibular. Nervo lingual: inerva a gengiva lingual de todo os dentes inferiores e a mucosa do assoalho da cavidade oral. Nervo alveolar inferior: é responsável pela sensibilidade dos dentes 1° e 2º pré-molar: Nervo mentual: parte da gengiva da região de pré-molares a incisivos. Nervo lingual: gengiva lingual de todo os dentes inferiores e a mucosa do assoalho da cavidade oral. Nervo alveolar inferior é responsável pela sensibilidade dos dentes 1°, 2º e 3º molar: Nervo lingual: gengiva lingual de todo os dentes inferiores e a mucosa do assoalho da cavidade oral. Nervo bucal: gengiva vestibular na região de molares inferiores. Nervo alveolar inferior: sensibilidade dos dentes. INERVAÇÃO DA LÍNGUA: Inervação sensitiva dos 2/3 anteriores: nervo lingual (ramo do mandibular). Inervação sensitiva do 1/3 posterior: nervo glossofaríngeo (IX par). Inervação gustatória dos 2/3 anteriores: nervo corda do tímpano (ramo do facial, VII par). Inervação motora: nervo hipoglosso (XII par). Milo-hióideo: função especial gustatória. TÉCNICAS DE ANESTESIA MAXILAR: Infiltração no vestíbulo, palatino maior na região mais posterior e infiltrativa próximo a raiz. TÉCNICAS DE ANESTESIA MANDÍBULA: Plexo dentário inferior: n. alveolar inferior, n. milo- hióideo, n. lingual, n. auriculotemporal, n. facial e plexo cervical. Mandíbula = cortical espessa = bloqueio. Pontos de reparo: Bruna Miranda Odontologia VII 5 Borda anterior do ramo ascendente da mandíbula. Crista temporal: inserção do músculo temporal. Rafe bucinato-faríngea. Músculo pterigoideo medial. Anestesia: fossa infratemporal. Trígono retromolar: n. bucal e n. lingual. N. mentual: anestesiado junto ao NAI. TÉCNICA DE GOW GATES: Colo do côndilo. Agulha longa. Abertura da boca = côndilo se desloca pra frente. Lóbulo da orelha + tragos = anti-tragos = sulco intertrágico. CIRURGIA: Diérese: incisão e divulsão. Exérese: objetivo da cirurgia (curetagem, osteotomia, exodontia). Hemostasia: presente em todas as etapas. Síntese: aproximação dos tecidos = sutura. USO DE ALAVANCAS: Dentes que não conseguimos usar fórceps. Restos radiculares. Dentes inclusos. Ausência de dentes adjacentes. MOVIMENTOS: Cunha, roda e eixo e alavanca. FÓRCEPS: 150: 15 ao 25. 151: 35 ao 45. 17: molares inferiores. 18R: molares superiores lado D. 18L: molares superiores lado E. 23: molares inferiores com destruição coronária. 69: restos radiculares. PRESCRIÇÃO: Exodontia simples: analgésico de escolha (48 horas). Exodontia complexa: anti-inflamatório e analgésico (3 a 4 dias). Exodontia de dente incluso: corticosteróide pré-op e anti-inflmatório e analgésico (3 a 4 dias). Clorexidina pré e pós. DIPIRONA ADULTOS: 1g. De 6/6 horas. 3 dias. Comprimido. Via oral. DIPIRONA CRIANÇAS: Dipirona gota/kg. Adquirido 500mg/ml. De 6/6 horas. 3-4 dias. Via oral. Dipirona = Dorflex = Neosaldina = Tylenol. AMOXICILINA 500 mg. De 8/8 horas. 7 dias. Comprimido. Via oral. OU 875 mg. De 12/12 horas. PACIENTE ALÉRGICO A AMOXICILINA = CLINDAMICINA: 300 mg. De 8/8 horas. 7 dias. Comprimido. Via oral. Bruna Miranda Odontologia VII 6 CLINDAMICINA PROVOCANDO DIARREIA = AZITROMICINA: 500 mg. 1 vez ao dia. 7 dias. Comprimido. Via oral. NIMESULIDA: 100 mg. De 12/12 horas. 3 - 5 dias. Comprimido. Via oral. IBUPROFENO: 600 mg. De 8/8 horas. 3 - 5 dias. Comprimido. Via oral. CLOREXIDINA: 0,12%. Apenas banhar. 3 – 5 vezes ao dia. Até 14 dias. PACIENTE QUE NÃO RESPONDE À DIPIRONA = DEOCIL: Sublingual. 10 mg. De 8/8 horas. 2 – 3 dias. Comprimido. PACIENTE NÃO RESPONDE AO DEOCIL = CODEÍNA – TYLEX. 30 mg. De 12/12 horas. 2 - 3 dias. Cuidado com dependência química. INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS: ↑ virulência = ↑ doença. ↑ defesa do paciente = ↓ doença. Osteíte periapical: infecção restrita ao osso alveolar. Presença de dor intensa, com sensação de dente extruído. Abcesso: processo inflamatório circunscrito por cápsula. Celulite: inflamação difusa, sem cápsula, que acontece no plano subcutâneo. Resposta inflamatória intensa, disseminada e aguda. Caracterizada por grande aumento de volume. Dor intensa e ausência de secreção purulenta. Fleimão: inflamação difusa, sem cápsula, que acontece no plano fascial profundo. TRATAMENTO: Remoção da causa e drenagem. DENTÍSTICA: ADESÃO: ESMALTE: Mais confiável em esmalte do que em dentina, quanto mais esmalte uma restauração tiver, melhor será sua qualidade adesiva. Objetivo da adesão: criar microporosidades para o adesivo penetrar promovendo união mecânica através da formação de tags resinosos, desmineralização da parte inorgânica. Nos espaços entre os prismas é onde há a penetração do ácido fosfórico. Região interprismática: menos mineralizada. Lamelas: oportunidade do esmalte dilatar e contrair, tendo absorção de tensão e possibilidade da troca com o meio (diferença de temperatura, pH); no clareamento, é aonde os peróxidos penetram e agem. Agente clareador interfere na adesão devido ao excesso de oxigênio. Esperar 15 dias após o clareamento para restaurar. Bruna Miranda Odontologia VII 7 Camada mais superficial da resina não polimeriza porque fica em contato com o oxigênio (camada inibida pelo oxigênio). DENTINA: Mais água. Estrutura permeável: túbulos dentinários. Adesão mais confiável em dentina: cavidades rasas onde ela é mais mineralizada. Dentina peritubular: altamente mineralizada, não participa ativamente do processo de adesão. Dentina intertubular: menos mineralizada, fibras colágenas = formação da camada híbrida (primer + colágeno úmido + polimerização = polímero). Túbulos dentinários: permeabilidade dentinária (CUIDADO: ácido, adesivo e resinas são tóxicos, e por isso muitas vezes precisamos aplicar o cimento protetor pulpar). Tem fluido tissular, ou seja, é úmida e o adesivo tem parte hidrofóbica = quanto mais profundo pior a adesão. Odontoblastos: células com prolongamentos para dentro dos túbulos, detectam algo incomum, como presença de cárie, alterações de pH. Prolongamentos dos odontoblastos: respostas pulpares. O processo de remoção de cárie gera: Smear layer: lama dentinária, smear superficial. Smear plug: camada de detrito dentro do túbulo dentinário, smear profundo. FUNÇÃO DO ÁC FOSFÓRICO 37% NO ESMALTE: Desmineralizar PARCIALMENTE a superfície. Em contato com o cálcio e o fósforo = di e tri cálcio fostato. FUNÇÃO DO ÁC FOSFÓRICO A 37% NA DENTINA: Remoção do smear layer e smear plug. Desmineralização principalmente da dentina peritubular. Exposição da trama colágena, proteger a dentina para não ressecar. PRIMER: Molécula bifuncional: componente hidrofílico e hidrofóbico. Principal função: penetrar na dentina úmida. ADESIVO: Penetra nas irregularidades, forma a camada colchão. Adesivo + polimerização = camada lisa e brilhante, caso não fique com esse aspecto = adesão falhou. ADESIVOS CONVENCIONAIS: Melhor união ao esmalte; Informações clínicas de longo prazo; Camada híbrida mais espessa. Altamente sensíveis a técnica; Aumento da permeabilidade dentinária (sensibilidade pós-operatória – nanoinfiltração). ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES: Redução dos passos operatórios; Tecnicamente menos sensíveis; Redução da nanoinfiltração e da sensibilidade pós-operatória. Adesão insatisfatória ao esmalte; Alguns sistemas: maior acidez,hidrofilia e permeabilidade. ADESIVOS UNIVERSAIS: Usados na forma convencional, autocondicionante ou com condicionamento seletivo; Pode ser usado em qualquer superfície. SITEMA CONVENCIONAL DE 2 PASSOS: Ácido + primer/adesivo. Ácido E: 20 seg. Ácido D: 10 seg. Ar/água: 20 seg. Secar com ar ou algodão. Primer/adesivo: 40 seg. Jato de ar. Primer/adesivo: 40 seg. Remover excessos. Bruna Miranda Odontologia VII 8 Foto: 20 seg. SISTEMA CONVENCIONAL DE 3 PASSOS: Ácido + primer + adesivo: Ácido E: 20 seg. Ácido D: 10 seg. Ar/água: 20 seg. Secar com ar ou algodão. Primer: 40 seg. Jato de ar. Adesivo – remover excessos. Foto: 20 seg. RESINAS: Resinas = polímeros = várias partes pequenas iguais = monômeros. FOTOATIVAÇÃO: Transforma monômeros em polímeros. O grau de conversão polimérica nunca é 100%, ou seja, nunca 100% dos monômeros irão se transformar em polímeros. Entretanto, quanto maior a conversão, menos monômeros livres, maior biocompatibilidade e melhores propriedades mecânicas. Grau de conversão = capacidade que os monômeros tem de se tornarem polímeros. CARGA: São substâncias inorgânicas adicionadas aos materiais para melhorar suas propriedades. Não participam do processo de reação. (quartzo, sílica coloidal e vidro). Reduz a contração de polimerização. Reduz a absorção de água. Reduz o coeficiente de expansão térmico. Aumenta a resistência mecânica. Aumenta o modulo de elasticidade. Aumenta a radiopacidade. AGENTES DE UNIÃO: Organosilanos, titatanos e zirconatos. Une as partículas e a matriz resinosa. Melhora as propriedades físicas e mecânicas. Estabilidade hidrolítica. CLASSIFICAÇÃO DAS RESINAS: Quanto ao método de ativação: Quimicamente ativadas. Fotoativadas. Duais. Quanto ao tamanho das partículas: Macroparticuladas: não são mais utilizadas. Microparticuladas: utilizadas para a última camada em dentes anteriores. Híbridas: microhíbridas ou sub- microhíbridas. Nanoparticuladas: permitem o aumento de cargas, proporcionando propriedades mecânicas similares às hibridas e lisura superficial superior às microparticuladas. Quanto ao escoamento: Alto: resina tipo flow. o Base cavitária: regulariza fundo cavitário. o Selante. o Barreira gengival. o Cimentação. Médio: para restauração. Baixo: resinas condensáveis ou compactáveis para restaurações posteriores. CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO X TENSÃO DE POLIMERIZAÇÃO: Contração: contração da resina. Tensão: força que a resina faz nas paredes quando se contrai. Como minimizar a tensão: técnica incremental, não unir todas as paredes de uma só vez e utilizar resina de baixa contração (resina bulk). NIVELAMENTO DA CAVIDADE: Tornar a cavidade mais receptiva a resina e colocar a flow de baixa contração (bulkfil). RESINA DE DENTINA E ESMALTE: Bruna Miranda Odontologia VII 9 Dentina deve ser mais escura, ou seja, um tom abaixo do dente. Esmalte um tom acima. PARA CLASSE II: Imprescindível o uso e cunha, matriz, selamento cervical e nivelamento das paredes. PROTOCOLO RESTAURAÇÕES: Profilaxia. Exame clinico. Radiografia. Anestesia. Seleção de cor: deve ser feita antes do isolamento, pois o ressecamento do dente o faz parecer mais opaco. Isolamento absoluto. Acesso. Remoção SELETIVA de cárie. Condicionamento ácido. Lavagem. Secagem (cuidado para não ressecar a dentina). Sistema adesivo. Fotoativação 20s. Técnica incremental. Fotoativação de cada incremento por 40s. ISOLAMENTO ABSOLUTO: Anestesia. Seleção de cor. Fio dental para checar contatos interproximais. GRAMPOS: 200 a 205: molares. 206 a 209: pré-molares. 210 e 211: incisivos e caninos. W8A e 26: dentes posteriores. 212, 212L e 212R: retração. Uso de cunhas: adaptação e estabilidade da matriz cervical promovendo afastamento do dente vizinho e adaptação cervical da restauração. Uso da matriz: fornece lisura e contorno a restauração. RESINAS DIRETAS: Restaurações de lesões cariosas oclusais e/ou proximais pequenas e médias. Substituição de restaurações oclusais e/ou proximais pequenas e médias. FATORES A CONSIDERAR: Presença de esmalte em toda a margem. Longevidade maior em pré-molares. Localização e tipo de contato oclusal. Tipo de restauração no dente antagonista. Possibilidade de isolamento absoluto. Acesso adequado para remoção de restauração. Tamanho da cavidade vestíbulo-lingual na caixa proximal. RESTAURAÇÕES SEMI-DIRETAS: Direta: Procedimentos intrabucais – única sessão. Semi-direta: Procedimentos intra e extra – única sessão ou duas sessões. Indireta: Procedimentos intra e extra – 2 sessões. Envolve laboratório. DECISÃO DE RESTAURAR: Lesões inativas: monitoramento. Lesões ativas e superficiais: ações preventivas ee monitoramento. Lesões ativas com perda significativa de estrutura: restauração, ações preventivas e monitoramento. SELEÇÃO DA RESINA COMPOSTA: Resinas compostas: micro-híbridas, nano- híbridas ou Nanoparticuladas. Resinas flow. Resinas de baixa contração. RESINA POSTERIOR SEMI-DIRETA: Indicações: Bruna Miranda Odontologia VII 10 Perda de no máximo 1 cúspide de não- trabalho. Urgência. Redução de custo. Passo a passo: Preenchimento das retenções antes de moldar: resina flow ou ionômero (resinoso para restaurar no mesmo dia ou quimicamente ativado para restaurar em mais sessões, nesse caso, desgastar com a broca mantendo o ionômero em áreas retentivas. Materiais de moldagem: silicone de condensação ou de adição. o Para vazar silicone com outro silicone: usar isolante, normalmente gel hidrossolúvel. o Silicone de condensação: vazamento de 15 a 30 min devido a recuperação elástica e a geração de álcool como subproduto. AJUSTE OCLUSAL: O método do auxílio do paciente (perguntar se sente o dente alto) pode não ser eficiente, pois: o paciente pode ficar cansado ou ausência de contato oclusal devido a desgaste excessivo realizado pelo dentista. AJUSTE OCLUSAL UNITÁRIO EM DENTES POSTERIORES: Carbono no lado oposto. Carbono na restauração. Marcações fortes no dente restaurado: remover com brocas. Carbono novamente no lado oposto. Pontos nos elementos vizinhos ao dente restaurado: sinal de melhora, mas ainda assim é preciso remover os contatos mais fortes. Desgaste da forma correta = pontos dos elementos vizinhos ficam mais intensos. Realizar ajustes nos movimentos de trabalho e não trabalho. Após ajuste questionar o paciente se está alto. AJUSTE OCLUSAL UNITÁRIO EM DENTES POSTERIORES EM MOVIMENTO: Carbono do lado vermelho e pedir ao paciente para morder em MIH. Será possível identificar a marcação do carbono azul com o vermelho. Direcionar movimentos: protrusão, lateralidade de trabalho e de não trabalho com o carbono vermelho voltado para a restauração. Se aparecer contato em vermelho = remover a interferência. Se o paciente não tiver guia canina do mesmo lado da restauração = possível presença de contato prematuro. AJUSTE OCLUSAL UNITÁRIO EM DENTES ANTERIORES EM MIH: Parte azul voltada para a restauração. Se houver contato prematuro = marcação de um único ponto apenas na restauração. Ajuste com brocas de acabamento. Desgaste lento até que os contatos fiquem mais homogêneos. AJUSTE OCLUSAL UNITÁRIO EM DENTES ANTERIORES EM MOVIMENTO: Deve se observar se todos os dentes estão tendo pontos de contato, e não apenas só o elemento restaurado. Se apenas a restauração tiver ponto de contato é preciso ajustar. Ajustar de forma lenta sempre conferindo com o carbono. No movimento de trabalho e não trabalho também precisa ser feito nos dentes anteriores. Se houver algum contato prematuro é possível ver uma “pista” marcada no elemento; É importante lembrar que a desoclusão ideal é feita pelo canino, então haverá presença de uma “pista” na região. REPARO EM RESTAURAÇÕES: Reparo: procedimento restaurador definitivo para substituir uma falha ou uma porção fraturada com um material restaurador, mas deixando outra porção intacta. Bruna Miranda Odontologia VII 11 Normalmente, se uma restauração possui mais de 50% de falha, ela deve ser removida e não restaurada. VANTAGENS DO REPARO: Preservação da estrutura. Aumento da longevidade da restauração. Aumento da longevidade do dente. Redução de riscos pulpares. Redução de tempo do tratamento. Redução de custo. Boa aceitação pelos pacientes. Ausência de anestesia em muitos casos. LIMITES DO REPARO: Discordância do paciente. Paciente com baixo índice de retorno. Alto risco de cárie. Falhas de mais da metade da restauração. Cárie secundária atingindo mais da metade da restauração. Falha prévia de reparo. REPARO DE MARGEM (INDEPENDENTE DO MATERIAL): Limpeza com pedra pomes. Ácido fosfórico 37% por 15s. Adesivo. Resina flow ou selantes. REPARO DE IONÔMERO DE VIDRO: Promover rugosidade superficial ou aplicar ácido fosfórico. Aplicar nova camada do mesmo ionômero. REPARO COM RESINA EM RESTAURAÇÕES EM AMÁLGAMA: Adesivo universal (capacidade de aderir em metais). Resina flow para preencher os pequenos espaços entre amálgama e dente. Aplicação de resina com carga em casos de perda de estrutura que comprometa a anatomia. REPARO COM RESINA: Adesivo universal ou convencional. Resina flow para preencher os espaços entre resina e dente. Restauração em resina. MATERIAIS DE MOLDAGEM: Moldagem: ato de moldar. Molde: cópia em negativo. Modelo: cópia em positivo. Tixotropia: capacidade de um líquido viscoso fluir sob pressão (ex: katchup). PROPRIEDADES IDEAIS: Fluidos o bastante. Suficientemente viscosos. Solidificar em curto tempo (mínimo 7 min). Resistência ao rasgamento. Estabilidade dimensional. Biocompatibilidade. Custo-benefício. CLASSIFICAÇÃO: Mecanismo de presa Anelástico (rígido) Elástico (flexível) Irreversível Gesso paris, pasta zincoenólica Alginato, polissulfeto, poliéter, silicone por condensação, silicone por adição Reversível Godiva Agar CIMENTOS ODONTOLÓGICOS: POR QUE CIMENTAR? Preenche o espaço entre o dente e a restauração. Permite a fixação do material indireto. Previne infiltrações. Previne o deslocamento da restauração. Vedamento. Proteção pulpar. Bruna Miranda Odontologia VII 12 MECANISMOS DE UNIÃO: União mecânica: restauração encaixada na cavidade sem adesão (ex: amálgama). Adesão micro-mecânica: tratamento da superfície com ácido > desmineralização > adesivo > restauração (ex: resina composta). Adesão química: material na cavidade tem reação química com o dente (ex: cimento de ionômero de vidro). CLASSIFICAÇÃO: PROVISÓRIOS: coroa de resina acrílica. Óxido de zinco e eugenol. Óxido de zinco sem eugenol. Hidróxido de cálcio. DEFINITIVOS: restaurações de metal, porcelana, resina indireta. Fosfato de zinco. Cimento de ionômero de vidro. Cimento resinoso. CLAREAMENTO DENTAL: Procedimento estético, medicamentoso, dose dependente e dependente do tempo. COMPONENTES DOS GÉIS : Uréia: controle do pH do gel no meio bucal. Amônia: aumenta a permeabilidade da estrutura dental, facilita a penetração do oxigênio, ajuda a degradar a região interprismática do esmalte facilitando a passagem do oxigênio até a dentina. Carbopol: aumenta a viscosidade, estabiliza o agente clareador e torna possível uma lenta liberação de oxigênio. PERÓXIDOS: Precisam se dissociar para agir: peróxido de hidrogênio (é o que vai clarear) e ureia. Os peróxidos não possuem boa estabilidade na natureza, por isso quando entram em contato com o dente, se dissocia em água e íons de oxigênio reativo. O oxigênio reativo tem grande afinidade com as moléculas, e irá transformar essas moléculas grandes e complexas em moléculas curtas e simples, com potencial menor de pigmentação. O manchamento na dentina se dá através de cadeias carbônicas. Dentina = cerca de 18% de material orgânico = onde há pigmentação dental. O peróxido de carbamida contém 70% de uréia (controle de pH no gel) e 30% peróxido de hidrogênio. SENSIBILIDADE: A sensibilidade pode ocorrer pela toxicidade dos géis, chegada de oxigênio na polpa, degradação da região interprismática e aumento da rugosidade. Nitrato de potássio: despolarizante neural = não permite que o estímulo se propague através do neurônio. ENDODONTIA: ACESSO: DENTES ANTERIORES: Face palatina/lingual. Forma triangular. 1 a 2 mm do cíngulo. Broca entra perpendicular e depois é colocada paralelamente. CANINOS: chama de vela/oval. PRÉ-MOLARES SUPERIORES: Fossa central. Formato oval. PRÉ-MOLARES INFERIORES: Fossa central com tendência para mesial. Formato oval. 1º MOLAR SUPERIOR: Possui tubérculo de Carabelli. ML > MV > DV > DL. 2 raízes vestibulares e 1 lingual. Bruna Miranda Odontologia VII 13 4 canais na maior parte dos casos: MV1, MV2, DV e P. Triangular ou trapezoidal/irregular (quando há 4 canais). 2º MOLAR SUPERIOR: 2 raízes vestibular e 1 lingual. Sempre penetrar pelo canal palatino. Formato triangular com base para vestibular. 1º MOLAR INFERIOR: 5 cúspides. Penetrar pelo canal distal. Formato triangula com base para mesial. 2º MOLAR INFERIOR: 4 cúspides. MEDICAÇÃO INTRACANAL: CARACTERÍSTICAS: Poder antimicrobiano. Ação rápida. Fácil de colocar. Não causar sensibilidade. Não ser irritante. Não alterar a cor. BIO NECRO Canal totalmente instrumentado Obturação imediata ou pasta HG Pasta HPG Canal parcialmente instrumentado Otosporin ou Decadron Hipoclorito de sódio HPG: volumes iguais de glicerina e PMCC (paramonoclorofenol canforado) + pó de hidróxido de cálcio. OBJETIVOS: Eliminar microrganismos que sobreviveram ao preparo químico-mecânico. Evitar recontaminação entre consultas. Impedir proliferação antimicrobiana. Atuar como barreira físico-química. ANTISSÉPTICOS: Específicos: antibióticos. Não específicos: derivados fenólicos. Paramonoclorofenol canforado: barreira química. Período de ação de mais ou menos 48 horas, colocar com bolinha de algodão. Barreira física: pastas de hidróxido de cálcio. HPG O – dentes anteriores: hidróxido de cálcio + paramono + glicerina + óxido de zinco (radiopacificador). HPG I – dentes posteriores: hidróxido de cálcio + paramono + glicerina + iodofórmio (radiopacificador).
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