Buscar

Resumo Epidemio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Epidemiologia Descritiva/Prevalência e Incidência
/Tipos de Estudos
Estudos transversais (seccional, de prevalência):
Apresentam três características essenciais: (a) as mensurações são
feitas num único momento do tempo; (b) são úteis quando se quer
descrever variáveis e seus padrões de distribuição; e (c)
constituem o único desenho que possibilita identificar a
prevalência de um fenômeno de interesse.
Vantagens: baixo custo, rápida, menor risco de perdas, fácil de
obter amostra representativa, bom para DESCREVER o evento.
Fornece uma estimativa da prevalência.
Desvantagens: NÃO estabelece relação causal ou temporal (o
que veio antes ou depois - história natural); Quanto menor a
prevalência do desfecho, maior o tamanho da amostra; curados ou
mortos não aparecem; estima ASSOCIAÇÃO e não estima risco;
Estudos de Coorte/Longitudinal:
Indivíduos são selecionados segundo o status de exposição, sendo
seguidos para avaliar a incidência de doenças. Analisar
associações entre fatores de risco e os desfechos de interesse
(analítico).
a) Prospectiva
Vantagens: Mede incidência; Investigação de causa; Medida
acurada e completa das variáveis.
Desvantagens: Alto custo e ineficiente para desfechos raros e
para doenças com fase pré-clínica longa.
b) Retrospectiva
Vantagens: fator de risco precede o desfecho; menos tempo e
recurso financeiro (que prospectivo); desfecho não enviesado
pelo conhecimento do desfecho.
Desvantagens: O investigador não tem controle sobre a natureza
e qualidade dos preditores; viés de registro.
Quanto aos participantes:
a) fixa (todos iniciam juntos);
b) dinâmica (pessoas entram e saem a todo momento)
Prevalência (Transversal)
Casos existentes. Medida
estática. Não há seguimento.
Incidência (Longitudinal)
Casos novos. Medida
dinâmica. Há seguimento.
Casos em um dado ponto do
tempo
P = casos / pessoas avaliadas
Casos novos em um dado
período de tempo
I = casos NOVOS / pessoas em
risco ou pessoas-tempo
↑ taxa de prevalência ↓ taxa de prevalência
↑ duração da doença
↑ da sobrevida sem cura
↑ de casos novos
imigração de casos
emigração de sadios
imigração de suscetíveis
melhora dos diagnósticos
↓ duração da doença
maior letalidade
↓ de novos casos
imigração de sadios
emigração de casos
↑ da cura da doença
Estudos Ecológicos/Agregados
Baseia-se na comparação entre indicadores relacionados com a
exposição a que uma população foi submetida ou na comparação
desses indicadores e níveis de exposição de múltiplas populações.
Diferencia-se dos outros estudos porque sua unidade de análise é
representada por grupos, e não indivíduos. Medidas agregadas
são representadas por taxas, indicadores, proporções, médias ou
qualquer outra estatística-resumo de um grupo ou mais grupos a
serem estudados.
A principal desvantagem de um estudo ecológico é sua
suscetibilidade a vieses.
A coleta de dados de um estudo ecológico é embasada na busca
de indicadores grupais, usualmente fundamentados em
proporções ou taxas, que possibilitem uma comparação entre
exposição e desfecho. Desse modo, ao analisarmos os dados de
estudos ecológicos, deparamos com, pelo menos, duas fontes de
variabilidade: a variabilidade dentro de cada grupo, a qual, na
maioria das vezes, não é passível de mensuração, dado que as
medidas em análise já estão previamente agregadas, e a
variabilidade entre os grupos, a qual pode estar fortemente
influenciada pela variabilidade intragrupo. A diferença de
magnitude observada entre dados agregados e dados individuais
será tanto mais forte quanto mais heterogênea for a distribuição
das variáveis de exposição e desfecho dentro de cada grupo.
Além disso, o efeito de fatores confundidores não mensurados
também pode contribuir para essas diferenças de magnitude.
Estudo de Caso-Controle
Compara uma possível causa entre casos e controles; Determinam
se fatores de risco são causas contribuintes da doença; Alternativa
aos estudos de coorte; Retrospectivos;
Vantagens: Capaz de estudar doenças raras ou com longo
período de incubação; Mais barato e rápido que coorte; Amostra
pode ser pequena; Sem necessidade de acompanhamento;
Investigação simultânea de vários fatores de risco.
Desvantagens: Não mede prevalência e incidência; Difícil
condução especialmente na seleção dos controles (casos e
controles podem não ser comparáveis); Dados de exposição
passada não disponíveis; Exposição rara (geralmente em relação à
um trabalho específico)
- Sujeito à viés de confundimento, informação, viés de memória,
viés do entrevistador (por conhecimento do grupo);
- Pode ter mais de um controle (geralmente mais de um quando o
evento é raro);
CUIDAR COMO OS CASOS E CONTROLES FORAM
SELECIONADOS! Após a identificação dos casos, procede-se à
seleção dos controles. Idealmente, controles devem ser escolhidos
a partir da população-fonte de onde provieram os casos.
Para um pareamento adequado é necessário identificar os casos e,
em seguida, selecionar um ou mais controles que apresentam os
mesmos valores que o caso para cada fator de pareamento. Por
exemplo, o pareamento por idade pode ser feito com indivíduos
que tenham idade num intervalo de ±2 anos do sujeito alocado no
grupo caso.
Ensaios Clínicos
1) Controlado ou randomizado: dois grupos com alocação dos
indivíduos nos grupos de forma aleatória
2) Não controlados (ou antes-depois): um grupo teste
3) Quase-experimental: alocação dos indivíduos em cada grupo
não é aleatório
ECR: Estudos epidemiológicos experimentais nos quais o
investigador controla as condições que podem interferir no
resultado.
Conceitos:
Eficácia: mostrar que a intervenção funciona sob condições ideais
e bem controladas (no ECR)
Efetividade: mostrar que a intervenção funciona quando aplicada
sob condições habituais (na vida real)
Eficiência: relação custo benefício
Características necessárias ao ECR:
1. Comparabilidade dos grupos sob investigação: indivíduos
alocados de forma aleatória (randomização); sorteio evita
manipulação de resultado (eliminar viés de seleção);
2. Comparabilidade de tratamento: criação de “placebo” evita
indução emocional;
3. Cegamento: participantes desconhecem em que grupo se situa,
intervenção ou controle; duplo-cego se nem o profissional sabe
quem usa medicação ou placebo;
É a melhor fonte de evidências clínicas sobre a efetividade
terapêutica de uma terapia
Causalidade
“Causalidade” significa o relacionamento das “causas” aos
“efeitos” que produzem.
Causa é um evento, condição ou característica antecedente e
necessária para o surgimento de uma doença no momento em que
ela ocorreu, contanto que outras condições sejam fixas.
Classificação das causas:
1. Causas humanas e ambientais: interação entre a predisposição
individual e as exposições ambientais.
2. Causas proximais, intermediárias e distais: é a distância em que
estejam das manifestações clínicas.
3. Causas predisponentes, desencadeadoras e agravantes: leva em
conta o tipo de contribuição de um dado fator no
desenvolvimento de um agravo à saúde. Na realidade, esta não é
uma questão absoluta, imutável, mas relativa, pois um mesmo
fator é colocado em mais de uma categoria, já que pode funcionar
diferentemente, dependendo de cada situação, em particular, e do
modelo causal elaborado.
4. Causa necessária e suficiente: Uma causa é “necessária”
quando sempre precede um efeito; é “suficiente” quando
inevitavelmente inicia ou produz o efeito.
Ex.: Nas infecções, a causa necessária é a presença do
agente biológico. Ele é o fator principal, sem o qual não há
infecção. No entanto, só o agente não é suficiente para o
desenvolvimento da doença, que exige a contribuição de outros
fatores. São eles os que explicam por que nem todas as pessoas
infectadas pelo bacilo da tuberculose desenvolvem a doença ou
por que nem todos os portadores de infecção chagásica
manifestarão a doença no futuro.
Associação e causalidade não são sinônimos. Dois
eventos podem estar associados, sem que um seja a causa do
outro; eles podem também estar etiologicamente ligados. O termo
“associação” tem o significado de relação (ou correlação)
estatísticaentre dois ou mais eventos. “Causalidade”, ou seja, a
relação do tipo “causa e efeito” entre dois eventos, significa que a
presença de um deles contribui para a presença de outro. É o que
ocorre entre um fator de risco e uma doença. A remoção do fator
de risco, por sua vez, diminui a frequência da doença.
Confiabilidade e validade de dados
Viés
Validade (acuidade, acurácia ou exatidão; em inglês: validity,
accuracy) — refere-se ao grau em que o exame é apropriado para
medir o verdadeiro valor daquilo que é medido, observado ou
interpretado. A validade informa se os resultados representam a
“verdade’’ ou o quanto se afastam dela. Por exemplo, o
eletrocardiograma (ECG) é teste de maior validade, comparado à
auscultação cardíaca feita com o estetoscópio, no intuito de
detectar alterações cardiovasculares típicas da doença de Chagas.
Reprodutibilidade (confiabilidade, fidedignidade, repetibilidade
ou precisão; em inglês: reproducibility, reliability, repeatability,
consistency, stability, precision) — é a consistência de resultados
quando a medição ou o exame se repete. Por exemplo, dois
radiologistas que lêem independentemente um do outro as
mesmas radiografias e chegam ao mesmo diagnóstico alcançam o
nível máximo de reprodutibilidade. Mas os dois especialistas
podem estar certos ou errados em seus diagnósticos.
Kappa (símbolo: “k”) é um indicador de concordância ajustada,
pois leva em consideração, descontando no cômputo final, a
concordância devida ao fator chance.
Intra-examinador: 1 único examinador avalia 10% da
amostra do estudo, por dois momentos diferentes, com no mínimo
1 semana de intervalo entre os exames
Inter-examinador: <0.20- pobre concordância 0.21-040-
concordância fraca 0.41-0.60- concordância moderada 0.61-0.80-
concordância substancial 0.81-1.0- concordância quase perfeita
Validade interna — diz se as conclusões de uma investigação
são corretas para a amostra estudada. A validade interna pode ser
afetada pelo erro aleatório ou pelo erro sistemático. O erro
aleatório se deve ao acaso e pode ser minimizado mediante o
aumento do tamanho da amostra ou a diminuição da variação nas
medidas. O erro sistemático consiste em qualquer erro
introduzido no estudo, desde sua preparação até sua publicação,
que distorça sistematicamente os resultados e as conclusões do
estudo.
Validade externa — diz se as conclusões encontradas em uma
investigação, cujos dados foram obtidos em uma amostra, são
aplicáveis à população de onde a amostra provém ou a outras
populações, até que ponto os resultados de um estudo são
aplicáveis a outras situações ou outros pacientes. A validade
externa também é denominada capacidade de generalização
Viés: erro sistemático, vício, tendenciosidade, desvio, deturpação,
distorção ou bias (do original inglês).
➔ VIÉS DE SELEÇÃO (da população ou da amostra): erro na
identificação da população ou grupos de estudo; erro devido a
diferenças sistemáticas entre as características daqueles
indivíduos incluídos no estudo e daqueles que não o são;
distorção sistemática introduzida pela maneira como os
participantes são selecionados para o estudo, por perdas ou
por não-resposta dos incluídos, originalmente, na amostra.
Ex.: População de referência não adequada para os
objetivos da investigação; Tamanho de amostra insuficiente;
Falha no método de seleção da amostra; Perdas na amostra:
pessoas que incluídas na amostra não são contactadas ou são
perdidas durante a coleta de dados; Não-resposta de alguns
participantes; Não-equivalência de características dos grupos
objeto de comparação.
➔ VIÉS DE AFERIÇÃO (da informação ou da observação):
erro sistemático de diagnóstico de um evento, quando os
resultados podem ser imputados à maneira como as
variáveis são conceituadas ou medidas.
◆ Viés do observador: está presente quando há diferenças
sistemáticas na coleta de dados, e elas são imputadas ao
observador: por exemplo, por distorções na forma de
interrogar, examinar e solicitar exames complementares, ou
diagnosticar, anotar e notificar um evento.
◆ Viés do instrumento de coleta de dados: Um instrumento
inadequado ou defeituoso constitui uma séria limitação para
a qualidade da informação produzida com o seu uso. Na
verdade, uma das maiores dificuldades de uma pesquisa
consiste na preparação e aferição de um instrumento
apropriado para alcançar os objetivos a que a pesquisa se
propõe.
◆ Viés do sujeito: é uma distorção na aferição originada pelo
sujeito do estudo, por exemplo, ao relatar um evento (viés
do respondedor).
Ex.: Definição inadequada das variáveis: seja quanto ao que deve
ser considerado “caso” de doença ou de “exposição” ao fator
de risco, seja quanto à conceituação precisa das demais
variáveis; Baixa validade dos instrumentos de coleta de
dados (instrumento não apropriado para a mensuração); Uso
inadequado de instrumentos apropriados; Preparação
deficiente dos observadores; Maior ênfase na procura dos
dados em um dos grupos ou em determinados segmentos da
população; Resposta equivocada das pessoas contactadas
➔ VIÉS DE CONFUNDIMENTO: erro sistemático que ocorre
quando os resultados de uma associação entre dois fatores
podem ser imputados, total ou parcialmente, a um terceiro
fator não levado em consideração; este terceiro fator é a
variável de confundimento. Os três requisitos para
identificar um potencial fator de confusão são: 1. Ele não
deve ser um intermediário na relação; 2. Deve estar
associado com a exposição; 3. não deve ser fator de risco
para o desfecho.
Ex: Não levar em consideração fatores de confundimento; Não
levar em consideração a interação entre variáveis; Análise
estatística inadequada (ou ausente, em situações em que
devia ter sido feita).
Acurácia: Variável se aproxima do valor verdadeiro;
Comparação com “padrão-ouro”; Aumento da validade das
conclusões; Erro sistemático.
Precisão: Variável com valores semelhantes quanto às medidas
várias vezes; Comparação entre medidas repetidas; Aumento do
poder estatístico para detectar os efeitos esperados; Erro aleatório.
Pesquisa Qualitativa
É definida como aquela que prioriza a análise de
microprocessos por meio do estudo das ações sociais
individuais e grupais, produzindo uma análise aprofundada e
contestada dos dados (aqui chamados de informações).Seu
raciocínio se baseia principalmente na percepção e na
compreensão humana.
A observação, a entrevista e a análise dos materiais
(inclusive de documentos) são os métodos de pesquisa qualitativa
mais comuns. A coleta de informações continua até se alcançar a
saturação, ou seja, até que o pesquisador sinta que não há
informações adicionais sendo coletadas. O tamanho amostral é
geralmente pequeno, mas a análise demanda muito tempo e
protocolos a serem seguidos.
O pesquisador vai a campo com o objetivo de “captar” o
fenômeno em estudo a partir da concepção e do entendimento das
pessoas nele envolvidas, respeitando e considerando todos os
pontos de vista como relevantes.
Diversos tipos de “informações” são coletados e analisados para
que a dinâmica do fenômeno pesquisado possa ser compreendida
em todas as suas facetas. A abordagem qualitativa oferece três
diferentes possibilidades de se realizar pesquisa – três desenhos
metodológicos: a pesquisa documental, o estudo de caso e a
etnografia.
Revisão de Escopo
Revisão Sistemática
Revisão Sistemática Revisão de Escopo
Diferenças Questão de pesquisa
específica
Protocolo de pesquisa
à priori
Qualidade
metodológica
avaliada
Extração detalhada
de dados
Metanálise (opcional)
Questão de pesquisa
ampla
Inclusão e exclusão
podem ser redefinidos a
posteriori
Todos os tipos de estudo
Qualidade dos artigos não
é uma prioridade
Pode ou não envolver a
extração de dados
Síntese mais qualitativa
Usado para identificar
parâmetros e lacunas em
um corpo de literatura.
Definição Esse tipo de
investigação
disponibiliza um
resumo das
evidências
relacionadas com
uma estratégia de
intervenção
específica, mediante
a aplicação de
métodos explícitos e
sistematizados de
busca, apreciação
crítica e síntese da
informação
selecionada."Os estudos de escopo
visam mapear
rapidamente os
conceitos-chave que
sustentam uma área de
pesquisa e as principais
fontes e tipos de
evidências disponíveis, e
podem ser realizados
como projetos autônomos
por direito próprio,
especialmente quando
uma área é complexa ou
não foi revisada de forma
abrangente antes.”
Objetivos Examinar a natureza,
extensão e o alcance da
atividade de pesquisa
Determinar a
possibilidade e relevância
de realização de uma
revisão sistemática
Sumarizar e divulgar os
dados da investigação
Identificar as lacunas de
pesquisas através da
literatura existente
Amostragem
População alvo: conjunto de elementos para os quais se deseja
que as conclusões oriundas da pesquisa sejam válidas.
População-fonte: conjunto de elementos de onde serão
selecionados aqueles que farão parte da investigação,
representando, portanto, potenciais elementos para constituir a
amostra.
Um parâmetro é definido como qualquer resumo dos elementos
de uma população, enquanto o resumo provável de elementos de
uma amostra é chamado de estatística (medida, métrica).
Probabilística
- Aleatória simples (ex: sorteio)
- Sistemática (ex. população naturalmente ordenada em lista
(telefônica, prontuário - N/n = I → 100/10 = 10 então 3, 13, 23,
33...93)
- Estratificada (aleatória dos estratos)
- Por conglomerados: É uma amostra aleatória simples na qual
cada unidade de amostragem é um grupo ou conglomerado
(cluster) de elementos.
Não-probabilística
- Inacessibilidade a toda população
- Amostra a esmo ou sem norma (ex. caixa de parafuso)
- Material contínuo (ex. líquido/gasoso)
- Intencionais/ por julgamento: Os elementos são escolhidos por
um perito na matéria. Não é aplicado nenhum tipo de sorteio na
seleção dos elementos, senão o critério pessoal do perito.
- Voluntários
- Cotas: São formados diversos estratos, geralmente baseados em
características da população, como sexo, idade, classe social etc.,
e a escolha dos elementos a serem entrevistados em cada estrato é
feita pelo entrevistador. A cota é implementada para controlar ou
reduzir o viés de seleção.
O tamanho da amostra depende:
- tamanho da população do universo
- nível de confiança estabelecido
- erro de amostragem permitido
- proporção de uma quota característica importante do universo
Vantagens da amostragem:
- economica e rápida
- redução de viés (se bem desenhadas)
- maior controle de qualidade
Vigilância em Saúde
Vigilância Epidemiológica: Conjunto de ações que
proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores condicionantes de saúde com a
finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e
controle das doenças ou agravos (Lei 8080 de 1990).
São funções da vigilância epidemiológica:
• coleta de dados;
• processamento dos dados coletados;
• análise e interpretação dos dados processados;
• recomendação das medidas de controle apropriadas;
• promoção das ações de controle indicadas;
• avaliação da eficácia e efetividade das medidas
adotadas;
• divulgação de informações pertinentes.
As medidas quantitativas de avaliação de um sistema de
vigilância epidemiológica (principais atributos) incluem
sensibilidade, especificidade, representatividade e oportunidade; e
as qualitativas, simplicidade, flexibilidade e aceitabilidade.
Vigilância Sanitária: Conjunto de medidas que visam elaborar,
controlar a aplicação e fiscalizar o cumprimento de normas e
padrões de interesse sanitário relativo a portos, aeroportos,
fronteiras, medicamentos, cosméticos, alimentos, saneamento e
bens, respeitada a legislação pertinente, bom como o exercício
profissional relacionado á saúde. (Ministério da Saúde, 1985).
Vigilância Ativa: Há a busca ativa e rotineira de novos casos da
doença pelos profissionais da vigilância (ex: em prontuários,
através de inquéritos domiciliares, etc). É o tipo de vigilância
mais caro, mas de melhor qualidade.
Vigilância Passiva: Não há a busca ativa de casos incidentes da
doença. A vigilância espera ser avisada por profissionais de saúde
sobre novos casos. No Brasil há uma séria de doenças de
notificação compulsória (nenhuma bucal). É um tipo de vigilância
barato, mas que subestima a incidência pela subnotificação.
Vigilância Sentinela: Baseia-se no relato de casos de doenças
que deveriam ser prevenidas. Desta forma, observa-se “falhas” no
sistema de saúde através de “eventos sentinela”. É o tipo de
vigilância mais barato, entretanto só pode ser aplicado a um
pequeno grupo de doenças
Conceitos básicos de Vigilância:
Epidemia é a elevação do número de casos de uma doença ou
agravo, em determinado lugar e período de tempo, caracterizando
de forma clara um excesso em relação à frequência esperada.
Surto é um tipo de epidemia em que os casos se restringem a
uma área geográfica pequena e bem delimitada ou a uma
população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, etc.).
Endemia ocorre quando novos casos (incidência) de uma mesma
doença são constantes e previsíveis, independente da prevalência
atual.
Investigação epidemiológica é o método de trabalho utilizado
para esclarecer a ocorrência de doenças transmissíveis ou de
agravos inusitados à saúde, a partir de casos isolados ou
relacionados entre si. Consiste em um estudo de campo realizado
a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou
suspeitos) e seus contatos.
Medidas de Associação e Efeito
Testes diagnósticos
Tabela de Contingência 2x2
Desfecho/Doença
Teste
ou
Exposição
Presente Ausente Total
Positivo a b A + B
Negativo c d C + D
Total A + C B + D A + B + C
+ D
a = verdadeiro positivo ~~ doentes expostos
b = falso positivo ~~ não-doentes expostos
c = falso negativo ~~ doentes não-expostos
d = verdadeiro negativo ~~ não-doentes não-expostos
Valor Preditivo Positivo (VPP): a / (a+b) ~~ proporção de doentes
entre os considerados positivos ao teste
Valor Preditivo Negativo (VPN): d / (c+d) ~~ proporção de
sadios entre os negativos ao teste
Sensibilidade e especificidade são propriedades inerentes ao
teste e não variam substancialmente a não ser por mudanças na
técnica ou por erros na sua aplicação.
Sensibilidade: a / a+c ~~ capacidade que o teste apresenta de
detectar os indivíduos verdadeiramente positivos
Especificidade: d / b+d ~~ capacidade que o teste tem de detectar
os verdadeiros negativos
Acurácia: a+d / a+b+c+d
Prevalência: a+c / a+b+c+d
Razão de Verossimilhança Positiva: quantas vezes é possível
encontrar um resultado positivo em pessoas doentes, comparado
com pessoas não doentes: RVP = S / (1-E) ~~ quanto melhor o
teste, maior RVP!
Razão de Verossimilhança Negativa: quantas vezes é mais
provável encontrar um resultado negativo em pessoas doentes,
comparado com pessoas não doentes: RVP = (1-S) / E ~~ quanto
melhor o teste, menor RVN!
Medidas de associação
1) Relativas (razão - divisão): Magnitude da associação entre
fator de exposição e desfecho/doença; Quanto maior a diferença
entre grupos, mais forte a associação.
Risco Relativo (RR) = I E / I ñE
Razão de Prevalências (RP) = P E / P / ñE
Odds Ratio = ad / bc
2) Absolutas (diferença - subtração): O quanto a frequência de
um desfecho é (maior/menor/igual) em relação ao grupo de
exposto e não expostos.
Medidas de Impacto:
Estimar o impacto de medidas efetivas de prevenção na
população. Utilizadas em estudos epidemiológicos para refletir o
quanto de doença se pode prevenir removendo o fator etiológico
da população.
(a) Risco atribuível (RA) - excesso de risco de desenvolver o
desfecho.
RA = I E - I ñE
(b) Risco atribuível na população (RAp) - risco total na
população atribuível ao fator de exposição ou, na presença de um
programa de prevenção.
RAp = RA x Prevalência da exposição
(c) Fração atribuível na população (FAp) - proporção de casos na
população relacionada ao fator em estudo. É expressa em %.
FAp = RAp / Incidência total na população.
FÓRMULAS e Termos importantes:
Razão (ratio): relação entre duas quantidades quaisquer;
Proporção (proportion): tipo de razão onde o numerador é da
mesma natureza e está contido no denominador;
Taxa (rate):refere-se a razões especiais nas quais
necessariamente temos no denominador uma unidade de tempo.
Prevalência:
Incidência (IC = Incidência cumulativa | I = taxa de incidência):
Idades-índice e grupos etários: Procedimentos metodológicos,
com o objetivo de permitir a comparabilidade dos achados
5 anos: avaliar crianças em dentição decídua; a perda de incisivos
decíduos não deve ser reportada;
12 anos: É provável que nessa idade, a maioria dos dentes
permanentes, se não todos (com exceção dos terceiros molares),
já estarão erupcionados. Referência global para comparações
internacionais e vigilância das tendências de doença
15 anos:
35-44: Grupo padrão para vigilância das condições de saúde
bucal em adultos. Dados desse grupo permite aos gestores e
administradores avaliar o efeito total da cárie dentária, nível de
envolvimento periodontal severo, efeitos gerais da atenção à
saúde fornecida.
65-74: Nessa faixa etária, é possível estimar as manifestações de
doenças bucais na perspectiva da trajetória de uma vida inteira.
Esses dados são importantes principalmente por dois motivos: a)
Planejar intervenções apropriadas para idosos b) Avaliação do
efeito final de programas de saúde bucal na população
Organização dos levantamentos epidemiológicos: descreve o
quadro de saúde da população; faz o papel de vigilância
epidemiológica; coleta dados sobre fatores de risco;
São importantes para o conhecimento da prevalência e tipologia
das doenças bucais, servindo para planejar, executar e avaliar
ações de saúde.
Objetivos: conhecer a prevalência e a severidade da doença;
Conhecer as necessidades de tratamento associados; Permitir a
análise do comportamento da doença ao longo do tempo;
Documentar a distribuição da doença; Permitir o planejamento
em saúde pública e; subsidiar, de maneira indireta, a avaliação
dos serviços.