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Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Dados e variáveis Dados – são os valores da variável em estudo, obtidos por meio de uma amostra. Variável- é uma condição ou característica das unidades da população. Variável quantitativa Discreta: Sequência. Só pode assumir alguns valores em um dado intervalo Exemplo: (número de filhos (nenhum, 1, 2, 3, 4 etc.), quantidade de moedas num bolso (zero, 1, 2, 3 etc.), número de pessoas numa sala. Contínua: Intervalo. Assume qualquer valor num dado intervalo. Exemplo: peso, tempo de espera, quantidade de chuva etc. Variável qualitativa Nominal: Exemplo: (cor de cabelos (loiro, castanho, preto, ruivo), tipo de sangue (O, A, B, AB), gênero (masculino, feminino), religião (espírita, católico, evangélico, outras) Ordinal: atribui uma ordem. Exemplos: (escolaridade (primeiro grau, segundo grau, terceiro grau), classe social (A, B, C, D, E), gravidade de uma doença (leve, moderada, severa). Relação entre as variáveis Estudar a relação entre duas variáveis: Exemplo: • Idade e alturas das crianças • Tempo de prática de esporte e ritmo cardíaco • Tempo de estudo e nota na prova • Taxa de desemprego e taxa de criminalidade • Expectativa de vida e taxa de analfabetismo • Vendas e Gasto com publicidade Cada unidade da amostra fornece dois valores numéricos, um referente à variável X, outro referente à variável Y. a) Existe relação entre as variáveis X e Y? sim ou não b) Que tipo de relação existe entre elas? + ou - c) Qual é o grau da relação? r Para isso, deve-se investigar a presença ou ausência de relação linear sob dois pontos de vistas. • Correlação - Quantificando a força dessa relação, • Regressão- explicitando a forma dessa relação Diagrama de dispersão Correlação positiva Correlação negativa Correlação nula Forte Fraca Coeficiente de correlação ( r ) r = 1: correlação perfeita positiva r = -1: correlação perfeita negativa. r = 0: correlação nula 0 < r < 1: correlação positiva -1 < r < 0: correlação negativa Regra prática para julgar o valor de r, embora rudimentar, é a seguinte: 0 < r < 0,25 ou - 0,25 < r < 0: correlação pequena ou nula. 0,25 < r < 0,50 ou - 0,50 < r < -0,25: correlação fraca. 0,50< r < 0,75 ou -0, 75 < r <-0,50: correlação moderada. 0,75 < r < 1,00 ou -1< r <-0,75: correlação forte ou perfeita (perfeita ser= -1 ou r =1). Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Probabilidade Frequência relativa É uma forma de estimar a probabilidade. Para calcular: Frequência absoluta: dado bruto informado pela pesquisa em questão. Soma das frequências Frequência relativa: frequência frequência total O somatório da frequência relativa deve ser igual a 1 Frequência absoluta = 2000 Frequência relativa= 65/2000, 1935/2000 Eventos Evento mutualmente exclusivo – assume uma coisa ou outra. Dois eventos são mutuamente exclusivos quando não podem ocorrer ao mesmo tempo (Ex. Se a cirurgia foi um sucesso, fica excluída a possibilidade de ter sido um fracasso). Eventos independentes- Dois eventos são independentes se a probabilidade de que ocorram juntos é igual ao produto das probabilidades de que ocorram em separado. Probabilidade = probabilidade de um ocorrer x probabilidade do outro evento ocorrer. Probabilidade condicional Estimula a probabilidade diante de uma condição. É um conceito da matemática que envolve dois eventos (A e B) num espaço amostral (S) finito e não vazio. Valor de p o valor-p corresponde ao menor nível de significância que pode ser assumido para rejeitar a hipótese nula. Dizemos então que há significância estatística quando o valor-p é menor que o nível de significância adotado (α). P>0,05 estatisticamente não significativo Não há evidência suficiente para rejeitar HO *provavelmente existe uma variação tão grande que que não é possível rejeitar H0. P<0,05 estatisticamente significativo Indica que H0 é falsa, ou seja, rejeita-se HO *se ocorrer uma variação, provavelmente ela ocorre ao acaso e a chance de cometer erro do tipo I vai ser muito pequena. Margem de erro Estima a proporção desse evento na população de onde a amostra foi selecionada. O intervalo de confiança, na forma apresentada, fornece a margem de erro da estimativa. Essa margem é dada pela amplitude do intervalo de confiança. Quando menor o intervalo de confiança, menor a margem erro. Uma das formas de diminuir a margem de erro, é aumentar a amostra. Desvio padrão • Medida de variabilidade que mede a dispersão dos dados. • Cálculo da variância -> mede o desvio de cada dado em relação à média. Desvio = dado – média Outra forma de calcular é através da raiz quadrada da variância, com sinal positivo Variância Variância da amostra é a soma dos quadrados dos desvios de cada observação em relação à média, dividida por (n – 1). Para calcular a variância: • Calcule o desvio de cada observação em relação à média; • Eleve cada desvio ao quadrado; • Some os quadrados dos desvios; • Divida o resultado por n-1 (n é o número de observações). Erro padrão • Medida de variação de uma média amostral em relação à média da população -> ajuda a verificar a confiabilidade da média amostral. • Permite estimar o intervalo de confiança. • Erro padrão da média é a raiz quadrada com sinal positivo da variância da média -> desvio padrão sobre a raiz do tamanho da amostra. É dada pela seguinte fórmula: em que s2 é a variância e n é o tamanho da amostra. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Intervalo de confiança Reflete os valores com uma alta probabilidade de conter o parâmetro populacional. • É possível calcular, com base em dados de amostras, intervalos de confiança que contêm, com certa probabilidade, a média µ da população. Para isso, é preciso estimar a variabilidade das médias das amostras -> desvio padrão (medida de dispersão) e erro padrão (EP). IC = Estimador ± valor crítico × erro padrão IC = média +/- nível de significância (1,96) x EP. A maioria dos pesquisadores considera aceitável um intervalo de 95% de confiança. O Intervalo de confiança é usado para calcular o erro amostral: Erro amostral = média – IC Coeficiente de variação (%) CV = desvio padrão / média -> os dados estão distribuídos em % em torno da média Amostragem População ou universo é o conjunto de unidades sobre o qual desejamos informação. População ou universo é qualquer conjunto grande de unidades que têm algo em comum. População-alvo: todos; população configurada: elegíveis para participar do estudo Amostra é todo subconjunto de unidades retiradas da população para obter a informação desejada. Importante saber distinguir entre os dados observados (amostra) e a vasta quantidade de dados que poderiam ter sido observados (população). Métodos de amostragem Amostra probabilística A amostra probabilística é constituída por unidades retiradas da população por procedimento casual ou aleatório. São as preferíveis. Amostragem casual simples ou aleatória simples -> seleciona ao acaso, sorteio. Amostra estratificada -> seleciona aleatoriamente e proporcionalmente de estratos/grupos similares definidos da população. Amostra semiprobabilistica Amostragem sistemática -> constituída por unidades retiradas da população seguindo um sistema preestabelecido. Você ordena as unidades, numera e retira para a amostra a k-ésima unidade. O número k é obtido por sorteio. Ex: se você quiser uma amostra constituída por⅓ dos prontuários de um hospital, deve sortear um número entre 1 e 3. Se sair o número 1, selecione a primeira unidade (número 1) para a amostra. A partir de então, tome, sistematicamente, a primeira unidade de cada três, em sequência. Amostra por conglomerados -> conglomerados são grupos de unidades que já existem na população por alguma razão. Nesse caso, um conglomerado é selecionado ao acaso da população Amostra por quotas -> as pessoas são selecionadas para a amostra porque têm uma característica bem específica. A ideia de quota é semelhante à de estrato, com uma diferença básica: a amostra estratificada é selecionada ao acaso da população, enquanto a amostra por quotas não é aleatória. Amostra não probabilística ou de conveniência A amostra não probabilística ou de conveniência é constituída por unidades reunidas em uma amostra simplesmente porque o pesquisador tem fácil acesso a essas unidades. Obs: Não confundir amostra de conveniência com amostra por conglomerados. Embora ambas envolvam grupos, são muito diferentes. Os conglomerados existem na população e, embora haja diferença dentro deles, são similares entre si, de tal maneira que cada um deles pode representar a população. Então, o pesquisador sorteia um deles. Já a amostra de conveniência é tomada pelo pesquisador porque tem acesso a essas unidades – sem considerar a falta de representatividade. Noções sobre as amostras Tamanho: do ponto de vista estatístico, devem ser grandes. No entanto, se a população for muito maior do que a amostra, a “qualidade” da estatística não depende do tamanho da população. Representatividade: a amostra só traz informações sobre a população de onde foi retirada, portanto devem ser representativas dessa população. Tendência: é a diferença entre a estimativa que se obteve na amostra e o parâmetro que se quer estimar. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Como determinar o tamanho da amostra? Precisamos analisar: → Qual tamanho da população → A margem de erro (quanto menor, melhor). → Nível de confiança → Desvio padrão → Encontrar escore z (número de desvios padrão) Cálculo: N = tamanho da população • e = margem de erro (porcentagem no formato decimal) • z = escore z Acurácia →Indica o grau de concordância que há entre o resultado da medição e o dito valor verdadeiro (aquele que é aceito, desde que estabelecido por uma definição ou consenso) da grandeza. “daquilo que você mediu, o que realmente é verdade “. Essa acurácia pode ser estimada por meio da comparação dos resultados de um teste, chamado de teste índice, com os resultados de um teste padrão de referência. Verdadeiros positivos + verdadeiros negativos Total de participantes Precisão → está relacionada com a variabilidade das medidas. É o grau de variação de um conjunto de medições, isto é, quanto maior a precisão menor a variabilidade entre as medidas. Trata os erros aleatórios de um conjunto de medições. Na análise da qualidade; acurácia de testes clínicos, temos que conhecer duas probabilidades condicionais; Sensibilidade: a probabilidade de o teste dar positivo em indivíduo realmente doente. Especificidade – a probabilidade de o teste dar negativo em indivíduo não doente. Valor preditivo positivo e negativo Valor preditivo positivo VPP – a probabilidade de o paciente estar realmente doente quando o resultado do teste é positivo, ou seja, a proporção de verdadeiros positivos em indivíduos com teste positivo. Verdadeiros positivos Total com teste positivo Valor preditivo negativo VPN – é a probabilidade de o paciente não estar doente quando o resultado do teste é negativo, ou seja, a proporção de verdadeiros negativos entre todos os indivíduos com teste negativo. Verdadeiro negativo Total com teste Medidas de associação Estimam a associação entre a exposição e o risco de desenvolver um desfecho. • Servem para quantificar relações exposição/doença, isto é, expressar a magnitude da associação entre exposição e o desfecho. • Para fazer isso comparamos dados da doença entre expostos com os dados da doença entre não expostos Medidas de associação, tipo razão 1- Risco Relativo ou Razão de Risco (RR) 2- Razão de taxas (com Densidade de Incidência) 3- Razão de Prevalência (RP) 4- Razão de Odds ou Odds ratio (OR) Medidas de Associação do Tipo Diferença 1-Risco Atribuível ou Diferença de Riscos (RA) 2- Risco Atribuível Proporcional (RAP) Risco relativo (para estudos de coorte) Razão entre a incidência em expostos e em não expostos. RR= incidência de indivíduos expostos Incidência de indivíduos não exposto. SE RR = 1 Risco nos expostos é igual aos não expostos: • não há associação entre exposição e doença SE RR > 1 Risco em expostos é maior que em não expostos: associação positiva. • risco maior entre indivíduos expostos SE RR < 1 Risco em expostos é menor que em não expostos: associação negativa • risco menor entre indivíduos expostos. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Razão de odds ou odds ratio (RR) Medida de associação utilizada quando não é possível estimar diretamente o risco (isto é, a incidência) ou a densidade de incidência. • Pode ser calculado em um estudo de coorte ou caso controle. Se a razão de odds for igual a 1 então diz-se que as variáveis não estão associadas. OR: Doentes expostos x não doentes não expostos Não doentes expostos x doentes não expostos Prevalência Total de crianças com a doença/total de crianças avaliadas. Total de doentes Total de participantes Teste de hipóteses Para fazer o teste, o pesquisador deve seguir 4 passos: 1- Construa as hipóteses 2- Especifique o nível de significância 3- Calcule o valor do teste 4- Interprete o resultado. Hipóteses estatísticas Em experimentos comparativos, nos quais um novo produto ou nova técnica é comparado com o padrão, para determinar se sua superioridade pode ser corroborada pela evidência experimental, é necessário formular a: Hipótese nula (H0) Cujo termo é aplicado para a hipótese a ser testada Hipótese de igualdade entre o novo e o produto padrão, ou seja, a designação "hipótese nula" decorre da suposição que a diferença entre eles é nula ou zero. Hipótese alternativa (H1) Contradiz a primeira e por isso é chamada de hipótese alternativa. Em um estudo no qual o objetivo era verificar a relação entre o café e o câncer de pâncreas : HO- O café causa câncer de pâncreas H1- O café não causa câncer de pâncreas. Hipótese simples e composta Hipótese simples -especifica o valor do parâmetro e a diferença pode ser tanto maior quanto menor. H0 - peso = 25 kg H1 – peso ≠ 25 kg Hipótese composta – especifica se a diferença é maior ou menor. H0 – não há diferença entre o peso ao nascer de nascidos a termo de mães que fizeram uso continuado de drogas durante a gestação e o peso médio ao nascer de nascidos a termo em países desenvolvidos. H1- o peso ao nascer de nascidos a termo de mães que fizeram uso continuado de drogas durante a gestação é menor que o peso médio ao nascer de nascidos a termo em países desenvolvidos. Erros tipos I e II Erros envolvidos no processo de decisão, por meio dos testes de significância: = P (erro tipo I) = P (rejeitar H0/H0 é verdadeira) = P (erro tipo II) = P (não rejeitar H0/H0 é falsa) Questão clínica Uma abordagem útil para a formatação de uma questão clínica (ou pesquisa) é utilizar o resultado da rede de Comparação de Resultados na Intervenção do Paciente (PICO) Paciente/população- Em quais pacientes ou grupos de pacientes você está interessado? É necessário considerar todos os subgrupos? Intervenção: Que intervenção/tratamento está sendoavaliada(o)? Comparação/Controle – O que é/são a(s) principal(ais) alternativa(s) comparada(s) com a intervenção? Outcomes/Resultado/Desfecho – Qual é o resultado mais importante para o paciente? Os resultados podem incluir medidas de curto ou longo prazo, complicações da intervenção, funcionalidade social ou qualidade de vida, morbidade, mortalidade e custos. Exemplos de questões pico: A N-acetilcisteína previne a nefropatia induzida por contraste em pacientes de alto risco submetidos a procedimentos com contraste? P – Pacientes de alto risco para nefropatia induzida por contraste submetidos a procedimentos com contraste. I - N-acetilcisteína C- Placebo ou ausência de medicação O- Nefropatia induzida por contrate. Associação • Dependência estatística entre variáveis. Por mais forte que seja, não implica em relação de causa e efeito. Elas podem ser causais ou não causais: Causal Ex: tabagismo e câncer de pulmão. Ex: Vibrião do cólera e cólera. Não causais Ex: Consumo de café ou mancha amarela nos dedos e câncer de pulmão. Ex: Altitude e cólera. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Causalidade Uma associação pode ocorrer porque: → A “exposição” causa “desfecho”. → “Exposição” e “desfecho” tem causa comum. → “Desfecho” causa exposição” Causa suficiente Quando inevitavelmente produz ou inicia um desfecho. Causa necessária Desfecho não se desenvolve na sua ausência Critérios de Bradford-Hill • Critérios de causalidade Quanto mais critérios forem preenchidos maior a chance da associação em questão ser causal. Força Quanto mais forte uma associação, mais será a possibilidade de se tratar de uma relação causal. Consistência Ao repetirem os achados em diferentes populações, encontra-se resultado semelhante. Especificidade Efeito sessa se retirarmos a causa? Se a presença da causa é necessária para o aparecimento do efeito e se o efeito tem apenas uma causa. Temporalidade O efeito deve ser sempre posterior a causa. Melhor teste – coorte. Gradiente biológico Ao aumentar a causa, aumenta-se o efeito? Quanto maior a exposição, mais chances de adquirir a doença? Plausabilidade biológica Essa associação faz sentido biologicamente? Coerência Os achados devem estar dentro do conhecimento atual da doença. Evidências experimentais A teoria foi comprovada metodologicamente em laboratório? Relações causais são mais bem demostradas mediante evidências experimentais de aumento da frequência do efeito. Analogia Com outra doença ou com outra exposição. Ex: espera-se por analogia que infecções virais provoquem doença na infância, pois já sabemos que isso ocorre no caso da rubéola. E essa analogia fortalece a chance de a associação observada ser do tipo causal. Tipos de estudos Classificação Tipo de pesquisa Quanto a finalidade • Pesquisa básica ou fundamental. • Pesquisa aplicada ou tecnológica Quanto à natureza • Pesquisa observacional • Pesquisa experimental Quanto à forma de abordagem • Pesquisa qualitativa • Pesquisa quantitativa - Descritiva - Analítica Quanto aos objetivos • Pesquisa exploratória • Pesquisa explicativa Quanto aos procedimentos técnicos • Pesquisa bibliográfica • Pesquisa documental • Pesquisa de laboratório • Pesquisa de campo Quanto ao desenvolvimento no tempo • Pesquisa transversal (foto) ou longitudinal (ao longo do tempo) • Pesquisa prospectiva (ao futuro) • Pesquisa retrospectiva (para o passado). Os estudos podem se dividir em: Primários: pesquisas originais, em que os dados colhidos ou variáveis observadas e analisadas no estudo (por um pesquisador) estão relacionados a aplicação de intervenções (estudos experimentais) ou observacionais (estudos observacionais). Exemplos: Relato de casos, Estudos de prevalência, Ensaios clínicos, Estudos de coortes, caso controle etc. Secundários- geralmente utilizam os estudos que já existem (publicados) para selecionar as melhores evidências. Buscam estabelecer conclusões a partir dos estudos primários com um resumo ou sistematização dos dados encontrados, que são comuns à estes estudos. Exemplos: Revisão sistemática, Revisão narrativa, Revisão integrativa, Metanálises, Avaliação de tecnologia, Avaliação econômica, Guias de prática clínica etc. Estudos observacionais Descritivos: Relato de caso e série de casos. Analíticos: estudo transversal, estudo de coorte, estudo caso-controle e estudo ecológico. Pesquisa experimental Estudos controlados (duplo-cego, randomizado, não- randomizado, autocontrolado e com controle externo). Estudos não controlados. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Relato de caso • Descrever casos pouco conhecidos. • Grau C , nível 4 de evidência. Descrição detalhada de um ou alguns casos clínicos, geralmente de um evento clínico raro ou uma nova intervenção. Série de casos- um estudo com maior número de participantes (+10) e pode ser retrospectivo ou prospectivo. → Importante para doenças novas ou não corriqueiras, manifestações raras ou associação de doença. → Fontes de hipóteses sobre apresentação, risco, prognóstico e tratamento de doenças. Exemplo: Talidomida – Malformação. Desvantagens: indivíduos observados altamente selecionados, poucas observações, “viés do pesquisador” e falta de um grupo controle. Estudos transversais • Medem a prevalência de doenças Medidas de exposição e efeito ocorrem ao mesmo tempo (a exposição precede ou é consequência do efeito?). → Determinação simultânea do fator de interesse e do desfecho em investigação numa população bem definida em um determinado momento. → Avaliam as necessidades da população. → Devem ter um propósito claro, com um questionário bem elaborado, amostra de tamanho apropriado e boa taxa de resposta. → Não é necessário esperar o aparecimento do desfecho (mais rápido e mais barato). → Apresenta dificuldade para estabelecer relações causais a partir de um ponto no tempo. Pouco práticos para estudar doenças raras. Exemplo: estudo de utilização de medicamentos, Análise de prevalência de determinado evento. Vantagens: + fácil, + barato. Gerador de hipóteses de associação. Desvantagens: não testa hipóteses, pois as variáveis são medidas simultaneamente. Estudo caso-controle → Forma relativamente simples de avaliar a causa de doenças, particularmente as raras. → Compara um grupo de pessoas doentes (casos) com um grupo controle, sem a doença. → O investigador coleta dados sobre a doença em um determinado momento no tempo e busca no passado a presença ou ausência do fator de exposição. → São estudo longitudinais retrospectivos. → Não produzem dados de incidência ou prevalência. → É preciso determinar o início e o fim da exposição de casos e controles. → A resposta do informante pode ser influenciada pelo conhecimento das hipóteses sob investigação ou pela experiência que tem com a doença. → Os dados podem ser obtidos antes do desenvolvimento da doença, através de sistemas de registros (momento em que os dados foram coletados). A associação entre uma exposição e uma doença (risco relativo) é definida como a razão entre a chance de um evento ocorrer em um grupo e a chance de ocorrer em outro grupo (Razão de odds). OR: Doentes expostos x não doentes não expostos Não doentes expostos x doentes não expostos Vantagens: rápido, baixo custo, fácil execução, pode analisar vários preditores simultaneamente, estudo inicial para novas hipóteses, ético. Desvantagens: dificuldade de seleção dos controles, informações geralmente incompletas, vieses de informação e seleção, fatores de confusão, impossibilidade de cálculo direto da incidência entre expostos e não expostos, não avalia frequência dos eventos e a exposição pode ser difícilde ser avaliada. Etapas: 1) Estabelecer população, critérios de inclusão e exclusão 2) Casos – pacientes doentes 3) Selecionar controles - pareamento conforme sexo, idade, nível social, etc. 4) Medir exposições – questionário, registro médico, investigações, etc Estudo Coorte → Importantes para avaliar a incidência de doenças, estabelecem etiologia e fatores de risco. → É um estudo longitudinal (pode ser prospectivo ou retrospectivo). → Iniciam com um grupo de pessoas sem a doença, que são classificados em subgrupos de acordo com uma causa potencial da doença ou desfecho sob investigação. → Os indivíduos (coorte) escolhidos deverão representar a população para qual os resultados deverão ser generalizados. → Os grupos são seguidos longitudinalmente e observa-se quem desenvolve ou não o desfecho. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano → Fornece informação sobre a etiologia das doenças e a medida mais direta do risco de desenvolvê-la. Exemplo: Acompanhamento de fumantes para avaliar o desenvolvimento ou não de câncer. Etapas do coorte: 1-Estabelecer a coorte de pessoas livres da doença (Método diagnóstico preciso) 2-Determinar os expostos e não expostos (Possibilidade de medir vários níveis de exposição) 3-Acompanhar evitando perdas 4-Diagnosticar a doença (preferência: investigador cego) → Coorte prospectivo (clássico) A exposição pode (ou não) já ter ocorrido, mas o desfecho ainda não ocorreu. Vantagens: sequência temporal de risco-doença claramente estabelecida; ideal para incidência, etiologia e fator de risco; aumenta a precisão e diversos resultados podem ser medidos. Desvantagens: caro, demorado, não é útil para doenças raras, inclui casos subclínicos, perdas durante o seguimento, expostos e não expostos podem ser diferentes. → Coorte retrospectivo (ou histórico) Todas as informações sobre a exposição e o desfecho já ocorreram antes do início do estudo. Vantagens: útil para doenças com longo período de latência, menos recursos financeiros e tempo. Desvantagens: controle limitado na obtenção da amostra e medição de variáveis, dados incompletos. → No estudo de coorte , calcula- se o risco relativo para saber a razão entre a incidência em expostos e em não expostos. RR= incidência de indivíduos expostos Incidência de indivíduos não exposto. SE RR = 1 Risco nos expostos é igual aos não expostos: • não há associação entre exposição e doença SE RR > 1 Risco em expostos é maior que em não expostos: associação positiva. • risco maior entre indivíduos expostos SE RR < 1 Risco em expostos é menor que em não expostos: associação negativa • risco menor entre indivíduos expostos. Estudo ecológico → úteis para gerar hipóteses. São estudos em que a unidade de análise é uma população ou um grupo de pessoas, que geralmente pertence a uma área geográfica definida (cidade, estado, país). → Procuram avaliar como os contextos (social e ambiental) podem afetar a saúde dos grupos. O objetivo de um estudo ecológico pode ser: → Fazer inferências sobre efeitos biológicos nos riscos individuais. Por exemplo, se o objetivo de um estudo é estimar o efeito biológico de receber vacinas para sarampo, caxumba e rubéola (SCR) e o risco de contrair o autismo, o nível-alvo da inferência causal é biológico. → Fazer inferências sobre os efeitos ecológicos sobre as taxas de grupo. Por exemplo, a inferência causal é ecológica se o objetivo de um estudo é investigar se as taxas de autismo variam entre os diferentes países, cada um com as suas orientações nacionais de saúde específicas sobre a vacinação SCR. → É importante observar que a magnitude do efeito ecológico depende não apenas do efeito biológico da vacina SCR, mas também do padrão e do grau de cumprimento das orientações de saúde em cada país. → Além de tudo isso, pode haver confusão no nível individual, como a idade do indivíduo quando a vacina foi administrada, o que pode afetar a validade da estimativa do efeito ecológico. → Às vezes, estamos interessados em realizar inferências cruzadas. Por exemplo, a interpretação dos efeitos ecológicos, que são baseados em medidas agregadas, como efeitos individuais. No entanto, tais inferências são particularmente vulneráveis à tendência. Vantagens: Rápidos e baratos, podem avaliar efeitos contextuais, geram hipóteses, testam rapidamente novas hipóteses. Desvantagens: não é possível associar exposição e doença no nível individual, dificuldade de controlar fatores de confusão, as exposições são medidas médias da população e não valores individuais reais, estão sujeitos a falácia ecológica. Falácia ecológica → É a falha em um efeito ecológico esperado e estimado para refletir o efeito biológico que existe no nível individual. Ocorre quando as correlações com base em dados agrupados são incorretamente assumidas para se manter no nível individual. É possível identificar graficamente. Grau de associação corretamente qualificado e confirma a associação. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Fatores de confusão em estudos observacionais Um fator de confusão é uma terceira variável que DISTORCE a associação entre uma exposição e um desfecho. De todos os desenhos de estudo, os estudos ecológicos são os mais suscetíveis à confusão, devido à dificuldade no controle dos fatores de confusão em um nível de grupo. Para ser fator de confusão deve: • Estar associado com a exposição • Estar associado com a doença Não fazer parte da cadeia causal que liga a exposição ao desfecho O fator de confusão CAUSA a exposição Questão da pesquisa: A hipertensão é associada às taxas de mortalidade independentemente dos níveis de exercício? Mecanismo biológico que liga a exposição ao resultado: A hipertensão aumenta a taxa de mortalidade devido a um aumento no risco de doença cardíaca isquêmica. Fator potencial de confusão: Inatividade física. O nível de atividade física de um indivíduo pode ser um fator de confusão na relação entre hipertensão e mortalidade, porque a inatividade física está associada tanto à exposição (hipertensão) quanto ao resultado da doença (alta mortalidade). Portanto, neste exemplo em particular, o fator de confusão causa tanto a exposição quanto o resultado. O fator de confusão é um RESULTADO da exposição Questão da pesquisa: A baixa classe social é associada a doença cardíaca isquêmica independentemente do hábito de fumar? Tendência positiva Tendência negativa Reversão de associação Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Mecanismo social que liga a exposição ao resultado: Grupos de classes sociais inferiores têm um risco aumentado de doença cardíaca isquêmica, devido ao pobre acesso à saúde. Fator potencial de confusão: Fumar O hábito de fumar de um indivíduo pode ser um fator de confusão na relação entre ser um membro de uma classe social baixa e a doença cardíaca isquêmica, porque o tabagismo é associado tanto à exposição (classe social baixa) quanto ao resultado da doença (doença cardíaca isquêmica). Portanto, neste exemplo em particular, a exposição gera o fator de confusão enquanto o fator de confusão causa o resultado. O fator de confusão está RELACIONADO com a exposição a uma associação não causal Questão da pesquisa: O álcool é associado a câncer de fígado, independentemente do fumo? Mecanismo biológico que liga a exposição ao resultado: O excesso de consumo de álcool está associado a câncer primário do fígado por meio da cirrose hepática. Fator potencial de confusão: Fumar. O hábito de fumar de um indivíduo pode ser um fator de confusão na relação entre consumo de álcool e câncer de fígado, via uma relação não causal. Neste exemplo, condições sociais, como a pobreza, podem conduzir o indivíduo aovício do fumo ou do álcool. Fumar também tem sido demonstrado como um fator de risco para o câncer do fígado. Portanto, neste exemplo em particular, o fator de confusão e a exposição estão relacionados por meio de uma via separada não causal. Como ocorre com todos os fatores de confusão, o fator de confusão também causa o resultado. Como controlar os fatores de confusão? Tendo identificado os fatores de confusão que podem existir em um determinado estudo, o próximo passo é controlá-los em cada nível do desenho do estudo ou no estágio de análise do estudo (desfecho). No estágio de desenho de estudo: → Randomização → Restrição- Restringir a participação no estudo, a partir da população dos indivíduos que não tinham sido expostos a um ou mais fatores de confusão, irá controlar para a confusão causada por essas variáveis. → Pareamento - O pareamento na(s) variável(is) de confusão é uma técnica estatística utilizada nos estudos observacionais, especialmente nos estudos de controle de caso. O pareamento constrange os indivíduos, tanto no grupo exposto quanto no grupo não exposto, a terem os mesmos valores potenciais de fatores de confusão, como sexo e idade. No estágio de análise → Análise estratificada: empregada quando há no máximo 3 fatores de confusão. → Modelagem matemática: é útil quando ajustamos simultaneamente diversos fatores de confusão em um estudo. Tipos de tendências Erro sistemático → qualquer valor que produza uma variação sistemática em um resultado de pesquisa O erro sistemático pode ser dividido em tendência de seleção e tendência de medida. Tendência de seleção Ocorre quando a associação entre uma exposição e a doença é diferente para aqueles que completam o estudo, em comparação com aqueles que estão na população-alvo. → Tendência de participação: tendência de não resposta. Fatores associados a baixas taxas de resposta incluem: • Idade mais jovem • Sexo masculino • Uso indevido de álcool ou drogas • Menor nível socioeconômico • Indivíduos mais indispostos. → Tendência de averiguação Tendência de incidência e prevalência: quando os pacientes incluídos nos estudos não representam os casos surgidos na população Tendência de acesso a saúde – quando os membros que tenham sido admitidos no hospital, não representam os casos que surgem na comunidade. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Tendência de migração - pode ocorrer migração seletiva se a doença em si, ou a ameaça de desenvolver a doença, for capaz de fazer com que alguns indivíduos deixem o ambiente sob investigação. Por exemplo, se a prevalência de câncer de pulmão em pessoas que vivem dentro de um raio de cinco milhas de uma usina nuclear for estudada, a migração seletiva das pessoas que vivem perto da usina irá provocar uma tendência de migração. Tendência de medida Ocorre quando as informações coletadas para as variáveis de exposição e/ou de resultado são imprecisas. → Tendência de erro de classificação aleatório pode ocorrer quando qualquer exposição ou resultado é incorretamente classificado (com igual probabilidade) em diferentes grupos. → Tendência não aleatória de erro de classificação Tendência de desempenho ou acompanhamento - Se um grupo de exposição for seguido mais de perto do que o outro grupo de exposição, o resultado poderia ser diagnosticado mais frequentemente no grupo observado mais de perto. Tendência de memória – pode ser 3: → Tendência de ruminação - em comparação com sujeitos de controle, aqueles com a doença podem mostrar um desejo maior (devido a uma preocupação pessoal) para recordar todos os eventos anteriores de exposição. → Tendência de suspeição e exposição: O conhecimento do status da doença dos indivíduos pode exercer uma influência na forma rigorosa com que os pesquisadores investigam um evento de exposição para a causa suspeita. Tendência do entrevistador Pode surgir nos estudos nos quais os indivíduos são entrevistados. → Tendência da expectativa do entrevistador - o investigador do estudo (observador) pode colocar variadas ênfases ou usar diferentes gestos quando realiza diferentes perguntas. → Tendência de apreensão: o entrevistado fica apreensivo diante da entrevista ( exemplo: síndrome do jaleco branco , aumento da PA ao ver um médico com o jaleco). Tendências ecológicas Tendência intragrupo - A heterogeneidade do nível da exposição pode existir dentro dos grupos (alguns mais expostos que os outros). Confusão por grupo A confusão existe quando a taxa básica da doença na população não exposta (p. ex., a taxa de mortalidade de AVE na população com nível de colesterol normal no exemplo anterior) varia entre os diferentes grupos. − Modificação de efeito por grupo A modificação de efeito pode ser um problema quando a taxa de diferença para o efeito exposição (no nível individual) varia entre os grupos. O efeito modificador identifica subpopulações (ou subgrupos) que são particularmente suscetíveis à exposição de interesse. Ensaio clínico Ensaio clínico ou estudo de intervenção é um estudo em que se comparam o efeito e o valor de intervenções na saúde das pessoas. → É qualquer investigação em seres humanos, objetivando descobrir ou verificar os efeitos farmacêuticos, farmacológicos, clínicos e/ou outros efeitos de produtos e/ou identificar reações adversar ao produto em investigação, com objetivo de averiguar sua segurança e/ou eficácia. → Os participantes são designados para receber uma ou mais intervenções para que os pesquisadores possam avaliar os efeitos dessas intervenções. → As intervenções são aplicadas aos participantes de maneira padronizada. → Nem todos os participantes são submetidos as intervenções ao mesmo tempo, mas é preciso que todos sejam monitorados durante o mesmo período de tempo ou até determinado desfecho. → Esses estudos tentam mudar os determinantes de uma doença, como exposição ou comportamento, ou cessar o prolongamento da doença através de tratamento. Compara o desfecho entre os grupos experimental e controle (necessidade do protocolo de estudo Ética). Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Fases de ensaios clínicos Exemplo: VACINA CORONAVAC FASE DO ESTUDO OBJETIVO FASE PRÉ- CLINICA realização dos testes pré-clínicos (in vitro e/ou in vivo) que têm por objetivo demonstrar a segurança e o potencial imunogênico da vacina. FASE I é o primeiro estudo a ser realizado em seres humanos e tem por objetivo principal demonstrar a segurança da vacina. FASE II tem por objetivo estabelecer a sua imunogenicidade. FASE III é a última fase de estudo antes da obtenção do registro sanitário e tem por objetivo demonstrar a sua eficácia. Somente após a finalização do estudo de fase III e obtenção do registro sanitário é que a nova vacina poderá ser disponibilizada para a população. FASE IV Vacina disponibilizada para a população Fase pré-clínica Antes de iniciar os ensaios clínicos de um novo fármaco em humanos, o primeiro passo é demonstrar que alguns apresentam um potencial para ser a próxima grande novidade terapêutica! Nessa fase utilizamos técnicas in vitro (experimentos em tubo de ensaio) e in vivo (estudos em animais) em um laboratório para obter dados sobre a toxicidade preliminar, eficácia e informações sobre a farmacocinética. Fase I É o primeiro estudo em seres humanos em pequenos grupos de pessoas voluntárias, em geral sadias de um novo princípio ativo, ou nova formulação pesquisado geralmente em pessoas voluntárias para demostrar sua segurança. A avaliação inicial é feita em humanos (20 a 100 voluntários saudáveis). Na oncologia, por exemplo, usa-se de 3 a 6 voluntários. Cerca de 70% dos produtos passam para a fase seguinte. Fase II Primeiros estudos controladosem pacientes, para demonstrar efetividade potencial da medicação (100 a 200 voluntários com a patologia; na oncologia, 10 a 50). Ao final desta fase, deve-se ter: indicação de eficácia, confirmação de segurança e dose máxima tolerada (MTD). Apenas 33% dos produtos passam à fase seguinte. Fase III Estudos internacionais, de larga escala, em múltiplos centros, com diferentes populações de pacientes para demonstrar eficácia e segurança (população mínima aprox. 800; 1000 a 3000 voluntários com a patologia; 100 a 500 na oncologia). → São estudos realizados em grandes e variados grupos de pacientes, com o objetivo de determinar: (1) O resultado do risco/benefício a curto e longo prazo das formulações do princípio ativo; (2) O valor terapêutico de maneira global (geral). → Em média 27% dos produtos completam esta fase. → Sendo que ao final, o registro do novo medicamento já pode ser solicitado. Fase IV Após aprovação para comercialização do produto: detectar eventos adversos pouco frequentes ou não esperados (vigilância pós-comercialização), estudos de suporte ao marketing, estudos adicionais comparativos com produtos competidores e novas formulações (palatabilidade, facilidade de ingestão). Voluntários com patologia >1000; oncologia, >100. No caso do ensaio clinico para a aprovação de um novo medicamento: PRÉ-CLINICA realização dos testes pré-clínicos (in vitro e/ou in vivo) em laboratório para obter dados sobre a toxicidade preliminar, eficácia e informações sobre a farmacocinética. FASE I Seres humanos saudáveis 20 a 100 Onco: 3 a 6 FASE II Seres humanos com a patologia 100 a 200 Onco: 10 a 50 FASE III Estudos internacionais com diferentes populações com a patologia. 800, 100 a 3000 Onco: 100 a 500 FASE IV Produto já está aprovado, agora é a fase de detectar eventos adversos pouco frequentes, suporte de marketing etc. >1000 com patologia. Onco: >100 Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Tipos de ensaios clínicos Número de centros de pesquisas → Unicêntrico: estudo realizado de acordo com um único protocolo, e um único centro. → Ensaio Clínico Multicêntrico Nacional: estudo realizado de acordo com um único protocolo, em mais de um centro de ensaio e em um único país. → Ensaio Clínico Multicêntrico Internacional: estudo realizado de acordo com um único protocolo, em mais de um centro de ensaio e em mais de um país. Cegamento → Ensaio Aberto: estudo em que tanto o investigador como o sujeito sabem qual a medicação que será administrada. → Ensaio em Ocultação Simples ou um cego: estudo em que o investigador sabe qual tratamento o sujeito está recebendo, mas o sujeito não tem acesso a essa informação. → Ensaio em Ocultação Dupla duplo cego: estudo em que nem o sujeito nem o investigador sabem qual o tratamento que o sujeito está recebendo. → Ensaio em Ocultação Tripla ou triplo cego: estudo em que o sujeito, o investigador e o responsável pela análise estatística não sabem qual o tratamento que o sujeito está recebendo. Placebo controlado/controle ativo Neste tipo de pesquisa, os sujeitos são sorteados para receber a droga com seu princípio ativo ou placebo (apresentação química igual ao ativo sem o princípio ativo). Este tipo de estudo de experimentação fornece melhores resultados científicos e é requerido frequentemente pelo FDA para a aprovação de uma droga. Ensaio clínico randomizado É um estudo de intervenção durante o qual os participantes são distribuídos aleatoriamente em relação a diferentes opções de tratamento. → Os resultados são avaliados comparando-se os desfechos entre os grupos. → É este processo de randomização que faz dos ensaios randomizados controlados o método mais rigoroso para a determinação de uma relação de causa e efeito entre uma intervenção e um resultado, colocando assim o ERC no topo da hierarquia de provas. MÉTODOS DE RANDOMIZAÇÃO: Existem quatro métodos principais usados para randomizar os pacientes para os diferentes braços do estudo: Randomização simples: números aleatórios podem ser gerados por meio de um programa de computador. Randomização em bloco: os participantes são organizados em blocos na ordem em que se apresentam e depois são designados aos diferentes braços do ensaio por processo aleatório. Randomização estratificada: os participantes são organizados em estratos de acordo com os fatores de prognóstico e depois, são designados aos diferentes braços do ensaio por processo aleatório. Minimização: → Ao primeiro participante é atribuído um tratamento ao acaso. → Cada participante subsequente é vinculado ao braço de intervenção que conduziria a um melhor equilíbrio entre os grupos na variável (fator prognóstico) de interesse. Passos para desenvolver um ECR: 1. Formular a hipótese. 2. Definir os métodos de recrutamento, incluindo os critérios de inclusão e de exclusão. 3. Definir a intervenção (discutido anteriormente). 4. Definir o grupo de comparação. 5. Determinar o tamanho da amostra. 6. Especificar as medidas dos resultados que serão utilizados para avaliar a eficácia da intervenção. 7. Obter a aprovação ética. 8. Obter o consentimento previamente informado dos participantes do estudo a serem randomizados para intervenção ou controle. 9. Gerar e dissimular uma sequência de localização para assegurar a distribuição aleatória. 10. Indicar se os avaliadores e/ou participantes do estudo têm qualquer conhecimento da localização do tratamento (cegante). 11. Realizar uma análise por intenção do tratamento. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Tipos de ensaios randomizados controlados → Paralelo – Comparação de 2 ou + indivíduos entre grupos. → Ensaio cruzado (crossover)- todos os pacientes recebem os dois tratamentos em sequência com um período de limpeza. Nesse ensaio, os pacientes servem como seus próprios controles, assim, necessita de um tamanho menor de amostra. → Ensaio fatorial- ocorre quando duas ou mais intervenções são avaliadas e comparadas simultaneamente com um grupo-controle no mesmo ensaio. → Ensaio de cluster - envolvem grupos de pacientes, clínicas ou comunidades, em oposição aos indivíduos. → Ensaios de superioridade - o objetivo é determinar se uma nova intervenção é melhor do que o controle (ex.: placebo ou tratamento usual). → Ensaios de equivalência- o objetivo é determinar se uma nova intervenção é similar em eficácia ao tratamento usual. Variável resposta ou desfecho clínico É o evento ou resultado medido objetivamente no decorrer de um estudo clínico para determinar se a intervenção em estudo é benéfica. Desfecho clínico primário – são os resultados mais importantes, buscando no objetivo primário do ensaio. Deve ser um evento clínico significante para o paciente, clinicamente relevante e diretamente relacionado com o objetivo principal da pesquisa. É com base no desfecho primário que se determina o tamanho do ensaio. Desfecho clínico secundário- são resultados obtidos de questões, relevantes, mas não a mais importante, no mesmo estudo. Interpretando os Resultados Após a randomização, os indivíduos são acompanhados até verificar se existe uma associação entre a intervenção e o resultado. Como os ERC são prospectivos, é possível estimar um número de medidas de resultados, incluindo: ➔ Razão de chance (ou odds ratio): relação entre a taxa de eventos no grupo de intervenção e no grupo-controle; ➔ Diferença de risco: diferença entre os grupos de intervenção e de controle, expressa como uma taxa; ➔ Taxa de eventos de intervenção: a incidência do evento no braço de intervenção. O evento pode ser cura, morte, efeito colateral etc. ➔ Taxa de eventos no controle:incidência do evento no braço de controle. ➔ NNT (Número necessário para tratar) Número de sujeitos que devem ser tratados em controle para atingir o objetivo do estudo. As barras verticais na fórmula indicam que usamos o valor absoluto (positivo) da diferença de risco. No entanto, em medicina, uma intervenção também pode ter o potencial de causar o efeito adverso. Isso é expresso como o número necessário para tratar o dano (NNTD). A fórmula para o NNTD é a mesma utilizada para o NNTB. A natureza da medida do resultado determina se o NNTB ou o NNTD deve ser usado. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Tendências Tendência associada à randomização → Tendência de geração de sequência aleatória Se a sequência de randomização não é verdadeiramente aleatória (tendência de geração de sequência aleatória), existe um potencial para a tendência de seleção. → Tendência de alocação da intervenção O investigador pode recrutar pacientes para a intervenção com base no seu prognóstico. Um paciente pode decidir tomar parte no ensaio somente se for destinado a um grupo de tratamento e não a outro. Tendência durante a implementação do estudo → Tendência de contaminação: A contaminação pode ser um problema se houver aplicação não intencional (ou intencional) da intervenção no grupo-controle. Alternativamente, pode haver falha acidental (ou intencional) na atribuição aleatória da intervenção aos participantes do estudo. → Tendência de perda de acompanhamento Tendência de erro de classificação randômica → Pode ocorrer quando a má classificação é a mesma entre os grupos comparados. Por exemplo, o resultado é igualmente mal classificado em ambos os braços de tratamento. Os grupos de tratamento, portanto, parecem mais semelhantes do que realmente são, levando a uma subestimação (diluição) do efeito verdadeiro da intervenção sobre o resultado da doença. Tendência de erro de classificação não randômica → Tendência do entrevistador → Tendência de memória → Tendência de detecção: refere-se a diferenças sistemáticas entre os grupos na forma como os resultados foram medidos. Tendência de suspeita diagnóstica: o conhecimento do status da exposição inicial do indivíduo a uma suposta causa pode ter uma influência sobre a intensidade (e possivelmente o resultado) do processo diagnóstico. → Tendência de desempenho: pode estar presente se os investigadores não tiverem sido mantidos cegos em relação à distribuição do tratamento. Se o investigador souber qual o braço de tratamento que foi atribuído ao paciente, isto poderá criar tendências nos resultados, intencionalmente ou não. Dependendo da alocação do tratamento, o investigador poderá: • administrar outras intervenções eficazes (cointervenções) • realizar diferentes investigações • prestar aconselhamento adicional. Revisões Revisão narrativa ou tradicional: um especialista decide quais os artigos ou informações são mais relevantes (análise crítica do autor). Não informa forte de informação, critérios de seleção. É utilizada como atualização (educação continuada). Revisão sistemática utiliza metodologia científica reprodutível (evidência científica forte), combina resultados de diferentes estudos, possui critérios de seleção e pesquisa bem definidos e faz-se avaliação crítica de cada estudo incluído. Etapas para desenvolver uma revisão sistemática 1. Formular e definir uma questão apropriada sobre os cuidados de saúde. 2. Identificar os estudos que abordam esta questão. 3. Selecionar estudos relevantes e avaliar criticamente as evidências 4. Combinar os resultados (e conduzir uma metanálise, se apropriado). 5. Interpretar os resultados considerando a tendência. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Síntese de evidências - A agregação dos achados dos resultados identificados nos estudos individuais. O tipo de síntese de evidência depende dos tipos dos dados a serem analisados: → Qualitativos: metassíntese. → Quantitativos: metanálise. Metanálise É uma técnica de revisão da literatura que sintetiza, de maneira objetiva, os achados de vários trabalhos clínicos de qualidade. Regressão sistemática +análise de dados. → Reúne todos os resultados em um único tópico, resolvendo controvérsias, se houver discordâncias nos achados individuais. → Melhora as estimativas do “efeito do tamanho” da intervenção. → Aumenta o tamanho total da amostra e, portanto, o poder estatístico dos resultados agrupados. → Não adiciona, simplesmente, os resultados de diferentes estudos e calcula um resumo estatístico dos resultado -> ela examina os resultados dentro de cada estudo considerando comparável e, em seguida, calcula a média ponderada. Heterogeneidade A presença de uma variabilidade observada entre as estimativas do estudo, ou seja, além do esperado e devido ao acaso, indica que existe uma heterogeneidade estatística real. A heterogeneidade sugere que os efeitos de tratamento/exposição são dependentes do contexto. → Testes para evidência de heterogeneidade: Teste qui-quadrado: indica a porcentagem da variação observada nas estimativas do efeito devido a diferenças real no efeito do tamanho. Estatística I² - ela indica a porcentagem da variação observada nas estimativas do efeito devido a diferenças reais no efeito do tamanho. É baseada na estatística Q e varia de 0% a 100%. Quanto maior a heterogeneidade, maior a estatística I². → Fatores da heterogeneidade Pode resultar de uma diversidade clínica ou metodológica ou de ambas: Origens clínicas de heterogeneidade incluem fatores como: Idade e sexo dos participantes do estudo, o diagnóstico e a gravidade da doença dos participantes do estudo, diferenças no tratamento em ensaios clínicos randomizados (como a dose ou a intensidade da intervenção), a localização e configuração do estudo e a definição do resultado. Origem metodológica: → Desenhos de grupos cruzados versus paralelos para ensaios randomizados controlados → Randomizados por indivíduos ou grupos (p. ex., por escola ou por família) → Controle de casos versus coorte para estudos observacionais → Diferentes abordagens para análise dos resultados → Diferenças na extensão pelas quais a tendência foi controlada, por exemplo, ocultação da alocação, medidas da tendência etc. Se uma heterogeneidade é identificada, existem 3 principais opções disponíveis: → Não realização de uma metanálise;Metanálise → de efeitos aleatórios; → Análise de subgrupo. Apresentando a metanálise Os resultados das metanálises são frequentemente apresentados em uma forma padrão conhecida como forest plot (gráfico de floresta). o Os resultados dos estudos individuais são representados por um círculo ou um quadrado para indicar a estimativa do estudo; o O tamanho do círculo ou do quadrado é proporcional ao peso do estudo individual na metanálise; o A linha horizontal que cruza o círculo ou quadrado corresponde ao intervalo de confiança de 95% para essa estimativa particular de estudo; o O centro do diamante (e das linhas verticais quebradas) representa o resumo da estimativa do efeito das metanálises; o O intervalo de confiança de 95% para o resumo da estimativa do efeito corresponde à largura do diamante; o A linha vertical é cheia no valor nulo (1); o Os estudos são indicados frequentemente em ordem cronológica. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Se o intervalo de confiança do resumo da estimativa do efeito (largura do diamante) cruza o valor nulo (linha vertical cheia), isso equivale a dizer que não há qualquer diferença estatisticamente significativa nos efeitosdos grupos de exposição e de controle. Na interpretação dos resultados, é importante considerar as seguintes questões: → Existe forte evidência para um efeito de exposição? → Existe variação não explicada na exposição dos efeitos entre os estudos individuais? → Os resultados são aplicáveis ao seu paciente? → Existe alguma implicação para uma investigação futura? → Existe alguma fonte potencial de tendência? Tendências nas metanálises Produção de evidências Divulgação de evidências → A não inclusão de todos os estudos relevantes em uma metanálise pode levar a um efeito sub- ou superestimado da exposição. → As análises relatadas em um artigo publicado são mais propensas a exibir um achado estatisticamente significativo, entre os grupos concorrentes, do que um achado não significativo. → A super-representação de estudos, nas avaliações sistemáticas que apresentam resultados positivos, pode levar a comentários que conduzam a um efeito de exposição positiva. Viés de tempo: rápida ou demorada publicação dos resultados da pesquisa, dependendo da natureza e direção dos resultados. Viés de múltipla publicação: resultados da pesquisa publicados em várias fontes, dependendo da natureza e direção dos resultados, que podem ser computados mais de uma vez na metanálise. Viés de localização: a publicação dos resultados em revistas de fácil acesso ou níveis de indexação em base de dados padrão, dependendo da natureza e direção dos resultados. Viés de citação: a citação ou não citação dos resultados da pesquisa, dependendo da natureza e direção dos resultados, com tendência a menor citação de estudos com resultados negativos. Viés de linguagem: a publicação dos resultados da pesquisa em uma língua específica dependendo da natureza e direção dos resultados ou exclusão de estudos publicados em outro idioma, no processo de seleção de artigos. Viés de desfecho: o relato de resultados para alguns desfechos e não de outros, dependendo da natureza e direção dos achados Viés ou tendência de publicação - publicação ou não publicação dos resultados da pesquisa, dependendo da natureza e direção dos estudos. É explorada graficamente por meio de um modelo “árvore de Natal ou funil” (funnel plots). → Se não houver tendência de publicação, a representação gráfica vai se assemelhar a um funil invertido simétrico (Fig. 4.4A); → Se houver tendência de publicação, em que estudos menores não mostram nenhum efeito estatisticamente significativo, permanecendo sem publicação, o funil representado terá um aspecto assimétrico inferior direito (ou esquerdo, dependendo da questão pesquisada) com o canto esvaziado devido à ausência de dados. Variáveis de confusão ou covariáveis: são variáveis que influenciam o desfecho e que não são o foco de interesse ou a exposição que está sendo avaliado. Se o investigador controlou, através de modelos estatísticos, as variáveis de confusão presentes desproporcionalmente nos grupos e outras variáveis relevantes, mesmo que igualmente distribuídas nos dois grupos. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Tamanho ou força de associação: em estudos com baixo risco de viés, quanto maior é a força de associação, mais peso damos à interpretação. Quanto maior for a HR, ou o RR, ou a OR, ou quanto maior for a medida de acurácia de um teste diagnóstico, maior será o impacto daquela exposição sobre aquele desfecho. No caso de ensaios clínicos, podemos estimar melhor o impacto individual de uma intervenção através do NNT. Vantagens e desvantagens da revisão sistemática Conflito de interesse Um conjunto de condições que tornam o julgamento profissional relativo a um interesse primário ou secundário, como o bem estar do paciente ou a validade de uma pesquisa, influenciado inapropriadamente por um interesse secundário, como ganho financeiro, por exemplo. Interesse primário É determinado pelos deveres profissionais de um médico, acadêmico ou professor. Embora o que esses deveres sejam às vezes controversos (e os deveres em si conflito), normalmente existe um acordo de que, sejam eles quais forem, eles devem ser a principal consideração em qualquer decisão profissional que um médico, acadêmico ou professor tome. Em sua forma mais geral, os principais interesses são a saúde dos pacientes, a integridade da pesquisa e a educação dos alunos. Interesse secundário Pode ser definido como qualquer vontade que não esteja diretamente conectada com o interesse primário para uma mesma situação. Sua necessidade pode ser problemática quando ele interfere no ideal de hierarquia, já que são estabelecidos novos critérios para decidir o que deve ser preferencial como interesse. O interesse secundário geralmente não é ilegítimo em si mesmo e, de fato, pode até ser necessário e parte desejável da prática profissional. Apenas seu peso relativo nas decisões profissionais é problemático. O objetivo não é eliminar ou necessariamente reduzir o ganho financeiro ou outros interesses secundários (como preferência por familiares e amigos ou desejo de prestígio e poder). É antes impedir fatores secundários de dominar ou parecer dominar o interesse primário relevante na tomada de decisões profissionais. Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Pesquisa qualitativa A pesquisa qualitativa partilha todas as características de uma pesquisa científica; no entanto, atualmente ela não assume uma posição universalmente aceita na hierarquia de provas. • Ela busca entender a questão da pesquisa ou tópico a partir das perspectivas da população local envolvida. • Permite a obtenção de informações sobre as ações, comportamentos, valores e opiniões dos diferentes grupos da população, por exemplo, a partir de diferentes culturas, classes socioeconômicas ou sexo. A pesquisa qualitativa pode ser utilizada em combinação com a pesquisa quantitativa para nos ajudar a interpretar e compreender melhor as várias fases de uma pesquisa quantitativa: Há três conceitos-chave que precisam ser considerados ao se avaliar um papel qualitativo: Validade: O grau com o qual os resultados representam, com precisão, o conceito específico que o pesquisador está tentando medir. Confiabilidade: Será que outro pesquisador poderia reproduzir os mesmos dados e interpretá-los da mesma forma? Possibilidade de transferência: Os resultados são aplicáveis a outros pacientes e/ou configurações? Ana Flávia de Jesus Alves – Medicina Unisalesiano Nível de evidências – Oxford Centre for Grau de recomendação Nível de evidência Tipo de estudo A 1 A Revisão sistemática de ensaios clínicos controlados e randomizados. 1 B Ensaio clínico controlado e randomizado com intervalo de confiança estreito. 1 C Resultados terapêuticos do tipo “tudo ou nada”. B 2 A Revisão sistemática de estudo coorte. 2 B Estudo de coorte 2 C Estudo ecológico 3 A Revisão sistemática de caso controle. 3 B Estudo caso- controle C 4 Relato de casos D 5 Opinião desprovida de uma avaliação crítica ou baseada em matérias básicas.