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Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 DISTÚRBIOS DA TIREOIDE • Pctes com doenças da tireoide geralmente queixam-se dos sintomas → aumento das dimensões da tireoide, difuso ou nodular o Sintomas de deficiência ou excesso de hormônio tireóideo o Complicações da forma especifica de hipertireoidismo → doença de Graves - protrusão acentuada dos olhos e espessamento da pele na região inferior das pernas o Pacientes com nódulos de tireoide frequentemente não apresentam sintomas, assim como pessoas com leves perturbações da função da tireoide História • Exposição a radiação ionizante na infância, ingestão de iodo na forma de amiodarona (antiarrítmico), meio de contraste iodado, carbonato de lítio o Residência em área com baixo iodo na dieta o HF de bócio, hiper/hipotireoidismo, câncer de tireoide, DM1, doenças autoimunes... Exame Físico • Normalmente a tireoide é impalpável, com superfície lisa e consistência macia e elástica • A porção bulbar palpável dos lobos mede 2cm vertical e1cm horizontal o Aumento generalizado → bócio difuso o Aumento irregular ou nodular → bócio nodular o Tireoide de hashimoto → pode ser simetricamente aumentada, firma e com superfície nodular, ou ainda impalpável • Exame feito pedindo para o pcte deglutir um gole de água → observa a movimentação para cima e para baixo, podendo ver aumento e modularidade o Palpação com polegar anteriormente a traqueia, localizando o istmo e lobos o Palpação do lobo esquerdo com polegar direito e vice-versa HIPOTIREOIDISMO • Síndrome clinica que resulta da deficiência de produção ou ação dos hormônios da tireoide, com lentificação dos processos metabólicos • Pode ser classificado como primário, por mau funcionamento da própria tireoide o Secundário → de causa hipofisária, por deficiência de hormônio tireoestimulante [TSH] o Ou terciário → por deficiência hipotalâmica do hormônio liberador de tireotrofina [TRH] ▪ Nem sempre é possível distinguir entre causas hipofisárias e hipotalâmicas o Pode também ser classificado como periférico, situação rara decorrente de resistência à ação periférica dos HT ou de sua metabolização aumentada HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO (HTP) • Doença muito prevalente em todo o mundo → 95% do total de casos de hipotireoidismo • Pode ser endêmica em regiões com deficiência de iodo, mas também é comum em áreas com adequado aporte alimentar ❖ Fatores de Risco → idade > 60 anos, sexo feminino, bócio, doença nodular tireoidiana, HF de doença tireoidiana, história de RT para cabeça e pescoço o Doença autoimune tireoidiana e extratireoidiana, fármacos (amiodarona, lítio, tionamidas, interferonα etc.), baixa ingestão de iodo o Síndrome de Down e de Turner ▪ Tabagismo e consumo moderado de bebidas alcoólicas diminuem o risco Etiologias • Frequência das causas de HTP é variável e depende de fatores dietéticos e geográficos o Qtd de iodo alimentar, ingestão de bocígenos alimentares, características genéticas da população etc. – e, sobretudo, da faixa etária dos pacientes Deficiência de Iodo → causa mais comum de hipotireoidismo no mundo inteiro o Vista em países em desenvolvimento Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 Tireoidite de Hashimoto é a causa mais comum de hipotireoidismo → doença autoimune, com títulos elevados e anticorpos antitireoperoxidase (anti-TPO) o Doença de Graves pode ter essa doença como estágio final, e pctes com hipertireoidismo autoimune tambem podem evoluir para hipotireoidismo (e vice-versa) Tireoidite Subagudas (granulomatosa, linfocítica e pós-parto) podem levar a hipotireoidismo na fase tardia → geralmente transitória, mas pode permanecer em 25% o As vezes, hipotireoidismo decorre de doenças infiltrativas → hemocromatose, sarcoidose, esclerose sistêmica progressiva, amiloidose ou cistinose (até 86% em adultos) Tratamento com Iodo Radiativo, tireoidectomia subtotal o Em regiões iodosuficientes, a radioiodoterapia é a 2ª causa mais comum ▪ Em geral no 1º ano após tto, mas pode levar vários anos para manifestar Ingestão Excessiva de Iodo (contrastes radiativos, alga marinha) → tireoide envolvida em doença autoimune é suscetível à ingestão excessiva de iodo ou adm IV de contraste iodados o Muito iodo bloqueia síntese de hormônios da tireoide pelo efeito de Wolff-Chaikoff, produzindo hipotireoidismo induzido + bócio → ou causam autoimunidade ▪ Substâncias → lítio, interferon-alfa e amiodarona ❖ Hipotireoidismo neonatal devido à transmissão placentária de anticorpos bloqueadores de TSH • Erros inatos da síntese dos hormônios da tireoide o Deficiências genéticas das enzimas necessárias para biossíntese ▪ Síndrome do hipotireoidismo congênito grave ou deficiência parcial relacionada a bócio com hipotireoidismo leve o Anormalidades biossintéticas → transporte inadequado de iodo ▪ Tireoperoxidase deficiente com deficiência da oxidação do iodo ▪ Deficiência na ligação das tirosinas iodadas ▪ Ausência de iodotirosina deiodinase - iodo não conservado na glândula ▪ Produção excessiva da iodoprotelna metabolicamente inativa HIPOTIREOIDISMO CENTRAL • Pode se originar de qualquer processo neoplásico, inflamatório, infiltrativo, isquêmico ou traumático que comprometa a capacidade secretória da hipófise anterior / hipotálamo • Secundário → deficiência hipofisária de TSH o Hipopituitarismo por adenoma hipofisário ▪ Em crianças → tumores da região selar (craniofaringiomas) o Tratamento ablativo da hipófise ou destruição hipofisária o TCE, Sd. Sheehan... • Terciário → deficiência hipotalâmica de TRH HIPOTIREOIDISMO PERIFÉRICO • Raro, pode resultar de excessiva inativação dos hormônios tireoidianos pela enzima iodotironina deiodinase do tipo 3 (D3) produzida por tumores. o Hemangiomas e outros tipos de tumores. o D3 → selenodeiodinase, inativador fisiológico de T3 e T4 • Resistência periférica ação dos hormônios tireóideos tambem é raro, resulta de mutação nos genes dos receptores beta ou alfa dos HT Patogênese • Deficiência desses hormônios afeta praticamente todos os tecidos corporais • Patologicamente, o achado mais característico é o acúmulo de glicosaminoglicanos - sobretudo ácido hialurônico - nos tecidos intersticiais o Acúmulo desta substância hidrofílica e aumento da permeabilidade capilar à albumina causam edema não depressível → evidente na pele e músculos ▪ Resulta da redução do metabolismo nos glicosaminoglicanos QUADRO CLINICO E ACHADOS Crianças e Recém-Nascidos Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 • Cretinismo → termo aplicado a crianças nascidas em áreas com deficiência grave de iodo, que apresentavam retardo mental, baixa estatura e aparência de gordura na face e mãos o Além de surdez e mutismo, e sinais de anormalidades piramidais e extrapiramidais • Em áreas de suficiência de iodo, geralmente resulta da falha da tireoide em descer da base a língua a seu local normal → tireoide ausente ou ectópica • Transferência placentar de anticorpos anti TSH a partir da mãe com tireoidite de hashimoto pode resultar em agenesia da glândula → geralmente hipotireoidismo transitório • Defeitos hereditários na biossíntese ❖ SINAIS E SINTOMAS EM RN • Dificuldade respiratória, cianose, persistência da icterícia, dificuldade de sucção o Choro rouco, hernia umbilical e retardo acentuado da maturação óssea o Ausência de epífises → presentes em quase todas as crianças a termo > 2,5kg Teste do Pezinho → diagnostico precoce pode prevenir o retardo mental permanente o Gota de sangue do calcanhar 24-48h após o nascimento, colocada em filtro de papel o T4 < 6 microg/dL ou TSH > 25 um/L sugerehipotireoidismo neonatal ▪ Confirma pela repetição dos exames + evidencia RX de atraso da idade óssea • Crianças nascidas de mães com hipotireoidismo inadequadamente tratadas na gestação não são hipotireóideas → mas podem ter diminuição do intelecto posteriormente ❖ APÓS OS 2 ANOS DE IDADE: • Caracterizado por retardo do crescimento e baixa estatura, sinais e sintomas típicos do visto em adultos e desempenho escolar variável, geralmente em declínio • Pode ocorrer puberdade precoce e aumento da sela túrcica → por hiperplasia hipofisária tireotrófica devido a maior produção de TSH Adultos • Achados mais comuns de hipotireoidismo moderado a grave → fadiga, sensibilidade ao frio, ganho de peso (< 5-10 kg), constipação, anormalidades menstruais o Além de bradicardia e sudorese, parestesias e alterações de movimento • EF pode incluir pele seca, face e mãos edemaciadas voz rouca e reflexos lentos. o Redução da conversão do caroteno em vit A e aumento dos níveis sanguíneos de caroteno podem causar coloração amarelada na pele. • Sintomas e sinais estão diminuídos ou ausentes em pacientes com graus leves de hipot • Expressão plena do hipotireoidismo é conhecida como mixedema ❖ ALTERAÇÕES METABÓLICAS • Alteração lipídica mais comum é elevação do LDL, pela diminuição T3 dependente da expressão do gene do receptor hepático de LDL o > degradação do receptor de LDL pela próproteína PCSK9 contribuiria p elevação ▪ Elevação isolada ou associada à hipertrigliceridemia → modesta e resultante de baixa atividade da lipase lipoproteica • HDL inalterado ou um pouco baixo, raro aumento de TGL isolado • As partículas LDL dos hipotireóideos são + suscetíveis à oxidação → as torna mais aterogênica • Doença hepática gordurosa não alcoólica é também comum no hipotireoidismo. • Outros FR CV → elevação de PCR, homocisteína e lipoproteína (a) o Elevação de transaminases, creatinoquinase e desidrogenase láctica pode acontecer o Essas anormalidades revertem com o tratamento adequado ❖ ALTERAÇÕES ENDÓCRINAS • Dentre as mais importantes destacam-se hiperprolactinemia, por aumento do TRH e da diminuição do tônus dopaminérgico o Presente em 30 a 40% o Hipotireoidismo primário de longa duração não tratado → aumento de volume hipofisário à RNM, por hiperplasia das células tireotróficas e lactotróficas • Redução nos níveis de IGF1 e proteína ligadora 3 de IGF (IGFBP3) e hiporresponsividade do GH aos testes de estímulo o Por diminuição da secreção de GH resultante do aumento no tônus somatostatinérgico • Pode haver aumento tambem de vasopressina, PTH, vit D Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 • Diminuição de hormônios como testosterona e estradiol ❖ MANIFESTAÇÕES OFTALMOLÓGICAS, NEUROLÓGICAS E PSIQUIÁTRICAS • A alteração neurológica mais grave é o coma mixedematoso o Mortalidade ate 60%, ocorre no HPT grave de longa data não tratado • Comum → cefaleia, tontura, zumbido, astenia, adinamia, fala lenta ou arrastada, hiporreflexia profunda, alterações vestibulares, déficits cognitivos, distúrbios visuais e auditivos, parestesias o Pode haver ataxia, nistagmo e tremores. • Raro → agitação intensa e/ou sintomas psicóticos – loucura mixedematosa o Observada em HTP de longa duração, sem tratamento adequado • Risco aumentado para glaucoma. ❖ PELE E FÂNEROS • Hipotireóideos crônicos tem frequentemente alterações cutâneas caracterizadas por pele seca, descamativa e áspera → pode ficar amarelada pelo acúmulo de caroteno • Cabelos secos e quebradiços, queda de cabelos, fragilidade ungueal, rarefação do terço distal das sobrancelhas (madarose) e edema facial → comuns, mas inespecíficos • Pode haver edema de mmii ou generalizado, e lenta cicatrização de feridas e ulcerações. ❖ SISTEMA CARDIOVASCULAR • Bradicardia (a despeito da anemia), redução do DC, hipofonese das bulhas cardíacas • Baixa voltagem do QRS e alterações inespecíficas do STT • Resistência vascular periférica e permeabilidade capilar aumentadas • Cardiomegalia por ICC ou por derrame pericárdico, pode estar presente o Essas manifestações, em geral, revertem com o tratamento • Hipotireóideos apresentam risco aumentado para doença arterial coronariana aterosclerótica • Em consequência dessas alterações pode haver tolerância diminuída a exercícios, e angina ❖ SISTEMA DIGESTÓRIO • Anorexia, constipação intestinal e distensão gasosa são as manifestações mais comuns o As 2 últimas resultam de menor ingestão alimentar, retardo no esvaziamento gástrico e alentecimento do trânsito intestinal ▪ Pode haver grave retenção fecal ou íleo paralítico • Megacólon pode ser constatado por exames radiológicos. • Completa acloridria ocorre em mais de 50% dos pacientes • Macroglossia é manifestação tardia, ascite mixedematosa é rara • Doença hepática gordurosa não alcoólica (esteatose e esteatohepatite) é mais frequente entre hipotireóideos do que na população geral. ❖ SISTEMA RESPIRATÓRIO • Pode cursar com respirações lentas e rasas, bem como respostas ventilatórias alteradas a hipercapnia ou hipoxia → ocorre dispneia em 50% • Pode haver derrame pleural, bem como apneia do sono obstrutiva • É comum insuficiência respiratória em pacientes com coma mixedematoso ❖ SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO • Pacientes podem manifestar fadiga muscular generalizada, mialgias e cãibras • Artralgias, derrames articulares, síndrome do túnel do carpo e pseudogota tbm podem ocorrer • Em geral, não se observa alteração dos níveis séricos do cálcio e fosfato, nem da densidade mineral óssea → mas há evidências de redução da remodelação óssea e resistência ao PTH o Justificando a elevação dos níveis desse hormônio e da 1,25(OH)2D • Hipotireoidismo é um FR p miotoxicidade de estatinas, mesmo em doses relativamente baixas ❖ MANIFESTAÇÕES RENAIS E DISTÚRBIOS ELETROLÍTICOS • Pode haver diminuição do fluxo sanguíneo renal e TFG → pelo menor DC e volume sanguíneo o Como consequência, ocorre elevação dos níveis séricos de Cr, ácido úrico e Mg • Proteinúria discreta se faz presente, muitas vezes secundária à insuficiência cardíaca ou aumento da transudação capilar de proteínas. • Relato de nefropatia perdedora de sal, por menor reabsorção tubular → poliúria, hiponatremia, hipocalemia, hipocloremia, hipocalcemia, hipomagnesemia e hipofosfatemia. Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 ❖ SISTEMA REPRODUTIVO • Em mulheres → irregularidades menstruais (oligomenorreia, amenorreia e menorragia), anovulação e infertilidade • Em homens, podem ser observadas redução da libido, disfunção erétil e oligospermia. o Contribuem para esses sintomas também o hipogonadismo induzido pela hiperprolactinemia leve a moderada (presente em até 40% dos casos) ❖ SISTEMA HEMATOPOÉTICO • Anemia leve a moderada é comum, pode ser normocítica ou macrocítica o Responde à reposição de levotiroxina • Anemia hipocrômica e microcítica pode também ocorrer, caso surja deficiência de ferro, secundária à menorragia • Anemia macrocítica também resulta de absorção deficiente de vitamina B12 , multifatorial o Diminuição do fator intrínseco, redução da produção renal de eritropoetina ou associação à anemia perniciosa Exame Da Tireoide • Bócio detectado nos 1os meses/anos de vida indica defeito congênito na síntese hormonal • Pode ser, ainda, secundário à tireoidite de Hashimoto ou à grave deficiência alimentar de iodo • Em adultos, hipotireoidismo com bócio é quase sempre secundário à td Hashimoto. o Hipotireoidismo central cursa sempre sem bócio o O mesmo se aplica aos casos de hipotireoidismo primário decorrente de ectopia, hipoplasia ou aplasia tireoidianas. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Hipotireoidismo deve ser investigado empctes com sintomas sugestivos ou FR para a doença, bem como em gestantes e pacientes com hipercolesterolemia Hipotireoidismo Primário • Alterações clássicas são TSH elevado e níveis baixos de T4 livre e T3 • De início, observa-se apenas elevação do TSH → hipotireoidismo subclínico o A seguir, reduzem-se o T4 e, em fase posterior, o T3 o Pode haver secreção preferencial de T3 → em 1/3 dos pctes o T3 está normal ▪ Por isso a dosagem de T3 sérico é desnecessária na suspeita Hipotireoidismo Central • Caracteriza-se por níveis séricos de T4L baixos • Com TSH normal, baixo ou até um pouco elevado → em geral < 10 mU/ ℓ o Trata-se, contudo, de um TSH com reduzida bioatividade intrínseca → pelo aumento do conteúdo de ácido siálico no hormônio. ▪ Há elevação do TSH também em casos de mutações no gene da subunidade beta do TSH, bem como em casos de resistência a esse hormônio. • Esses pctes apresentam, com frequência, deficiência de outras trofinas hipofisárias. TRATAMENTO • Consiste na administração de levotiroxina (T4L), em dose única diária. • A LT4 tem meia-vida de cerca de 7 dias e deve ser adm em dose única diária o Em jejum, pela manhã, 30-60min antes do desjejum → alimentação reduz absorção o Caso isso não seja possível, pode-se tomar à noite, ao deitar, em jejum. • A dose ideal varia de acordo com a idade e o peso • Necessidades para crianças e adolescentes são maiores do que as de adultos • Em adultos (16 a 65 anos) → 1,6 a 1,8 μg/kg de peso ideal. o Na maioria, situa-se em 75-100 μg/dia para mulheres e 100-150 μg/dia p homens • Se > 65 anos, coronariopatas ou hipotireoidismo grave de longa duração, inicia com 12,5-25 μg/dia, reajustando a dose, a intervalos de 15-30 dias • Em adultos jovens e > 65 anos hígidos, pode-se iniciar a dose plena (1,6 μg/kg/dia) o Doses elevadas em > 65 anos pode favorecer o surgimento de arritmias. Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 ▪ Em média, as doses iniciais são 20 μg menores, e as doses de manutenção, 40 μg mais baixas quando comparadas às para adultos jovens ou de meia-idade. ❖ Duração do tto depende da etiologia → hipotireoidismo é transitório na maioria dos casos de tireoidite granulomatosa (quase 100%), tireoidite silenciosa ou tireoidite pós-parto (até 80%). • Quadros secundários à ablação muitas vezes são autolimitados → caso persistam por mais de 6 meses, tendem a ser definitivos e a requerer tratamento por toda a vida • Na tireoidite de Hashimoto, o comportamento é menos previsível. o Pelo menos 5% dos pacientes reassumem a função tireoidiana normal após meses ou anos de tratamento • Pacientes com doença tireoidiana autoimune que ora se apresentam com hipotireoidismo, ora estão hipertireóideos → melhor opção de tratamento é a ablação com radioiodo Resposta ao Tratamento • Deve ser avaliada pela dosagem do TSH após 6 semanas • A normalização do FT4 é mais precoce • Caso TSH elevado, aumenta-se a dose de LT4 em 12,5-25 μg/dia até a normalização o A meta são níveis entre 1,0 e 2,5 mU/ℓ em < 60 anos, e entre 4 e 6 mU/ℓ em > 70 anos • TSH suprimido indica necessidade de redução da dose de LT4 ❖ No HPT central, o monitoramento e ajustes devem ser feitos de acordo com níveis de T4L • Mantidos no terço superior da faixa de normalidade o Exames feitos a cada 6 a 8 semanas até se atingir a dose de manutenção e, depois, semestral ou anualmente • As avaliações no HTP também devem ocorrer a cada 6 a 12 meses. ❖ Hipotireoidismo Refratário → quando insucesso em normalizar a função tireoidiana, a despeito de doses de LT4 > 1,9 μg/kg/dia o Sempre suspeitar de má adesão ou condições que afetem a absorção da medicação o Gastrite atrófica e infecção por Helicobacter pylori, doença inflamatória intestinal, intolerância à lactose, doença celíaca, giardíase crônica e outras parasitoses Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 ▪ Reduzida absorção pode também ocorrer em obesos graves (IMC > 40 kg/m 2 ), com melhora após a perda de peso. • Quando suspeita de má adesão, pode-se fazer teste com o pcte internado → adm 1.000μg de LT4 VO, com dosagem de FT4 antes da tomada da medicação e após 2 e 4 horas. o Aumento significativo de FT4 indica absorção adequada de LT4 e aponta para o diagnóstico de pseudomá absorção • Quando a baixa adesão não puder ser contornada, uma conduta razoável é administrar LT4 em DU semanal → valor da dose usual média diária multiplicada por 7 Manejo em Situações Específicas • Hipotireoidismo subclínico → tem sido sugerido o início da reposição de LT4 diante da detecção de níveis de TSH persistentemente ≥ 10 mU/ℓ (≥ 7 mU/ℓ se RCV) o Ou nos pacientes com níveis de TSH entre 4,5 e 9,9 mU/ℓ, se positividade para antiTPO ou alterações ultrassonográficas compatíveis com tireoidite de Hashimoto. • Hipotireoidismo em coronariopatas → uso de LT4 pode precipitar ou exacerbar angina de peito, IAM, arritmias ventriculares e insuficiência cardíaca. o Ideal iniciar o tto com 12,5 ou 25 mg/dia e aumentar a dose a cada 15 a 30 dias o Caso não seja possível utilizar doses terapêuticas pelas complicações, deve-se submeter o pcte a colocação de stent, angioplastia ou revascularização, e depois tratar o hipotireoidismo. • Pacientes com insuficiência adrenal → introduzir a reposição do glicocorticoide. • Hipotireoidismo causado por amiodarona → se não for possível a suspensão da amiodarona, a reposição da LT4 precisa ser feita com muito cuidado HIPERTIREOIDISMO E TIREOTOXICOSE • Síndrome clinica que resulta da exposição dos tecidos a altos níveos de hormônios tireóideos o Ocorrendo aceleração generalizada do processo metabólico • Na maioria das vezes a tireotoxicose é causada por hiperatividade da glândula tireoide • Mas pode ter outras etiologias, como ingesta ou secreção (raro) excessiva dos hormônios o Bócio tóxico difuso (doença de Graves) o Adenoma toxico (doença de Plummer) o Bócio multinodular toxico o Tireoidite subaguda o Tireoidite silenciosa o Factícia tireotoxicose o Struma ovarii, carcinoma metastático de tireoide, mola hidatiforme, tumor hipofisário secretor de TSH, resistência hipofisária a T3 e T4 DOENÇA DE GRAVES • Etiologia mais comum de hipertireoidismo (80%), tem origem autoimune • Prevalência estimada em 3% das mulheres e 0,5% dos homens → 5-10x mais em mulheres o Pico de incidência entre 30 e 60 anos de idade / 20-40? o Forte predisposição familiar • Consiste em 1 ou mais dos achados: o Tireotoxicose, bócio, oftalmopatia (exoftalmia) e dermopatia (mixedema pré-tibial) • Pode estar associada a outros distúrbios autoimunes endócrinos (DM1, doença de Addison, ooforite autoimune...) e não endócrinos (miastenia gravis, LES, artrite reumatoide vitiligo...) • 10 a 20% dos pacientes apresentam remissão espontânea, e cerca de 50% tornam-se hipotireóideos no seguimento a longo prazo, mesmo na ausência de qualquer tratamento Patogênese • Linfócitos T se tornam sensibilizados aos antígenos no interior da tireoide, e estimulam os linfócitos B a sintetizar anticorpos contra eles Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 o Anticorpo direcionado contra o receptor de TSH na membrana da célula tireóidea, estimulando o crescimento e a função da glândula ▪ Anticorpo estimulador da tireoide TSAb • Incerto o desencadeante inicial, mas existem alguns fatores que podem provocar o Gestação, principalmente puerpério o Excesso de iodo, principalmente em regiões com deficiência o Interferon-alfa, infecções e estresse • Patogênese da oftalmopatia envolve linfócitos e anticorpos citotóxicos sensibilizados • Receptor de TSH é encontrado nos fibroblastosorbitais, músculo orbital e tecido tireóideo o As citocinas destes linfócitos sensibilizados podem ocasionar ativação e proliferação dos fibroblastos orbitais e dos pré-adipócitos ▪ Quantidades crescentes de gordura retro-orbital e glicosaminoglicanos, assim como edema dos músculos oculares ▪ Resulta em proptose (protrusão) de globos oculares e diplopia, além de vermelhidão, congestão e edema conjuntival e periorbital o Tabagismo é FR importante para a oftalmopatia • Patogênese da dermatopatia (mixedema pré-tíbial) e inflamação subperiosteal das falanges das mãos e pés (osteopatia tireóidea) também envolve estimulação de citocinas e fibroblastos • Vários sintomas de tireotoxícose sugerem excesso de catecolaminas → taquicardia, tremores, sudorese, retardo palpebral e olhar fixo → com níveis de adrenalina e noradrenalina normais o O corpo parece possuir sensibilidade aumentada às catecolaminas → ocasionado por aumento dos receptores de membrana b-adrenérgicos Achados Clinicos • Em indivíduos mais jovens, manifestações mais comuns incluem palpitações, insônia, nervosismo, fadiga, hipercinesia, polievacuações, sudorese excessiva, intolerãncia ao calor o Com frequência há perda acentuada de peso sem perda de apetite • Aumento da tireoide, sinais oculares de tireotoxicose e taquicardia leve são comuns • Fraqueza e perda de massa muscular podem ser tão graves a ponto de o paciente não poder levantar-se de uma cadeira sem auxílio • Em crianças, ocorre rápido crescimento com aceleração da maturação óssea • Hipertireoidismo apático, observado em idosos → sem sintomas de hiperatividade adrenérgica, mas astenia intensa, fraqueza muscular e prostração ou depressão grave. o Predominam as manifestações cardiovasculares e miopáticas ▪ Palpitações, dispneia aos esforços, IC, FA e perda de peso ❖ Os sinais oculares foram classificados por Werner conforme a extensão do comprometimento • Não é útil p acompanhamento → uma classe não progride necessariamente para a seguinte Classe 1 → retração da pálpebra superior + tireotoxicose ativa • Normalmente tem resolução espontânea quando controlada. o Retração palpebral pode ser vista em qualquer forma de tireotoxicose → causada pelo estimulo adrenérgico da pálpebra superior. Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 Classe 2 → caracterizada pelo comprometimento dos tecidos moles com edema periorbital, congestão ou vermelhidão da conjuntiva e edema da conjuntiva (quemose) Classe 3 → proptose conforme aferição pelo exoftalmômetro de Hertel. o Distância da borda orbital até a parte anterior da córnea é medida na escala Classe 4 → comprometimento dos mm extraoculares, causado por fibrose e falha do relaxamento muscular, limitando a função do músculo antagonista • O reto inferior é o músculo mais comprometido no processo infiltrativo o EF → limitação em olhar para cima em pctes com comprometimento dos mm oculares o O 2º músculo mais afetado é o reto medial, alterando os movimentos laterais do olho Classe 5 → comprometimento da córnea (ceratite) pela incapacidade de fechar completamente os olhos Classe 6 → perda da visão ocasionada pelo comprometimento do nervo óptico, devido à isquemia decorrente da compressão dos músculos extraoculares aumentados ao redor ❖ A órbita é um cone circundado por ossos → edema dos músculos extraoculares ocasiona proptose do globo ocular e incapacidade de movimentação dos mm, resultando em diplopia • O aumento dos músculos oculares pode ser demonstrado por USG, TC ou RM • Apesar de apenas 1/3 dos pctes apresentarem comprometimento ocular clinicamente, o aumento muscular pode ser detectado em exames de imagem em 90% • Em geral a exoftalmia da DG é bilateral, mas em 10% é unilateral ❖ DERMATOPATIA TIREOIDIANA consiste em espessamento da pele, sobre a região inferior da tíbia, por acúmulo de glicosaminoglicanos → rara, ocorre em 2 a 3% • Em geral está associada a oftalmopatia significativa e títulos séricos bastante altos de TSAb • Pele acentuadamente espessada, com superfície cutânea em casca de laranja, a qual não pode ser apreendida pelo pinçamento dos dedos o Ocasionalmente envolve toda a perna, podendo estender-se até os pés. • Comprometimento ósseo (osteopatia tireóidea), com formação óssea subperiosteal e edema o Evidente nos ossos metacarpianos e apresenta baqueteamento digital → raro • A separação das unhas de seus leitos ungueais (onicólise ou unhas de Plummer), causada pelo crescimento rápido das unhas, pode ser vista ❖ BÓCIO → caracteristicamente difuso, observado em 97% dos casos • Pode ser assimétrico ou lobular, com volume variável o Em alguns, há frêmito e sopro sobre a glândula → produzidos por aumento do fluxo sanguíneo, achado exclusivo da doença • Qualquer paciente com bócio difuso e hipertireoidismo tem DG até que se prove o contrário Diagnóstico ❖ EXAMES BIOQUÍMICOS E HORMONAIS • Função tireoidiana → níveis baixos ou indetectáveis de TSH, associados à elevação das frações total (ligada à globulina de ligação da tiroxina [TBG]) e livre de T4 e T3 o Ocasionalmente apenas T3 elevado, acompanhando a supressão do TSH (T3toxicose) ▪ Mais comum na fase inicial da doença ou em recidiva • Inicialmente, podemos encontrar TSH baixo com T4 e T3 normais → hipertireoidismo subclínico • Dosagem de TRAb → recomendada na avaliação diagnóstica inicial do hipertireoidismo • Não obrigatória nos pacientes com bócio difuso e manifestações clássicas da DG ( o Também na escolha do tto inicial → TRAb ≥ 12 U/ ℓ chance de remissão muito baixa. • Os TRAb incluem anticorpos estimuladores (TSI) e bloqueadores → os primeiros predominam na DG, e os bloqueadores predominam na TH. o TRAb+ em pacientes hipertireóideos é altamente específica para a DG (90 a 100%) • Outros anticorpos antitireoidianos → até 50% apresentam anticorpos antitireoglobulina (antiTg) e até 90%, anticorpos antitireoperoxidase (antiTPO), em títulos mais baixos do na TH • Parâmetros hematológicos e bioquímicos → leucopenia (comum), hipercalciúria e hipercalcemia (ocasionais), elevação de transaminases (1/3) e hiperbilirrubinemia (graves) o Pode ser encontrada redução do colesterol total e do LDL Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 ❖ EXAMES DE IMAGEM • Captação do iodo radioativo nas 24 horas • Elevada em praticamente 100% dos casos de DG o Possibilita diferenciação com outras tireoidites → solicitado quando dúvida diagnóstica • Ultrassonografia → vantagem de ausência de exposição à radiação ionizante, maior precisão na detecção de eventuais nódulos tireoidianos e custo mais baixo] • Cintilografia com iodo radioativo → realizada em pacientes hipertireóideos com nódulos identificados à US, a fim de avaliar se tais nódulos são “quentes” ou “frios” • Punção aspirativa por agulha fina → indicada quando forem encontrados nódulos tireoidianos normo ou hipocaptantes à cintilografia. Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 Crise Tireotóxica (Tempestade Tireóidea) • Exacerbação aguda de todos os sinais e sintomas da tireotoxicose – Sd com risco de morte • Ocasionalmente pode ser leve e apresentar-se como reação febril sem causa aparente após cirurgia de tireoide em pcte preparado de modo inadequado • Com maior frequência, ocorre em forma grave → após cirurgia, tto com iodo radiativo ou pós- parto (pcte com tireotoxicose não controlada) ou durante enfermidade estressante o DM descompensado, trauma, infecção aguda, reação grave a fármacos ou IAM ❖ Manifestações consistem em hipermetabolismo acentuado e resposta adrenérgica excessiva o Febre entre38 a 41ºC, associada a fogachos e sudorese • Ocorre taquicardia acentuada → podendo ter fibrilação atrial e alta pressão, ocasionalmente com insuficiência cardíaca (desfecho fatal) o Agitação, delirio e coma, além de náusea, vômito, diarreia e icterícia • O achado clínico mais proeminente é a hiperpirexia desproporcional aos outros achados ❖ Achados laboratoriais → elevação de T4 sérico, T4L e T3, e supressão do TSH o Níveis séricos de T3 e T4 não estão necessariamente acima dos níveis → sem evidências de que a tempestade seja causada por produção excessiva de T3 • Número de locais ligadores adrenérgicos para catecolaminas aumenta → coração e tecidos nervosos com sensibilidade aumentada • Há diminuição da ligação à TBG, com elevação do T3 e T4L → com aumento dos ligantes, uma condição como infecção/estresse cirúrgico desencadeia descarga de catecolaminas o Em associação com os altos níveis de T4 e T3 livres, precipitam o problema agudo ❖ Tratamento com propranolol, 1-2mg IV lento a cada 5-10min até 10 mg, ou 40 a 80 mg 6/6h VO o Sintese hormonal é bloqueada pela adminstração de PTU, 250 mg a cada 6 horas. Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 Tratamento ❖ FÁRMACOS ANTITIREOIDIANOS • Metimazol, carbimazol e PTU agem inibindo a iodinação mediada por TPO da tireoglobulina para formação de T4 e T3 o PTU bloqueia a conversão periférica do T4 em T3 o Podem ter efeitos imunossupressivos → podem ser responsáveis pela remissão da doença que alguns pacientes apresentam após 1 a 2 anos de tratamento. • Mais útil em pacientes jovens com glândulas pequenas e doença leve. • Adm durante 1 a 2 anos, tendo a dose ajustada ou descontinuada caso remissão o Função tireóidea normal por 1 ano após interrupção do medicamento – 20-50% dos pctes, podendo não ser duradoura o Metimazol é o fármaco de escolha na maioria – duração mais longa do tempo de ação ❖ IODO RADIOATIVO • Iodeto sódico é tratamento preferido para a maioria > 21 anos • Adm imediatamente em dose de 80-200 microCi/g de peso da tireoide (estimado no EF) • Geralmente VO em uma única capsula → glândula encolhe e pcte retorna ao estado eutiroideo em 2-6 meses • É o tto de escolha em idosos porque é eficiente, descomplicado e barato. o Fármacos anti-tireóideos podem ser usados antes para tornar o paciente eutireóideo e evitar a tireoidite induzida pela radiação o Tambem feito em casos de doença cardíaca, glândulas > 100g, tireotoxicose grave • Após o tto com iodeto radiativo, pacientes tornam-se eutireóideos em 6 a 12 semanas. o Devem ser acompanhados porque se desenvolve hipotireoidismo em > 80% o Corresponde a melhor resposta, uma vez que a chance de o hiper recidivar e baixa ❖ CIRURGIA tem papel mais limitado pela morbidade elevada • tireoidectomia total ou subtotal tto de escolha p pctes com glândulas muito grandes ou bócios multinodulares, nódulo maligno, para pacientes alérgicos ou não aderentes a medicação o Pacientes que se recusam ao tratamento com iodo radioativo e gestantes com doença de Graves grave que sejam alérgicas ou desenvolvam reações aos fármacos • Pcte preparado com fármacos antitireoidianos até estar eutireóideo (6 semanas) → 2 semanas antes da cirurgia pode receber solução saturada de iodeto de potássio, 5 gotas 2x/dia. o Diminui a vascularização da glândula, reduzindo a perda sanguínea durante a cirurgia. ❖ BLOQUEADORES BETA são úteis para aliviar os sintomas durante a fase aguda da tireotoxicose Quando o hipertireoidismo estiver controlado, a taxa de depuração metabólica dos outros medicamentos pode diminuir → doses devem ser reajustadas • Pacientes idosos com hipertireoidismo subclínico precisam de acompanhamento, especialmente se receberam carga de iodeto. ❖ OFTALMOPATIA • Na doença leve, manter a cabeça elevada à noite e adm diuréticos podem auxiliar na redução do edema periorbital. • Prednisona 30 a 60 mg/dia iniciada imediatamente após iodo radiativo, reduzindo dose em 10 mg a cada 2 semanas, protege contra exacerbação da oftalmopatia • O manejo da doença grave envolve cooperação entre endocrinologista e oftalmologista • Reações inflamatórias agudas graves, altas doses de corticosteroides a curto prazo o Prednisona, 100 mg/d VO em doses divididas durante 7 a 14 dias, então, em dias alternados, gradualmente diminuindo a dose durante 6 a 12 semanas • Como alternativa, a pulsoterapia com altas doses de metilprednisolona pode ser utilizada. • Caso não seja efetivo ou ocorra recorrência após ajuste da dosagem, a RT externa na região retrobulbar pode ser útil → 2.000 cGy em 10 frações, por duas semanas. • Em casos muito graves com risco à visão, pode ser utilizada a descompressão orbitaL o Exoftalrnia pode ser reduzida em 5 a 7 mm em cada olho ▪ Após regressão, pode-se permanecer a visão dupla ou anormalidades palpebrais pela fibrose muscular e contratura → pode corrigir com cirurgia estética Feito por Kamila Maragno Peruch GERIATRIA MEDICINA UNESC – Turma 192 BÓCIO MULTINODULAR • Prevalência aumenta com a idade • Entretanto, se a deglutição e respiração não estão comprometidas e os testes de função tireóidea estão normais, o bócio pode permanecer sem tratamento. • Tto com levotiroxina raramente diminui a glândula → ainda que possa evitar crescimento adicional, o risco de induzir hipertireoidismo iatrogênico é significativo. o Isto é agravado pelo fato de que bócios multinodulares podem desenvolver, de modo independente, áreas de função autônoma. LITERATURA: - Greenspan – Endocrinologia Básica e Clínica (9ª Ed) - Endocrinologia Clínica – Lúcio Vilar (7ª Ed) - Diretrizes da Sociedade Brasileira de (2022) - MEDCEL, MEDCURSO - Ministério da Saúde
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