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FARMACOLOGIA INTEGRADA I – A2 MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 1 HIPNÓTICOS E SEDATIVOS 1.0 INTRODUÇÃO Os hipnóticos e sedativos são fármacos que atuam como depressores do SNC, ou seja, diminuindo seu funcionamento, causando sono e diminuição da motricidade. Os hipnóticos são capazes de induzir o sono, facilitando tanto seu início quanto sua manutenção. Já os sedativos diminuem a atividade motora e a excitação neuronal. 2.0 O GABA O GABA é um neurotransmissor produzido a partir do glutamato, que é sintetizado pela glutamina. Após sua produção, o GABA é transportado, pelo transportados VGAT, para vesículas, onde é armazenado até que ocorra sua exocitose regulada, geralmente quando o potencial de ação chega à terminação nervosa. Vale destacar, que esse transportadores usam a saída de H+ como energia para transportar o GABA para o interior das vesículas. Uma vez na fenda sináptica, o GABA pode se ligar aos seus receptores exercitando sua ação inibitória sobre a excitação neuronal, pode ser recaptado ou captado por outras células. O GABA é recaptado a partir do influxo de Na+, que serve de energia para o GAT1 transportar o GABA de volta para o neurônio. O GABA pode ainda ser captado por astrócitos, atuando na formação da glutamina. O GABA atua, principalmente, na amígdala ou anel límbico, uma área do SNC relacionada as emoções, como tristeza, medo, raiva, surpresa, aversão, etc. Essa área engloba o giro do cíngulo, hipocampo e a superfície medial do lobo temporal, sendo essas estruturas chamadas de pré-corticais (impulsos que passam por lá seguem para o córtex). O GABA atua, basicamente, reduzindo a excitação neuronal depois que o impulso passa, ou seja, atua retornando a fisiologia normal da célula. Dado isso, se o GABA para de funcionar, essas emoções permanecem, originando um quadro de angústia e ansiedade. 3.0 BENZODIAZEPÍNICOS Os benzodiazepínicos apresentam características moleculares especificas: um anel diazepínico, um anel benzênico e um anel auril. Esses fármacos atuam diminuindo a excitação neuronal, através da abertura dos canais de cloreto, o que é fisiologicamente realizado pelo GABA. MECANISMO DE AÇÃO Atuam nos receptores GABAérgicos se ligando a locais específicos desses receptores, aumentando a afinidade do GABA por eles, ou seja, atuam de forma alostérica. Esses receptores possuem 5 subunidades, alguma delas chamadas de alfa, beta e gama. Ao se ligar às unidades alfa e bete, o GABA promove a abertura de canais de cloreto, provocando a entrada do cloreto nas células, hiperpolarizando-a. Essa hiperpolarização dificulta a despolarização neuronal, diminuindo a propagação do impulso nervoso. FARMACOCINÉTICA Podem ser classificados, de acordo com seu tempo de meia vida, como de ação ultrarrápida (2-3h), ação curta (<6h), intermediária (<24h) e ação longa (>24h). São distribuídos por ligação a proteínas plasmáticas, podendo serem redistribuídos no tecido adiposo, atravessam a barreira placentária e são metabolizados pela CYP (interação medicamentosa com inibidores ou estimuladores da CYP). O uso crônico dos benzodiazepínicos pode alterar a conformação dos receptores, aumentando a chance de ele se tornar defeituoso e, consequentemente, sua degradação, provocando uma down regulation. Esse down regulation pode gerar uma tolerância medicamentosa. EFEITOS FARMACOLÓGICOS ∙ Sistema Nervoso Central – sedação (inibe a motricidade em baixas concentrações), hipnose (sonolência em altas doses), relaxamento da musculatura, ansiolítico, amnésia anterógrada, anticonvulsivante, etc. ∙ Sistema Respiratório – dose hipnóticas podem causar depressão respiratória em recém-nascidos, idosos, e pessoas com problemas renais e/ou respiratórios (DPOC, asma, etc.). Doses pré-anestésicas (endoscopia) podem causar depressão leve da ventilação pulmonar, que podem se agravar em pacientes com doenças respiratórias. ∙ Sistema Cardiovascular – doses pré-anestésicas diminuem a PA e aumentam a FC, são utilizados em IAM para diminuir ansiedade, e podem agir como cardioprotetores. ∙ Trato Gastrointestinal – utilizados em casos de problemas estomacais (úlceras, refluxo, etc.) relacionados a crises emocionais. FÁRMACOS E USOS TERAPÊUTICOS ∙ Ansiolíticos (alta meia vida): Diazepam, Lorazepam, Alprazolam, Bromazepam, etc. FARMACOLOGIA INTEGRADA I – A2 MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 2 ∙ Anticonvulsivantes (alta meia vida): Clonazepam (Rivotril). ∙ Hipnóticos (baixa meia vida): Midazolam, Nitroflurazempam (boa noite cinderela), Flurazepam, etc. EFEITOS ADVERSOS Os efeitos adversonos incluem náuseas, vômitos, sonolência, cefaleia, fraqueza, tontura, etc. Podem ser potencializados quando combinados ao álcool, já que este também uma substância depressora do SNC. 5.0 OUTROS FÁRMACOS COMPOSTO Z São fármacos agonistas dos receptores GABAérgicos, que atuam na subunidade alfa. Estes possuem os mesmos efeitos e mecanismos de ação dos benzodiazepínicos. Ex.: Zolpidem. FLUMAZENIL É um antagonista dos benzodiazepínicos, que se ligam, competitivamente, a unidades específicas dos receptores de GABA, inibindo sua ligação om os benzodiazepínicos. É administrado por via intravenosa e possui meia-vida de 1h. é utilizado no tratamento de intoxicações ou overdose de benzodiazepínicos e reversão seus efeitos durante anestesia geral. FARMACOLOGIA INTEGRADA I – A2 MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 3 ANTIDEPRESSIVOS E ANSIOLÍTICOS 1.0 FISIOPATOLOGIA DA DEPRESSÃO A fisiopatologia da depressão é complexa e apresenta algumas hipóteses: hipóteses das monoaminas, hipótese dos receptores e a neuro-hormonal. Na hipótese das monoaminas acredita-se que há um déficit de neurotransmissores como glutamato, serotonina, noradrenalina e BNFD (fator neural de diferenciação celular). Já hipótese dos receptores indica que, além do déficit de neurotransmissores, há um déficit de receptores desses neurotransmissores, tanto em número quanto em funcionalidade. Isso aconteceria pela ativação de determinados genes que causam apoptose em determinados neuronios e inibem a neurogênese destes. A hipótese neuro-hormonal relaciona o estresse à apoptose neuronal, já que nessas situações há uma maior produção de glutamato que acarreta apoptose. Além de relacionar com o aumento do cortisol, que atua no SNC facilitando os processos de apoptose. 2.0 ANTIDEPRESSIVOS 1ª GERAÇÃO INIBIDORES DA MONOAMINOXIDASE (IMAO) A MAO é responsável pela degradação das catecolaminas no cérebro, como serotonina e dopamina. Desse modo, os IMAO inibem essa enzima, aumentando a concetração desses neurotransmissores no sistema nervoso, ou seja, os IMAO atuam como antagonistas indiretos, levado a uma possível melhora do quadro. Os fármacos mais utilizados são tranilcipromina e moclobemida, mas estão caindo em desuso. ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS (ADT) Bloqueiam a receptação da serotonina e noradrenalina através do bloqueio de seus transportadores (SERT e NET). São antagonistas dos receptores H1, 5-HT2, alfa-1, muscarínicos e dopaminérgico, o que causa efeitos adversos específicos. Seu uso terapêutico consiste no tratamento da depressão, insônia, dores e enxaqueca. Esses medicamentos podem apresentar efeitos colaterais graves, por isso não são a primeira escolha no tratamento da depressão. Entre esses efeitos estão constipação intestinal, xerostomia, hipotensão ortostática, aumento de apetite, ganho de peso, fadiga, sedação, entre outros. Devido ao efeito sedativo podem ser utilizados no tratamento de insônia. 3.0 ANTIDEPRESSIVOS 2ª GERAÇÃO INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DA SEROTONINA (ISRS)Inibem, de forma seletiva, a recaptação da serotonina pelo SERT, potencializando a neurotransmissão serotoninérgica. Como efeitos colaterais podem gerar disfunção erétil, anorgasmia, ejaculação tardia, náuseas, diarreia e vômito. Não apresentam efeitos cardiovasculares graves, sendo de melhor adaptação. FARMACOLOGIA INTEGRADA I – A2 MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 4 Os principais fármacos o são sertralina, citalopram, paroxetina e fluoxetina. Seu uso terapêutico consiste no tratamento da depressão, transtornos de ansiedade e transtornos alimentares (bulimia e anorexia). INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA-NORADRENALINA (IRSN) Inibem os transportadores SERT e NET, provocando um aumento na transmissão serotoninérgica e noradrénergica, respectivamente. ANTIDEPRESSIVOS NORADRENÉGICO E SEROTONINÉRGICO ESPECÍFICOS (ANASE) Atuam como antagonistas do receptor alfa-2 adrenérgico, aumentando a liberação da adrenalina. ANTAGONISTAS E INIBIDORES DA RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA (AIRS) Atuam antagonizando os receptores específicos de serotonina, além de inibir sua recaptação. Diminuem os efeitos adversos. OBS.: O tratamento com fármacos antidepressivos geralmente apresenta uma defasagem terapêutica com duração de 3 a 4 semanas antes de uma resposta terapêutica mensurável tornar-se vidente. Isso ocorre devido a uma janela terapêutica, decorrente do ajuste do número de receptores. Resumidamente, é um período após o início do uso do fármaco em que ainda não há efeito evidente, e independe da velocidade absorção e tempo de meia-vida. A defasagem terapêutica pode causar desistência do tratamento, pois o paciente não vê melhora e acha que não irá funcionar. Além disso, não impede o suicídio se for iminente. FARMACOLOGIA INTEGRADA I – A2 MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 5 ANTIPSICÓTICOS 1.0 FISIOPATOLOGIA DA PSICOSE A psicose é uma doença mental caracterizada por um senso distorcido da realidade, sendo sempre um caso patológico. Esses transtornos incluem transtorno de humor com psicose, transtorno delirante e, principalmente, a esquizofrenia. Os transtornos psicóticos possuem sintomas positivos (alucinações, delírio, agitação, distorções, agressividade, etc.) e negativos ( apatia, poucas emoções, falta de interesse, baixa interação social, diminuição da motivação, disfunções cognitivas, etc.). Os sintomas positivos são resultantes da ação da dopamina na via mesolímbica, enquanto os negativos são causados pela diminuição da dopamina na via mesocortical. 2.0 A DOPAMINA A dopamina se liga a duas famílias de receptores, os receptores D1 e os D2. Sendo a família D1, receptores do tipo RAPGs excitatórios, e a D2, RAPGi inibitórios. Ambos se apresentam abundantemente no córtex pré-frontal, núcleo estriado e sistema límbico. Ainda que outros neurotransmissores contribuam com a psicose, a desregulação do sistema dopaminérgico é considerada a base desse distúrbio. No cérebro, existem quatro principais vias dopaminérgicas: ∙ Via Mesocortical – funções cognitivas elevadas como motivação, recompensa, emoção e controle de impulsos. ∙ Via Mesolímbica – associada a recompensa. ∙ Via Nigroestriatal – associada ao equilíbrio da contração muscular (movimento). ∙ Via Túberohipofisial – relacionada ao controle endócrino, influenciando no funcionamento da hipófise e na produção de prolactina. 3.0 ANTIPSICÓTICOS ANTIPSICÓTICOS TÍPICOS Esses fármacos atuam como antagonistas diretos, bloqueando, principalmente, os receptores D2 das vias envolvidas com os sintomas positivos. Desse modo, eles atuam reduzindo a dopamina causando a redução dos sintomas positivos, mas aumentando os negativos. Ex.: Clorpromazina, Haloperidol e Flufenazina. Vale ressaltar que esses fármacos interagem com outros receptores como, 5HT2 da serotonina, histaminérgicos, alfa adrenérgicos, muscarínicos (colinérgicos) e até com outros fármacos (ISRS, IRSN). Desse modo, essas interações são responsáveis por alguns efeitos adversos. Em geral, os efeitos adversos podem ser: › sintomas extrapiramidais (rigidez muscular, tremor e roda denteada) – causados pelo bloqueio de D2 na via nigroestriatal; › aumento da pressão ocular e visão borrada – bloqueio dos receptores muscarínicos; › hiperprolactinemia, galactorréia; › hipotensão ortostática severa – bloqueio dos receptores alfa1 adrenérgicos; › diminuição do limiar convulsivate; › acatisia (inquietude); › etc. ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS Esses fármacos antagonizam os receptores 5-HT2, D1, D3 e D4, enquanto bloqueiam de forma menos potente dos receptores D2 (não agem na via nigroestriatal). Atua principalmente da vida mesocortical, diminuindo os efeitos negativos na esquizofrenia. Seus efeitos clínicos na esquizofrenia se dão pela sua capacidade de estimular os receptores D2 em áreas os níveis dopaminérgicos são limitados (via mesocortical) ou diminuir a atividade dopaminérgica em concentrações elevadas (via mesolímbica). Alguns fármacos dessa classe são: Clozapina e Risperidona. Seus efeitos adversos consistem em alterações hematológicas, dislipidemia e alterações hepáticas. 4.0 CARACTERÍSTICAS GERAIS Possuem padrões irregulares de absorção, são capazes de atravessar a barreira hematoencefálica (alta lipossolubilidade), meia vida de 20 a 24h, metabolização hepática e excreção urinária. FARMACOLOGIA INTEGRADA I – A2 MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 6 É contraindicados em pacientes com glaucoma, por aumentar a pressão ocular, e paciente epilépticos, por diminuir o limiar convulsivante. E, são usados para o tratamento de esquizofrenia, mania, depressão grave, distúrbio psicótico associado a delírio ou demência, delírio pós-operatórios, intoxicação por anfetaminas e paranoia. FARMACOLOGIA INTEGRADA I – A2 MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 7 ANTICONVULSIVANTES 1.0 INTRODUÇÃO – EPILEPSIA O termo “crise epiléptica” se refere a alteração transitória no comportamento devido a uma ativação rítmica, síncrona e desordenada dos neuronios cerebrais, sendo a epilepsia a ocorrência periódica e imprevisível dessas crises. Essa ativação acontece por uma alteração na excitabilidade de um grupo de neurônio, em geral envolvendo os canais de Na+ e Ca+, ou o GABA. As manifestações comportamentais de uma crise epiléptica são determinadas pelas funções exercidas pela área cortical que a originou. Por exemplo, uma crise iniciada no córtex motor apresenta abalos clônicos da parte corporal controlada pela área. As crises epilépticas podem ser classificadas como parcial, quando se inicia em uma área cortical, e generalizada, quando existe ativações reciprocas no tálamo e no corte, envolvendo os dos hemisférios desde o início da crise. ∙ Epilepsia Parcial: Pode ser simples ou complexa. A simples está associada a preservação da consciente, onde o paciente recebe sensações anormais do corpo, como movimentos súbitos, distorção da visão e mal-estar. Já a crise parcial complexa se caracteriza pela queda no nível de consciência. ∙ Epilepsia Generalizada: Pode ser de ausência ou tônico-clônica. A de ausência (pequeno mal), se caracteriza por pequenos lapsos de perda de consciência, onde o paciente parece estar desligado do mundo, os olhos podem apresentar movimentos circulares associado a outros sintomas psicomotores automáticos. Ao fim desta, a atividade pode ser retomada imediatamente sendo algumas vezes até ignorada pelo paciente. Na tônico-clônica (grande mal), existem dois momentos: fase tônica, onde o paciente perde a consciência,cai e o corpo se contrai, enrijecendo; e a fase clônica, onde o paciente contrai e contorce todas as extremidades do corpo perdendo a consciência, que após a crise é recobrada gradativamente. OBS.: O acontecimento do grande mal está associado à 5 fazes: 1) aura, uma alteração na sensopercepção; 2) “grito”, onde a contração muscular faz o ar dos pulmões saírem rapidamente; 3) tônica, onde o indivíduo fica de 2 a 3 minutos completamente contraído; 4) clônica, onde se inicia os movimentos desordenados; e 5) estado pó- ictal, onde acontece um esgotamento do SNC e o individuo demora a retomar a consciência. 2.0 MECANISMO DE AÇÃO Eles podem atuar reduzindo as deflagrações repetitivas e persistentes dos neuronios através da inativação dos canais de Na+ ativados por voltagem. Ex.: fenitoína, carbamazepina e valproato. Podem também FARMACOLOGIA INTEGRADA I – A2 MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 3º PERÍODO 8 aumentar a inibição sináptica pela GABA, a nível pré e pós-sináptico. Ex.: fenobarbital, benzodiazepínicos e valproato. E, ainda, podem inibir os canais de Ca+ ativados por voltagem. Ex.: valproato. 3.0 FÁRMACOS FENITOÍNA Exerce atividade anticonvulsivante sem causar depressão geral do SNC, atuando na inativação dos canais de Na+ reduzindo a possibilidade dos neuronios dispararem, o que limita as deflagrações repetitivas. É eficaz em toda crise parcial e tônico-clônica, mas não na de ausência. Sua toxicidade apresenta sinais como arritmias cardíacas, depressão no SNC, sintomas cerebelares e vestibulares, hiperplasia gengival, hirsutismo (pelos faciais), osteomalácia e anemia megaloblástica, reações de hipersensibilidade incluem alterações cutâneas como Síndrome de Stevens-Johnson e lúpus. FENOBARBITAL Utilizado, principalmente, em crises tônico-clônicas. Esse fármaco potencializa a inibição sináptica por ação no receptor GABAa, onde esse receptor é aberto permitindo a entrada de Cl-, hiperpolarizando a membrana e aumentado o limiar convulsivo. Em altas doses também reduz as deflagrações repetitivas, sendo uma opção no tratamento da epilepsia. Como efeitos adversos podem apresentar sedação, nistagmo e ataxia, irritabilidade e hiperatividade em crianças, agitação e confusão em idosos. CARBAMAZEPINA Esse fármaco limita as deflagrações repetitivas dos potenciais de ação iniciados pela despolarização persistente, reduzindo a taxa de recuperação da inativação dos canis de Na+ ativados por voltagem. É útil no tratamento de crises tônico-clônicas e parciais, além de ser o principal fármaco no tratamento de neuralgia do trigêmeo e glossofaríngeo, e no tratamento de transtornos afetivos bipolares. Como efeitos adversos pode se citar, sonolência, vertigem, ataxia, diplopia e turvação visual e retenção hídrica. Sua intoxicação aguda pode acarretar estupor ou como, irritabilidade, convulsões e depressão respiratória. ÁCIDO VALPRÓICO É utilizado no tratamento de crises epilépticas parciais, tônico-clônicas e de ausência. Se mecanismo de ação consiste na inativação prolongada dos canais de Na+ regulados por voltagem, redução das correntes de Ca2+ e estimulação da síntese do GABA, inibindo sua decomposição. Os efeitos colaterais mais comuns são sintomas gastrointestinais transitórios, como anorexia, náuseas e vômitos. Pode levar a sedação, ataxia e tremor, além de estar associado a exantema, hepatite e pancreatite.
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