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1 Carolina Martins - Odontologia Proteínas e Enzimas Proteínas – Principais Características Polímeros de aminoácidos. Os aminoácidos liberam água quando unidos. Controlam praticamente todos os processos que ocorrem em uma célula. São as macromoléculas mais abundantes. São instrumentos moleculares pelos quais a informação genética é expressa. São construídas a partir do mesmo conjunto de 20 aminoácidos organizados de maneiras diferentes. Podem ser degradadas. Aminoácidos: Possuem uma cadeia lateral com propriedades químicas características. Ligam-se de modo covalente em uma sequência linear para formar as proteínas. Forma de abreviação: Três primeiras letras do nome do aminoácido. Símbolos de uma letra. Estruturas comuns dos aminoácidos: Todos os 20 tipos comuns de aminoácidos são -aminoácidos. Eles têm um grupo carboxila e um grupo amino ligados ao mesmo átomo de carbono (). Diferem uns dos outros em suas cadeias laterais ou grupos R. Variam em estrutura, tamanho e carga elétrica. Influenciam a solubilidade dos aminoácidos em água. O carbono está ligado a quatro grupos diferentes (exceto para a glicina). Portanto é um centro quiral. Um grupo carboxila. Um grupo amino. Um grupo R. Um átomo de hidrogênio. Os quatro grupos diferentes podem ocupar dois arranjos espaciais únicos, portanto os aminoácidos têm dois estereoisômeros possíveis. São imagens especulares As duas formas representam uma classe de estereoisômeros denominada enantiômeros. Toda molécula com um centro quiral é opticamente ativa, giram o plano da luz polarizada. Sistema D, L: nomenclatura para especificar a configuração absoluta. Com base na configuração absoluta do açúcar de três carbonos gliceraldeído: Para todos os compostos quirais, os estereoisômeros com configuração relacionada à do L-gliceraldeído são designados L. Os resíduos de aminoácidos em proteínas são estereoisômeros L. Os estereoisômeros relacionados ao D-gliceraldeído foram designados D. Os resíduos de D-aminoácidos foram encontrados em apenas alguns peptídeos. Classificação pelo grupo R: São classificados em cinco classes principais com base nas propriedades dos seus grupos R. Propriedades: Polaridade. Alguns aminoácidos não se encaixam perfeitamente em qualquer grupo. Glicina. Histidina. Cisteína. Grupos: Apolares, alifáticos: são apolares e hidrofóbicos. As paredes laterais tendem a se 2 Carolina Martins - Odontologia agrupar no interior de proteínas, estabilizando a estrutura proteica por meio de interações hidrofóbicas. Aromáticos: cadeias laterais aromáticas, relativamente apolares. Polares, não carregados: solúveis em água. Carregados positivamente ou negativamente: são mais hidrofílicos. Carregados negativamente (ácidos). Aminoácidos podem agir como ácidos e bases: Quando um aminoácido sem um grupo R ionizável é dissolvido em água em pH neutro, ele permanece na solução como um íon bipolar (zwitteríon), que pode agir como ácido ou base. Substâncias com essa natureza dupla são anfotéricas, chamadas de anfólitos. Peptídeos e Proteínas – cadeias de aminoácidos. Ligação peptídica: Ligação covalente amida substituída entre aminoácidos. Formada por desidratação do grupo -carboxila de um aminoácido e do grupo - amino do outro. Quando alguns aminoácidos se ligam desse modo, a estrutura é chamada de oligopeptídeo. Quando muitos aminoácidos se ligam, o produto é chamado de polipeptídeo. Podem ser diferenciados por seus comportamentos de ionização. Peptídeos e polipeptídeos biologicamente ativos ocorrem em uma ampla variação de tamanhos e composições. Algumas proteínas contêm outros grupos químicos além dos aminoácidos. Proteínas podem ser separadas e purificadas. Por eletroforese. Proteínas não separadas podem ser quantificadas. A função de uma proteína depende de sua sequência de aminoácidos. A sequência de aminoácidos de milhões de proteínas foi determinada. Pequenos peptídeos e proteínas podem ser sintetizados quimicamente. As sequências de aminoácidos fornecem importantes informações bioquímicas. Estrutura de proteínas: Estrutura primária: Descrição de todas as ligações covalentes ligando resíduos de aminoácidos em uma cadeia polipeptídica. O elemento mais importante é a sequência de resíduos de aminoácido. Estrutura secundária: Arranjos estáveis de resíduos de aminoácidos dando origem a padrões estruturais recorrentes. Estrutura terciária: Descreve todos os aspectos do enovelamento tridimensional de um polipeptídeo. Estrutura quaternária: Quando uma proteína tem duas ou mais subunidades polipeptídicas. Enzimas: Proteínas especializadas que aceleram as reações. 3 Carolina Martins - Odontologia São as mais variadas e especializadas entre os produtos dos aminoácidos. São catalisadoras de quase todas as reações celulares. Características das Enzimas: Eficiência catalítica. Especificidade do substrato. Funcionam em soluções aquosas. Atuam em condições fisiológicas de temperatura e pH. Estrutura inalterada ao final da reação. Não alteram o equilíbrio químico das reações, apenas o aceleram. Atuam em quantidades mínimas (E < S). Diminuem a energia de ativação. Nomenclatura e Classificação. Adição do sufixo “ase” ao nome do substrato à palavra ou frase que descreve sua atividade. Nome originado na sua fonte ou por escolha do descobridor. Comissão internacional/Número classificatório de 4 dígitos, identificado a reação. 1º Classe que a enzima pertence 2º Tipo de ligação que a enzima atua 3º Subclassificação do tipo de ligação 4º Número de série. Exemplo: Hexoquinase. ATP + D-glicose ADP + D=glicose-6-P Nome formal ATP: glicosefosfotransferase. Nome trivial: Hexoquinase. Nome sistemático 2.7.1.1 1º - transferase (Classe 2) 2º - fosfotrasnferase (subclasse 7). 3º - fosfotransferases grupo hidroxila como receptor. 4º - D-glicose receptor do grupo fosfato. Como as enzimas funcionam? Reação enzimática: Complexo enzima-substrato (e-s). Componentes: Enzima. Substrato. Co-fator/Coenzima. Enzima+Substrato ES EP E+P. Classe nº Nome da Classe Tipo de reação catalisada 1 Oxidorredutases Transferência de elétrons 2º Transferases Reações de transferência de grupos 3º Hidrolases Reações de hidrólise 4º Liases Clivagem, rompimento de ligações duplas ou anéis, ou adição de grupos a ligações duplas 5º Isomerases Transferência de grupos dentro de uma mesma molécula produzindo formas isoméricas 6º Ligases Formação de ligações por reações de condensação aplicadas à hidrólise de ATP ou cofatores similares 4 Carolina Martins - Odontologia Estrutura Enzimática: Proteínas: Conjugadas: Cofator + apoenzima. Holoenzima. Simples: Apoenzimas. Ribozimas: RNAs. Íons inorgânicos que servem de cofatores para enzimas: Íons Enzimas Cu2+ Citocromo-oxidase Fe2+ ou Fe3+ Citocromo-oxidase, catalase, peroxidase. K+ Piruvato-cinase Mg2+ Hexocinase, glicose-6-fosfatase, piruvato-cinase. Mn2+ Arginase, ribonuclaeotídeo- redutase. Mo Dinitrogenase. Ni2+ Urease Zn2+ Anidrase carbônica, álcool- desidrogenase, carboxipeptidases A e B. Coenzimas: Coenzima Exemplo de grupo químico transferido Precursor presente na dieta de mamíferos Biocina CO2 Biotina Coenzima A Grupos acil Ácido pantotênico e outros compostos 5- Desoxiadenosil cobalamina (coenzima B12) Átomos de H e gruposalquil Vitamina B12 Flavina- aldenina- dinucleotídeo Elétrons Riboflavina (vitamina B2) Lipoato Elétrons e grupo acil Não é necessário na dieta Nicotinamidaa deninadinucle otídeo Íon híbrido (H) Ácido nicotínico (niacina) Piridoxal- fosfato Grupos amino Piridoxina (vitamina b6) Tetra-hiofolato Grupos de um carbono Folato Tiamina- pirofosfato Aldeídos Tiamina (vitamina B1) Aumentando a velocidade das reações: Para reagir, as moléculas em solução, devem colidir com uma orientação apropriada e na colisão devem adquirir uma quantidade de energia para atingir um estado reativo. Moléculas, para reagirem necessitam serem elevadas a um determinado nível de energia, denominado ENERGIA de ATIVAÇÃO. Para se superar a energia de ativação de uma reação, passa-se pela formação de um estado intermediário chamado "Estado de Transição”. As enzimas aceleram a velocidade de uma reação química por diminuir sua energia de ativação, sem alterar a termodinâmica da reação. Como isso é feito? Interação entre enzima e substrato: Emil Fischer (1894): Modelo chave-fechadura. 1. Enzimas eram complementares ao tamanho, forma e natureza química do substrato. Daniel Koshland (1958): Modelo do ajuste induzido. 1. Enzimas complementares ao estado de transição e substrato. Especificidade e Catálise: Muito do poder catalítico das enzimas provém basicamente da energia livre liberada na formação de muitas ligações fracas e interações entre a enzima e seu substrato. Essa energia de ligação contribui tanto para a especificidade como também para a catálise. 5 Carolina Martins - Odontologia Especificidade: é a habilidade da enzima de discriminar entre dois substratos competidores. As enzimas podem interagir com um ou mais substratos específicos, catalisando somente um tipo de reação. Classes das Hidrolases (um tipo de enzima): Proteases: 1. Pepsina: Proteínas -> aminoácidos (aa). 2. Tripsina: Hidrolisa ligações peptídicas aa –Arg ou Lys-. 3. Quimiotripsina: Hidrolina ligações peptídicas entre AA e Trp, Tyr, Phe, Met ou Leu. 4. Elastase: Hidrolisa ligações peptídicas entre AA e Ala, Gly ou Ser. Lipases. Glicosidades. Sítio Ativo: Posicionamento. Catalítico. Características: Fendas ou sulcos. Pequena porção. Especificidade. Ligações fracas. Cinética enzimática: Fatores que influenciam a velocidade da reação: pH. Temperatura. Concentração do substrato (s). Concentração da enzima (E). Km de algumas enzimas e seus substratos. Enzima Substrato Km(m M) Hexocinase (cérebro ATP D-Glicose D-Frutose 0,4 0,05 1,5 Anidrase carbônica HCO3- 26 Quimotripsina Glicitirosilglicina N-benzoiltirosinamida 108 2,5 Β- Galactosidade D-Lactose 4,0 Treonina- desidratase L-Treonina 5,0 Inibição enzimática: Inibidor Reversível: Competitivo. Não competitivo (incompetitivo). Não competitivo misto. Irreversível Enzimas reguladoras: As enzimas costumam atuar em sequência com outras enzimas. Esses processos sequenciais precisam ser regulados. Existem algumas enzimas que tem função reguladora dessas reações (alostéricas).
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