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Direito Fiscal e Outros Ramos do Direito

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Introdução
O direito fiscal e um direito autónomo, com uma formação própria, com princípios especiais, que dominam o seu desenvolvimento […] Salazar, apud Ibraimo (2002). Embora seja uma realidade a autonomia cientifica do Direito Fiscal, levando em consideração o caracter unitário do direito, qualquer dos seus ramos esta necessariamente ligado a todos os outros. Tendo em atenção a natureza e âmbito do direito fiscal, este mantem relação especiais, de conexão e dependência, com outros ramos de direito. Assim no referente trabalho aqui apresentado pretende-se abordar sobre essas relações e conexões, onde pretendemos começar desde a relação estabelecida entre o direito fiscal e direito financeiro e tributário até a sua relação com os direitos privado, processual, penal, criminal e outros ramos que de alguma forma compõe o direito fiscal e fazem parte das regras que o compõem, no referente trabalho pretende-se não só mostrar a relação mas também as diferenças entre eles, se assim for.
1. Objetivo Geral 
· Apresentar conceitos relativos ao direito fiscal e os outros ramos do direito.
1.1. Objetivos Específicos
· Apontar quais os ramos do direito que estabelecem relação com o direito fiscal
· Explicar a relação entre os vários ramos de direito e o direito fiscal
2. Metodologia
Para materialização do trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica que é aquela que se realiza a partir do registo disponível de pesquisas anteriores, em documentos impressos, a par dessa técnica de procedimento usou-se a análise documental que consiste na avaliação de material bibliográfico preponderante para a materialização do trabalho.
	
Direito Fiscal e Outros Ramos do Direito
 Na perspectiva de Ibraimo (2002) O direito fiscal é o conjunto de normas que disciplinam as relações que se estabelece entre o Estado e outros entes públicos, por um lado os cidadãos, pelo outro lado por via de impostos. Também podemos considerar como sendo o direito fiscal como o conjunto de normas que regulam o imposto nas suas várias fases: incidência, lançamento, liquidação e cobrança.
O direito fiscal enquanto disciplina jurídico normativa, o por tratar-se de um ramo do direito que integra regras que assumem todas as características das normas jurídicas em geral (generalidade, abstração, hipoteticidade, autonomia e imperatividade),porem, por outra parte a ciência fiscal é um aspecto da ciência das finanças que encara, o fenómeno fiscal, “ o imposto” numa óptica económica como ingresso publico, enquanto fenómeno social fáctico e não normativo procurando determinar regularidades. Gomes (2002) apud Ibraimo (1998)[footnoteRef:1] [1: Nuno de Sá Gomes, (1998). Manual de direito fiscal. Editora Rei dos Livros. Vol 1. Lisboa.] 
O direito fiscal é um conjunto de normas jurídicas que vem regular a arrecadação, utilização e as fases das receitas coativas e unilaterais, ou seja, o imposto. De acordo com os autores aqui apresentados há que notar uma particularidade, a que o direito fiscal esta inserido em duas vertentes distintas. A primeira é a de disciplina jurídico normativa como sendo um ramo de direito há que se aplica todas regras há todas as regras e princípios aplicados as normas jurídicas, mas também a de ciência fiscal que explora o lado económico ao abordar sobre o imposto nas diferentes perspectivas desde ao económico ao social.
Como acima visto o direito fiscal é um ramo do direito e como tal, não fugindo a sua natureza estabelece relações com outros ramos do direito e de que tipo são essas relações.
Direito Fiscal e Direito Financeiro 
Para se estabelecer essa relação existe a necessidade de primeiro compreender o que é o direito financeiro, é entendido como direito financeiro “ o conjunto de normas reguladoras da actividade financeira do Estado[footnoteRef:2]”, Ibraimo (2002). Actividade está que contem a arrecadação de receitas e a execução de despesas e é ai que o direito fiscal se encontra na arrecadação das receitas coactivas e unilaterais, assim podemos dizer que o direito fiscal não é o direito financeiro porém o mesmo engloba o direito fiscal, pelo mesmo ser composto de normas heterogéneas, desde a regulação e disciplina das receitas voluntarias, arrecadação das receitas coactivas e a realização das despesas e o direito fiscal apenas se ocupa da disciplina das receitas coactivas. Mas há necessidade de intender que o direito financeiro esta numa perspetiva generalista e o direito fiscal para uma área específica. [2: A actividade financeira do estado é a acção que o estado desenvolve no sentido de realizar despesas públicas e de promover a obtenção dos meios indispensáveis para a cobertura das despesas, ou seja, as receitas.] 
Direito Tributário
Quando estamos de direito tributário e direito fiscal estamos perante sinónimos, pois ambos tratam do estudo do estudo do direito relativo aos impostos (receitas), porem o direito tributário é mais amplo que o direito fiscal, pois o direito fiscal designa-se somente as receitas coactivas e unilaterais e o direito tributário é mais abrangente por incluir as taxas e outras categorias de receitas públicas, além das receitas coactivas e unilaterais.
 Dessa forma podemos afirmar que o direito financeiro contem o direito tributário e este contem o direito fiscal, isto na perspetiva do autor que ate agora apresentamos. Então desse modo estamos a partir desde a perspetiva generalista que é o direito financeiro ate o mais restrito que é o direito Fiscal. Porém note-se que apesar dessa toda contenção o direito financeiro, tributário e fiscal são ramos autónomos do direito.
Direito Fiscal e Direito Constitucional
O direito constitucional trata de matéria inerente ao Estado de direito, constituído por princípios supralegais que se impõem no próprio legislador constitucional, Gomes (2000). Com isso conclui-se que o direito fiscal tal como os outros ramos do direito e como norma jurídica subordina-se as regras constantes do direito constitucional, material e inerente ao Estado de direito por princípios que se impõem ao próprio legislador. O texto constitucional tem normas de natureza fiscal que a doutrina designa “ constituição fiscal”. (IBRAIMO: 2002).
Para Nabais (2000) é essa “ constituição fiscal “ que consubstancia a relação entre o direito constitucional e o direito fiscal, onde temos dois grandes segmentos: um clássico que podemos designar de bases constitucionais dos impostos, concretizando fundamentalmente na ideia do estado fiscal, no princípio da legalidade fiscal e no critério material do impostos ou princípio da capacidade contributiva; outro, mais recente, materializado no recorte constitucional caracterizador ou típico do sistema fiscal seja quanto as finalidades que este deve prosseguir, seja relativamente a delimitação dos princípios integrantes do sistema. 
Os autores acima citados trazem essa relação em linhas geras enquanto Waty (2007) traz essa relação apontando especificamente para a relação entre o direito fiscal e constitucional moçambicano, especificando em artigos. Assim ele na sua definição de direito constitucional diz que “ não são muitas as normas que se inserem na constituição no que diz respeito aos princípios fundamentais da organização tributaria” tendo em conta a nossa constituição podemos afirmar que só a alínea b) do artigo 45 da constituição da república de moçambique[footnoteRef:3] é que são exclusivamente fiscal. É ainda norma de natureza fiscal a consagrada no artigo 57, que estabelece que << na Republica de Moçambique as leis retroativas, quando beneficiam os cidadãos e outras pessoas jurídicas>>. Ao estabelecer o numero 2 do artigo 82 da CRM que << a apropriação só pode ter lugar por causa de necessidade, utilidade>> e , o numero 1 do artigo 60 que << ninguém pode ser condenado por actos não qualificados como crime no momento da sua pratica. [3: < < Trabalhar na medida das suas possibilidades e capacidades>>] 
No que respeita aos artigos da constituição apontados como fiscais, achou-se pertinente enunciar a alínea c) do artigo 45 << todo o cidadãotem o dever as contribuições e impostos>> este por falar do dever do cidadão de pagar o imposto aplicando-se aqui no direito fiscal. Também o artigo 100 << os impostos são criados ou alterados por lei , que os fixa segundo critérios de justiça social >> esse artigo também foi entendido como fiscal por falar do cunho legal do imposto ao ser criado fixa e alterado por lei, mas o artigo que foi visto como o artigo principal que representa a relação do direito constitucional e o fiscal é o artigo 127 da CRM que abordada desde a estrutura do sistema fiscal ate a obrigatoriedade de pagar o imposto.
Direito Fiscal e Direito Administrativo
Ainda que se reconheça a autonomia desses dois ramos do direito, as relações são bem íntimas, porque desde logo, os órgãos públicos, encarregados da aplicação das leis do imposto são, numa primeira fase, não contenciosa, órgãos administrativos, especialmente nos impostos de lançamento, em que a referida aplicação é feita mediante um processo fiscal administrativo de caracter graciosa, que não é mais do que uma sequência de actos administrativos dirigida a determinação da matéria colectável no acto tributário de liquidação de impostos. O mesmo se pode dizer dos órgãos que exercem a actividade de prevenção e fiscalização tributaria que é igualmente uma actividade de polícia administrativa, sem falar da cobrança do imposto que é de certa medida uma actividade administrativa. Até o processo de reconhecimento de benefícios fiscais e o exercício de garantias graciosas, aplicação administrativa de sanções. (GOMES: 2000).
Os órgãos de prevenção, fiscalização e cobrança tributaria exercem uma efectiva actividade administrativa. Porem há princípios como o da igualdade, legalidade, tipicidade que são próprios do direito tributário e que o direito administrativo se autonomiza. (WATY:2007).
Apesar dessas todas relações e interligações há sempre que esclarecer que o direito fiscal é um ramo autónomo face ao direito administrativo.
No respeitante ao direito administrativo e o direito fiscal vê-se logo a relação estabelecida entre estes dois ramos primeiro pela prática da arrecadação à aplicação das leis do imposto, e aos princípios partilhados por ambos, mostra uma clara interligação entre eles apesar da autonomia de cada um deles.
Direito Fiscal e Direito Privado
Desde logo, o núcleo central da relação tributaria tem a estrutura duma obrigação, pois que a mesma se analisa, do lado do credor do imposto, num poder de exigir do contribuinte determinada prestação pecuniária e do lado deste último, no dever de realizar essa prestação. O facto de o direito fiscal ligar, por via de regra, a obrigação de imposto à prática de actos, ao exercício de actividade ou ao gozo de situações que se apresentam disciplinadas enquanto tais pelo direito privado, de modo que o direito dos impostos se move naquele ramo do direito publico que mais se aproxima do direito privado. (NABAIS: 2000).
Também o direito fiscal, acolhe, em alguns casos, conceitos do direito privado com o sentido técnico- jurídico que aí possuem. E é o caso de obrigação (as regras da relação jurídica obrigacional do estado- contribuinte) são regras do direito privado. Outras vezes, conceitos com o sentido próprio em direito privado são utilizados pelo direito fiscal noutro sentido, que é o que acontece por exemplo com o conceito de transmissão, prédio, propriedade, comercio[footnoteRef:4], compra e venda, doação, locação, locação de imoveis, locação financeira, arrendamento, herança, pessoa coletiva, contrato de trabalho, contrato de prestação de serviços, estabelecimento comercial, estabelecimento individual de responsabilidade limitada, sociedade, sociedade comercial, sociedade civil sob forma comercial, cooperativa, empresa pública. Neste caso nos interessa saber se os mesmos conservam o significado que tem no direito privado (exemplo de obrigação), ou se são objecto de reelaboração no domínio do direito fiscal em termos de virem assumir aqui um sentido próprio (transmissão). Não raramente a própria lei fiscal, que movida por exigências particulares da matéria disciplinar, se afasta da regulamentação jurídica privada de certos actos ou situações, dando significado específico aos conceitos do direito privado. (NABAIS: 2000). [4: Ibraimo. I. (2002). Direito e a Fiscalidade- Um Contributo ao Direito Fiscal Moçambicano. Editora ARTC. Maputo.] 
Podemos dizer ainda de forma mais simples que as relações estabelecidas entre esses dois sujeitos é de passivo e activo na relação jurídica tributaria, aproxima esta relação obrigacional cujos conceitos e princípios de algum modo recorre. As circunstâncias para ser sujeito passivo do imposto são configuradas pelo direito passivo, o que explica que a este direito o direito fiscal recorra alguns conceitos acima citados. Contudo a ausência da autonomia da vontade, que molda as obrigações privada, na obrigação fiscal, onde a relação tributaria depende da ocorrência do facto tributário previsto na lei. Assim apesar disso o direito fiscal e o direito privado ainda são ramos autónomos entre si.
A relação entre esses dois ramos do direito vem desde a definição do direito fiscal, pois nela vem logo estabelecida a relação entre o credor e o contribuinte, e logo a pior apesar da unilateralidade do imposto vê-se a consequência disso pois ao se estabelecer algumas relações como essas com os particulares de algum modo deve-se recorrer ao direito privado como garantia dos direitos e deveres desse privado como contribuinte.
Direito fiscal e Direito Internacional 
A integração da economia numa zona mais vasta do que o território nacional, tem também incidência no ramo fiscal[footnoteRef:5]. Pois o direito fiscal como ramo do direito Publico é direito interno. E logo ao nível interno surgem-nos normas especificamente dirigidas a resolver conflitos internacionais entre o sistema fiscal nacional e os estrangeiros[footnoteRef:6], mandando aplicar a lei fiscal interna. Tratando-se de normas internas de conflitos internacionais de leis fiscais efectivamente externos perante normas que limitam-se a definir o âmbito de competência da lei fiscal interna. Porém existem normas de conflito de fonte internacional que regulam conflitos de tributação, positivos e negativos com as consequentes duplas tributações ou invasões fiscais, resultantes da coexistência de diversas ordens jurídico fiscais nacional, que ou pretendem simultaneamente tributar os mesmos factos que com eles estão em contacto com a dupla tributação, os afasta da tributação por força de desagravamentos fiscais e de benefícios fiscais, como a inerente a invasão fiscal, podemos encontrar como normas de fonte internacional convenções relativas a relações diplomáticas, o comércio e navegação marítima entre outro tipo de normas. Em matéria fiscal também existe um costume juridicamente vinculante que estabelece isenção dos representantes diplomáticos, Gomes (2000), também quando um mesmo rendimento é tributado em mais de um país, ou não se sabem em que país a empresa ou entidade pode tributar sobre os seus rendimentos. (IBRAIMO: 2002). [5: Ibraimo. I. (2002). O Direito e a Fiscalidade - um Contributo para o Direito Fiscal Moçambicano. Editora ARTC. Maputo ] [6: Pelo estabelecimento de relações jurídicas entre os estados ] 
Como nos sabemos e nos é proposto pelos autores supra citados os países/ Estados não vivem isolados do mundo, eles estabelecem relações uns com os outros, e não raras vezes essas relações tem caracter económico, trazendo consigo algumas vezes rendimentos e outras vezes não. Essas relações entre os países como nos foi ilustrado pelos autores podem ter alguns conflitos se não regulados. E assim entra a relação entre o direito fiscal e o direito internacional para resolver ou evitar tais conflitos regulando que se estabeleça uma relação justa e ordeira no que diz respeito as relações fiscais dos estados, evitando problemas como a dupla tributação ou a falta da mesma, a invasão fiscal e assinando convenções com os outros países para que se eviteisso.
Direito fiscal e Direito aduaneiro 
O direito aduaneiro ou alfandegário é um ramo do direito que se preocupa com a regulamentação, disciplina e controlo das operações de comércio exterior e as entradas e saídas de produtos e pessoas de um certo país, mas como sabemos todas as transações tem seu custo e é ai que o direito fiscal entra ao se preocupar com a arrecadação e disciplina do imposto. 
Neste contexto podemos dizer que o direito aduaneiro é um especial do direito fiscal e existe uma ligação forte entre ambos. O direito alfandegário apesar de ter um grau acentuado de especialidade de regime, face ao direito fiscal, é mais vinculado no nosso país pelo facto de no aspecto orgânico duas entidades distintas e autónomas.
Direito Fiscal e Direito Processual
O ponto mais visível e importante entre o direito fiscal e o direito processual tem expressão no facto de o direito fiscal também conhecer segmentos do direito processual, ou seja, conjuntos mais ou menos estruturados de normas cuja função é disciplinar os diversos processos judiciais fiscais, Nabais (2000). Isso quer dizer que no direito fiscal existem normas que regulam o processo fiscal, gracioso ou administrativo e contencioso ou judicial, daí que a regulamentação processual tributaria conforme a natureza do processo fiscal graciosa ou contenciosa, seja informada pelos princípios e normas que presidem quer o processo civil quer o penal, quer o processo administrativo. (WATY:2007). 
Dessa clara relação podemos deduzir logo que o direito o fiscal e usa-se de algumas normas ou segmentos do direito processual para regular alguns casos dos seus processos judicias. E como exemplo dessas normas reguladoras dos processos judicias fiscais temos dos processos de impugnação (judicial), de execução fiscal e de contra- ordenação fiscal, (se for o caso).
Direito Fiscal e Direito penal
Para Nabais (2000) quando falamos do direito fiscal e do direito penal estamos a falar de dois ramos gémeos. Pelo direito penal se constituir e se desenvolver em torno do valor de liberdade e o direito fiscal se constituir e se desenvolver em torno do valor da propriedade. A relação existente entre estes dois ramos do direito reside no facto de no direito fiscal também haver normas cuja função é a certos comportamentos, traduzidos em acções ou omissões, dos contribuintes ou terceiros como infrações, estabelecendo as correspondentes sanções. Ou seja, o direito fiscal integra no seu seio um sector de direito sancionatório. Na questão do direito fiscal e do direito penal é o apresentado pelo autor um ponto de vista virado para similaridades entre ambos e pelo facto de ambos em estarem virados para a sanções e as infrações cometidas pelos privados, se for o caso do direito penal e dos contribuintes se for o caso do direito fiscal.
Outros autores até aqui abordados como Waty, Gomes e Ibraimo não abordam sobre a relação entre esses dois ramos do direito, porém abordam sobre outros ramos do direito como o direito criminal, ora aqui apresentando.
Direito Fiscal e Direito Criminal 
Como em todo caso de incumprimento de regras o não cumprimento das obrigações fiscais estão sujeitas a sanções. Em todos os códigos de impostos existe um capítulo relativo as penalidades no qual se estabelece as respectivas punições e as regras de procedimento. Aqui podemos contar que a relação entre o direito aplica-se por remissão ou por transgressão, as mesmas regras.
A reforma fiscal no nosso país, introduzida pela lei 15/2002 estabelece a possibilidade de certas infrações fiscais poderem vir a ser consideradas crimes puníveis por lei com pena de prisão. As normas fiscais impõe, logicamente o cumprimento de certos deveres, como a representação de uma declaração fiscal ou a não escrituração de um livro obrigatório. Neste caso pelo incumprimento, as mesmas leis conferem a administração poderes para imporem sanções que tem, por regra, caracter pecuniário.
 
Conclusão
No trabalho que aqui se apresenta nos podemos concluir que o direito fiscal por ser uma disciplina jurídica e ciência normativa, não se isola das disciplinas ou ramos da sua natureza. Assim estabelecendo relações com ou outros ramos do direito, relações essas que foram expostas e discutidas durante o desenvolvimento do trabalho. Com isso há que dizer que o direito fiscal estabelece varias relações com os ramos do direito, desde a subordinação ao direito constitucional por ser a lei mãe e como os outros ramos do direito depender dela para qualquer acto, o direito fiscal não só estabelece relações com o direito constitucional, mas também o co direito financeiro pelo imposto fazer parte das receitas que compõe a actividade financeira do estado, do direito tributário ocupar-se dos tributos e o direito fiscal dos impostos e os impostos fazerem parte dos tributos, do direito privado pela relação estabelecida com o contribuinte e pelo uso de alguns conceitos de um aplicados nos outros o direito administrativo por um depender do funcionamento do outro e entre outros ramos do direito por nos abordados. Durante a exposição de ideias dos autores por nos utilizados podemos contatar que o direito se relaciona com diversos ramos do direito para os seu real funcionamento mas apesar disso ele continuava um ramo autónomo do direito com os seus próprios objectivos. 
Referencias Bibliográficas
Legislação 
República de Moçambique (2004),Constituição da Republica de Moçambique. Editora Escolar: Maputo
Obras 
Ibraimo. I. (2002). O Direito e a Fiscalidade - um Contributo para o Direito Fiscal Moçambicano. Editora ARTC. Maputo.
Gomes. N. (1998). Manual de Direito Fiscal. Vol 1. Editora Rei dos livros. Lisboa 
Nabais. J. (2000). Direito Fiscal. Editora Almeida. Lisboa 
Waty. T. (2007), Direito Fiscal. 3ª Edição. Editora W&. Maputo.
Índice
Introdução	1
1.	Objetivo Geral	1
1.1.	Objetivos Específicos	1
2.	Metodologia	1
Direito Fiscal e Outros Ramos do Direito	2
Direito Fiscal e Direito Financeiro	2
Direito Tributário	2
Direito Fiscal e Direito Constitucional	3
Direito Fiscal e Direito Administrativo	4
Direito Fiscal e Direito Privado	4
Direito fiscal e Direito Internacional	5
Direito fiscal e Direito aduaneiro	6
Direito Fiscal e Direito Processual	6
Direito Fiscal e Direito penal	7
Direito Fiscal e Direito Criminal	7
Conclusão	8
Referencias Bibliográficas	9
8

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