Buscar

Fisiologia da digestão e absorção

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fisiologia II 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
1 
 
Fisiologia da Digestão e Absorção 
 
O que é digestão? É um conjunto de processos 
químicos e físicos que têm como objetivo a quebra 
do alimento em unidades menores capazes de 
serem absorvidas. 
1. Químicos: por meio das secreções 
digestivas, como por exemplo, o HCl, o 
bicarbonato e principalmente as enzimas 
digestivas. 
2. Físicos: processos que envolvem a 
movimentação do alimento, como por 
exemplo, a mistura, mastigação, peristalse, 
etc. 
 
O que é absorção? É a transferência desse 
nutriente de dentro do tubo digestivo para a 
corrente sanguínea ou o vaso linfático. 
Quando tratamos de carboidratos e proteínas, 
esses nutrientes chegam até o vaso sanguíneo. 
No caso da gordura (lipídeos), essa substância vai 
para o vaso linfático. 
Chegando ao sistema circulatório ou linfático, os 
nutrientes vão para o fígado e depois são 
distribuídos para o organismo. 
 
É importante que o alimento atravesse o 
enterócito e chegue até o vaso sanguíneo ou 
linfático, isso significa que se houver alguma 
lesão da mucosa intestinal, ocorre problema no 
processo absortivo ou digestivo. 
 
O que é um alimento? Materiais que possuem uma 
mistura de substâncias orgânicas (carboidratos, 
lipídeos e proteínas) e substâncias inorgânicas 
(vitamina, água e sais minerais). 
 
Conceitos importantes para compreender a aula: 
1. Circulação esplâncnica 
O nutriente é absorvido no TGI (tubo 
gastrointestinal) e todo o sangue que sai desse 
tubo vai se encaminhar através de duas veias (veia 
mesentérica superior e veia mesentérica inferior). 
O sangue venoso que sai do intestino se mistura 
com o sangue venoso que sai do pâncreas e do 
baço e juntos vão entrar no fígado por meio do 
sistema porta. 
 
 
 
O sangue que chega ao fígado por meio da veia 
porta é pobre em oxigênio e rico em nutrientes que 
acabaram de ser absorvidos no intestino. O fígado 
é o órgão que vai receber os nutrientes que 
precisam ser processados e lançados para o 
organismo. 
 
Onde estão os vasos sanguíneos que recebem 
os nutrientes no TGI? 
Se fizermos um corte do tubo digestivo, há 
algumas especializações que ajudam a aumentar a 
superfície de absorção, chamadas de vilos ou 
vilosidades intestinais. Essas vilosidades são 
dobras da mucosa do intestino. 
Dentro dessas vilosidades há tecido conjuntivo rico 
em sistemas de vasos sanguíneos e vasos 
linfáticos (quilífero). É importante lembrar que o 
enterócito (epitélio cilíndrico simples) está 
revestindo essas vilosidades. 
 
 
 
 
Fisiologia II 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
2 
 
2. Hidrólise 
 Hidro = água Lise = quebra 
A hidrólise é uma reação química em que uma 
substância grande é quebrada em moléculas 
menores usando a água; para que essa reação 
ocorra, é preciso usar enzimas específicas que 
variam de acordo com o nutriente a ser quebrado. 
Existem várias enzimas no TGI que participam da 
hidrólise. Todas essas enzimas são chamadas de 
hidrolases, que são o grupo de enzimas que usam 
a hidrólise como mecanismo de ação. Ou seja, as 
hidrolases quebram as moléculas usando água. 
 
O que varia é o tipo de enzima que vai usada, já que 
a enzima é diferente de acordo com a molécula 
que será quebrada. Por exemplo: proteína  uso 
enzima específica para quebrar proteína. 
 
Quando eu misturo um nutriente (carboidrato, 
proteína ou lipídeo) com a água e jogo uma enzima 
específica, faço com que esse nutriente seja 
hidrolisado. 
Para que as moléculas não fiquem instáveis, uma 
parte ganha o OH da água e a outra ganha o H. 
A hidrólise é o processo em que acontece a quebra 
com a adição de moléculas de água para que o 
produto seja uma substância que pode ser 
absorvida pelos enterócitos. No exemplo, o 
produto final foram dois monossacarídeos e o 
organismo é capaz de fazer a absorção desses 
monossacarídeos. 
 
 
 
Vamos imaginar... 
Acabamos de almoçar e vamos entrar em 
processo de hidrólise de várias moléculas, o que 
significa que vamos precisar de muita água. Isso é 
um problema pro TGI? Ele tem água disponível de 
maneira suficiente? Não é um problema, pois no 
TGI há uma enorme quantidade de água que está 
sendo secretada a todo o momento. 
 
Qual o órgão do tubo TGI que é responsável pela 
maior absorção de água? Intestino delgado. 
O intestino grosso tem como principal função a 
absorção de água e eletrólitos, porém, quem 
absorve mais água no TGI é o intestino delgado. 
Obs.: geralmente as diarreias mais aquosas são 
decorrentes de lesão no intestino delgado. 
 
Digestão: localização das enzimas 
1. Luminais – secretadas na luz do TGI. 
Exemplo: pepsina, amilase salivar, tripsina, 
etc. 
2. Da borda em escova – sintetizadas pelos 
enterócitos e incorporadas às suas 
membranas luminais como proteínas 
integrais. 
Na borda da membrana que recobre o 
microvilo, existem enzimas que foram 
produzidas pelo enterócito e inseridas na 
membrana dele e se fixam ali como se 
fossem uma proteína integral. Essas 
enzimas são importantíssimas na digestão 
dos nutrientes, já que muitas vezes as 
enzimas pancreáticas não conseguem 
fazer a digestão até o final. 
Fisiologia II 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
3 
 
 
Digestão dos carboidratos 
 Constituem 40-45% das calorias que 
ingerimos. 
 50-60% estão na forma de amido 
(polissacarídeo). Exemplo: batata. 
 30-40% na forma de sacarose e lactose 
(são dissacarídeos). Exemplo: açúcar, leite. 
 Somente MONOSSACARÍDEOS são 
absorvíveis. 
 
Amido, sacarose e lactose da dieta 
Amido (polissacarídeo) ingerido na dieta  amilase 
salivar atua na boca  amilase pancreática  o 
amido vira dissacarídeo  um dos tipos de 
dissacarídeos resultantes da quebra do amido é 
chamado de maltose  dissacarídeo no intestino 
não são absorvidos pelos enterócitos  na borda 
dos enterócitos existe a maltase que vai quebrar a 
maltose em duas glicoses (mossacarídeos) que 
podem ser absorvidas pelos enterócitos. 
O mesmo acontece com a sacarose e a lactose. 
Todas as vezes que há hidrólise dos nutrientes, 
acontece inserção de água, hidroxila em uma parte 
e hidrogênio em outra para estabilizar. 
 
Resumo 
Boca 
Ingestão de amido  através da amilase salivar 
ocorre digestão química e a mastigação faz parte 
do processo físico da digestão nesse local. Na 
boca, ocorre a digestão parcial do amido, ou seja, 
não há produção de monossacarídeos.Não 
existem enzimas digestivas na boca capazes de 
digerir dissacarídeos (sacarose e lactose) da dieta. 
Estômago 
Acontece a inativação da amilase salivar através do 
pH ácido do meio estomacal. 
Intestino delgado 
Há ação da amilase pancreática que realiza 
adigestão parcial do amido. 
É nessa porção que começa a digestão da 
sacarose e da lactose (dissacarídeos). 
Por meio da ação das enzimas pancreáticas há 
formação de dissacarídeos, às vezes sobra algum 
monossacarídeo, mas é a minoria. 
Ou seja, as enzimas pancreáticas não são 
suficientes para a digestão efetiva dos 
carboidratos, uma vez que não há formação 
eficaz dos monossacarídeos que podem ser 
digeridos pelos enterócitos. Por isso, as enzimas 
da borda em escova são importantes para 
efetuar a digestão dos carboidratos, 
transformando dissacarídeos em 
monossacarídeos. 
Exemplo: Maltose (dissacarídeo)  ação das 
enzimas presentes na borda em escova (nesse 
caso, a maltase)  monossacarídeos (glicose + 
glicose). 
Enzimas da borda em escova: maltase, lactase e 
sacarase. 
 
 
Fisiologia II 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
4 
 
 
 
 
Correlação clínica 
Intolerância a lactose 
A lactose, o açúcar predominante presente no leite 
e laticínios, é decomposta pela enzima lactase, 
produzida por células do revestimento interno do 
intestino delgado. A lactase decompõe a lactose 
em dois compostos: glicose e galactose. 
Posteriormente, esses açúcares simples são 
absorvidos pela parede intestinal e entramna 
corrente sanguínea. Sem lactase, a lactose não 
pode ser digerida nem absorvida. A elevada 
concentração de lactose resultante drena líquido 
para o intestino delgado, provocando diarreia 
líquida. Em seguida, a lactose chega ao intestino 
grosso, onde é fermentada por bactérias, 
produzindo gases que causam flatulência, 
distensão e cólicas abdominais. 
 
 
 
 
Absorção dos carboidratos 
Todos os carboidratos dos alimentos são 
absorvidos na forma de monossacarídeos; apenas 
uma pequena fração é absorvida na forma de 
dissacarídeos. 
 
Transporte do lúmen intestinal para o enterócito: 
 Galactose e glicose: na ausência do sódio, 
praticamente nenhuma glicose e galactose 
pode ser absorvida, porque a absorção da 
glicose e da galactose ocorre em um 
modo de cotransporte com transporte 
ativo de sódio. Ou seja, o sódio, que está 
sempre entrando na célula, acaba levanto 
junto glicose e galactose (COTRANSPORTE 
ATIVO) – SGTL1. 
O SGLT1 é uma proteína de transporte que 
transporta sódio e glicose/galactose para o 
interior do enterócito. 
 Frutose: o transporte da frutose é mediado 
pelo transportador específico GLUT5 por 
meio de difusão facilitada. 
 
Transporte do enterócito para o vaso sanguíneo: 
 A glicose, galactose e frutose são 
transportadas pelo transportador GLUT2 
por difusão facilitada. 
Se o açúcar da fruta é a frutose, porque aumenta a 
glicemia? Quando a frutose chega ao fígado, ela é 
modificada em glicose, aumentando a glicemia, por 
isso, os diabéticos devem ter cuidado no consumo 
de frutas. 
 
 
Fisiologia II 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
5 
 
Fatores que afetam a taxa de absorção de 
monossacarídeos 
 A absorção é mais rápida na mucosa 
intacta. A absorção é diminuída se houve 
inflamação ou injúria na mucosa. 
 Hormônios tireoidianos aumentam a taxa 
de absorção de glicose. 
 
Digestão de proteínas 
 As proteínas são formadas por 
aminoácidos ligados através de ligações 
peptídicas; 
 Objetivo da digestão de proteínas: quebrar 
estas ligações peptídicas para liberar 
aminoácidos. 
 Algumas proteínas são mais digeríveis e 
outras menos. As proteínas vegetais são 
menos digeríveis. A proteína do ovo está 
entre as mais digeríveis. 
 30 a 60% das proteínas que estão na luz do 
intestino não vem do alimento ingerido, 
mas sim de células mostras e de proteínas 
secretadas. 
Enzimas para a digestão de proteínas 
1. Endopeptidases: são comumente 
chamadas de proteases, atacam as 
ligações peptídicas no interior da cadeia de 
aminoácidos e quebram uma cadeia 
peptídica longa em fragmentos menores, 
ou seja, são enzimas que quebram as 
ligações peptídicas aproximadamente no 
meio da cadeia. As proteases são 
secretadas como proenzimas inativas 
(zimogênios) pelas células epiteliais do 
estômago, do intestino e do pâncreas. Elas 
são ativadas quando alcançam o lúmen do 
trato GI. Exemplos: pepsina, tripsina e 
quimotripsina. 
Por quebrarem as ligações no meio da cadeia 
peptídica, elas ainda não liberam aminoácidos. 
 
2. Exopeptidases: liberam aminoácidos livres 
de dipeptídeos por cortá-los das 
extremidades, um por vez, ou seja, são 
enzimas que liberam os aminoácidos das 
extremidades da cadeia peptídica. 
As aminopeptidases agem na extremidade 
aminoterminal da proteína; as 
carboxipeptidases agem na extremidade 
carboxiterminal. 
Exemplo: as aminopeptidases e as 
carboxipeptidases. 
Por agirem na região periférica da cadeia peptídica, 
essas enzimas agem já liberando aminoácidos. 
 
Digestão das proteínas 
Na boca, só há digestão mecânica de proteínas 
(mastigação). 
Estômago: HCl + Pepsina (digestão parcial das 
proteínas) 
EXCETO O COLÁGENO: todas as proteínas são 
digeridas parcialmente no estômago pela pepsina, 
já o colágeno é totalmente quebrado no estômago 
e os seus aminoácidos já são liberados nessa 
região. 
A pepsina apenas inicia o processo de digestão das 
proteínas 
 
Fisiologia II 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
6 
 
Intestino delgado (duodeno e jejuno) 
A maior parte da digestão das proteínas resulta da 
ação de enzimas pancreáticas proteolíticas. 
 Enzimas pancreáticas: tripsina, 
quimotripsina, carboxipolipeptidase e 
elastase. 
O resultado da ação das enzimas pancreáticas são 
os aminoácidos, os dipeptideos ou os tripeptideos. 
 Enzimas localizadas na membrana do 
enterócito: aminopolipeptidases e 
dipeptidases. 
Os aminoácidos, os dipeptídios e os tripeptídios são 
facilmente transportados para o interior do 
enterócito. 
Dentro do citosol do enterócito, os dipeptídios e 
os tripeptídios são clivados pela ação das 
peptidases intracelulares até formarem 
aminoácidos únicos capazes de saírem dos 
enterócitos e alcançar a corrente sanguínea. 
 
Resumo: os dipeptídios e os tripeptídios entram no 
enterócito sem ter sido totalmente quebrados. 
Como somente aminoácidos podem ir para a 
corrente sanguínea, dentro dos enterócitos existem 
as peptidases intracelulares, que são enzimas que 
clivam os dipeptídios e os tripeptídios para que eles 
sejam convertidos em aminoácidos e consigam 
sair do enterócito para o sangue. 
 
 
 
 
 
 
Absorção de proteínas 
Passando do lúmen intestinal para o enterócito: 
 Aminoácidos livres, di ou tripeptídios: há o 
cotransporte com sódio ou íons (H+), 
difusão facilitada e difusão simples. 
 Alguns di ou tripeptídios: cotransporte por 
proteínas especiais. 
Dentro dos enterócitos, peptidases intracelulares 
irão quebrar os di e tripeptídios e formarão os 
aminoácidos. 
 
 
Gorduras (lipídeos) 
 Quase toda gordura da dieta consiste em 
triglicerídeos (gorduras neutras) 
 Triglicerídeo = 3 ácidos graxos 
condensados com um glicerol. 
 O colesterol não é digerido, ele é absorvido. 
 
Digestão dos lipídeos 
 
Boca: lipase lingual, produzida por glândulas 
localizadas na base das papilas foliadas e 
circunvaladas. 
Essa lipase é fraca, pela quantidade e tempo. 
Quebra alguns TGL de cadeia curta e média. 
Estômago: lipase gástrica. Possui pouca ação. 
Lipase lingual e lipase gástrica: ambas 
consideradas insignificantes para a quebra dos 
lipídeos. 
 
 
Fisiologia II 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
7 
 
Duodeno e jejuno: lipase pancreática e bile. 
Quando o quimo ácido e gorduroso chega ao 
duodeno, ele recebe a bile que vem da vesícula 
biliar e foi produzida no fígado. 
CCK: contração da vesícula e liberação de bile no 
duodeno. 
 A bile NÃO DIGERE gordura, ela é um 
emulsificante de gorduras, aumentando a 
superfície de contato para a ação da lipase 
pancreática. 
 Os sais biliares da vesícula cobrem essa 
gordura, realizam a emulsificação em 
vesículas menores de gordura e com isso a 
ação da lipase é facilitada. 
 O colesterol é liberado e absorvido pela 
célula e as outras gorduras são quebradas. 
 Com a quebra dessas gorduras, são 
formados os monoacilglicerois e ácidos 
graxos, que são absorvidos pelos 
enterócitos. 
OS MONOACILGLICEROIS E OS ÁCIDOS GRAXOS 
ENTRAM NO ENTERÓCITO E O RETÍCULO 
ENDOPLASMÁTICO LISO DO ENTERÓCITO 
TRANSFORMA ELES EM TRIACILGLICEROL. 
 
No enterócito: colesterol + triglicerídeos + 
proteína = quilomícron é formado. 
 
O quilomícron ao invés de ir para o vaso sanguíneo 
vai para o vaso linfático. Por quê? Porque o 
quilomícron é uma molécula grande e os vasos 
linfáticos possuem fenestras maiores do que os 
vasos sanguíneos. 
Importante! 
Carboidratos e proteínas  vasos sanguíneos 
Gordura  vasos linfáticos. 
 
Revisando 
Para aumentar a área de superfície disponível para 
a digestão enzimática da gordura, o fígado secreta 
sais biliares no intestino delgado. Os sais biliares 
ajudam a quebrar a emulsão de partículas grandes 
em partículas menores e mais estáveis. 
A digestão enzimática das gorduras é feita por 
lipases, que são enzimas que removem dois ácidos 
graxos de cada molécula de triacilglicerol. O 
resultado é um monoglicerol e dois ácidos graxos 
livres. 
Uma vez dentro dosenterócitos, os 
monoacilgliceróis e os ácidos graxos movem-se 
para o retículo endoplasmático liso, onde se 
recombinam, formando novamente os 
triacilgliceróis Os triacilgliceróis, então, combinam-
se com colesterol e proteínas, formando grandes 
gotas, denominadas quilomícrons. Devido o seu 
tamanho, os quilomícrons devem ser armazenados 
em vesículas secretoras pelo aparelho de Golgi. Os 
quilomícrons, então, deixam a célula por exocitose. 
 
Resumo de lipídeos 
No duodeno: quimo com gordura vai estimular a 
liberação de CCK 
 CCK estimula a vesícula biliar a contrair e a 
liberação das enzimas pancreáticas. 
 Bile emulsifica os lipídeos formando 
micelas que são ideais para a ação das 
lipases pancreáticas 
 Lipases quebram as gorduras estocadas 
nas micelas  produção de ácidos graxos 
livres e monoacilglicerois; 
 Os ácidos graxos livres e monoacilglicerois 
atravessam a membrana plasmática por 
vários mecanismos, como por exemplo, 
difusão facilitada e proteínas carreadoras. 
No citosol do enterócito: sofrem esterificação 
para serem reorganizados e se juntam com as 
proteínas e com o colesterol para formar o 
quilomícron. O quilomícron entra no vaso linfático; a 
linfa vai desembocar na subclávia aonde irá se 
misturar com o sangue e será direcionada ao 
fígado. 
No fígado: os quilomícrons serão organizados, 
formando LDL, VLDL e HDL, que serão 
redistribuídos do sangue até as células para ajudar 
a formar ATP, constituir a membrana, sintetizar 
hormônios e o restante será estocado no tecido 
adiposo. 
Fisiologia II 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
8 
 
É importante lembrar! 
CCK: é um hormônio produzido pelo trato digestivo, 
principalmente no intestino delgado. Esse 
hormônio atua sobre estômago, pâncreas e 
vesícula biliar. A CCK inibe a secreção de ácido 
pelas células parietais das glândulas da mucosa 
gástrica; estimula a secreção enzimática dos 
ácinos pancreáticos; promove a contração do 
piloro e, como consequência, a redução da 
velocidade de esvaziamento gástrico; promove a 
secreção da bile para o duodeno por contrair a 
vesícula biliar e relaxar o esfíncter de Oddi; e induz à 
saciedade. 
Secretina: é secretada pelas células S duodenais 
em resposta à presença de ácido proveniente do 
estômago no duodeno, bem como pela presença 
de produtos da digestão de proteínas e lipídios no 
lúmen duodenal. É o principal regulador da 
secreção de HCO3- pelos ductos pancreáticos. 
Suas ações são fundamentais por possibilitarem 
um ambiente de pH mais elevado (básico), 
essencial para a atividade adequada das enzimas 
no intestino delgado. 
Gastrina: é produzida pelas células G do antro 
estomacal. Ela atua nas células parietais do corpo 
do estômago, estimulando a secreção de HCl, além 
de ser um fator trófico de crescimento e 
proliferação epitelial do trato gastrointestinal. 
Dessa forma, ela tem uma função regulatória sobre 
a secreção ácida estomacal. 
Somatostatina: A principal função da 
somatostatina consiste em inibir a secreção de 
gastrina e, consequentemente, a secreção de ácido 
pelas células parietais. Ela inibe a secreção de 
gastrina tanto por mecanismos diretos, quanto por 
indiretos. 
Histamina: As taxas de formação e secreção de 
HCl estão diretamente relacionadas à quantidade 
de histamina liberada pelas células ECL. Por sua 
vez, as células ECL são estimuladas a secretar 
histamina pelo hormônio gastrina, formado na 
porção antral da mucosa estomacal em resposta 
as proteínas dos alimentos digeridos. 
 
 
FAZER TABELA NO FIM DO RESUMO 
 
 
 
Correlação clinica 
Oslistat 
É um potente inibidor das lipases gastrintestinais 
que hidrolisam os triglicerídeos no TGI em ácidos 
graxos livres e monoacilgliceróis, promovendo 
dessa forma a sua excreção. 
Por ação do Oslistat sobre as lipases, mais de 30% 
das gorduras ingeridas na alimentação atravessam 
o tubo digestivo sem ser digeridas nem absorvidas. 
 
Absorção de gorduras 
 Algumas absorvidas por difusão simples 
através da membrana do enterócito para 
dentro de células; 
 #Colesterol – Ezetimiba 
É um bloqueador da proteína que deixa o 
colesterol atravessar a membrana de forma 
direta, o que diminui a quantidade do 
colesterol dentro do enterócito e do 
organismo. 
 Dentro da célula – REL – formam os 
triglicerídeos – combinam com o colesterol 
e proteínas para formar os quilomicrons – 
armazenados no complexo de Golgi e 
secretados por exocitose – chegam ao 
linfático – passam para o sistema venoso. 
 
 
Fisiologia II 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
9 
 
Absorção de vitaminas e minerais 
 Vitaminas lipossolúveis (ADEK): são 
absorvidas no intestino delgado junto com 
as gorduras – razão pela qual os 
profissionais da saúde se preocupam em 
relação ao Orlistat, um inibidor da lipase 
utilizado para perda de peso. Os usuários 
dessa medicação para perda de peso são 
aconselhados a tomar um multivitamínico 
diário para evitar deficiências vitamínicas. 
 Vitaminas hidrossolúveis (C, complexo B) – 
transporte mediado. 
 Vitamina B12 – fator intrínseco 
 Relação com os inibidores da bomba de 
prótons – alguns autores dizem que o uso 
prolongado de medicamentos 
bloqueadores da bomba de prótons pode 
reduzir a produção do fator intrínseco, já 
que ele age nas células parietais, as 
mesmas que produzem o fator intrínseco 
(necessário para absorção da vitamina 
B12). 
 Minerais – transporte ativo 
 
Absorção de água e íons 
 Maior parte da água é absorvida no 
intestino delgado, no intestino grosso 
também é absorvida uma parte menor 
(cólon proximal ou cólon absortivo). 
 A absorção de íons no corpo também cria 
os gradientes osmóticos necessários para 
o movimento da água. 
 
Os desafios enfrentados pelo TGI 
 Evitar a autodigestão – camada de muco 
protetor. 
 Balanço de massa – controle do que é 
secretado e do que é absorvido, para que 
não haja desequilíbrio. 
 Defesa – o alimento é um contato com o 
meio externo, por isso é preciso 
mecanismo de defesa, como a produção de 
suco gástrico, macrófagos, etc. 
 
 
 
 
 
Ação bacteriana no cólon 
Microbiota intestinal 
Antes chamada flora intestinal, a microbiota é 
essencial para a metabolização de nutrientes, está 
envolvida no metabolismo de minerais como 
cálcio, ferro, magnésio, selênio, cobre e zinco. Além 
disso, atua no fortalecimento do sistema 
imunológico através do controle da proliferação de 
bactérias patogênicas. Acredita-se que já no 
momento do parto vaginal começa a composição 
da microbiota. Durante a infância, o tipo de 
alimentação também ajuda na formação da 
microbiota intestinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fisiologia II 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
10 
 
 
 
Fisiologia II 
Turma 106 
Letícia Iglesias Jejesky 
 
11

Continue navegando