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Apostila - Farmácia Hospitalar-1615319420

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FARMÁCIA 
HOSPITALAR
RESUMOS
MATERIAL
COMPLEMENTAR
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO À FARMÁCIA HOSPITALAR ................................................................... 4
1.1 Gestão ...........................................................................................................................................5
1.1.1 Principais atividades do profissional ....................................................................................................................................................................5
1.2 Desenvolvimento de Infraestrutura ................................................................................................6
1.2.1 Principais atividades do profissional ....................................................................................................................................................................6
1.3 Logística ........................................................................................................................................6
1.4 Manipulação de Medicamentos ......................................................................................................8
1.5 Programa de Capacitação e Ensino ................................................................................................8
1.5.1 Como fazer? ..................................................................................................................................................................................................................8
1.6 Farmácia Clínica ............................................................................................................................8
1.6.1 Atribuições do farmacêutico ...................................................................................................................................................................................9
1.7 Otimização da Terapia Medicamentosa ..........................................................................................9
1.7.1 Atribuições do Farmacêutico ..................................................................................................................................................................................9
1.8 Farmacovigilância ..........................................................................................................................9
1.8.1 Objetivos .......................................................................................................................................................................................................................10
1.9 Tecnovigilância ............................................................................................................................10
1.9.1 Objetivo ..........................................................................................................................................................................................................................10
1.10 Farmacoeconomia .....................................................................................................................10
1.10.1 Objetivo ......................................................................................................................................................................................................................10
1.11 Centro de Informação de Medicamentos ....................................................................................10
2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E FÍSICA DA FARMÁCIA HOSPITALAR ..................... 12
2.1 Planejamento e Instalação de Serviços Farmacêuticos Hospitalares ............................................13
2.1.1 Deve considerar..........................................................................................................................................................................................................13
2.1.2 Recursos Humanos..................................................................................................................................................................................................13
2.2 Estrutura Física: Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) ...................................................13
2.2.1 Armazenamento Especial ......................................................................................................................................................................................13
2.2.2 Medicamento controlados .....................................................................................................................................................................................14
2.2.3 Termolábeis .................................................................................................................................................................................................................14
2.3 Estrutura Farmacotécnica Hospitalar ...........................................................................................14
2.3.1 Preparação de formulações magistrais e oficinais não-estéreis ............................................................................................................14
2.3.2 Preparação de produtos estéreis .........................................................................................................................................................................14
2.3.3 Citotóxicos (antineoplásicos) ................................................................................................................................................................................15
3Farmácia Hospitalar
3. CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO – CAF ........................................... 16
3.1 Manual de Boas Práticas para Estocagem de Medicamentos ........................................................17
3.2 Ambiente de Estocagem Central, Principal ...................................................................................18
3.3 Estocagem de Medicamentos Termolábeis ...................................................................................18
3.4 Estocagem de Imunobiológicos....................................................................................................19
3.5 Estabilidade dos Medicamentos ...................................................................................................21
4. GESTÃO E CONTROLE DE ESTOQUE ......................................................................... 22
4.1 Inventário ....................................................................................................................................23
4.1.1 Etapas do Inventário .................................................................................................................................................................................................23
4.2 Consumo Médio Mensal ...............................................................................................................23
4.4 Estoque Máximo ..........................................................................................................................24
4.5 Prazo de Abastecimento ..............................................................................................................24
4.6 Ponto de Pedido ...........................................................................................................................24
4.7 Formas de Classificação dos Itens do Estoque .............................................................................25
4.7.1 Curva ABC ....................................................................................................................................................................................................................25
4.7.2 Critérios XYZ ................................................................................................................................................................................................................265. SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS .................................................. 27
5.1 Tipos de Sistemas de Distribuição de Medicamentos ...................................................................27
5.2 Sistema de Distribuição Coletivo ..................................................................................................27
5.3 Sistema de Distribuição Individualizado .......................................................................................29
5.4 Sistema de Distribuição Misto ou Combinado ..............................................................................30
5.5 Sistema de Distribuição por Dose Unitária....................................................................................30
5.5.1 Dose Unitária Centralizado e Descentralizado ................................................................................................................................................32
6. CENTRO DE INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOS (CIM) ....................................... 34
6.1 Fontes Primárias ..........................................................................................................................35
6.2 Fontes Secundárias .....................................................................................................................36
6.3 Fontes Terciárias .........................................................................................................................36
7. COMISSÕES TÉCNICAS HOSPITALARES .................................................................. 38
7.1 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) ...................................................................39
8. COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA (CFT) ..................................................... 44
8.1 Composição da Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) .........................................................46
8.2 Principais Competências das CFT ................................................................................................48
8.3 Atribuições do Farmacêutico na CFT ............................................................................................50
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 52
4Farmácia Hospitalar
1. INTRODUÇÃO À FARMÁCIA 
HOSPITALAR
o serviço de farmácia na instituição hospitalar é de extrema importância não apenas 
visando a assistência à saúde do paciente, mas também, participando do regime adminis-
trativo e econômico. Há muito tempo atrás associava-se a função do Farmacêutico apenas 
como aquele profissional responsável pelo preparo e dispensação de medicamentos, mas 
na realidade, há um leque imenso de atribuições deste no setor da Farmácia Hospitalar. 
conceito de Farmácia Hospitalar (segundo a sociedade Brasileira de Farmácia Hos-
pitalar):
“Unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por profissional farmacêutico, 
ligada, hierarquicamente, à direção do hospital e integrada funcionalmente 
com as demais unidades de assistência ao paciente”
Exemplos de unidades de assistência ao paciente: ambulatórios, unidades de terapia 
intensiva, enfermarias.
Se preocupar com o abastecimento dos produtos de saúde e tipos de prestação de 
serviços é importante, MAS o foco deve estar sempre voltado para os resultados 
obtidos com uma boa qualidade da assistência prestada ao paciente.
lEmBrar sEmprE QUE:
 Nosso objetivo é garantir uma ótima atenção ao paciente, procurando sanar suas 
necessidades, utilizando como instrumento o medicamento.
Em QUE coNsistE o papEl Da Farmácia Hospitalar?
Garantir a qualidade da assistência à saúde do paciente através do uso racional 
de medicamentos e correlatos, individualizando às necessidades de cada um.
Mas....qual é mesmo a definição do USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS (Urm)?
URM é quando a farmacoterapia dos pacientes é condizente com a sua condição 
clínica, na dose correta, com segurança, por um período de tempo adequado 
e com menor custo possível.com menor custo possível.
5Farmácia Hospitalar
a lei que regulamenta o exercício profissional em ambiente hospitalar é a Resolução 
n. 492, de 26 de novembro de 2008, do Conselho Federal de Farmácia. inclui os farmacêu-
ticos das instituições tanto de natureza pública quanto privada.
Nesta lei, encontramos em destaque as atribuições do Farmacêutico Hospitalar.
Mas afinal, quais são elas?
Figura 1. atribuições do Farmacêutico Hospitalar16
Tecno-
vigilância 
e Farmaco-
vigilância
Gestão e 
Infra-estrutura
Comissões 
Técnicas 
Hospitalares
CIM
Farmaco 
economiaLogística
Farmacêutico 
Hospitalar
Otimização da terapia 
medicamentosa
Ensino e Pesquisa
Manipulação
Centro de 
Informação de 
Medicamentos
1.1 Gestão
 sem uma boa gestão do setor, não há uma boa qualidade na prestação de serviços;
 a direção da Farmácia Hospitalar é de responsabilidade do Farmacêutico;
 por mais que seja uma atividade voltada para prática administrativa, ela é de 
fundamental importância para garantir os meios adequados de uma boa atenção 
ao paciente.
1.1.1 Principais atividades do profissional
 y implementar, organizar e acompanhar todo o planejamento estratégico; 
 y Estabelecer critérios, indicadores para avaliar o desempenho do serviço;
 y participa do treinamento para corpo funcional;
6Farmácia Hospitalar
 y Estratégias para garantir a melhoria contínua da qualidade;
 y Formular ações práticas clínico-assistenciais;
 y acompanhar desempenho financeiro.
1.2 Desenvolvimento de Infraestrutura
o Farmacêutico é responsável por garantir o abastecimento da base material que 
será necessária para a sua atuação eficiente.
1.2.1 Principais atividades do profissional
 y Disponibilidade de equipamentos e instalações físicas que sejam compatíveis 
com as atividades a serem desenvolvidas;
 y implementação de um sistema informatizado de fácil manuseio e eficiente;
 y serviços de manutenção geral dos equipamentos e instalações físicas para 
exercício da prática farmacêutica.
1.3 Logística
 a farmácia detém todo o controle sobre os medicamentos e correlatos na instituição 
hospitalar; 
 Ela participa de todas as etapas de movimentação e fluxo desses produtos;
 Então, o farmacêutico participa da seleção de medicamentos, que irão compor a 
lista de medicamentos essenciais da instituição, para suprir as necessidades dos 
pacientes ali presentes.
Quais características devem ser avaliadas quando a seleção dos medicamentos?
Eficácia Segurança Qualidade Comodidade posológica Custo
para falar do fluxo de medicamentos, devemos relembrar as etapas envolvidas no 
ciclo da assistência Farmacêutica, a seguir:
7Farmácia Hospitalar
Figura 2. ciclo da assistência Farmacêutica17
Utilização
Armazenamento
Compra efetiva
Elencar medicamentos
Qualidade do produto
Prescrição, Dispensação 
e uso
Fornecer 
medicamento 
com qualidade
Quando, quantos 
e quais comprar
Seleção
Aquisição
ProgramaçãoDistribuição
SELEÇÃO
AQUISIÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
PROGRAMAÇÃO
ARMAZENAMENTO
UTILIZAÇÃO
Definir elenco de medicamentos essenciais para suprir a demanda de necessidades dos 
pacientes da instituição, de acordo com os critérios já mencionados acima.
Procedimentos burocráticos para efetivar a compra dos medicamentos. 
Garantir o fornecimento dos medicamentos com boa qualidade e segurança para uso.
Definir a quais medicamentos comprar, quantos e quando, conforme demanda, controle do 
estoque e recursos financeiros disponíveis.
Assegurar a qualidade da dos produtos estocados e controlar todas as movimentações 
realizadas.
Análise de prescrição médica, dispensação e uso no paciente.
8Farmácia Hospitalar
1.4 Manipulação de Medicamentos
É de responsabilidade da Farmacotécnica estudar a forma farmacêutica mais ade-
quada e o melhor meio de se conservar os medicamentos prolongando seu período de 
utilização. 
Dente as vantagens relacionadasa preparação de medicamentos no hospital citamos:
Preparar medicamentos com qualidade e segurança;
Adaptados à necessidade do paciente (ex.: ajuste de dose, via de administração alternativa);
Ajudando na racionalização dos medicamentos.
1.5 Programa de Capacitação e Ensino
 produzir informações e conhecimentos que possam aperfeiçoar a organização dos 
serviços, práticas e processos de utilização de medicamentos e outros produtos 
para saúde;
 Zela pela qualificação profissional;
 processo de aprendizado contínuo e dinâmico, desenvolvido com boa qualidade 
para a correta prática da atenção ao paciente.
1.5.1 como fazer?
 y Estágios curriculares de graduação;
 y Especialização;
 y reuniões para discussão de casos clínicos reais entre a equipe multidisciplinar;
 y palestras e cursos para a equipe;
 y incentivo à prática de relacionamento paciente-profissional de saúde.
1.6 Farmácia Clínica
Área voltada à ciência e prática do uso racional de medicamentos, na qual o 
farmacêutico presta cuidado ao paciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, 
promover saúde e bem-estar e prevenir doenças.
O Farmacêutico Clínico está apto a identificar sinais e sintomas, monitorar a terapia 
medicamentosa e orientar o paciente, atuando juntamente com os outros profissionais da 
saúde, com o objetivo de garantir a efetividade do tratamento. 
9Farmácia Hospitalar
1.6.1 atribuições do farmacêutico
 y maximizar o efeito clínico dos medicamentos;
 y minimizar o risco de efeitos adversos induzidos por um tratamento;
 y reduzir o tempo de duração da terapia;
 y incentivar a adesão ao tratamento;
 y Garantir o uso correto dos medicamentos;
 y promover a qualidade de vida do paciente.
como habilidades principais, a Farmácia clínica exige amplo conhecimento do pro-
fissional em práticas terapêuticas, além de análise crítica de casos com uma boa capaci-
dade de julgamento e tomada de decisão mais adequada.
1.7 Otimização da Terapia Medicamentosa
Aumentar a efetividade da intervenção terapêutica em caso de identificação de al-
guma não conformidade ou problema relacionado ao medicamento garantindo, sempre, o 
uso racional de medicamentos.
1.7.1 atribuições do Farmacêutico
 y avaliar o perfil farmacoterapêutico do paciente analisando as prescrições médicas 
no que se refere às interações, possibilidades de reações adversas, posologia, 
indicação clínica adequada, via de administração, compatibilidade, tempo de 
tratamento, por exemplo;
 y seleciona os pacientes que necessitam desse monitoramento: aqueles com baixa 
adesão ao tratamento; grupos de risco como neonatos, crianças, gestantes e 
idosos; uso de medicamentos potencialmente perigosos; 
 y participa na decisão do plano terapêutico do paciente;
 y avaliando continuamente a resposta terapêutica.
1.8 Farmacovigilância
Estuda atividades relativas à detecção, avaliação e prevenção de efeitos 
adversos ou outros problemas relacionados a medicamentos.
 y identificação precoce;
 y identificação do aumento;
 y identificação de fatores de risco e mecanismos.
Utiliza o recurso de notificação espontânea para registro dos eventos ocorridos.
10Farmácia Hospitalar
1.8.1 objetivos
 y reduzir taxas de morbimortalidade;
 y Detectar precocemente problemas com segurança;
 y melhora seleção e uso racional dos medicamentos.
1.9 Tecnovigilância
Segurança sanitária de produtos para saúde quanto a sua eficácia, adequação e uso.
Visa a segurança sanitária de produtos para saúde pós-comercialização (Equipa-
mentos, materiais, artigos médico-Hospitalares, implantes e produtos para Diagnóstico 
de Uso “in vitro”). 
1.9.1 objetivo
avaliar ocorrência de eventos adversos e queixas técnicas de produtos à saúde para 
que medidas de segurança sanitária do uso desses produtos.
1.10 Farmacoeconomia
Faz análise de comparação de custos e consequência nas terapias.
É a aplicação da economia ao estudo dos medicamentos otimizando os gastos fi-
nanceiros sem prejuízo ao tratamento do paciente. 
1.10.1 objetivo 
Identificar o melhor meio de racionalizar despesas e garantindo a eficácia clínica.
1.11 Centro de Informação de Medicamentos
responsável por fornecer acesso à equipe multidisciplinar informações sobre medi-
camentos, seja quanto a sua eficácia, indicação clínica, posologia, farmacotécnica, segu-
rança, qualidade, custo.
Visa promover o uso racional de medicamentos.
11Farmácia Hospitalar
Figura 3. comissões técnicas hospitalares
Farmácia e Terapêutica
Controle de Infecções Hospitalares
Terapia Antineoplásica
Terapia Nutricional
Avaliação de Tecnologia
Licitação e Parecer técnico
Gerenciamento de resíduos
Nutrição parenteral
Fonte: autoria própria, 2019.
Foram criadas para garantir a melhoria contínua e de boa qualidade da oferta dos 
serviços de saúde, além de ajudar a gestão hospitalar propondo ações que contribuam 
com resultados positivos para a instituição.
Em outras aulas abordarem, principalmente, a participação do farmacêutico na co-
missão Farmácia e terapêutica, e comissão de controle de infecções Hospitalares.
12Farmácia Hospitalar
2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E 
FÍSICA DA FARMÁCIA HOSPITALAR
Mesmo apresentando uma gestão autônoma e independente a farmácia deve estar 
inserida no organograma geral da instituição hospitalar
abaixo segue exemplo da estrutura organizacional: 
Figura 4. 
Aquisição
Recepção
Armazenamento
Distribuição
Dispensação
Controle
Logística
Farmacotécnica
Nutrição parenteral
Quimioterapia
Serviços 
especializados
Direção Farmacêutica
Farmácia clínica
Farmacovigilância
Tecnovigilância
Atenção Farmacêutica
Controle de infecções
Serviços clínicos
sobre a estrutura física deste setor, vale ressaltar a importância de que sua locali-
zação no hospital esteja em área que facilite o abastecimento dos produtos, que permita 
articulação de serviços prestados aos pacientes e às unidades hospitalares. segundo a 
sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar, o documento que determina a estruturação e 
funcionamento das farmácias hospitalares é o manual de Padrões Mínimos para Farmácia 
Hospitalar (já existem 3 edições deste: 1997, 2007 e 2017).
Este manual trás que devem existir, no mínimo, os seguintes ambientes para o fun-
cionamento do setor:
 administração;
 armazenamento;
 Dispensação;
 orientação farmacêutica.
13Farmácia Hospitalar
IMPORTANTE!
Caso na instituição exista o setor de farmacotécnica (manipulação parenteral, 
citostáticos, misturas intravenosas, radiofármacos, dentre outros), ambientes 
específicos devem ser preparados fisicamente para garantir ótimas 
condições de trabalho e prática realizada.
2.1 Planejamento e Instalação de Serviços 
Farmacêuticos Hospitalares
2.1.1 Deve considerar
1) tipo de hospital;
2) lotação do hospital;
3) tipos de serviços prestados no hospital;
4) Existência de distribuição de medicamentos a pacientes ambulatoriais;
5) sistema informacional do hospital.
2.1.2 recursos Humanos
 y pelo menos 1 Farmacêutico qualificado e com experiência para cada 50 leitos.
 y Número de auxiliares de farmácia depende da disponibilidade de recursos, grau de 
informatização e necessidade da unidade.
 y pelo menos 1 auxiliar a cada 10 leitos.
 y todos os funcionários deverão receber treinamentos periódicos para se manterem 
atualizados e condizentes com procedimentos operacionais já padronizados.
2.2 Estrutura Física: Central de Abastecimento 
Farmacêutico (CAF)
2.2.1 armazenamento Especial
Inflamáveis (Portaria n. 53/1971):
 y local individualizado do restante do armazém;
 y Deve ter acesso pelo interior com porta corta-fogo de fecho automático, quando 
abrir para fora;
 y paredes interiores reforçadas e resistentes ao fogo.
14Farmácia Hospitalar
2.2.2 medicamento controlados
são aqueles fármacos que apresentam substâncias ativas com propriedades ansio-
líticas, sedativas e hipnóticas que têm potencial para causa depressão das funções do 
sistema Nervoso central (sNc). lembrando que o grau de sua ação depressora depende 
da dose que é administrada.y inclui medicamentos da portaria n.344/ 1998;
 y armazenados em local individualizado em sala ou armário com fechadura, na qual 
apenas o farmacêutica tenha posse da chave;
 y No armário devem conter prateleira que permitam a adequada arrumação destes 
medicamentos.
2.2.3 termolábeis
medicamentos que são sensíveis à variação de temperatura (> 8ºc).
 y são conservados em sistemas frigoríficos (2 a 8ºc);
 y temperatura regulada e registrada diariamente;
 y ajuda de sistema com alarme automática para regulagem de temperatura.
2.3 Estrutura Farmacotécnica Hospitalar
seção importante para manipulação de medicamentos que visam atender necessi-
dades especiais dos pacientes. 
 y Deve apresentar iluminação e ventilação adequadas, umidade e temperatura 
devem ser controladas;
 y localização afastada de zonas muito movimentadas do setor de farmácia;
 y manter a máxima higienização possível do ambiente.
2.3.1 Preparação de formulações magistrais e oficinais não-estéreis
 y sala de limpeza, esterilização;
 y local de pesagem;
 y área para manipulação, rotulagem e embalagem;
 y Vestiário de barreira.
2.3.2 preparação de produtos estéreis
 y Entrada dos funcionários e dos materiais é realizada através de antecâmaras 
(chamada de vestiário de barreira): paramentação do funcionário;
 y área de preparo alimentada com ar devidamente filtrado;
15Farmácia Hospitalar
 y superfícies lisas e impermeáveis;
 y lavatório com comando de cotovelos;
 y sem uso de portas deslizantes ou fechos manuais;
 y cantos das superfícies arredondados para evitar acúmulo de sujeira;
 y local específico para armazenamento de produtos ali preparados;
 y área para rotulagem, embalagem e dispensação das formulações.
produtos de nutrição parenteral: manipulação deve seguir instruções da portaria 
n.272/1998, do ministério da saúde.
 y área exclusiva e independente, com filtros de ar para retenção de partículas e 
micro-organismos;
 y acesso limitado para minimizar possibilidade de contaminação.
2.3.3 citotóxicos (antineoplásicos)
 Devem ter cuidado especial na manipulação por causa dos riscos ocupacionais 
inerentes a eles;
 Deve possuir cabine de segurança biológica;
 armazenamento separado dos outros medicamentos;
 área de paramentação dos profissionais manipuladores, com portas que não 
devem ser abertas simultaneamente (o ar da área externa não pode chegar à sala 
de preparo);
 pressão da sala de preparação deve ser negativa: para evitar saída dos 
contaminantes para antessala.
Mas o que significa isso: “sala com pressão negativa”?
retira-se o ar do ambiente de forma que este ar não escape para outros ambientes.
Figura 5. salas Hospitalares18
Fluxo de Ar
exaustão
VÍRUS
BACTÉRIAS
FUNGOS
PRESSÃO NEGATIVA
MIN. -2,5PA
PRESSÃO POSITIVA
MIN. +2,5PA
SALA LIMPA
SALA DE ISOLAMENTO SALA DE CIRURGIA
insuflamento
Fluxo de Ar
16Farmácia Hospitalar
3. CENTRAL DE ABASTECIMENTO 
FARMACÊUTICO – CAF
por que devemos nos preocupar tanto com o medicamento?
É o instrumento utilizado para grande parte das resoluções de agravos à saúde.
por isso que é de extrema importância garantir a sua qualidade desde o processo 
de fabricação até o seu uso no paciente. Dente as formas de garantir essa boa qualidade, 
cita-se as boas práticas de estocagem dos medicamentos que são requisitos INDISPEN-
SÁVEIS para sua preservação, já que os fármacos são de natureza perecível.
Sua ESTABILIDADE durante o armazenamento é fundamental para que manter 
sua atividade terapêutica, impedir sua degradação e ainda minimizar gastos.
 Já que os medicamentos são responsáveis por praticamente 75 – 80% do fluxo 
monetário envolvido na instituição hospitalar.
o local de armazenamento dos medicamentos e correlatos no hospital se chama: 
central de abastecimento Farmacêutico (caF).
É a área destinada ao recebimento, estocagem e expedição dos medicamentos 
e insumos farmacêuticos, visando assegurar a conservação adequada 
dos produtos em estoque.
procedimentos técnicos e administrativos na caF
 y recebimento de medicamentos: conferir de forma detalhada característica do 
produto, seu estado de conservação e quantidades conforme o que foi solicitado 
e o que foi recebido;
 y Estocagem: organizar os medicamentos em área definida de modo a aproveitar da 
melhor maneira o espaço disponível, garantindo boas condições estocagem;
 y segurança: garantir a proteção dos produtos contra danos físicos, furto e roubos;
 y conservação: capacidade de manter suas características físico-químicas;
 y controle de estoque: monitorar toda movimentação dos produtos (entradas, 
saídas, estoque);
 y Expedição da entrega: separar medicamentos conforme solicitação, com boas 
condições de transporte, sistema de rastreabilidade e manter identificação do 
produto até seu destino final: administração no paciente.
17Farmácia Hospitalar
Farmacêutico na caF:
 y É o profissional conhecedor de todo o leque de informações referentes aos 
medicamentos;
 y Nomenclatura e formas farmacêuticas;
 y Esquemas terapêuticos;
 y planejamento e controle de estoque;
 y administração farmacêutica;
 y logística de medicamentos;
 y Estabilidade e conservação de medicamentos;
 y tecnologia farmacêutica;
 y controle de qualidade.
áreas fundamentais na caF:
 y área administrativa;
 y área de recepção;
 y área de expedição;
 y áreas de estocagem;
 y área de produtos vencidos, danificados;
 y área para medicamento sujeitos a controle especial (portaria 344/98);
 y área para medicamentos termolábeis;
 y inflamáveis;
 y imunobiológicos.
3.1 Manual de Boas Práticas para 
Estocagem de Medicamentos
Na caF:
só podem ser armazenados os produtos que após recebidos, forem controladamente 
registrados;
 y controle de estoque periódico;
 y Garantir perfeita identificação dos medicamentos;
 y manter limpeza do ambiente de estocagem;
 y Garantir a fácil circulação de pessoas e de ar entre as mercadorias;
 y proibido presença de desconhecidos dentro da caF.
Garantir a política do PRIMEIRO QUE ENTRA É O PRIMEIRO QUE SAI (PEPS), 
SEMPRE ATENTO AOS PRAZOS DE VALIDADE DOS PRODUTOS.
18Farmácia Hospitalar
3.2 Ambiente de Estocagem Central, Principal
 y Espaço físico adequado;
 y Ventilação e luminosidade;
 y temperatura ambiente;
 y ausência de umidade.
Figura 6. Estoque central18
3.3 Estocagem de Medicamentos Termolábeis
Exemplos: soluções oftálmicas, insulinas, sprays nasais.
 y manter em temperatura de (2 a 8ºc);
 y controle de temperatura e registro da mesma;
 y sistemas de alerta para que falhas sejam detectadas facilitando a pronta reparação 
do problema.
Figura 7. medicamentos termolábeis19
19Farmácia Hospitalar
3.4 Estocagem de Imunobiológicos
Exemplos: vacinas e soros
 y Garantir que produtos não tenham contato com exposição à luz solar;
 y controle de temperatura diário.
São armazenados em frigoríficos, segue quadro:
Tipo de Armazenamento Escala Temperatura
Refrigerador 4 a 8ºC
Freezer 0 a - 20ºC
Câmara Fria 2 a - 20ºC
Figura 8. Estocagem de imunobiológicos20
INSTÂNCIA 
NACIONAL
CÂMARA FRIA GELADEIRA FREEZERS
GELADEIRA 
COMERCIAL
INSTÂNCIA 
REGIONAL
 y Dentro desses sistemas os medicamentos devem ser organizados de modo a 
favorecer a circulação de ar frio entre eles; 
 y as entradas e saídas dos medicamentos desses sistemas devem tentar 
ser programadas para diminuir o máximo possível de variações internas de 
temperatura.
Formas de armazenamento dos medicamentos:
Depende da dimensão, volume, espaço disponível e condição de conservação exigida 
para os medicamentos.
Estrados ou pallets:
são plataformas horizontais de vários tamanhos que garantem fácil manuseio, mo-
vimentação e estocagem de grandes volumes de produtos. 
20Farmácia Hospitalar
Podem ser: de madeira, fibras, alumínio, borracha.
os de madeira são bastante utilizados, mas absorvem umidade facilmente e têm sido 
substituídos pelos de borracha devido à facilidade de sua limpeza e diversidade de cores.
Figura 9. pallets21
Prateleiras:
são a forma mais simples e econômica para estocagemde produtos leves e com 
estoque reduzido. 
 y Devem ser mantidos a uma certa distância das paredes e do teto;
 y Facilitar boa circulação interna de ar;
 y pode ser usado também sistema de gavetas.
independentemente de como seja a organização todos os produtos devem ser perfei-
tamente identificados (legível, descrição correta do medicamento, substância ativo, con-
centração, forma farmacêutica, por exemplo).
Figura 10. prateleira de produtos Farmacêuticos22
21Farmácia Hospitalar
Armários:
Exemplo: medicamentos sujeitos a controle especial (portaria n.344/1998) como an-
fetamina, metilfenidato, alprazolam, bromazepam.
Formas de organizar os medicamentos nesses locais:
 y ordem alfabética: facilita enxergar os medicamentos conforme a sequência 
alfabética;
 y Grupo terapêutico: facilita no inventário, porque abrange grande número de 
produtos da mesma classe;
 y Forma farmacêutica: contribui para racionalização de espaço e minimiza erros de 
contabilização;
 y alfanumérico: pode ser usado em prateleiras, pallets, áreas para sinalizar 
corredores (galpões).
3.5 Estabilidade dos Medicamentos
por serem constituídos de substâncias ativas devemos nos preocupar em manter 
suas características para garantir seu máximo efeito e o mínimo risco de efeitos adversos. 
tipos de estabilidade:
 y Física: características relacionadas à aparência, odor, coloração, uniformidade, 
dentro outros;
 y Química;
 y microbiológica: características do medicamento de resistir aos micro-organismos.
Fatores que afetam a estabilidade dos medicamentos:
 y temperatura: mais comumente associada às alterações e deteriorações dos 
medicamentos;
 y Umidade: facilita proliferação de fungos e bactérias;
 y luminosidade: evitar contato direto com luz solar. Utilizar lâmpadas artificiais, 
florescentes.
22Farmácia Hospitalar
4. GESTÃO E CONTROLE DE ESTOQUE
Controle de estoque de medicamentos é fator decisivo para o sucesso ou fracasso 
da gestão da assistência farmacêutica, estando intimamente relacionados com as faltas 
e os desperdícios. 
Descobrir fórmulas para reduzir estoques sem afetar o processo 
e sem o crescimento de custos é um dos maiores desafios.
Estoque é o “coração” da empresa. 
Deve-se haver equilíbrio entre a proporção disponível e a que é de fato utilizado.
Já que se VAZIO não há continuidade no tratamento do paciente, e se EM EXCESSO 
os produtos ficam muito tempo parados havendo maiores chances de perdas e, conse-
quentemente, prejuízo. 
Objetivo: 
Evitar falta de medicamentos e materiais de saúde, sem 
resultar em estoque excessivos ou insuficientes.
Devem ser regulados:
 y Entradas e saídas;
 y Quantidade financeira de perdas;
 y Níveis de estoque;
 y Dados de consumo;
 y Demanda atendida;
 y Demanda não atendida;
 y Gastos efetuados.
para alimentar o sistema de dados da instituição precisa ser realizado o controle 
físico e registro de todas as operações realizadas dos medicamentos (entradas e saídas, 
por exemplo).
Há duas maneiras de se realizar esse controle:
 y controle de estoque manual: com ficha de prateleira contendo as informações 
necessárias para identificação do produto (forma farmacêutica, princípio ativo, 
concentração, prazo de validade, lote) e toda sua movimentação;
 y controle de estoque informatizado: garante maior agilidade operacional, fácil 
acesso e garantia de rastreabilidade. Exemplo: sistema Hórus: fornecido pelo 
sistema Nacional de assistência Farmacêutica permitindo, inclusive, agendar 
dispensações e fornecer conhecimento do perfil de consumo dos produtos.
23Farmácia Hospitalar
4.1 Inventário
Nada mais é do que a contagem física dos estoques da farmácia.
Deve-se verificar a máxima concordância entre a 
QUANTIDADE ESTOCADA E QUANTIDADE REGISTRADA.
Qual periodicidade realizá-lo? Bem, os mais comuns são:
 y Diário;
 y semanal;
 y mensal;
 y trimestral;
 y anual.
O anual é obrigatório ser realizado todo final de ano, antes do término do ano fiscal.
4.1.1 Etapas do inventário
 y Formulário para preenchimento das informações sobre medicamentos;
 y tomar nota dos medicamentos vencidos ou quase vencendo;
 y atender pedidos pendentes antes de contabilizar estes medicamentos no inventário 
(evitar dupla contagem);
 y realizar dupla checagem dos medicamentos, por funcionários diferentes, sem 
que um tome conhecimento da contagem do outro.
após isso feito: as informações são confrontadas entre essa dupla checagem dos 
funcionários para que verificação de compatibilidade entre o FÍSICO E o REGISTRADO.
4.2 Consumo Médio Mensal
É a média dos consumos mensais de cada produto num período de tempo. 
CMM = ∑CM : NM
CMM = consumo médio mensal
CM = consumo de cada mês
NM = número de meses
4.3 Estoque Mínimo
Quantidade de mínima de produto necessária para suprir eventuais necessidades, ou 
seja, é a quantidade que deve ter em estoque para garantir a continuidade do atendimento 
aos pacientes.
EMn = CMM x k
EMn = estoque mínimo
CMM = consumo médio mensal
K = constante proporcional ao atendimento 
desejado
24Farmácia Hospitalar
Exemplo: preciso que pelo 90% dos pacientes tenham continuidade do atendimento, 
então k=0.9.
4.4 Estoque Máximo
se refere à quantidade máxima do produto que se deve atingir no estoque.
Depende, por exemplo, espaço disponível para armazenamento. para tanto, é neces-
sário se preocupar com a quantidade de produtos que serão comprados.
EMAX = EMn + LC
onde, lc = lote de compras, também chamado de lote econômico de compras que 
representa o tamanho do lote de medicamento que é necessário comprar.
4.5 Prazo de Abastecimento
É o período entre a solicitação e a chegada do pedido ao estabelecimento. Normal-
mente é contado em dias.
Deve-se levar em consideração procedimentos burocráticos que atrasam a chegada 
dos produtos, quantos dias o fornecedor leva para realizar a entrega, dentre outros fatores.
4.6 Ponto de Pedido
É o nível do estoque que indica o momento de solicitação de medicamentos.
PP = (CMM x PA) + EMn
Figura 11. Quantitativo de Estoque23
Quantidade 
em estoque
Pedido Pedido Pedido
Tempo
Recebimento Recebimento Recebimento Recebimento
Prazo de 
abastecimento
Estoque mínimo
Ponto de pedido
25Farmácia Hospitalar
4.7 Formas de Classificação dos Itens do Estoque
4.7.1 curva aBc
também chamada de análise de pareto. separa os itens de acordo com seu valor 
unitário e sua posição no estoque.
a) aqueles itens em menor quantidade (20%) que representam maior custo (80%) do 
valor total do estoque (r$), e por isso devem ser administrados com atenção;
b) aqueles itens intermediários;
c) maior quantidade de itens que representam menos custo do valor total do 
estoque (r$).
Figura 12. curva aBc24
%
 V
AL
O
R 
D
O
 E
ST
O
Q
U
E
% QUANTIDADE DE ITENS NO ESTOQUE
100%
95%
5%
15%
80%
20%
A
B C
30% 50%
80%
20% 50% 100%
CLASSIFICAÇÃO DO ESTOQUE
Item Consumo Valor Unitário Valor Total Ordem %
% 
Acumulado Classe
(a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h)
1 250 R$ 120,00 R$ 30.000,00 1º 46,7 46,7 A
5 170 R$ 54,00 R$ 9.180,00 2º 14,3 61,0 A
2 342 R$ 26,80 R$ 9.165,60 3º 14,3 75,3 A
4 87 R$ 57,90 R$ 5.037,30 4º 7,8 83,1 B
3 25 R$ 158,90 R$ 3.972,50 5º 6,2 89,3 B
10 15 R$ 245,60 R$ 3.684,00 6º 5,7 95,0 C
6 38 R$ 35,20 R$ 1.337,60 7º 2,1 97,1 C
26Farmácia Hospitalar
Item Consumo Valor Unitário Valor Total Ordem %
% 
Acumulado Classe
9 120 R$ 10,64 R$ 1.276,80 8º 2,0 99,1 C
8 312 R$ 1,65 R$ 514,80 9º 0,8 99,9 C
7 210 R$ 0,25 R$ 52,50 10º 0,1 100,0 C
Valor 
Total R$ 64.221,10 100
4.7.2 critérios XYZ
Utiliza aspectos de criticidade segundo quadro seguinte:
Quadro 1. Classificação XYZ25
Classe Objetivos de gestão Características
X
Parâmetros mais folgados 
que atendam à demanda, sem 
aumentar a carga de trabalho.
• Baixa criticidade;
•  Faltas não acarretam paralisações, nem modificações 
do processo produtivo;
•  Elevada possibilidade de usar materiais equivalentes;
• Grande facilidade de obtenção.
Y Intermediários
• Média criticidade;
•  Faltas não acarretam paralisações, mas comprometema qualidade do processo produtivo;
•  Podem ser substituídos por outros com relativa 
facilidade.
Z
Parâmetros de planejamento e 
controle definidos com maior 
precisão
• Máxima criticidade;
• Imprescindíveis para a organização;
• Faltas param o processo produtivo;
•  Não podem ser substituídos por outros equivalentes.
o que é necessário para uma boa gestão de estoque?
 y constantemente atualizar o custo de cada produto;
 y Estabelecer políticas de cobertura;
 y medicamentos em desuso;
 y Disponibilidade para suprir faltas rapidamente;
 y realizar inventários físicos e periódicos para conferência;
 y manter sistemas de informações integrados para acesso e consulta.
27Farmácia Hospitalar
5. SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 
DE MEDICAMENTOS
De acordo com resolução do cFF nº 300/97, art. 3, p. iii
“Estabelecer um sistema, eficiente, eficaz e seguro de dispensação 
para pacientes ambulatoriais e internados, de acordo com as 
condições técnicas hospitalares, onde ele se efetive.”
os sistemas de distribuição de medicamentos (SDM) surgiram, portanto, da necessi-
dade de assegurar o uso racional de medicamentos através da efetiva dispensação. com 
o intuito de:
 y o medicamento chegar ao paciente de maneira íntegra, individual e personalizada;
 y Garantir maior segurança para quem administra e para o paciente.
como seria um modelo ideal de distribuição de medicamentos?
 y cumprir a prescrição médica em 24h;
 y Diminuir erros de medicação;
 y reduzir custos;
 y Farmacoterapia baseada em evidências;
 y Qualidade assistencial. 
5.1 Tipos de Sistemas de Distribuição 
de Medicamentos
Coletivo Misto ou CombinadoIndividualizado Dose Unitária
5.2 Sistema de Distribuição Coletivo
características
 y medicamentos distribuídos por unidade de internação;
 y NÃO direciona para um paciente em específico;
 y atenção farmacêutica praticamente inexistente, já que a farmácia é usada como 
depósito de medicamentos e não existe contato farmacêutico-paciente;
28Farmácia Hospitalar
 y Enfermagem dedica muito tempo para procedimentos relacionados aos 
medicamentos (separação de medicamentos e preparo para administração, por 
paciente);
 y Farmácia é tida como um mero setor de repasse de medicamentos.
Fluxo operacional do sistema de Distribuição coletivo
Figura 13. sistema de Distribuição de medicamentos coletivo26
Enfermagem
Enfermagem
Farmácia
Médico
Sistema Coletivo
Recebe, prepara, 
administra e estoca
Solicitação por 
unidade assistencial
Distribui
Prescreve
Vantagens:
 y maior disponibilidade de medicamentos nas unidades assistenciais;
 y Necessidade de menor número de funcionários;
 y menor número de solicitações e devoluções à farmácia.
Desvantagens:
 y ausência de revisão da prescrição pelo farmacêutico e assistência ao paciente;
 y maior incidência de erros na administração;
 y aumento dos estoques nas unidades assistenciais (medicamentos espalhados 
pelos setores do hospital);
 y perdas de medicamentos por vencimento da validade e/ou armazenamento 
inadequado;
 y alto custo para instituição;
 y administração de medicamentos não prescritos;
 y Duplicação de dose.
29Farmácia Hospitalar
5.3 Sistema de Distribuição Individualizado
características:
 y medicamento dispensado POR PACIENTE, segundo horários de administração;
 y Geralmente medicamentos liberados para atender a prescrição de 24h, podendo 
ser para 12 h ou por turno (manhã, tarde, noite);
 y solicitação é feita por paciente e não por unidade (ex.: Uti pediátrica, Unidade 
coronariana);
 y participação do farmacêutico.
Fluxo operacional do sistema de Distribuição individualizado:
Figura 14. sistema de Distribuição de medicamentos coletivo26
Médico
Enfermagem, 
administrativo 
ou farmácia
Transporte
Farmácia
Enfermagem
Sistema Individualizado
PrescrevePrescreve
Remete cópia
Entrega
Analisa, quantifica, 
separa e acondiciona
Recebe e administra
Transcreve
Entrega
Analisa, quantifica, 
separa e acondiciona
Recebe e administra
DiretoIndireto
perceba que aqui existe ainda a divisão do individualizado DIRETO e INDIRETO, e a 
diferença básica entre eles é que no INDIRETO (ocorre a transcrição da prescrição médica 
pela enfermagem) e no DIRETO (não ocorre). consequentemente, no INDIRETO há maiores 
chances de erro na hora da transcrição.
30Farmácia Hospitalar
Vantagens:
 y possibilita revisar prescrição médica;
 y redução de estoque nas unidades assistenciais;
 y maior controle sobre o medicamento;
 y permite faturamento correto do gasto por paciente;
 y menos desvios e perdas.
Desvantagens:
 y Erro de distribuição e administração de medicamentos;
 y Necessidade de recursos humanos;
 y consumo de tempo da enfermagem para preparação da medicação.
principais causas de erros:
 y má grafia médica;
 y Uso de abreviaturas;
 y prescrição incompleta ou confusa;
 y Falta de conhecimento por parte da enfermagem;
 y Nomes comerciais ou fármacos com grafias semelhantes.
5.4 Sistema de Distribuição Misto ou Combinado
Quando a instituição hospitalar utiliza os sistemas colEtiVos e iNDiViDUaliZaDo 
concomitantemente.
Figura 15. sistema de Distribuição de medicamentos misto ou combinado27
Unidades de internação: 
atendimento
individualizado
Serviços radiologia, 
endoscopia, ambulatórios, 
urgência: coletivo
5.5 Sistema de Distribuição por Dose Unitária
características
 y Dose embalada, identificada e dispensada pronta para administração;
31Farmácia Hospitalar
 y conforme prescrição médica (cópia) para 24h;
 y sem manipulação da enfermagem;
 y permite descobrir omissão de doses (não era possível nos demais sistemas 
tradicionais) porque o controle/registro é realizado rigorosamente;
 y controle de medicamento da Farmácia: quando prepara e quando dispensa;
 y controle de medicamento da Enfermagem: quando vai administrar os medicamentos;
 y setor de enfermagem tem estoque seletivo de medicamentos: casos de emergência, 
antissépticos.
Fluxo operacional sistema de Distribuição por Dose Unitária
Figura 16. sistema de Distribuição de medicamentos Dose Unitária26
Enfermagem
Médico
Transporte
Auxiliar de 
Farmácia
Transporte
Farmacêutico
Farmacêutico
Enfermagem
Sistema de Dose Unitária
Tria horário
Encaminha cópia
Separa
Entrega
Avalia – Elabora o perfil 
farmacoterapêutico
Revisa e confere
Confere, registra e 
administra
Prescreve
Vantagens: 
 y maior segurança ao paciente;
 y maior controle da administração de medicamentos;
32Farmácia Hospitalar
 y redução de perdas de medicamentos;
 y redução de erros de medicação;
 y menor custo.
Desvantagens:
 y altos custos para implementação;
 y maior necessidade de recursos Humanos;
 y Dificuldade inicial.
QUAL A PRINCIPAL VANTAGEM DO SISTEMA DE DOSE UNITÁRIA?
Redução dos erros de medicação
AS EMBALAGENS SÃO UNITÁRIAS, POR PACIENTE, COM HORÁRIO 
DE ADMINISTRAÇÃO DE CADA DOSE, E JÁ DISPENSADOS 
PRONTOS PARA UTILIZADOS.
5.5.1 Dose Unitária centralizado e Descentralizado
•  Doses Preparadas na 
Farmácia Central
•  Doses Preparadas nas 
Farmácias Satélites
Centralizado
Descentralizado
agora veremos um quadro que compila, resumidamente, as vantagens e desvanta-
gens de cada sDm abordado nessa aula:
VANTAGENS DESVANTAGENS
COLETIVO
  Maior disponibilidade de 
medicamentos nas unidades;
  Menor número de Recursos 
Humanos;
  Menor número de solicitações 
à Farmácia Hospitalar.
  Ausência de revisão da 
prescrição pelo farmacêutico 
e assistência ao paciente;
  Maior erros de medicação;
  Aumento dos estoques.
33Farmácia Hospitalar
VANTAGENS DESVANTAGENS
INDIVIDUALIZADO
  Possibilita revisar prescrição;
  Redução de estoque nas 
unidades assistenciais;
  Menos desvios e perdas.
  Erro de distribuição 
e administração de 
medicamentos;
  Necessidade de recursos 
humanos;
  Consumo de tempo 
da enfermagem para 
preparação da medicação.
DOSE UNITÁRIA
  Maior segurança ao paciente;
  Maior controle da administração 
de medicamentos;
  Redução de perdas de 
medicamentos;
  Redução de erros de 
medicação.  Altos custo para 
implementação;
  Maior necessidade de 
Recursos Humanos;
  Dificuldade inicial.
34Farmácia Hospitalar
6. CENTRO DE INFORMAÇÃO 
SOBRE MEDICAMENTOS (CIM)
o excesso de informação sobre medicamentos, não corresponde necessariamente, a 
qualidade técnica-científica desejada para tomada de decisões com relação a farmacotera-
pia do paciente, por exemplo. por isso, há a necessidade de avaliar melhor as informações 
sobre medicamentos já que seu uso inapropriado pode aumentar custos da atenção à saúde.
importância do cim:
Grande número e reações adversas, interações medicamentosas, erros de medica-
ção responsáveis por aumentar gastos com paciente, maior tempo de estadia na institui-
ção. parte seria evitável e reduziria o custo para o sistema de saúde.
por isso que o medicamento deve vir acompanhado de informação adequada de boa 
qualidade tanto quanto é o seu produto farmacêutico.
Daí surge a necessidade de serviços de informação -> com intuito de propor medidas 
para melhorar a farmacoterapia do paciente.
A disponibilidade, acessibilidade e uso de informação independente sobre 
medicamentos, em formato apropriado e relevante para a prática clínica atual.
Uso racional e efetivo dos medicamentos
Os profissionais de a saúde responsáveis pelo CIM são os Farmacêuticos já que eles 
detêm o conhecimento sobre medicamentos e são, além do mais, os disseminadores des-
se conhecimento.
atividades do cim:
 y responder perguntas relacionadas ao uso de medicamentos (informação reativa);
 y participação efetiva em comissões, tais como de Farmácia & terapêutica e de 
infecção Hospitalar;
 y publicação de material educativo / informativo, como boletins, alertas, colunas 
em jornais, etc;
 y Educação: estágio, cursos sobre temas específicos da farmacoterapia;
 y revisão do uso de medicamentos;
 y atividades de pesquisa sobre o uso de medicamentos;
 y coordenação de programas de farmacovigilância.
35Farmácia Hospitalar
Habilidade do farmacêutico no cim:
 y Habilidade e competência para a seleção, utilização e avaliação crítica da literatura;
 y Habilidade e competência para apresentação da máxima informação relevante 
com um mínimo de documentação de suporte;
 y conhecimento de disponibilidade de literatura, assim como de bibliotecas, centros 
de documentação;
 y capacidade para comunicar-se sobre farmacoterapia nas formas verbal e escrita;
 y Destreza no processamento eletrônico dos dados;
 y Habilidade e competência para participar em comissão de Farmácia e terapêutica. 
implantação do serviço:
 y pessoal: não precisa de muita gente;
 y área física: área com espaço suficiente para circulação das poucas pessoas que 
ali trabalham;
 y Equipamento e mobiliário: mesas, cadeiras, computadores, prateleira, armários 
para guardar livros, arquivos, documentos;
 y Bibliografia: fontes de busca das informações sobre medicamentos.
Bibliografia:
 y imparcialidade;
 y padrão científico;
 y atualização;
 y língua;
 y custo. 
6.1 Fontes Primárias
atribuídas àquelas informações que surgem pela primeira vez na literatura, base 
científica.
Engloba estudos:
 y Ensaios clínicos;
 y Estudos de coorte;
 y caso-controle.
Exemplos de fontes primárias:
 y american jornal of Health-system pharmacists;
 y British medical Journal;
36Farmácia Hospitalar
 y Journal of american medical association;
 y New England Journal of medicine;
 y the lancet.
6.2 Fontes Secundárias
 y compreendem os serviços de indexação e resumos das fontes primárias;
 y Basicamente, são resumos dos temas gerais separados por assuntos, de modo a 
facilitar a busca dessas informações;
 y orienta na busca pelas fontes primárias.
Exemplo: medline, que pode ser acessado gratuitamente pelo site da BirEmE.
6.3 Fontes Terciárias
condensam as informações em:
 y livro-texto;
 y monografias;
 y Bases de dados eletrônicas;
 y artigos de revisão;
 y meta-análise.
Exemplo: micromedex, Drug-dex.
Figura 17. Fontes de informação29
TÍTULO CLASSIFICAÇÃO
ASHP – AHFS Drug Information
Essencial
British National Formulary (BNF)
Dorland's Medical Dictionary
Farmacologia Clínica
Formulário Terapêutico Nacional (FTN)
Martindale – The Extra Pharmacopoeia
Medicina Interna
Trissel – Handbook on Injectable Drugs
37Farmácia Hospitalar
TÍTULO CLASSIFICAÇÃO
Briggs – Drugs in Pregnancy and Lactation
Recomendada
Drug Facts and Comparisons
Farmacologia
Aronson – Meyler's side efects of drugs
Stockley – Drug Interactions ou Tatro – Drug Interaction Facts
Remington – A Ciência e a Prática da Farmácia
Rowe – Handbook of Pharmaceutical Excipients
Farmacopéia Brasileira
ÚtilGuia de especialidades farmacêuticas
The Merck Index
Você como profissional farmacêutico responsável pelos alunos, quais perguntas 
você se faria sobre as informações, documentos, artigos encontrados?
 y as informações são úteis;
 y conclusões fundamentadas e aplicáveis;
 y Estudo foi bem desenhado;
 y Desfechos relevantes;
 y informações confiáveis.
Formas de agir a respeito da informação
 y respondendo questionamentos: forma passiva ou reativa  quando o serviço 
apenas responde às perguntas que chegaram ao setor, passivamente;
 y informação proativa  quando os profissionais do cim resolvem produzir 
documentos para tornar públicas informações sobre os medicamentos.
38Farmácia Hospitalar
7. COMISSÕES TÉCNICAS 
HOSPITALARES
 y O que são?
Basicamente, são comitês formados por membros da equipe multidisciplinar (de to-
das as áreas) com o intuito de, em conjunto, com a administração da instituição, viabilizar 
ações de melhoria desde o âmbito gerencial até o ato de lidar diretamente com o paciente. 
com isso, apesar de cada comissão ter seu próprio núcleo elas estão interligadas, inclusi-
ve, com diversos setores do hospital (administrativo, enfermarias, laboratórios, farmácias, 
por exemplo).
De modo geral:
Contribuem para a melhoria contínua da gestão da unidade 
hospitalar ao atuarem na padronização dos processos 
internos e na produção de indicadores para avaliação do 
serviço ofertado aos usuários.
Características das Comissões Técnicas Hospitalares
 y proativas;
 y Espaço aberto junto à gestão;
 y propor atitudes preventivas e corretivas;
 y É trabalho que representa uma ferramenta para gestão;
 y Diferencial para modernização dos hospitais.
Ferramentas de gestão e qualidade
analisar e propor solução para problemas que interferem no bom desempenho dos 
processos de trabalho.
Quanto maio o número de comissões, maior o número 
de indicadores de gestão, consequentemente.
Mas o que são esses indicadores?
Unidade de medida de uma atividade que pode ser usada como guia para monitorar 
e avaliar a qualidade de importantes cuidados providos ao paciente e as atividades dos 
serviços de suportes.
39Farmácia Hospitalar
Importância das Comissões Técnicas Hospitalares
além de ser uma ferramenta essencial para gestão hospitalar elas são instrumento 
para controle adequado da assistência ao paciente garantindo, assim, melhoria da sua 
qualidade.
Farmacêutico nas Comissões
 y Em cada uma ele esteja inserido sua participação se dará conforme normas 
específicas da comissão a qual pertence;
 y por ser o profissional com maior experiência e conhecimento sobre medicamentos 
pode contribuir para promoção, prevenção e recuperação da saúde.
Comissões Técnicas Hospitalares
 y comissão de controle de infecções Hospitalares (cciH) - importaNtE;
 y comissão de Farmácia e terapêutica (cFt);
 y comissão de licitação e parecer técnico;
 y comissão de terapia Nutricional;
 y comissão de terapia antineoplásica;
 y comissão de avaliação de tecnologias;
 y comissão de Educação permanente.
7.1 Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)
É aquela adquirida após a admissão do 
paciente e que se manifeste durante a 
internação ou após a alta, quando puder 
ser relacionada com a internação ou 
procedimentos hospitalares
são problemáticas porque vão gerar aumento dos custos hospitalares e elevação 
das taxas de morbimortalidade hospitalar.Fontes de infecção Hospitalar:
 y ambiente;
 y pessoal;
 y Equipamento;
40Farmácia Hospitalar
 y materiais;
 y Uso indiscriminado de antibióticos.
E a principal forma de evitar a infecção hospitalar, é aquela mais simples possível que 
nem sempre é observada como a devida atenção:
A lavagem das mãos é, isoladamente, a 
ação mais importante para a prevenção 
e controle das infecções hospitalares.
LAVAGEM DAS MÃOS.
Que nada mais é do que a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e 
punhos, utilizando sabão/detergente, seguida de enxágue abundante em água corrente. 
Não esquecer das unhas. 
Vale lembrar que: uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos. 
Qual é a importância de se criar uma CCIH?
Reduzir ao máximo a resistência microbiana.
sua redução contribuirá para minimização de custo no hospital, tempo de internação 
do paciente e maior facilidade na continuidade da sua terapia medicamentosa.
Em 1997, lei Federal n. 9431 instituiu a obrigatoriedade da existência de cciH e de 
um programa de controle de infecção Hospitalares (pciH) nos hospitais Brasileiros.
Com o objetivo de:
REDUÇÃO máxima da incidência e gravidade de infecção hospitalares.
No Brasil, a monitorização e controle das infecções tem sido realizado a partir das 
cciH e dos comitês de investigação de óbitos hospitalares, que cooperam para a qualida-
de da assistência hospitalar. 
 y Membros da CCIH
consultores:
1) serviço médico;
2) serviço de enfermagem;
3) serviço de farmácia;
4) laboratório de microbiologia;
41Farmácia Hospitalar
5) administração.
OBS: os hospitais com número de leitos igual ou inferior a 70 (setenta) atendem os 
números 1 e 2.
Executores:
 y Encarregados da execução das ações programadas de controle de infecção 
hospitalar;
 y os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da 
área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga 
horária diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para 
os demais profissionais;
 y Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro.
atribuições da cciH:
 y implantar sistema de Vigilância Epidemiológica de infecções Hospitalares 
(portaria ms 2616/98);
 y capacitação dos funcionários;
 y auxiliar no controle de custos;
 y monitorar prescrições de antimicrobianos;
 y Guia de utilização de antimicrobianos e germicidas;
 y política de uso antimicrobianos;
 y Uso racional de antimicrobianos.
com a cciH e a promoção do uso racional de antimicrobianos melhores resultados 
para os pacientes são obtidos, tanto em relação à cura da infecção como a diminuição da 
taxa de óbitos por infecções. 
papel do Farmacêutico na cciH:
Promove o uso racional dos antimicrobianos dentro dos hospitais, reduzindo 
as chances de resistência microbiana e evitando graves infecções, 
além de reduzir os custos.
o objetivo principal do uso racional de antimicrobianos é avaliar a gravidade da re-
sistência microbiana, tentando reduzi-la ao máximo possível, estabilizá-la. além disso, 
busca estudar quais os possíveis mecanismos para seu surgimento através da análise de 
prescrição adequada ao medicamento, estabelecendo estratégias para implantação do 
programa de uso racional de antimicrobianos. 
42Farmácia Hospitalar
Figura 18. resistência aos antimicrobianos30
o Farmacêutico é peça fundamental na cciH:
 y monitorização dos níveis de suscetibilidade; 
 y prevalência de microrganismos;
 y averiguações de epidemias;
 y criação de regulamentos e usualidades de limpeza, desinfecção, esterilização e 
antissepsia;
 y Estudos de emprego de antimicrobianos, priorizando os de uso restrito;
 y ações de controle de vetores e da qualidade da água; 
 y treinamentos e cursos, orientação ao paciente;
 y participa do processo de seleção e padronização de antimicrobianos juntamente 
com a comissão de Farmácia e terapêutica (cFt);
 y participa da elaboração de protocolos clínicas e de uso de antimicrobianos;
 y Elabora relatórios e pareceres técnicos;
 y Fornece informações medicamentosas para contribuir com o uso racional de 
antimicrobianos;
 y Elabora rotinas de dispensação de medicamentos.
papel da farmácia hospitalar na cciH:
 y controle de quantidade de pacientes em uso de antimicrobianos e tempo de 
tratamento; 
 y relatórios de gastos com antibioticoterapia; 
43Farmácia Hospitalar
 y Elaboração de documentos e orientações técnicas;
 y indicação profilática e clínica;
 y Determinação do uso mensal de antimicrobianos por unidades de internação;
 y Dados para ajudar a revisão e a atualização da padronização dos antimicrobianos 
pela cFt e cciH.
44Farmácia Hospitalar
8. COMISSÃO DE FARMÁCIA 
E TERAPÊUTICA (CFT)
com toda evolução e inovação tecnológica novos medicamentos/produtos farma-
cêuticos são introduzidos no mercado. Dessa maneira, saber selecionar quais farão parte 
do acervo da instituição hospitalar se torna um processo imprescindível. 
Então o MEDICAMENTO se configura como um dos insumos mais importantes que 
passa por constantes avaliações para garantir a sua melhor utilização pelo paciente.
Que faz parte do arcabouço da Política Nacional de Assistência 
Farmacêutica e tem como eixos norteadores a garantia do 
acesso e o uso racional de medicamentos.
E é a primeira etapa crucial do ciclo de 
Assistência Farmacêutica
portanto, o gestor de saúde precisa utilizar alguma ferramenta para orientá-lo na 
tomada de decisões a respeito dos medicamentos que vão fazer parte do elenco padroni-
zado na instituição.
Nesse contexto, surge a Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) que não se limita 
apenas à seleção e padronização de medicamentos. Veremos!
para a criação da cFt é necessário a elaboração de um regimento interno que dete-
nha informações a respeito de:
Composição
Duração do mandato
Atribuições e 
responsabilidades
Funcionamento geral
Critérios e controle 
na participação
portanto, a cFt deve ser:
Formalmente instituída Através de documento legal
E com regimento que 
normatize todo seu 
funcionamento
45Farmácia Hospitalar
apresenta caráter consultivo e Deliberativo:
• Informar, sugerir, opinar quando solicitada.
• Tomar decisões; elaborar normas.
CONSULTIVO
DELIBERATIVO
Assessora à diretoria clínica, colaborando com a elaboração de diretrizes relaciona-
das à: 
Figura 19. critérios da comissão de Farmácia e terapêutica26
Seleção
Distribuição
Prescrição
Aquisição
Padronização
Uso racional de 
medicamentos
para auxiliar na execução das atividades planejadas, a comissão pode compor GRU-
POS TÉCNICOS de trabalho que podem ser criados a critério da própria cFt ou quando for 
solicitado pelo diretor clínico da instituição.
Vamos agora destacar alguns critérios necessários para a SELEÇÃO E PADRONIZA-
ÇÃO de medicamentos/produtos farmacêuticos:
46Farmácia Hospitalar
Figura 20. critérios de seleção e padronização27
Registro no País: se medicamento está devidamente registrado segundo es-
pecificações de legislação sanitária;
Analisar o menor custo tratamento por dia e o custo total do tratamento
Necessidade do medicamento: avaliar existência de plausibilidade clínica e 
importância epidemiológica e se de fato há valor terapêutico comprovado;
Avaliar preço de aquisição, armazenamento, distribuição e controle dos 
medicamentos
Analisar informações características dos medicamentos: farmacodinâ-
mica, farmacocinética, farmacotécnica bem como a concentração, forma 
farmacêutica, esquema posológico
Princípio ativo deve estar descrito segundo normas DCB (Denominação 
Comum Brasileira) ou DCI (Denominação Comum Internacional)
Preferir aqueles medicamentos com apenas uma única substância 
ativa
8.1 Composição da Comissão de 
Farmácia e Terapêutica (CFT)
47Farmácia Hospitalar
Precisando da disponibilidade de recursos humanos, profissionais que detenham 
conhecimento nas áreas:
Farmacológica
Clínica médica
Terapêutica
Economia em saúde
Há a possibilidade de ainda utilizar-se de assessores “ad hoc”:São funcionários ou não da instituição 
que fornecerão subsídios para emissão 
de parecer técnico e tomada de decisão
Além dos membros dos GRUPOS TÉCNICOS, ainda há aqueles classificados como 
membros EXEcUtiVos, que são eles:
 y Diretoria clínica (é quem designa os próximos cargos);
 y administração;
 y serviço de farmácia;
 y serviço de enfermagem;
 y comissão de controle de infecção Hospitalar (cciH);
 y Especialidades médicas (por exemplo, infectologia).
Obs1: todos os membros da comissão devem ser liberados das suas atividades de 
rotina na instituição nos horários de reunião da cFt.
Obs2: ao término do mandato a instituição elabora uma declaração de participação 
na comissão para fins de currículo.
E a respeito do funcionamento da cFt?
• Aquelas que já foram preestabelecidas em um cronograma de reuniões da comissão
•  Solicitadas pelo presidente ou outros membros executivos da comissão quando jul-
garem necessário
Reuniões ordinárias
Reuniões extraordinárias
48Farmácia Hospitalar
Durante as reuniões, as questões são decididas em consenso de todos os membros. 
 y Quando necessário, o voto do Presidente leva ao desempate;
 y Pode solicitar reexame de alguma decisão tomada anteriormente (desde que o 
motivo seja justificado).
Documentos:
 y Formulário padrão de solicitação de padronização de medicamentos (também 
servindo para alteração de padronização):
 pode ser realizado por médicos, farmacêuticos, enfermeiros e odontólogos.
 y protocolo de tratamento de Doença:
 Deve conter toda a descrição dos critérios de inclusão e exclusão, escolha e 
monitorização do tratamento:
✓ todos os documentos devem ser divulgados;
✓ De fácil acesso a todos os interessados;
✓ com fluxograma estabelecido.
como as atividades da cFt são avaliadas?
Através de INDICADORES DE DESEMPENHO.
8.2 Principais Competências das CFT
Assessorar 
farmacoterapia
Investigação 
científica
Competências
Ações 
educativas
• Seleção e padronização de medicamentos;
• Elaboração e atualização do Guia Farmacoterapêutico;
• Diretrizes para uso racional de medicamentos;
•  Normas para prescrição, dispensação e uso de medi-
camentos;
• Incorporação de novas tecnologias;
• Protocolos clínicos de tratamento.
Assessoramento da 
Farmacoterapia
49Farmácia Hospitalar
•  Promoção do uso racional de medicamentos;
•  Participação em atividades de educação permanente da 
equipe de saúde;
•  elaboração e divulgação de instrumentos educativos;
•  Realização de campanhas para práticas seguras do uso 
de medicamentos.
Ações Educativas
•  Promover estudos de utilização de medicamentos e de 
farmacoeocnomia para análise do perfil farmacoepide-
miológico e do impacto econômico dos medicamentos 
na instituição de saúde;
•  Atividades voltadas ao gerenciamento de riscos e far-
macovigilância (identificação de queixas técnicas, rea-
ções adversas, interações medicamentosas).
Investigação 
Científica
Resumindo...
A CFT avalia a adequação de cada medicamento e produto farmacêutico contidos no 
Guia Farmacoterapêutico, considerando a conveniência de inclusão ou exclusão dos 
medicamentos já que novas evidências científicas estão disponíveis em relação à 
eficácia, efetividade e segurança do medicamento.
Guia Farmacoterapêutico: instrumento (manual) de que sirva de orientação para a 
prescrição e a dispensação de medicamentos.
Qual a legislação que estabelece as atribuições legais do Farmacêutico na cFt?
RDC nº 449 de 2006 (estabelecida pelo Conselho Federal de Farmácia).
50Farmácia Hospitalar
8.3 Atribuições do Farmacêutico na CFT
Figura 21. atribuições do Farmacêutico28
Participação na escolha, análise e utilização de estudo científicos que fun-
damentem a adequada seleção de medicamentos;
Elaboração do Guia Farmacoterapêutico. 
Ações visando promoção do uso racional de medicamento e pesquisa 
clínica;
Interpretação de indicadores epidemiológicos importantes no processo 
decisório de seleção;
Apoio na elebaoração de diretrizes clínicas e protocolos terapêuticos;
Estudos de custo-efetividade e de utilização de medicamentos;
Normas para prescrição, dispensação, administação, utilização de 
medicamentos e avaliação;
Obs: o Farmacêutico pode assumir cargo de presidente, secretário ou membro efe-
tivo da cFt.
a rDc nº 619 de 2015 (cFF), dá nova redação aos artigos 1º e 2º da rDc nº 449 de 
2006 no seguinte:
 y o Farmacêutico poderá propor a criação da cFt na instituição;
 y sua atuação deverá ser constante e ininterrupta.
51Farmácia Hospitalar
REFERÊNCIAS
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ed, rio de Janeiro: atheneu, 2010. 
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talar. 1 ed, rio de Janeiro: atheneu, 2011. 
3. Brasil. serviço Nacional de Vigilância sanitária. portaria nº 2.616/ sNVs de 12 de 
maio de 1998. Expede, na forma dos anexos i, ii, iii, iV e V diretrizes e normas para a 
prevenção e o controle das infecções hospitalares.
4. conselho Federal de Farmácia (cFF). resolução nº 449 de 24 de outubro de 2006. 
Dispõe sobre as atribuições do Farmacêutico na comissão de Farmácia e terapêutica.
5. conselho Federal de Farmácia (cFF). resolução nº 619 de 27 de novembro de 2015. 
Dispõe sobre a mudança de atribuições nas comissões de Farmácia e terapêutica 
(cFt).
6. carValHo, F.D.; capUcHo, H.c.; BissoN, m.p. Farmacêutico Hospitalar: conheci-
mento, Habilidade e atitudes. 1 ed, são paulo: manole, 2014. 
7. caValliNi, m.E.; BissoN, m.p. Farmácia Hospitalar: Um Enfoque em sistemas de 
saúde. 2 ed, são paulo: manole, 2010. 
8. cipriaNo, s.l.; piNto, V.B; cHaVEs, c.E. Gestão Estratégica em Farmácia Hospitalar: 
aplicação prática de um modelo de Gestão para a Qualidade. 1 ed. rio de Janeiro: 
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9. conselho Federal de Farmácia (cFF). Farmácia Hospitalar: coletâneas de práticas e 
conceitos. 1 ed., 2013. 
10. Conselho Federal de Farmácia (CFF). Certificação em Farmácia Hospitalar. Pharmacia 
Brasileira. N 82 – junho/julho/agosto, 2011.
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farmácia hospitalar. são paulo: ateneu, 2001.
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26. hospitalsantalucinda.com.br/area_medica_profissionais_saude/comissoes_hospita-
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28. fehosp.com.br/files/circulares/17f9fd34211240e7c1e5ddedef91d0a8.pdf.
MATERIAL
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