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UNINTER VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS DOMÉSTICOS Produção de adubo orgânico seco a partir de resíduos alimentares ALUNO: Jaqueline Leite Almeida CURSO: Tecnologia em Processos Químicos Contagem - MG 2022 RESUMO Com o reaproveitamento em pequena escala dos resíduos de alimentos, ou seja, os resíduos domésticos fornecerão destinações suficientes para os resíduos, ajudando a reduzir o volume de resíduos, reduzir a degradação ambiental e utilizar o material como fertilizante em todo o processo. A geração de resíduos orgânicos de alimentos é algo que existe no dia a dia da maioria das pessoas, e dar uma destinação adequada a esse material produzido diariamente é o objetivo do trabalho de produzir adubo orgânico seco, uma tecnologia de baixo custo que pode acomodar a as mais diversas condições, regiões, cidades e ativos agrícolas do país. A produção de fertilizantes é uma importante ferramenta social para mudar hábitos, comportamentos e proteger a natureza. Palavras-chave: resíduos domésticos, adubo orgânico seco, nutrientes. Abstract With the small-scale reuse of food waste, that is, household waste will provide sufficient destinations for waste, helping to reduce the volume of waste, reduce environmental degradation and use the material as a fertilizer throughout the process. The generation of organic food waste is something that exists in most people's daily lives, and giving an adequate destination to this material produced daily is the objective of the work of producing dry organic fertilizer, a low-cost technology that can accommodate the the most diverse conditions, regions, cities and agricultural assets in the country. Fertilizer production is an important social tool to change habits, behaviors and protect nature. Keywords: domestic waste, dry organic fertilizer, nutrients. SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4 2.OBJETIVO............................................................................................................................... 4 3. JUSTIFICATIVA ..................................................................................................................... 4 4.ADUBO ORGÂNICO ............................................................................................................... 4 4.1. A IMPORTÂNCIA DO SOLO ........................................................................................... 4 4.2.NUTRIENTES ................................................................................................................... 5 4.3.MACRONUTRIENTES ..................................................................................................... 5 4.4. MICRONUTRIENTES ...................................................................................................... 6 5. PLANEJAMENTO INICIAL/METODOLOGIA ....................................................................... 7 5.1. FLUXOGRAMA ............................................................................................................... 9 5.2. ETAPA DE SEPARAÇÃO E ARMAZENAGEM ............................................................ 10 5.3.ETAPA DE SECAGEM ................................................................................................... 10 5.4. ETAPA DE TRITURAÇÃO ............................................................................................ 11 5.5. ETAPA DE HOMOGENEIZAÇÃO ................................................................................. 12 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 12 7. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 15 8.REFERENCIAS ..................................................................................................................... 15 4 1. INTRODUÇÃO Em nossos lares geramos lixo doméstico diariamente, e esse lixo pode ser utilizado em nosso benefício, e em benefício da natureza e das plantas. Podemos fazer uma separação para facilitar a utilização dos resíduos e produzir adubo orgânico seco a partir de restos de alimentos. No lixo orgânico encontramos nutrientes adequados para nutrir plantas, e por ser adubo seco é de fácil produção e armazenagem. Podemos contribuir para diminuição de lixo orgânico despejado nos lixões e podemos também desenvolver nossas atividades em sociedade, multiplicando a técnica na vizinhança e despertar a nossa consciência como cidadoas onde podemos e temos que fazer nossa parte. 2. OBJETIVO O objetivo desse trabalho é demonstrar como utilizar lixo doméstico na produção de adubo orgânico seco. Com a utilização de restos alimentares, e baseando-se em técnicas simples de secagem e trituração, vamos obter um adubo seco rico em nutrientes. E vamos trabalhar com a conscientização da comunidade. 3. JUSTIFICATIVA Com a realização deste trabalho, vamos obter a conscientização do aluno e será repassado a comunidade, gerando assim um olhar mais sustentável. Com a reutilização do lixo doméstico, vamos gerar cuidado com a natureza, despertar o desejo de cultivar plantas e hortas. O trabalho visa demostrar que é possível produzir adubo seco em casa, com utensílios que temos sem a necessidade de gastar dinheiro, com resto de alimento que seria jogado fora e com a utilização da energia solar que é limpa e renovável, um adubo com muitos nutrientes e por ser seco é de fácil armazenagem. E vai gerar mudanças em nossas atitudes. 4. ADUBO ORGÂNICO Para produzir adubo orgânico seco, devemos ter conhecimento quais restos de alimentos usar e qual técnica utilizar. Não podemos simplesmente colocar os restos alimentares nas plantas. Se soubermos quais nutrientes estão sendo utilizados e a forma correta de processar teremos excelentes resultados. As plantas necessitam de nutrientes para um bom crescimento, desenvolvimento em suas várias fases. 4.1. A IMPORTÂNCIA DO SOLO Os solos têm várias funções importantes de natureza ambiental, ecológica, social e econômica e constituem importantes elementos paisagísticos, patrimoniais e físicos, tanto para o desenvolvimento de infraestruturas (habitação, hospitais e escolas) como para atividades humanas como a agricultura e a produção de hortícolas. A agricultura depende do solo para a retenção de raízes, água e nutrientes e uma fonte de outras matérias-primas, como argila, areia e minerais. Além 5 disso, a parte do solo armazena e transforma minerais, água, matéria orgânica e diversos produtos químicos, sendo também abrigo para diversos animais, como minhocas, formigas e larvas. À medida que esses organismos se movem pelo solo, eles formam pequenos canais para a circulação de ar e água, bem como para a penetração das raízes e o desenvolvimento das plantas. Esses animais, com a ajuda de bactérias e fungos, pulverizam e decompõem a matéria orgânica, convertendo-a em húmus, que torna o solo mais macio e fértil e fornece nutrientes às plantas. (Pequeno Espaço Jardim, Brasília, DF 2012). 4.2.NUTRIENTES O solo precisa de alguns nutrientes para que as plantas cresçam de forma saudável. As plantas absorvem nutrientes de três maneiras: água, ar (dióxido de carbono (co2)), oxigênio (o2) e hidrogênio (h) e solo. Os nutrientes são divididos em dois grupos: Macronutrientes: níveis mais elevados. São eles: nitrogênio (n), fósforo (p), potássio (k), cálcio (c), magnésio (mg) e enxofre (s). Micronutrientes: níveis mais baixos, são: boro (b), cobre (cu), cloro (cl), manganês (mn), zinco (zn) e molibdênio (mo). Existem fatores que ajudam as plantas a absorver nutrientes,como solo, água, temperatura, água e a quantidade de nutrientes disponíveis no solo. Sem macronutrientes e micronutrientes, as plantas não se desenvolvem de forma saudável e até impedem seu crescimento, resultando na morte das plantas. 4.3.MACRONUTRIENTES Nitrogênio (N): Além de ser responsável pela cor verde das folhas, também desempenha um papel fundamental, pois é um constituinte de aminoácidos, proteínas e fito-hormônios que são importantes para o metabolismo das plantas. A deficiência desse nutriente é um problema muito sério para as plantas, pois é caracterizada pela clorose (amarelamento) nas folhas mais velhas; em casos mais graves dessa deficiência, a clorose pode se espalhar por toda a planta. Fósforo (P): contribui para o desenvolvimento de sistemas radiculares fortes e ricos; auxilia na formação e amadurecimento dos frutos e é essencial para a formação de sementes. Os indicativos de deficiência são refletidos no crescimento reduzido das plantas desde os estágios iniciais de desenvolvimento; observa-se o escurecimento macroscópico das folhas. Potássio (K): está arrolado com a composição de talos e raízes fortes e vigorosos, fora de noticiar da ativação de muitas enzimas, do marcha de fotossíntese e do entusiasmo de carboidratos. De técnica semelhante ao sintoma de falha de N, a culpa de K escolta a uma clorose nas folhas mais velhas, acompanhamento por necrose (morte) das pontas e margens das folhas, caso quão não ocorre com a falha de N. Cálcio (Ca): obséquio no avanço da semente e do talo; é um importante constituidor da parede celular, sendo necessário para o sazonamento do pólen e avanço do bica polínico. A falha em 6 Ca aparece quanto mudanças nas folhas, ruína das gemas apicais, nos extremos das raízes e frouxidade dos tecidos dos frutos, que evolui para uma necrose funda, estiagem e negra. Magnésio (Mg): é o principal elemento para a composição da clorofila, sem ele as plantas não formam carboidratos, e é um importante ativador de enzimas metabólicas vegetais. A falta deste nutriente indica clorose. Quando a deficiência é mais grave, as áreas amarelas escurecem e posteriormente tornam-se necróticas. Infecções causadas por vírus podem causar sintomas semelhantes, que podem ser confundidos com deficiência de magnésio; neste caso, deve-se atentar para a presença de insetos e/ou ácaros transmissores do vírus. Enxofre (S): é um importante componente de compostos orgânicos e estão presente nos aminoácidos cisteína e metionina. Os sintomas de deficiência de enxofre são semelhantes aos da deficiência de nitrogênio, mas as folhas jovens apresentam clorose. (Pequeno Espaço Jardim, Brasília, DF 2012). 4.4. MICRONUTRIENTES Normalmente, eles funcionam na síntese de moléculas, como enzimas, proteínas, aminoácidos e similares. Eles também desempenham um papel importante em alguns processos metabólicos nas plantas, como fotossíntese e respiração. Boro (B): A deficiência resulta em plantas menores, folhas deformadas nas mais jovens e morte de gemas terminais. Cloro (Cl): A deficiência causa murchamento das folhas, clorose, escurecimento e subsequente deformação, que ocorre tanto nas folhas novas quanto nas velhas. Cobre (Cu): A falta de cobre altera o tamanho, a textura e a cor das folhas, tornando-as muito grandes, flácidas e verde-escuras. Zinco (Zn): seus sintomas de carência são caracterizados por entrenós encurtados, tamanho reduzido, deformação foliar e clorose. Molibdênio (mo): os sintomas de deficiência variam de acordo com a espécie. “Em leguminosas, como ervilhas e lentilhas, observa-se clorose, semelhante à causada pela deficiência de nitrogênio; nas brássicas, como repolho e repolho, se caracteriza apenas pelo crescimento de a veia principal. Em geral, no entanto, os sintomas mostram amarelecimento das folhas mais velhas e possível necrose das bordas. Manganês (Mn): a carência causa clorose entre as veias. (jardim dos pequenos espaços, Brasília, DF 2012) 7 5. PLANEJAMENTO INICIAL/METODOLOGIA O experimento foi realizado em contagem, Minas Gerais. Foi realizada uma conscientização com dois vizinhos, informando a importância da reutilização dos alimentos que seriam jogados no lixo. Foram informados quais nutrientes estão contidos em cada alimento utilizado para o adubo orgânico. Os restos de alimentos utilizados e seus nutrientes estão no quadro 1. Quadro 1. Quadro com informações dos resíduos captados: Alimentos utilizados Nutrientes Benefícios Casca de jabuticaba Casca de laranja Casca de banana Casca de manga Casca de batata Casca de abobrinha Potássio, ácido fólico, zinco, cálcio, fósforo, Magnésio, ferro, vitaminas A, B1, B2, C, carboidratos, proteínas. Ajuda no crescimento saudável das plantas e raízes. Casca de ovo Cálcio (carbonato de cálcio), ácido fólico, Nitrogênio, Contribui no crescimento da raiz e do talo. Borra de café Nitrogênio, carbono, Torna as plantas mais produtivas, repele alguns tipos de larvas. Canela Potássio, cálcio, fósforo. Atua como fungicida e acelera o enraizamento. Quadro 2 - Plano de ação PLANO DE AÇÃO O que? Produzir adubo orgânico seco a partir de lixo doméstico orgânico Foi concluído com sucesso. Quem? Contagem, MG Correto. Onde? Para redução e reutilização do lixo orgânico doméstico. Foi concluído com sucesso. Por quê? Teve o intuito de conscientização da comunidade e redução do descarte e reutilização do lixo orgânico doméstico para utilização em benefício da comunidade e das plantas. Foi concluído com sucesso. Quando? No período de 24/09 a 24/11/2021. Foi concluído com sucesso. Como? Foram várias etapas: Realizada captação de resíduos orgânicos que Foi concluído com sucesso. 8 seriam descartados no lixo (cascas de legumes e frutas, canela, cascas de ovos e borra de café), Secagem ao sol, Trituração, Armazenamento, Utilização. Quanto? Resíduos orgânicos in natura 6 kg, e produto final beneficiado 1 kg. Foi concluído com sucesso. Houve desperdícios de material? Não houve desperdícios, neste processo foi possível utilizar os resíduos na totalidade. Foi concluído com sucesso. Existe risco físico ou biológico? Não existe risco físico e nem biológico. Correto. Embalagens e condições de armazenamento. O produto beneficiado foi armazenado em recipiente de plástico com tampa. Foi concluído com sucesso. Características finais do produto O produto final foi pequenos grãos, com odor característico. Foi concluído com sucesso. Custo do produto. O custo do produto foi imperceptível, pois os alimentos seriam para descarte, somente foi contabilizado a energia para uso do liquidificador e a embalagem são embalagens que já temos em casa tipo de sorvete. Foi concluído com sucesso. 9 5.1. FLUXOGRAMA Secagem da matéria-prima in natura Separação dos resíduos entre resíduo orgânico e cascas de ovos e borra de café Secagem da matéria-prima in natura Trituração – Transformação física da matéria in natura em pó Secagem da matéria-prima in natura Armazenamento Utilização Captação resíduos orgânicos (lixo doméstico) 10 5.2. ETAPA DE SEPARAÇÃO E ARMAZENAGEM Foram separados os resíduos orgânicos de três famílias. O prazo de separação dos resíduos foi de 20 dias. Os resíduos orgânicos (cascas de verduras e frutas) foram armazenados na geladeira para conservação. Figura 1 - Captação de resíduos orgânicos 5.3.ETAPA DE SECAGEM As cascas de ovos foram deixadas em recipientes expostas ao ambiente para secagem. A borra de café, após ser utilizada para preparação da bebida, foi colocada em recipiente e exposta ao ar livre para secagem. Para secagem dos resíduosorgânicos, foram dispostos em formas de alumínio, e expostos ao sol para perda da umidade. o A secagem é melhor e mais rápida ao sol, pois na sombra pode atrair mosquitos e roedores. Cada remessa de resíduos demorou cerca de 07 dias para secagem total, ficando cerca de 05 horas ao sol por dia. 11 Figura 2 - Secagem de cascas de ovos e borra de café Figura 3 - Secagem de resíduos orgânicos 5.4. ETAPA DE TRITURAÇÃO Para a trituração foi utilizado um liquidificador doméstico, tornando assim possível a produção do adubo seco de forma fácil, podendo ser realizada sem maiores dificuldades. Foi triturado aos poucos para não sobrecarregar e estragar o liquidificador. Foram triturados os resíduos de cascas de alimentos primeiro e depois as cascas de ovos. Figura 4- Trituração das cascas de ovos Figura 5 - Trituração dos resíduos orgânicos secos 12 5.5. ETAPA DE HOMOGENEIZAÇÃO Em uma forma maior foi homogeneizado todos os resíduos orgânicos. Foi armazenado o adubo em recipiente seco com tampa. Figura 6- Homogeneização do adubo orgânico seco Figura 7 - Armazenamento do adubo orgânico seco 5.5fluxograma 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO Através do experimento realizado, podemos fazer as observações estão listadas no quadro 2: Conseguimos reunir uma parte da comunidade e conversar sobre a conscientização sobre reutilização de lixo orgânico. Foram captados os resíduos orgânicos e utilizados na sua totalidade sem perda ou desperdício. Conseguimos realizar o experimento com a utilização de utensílios que já tinha em casa sem a necessidade de adquirir e sem gasto. O adubo orgânico foi produzido de forma fácil, não tão rápido, mas fácil. O objetivo de envolver a comunidade na produção desde o início até o beneficiamento do produto foi concluído com sucesso. Foi captado em torno de 6 kg de resíduos no total, e no final obtivemos 1 kg de produto beneficiado. A minha região (sudeste) e estação (primavera) propiciou a produção, já que, não estava na época de chuva. A vantagem de ser um adubo seco é que pode ser armazenado por um período maior, sendo que na estação de sol poderá ser produzido e no período de chuva poderá ser utilizado. 13 A unidade utilitária utilizada foi um liquidificador doméstico, por ter tampa e sendo utilizado da forma correta não há risco físico na utilização. O produto final teve a característica esperada, um adubo totalmente seco, em pequenos grãos. A aplicação do adubo em vasos de plantas ou em canteiros são várias: Ajudam a reter a umidade do solo, Fornecem nutrientes (macro e micronutrientes) para o desenvolvimento saudável das plantas, Adubo barato, sustentável e de fácil produção. A aplicação do adubo deve ser misturada ao solo, para beneficiar tanto o solo quanto as raízes das plantas. Figura 8- Utilização do adubo seco em plantas no vaso na minha casa. Figura 9- Utilização do adubo seco em plantas de vaso na minha casa. 14 Figura 10 - Utilização do adubo seco usado pelo vizinho nº 1. Figura 11 - Utilização do adubo seco usado pelo vizinho nº 2. 15 7. CONCLUSÃO Através dos resultados encontrados, podemos concluir que a produção do adubo orgânico seco é viável tanto economicamente quanto a sustentabilidade. Com a união da comunidade conseguimos tratar de um assunto essencial como a sustentabilidade e o cuidado com a natureza. O adubo orgânico seco se mostrou de fácil produção, uma vez, que dependemos de resíduos que seriam descartados e os utensílios para produção são os que já temos em casa (formas, vasilhas, liquidificador, vasilhas plásticas com tampa). Com a produção do adubo orgânico seco podemos cuidar melhor de nossas plantas, hortas, e o que facilita muito é que para a captação dos resíduos orgânicos podem ser armazenados na geladeira e depois de produzido o adubo por ser seco pode ser armazenado por um bom tempo, uma vez que armazene ele tampado, e se mantenha seco a duração é maior. A conscientização da comunidade vai gerar cada dia mais a disseminação da técnica que é economicamente viável e sustentável, e vai aumentar o cuidado com a natureza. 8. REFERENCIAS Horta em pequenos espaços, Embrapa Brasília, DF 2012.
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