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Aula 4 Semiologia Respiratória

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Introdução 
Semiologia: estudo dos sinais e sintomas da 
doença. 
Sinal: características objetivas da doença, sem o 
paciente relatar. 
Sintoma: características objetivas da doença 
relatadas pelo paciente. 
Identificação 
 Representa o início do relacionamento com o 
paciente. Cada item tem valor semiológico. Ex.: idade, 
sexo, profissão, ... 
Anamnese 
 Parte mais importante da observação clínica: 
informações importantes dos sintomas, perguntas e 
respostas (não se deve induzir a resposta do paciente), 
principais itens: 
 Queixa Principal: 
o Registro objetivo e simples do que mais 
incomoda o paciente ou do motivo pelo 
qual ele procurou o serviço. 
o Deve ser relatado com as palavras do 
paciente, acompanhada de informação 
cronológica. 
o É o passo inicial para desenrolar a HDA. 
 História Atual da Doença – HDA: 
o Determine o sintoma guia. 
o Explore esse sintoma: início, duração, 
características do sintoma, evolução, 
repercussões do problema na vida do 
paciente, relação com outras queixas, 
situação atual do sintoma. 
o Use o sintoma guia como condutor da 
história. 
o As perguntas devem ser simples e objetivas, 
de acordo com nível cultural e intelectual do 
paciente. 
o Nome e resultados de exames realizados 
podem ser anotados. 
o Evitar perguntas sugestivas que possam 
induzir respostas. 
 Antecedentes Pessoais e Familiares: 
o Pessoais: patologias associadas. 
o Familiares: algumas doenças podem ter 
influências de fatores genéticos ou 
hereditários. 
 Hábitos de Vida: 
o Alguns hábitos podem determinar o 
aparecimento de doenças ou interferir em 
alguma fase da doença. 
 Medicações em uso: 
o Quais? Atuais e já utilizadas. 
o Dosagens. 
o Anamnese. 
 
 Tosse: 
o É o mais importante e mais frequente sinal 
respiratório. 
o Mecanismo de defesa das vias aéreas, que 
reagem a agentes agressores. 
o Aspectos para avaliação: seca ou produtiva. 
 Expectoração: 
o Costuma ser consequência da tosse 
classificada como produtiva. 
o Aspectos para avaliação: cor, textura, odor, 
presença ou não de sangue, com ou sem 
catarro, entre outros. 
o Causas frequentes: 
 Parede torácica: muscular, óssea, 
nevrálgica. 
 Mediastinal: miocárdio, pericárdio, 
tumores, etc. 
 Pleuropulmonares: pneumotórax. 
Tumores, PNM’s, etc. 
 Dispneia: 
o Percepção subjetiva de falta de ar, podendo 
ou não o paciente ter consciência desse 
estado. 
o Avalia-se de maneira objetiva pela presença 
de sinais de desconforto respiratório: 
tiragens intercostais, fúrcula, uso de 
musculatura acessória para respirar. 
o Classificação: 
 Cronologia: aguda ou crônica (+30 
dias). 
 Decúbito: ortopneia (DD), trepopneia 
(DL), paroxística noturna (acorda o 
paciente durante a noite). 
 Esforços: pequenos, médios e grandes. 
o Avaliação - Escala de Dispneia MRC: 
 
Exame Físico do Tórax 
 De preferência, realizado com o paciente com o 
tórax despido. 
 Fazem parte do exame físico: 
 
Semiologia Respiratória 
Sinais e Sintomas 
 Inspeção: deve ser realizada de 2 formas: 
o Inspeção Estática: corresponde a avaliação 
do tórax desconsiderando os movimentos 
respiratórios. 
 Avalia: forma do tórax, pele, mamas, 
presença de nódulos visíveis, 
musculatura, abaulamentos, retrações, 
deformidades. 
 Forma do tórax: a morfologia varia de 
acordo com o biótipo do paciente 
(normolíneo, longilíneo, brevilíneo). 
Normal: pequena convexidade 
anteriormente com o dorso mais plano. 
 Pele e anexos: baqueteamento digital e 
cianose. 
o Inspeção Dinâmica: observam-se os 
movimentos respiratórios, características e 
alterações. 
 Expansibilidade: observação da 
expansão da caixa torácica durante o 
ciclo respiratório. 
 Frequência Respiratória: observação do 
ritmo respiratório. Eupneico (FR 12 -
20 irpm), Taquipneia (FR > 20 irpm), 
Bradpneia (FR < 12 irpm), Apneia 
(ausência de ritmo respiratório). 
 Padrão Respiratório: observar a 
movimentação dos compartimentos 
abdominais e torácicos. Costal: uso 
preferencial do compartimento 
superior. Diafragmático ou abdominal: 
uso preferencial da parte inferior do 
tórax. Misto: uso dos dois 
compartimentos durante a inspiração. 
 Padrões Respiratórios Patológicos: 
 Apnêustico: inspiração prolongada. 
 Cheyne-Stokes: irregular, com 
aumento e diminuição da FR, 
intercalados por períodos de apneia. 
 Biot: frequência inadequada, 
inspirações profundas, 
descoordenação entre os ciclos 
profundos e superficiais. 
 Paradoxal: durante a inspiração a 
movimentação normal esperada de 
tórax e abdômen se inverte => tórax 
deprime e abdômen se abaúla. 
 Kussumaul: frequências rápidas e 
profundas. 
 Presença de Tiragens: aumento da 
pressão negativa nos espaços 
intercostais gerando uma retração de 
tecido mole. Intercostais, 
supraclaviculares, infraclaviculares, 
epigástrica. Pode ocorrer na fúrcula 
traqueal, pode acompanhar dispneia, 
demonstra desconforto respiratório. 
Outros sinais: BAN e uso de 
musculatura acessória. 
Palpação 
 Principais componentes avaliados: 
 Expansibilidade: avaliada em duas regiões do 
tórax. 
o Ápices: ambas as mãos espalmadas de modo 
que as bordas internas toque a base do 
pescoço; polegares apoiados paralelamente à 
coluna vertebral (juntos); demais dedos 
apoiados nas fossas supraclaviculares. 
o Bases: polegares rente e em contato com as 
linhas paravertebrais; últimos dedos 
recobrem os arcos costais; abaixo do ângulo 
inferior da escápula. 
 Frêmito tóraco-vocal: representa a sensação tátil 
da transmissão da onda mecânica da voz. Corresponde às 
vibrações das cordas vocais transmitidas à parede 
torácica. 
Percussão 
 Aplicação de movimentos intermitentes e 
rítmicos na parede torácica. Dedo médio da mão direita 
percute sobre o dedo médio da mão esquerda. 
 
 Sons Patológicos: 
 
Ausculta Pulmonar 
 Método básico para avaliação pulmonar, permite 
analisar o real funcionamento pulmonar. 
 Realizado com estetoscópio. 
 Local silencioso, paciente confortável, tórax 
despido, respiração profunda e pausadamente e manter a 
boca entreaberta. 
 Deve ser realizada de maneira simétrica 
bilateralmente. 
 Saturação periférica de O2: 
o Medida da saturação de oxigênio no sangue 
arterial. 
o Estimativa da pressão de oxigênio arterial. 
o SPO2 > 90% (depende da 
patologia/idade). 
SONS NORMAIS DA AUSCULTA PULMONAR 
 Som Traqueal: 
o Audível na projeção da traqueia. 
o Origina-se da passagem de ar através da 
glote e na própria traqueia. 
o Ruído inspiratório consiste de um ruído 
soproso, mais forte na expiração. 
 Murmúrio Vesicular (MV): 
o Produzido pela turbulência normal de ar 
nos pulmões. 
o Componente inspiratório mais intenso e 
duradouro em relação ao expiratório. 
o Ausculta-se em quase todo o tórax, menos 
nas regiões esternal superior (3ª e 4ª 
vértebras torácicas) e interscápulo vertebral. 
o Diminuição do MV pode resultar de 
diversas condições patológicas. 
 Respiração Broncovesicular: 
o Audível nas regiões onde não auscultamos 
MV. 
o Somam-se às características do MV e da 
respiração brônquica. 
o Intensidade e duração das fases são iguais. 
SONS ANORMAIS 
 Ruídos Adventícios: 
o Contínuos: representados por roncos, 
sibilos e estridor. Ocorrem geralmente no 
estreitamento das vias aéreas por 
broncoespasmo, edema de mucosa e 
secreção. 
o Descontínuos: representados por estertores 
crepitantes. Ocorrem geralmente na 
presença de líquido intraalveolar e presença 
e presença de secreção em vias aéreas de 
médio e pequeno calibre. 
 Estertores finos ou crepitantes: 
o Ocorrem ao final da inspiração, não se 
modificam com a tosse ou posição do 
paciente – predomínio em bases. 
o Produzidos na abertura alveolar quando 
existe a presença de líquido ou exsudato no 
parênquima pulmonar (região interalveolar, 
intraalveolar). 
 Estertores grossos (bolhosos ou subcrepitantes): 
o Mais graves e mais duradouros que os finos. 
o Sofrem alteração com a tosse e com a 
posição do paciente. 
o Podem ser ouvidos em todas as regiõesdo 
tórax e em todo o ciclo respiratório. 
o Parecem estar relacionados com a abertura e 
fechamento das vias respiratórias que 
contem secreção viscosa e espessa. 
 Roncos e Sibilos: 
o Roncos são graves, sibilos são agudos. 
o Originam-se das vibrações das paredes 
brônquicas e do conteúdo gasoso, há 
estreitamento deste ductos, seja por 
espasmo, edema ou presença de secreção. 
o Aparecem na inspiração e na expiração. 
o Móveis, surgindo e desaparecendo num 
curto período de tempo. 
 Estridor: 
o Som produzido pela semi obstrução da 
laringe e da traqueia. 
Radiografia de Tórax 
 Analisar antes de ver a imagem: idade, sexo, 
história da doença, identificar a incidência e observar a 
expansão torácica do paciente. 
 
 Atelectasia: 
o Desvio homolateral de mediastino. 
o Elevação de hemicúpula diafragmática 
homolateral. 
o Redução da transparência pulmonar. 
o Redução de espaços intercostais. 
o Hiperinsuflação contralateral. 
o Sinais Clínicos: ausculta abolida, dispneia, 
diminuição da expansibilidade. 
 
 Pneumotórax: 
o Desvio contralateral de mediastino. 
o Hipertransparência homolateral. 
o Aumento dos espaços intercostais 
/retificação. 
o Rebaixamento da cúpula diafragmática 
homolateral. 
o Sinais Clínicos: dor torácica, dispneia súbita, 
ausculta abolida homolateral, diminuição de 
expansibilidade e instabilidade 
hemodinâmica. 
 
 Derrame Pleural: 
o Presença de velamento (densidade de partes 
moles). 
o Ausência ou diminuição do seio 
costofrênico. 
o Cúpula diafragmática invertida ou 
retificada. 
o Às vezes, desvio de mediastino para lado 
oposto. 
o Sinais Clínicos: ausculta abolida, dor, 
dispneia e tosse seca, assimetria de tórax, 
redução de expansibilidade homolateral.

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