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Introdução Semiologia: estudo dos sinais e sintomas da doença. Sinal: características objetivas da doença, sem o paciente relatar. Sintoma: características objetivas da doença relatadas pelo paciente. Identificação Representa o início do relacionamento com o paciente. Cada item tem valor semiológico. Ex.: idade, sexo, profissão, ... Anamnese Parte mais importante da observação clínica: informações importantes dos sintomas, perguntas e respostas (não se deve induzir a resposta do paciente), principais itens: Queixa Principal: o Registro objetivo e simples do que mais incomoda o paciente ou do motivo pelo qual ele procurou o serviço. o Deve ser relatado com as palavras do paciente, acompanhada de informação cronológica. o É o passo inicial para desenrolar a HDA. História Atual da Doença – HDA: o Determine o sintoma guia. o Explore esse sintoma: início, duração, características do sintoma, evolução, repercussões do problema na vida do paciente, relação com outras queixas, situação atual do sintoma. o Use o sintoma guia como condutor da história. o As perguntas devem ser simples e objetivas, de acordo com nível cultural e intelectual do paciente. o Nome e resultados de exames realizados podem ser anotados. o Evitar perguntas sugestivas que possam induzir respostas. Antecedentes Pessoais e Familiares: o Pessoais: patologias associadas. o Familiares: algumas doenças podem ter influências de fatores genéticos ou hereditários. Hábitos de Vida: o Alguns hábitos podem determinar o aparecimento de doenças ou interferir em alguma fase da doença. Medicações em uso: o Quais? Atuais e já utilizadas. o Dosagens. o Anamnese. Tosse: o É o mais importante e mais frequente sinal respiratório. o Mecanismo de defesa das vias aéreas, que reagem a agentes agressores. o Aspectos para avaliação: seca ou produtiva. Expectoração: o Costuma ser consequência da tosse classificada como produtiva. o Aspectos para avaliação: cor, textura, odor, presença ou não de sangue, com ou sem catarro, entre outros. o Causas frequentes: Parede torácica: muscular, óssea, nevrálgica. Mediastinal: miocárdio, pericárdio, tumores, etc. Pleuropulmonares: pneumotórax. Tumores, PNM’s, etc. Dispneia: o Percepção subjetiva de falta de ar, podendo ou não o paciente ter consciência desse estado. o Avalia-se de maneira objetiva pela presença de sinais de desconforto respiratório: tiragens intercostais, fúrcula, uso de musculatura acessória para respirar. o Classificação: Cronologia: aguda ou crônica (+30 dias). Decúbito: ortopneia (DD), trepopneia (DL), paroxística noturna (acorda o paciente durante a noite). Esforços: pequenos, médios e grandes. o Avaliação - Escala de Dispneia MRC: Exame Físico do Tórax De preferência, realizado com o paciente com o tórax despido. Fazem parte do exame físico: Semiologia Respiratória Sinais e Sintomas Inspeção: deve ser realizada de 2 formas: o Inspeção Estática: corresponde a avaliação do tórax desconsiderando os movimentos respiratórios. Avalia: forma do tórax, pele, mamas, presença de nódulos visíveis, musculatura, abaulamentos, retrações, deformidades. Forma do tórax: a morfologia varia de acordo com o biótipo do paciente (normolíneo, longilíneo, brevilíneo). Normal: pequena convexidade anteriormente com o dorso mais plano. Pele e anexos: baqueteamento digital e cianose. o Inspeção Dinâmica: observam-se os movimentos respiratórios, características e alterações. Expansibilidade: observação da expansão da caixa torácica durante o ciclo respiratório. Frequência Respiratória: observação do ritmo respiratório. Eupneico (FR 12 - 20 irpm), Taquipneia (FR > 20 irpm), Bradpneia (FR < 12 irpm), Apneia (ausência de ritmo respiratório). Padrão Respiratório: observar a movimentação dos compartimentos abdominais e torácicos. Costal: uso preferencial do compartimento superior. Diafragmático ou abdominal: uso preferencial da parte inferior do tórax. Misto: uso dos dois compartimentos durante a inspiração. Padrões Respiratórios Patológicos: Apnêustico: inspiração prolongada. Cheyne-Stokes: irregular, com aumento e diminuição da FR, intercalados por períodos de apneia. Biot: frequência inadequada, inspirações profundas, descoordenação entre os ciclos profundos e superficiais. Paradoxal: durante a inspiração a movimentação normal esperada de tórax e abdômen se inverte => tórax deprime e abdômen se abaúla. Kussumaul: frequências rápidas e profundas. Presença de Tiragens: aumento da pressão negativa nos espaços intercostais gerando uma retração de tecido mole. Intercostais, supraclaviculares, infraclaviculares, epigástrica. Pode ocorrer na fúrcula traqueal, pode acompanhar dispneia, demonstra desconforto respiratório. Outros sinais: BAN e uso de musculatura acessória. Palpação Principais componentes avaliados: Expansibilidade: avaliada em duas regiões do tórax. o Ápices: ambas as mãos espalmadas de modo que as bordas internas toque a base do pescoço; polegares apoiados paralelamente à coluna vertebral (juntos); demais dedos apoiados nas fossas supraclaviculares. o Bases: polegares rente e em contato com as linhas paravertebrais; últimos dedos recobrem os arcos costais; abaixo do ângulo inferior da escápula. Frêmito tóraco-vocal: representa a sensação tátil da transmissão da onda mecânica da voz. Corresponde às vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica. Percussão Aplicação de movimentos intermitentes e rítmicos na parede torácica. Dedo médio da mão direita percute sobre o dedo médio da mão esquerda. Sons Patológicos: Ausculta Pulmonar Método básico para avaliação pulmonar, permite analisar o real funcionamento pulmonar. Realizado com estetoscópio. Local silencioso, paciente confortável, tórax despido, respiração profunda e pausadamente e manter a boca entreaberta. Deve ser realizada de maneira simétrica bilateralmente. Saturação periférica de O2: o Medida da saturação de oxigênio no sangue arterial. o Estimativa da pressão de oxigênio arterial. o SPO2 > 90% (depende da patologia/idade). SONS NORMAIS DA AUSCULTA PULMONAR Som Traqueal: o Audível na projeção da traqueia. o Origina-se da passagem de ar através da glote e na própria traqueia. o Ruído inspiratório consiste de um ruído soproso, mais forte na expiração. Murmúrio Vesicular (MV): o Produzido pela turbulência normal de ar nos pulmões. o Componente inspiratório mais intenso e duradouro em relação ao expiratório. o Ausculta-se em quase todo o tórax, menos nas regiões esternal superior (3ª e 4ª vértebras torácicas) e interscápulo vertebral. o Diminuição do MV pode resultar de diversas condições patológicas. Respiração Broncovesicular: o Audível nas regiões onde não auscultamos MV. o Somam-se às características do MV e da respiração brônquica. o Intensidade e duração das fases são iguais. SONS ANORMAIS Ruídos Adventícios: o Contínuos: representados por roncos, sibilos e estridor. Ocorrem geralmente no estreitamento das vias aéreas por broncoespasmo, edema de mucosa e secreção. o Descontínuos: representados por estertores crepitantes. Ocorrem geralmente na presença de líquido intraalveolar e presença e presença de secreção em vias aéreas de médio e pequeno calibre. Estertores finos ou crepitantes: o Ocorrem ao final da inspiração, não se modificam com a tosse ou posição do paciente – predomínio em bases. o Produzidos na abertura alveolar quando existe a presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar (região interalveolar, intraalveolar). Estertores grossos (bolhosos ou subcrepitantes): o Mais graves e mais duradouros que os finos. o Sofrem alteração com a tosse e com a posição do paciente. o Podem ser ouvidos em todas as regiõesdo tórax e em todo o ciclo respiratório. o Parecem estar relacionados com a abertura e fechamento das vias respiratórias que contem secreção viscosa e espessa. Roncos e Sibilos: o Roncos são graves, sibilos são agudos. o Originam-se das vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso, há estreitamento deste ductos, seja por espasmo, edema ou presença de secreção. o Aparecem na inspiração e na expiração. o Móveis, surgindo e desaparecendo num curto período de tempo. Estridor: o Som produzido pela semi obstrução da laringe e da traqueia. Radiografia de Tórax Analisar antes de ver a imagem: idade, sexo, história da doença, identificar a incidência e observar a expansão torácica do paciente. Atelectasia: o Desvio homolateral de mediastino. o Elevação de hemicúpula diafragmática homolateral. o Redução da transparência pulmonar. o Redução de espaços intercostais. o Hiperinsuflação contralateral. o Sinais Clínicos: ausculta abolida, dispneia, diminuição da expansibilidade. Pneumotórax: o Desvio contralateral de mediastino. o Hipertransparência homolateral. o Aumento dos espaços intercostais /retificação. o Rebaixamento da cúpula diafragmática homolateral. o Sinais Clínicos: dor torácica, dispneia súbita, ausculta abolida homolateral, diminuição de expansibilidade e instabilidade hemodinâmica. Derrame Pleural: o Presença de velamento (densidade de partes moles). o Ausência ou diminuição do seio costofrênico. o Cúpula diafragmática invertida ou retificada. o Às vezes, desvio de mediastino para lado oposto. o Sinais Clínicos: ausculta abolida, dor, dispneia e tosse seca, assimetria de tórax, redução de expansibilidade homolateral.
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