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ANITA MALFATTI PINTORA BRASILEIRA DATA DE NASCIMENTO 02/12/1889 DATA DA MORTE 06/08/1964 BIOGRAFIA Anita Malfatti foi uma artista plástica brasileira. A mostra expressionista da pintora realizada em São Paulo na Exposição de Pintura Moderna foi um marco para a renovação das artes plásticas no Brasil. INFÂNCIA: Anita Catarina Malfatti nasceu em São Paulo, no dia 2 de dezembro de 1889. Filha de Samuel Malfatti, engenheiro italiano e de Betty Krug, descendente de alemães e de nacionalidade norte-americana nasceu com uma atrofia no braço direito e teve que aprender a usar a mão esquerda e para isso recebia os cuidados de uma governanta. Anita Malfatti aprendeu as primeiras letras no colégio São José, estudou na Escola Americana e em 1897 ingressou no Colégio Mackenzie. Com 13 anos, sem saber que rumo tomar na vida, Anita resolveu se suicidar deitando debaixo dos dormentes da linha do trem, segundo declarou: “Foi uma coisa horrível, indescritível. O barulho ensurdecedor, a deslocação do ar, a temperatura asfixiante deram-me uma impressão de delírio e de loucura. Eu via cores, cores e cores riscando o espaço, cores que eu desejaria ficar para sempre na retina assombrada. Foi a revelação: voltei decidida a me dedicar à pintura”. FORMAÇÃO: Anita aprendeu as primeiras técnicas da pintura com sua mãe. Com 19 anos formou-se professora. Em 1910 foi estudar na Alemanha, onde frequentou o ateliê de Fritz Burger e em seguida matriculou-se na Academia Real de Belas Artes em Berlim, onde estudou pintura expressionista, cujo objetivo era expressar o emocional, distorcer formas e usar cores pouco reais. Em 1914, Anita Malfatti estava de volta ao Brasil e realizou uma exposição na Casa Mappin, quando apresentou os estudos da pintura expressionista feitos no ateliê de Lovis Corinth, em Berlim. Em 1915, foi para Nova Iorque, onde estudou na Arts Students League e na Independent Scool of Art, sob a orientação de Homer Boss, que dominava o expressionismo, movimento pouco conhecido na época, principalmente fora da Europa, quando teve a liberdade de pintar livremente, sem limitações estéticas. Nessa época, Anita pintou seus quadros mais brilhantes, entre eles: A BOBA 1915-16 . O JAPONÊS 1915 . O FAROL 1915 . Em 1917, Anita Malfatti retornou para São Paulo e, no dia 20 de dezembro a pintora faz uma exposição de suas obras apresentando 53 trabalhos entre pinturas, aquarelas e gravuras, provocando violenta repercussão da imprensa. Com o artigo intitulado “Paranoia ou Mistificação?”, Monteiro Lobato critica a Arte Moderna. A crítica serviu de estopim para o Movimento Modernista no Brasil. Algumas obras de Anita se tornaram clássicos da Pintura Moderna, entre elas: A ESTUDANTE RUSSA 1915 A MULHER DE CABELOS VERDES 1917 O HOMEM AMARELO 1917 As telas expressionistas expostas por Anita causaram impacto para os padrões da arte da época. Nas obras, foram incorporados procedimentos básicos da Arte Moderna, como a relação dinâmica e tensa entre a figura e o fundo da tela, a pincelada livre que valoriza os detalhes, os tons fortes, uma técnica de luz que foge do claro e escuro tradicional e apresenta uma liberdade de composição. A SEMANA DA ARTE MODERNA Anita participou da Semana de Arte Moderna de 1922 e, integrou, ao lado de Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti De Picchia, o Grupo dos Cinco. Durante toda a Semana de Arte Moderna, de 13 a 18 de fevereiro de 1922, o saguão do Teatro Municipal de São Paulo esteve aberto com obras de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Harberg Brecheret, entre outros artistas. OBRAS DE ANITA MALFATTI • O Burrinho Correndo (1909) • O Barco (1915) • A Estudante Russa (1915) • O Farol (1915 • Uma Estudante (1916) • O Japonês (1916) • O Homem de Sete Cores (1916) • A Mulher de Cabelo Verde (1916) • A Boba (1916) • O Homem Amarelo (1916) • Tropical (1917) • A Onda (1917) • A Chinesa (1922) • Mario de Andrade I (1922) • As Margaridas de Mário (1922) • Paisagem dos Pirineus (1924) • As Duas Igrejas (Itanhaém, 1940) • Samba (1945)
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