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Coagulação sanguínea e Fármacos anticoagulantes

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COAGULAÇÃO SANGUÍNEA E FÁRMACOS ANTICOAGULANTES
Hemostasia:
-No primeiro momento as plaquetas aderem às macromoléculas nas regiões subendoteliais do vaso sanguíneo lesado, onde são ativadas.
-A lesão na parede também expõe o fator tecidual, que inicia o sistema de coagulação
-As plaquetas apoiam e potencializam a ativação do sistema de coagulação ao fornecer uma superfície na qual os fatores de coagulação se reúnem, o que leva a geração de trombina ( fator IIa)
-A trombina converte o fibrinogênio em fibrina, que reforça o agregado plaquetário e o prende na parede do vaso.
Obs: Após lesão endotelial fatores como 7 9 e 2 são ativados
Reações de coagulação:
· Via extrínseca	
Fator tecidual (FT) e fator VII
· Via intrínseca
Fatores IX e VIII
· Via comum
 Fatores X, V e II
Anticoagulantes parenterais
Heparina e seu derivados
· Bioquímica
Heparina: glicosaminoglicano encontrado nos grânulos secretores dos mastócitos
· Origem
A heparina é comumente extraída da mucosa intestinal suína, rica em mastócitos
· Derivados de heparina
Heparina baixo peso molecular
· Daltaparina
· Tinzaparina
· Enoxaparina
Fondaparinux: origem sintética, com baixo peso molecular, ala biodisponibilidade e meia-
vida de 17 horas, e não possui antídoto, ou seja, se tiver sangramento, não há resolução. Age no Xa.
· Mecanismo de ação heparinas
-Liga-se à antitrombina e acelera a taxa na qual ela inibe várias proteases da coagulação
-A antitrombina inibe os fatores de coagulação ativados envolvidos nas vias intrínseca e comum, e apresenta relativamente pouca atividade contra o fator VIIa
-Heparina, HBPMs e fondaparinux agem como catalisador
· Farmacocinética
-Via parenteral> SC 8-12h ou EV mais comuns
-Heparina pode ser administrada ev contínua, infusão intermitente, ou sc a cada 8-12h
-A terapia é rotineiramente monitorada por meio da medida do TTPa (2-3 x o normal é considerado terapêutico)
· Toxicidade e eventos adversos
Sangramento: ocorre em 1-5% pacientes tratados com heparina EV 
O efeito anticoagulante desaparece em poucas horas após a suspensão do fármaco
Se houver hemorragia potencialmente fatal, pode ser administrado sulfato de protamina, o qual liga-se firmemente a heparina, neutralizando seu efeito anticoagulante
Trombocitopenia induzida por heparina.
Pode ocorrer entre 5-10 dias após o ínicio do tratamento.
Complicações trombóticas após a suspensão da medicação.
Inibidores orais diretos do fator Xa
· Rivaroxabana e Apixabana
-Inibem fator Xa na via comum
-Administrados em doses fixas sem necessidade de monitorização
-Rápido início de ação, meias-vidas em torno de 10 horas, podendo ser maiores em idosos
-Eliminação renal
-Sem antidoto 
· Rivaroxabana
· Aprovada para tromboembolia venosa após cirurgia de quadril ou de joelho
· Mostrou eficácia na TVP comparada ao esquema com Enoxaparina seguida de Varfarina
· Parece ter inferioridade à Varfarina na prevenção de AVE em pacientes com fibrilação atrial
· Apixabana
· Efeitos semelhantes à enoxaparina na prevenção de tromboembolismo venoso após cirurgias de quadril
· Teve estudos interrompidos durante sua avaliação comparativa à outros fármacos em IAM e AVE
Inibidores diretos da trombina
· Hirudina 
-Liga-se à trombina com alta afinidade e especificidade, formando um complexo não covalente irreversível, inibindo, assim, todas as funções proteolíticas da trombina
Obtida da saliva de sanguessuga medicinais (Hirudo medicinalis)
-Atualmente está disponível na forma recombinante parenteral à LEPIRUDINA
-É excretada pelo rim e é necessário o ajuste de doses em pacientes com insuficiência renal.
-O controle da droga é feito pelo TTPa (mantido a 1,5-2,5 vezes o valor do controle)
-As principais desvantagens são o custo e a falta de antídoto para a mesma
-Indicada no tratamento da plaquetopenia induzida por heparina, promovendo uma rápida e sustentada recuperação da contagem de plaquetas
Anticoagulantes orais
Varfarina
-São antagonistas da vitamina K 
-Os fatores de coagulação II,VII,IX e X e as proteínas anticoagulantes C e S são sintetizados, em grande parte, no fígado e são biologicamente inativos
-As reações de ativação das substâncias acima citadas são dependentes de vitamina K
-Devido as meia-vidas longas dos fatores de coagulação, em particular fator II, o efeito antitrombótico só é atingido depois de vários dias , embora o TP possa ser prolongado logo após a sua administração , graças a redução de fatores com meia-vida mais curta ( fator VII)
· Posologia
-Para adultos 2-5 mg/dia, durante 2-4 dias, seguidas de 1-10 mg/dia conforme indicado pela medida da relação normalizada internacional (RNI), um valor derivado do TP
· Farmacocinética
-Absorção: quase completa, assim como sua biodisponibilidade, [máxima] = 2-8h
-Distribuição: ligação proteica 99% (albumina)
-Biotransformação e eliminação: metabolizada CYP2C9, os metabólitos são excretados na urina e nas fezes
-Obs: inúmeras interações medicamentosas
· Toxicidade
-Sangramento: aumenta com a intensidade e duração da terapia
-O RNI alvo do paciente tratado é entre 2-3, acima de 5, aumenta o risco de episódios de sangramento
VIT K
Para que haja sua absorção é necessário ter gordura e bactérias colônicas.
Criança leva até duas semanas p formar a flora intestinal.
Sangramento periventricular é preocupante.
Antidoto contra varfarina= vit K, antagonista competitivo
· Funções fisiológicas e ações farmacológicas
-A fitonadiona e as menaquinonas promovem a biossíntese das formas deγ-carboxiglutamato dos fatores II (protrombina), VII, IX e X, proteínas anticoagulantes C e S 
· Deficiência:
-A principal manifestação clínica de deficiência de vitamina K é a tendência aumentada ao sangramento 
· Usos terapêuticos
-Ingestão inadequada
-Hipoprotrombinemia do recém-nascido
-Absorção inadequada
-Hipoprotrombinemia induzida por fármaco e venenos
		Dibe B. Ayoub

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