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Educacao Inclusiva Ebook 2

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21/04/2022 18:12 Educação Inclusiva
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA
CAPÍTULO 2 – O QUE DIZEM AS
TEORIAS E A LEGISLAÇÃO SOBRE O
ENSINO DA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA?
Miryan Cristina Buzetti
INICIAR 
Introdução
Ao longo da história, estudiosos desenvolveram teorias e ideias para explicar o
desenvolvimento humano e a aprendizagem, destacando as particularidades e os
aspectos específicos de cada situação e faixa etária. Os principais estudiosos desse
campo foram Piaget, Vygotsky e Wallon, três autores que exerceram e exercem
influência significativa na formação docente em nosso país e na prática em sala de
aula. Foram eles, inclusive, que elaboraram conceitos fundamentais na prática de
ensino, como a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), em que o professor
precisa fazer a mediação entre o aluno e o conteúdo.
Assim, conhecer o desenvolvimento da aprendizagem possibilita ao professor
escolher estratégias e recursos pedagógicos adequados para cada situação de
aprendizagem, tendo à disposição diferentes possibilidades de tecnologia
assistiva — que pode ir desde uma ponteira até um mouse adaptado ou uma
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máquina em Braille. Isso porque esses recursos favorecem a adaptação curricular
e garantem a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos, sejam eles
deficientes ou que apresentam certa dificuldade ou transtorno de aprendizagem.
Considerando que a aprendizagem de todos é a premissa básica para a Educação
Inclusiva, pautada na acessibilidade, na adaptação e no desenho universal; busca-
se assegurar o direito, oferecendo, na rede regular de ensino, não somente a
matrícula garantida por lei, mas uma educação de qualidade. Portanto, conhecer
sobre estratégias de ensino, possibilidades de adaptação e de acessibilidade é
fundamental para o trabalho do professor.
Vamos nos aprofundar melhor no assunto a partir de agora!
2.1 As abordagens segundo Piaget,
Vygostky e Wallon
Piaget, Vygotsky e Wallon apresentam teorias diferentes sobre a aprendizagem e o
desenvolvimento humano, partindo de pressupostos e concepções diferentes,
mas caminhando para a mesma direção: explicar como aprendemos e evoluímos.
Os três autores apresentam ênfases diferentes para questões como influência do
meio no desenvolvimento, evolução por fases/etapas e influência da interação e
das emoções. Para cada aspecto presente em sala de aula é importante que o
professor tenha conhecimento dessas teorias de maneira reflexiva, sempre
planejando, colocando em prática, refletindo e replanejando, na tentativa de
colocar em prática os conhecimentos teóricos, fazendo uma relação direta entre a
teoria e a prática. Isso porque a intervenção pedagógica fica mais significativa e
favorável quando o professor consegue fazer a relação entre teoria e prática.
Vamos, então, começar nossos estudos com Vygotsky.
2.1.1 A abordagem de Vygotsky
A contribuição de Vygotsky para a educação é imensa, assim como sua influência
na formação de professores também é inegável. O sucesso se deu porque, além da
educação regular, o autor também contribuiu com a educação de pessoas com
deficiência.
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Lev Semenovich Vygotsky nasceu na Rússia, em 1896, e faleceu em 1934. Apesar de uma vida breve, fez
pesquisas relevantes que contribuíram para compreender o desenvolvimento do ser humano e a forma
como este aprende. Suas teorias também contribuíram para entendermos problemas relativos à
Educação Especial, na busca de uma intervenção de ensino mais eficaz e inovadora. Vygotsky foi,
inclusive, um dos primeiros a declarar que as interações sociais influenciam no desenvolvimento
intelectual (MACHADO, 2018).
Vygotsky contraria alguns conceitos de sua época, uma, inclusive, das mais
importantes, relacionada à concepção de imutável. Antigos estudiosos
acreditavam que o ser humano era estático, não passível de mudar. Essa crença
influenciava diretamente atitudes relacionadas à educação de pessoas com
deficiência, pois se via na situação do deficiente algo consolidado, sem
possibilidades de melhoria. Assim, o conceito trazido por Vygotsky é de
plasticidade, que implica no entendimento de que a inteligência é dinâmica,
podendo evoluir e se construir ao longo da interação com o meio ao qual o
indivíduo está inserido (BUDEL; MEIER, 2013).
Um dos principais itens da teoria de Vygotsky (2007) é a Zona de Desenvolvimento
Proximal (ZDP), definida como a distância existente entre o desenvolvimento real
e o potencial, sendo que o primeiro é o que o aluno consegue fazer sem a
mediação do professor ou colega; e o segundo envolve as atividades e tarefas
realizadas com a ajuda e orientação do professor. Isso demonstra a importância
do ensino e da mediação do professor para o desenvolvimento do aluno, seja ele
com ou sem deficiência. 
O artigo “A zona de desenvolvimento próximo na análise de Vigotski sobre aprendizagem e ensino1, 2,
3”, de Seth Chaiklin, descreve sobre a concepção do conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal na
área da educação, apontando os pontos positivos e negativos. O conceito relata sobre a interação entre
uma pessoa mais competente e outra menos competente diante de uma determinada tarefa. No artigo,
VOCÊ O CONHECE?
VOCÊ QUER LER?
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são apresentados alguns pontos negativos, como o pressuposto de generalização, de assistência e de
potencial. De maneira geral, a leitura chama a atenção para a ideia de instrução, ou seja, do ensino no
desenvolvimento infantil tendo como objetivo as funções psicológicas que precisam ser desenvolvidas.
Leia o documento completo em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
73722011000400016 (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
73722011000400016)>.
A teoria de Vygotsky nos ajuda a compreender que alunos com deficiência
intelectual, por exemplo, precisam de um pouco mais de tempo para realizar suas
atividades sozinhos, assim como a mediação e a intervenção do professor se torna
fundamental para o avanço e a aprendizagem desses estudantes. 
#PraCegoVer: A fotografia colorida apresenta no centro, uma professora com
cabelos loiros, vestindo uma malha, uma manga comprida na cor rosa,
aparentando 25 anos, segurando uma xícara vermelha, brincando de tomar chá
Figura 1 - A mediação é fundamental para a aprendizagem, principalmente do aluno com deficiência.
Fonte: oliveromg, Shutterstock, 2018.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722011000400016
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com uma criança loira também segurando, com a mão direita, uma xícara
vermelha, e desfocada, afrodescendente a esquerda, ambas aparentando ter 4
anos de idade. Ao fundo espaço colorido, com brinquedos pedagógicos e uma
cerca de proteção azul. 
De acordo com Budel e Meier (2013), Vygotsky ainda acredita que todas as crianças
podem aprender e se desenvolver, considerando que a oferta de ensino seja
apropriada.
Agora que conhecemos a teoria de Vygotsky, iremos entender quanto a
abordagem de Piaget.
2.1.2 A abordagem de Piaget
Para Jean Piaget, a principal característica do desenvolvimento humano é que ele
se dá por fases ou etapas, evoluindo sucessivamente do nascimento até a
maturidade do indivíduo. Esse desenvolvimento possui uma ordem fixa,
acontecendo de forma progressiva a partir da assimilação e da acomodação
(FERNANDES, 2013).
A assimilação se refereà tentativa que a criança faz para buscar respostas ou
soluções para uma determinada situação. Essa tentativa é realizada com base na
estrutura cognitiva diante daquele momento. Já a acomodação está relacionada
com a capacidade de mudança, nas alterações que ocorrem na nossa maneira de
pensar e tentar resolver determinadas situações. É, então, os ajustes que fazemos
ao longo do tempo e de nosso desenvolvimento.
A abordagem de Piaget traz uma visão construtiva sobre o desenvolvimento humano, em que se
descreve as fases em que passamos e a relação destas com a aprendizagem. O autor também faz
apontamentos sobre como podemos melhorar nossa aprendizagem e qual é a visão de mundo que nos
cerca em cada momento da vida. Para se inteirar melhor quanto as teorias de Piaget, o artigo
“Aprendizagem, desenvolvimento e conhecimento na obra de Jean Piaget: uma análise do processo de
ensino-aprendizagem em Ciências”, de Laércio Ferracioli, é uma ótima opção. Você pode ler no link:
<http://rbep.inep.gov.br/index.php/rbep/article/view/1001/975
(http://rbep.inep.gov.br/index.php/rbep/article/view/1001/975)>.
VOCÊ QUER LER?
http://rbep.inep.gov.br/index.php/rbep/article/view/1001/975
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Para Piaget (1994), a inteligência é construída através da interação entre o sujeito e
o meio, e não simplesmente relacionada a uma questão de hereditariedade.
Portanto, o professor precisa saber que, quanto mais suscetível for o ambiente em
que o aluno estiver, mais ele poderá se desenvolver de maneira física, social,
cognitiva e afetiva. Além disso, o autor também menciona que a base biológica é o
passo inicial para o desenvolvimento, mas somente ela não determina como a
criança irá se desenvolver, sendo, então, resultado de um conjunto de interações
entre a estimulação e a maturação (PIAGET, 1994).
Dessa forma, na Educação Especial, assim como no ensino regular, quanto mais a
criança estiver em contato com o meio, interagindo e sendo estimulada, mais
conseguirá se desenvolver e construir novos conhecimentos.
Na sequência, vamos conhecer Wallon e seu pensamento a respeito da temática.
2.1.3 A abordagem de Wallon 
Para Wallon, a evolução da inteligência é de natureza biopsicossocial e acontece
por processo de conflitos e rupturas, sendo que a dimensão biológica é social. É,
portanto, uma teoria dinâmica que aborda a relação entre o domínio e o meio, na
qual as dimensões motora, afetiva e cognitiva estão ligadas entre si (FERNANDES,
2013).
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#PraCegoVer: A fotografia colorida apresenta à esquerda, uma professora
caucasiana, aparentando 25 anos, vestindo uma blusa com listras horizontas
vermelhas e brancas, cabelos presos em um rabo de cavalo, empilhando peças
coloridas de Lego, junto à uma criança caucasiana, aparentando 4 anos, vestindo
uma blusa cor de rosa, cabelos médios castanhos, presos com ima presilha na
franja. Ao fundo, várias folhas de sulfite presas em uma parede branca, com
desenhos coloridos feitos por crianças, mesa e cadeira infantil na cor branca com
blocos de montar coloridos sob a ela. 
Temos, então, que é a partir da manipulação que as crianças desenvolvem o
conhecimento de mundo. Assim, quanto mais a criança explora o meio, mas
desenvolve a dimensão cognitiva, adquirindo novos conhecimentos. Sensações e
Figura 2 - Para Wallon o desenvolvimento acontece por conflitos e rupturas. Fonte: Poznyakov,
Shutterstock, 2018.
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o contato ajudam na percepção, que está ligada diretamente com a imitação. Esta,
por sua vez, é um conjunto de símbolos que possui representações e
possibilidades.
De acordo com as ideias de Wallon, a imitação é uma prática importantíssima no
trabalho com alunos com deficiência, pois é através dela que a criança se
identifica com os modelos sociais, adquirindo novos comportamentos até
incorporar e tomar posse deles (FERNANDES, 2013).
Além da imitação, o trabalho com emoções também é fundamental no processo
de ensino e aprendizagem, principalmente com alunos com deficiência, ou seja,
precisamos fazer a diferença no meio em que estamos inseridos, reagindo as
experiências de maneira a modificar os nossos sentimentos e as pessoas que estão
ao redor. A emoção, então, é uma forma de linguagem que vai se modificando
conforme a criança cresce.
Aliás, a emoção e a inteligência se relacionam frequentemente, sendo necessário
um equilíbrio entre as duas.
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#PraCegoVer: A fotografia apresenta ao centro, um casal de pré-adolescentes,
sorrindo. A menina caucasiana de cabelo castanhos preso com trança está um
pouco a frente, vestindo calça Jeans, camiseta regata branca, top preto por baixo
aparente na regata e patins pretos. O menino caucasiano de cabelo loiro veste
calça jeans, camiseta azul com escrita preta, uma camisa branca de manga curta
sobrepondo a camiseta e patins cinza. Ambos estão andando de patins in-line, em
uma calçada arborizada com uma cerca de arame verde à esquerda. Á direita
gramado e 5 árvores com pintura branca na metade dos troncos. Mais a fundo,
uma mulher caucasiana, sorrindo, aparentando 40 anos, cabelo ruivo preso,
vestindo uma bermuda vermelha e camiseta regata com listras finas e horizontais
nas cores amarela, branca e preta, tênis branco com cadarços pretos e meias
listradas rosa e branca, andando de Skate. Ao fundo desfocado, carros e arvores. 
Figura 3 - A teoria de Wallon propõe que atividades sensitivas sejam trabalhadas na educação. Fonte:
Olesia Bilkei, Shutterstock, 2018.
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Considerando isso, é importante que o professor realize diferentes tipos de
atividades, explorando os sentidos e a emoção do aluno, afinal, a prática de
manter o estudante sentado todo o tempo em uma sala de aula, realizando
atividades repetitivas, não traz resultados positivos no processo de aprendizagem.
Ele precisa ser estimulado para explorar, pesquisar, interagir, emocionar-se e
vivenciar o conteúdo (BUDEL; MEIER, 2013).
Ao trabalhar com alunos com deficiência, é necessário trabalhar de forma a
considerar a integridade do sujeito, visto que a emoção, o ato motor e a
inteligência são campos funcionais que se cruzam e ajudam no desenvolvimento.
Nesse aspecto, a tecnologia dentro das salas de aulas pode ser de grande auxílio.
2.2 Estudos tecnológicos ao alcance de
todos
Será que na Educação Inclusiva podemos manter o mesmo planejamento e plano
de ensino dos alunos regulares? Quais recursos e estratégias são necessários para
ensinar em uma escola inclusiva? Em que a tecnologia pode contribuir nessa
situação?
Para assegurar a inclusão escolar, muitos conceitos foram desenvolvidos ao longo
do tempo. Entre os mais visados estão a acessibilidade, o desenho universal e a
tecnologia assistiva, que buscam garantir o desenvolvimento e a aprendizagem,
tendo como foco o aluno, e não o sistema de ensino. Isto é, busca-se adequar e
atender à necessidade de cada estudante. Para isso, recursos e estratégias foram
desenvolvidos ao longo do tempo, como o aprimoramento da comunicação
alternativa para situações em que o aluno não apresenta a oralidade ou possui
dificuldade para se comunicar; recursos como o Braille, o reglete, os adaptadores,
os acionadores, entre tantos outros que fazem diferença no processo de
aprendizagem e auxiliam na ideia do desenho universal.
2.2.1 Acessibilidade
Aproposta da Educação Inclusiva traz conceitos que favorecem a inclusão, como
adaptação e acessibilidade.
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Entende-se por acessibilidade a garantia do acesso e da permanência do aluno na
escola, visando a qualidade e eficácia da intervenção e da aprendizagem no
sistema educacional (BUDEL; MEIER, 2013).
A escola inclusiva deve organizar espaços para que o aluno com deficiência tenha
acessibilidade dentro da escola, principalmente na aprendizagem. Dessa forma, o
termo vai além de banheiros adaptados e rampas de acesso. A maior barreira da
escola tradicional é a falta de acesso ao conhecimento pela incapacidade de o
professor adaptar e flexibilizar o currículo.
“Acessibilidade na Escola Inclusiva: Tecnologias, Recursos e o Atendimento Educacional Especializado”,
de Rosimar Bortolini Poker, Marcelo Tavell a Navega e Sônia Petitto, traz aspectos relacionados à
acessibilidade na Educação Inclusiva. Na obra, os autores mencionam diferentes estratégias e práticas
pedagógicas na busca por acessibilidade e inclusão para todos os alunos, a partir de recursos,
tecnologia e opções para o trabalho com alunos cegos, surdos, com deficiência intelectual, entre
outros. Vale a pena tirar um tempo para a leitura:
<https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/af-v4_colecao_poker_navega_petitto_2012-pcg.pdf
(https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/af-v4_colecao_poker_navega_petitto_2012-
pcg.pdf)>.
Nesse sentido, Rodrigues (2006) nos explica que o conceito de acessibilidade deve
ser incorporado aos conteúdos curriculares, visto que adaptações sempre serão
necessárias. Essa adaptação, portanto, pode acontecer em diferentes âmbitos —
arquitetônico, metodológico, instrumental —, mas o importante é buscar
estratégias e recursos para garantir a aprendizagem desses indivíduos, visto que é
o princípio da escola inclusiva.
A adaptação também se relaciona aos conceitos de desenho universal e tecnologia
assistiva. Vamos conhecer sobre eles a partir de agora.
2.2.2 Desenho universal
VOCÊ QUER LER?
https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/af-v4_colecao_poker_navega_petitto_2012-pcg.pdf
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A ideia do design universal surgiu nos Estados Unidos, na década de 1970, após a
aprovação da Lei de Reabilitação Profissional, que buscava proibir qualquer tipo
de discriminação relacionada à deficiência. O conceito ganhou aspecto
educacional nos anos de 1980, ainda nos Estados Unidos, em uma organização
sem fins lucrativos formada por pesquisadores que exploravam tecnologias, a fim
de oferecerem as pessoas com deficiência uma melhor qualidade de vida (BUDEL;
MEIER, 2013).
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#PraCegoVer: A fotografia colorida mostra uma fila de 10 estudantes caucasianos
ao centro, com os 5 primeiros aparentando 6 anos e os 5 restantes aparentando 14
anos, os 2 primeiros estão eretos, enquanto os restantes estão com o corpo
inclinado, um para a direita e outro para a esquerda sucessivamente. A primeira
criança veste bermuda azul marinho e camisa quadriculada azul e branca, ele está
Figura 4 - O desenho universal é uma possibilidade de os alunos com deficiência se desenvolverem a
partir da educação. Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2018.
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com os 2 braços indicando o lado esquerdo, com um leve sorriso. Seus olhos são
azuis e cabelo loiro. A segunda criança está vestindo tênis preto de velcro,
bermuda bege e camiseta regata com listras marrom, branca e azul clara, cabelo e
olhos castanhos e sorriso forçado. A terceira criança usa camisa branca com linhas
azuis perpendiculares, calça jeans larga e tênis preto de velcro, está olhando com
canto de olho para o colega inclinado mais à direita. Os demais, todos possuem
cabelos e olhos castanhos, usam camisetas nas cores, azul, vermelho, branca e
azul marinho, cada um com uma das cores. Ao fundo, uma parede branca com
uma lousa verde com moldura em madeira, e chão de madeira clara. 
O desenho universal elimina do sistema educacional ideias advindas da
segregação, que tenham caráter de tutela ou separação. Assim, valoriza os
ambientes e recursos que possibilitam a aprendizagem e o desenvolvimento,
sendo pautada na acessibilidade, buscando a participação de todos. Dessa
maneira, o professor deverá buscar alternativas pedagógicas e diferentes recursos
para atender a demanda, oferecendo diferentes formas de acesso ao currículo e
estilos de aprendizagem (BUDEL; MEIER, 2013).
Na perspectiva do desenho universal, nenhum aluno pode ser segregado ou
deixado para trás, pois todas as diferenças (seja uma deficiência ou relacionada à
ideologia, classe econômica, entre outras) devem ser respeitadas e consideradas
como parte do projeto educacional, quebrando a barreira do currículo único e do
aluno ideal.
Essas práticas, portanto, devem ser estudadas e conhecidas pelos educadores,
bem como oferecidas em todas as escolas que possuem como base a Educação
Inclusiva. Assim, a tecnologia assistiva também possui papel fundamental nessa
mudança. Vamos conhecer mais sobre ela com o próximo item.
2.2.3 Tecnologia assistiva
As tecnologias assistivas se referem a serviços, recursos e práticas que auxiliam na
acessibilidade da pessoa com deficiência, garantindo a igualdade de
oportunidade independente diante da sua limitação.
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O vídeo “Tecnologia assistiva”, da TV Brasil, traz uma entrevista com três convidados que debatem a
respeito da tecnologia assistiva na educação. O vídeo ainda apresenta a definição do tema e exemplos
práticos e reais sobre o conceito. Você pode assistir o vídeo completo em:
<https://www.youtube.com/watch?v=8z_HTGMxf6A (https://www.youtube.com/watch?
v=8z_HTGMxf6A)>.
Um simples objeto pode ser considerado parte da tecnologia assistiva e auxiliar o
aluno em sua aprendizagem. Recursos como sensores, acionadores e tela touch
screen também são opções nesse quesito. O importante é que o recurso facilite a
aprendizagem, principalmente dos alunos com deficiência, sendo compreendida
como uma ferramenta no auxílio da realização da atividade.
A tecnologia assistiva é um conceito interdisciplinar que envolve vários
profissionais e aspectos, favorecendo desde questões de saúde até educação, com
o objetivo de promover a funcionalidade e garantir a participação do indivíduo
com deficiência nas atividades sociais. O uso do recurso pode trazer benefícios
relacionados as habilidades do cotidiano e até projetos arquitetônicos, recursos
tecnológicos, órteses e próteses, adaptações, entre tantos outros.
VOCÊ SABIA?
No Brasil, existe um site organizado com informações, pesquisas e sugestões pedagógicas para
livre acesso da população sobre a tecnologia assistiva, intitulado “Assistiva: Tecnologia e
Educação”. Além disso, a página também traz conteúdos para serem trabalhados com o aluno com
deficiência em relação à comunicação alternativa e ao desenho universal. Para saber mais a
respeito do site, acesse: <http://www.assistiva.com.br/index.html
(http://www.assistiva.com.br/index.html)>.
VOCÊ QUER VER?
https://www.youtube.com/watch?v=8z_HTGMxf6A
http://www.assistiva.com.br/index.html
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A tecnologia assistiva é uma alternativa paragarantir uma escola inclusiva,
possibilitando equiparação na possibilidade de aprendizagem. Quanto mais
simples e objetivo for o recurso, mas eficiente será o trabalho com a pessoa com
deficiência, minimizando a chance de fracasso ou o risco de erro na execução.
Dessa forma, gera-se um mínimo esforço, tendo todo o foco na aprendizagem.
Ao se falar de escola inclusiva, muitos conceitos estão envolvidos na tentativa de
colocar em prática a inclusão e assegurar o direito de todos, mas, além disso,
normativas, pareceres e leis também são necessários. Por isso, o educador precisa
conhecer essas legislações para oferecer um ensino adequado.
2.3 Parâmetros curriculares nacionais:
adaptações e estratégias
A inclusão escolar é um conceito recente que o Brasil está buscando colocar em
prática, a partir de legislações, pareceres, capacitações docentes e discussões. A
ideia é garantir não somente o acesso à rede regular de ensino, mas a efetiva
inclusão com a garantia de adaptações e estratégias adequadas para atender as
pessoas com necessidades especiais. Nesse sentido, alguns documentos podem
ser considerados fundamentais para a efetivação da escola inclusiva, como a
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de
2008.
Com essa perspectiva, podemos observar um aumento considerável de alunos
com necessidades especiais ingressando na escola regular nos últimos anos. Esse
fato coloca em evidência as especificidades do trabalho pedagógico diante das
características do novo público.
Na Educação Inclusiva, o currículo pode ser adaptado e flexível, e a
responsabilidade pela adaptação curricular é de toda a escola, que deve dar
suporte e apoio ao professor que atua diretamente na sala regular. Isso porque
cabe à escola organizar, adquirir recursos e dar possibilidades de aprendizagem ao
estudante com deficiência, embora essa adaptação se concretize na atuação do
professor da sala regular.
2.3.1 O que é a adaptação curricular?
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O currículo a ser desenvolvido com o aluno não deve ser diferente, visto que a
adaptação se caracteriza pelos ajustes que o aluno precisa para aprender de forma
efetiva. Por exemplo, um aluno com deficiência física que possui dificuldades
motoras nos membros superiores pode não conseguir segurar o lápis para
escrever, mas pode usar um engrossador que facilite a preensão do objeto, um
computador ou, ainda, trabalhar oralmente enquanto outra pessoa escreve o que
ele fala.
VOCÊ SABIA?
A adaptação é um direito do aluno, por isso, deve ser realizada pelo professor da sala de aula
regular, juntamente com o professor especialista. Existem muitas possibilidades e maneiras de
fazer as adaptações, dependendo da necessidade do aluno. Dessa forma, o professor poderá
recorrer aos recursos de tecnologia assistiva (recursos tecnológicos que garantem o acesso da
pessoa com deficiência) ou à comunicação alternativa (para alunos que apresentam alguma
deficiência na fala, existem estratégias que podem ser utilizadas, como o uso de figuras e a
elaboração de pranchas de comunicação com figuras específicas).
Dentro desse contexto, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, a
adaptação curricular 
[...] consiste em estratégias e critérios de situação docente, admitindo decisões que
oportunizam adequar a ação educativa escolar às maneiras peculiares de
aprendizagem dos alunos, considerando que o processo de ensino-aprendizagem
pressupõe atender à diversificação de necessidades dos alunos na escola. (BRASIL,
1997, p. 15).
Para adaptar um currículo é preciso conhecer o aluno, avaliar as competências
dele (habilidades de comunicação, sociais, para brincar, motoras, de
processamento visual e auditivo, estereotipias ou aprendizagem acadêmica),
estabelecer metas e avaliar e reavaliar continuamente.
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#PraCegoVer: A fotografia apresenta uma sala de aula. À esquerda e ao fundo, um
estudante caucasiano, vestindo uma camiseta azul, em sua frente, uma estudante
caucasiana, com duas tranças nos loiros cabelos, vestindo uma camisa verde, que
tem à sua frente, uma estudante caucasiana, também com tranças em seus
cabelos, vestindo uma blusa preta. Os 3 estudantes estão de costas para a
fotografia, sentados em suas carteiras de madeira clara, com seus braços direitos
levantados. Sobre a carteiras, há livros e canetas. Ao fundo, desfocado uma
professora caucasiana escreve com giz branco em uma lousa verde. 
É fundamental pontuar que a adaptação curricular não significa desenvolver um
currículo diferente com o aluno público-alvo da Educação Especial (PAEE),
[...] mas um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda
realmente a todos os educandos. Nessas circunstâncias, as adaptações curriculares
implicam a planificação pedagógica e as ações docentes fundamentadas em
Figura 5 - A adaptação curricular depende do plano de ensino individualizado. Fonte: Oksana Kuzmina,
Shutterstock, 2018.
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critérios que definem o que o aluno deve aprender; como e quando aprender; que
formas de organização do ensino são mais eficientes para o processo de
aprendizagem; como e quando avaliar o aluno. (BRASIL, 1997, p. 33).
Sendo assim, adaptar o currículo significa fazer ajustes e modificações para
atender as necessidades de cada aluno, favorecendo a aprendizagem e garantindo
o sucesso escolar.
A seguir, vamos conhecer os tipos de adaptações curriculares.
2.3.2 Tipos de adaptações curriculares
De acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica, as adaptações podem ser de grande ou de pequeno porte.
As adaptações de grande porte se referem as instâncias político-administrativas
de âmbito municipal, estadual ou federal, que envolvem demanda financeira ou,
até mesmo, mudanças arquitetônicas, aquisição de meios de transporte ou outro
recurso necessário para assegurar a presença do aluno em sala de aula. Já as
adaptações de pequeno porte se referem as questões pontuais e estão
relacionadas a ações docente de ajustes no contexto da sala de aula (BRASIL,
2001).
A cartilha “Projeto Escola Viva: garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola:
necessidades educacionais especiais dos alunos”, traz o conceito de adaptação curricular, explicando
detalhadamente a postura do professor diante dessa necessidade. A cartilha também elenca quais
aspectos o professor deve levar em consideração, como flexibilidade e conhecimento do aluno. O
material também traz ideias e sugestões para o trabalho. Você pode ler através do link:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/construindo.pdf
(http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/construindo.pdf)>.
Dessa forma, a adaptação curricular pode acontecer de diferentes formas:
VOCÊ QUER LER?
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/construindo.pdf
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Adaptação do objetivo da atividade: adequar o objetivo da atividade
realizada com a turma quanto as especificidades do aluno PAEE. Por
exemplo, ao trabalhar a escrita de frases com a turma, o educador pode
focar na escrita de palavras com o aluno que está no início da alfabetização.
Adaptação do conteúdo: adequar a sequência em que o conteúdo é
trabalhado. Por exemplo, o professor pode trabalhar os componentes de
uma história (personagem, narrador e enredo) com a criança em início da
alfabetização, ajudando-a a formar palavras que compõem a história.
Adaptação da atividade: adequar a atividadeao aluno, desenvolvendo o
mesmo conteúdo, só que de forma diferente. Por exemplo, ao trabalhar
interpretação de texto com a turma, ela pode ser realizada a partir de um
questionário escrito, em que o professor pode pedir ao aluno PAEE que
ainda está no processo de aquisição de escrita que responda as perguntas
oralmente ou aponte as imagens ou palavras do texto (BRASIL, 1997).
Além disso, as adaptações poderão ocorrer no Plano Municipal de Educação e no
Projeto Pedagógico, no plano de ensino ou, até mesmo, no programa de ensino
individualizado.  As adaptações que acontecem no Projeto Pedagógico têm como
objetivo a organização escolar e a busca por serviços de apoio para atender o
aluno público-alvo da Educação Especial. Assim, é possível proporcionar
condições para que o estudante chegue até à escola e permaneça, sendo capaz de
aprender.
Antes de se pensar, portanto, nas adaptações do plano de ensino, é preciso
garantir condições físicas adequadas, mobiliário específico se for o caso e
equipamentos e recursos adequados para a necessidade do aluno. É necessário
pensar, também, na formação continuada do professor e demais profissionais que
se relacionam com o estudante.
No decorrer das aulas é preciso considerar a forma como o aluno PAEE será
avaliado, considerando as necessidades de adaptação também na avaliação. Isso
porque de nada adianta adaptar a aula (objetivo, conteúdo e atividades) e oferecer
ao estudante o mesmo tipo de avaliação realizada pelos alunos regulares.
Também é interessante considerar o ritmo de aprendizagem dos alunos com
deficiência, visto que estes, muitas vezes, precisam de um tempo maior para
aprender e para realizar uma atividade, uma vez que necessitam de recursos ou
tecnologias assistivas.
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A seguir, vamos compreender sobre as diferenças entre os transtornos, as
deficiências e as dificuldades de aprendizagem. Afinal, com esse conhecimento, é
possível oferecer uma educação direta para as necessidades de cada aluno.
2.4 Transtornos, deficiências e
dificuldades de aprendizagem
As dificuldades e os transtornos de aprendizagem são temas estudados por várias
ciências, de abordagem pluri e interdisciplinar, envolvendo concepções e teorias
diversas. Contudo, de maneira geral, podemos afirmar que ambos estão
diretamente relacionados ao rendimento acadêmico insuficiente. É, portanto, um
assunto presente na vida dos professores, notado em sala de aula e nos índices
das avaliações elaboradas pelo Ministério da Educação (MEC), como a Prova Brasil
e o Enem.
O baixo desempenho acadêmico pode ser causado por diferentes fatores, como
uma dificuldade momentânea ou uma deficiência ou alteração no sistema
nervoso do estudante. Dessa forma, conhecer a origem do baixo desempenho
escolar é muito importante para o educador saber qual é o melhor
direcionamento de intervenção.
Nesse contexto, ao longo dos anos, estudos foram realizados na tentativa de
diferenciar a dificuldade de aprendizagem, o transtorno de aprendizagem e a
deficiência em si, não somente para rotular ou fechar um diagnóstico, mas para
buscar a elaboração de estratégias de intervenção mais eficientes para cada
situação. Na sequência, iremos analisar as características de cada tipo de
dificuldade.
2.4.1 Dificuldade de aprendizagem
Diferentes olhares são possíveis para a dificuldade de aprendizagem, seja pela
perspectiva psicológica, neurológica, fisiológica e sociológica, seja a partir de
abordagens com o aluno, seu ambiente familiar, social ou escolar.
Nas décadas de 1960 e 1970, o olhar era voltado especificamente para o aluno,
sendo ele o único responsável pelo fracasso da vida acadêmica. No entanto, a
partir dos anos de 1980, outros fatores passam a ser considerados em relação à
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dificuldade de aprendizagem, como questões escolares, ambientais e o próprio
sistema de ensino. Patto (1999), inclusive, enfatiza em seus estudos a influência do
sistema de ensino no fracasso escolar, sendo consequência de um sistema
inadequado e excludente.
Dessa forma, a compreensão das dificuldades de aprendizagem envolve a
interação entre fatores intra e extraescolares, como a intervenção pedagógica, a
formação do professor e as questões sociais, ambientais e familiares, além de
aspectos políticos e econômicos.
A seguir, observaremos um caso prático que nos coloca frente a essas dificuldades
no dia a dia do professor.
SO
fessora em uma escola pública e leciona para o terceiro ano do Ensino Fundamental I. Na turma, existem
que ainda não dominaram o princípio alfabético. Em uma conversa com a coordenadora pedagógica,
ciona que os estudantes apresentam muita dificuldade e que ela não sabe se é uma deficiência, um
ou somente uma dificuldade de aprendizagem.
dora, então, orienta Paula a fazer uma avaliação para saber exatamente em que os alunos apresentam
. Após essa avaliação, poderá ser traçado um plano de ensino sistematizado para auxiliá-los. Além disso, a
ora irá chamar a família para uma reunião, a fim de expor a situação dos alunos e conhecer um pouco
e o histórico das crianças (verificando rotinas de estudo, se realiza acompanhamento com outros
is ou se houve alguma alteração no dia a dia dessas crianças nos últimos meses). Essa preocupação se dá,
orque uma separação, por exemplo, poderá afetar por um período a aprendizagem da criança, e esta
a ajuda de outros profissionais.
ses após o contato com a família e a realização da intervenção sistematizada, percebeu-se que dois alunos
ma excelente melhora e já estão quase acompanhando o conteúdo no ritmo dos demais colegas. Dessa
e-se verificar que eles apresentavam uma dificuldade de aprendizagem. Contudo, o aluno que não
melhoras, após uma nova reunião com a família, foi encaminhado para uma avaliação médica e
, a fim de verificar a possibilidade de um transtorno ou deficiência.
A dificuldade de aprendizagem, então, pode indicar que existe alguma alteração
no rendimento acadêmico do aluno. No entanto, é importante ressaltar que a
maneira como se aprende e o ritmo de aprendizagem varia de acordo com cada
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estudante, dependendo da sua motivação, dos seus interesses e outros aspectos
que podem se tornar influência.
Há uma confusão terminológica em relação à dificuldade de aprendizagem e ao
transtorno de aprendizagem, gerada devido à complexidade de se diferenciar
quando o problema do aluno é causado por um motivo cognitivo, socioeconômico
cultural, afetivo, de origem genética etc. Para compreendermos essa diferença,
vamos para o item a seguir.
2.4.2 Transtorno de aprendizagem
A dificuldade de aprendizagem é causada por condições extrínsecas à criança,
como fatores ambientais, metodologia de ensino, fatores afetivos e emocionais,
condições socioeconômicas, entre outros. O transtorno de aprendizagem, por
outro lado, é causado por fatores intrínsecos à criança (fatores genético-
neurológicos), podendo ter como causa principal alterações do sistema nervoso
central. Esses transtornos são capazes de comprometer o desenvolvimento da
criança, gerando uma inabilidade específica (ROTTA et al., 2016).
A sigla DSM–5 se refere aos transtornos de aprendizagem, como do
neurodesenvolvimento, sendo chamados de transtornos específicos de
aprendizagem (American Psychiatry Association, 2014). Alguns sinais são
destacados nesse caso, como a leitura de palavras de forma lenta, imprecisa ou
incorreta; dificuldade de soletração, compreensão e inferências; dificuldade na
ortografia (observando casos de adição, omissão ou substituição de letras); erros
de gramática e pontuação; e dificuldade para dominar sensonumérico e
raciocínio. 
O “Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5” foi criado pela Associação
Americana de Psiquiatria. O livro está, atualmente, em sua quinta edição e tem por objetivo classificar e
determinar os critérios sobre os transtornos mentais, na tentativa de padronizar os termos utilizados
pelos profissionais. O manual também traz uma descrição dos principais sintomas relacionados aos
transtornos mentais. Você pode ler o manual na íntegra através do link:
<https://aempreendedora.com.br/wp-content/uploads/2017/04/Manual-Diagn%C3%B3stico-e-
VOCÊ QUER LER?
https://aempreendedora.com.br/wp-content/uploads/2017/04/Manual-Diagn%C3%B3stico-e-Estat%C3%ADstico-de-Transtornos-Mentais-DSM-5.pdf
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Estat%C3%ADstico-de-Transtornos-Mentais-DSM-5.pdf (https://aempreendedora.com.br/wp-
content/uploads/2017/04/Manual-Diagn%C3%B3stico-e-Estat%C3%ADstico-de-Transtornos-Mentais-
DSM-5.pdf)>.
O principal período para observar os sintomas de transtornos é nos anos de
escolaridade formal, quando o aluno pode apresentar dificuldades persistentes e
prejudiciais nas habilidades acadêmicas de leitura, escrita ou matemática.
Agora que entendemos a diferença entre a dificuldade e os transtornos de
aprendizagem, vamos nos aprofundar quando a deficiência.
2.4.3 Deficiência
Entende-se que a deficiência é a condição da pessoa que tem um impedimento,
como uma lesão no aparelho visual ou uma parte do corpo faltante. Podemos
perceber, então, que essa deficiência causa impedimento, limitação, perda ou
anormalidade. É importante ressaltar, contudo, que a palavra “deficiência” tem
um significado diferente de incapacidade ou desvantagem. A incapacidade se
refere à restrição ou falta de habilidade da pessoa para realizar determinada
tarefa; já a desvantagem está relacionada a uma diferença de oportunidade entre
o indivíduo e o grupo no qual ele está inserido, ou seja, é a visão social de uma
incapacidade ou deficiência. A deficiência, por sua vez, é uma alteração nas
funções psicológicas, fisiológicas ou anatômicas do ser humano.
A visão de que a deficiência é causada por um fator genético, de âmbito
patológico, ficou conhecida ao longo dos anos como o modelo médico para
entender a deficiência, encarando-a como uma desvantagem natural, ou seja, uma
tragédia pessoal que impossibilita a pessoa de atingir a normalidade. Na década
de 1980, esse modelo começa a ser questionado, dando lugar à ideia da
necessidade de ajustes e adequações sociais para acolher e integrar todos na
sociedade, vendo-a como opressora (FERNANDES, 2013).
O documento “Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e
Desvantagens: um manual de classificação das consequências das doenças” é um
dos mais importantes, o qual normatiza e direciona a definição de deficiência,
classificando as condições decorrentes de cada caso. Além disso, temos, também,
a Lei Brasileira de Inclusão (Lei n. 13.146/2015), que estabelece em seu art. 2: “[...]
https://aempreendedora.com.br/wp-content/uploads/2017/04/Manual-Diagn%C3%B3stico-e-Estat%C3%ADstico-de-Transtornos-Mentais-DSM-5.pdf
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considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, podendo obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade”. 
Para que as escolas sejam, de fato, inclusivas, de acordo com Rodrigues (2006), é
preciso que assumam uma postura de valorização das diferenças e que vejam na
diferença a oportunidade de criar novas situações para o desenvolvimento e a
aprendizagem, a partir da utilização de recursos e estratégias.
Ao longo dos anos, o conceito de deficiência foi evoluindo e refletindo no trabalho
e tratamento para com as pessoas com deficiência. Isso mostra que a inclusão está
acontecendo, e que, em muitos casos, essas pessoas são capazes de levar uma
vida sem barreiras e com situações adequadas para sua necessidade.
Síntese
Compreender o processo de aprendizagem permite entender melhor quanto as
estratégias e recursos para utilizá-los na intervenção junto aos alunos. Assim,
neste capítulo, pudemos compreender quanto as causas de baixo rendimento
acadêmico, como aspectos relacionados ao meio ou a maneira de ensino, assim
como aspectos relacionados à questão biológica do aluno.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
compreender as principais teorias sobre o desenvolvimento da
aprendizagem humana;
reconhecer a possibilidade do uso de diferentes recursos para o ensino do
aluno com deficiência;
entender as diferentes maneiras de fazer uma adaptação curricular;
reconhecer as diferenças entre dificuldade de aprendizagem, transtorno de
aprendizagem e deficiência.
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21/04/2022 18:12 Educação Inclusiva
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https://www.youtube.com/watch?v=8z_HTGMxf6A

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