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Etap� Bioquímic� d� Fot�ssíntes� ● A produção de grandes compostos orgânicos é resultante do metabolismo fotossintético do carbono catalisado por uma enzima rubisco, sustentado pela etapa fotoquímica da fotossíntese. Ao catalisar a fixação do CO2 atmosférico a rubisco desencadeia uma rede de reações bioquímicas que geram carboidratos, proteínas e lipídios. ● As plantas apresentam algumas particularidades que as classificam em três diferentes tipos de metabolismos fotossintéticos: C3, C4 e MAC; O ciclo C3 é comum a todos os organismos fotossintéticos. ● A etapa bioquímica gera ADP e o NADP+ que serão utilizados como substrato na produção de ATP e NADPH na etapa fotoquímica (interdependentes). ● NÃO HÁ ETAPA BIOQUÍMICA SEM LUZ; Necessidade do ATP e NADPH gerados na etapa fotoquímica e funcionamento de enzimas ativadas por luz. ➔ Metabolismo C3: ● O primeiro produto formado no ciclo é um ácido orgânico de 3 carbonos; ● O ciclo C3 é dividido em 3 fases: Carboxilação da ribulose 1,5 bifosfato (RuBP), fase de redução ( moléculas de 3-fosfoglicerato são reduzidas formando os primeiros açúcares do ciclo) e a Regeneração do aceptor inicial (a RuBP). ● O ciclo C3 se auto sustenta— Quanto maior a velocidade de formação da RuBP, maior a sua capacidade de fixação de CO2 ● A rubisco é uma enzima bifuncional— Catalisa tanto a carboxilação como a oxigenação do seu substrato, a pentose RuBP; Enquanto a carboxilação resulta em somente duas moléculas de um ácido orgânico de 3 carbonos ( o 3-fosfoglicerato), a oxigenação da RuBP conduz à produção de 1 molécula de 3-fosfoglicerato e outra de 2-fosfoglicolato. ● O que determina se a reação ocorrerá com um ou outro é a quantidade de oxigênio e gás carbônico presentes no ambiente, porém a reação de carboxilase ocorre 3 vezes mais rápido. ➢ Ciclo C2: FOTORRESPIRAÇÃO ● A ação oxigenase da rubisco consome oxigênio e libera CO2 em folhas fotossinteticamente ativas. ● Destinação metabólica do 2-fosfoglicolato recuperando parte do carbono que seria perdido— A cada duas moléculas de glicolato (4 carbonos) gerados pela rubisco, 3 carbonos retornam para o ciclo C3 enquanto um carbono é efetivamente perdido em forma de CO2. ● O ciclo C3 gera ganho de carbono reduzido (carboidrato) a partir da fixação do CO2, e o ciclo C2 promove a perda de carbono reduzido a partir da fixação de O2. Os dois ciclos operam em sentidos opostos. ● O ciclo C2 atua como um sistema de proteção das plantas submetidas a estresse hídrico,e também atua como dreno do excesso de ATP e NADPH evitando danos aos aparelhos fotossintéticos (formação de espécies reativas de oxigênio). ➔ Metabolismo C4: ● Anatomia Kranz: Anatomia foliar onde células da bainha perivascular são arranjadas em um anel que circunda os tecidos vasculares. ● Separação anatômica dos processos de fixação de CO2 atmosférico e a sua incorporação ao ciclo C3 nas células do mesofilo e a assimilação do CO2 nas células da bainha do feixe vascular— Impede que o CO2 presente nas bainhas se difunda para as células do mesofilo. ● Nas plantas C4 o CO2 é convertido em HCO3- (íon bicarbonato) nas células do mesofilo, antes de serem fixadas pela Fosfoenolpiruvato (PEPcase). ❖ PEPcase: Atua apenas como carboxilase, é mais eficiente que a rubisco podendo carboxilar ainda que a disponibilidade de CO2 seja muito baixa. ❖ Nas folhas das plantas C4 a atividade da PEPcase pode atingir valores centenas de vezes maiores do que os valores encontrados nas folhas das plantas C3, ou nos demais tecidos da própria planta. ● O ciclo C4 pode ser dividido em 4 fases: Carboxilativa primária, Descarboxilativa, carboxilativa secundária e fase regenerativa. ❖ Fase carboxilativa primária: O CO2 atmosférico é fixado no citoplasma das células do mesofilo por meio da reação catalisada pela PEPcase, dando origem ao ácido oxaloacético. ❖ Fase descarboxilase: Oxaloacetato é convertido em malato ou aspartato através de reações de redução ou transaminação. Após a formação do malato ou aspartato (4 carbonos), eles são exportados para as células da bainha perivascular onde são submetidas a reações de descarboxilação. ❖ Fase carboxilativa secundária: Incorporação das moléculas de CO2 geradas pela descarboxilação no Ciclo C3 nos cloroplastos das células da bainha do feixe vascular. ❖ Fase regenerativa: Regeneração da molécula aceptora primária da carboxilação primária, o Fosfoenolpiruvato (PEP) a partir do retorno do produto de 3 carbonos para as células do mesofilo. ● As Plantas C4 são eficientes na realização da fotossíntese pois a enzima alcança metade da velocidade máxima com uma quantidade reduzida de HCO3- ● São plantas adaptadas a condições de intensidade luminosa e temperaturas elevadas e possuem boa tolerância a estresse hídrico. ➔ Metabolismo ácido das crassuláceas (MAC- CAM) ● Mecanismo fotossintético concentrador de CO2, selecionado em resposta à aridade do ambiente terrestre e a limitação na disponibilidade de CO2 em ambientes aquáticos (competição com organismos fotossintéticos). ● PLANTAS MAC FACULTATIVAS: Apresentam o mecanismo MAC em determinadas condições ambientais e em outras apresenta o metabolismo C3. ● DIFERENÇA ENTRE C4 E MAC: C4 - Separação espacial, fixação do CO2 no mesofilo foliar e assimilação no ciclo C3na bainha perivascular; MAC- Separação temporal, fixação do CO2 atmosférico noturna (processo de carboxilação; abertura dos estômatos)e assimilação no ciclo C3 diurna (descarboxilação) ● O CO2 é fixado e acumulado nos vacúolos na forma de malato– A acidez celular vai aumentando durante a noite e o Ph dos vacúolos aumentam de dia. ● À noite o amido acumulado durante o dia nos cloroplastos é hidrolisado para gerar PEP que é carboxilado pela PEPcase e gerando malato que se acumula nos vacúolos. ● Fixação noturna: Diminui a perda d´água — diferença de pressão de vapor de água entre as folhas e a atmosfera é menor.
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