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LAUANA GOMES – MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ p. 1 IMUNOLOGIA - 3 Desenvolvimento dos Linfócitos Ativação dos linfócitos T e B; Produção de anticorpos RECEPTORES DOS LINFÓCITOS T O que corre dentro do linfócito T a partir do momento que ele reconhece o MHC COMPLEXO RECEPTOR DA CÉLULA T (TCR): composto pelo receptor da célula T (o que se liga direto do epítopo), o CD3 e o sigma • Receptor que se liga diretamente ao epítopo envia sinais de transdução para os correceptores (CD3 e sigma) à esses correceptores enviam sinais para dentro da célula que desencadeiam cascatas de reações que ativam genes que culminam com a ativação do linfócito T • Isso ocorre em TCD4 e TCD8 RECEPTOR DA CÉLULA T: composto por 2 cadeias (alfa e beta), em que cada uma possui uma região variável e uma região constante • Chamado de receptor alfa beta • Região variável: pequenas porções das cadeias onde ficam as regiões hipervariáveis, as quais são as que variam de fato (o que diferencia um receptor do outro quanto ao antígeno que ele reconhece) o Regiões hipervariváveis: chamadas de CDR (regiões determinantes da complementaridade). Elas quem determinam se aquele receptor vai se ligar com aquele antígeno ou não o Existem 3 regiões hipervariáveis na região variável: CDR1, CDR2 e CDR3 LAUANA GOMES – MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ p. 2 § CDR3 é a mais variável e mais determinante, pois é a que envia sinais mais potentes para a ativação do linfócito • Existem linfócitos T que não possuem receptores alfa beta, mas sim gama e delta, os quais são menos variáveis e conseguem reconhecer diretamente um antígeno sem apresentação do MHC (reconhecem, portanto, antígenos que não são proteicos) • Região constante: igual em todo mundo e em todos os linfócitos DESENVOLVIMENTO DO REPERTÓRIO IMUNLÓGICO (LINFÓCITOS B E T) Como previsto na teoria da seleção clonal, existem muitos clones de linfócitos com especificidades distintas, talvez mais que 109, e esses clones surgem antes do encontro com o antígeno. Não há genes suficientes no genoma humano para que cada possível receptor seja codificado por um gene diferente. De fato, o sistema imune desenvolveu mecanismos para gerar receptores antigênicos de um número limitado de genes herdados, e a geração da diversidade dos receptores está intimamente ligada ao processo de maturação dos linfócitos B e T. O desenvolvimento dos linfócitos a partir de células-tronco da medula óssea envolve compromisso de progenitores hematopoiéticos para a linhagem celular B ou T, a proliferação destas células progenitoras, o rearranjo e a expressão de genes de receptores antigênicos, e eventos de seleção para identificar e expandir as células que expressam os receptores antigênicos potencialmente úteis O comprometimento da célula B ou das linhagens celulares T está associado a alterações nos progenitores linfoides comuns da medula óssea. Estas alterações incluem a ativação de vários fatores de transcrição específicos da linhagem e acessibilidade aumentada dos genes de Ig e TCR para a maquinaria de recombinação genética Linfócitos imaturos passam por uma proliferação em vários estágios durante sua maturação. à estimulada pela IL-7, produzida por células estromais da MO e do Timo. (isso acontece antes da produção do receptor) inda, maior expansão proliferativa das linhagens celulares B e T ocorre após os linfócitos em desenvolvimento concluírem o rearranjo dos primeiros genes do receptor antígeno e criarem um receptor de pré-antígeno. Este passo é um ponto de verificação da qualidade no desenvolvimento dos linfócitos que garante a preservação de células com receptores funcionais. Os receptores de antígenos são codificados por vários segmentos gênicos que são separados uns dos outros na linhagem germinativa e se recombinam durante a maturação dos linfócitos. A diversidade é gerada durante o processo de recombinação, principalmente pela variação na sequência de nucleotídios nos locais da recombinação. Os linfócitos são selecionados em vários estágios durante o processo de maturação, de modo a preservar sua capacidade funcional. A seleção é baseada na expressão dos componentes intactos dos receptores de antígenos e como eles são reconhecidos. Células T imaturas são selecionadas para reconhecer as moléculas de MHC próprias no timo. Este processo, chamado de seleção positiva, assegura que as células completem a maturação e sejam capazes de reconhecer antígenos indicados pelas mesmas moléculas MHC nas APC Células B ou T fortemente autorreativas são eliminadas para evitar o desenvolvimento de respostas autoimunes; este processo é chamado de seleção negativa. A formação de genes funcionais que codificam os receptores antigênicos de linfócitos B e T é iniciada pela recombinação somática dos segmentos de genes que codificam para as regiões variáveis dos receptores, e a diversidade é gerada durante esse processo. As células-tronco hematopoiéticas da medula óssea e os progenitores linfoides iniciais contêm genes de Ig e TCR na sua configuração herdada ou na linhagem germinativa. LAUANA GOMES – MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ p. 3 Nessa configuração, os loci da cadeia pesada e da cadeia leve da Ig e os loci das cadeias a e b do TCR contêm múltiplos genes de regiões variáveis (V), numerados até algumas centenas, e um ou alguns genes de regiões constantes (C) Entre os genes V e C existem grupos de várias sequências de codificação curtas, chamadas de segmentos gênicos de diversidade (D) e de junção (J). à Todos os loci de receptores de antígenos contêm genes V, J e C, mas somente as cadeias pesadas de Ig e os loci b do TCR também contêm segmentos gênicos D. A recombinação somática de segmentos genéticos V e J, ou deV,DeJ,émediada por uma enzima linfoide-específica, recombinase VDJ, e enzimas adicionais, a maioria das quais não são linfócito-específicas e estão envolvidas nas quebras no DNA de dupla- hélice. A recombinase VDJ é constituída pelas proteínas do gene de ativação da recombinase 1 e 2 (RAG-2 e RAG-1). Ela reconhece sequências de DNA que flanqueiam todo o receptor de antígeno e os segmentos genéticos V, D, J. Como resultado desse reconhecimento, a recombinase liga dois segmentos gênicos Ig ou TCR próximos e juntos e cliva o DNA em lugares específicos. A diversidade dos receptores de antí- genos é produzida pelo uso de diferentes combinações de segmentos gênicos V, D e J em diferentes clones de linfócitos (denominadas diversidade combinatória) e também por meio de alterações na sequência de nucleotídios inseridas nas junções dos segmentos gênicos recombinados V, D e J (chamadas de diversidade juncional). LAUANA GOMES – MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ p. 4 MATURAÇÃO DAS CÉLULAS T ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS T Principal papel dos linfócitos T é na imunidade mediada por células Age nas infecções intracelulares principalmente, pois os anticorpos agem no meio externo Existem 2 tipos de microrganismos que encontram refúgio no interior das células: LAUANA GOMES – MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ p. 5 • Os fagocitados por células, mas que resistem à digestão intracelular • Os microrganismos intracelulares obrigatórios e facultativos, como vírus e bactérias Linfócitos TCD4: auxiliam os linfócitos B na produção de anticorpos e auxiliam na ativação e potencialização da ação de outras células Linfócitos TCD8: citotóxico ETAPAS DAS RESPOSTAS DA CÉLULA T Os antígenos são levados até os linfócitos T virgens no paracórtex dos linfonodos pelas APCs para que sejam ativados • TCD4: o Algumas ativadas ficam nos linfonodos para auxiliarem os linfócitos B o Outras vão para o local da infecção pela circulação • TCD8: o Vão para o local da infecção Existem 3 estímulos principais para ativação dos linfócitos T: • Reconhecimento do antígeno apresentado pelas APCs • Coestimulação • Direcionamento