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Abordagens terapêuticas em voz e prática baseada em evidências

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crianças disfônicas apresentem, de modo geral, os mesmos tipos de sintomas vocais que adultos, estas
não devem ser submetidas ao mesmo padrão de tratamento. A terapia vocal para crianças não é uma
adaptação do programa de tratamento para adultos; além deter de contemplar as características próprias
da comunicação infantil, a produção da voz é ainda mais abstrata para o paciente infantil.
No processo da terapia vocal infantil a conscientização da criança a respeito de seu problema de voz é
imprescindível para que a orientação de comportamentos vocais apropriados receba sua adesão. Assim, a
orientação deve envolver esclarecimentos
verbais e ilustrações sobre os diversos temas, recursos materiais como livros de estórias, jogos e
brincadeiras podem ser adaptados facilitando as atividades clínicas.
Orientações filosóficas na terapia vocal da criança Existe três orientações relacionadas a terapia vocal na
criança e elas são classificadas em: comportamental, cognitiva e de aconselhamento.
 
TERAPIA VOCAL COMPORTAMENTAL
A terapia comportamental procura modificar ou eliminar padrões vocais adquiridos que sejam
inadequados, desviados ou não saudáveis. As técnicas utilizadas enfatizam a modificação do abuso vocal
e de aspectos comportamentais da natureza psicológica, social e familiar. O programa inclui também
orientação familiar, higiene e treinamento vocal. As crianças seguem modelos no desenvolvimento de
suas características e as pessoas padrão vocal usado por um adulto pode influenciar no estabelecimento
do padrão vocal infantil. E alguns modelos são marcadores de abuso vocal. A abordagem comportamental
prevê, portanto, que a família seja orientada quanto à ocorrência de abusos vocais e adquirir a
modificação que for possível, permitindo que modelos vocais mais saudáveis façam parte da rotina
familiar.
TERAPIA VOCAL COGNITIVA
Enfatiza a necessidade de se atuar sobre aspectos relacionados à competência comunicativa, ao domínio
de regras de comunicação. A criança é considerada disfônica por um problema de comunicação, ou seja,
por não usar a técnica eficiente para a transmissão da mensagem, o que deixa mais tensa é contribui para
o estabelecimento de um quadro vocal. O paciente é orientado quanto às características da intensidade
da emissão, respeito às trocas de turno, pausas respiratórias, velocidade e clareza de fala, padrão
articulatório, frequência vocal e padrão de ressonância.
Abordagens terapêuticas na infância e adolescência;
O trabalho com a criança dentro de uma linha cognitiva é desenvolvido de modo lúdico, utilizando fitas
de vídeo e áudio para treino auditivo e percepção das características do discurso presentes no
personagem infantil. Aspectos associados à pscodinamica vocal também são locais de modo lúdico,
utilizando vídeos em que são observados como vozes de animais de diferentes características e seu
impacto.
 
meninafonoVoz na infância e
adolescência 
Associar corpo-voz pela gravação de trechos de uma história de vídeo desconhecida do
paciente, que deve identificar pelo registro de áudio as figuras dos personagens em fotos
xerocadas. Perceber características de uma comunicação eficiente com a identificação de
que alguns personagens caricatos disseram. É necessário selecionar trechos adequados do
vídeo previamente, pois são inúmeros os exemplos em que comunicação não é efetiva e o
modelo modelado:
O treinamento com a utilização de fitas de vídeo estende-se para treinamento com fitas de
áudio, gravadas pelos familiares, com exemplos de vozes de pais, tios, irmãos, babá e
amiguinhos, repetindo a mesma sequência automática, sendo que o paciente em terapia
tentará identificar em cada trecho. Isso buscando manter o paciente interessado na terapia ...
Assuntos como a higiene vocal e orientações também são específicos, sempre de maneira
gradual de acordo com o interesse da criança e dentro de uma linguagem simplificada para
garantir que seja entendido pela criança.
TERAPIA VOCAL DE ACONSELHAMENTO Direciona a orientação à família, escola e paciente. A
identificação dos abusos vocais em ambientes nos quais a criança está inserido é fundamental
para o controle desse abuso e modificação do comportamento.
Em muitos casos de disfonia infantil, a dinâmica familiar envolve abusos vocais constantes que
nem sempre são percebidos pelos pais como abusivos.
O aconselhamento para crianças nem sempre é tão simples como o adulto. A criança disfonica
que adora jogar futebol, detestaria trocar por natação, embora fosse indicado. A orientação aos
pais engloba aspectos mais práticos como providenciar alimentação saudável, oferecer líquidos
em abundância e evitar gritos em casa, até os aspectos que podem ser mais determinados de
serem determinados, como os de aumentar a atenção dada ao filho. Ouvir a criança disfônica é
premissa básica que para o restante pode evoluir de modo satisfatório. A criança que possui
pouca atenção dos pais é que tem que gritar para ser ouvida certamente será beneficiado com
uma disfonia. A orientação aos professores é fundamental, pois exerce importante papel de
modelos para crianças durante grande parte do dia. Professores disfonicos podem servir de
modelo vocal para essas crianças e muitas vezes não reconhecer o efeito de quadros disfonicos
em crianças próximas. Quando bem orientados os professores auxiliam na identificação de
outros abusos vocais que nem sempre os pais conhecem, além de agirem como fatores
importantes no controle desse abuso.
A utilização de vídeo com vozes caricatas cumpre um importante papel, pois por meio delas o
paciente aprende: Identificar que as vozes de adultos, crianças, homens, mulheres e idosos são
diferentes. Associar a voz aos personagens com treinamento auditivo, uma vez que trechos de uma
história de vídeo conhecida do paciente é gravada em áudio para que identifique os sons das
vozes. 
 
Como terapias comportamentais, cognitivas e de orientação e aconselhamento não são
exclusivas, elas podem ser empregadas de modo complementar. Em muitos casos, a
combinação das três abordagens perde ser a melhor opção para o tratamento infantil. O
importante é analisar o caso e considerar quais aspectos devem ser enfatizados em detrimento
a outros casos que caso não sejam fundamentais.
Componentes da terapia fonoaudiológica na infância;
crianças disfônicas apresentem,
de modo geral, os mesmos tipos de sintomas
vocais que adultos, estas não devem ser subme-
tidas ao mesmo padrão de tratamento. A tera-
pia vocal para crianças não é uma adaptação do
programa de tratamento para adultos; além de
ter de contemplar as características próprias da
comunicação infantil, a produção da voz é ainda
mais abstrata para o paciente infantil.
No processo da terapia vocal infantil a
conscientização da criança a respeito de seu
problema de voz é imprescindível para que a
orientação de comportamentos vocais
apropriados receba sua adesão. Assim, a
orientação deve envolver esclarecimentos
verbais e ilustrações sobre os diversos temas,
recursos materiais como livros de estórias, jogos
e brincadeiras podem ser adaptados facilitando
as atividades clínicas.
Durante o estágio inicial do programa terapêutico,
são ensinados conceitos lingüísticos e aspectos
de comunicação importantes para uma produção
vocal saudável, tais como forte/fraco, grosso/fino,
tenso/relaxado, lento/rápido, curto/longo que
devem ser abordados de modo lúdico que a
criança possa internalizá-los e utilizá-los durante o
processo de tratamento.
Dessa forma, cabe ao fonoaudiólogo descobrir
novas formas de abordagem para o
estabelecimento de uma comunicação efetiva,
sensibilizando a criança sobre sua alteração vocal,
para que esta possa modificar o seu
comportamento. Nessa concepção, a terapia vocal
infantil irá ampliar os níveis de desenvolvimento
cognitivo, linguístico, social e emocional para
desenvolver o plano de terapia da criança.
O uso de contexto lingüístico com pistas
concretas e pictóricas pode facilitar
grandemente
o aprendizado infantil (BECK, 1993). Estas
pistas concretas e pictóricas fazemparte de
uma
abordagem chamada cognitiva, amplamente
utilizada em psicologia. A abordagem cognitiva
focaliza a atenção do falante em ações e
imagens sugeridas por palavras de um texto e
também nos pensamentos e sentimentos
relacionados com o texto.
crianças respondem bem à idéia de criar
desenhos com suas vozes. A maioria delas
gosta de explorar grande variedade de opções
vocais (ANDREWS, 1991). Estórias com pistas
cognitivas são uma abordagem em potencial
para o tratamento vocal, favorecendo padrões
de pensamentos que levam à mudança da voz
do falante (ANDREWS; SHRIVASTAV;
YAMAGUCHI, 2000); além disso, elas promovem
o aprendizado de habilidades específicas que
podem ser usadas para o resto de suas vidas.
(BECK, 2004) é de grande importância o
desenvolvimento de uma abordagem cognitiva,
por meio de estórias, para o tratamen-
to de disfonia infantil.
A literatura mostra que a abordagem cognitiva é
um método eficiente não só na terapia
psicológica, mas também na fonoaudiológica,
com resultados eficazes na modificação de
parâmetros vocais
Prática Baseada em Evidências na recomendação das técnicas de terapia vocal.
Publicações científicas sobre os efeitos da terapia vocal para pacientes disfônicos surgiram a
partir da década de 1940 e o crescimento na área foi lento, caracterizado por artigos com série de
casos descritivos, opiniões e comentários de especialistas, até se chegar à década de 1980,
chamada de "estágio instrumental", que disseminou o uso de análises perceptivo-auditivas,
visuais e acústicas, modificando o panorama vigente até o momento. A Prática Baseada em
Evidências é uma abordagem que busca melhorar a efetividade clínica e apoiar o profissional de
saúde nas suas condutas, utilizando três elementos: evidências científicas, a experiência clínica e
as preferências do paciente. 
 Prática Baseada em Evidência - PBE é o "uso consciente, explicito e judicial das melhores
evidências para a tomada de decisões sobre o cuidado individual do paciente, integrando a
prática clínica à melhor evidência da pesquisa sistemática"
Como os outros profissionais da área de saúde, fonoaudiólogos têm que demonstrar que sua
prática é baseada em evidências. a PBE representa revolução na relação entre a teoria e a prática,
democratiza a formação profissional, desenvolve a mente do clínico e do pesquisador, favorece a
tomada de decisão com maior fundamentação, racionaliza as abordagens utilizadas, auxilia a
estabelecer normas, melhora a qualidade do atendimento aos pacientes e fornece dados mais
concretos sobre o prognóstico clínico. PBE é de importância inquestionável, pois permite verificar
a qualidade dos estudos desenvolvidos na área, criticar o conhecimento disponível, valorizar o
que realmente está comprovado em pesquisas consistentes, reduzir os índices de erro e
melhorar a qualidade das intervenções propostas, permitindo uma prestação de serviços de
melhor qualidade

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