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Frederico Faria Melo Júnior SUS 
Medicina – IMEPAC – Turma XXX 
 
 
Sistema Único de Saúde (SUS) 
1 
 
Origens e evolução do sistema de saúde 
brasileiro 
Brasil COLÔNIA (1500-1822) 
As doenças eram encaradas pelos índios como castigo ou provação, sendo reflexo de um ser espiritual ou 
sobrenatural, dos astros, de uma praga ou feitiço ou agentes climáticos, ou seja, havia uma concepção mística, 
empírica ou mágica sobre o processo de adoecimento. Na doença o pajé realizava o diagnóstico e tratamento dos 
enfermos (curandeirismo). 
Com o progressivo desenvolvimento, a assistência médica jesuítica foi substituída pela atuação dos físicos 
(cirurgiões barbeiros – portugueses e espanhóis, posteriormente essa prática também foi realizada pelos negros 
e mestiços). 
1ª epidemia no Brasil: Importada da Europa - local onde a varíola era endêmica - para o Brasil, gerou uma 
epidemia desta doença dizimando milhares de brasileiros. A estratégia de controle da época baseava-se no 
afastamento e no confinamento dos doentes na Santa Casa de Misericórdia. Nesse período, a prática médica 
era baseada em conhecimentos práticos e não científicos. 
No século 17 tem-se a epidemia de febre amarela e a partir disso inaugura-se uma nova prática de medidas para 
combater a doença, ou seja, ao lado de medidas voltadas para o indivíduo, como o isolamento, ações voltadas 
para o meio ambiente fora implantadas (tudo que estivesse no meio urbano e que pudesse ser doença deveria 
ser destruído ou transformado – limpeza das ruas e casas, criação dos cemitérios). Assim, passou-se a tratar o 
indivíduo e o meio onde o paciente estava inserido. Foi a partir do século XIX que se estruturou ações de medida 
preventiva antes da ocorrência de doenças. 
Com a chegada da família real (1888), aplicou-se a polícia médica (pessoas que realizavam intervenção na 
condição de vida e saúde da população com o propósito de vigiar e controlar o aparecimento de epidemia, ou 
seja, práticas profiláticas). Além disso, fundou-se a faculdade de medicina em Salvador por meio da 
institucionalização de programas de ensino e normalização da prática médica em conformidade aos moldes 
europeus. 
Comentado [FFMJ1]: Primeira instituição hospitalar do 
Brasil, instalada em Santos em 1542. Possuía função mais 
assistencialista do que curativa. 
Comentado [FFMJ2]: Ainda não havia práticas de 
medicina preventiva. Todas as medidas eram pensadas e 
tomadas quando ocorriam as epidemias. 
Comentado [FFMJ3]: Controlar a instalação de minas, 
comércios e cemitérios, fabricação de pães e vinhos, 
armazenamento de carnes. 
2 
 
Nessa época, a concepção sobre as causas da doença era pela teoria miasmática (conjunto de odores fétidos 
provenientes de matéria orgânica em putrefação nos solos e lençóis freáticos contaminados, sendo os agentes 
responsáveis pelas doenças - ar). Para tanto, os serviços de saúde que eram organizados semelhante ao de 
Portugal, tinha sua atenção profilática voltada ao saneamento do meio (organização das cidades, aterros de 
pântanos, demarcação de ruas e lugares de construção, rede de esgoto e água, organização dos cemitérios). 
Em 1810, ativa-se o Alvará de 22 de janeiro que criava um lazareto para quarentena dos viajantes e 
ancoradouro especial para embarcações suspeitas. Assim, somente autoridades sanitárias poderiam conceder o 
visto de entrada das pessoas na cidade (preocupação com o indivíduo). 
 
Brasil IMPÉRIO (1822-1889) 
Esse período foi caracterizado como a Era Bacteriológica pois houve muitas ações de combate a doenças 
transmissíveis, teve-se a descoberta da vacina da varíola, ou seja, supera-se a teoria miasmática (focada no 
meio ambiente) e entra em pauta a teoria da unicausalidade (centrada no agente etiológico). 
 
República Velha (1889- 1930) 
Com o desenvolvimento tecnológico, industrial e social do Brasil, percebe-se a necessidade de ações de controle 
de doenças para manutenção da força de trabalho. Assim, desencadearam diversas estratégias para uma 
estruturação sanitária adequada (medicina higienista, planejamento urbano). Apesar disso, nesse período teve-
se a presença da cólera, peste bubônica, febre amarela, hanseníase, varíola, tuberculose, febre tifóide. 
Para estruturar essas ações foi necessário o uso de medidas jurídicas impositivas (notificação de doenças, 
vacinação obrigatórias, vigilância sanitária). 
Houve a nomeação do Dr. Oswaldo Cruz como diretor do Departamento Federal de Saúde Pública com o 
objetivo de erradicar a febre amarela, o qual utilizou o modelo campanhista. A assistência médica era prestada à 
população carente por meio das instituições de caridade (Santas Casas de Misericórdia), ou seja, ainda não 
havia uma estruturação do serviço público de saúde. Em contrapartida, a população com alto poder econômico 
era assistida por médicos e serviços de saúde particulares. 
Nesse período instituíram elementos das ações de saúde como o registro demográfico (conhecer a composição 
da população e os fatos vitais de importância da população), introdução do laboratório como auxílio do 
diagnóstico etiológico, fabricação organizada de produtos profiláticos para uso em massa (vacinas). 
Comentado [FFMJ4]: Lei Federal nº 1261/1904: vacinação 
febre amarela – obrigatoriedade da vacinação – Ministério 
da Justiça - Revolta da Vacina. 
3 
 
Em 1920, Carlos Chagas propõe uma restruturação do Departamento Nacional de Saúde por meio de 
propagandas e conscientização com educação sanitária, surgimento de órgãos especializados para o tratamento 
da hanseníase e doenças sexualmente transmissíveis, expansão das atividades de saneamento para outros 
estados. 
Em 1923, houve o marco inicial da Previdência Social no Brasil: criada pela Lei Eloy Chaves (Caixa 
de Aposentadorias e Pensões – CAPS, organizadas e financiada de forma tripartir: grandes 
empresas/empregadores, empregados e pelo governo – preocupação com a saúde da população que contribuía 
para a previdência, ou seja, o trabalhador – medicina previdenciária – a primeira previdência social). Era 
excludente para com muitos segmentos da população. 
 
Era Vargas (1930-1945) 
Em 1930, houve a criação do Ministério da Educação e Saúde (MESP) para tratar de ações de saúde pública 
de caráter preventivo (vacinações, controle de epidemias, saneamento básico) e o Ministério da Previdência 
e Assistência Social para dar assistência médica, individual e previdenciária, ou seja, a saúde ainda era focada 
no trabalhador que contribuía. 
Em 1953, houve o desmembramento do MESP e a criação do Ministério da Saúde que tinha foco nas ações 
de promoção e prevenção com programas de saúde, incluindo vacinação e controle de endemias, ou seja, já 
havia o caráter preventivo. 
 
4 
 
INPS – Instituto Nacional de Previdência Social 
INAMPS – Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social 
Medicina ainda excludente, privatista, hospitalocêntrico, curativista e centralizado. 
 
Ditadura Militar (1964-1985) 
Em 1970, houve o movimento de Reforma Sanitária que nasceu no contexto da luta contra a ditadura 
(redemocratização - participação popular) e visava o conjunto de ideias e a transformação social e sanitária 
necessárias na saúde brasileira e impulsionando a criação do SUS (o Brasil foi o único país 
capitalista da América Latina que instituiu naquela década um sistema de saúde universal, inserido em 
uma concepção ampla de Seguridade Social, de base universalista, reunindo as áreas da Previdência, 
Saúde e Assistência Social, que deveria ser financiada por impostos gerais e contribuições sociais). Esse processo teve seu marco 
institucional a 8ª Conferencia de Saúde em 1986 – objetivo final: criação do Sistema Único de Saúde. 
Em 1978, ocorreu a Conferencia de Alma-Ata (primeira conferência internacional sobre Cuidados 
Primários de Saúde – colocava a saúde como uma questão política e social, sendo um fator determinante para 
o desenvolvimento dos países – meta: todos os povos do mundo, até o ano 2000, atinjamum nível de saúde 
que lhes permita levar uma vida social e economicamente produtiva), sendo um marco na atenção primária de 
todo o mundo, impulsionando mudanças na organização do sistema de saúde do Brasil. 
Em 1983, teve-se a implantação das Ações Integradas em Saúde (AIS) que constituíram uma estratégia de 
extrema importância para o processo de descentralização da saúde e universalização do acesso, ou seja, inclusão 
da população que não trabalhava e não contribuía no sistema de previdência. 
 
Nova República (1985-1988) 
Em 1986, ocorreu a Oitava Conferência Nacional de Saúde que criou a base paras propostas de reestruturação 
da saúde brasileira e moldou as diretrizes do sistema único de saúde, sendo a primeira a permitir a participação 
popular. Pode ser considerada o maior marco do movimento sanitários e impulsionou a criação do SUS. 
Em 1987, houve um período de transição até a criação do SUS que foi a implantação do Sistema Único 
Descentralizado de Saúde (SUDS), conhecido com uma ponte estratégica ou “estadualização” para a criação 
do SUS, ou seja, retira o poder centralizador do Governo Federal. 
Na Constituição de 1988, teve-se a criação do Sistema Único de Saúde por meio de um texto 
constitucional. O SUS não é o sucessor do INAMPS ou do SUDS, ele é um novo sistema de saúde. 
Comentado [FFMJ5]: • As pessoas que tinham acesso à 
saúde eram os trabalhadores com carteira assinada 
[insatisfação da população que não possuía atenção]. 
Assistência médica centrada no hospital. 
• Unificação dos IAP’s em um único instituto. 
• Trabalhadores formais e informais poderiam contribuir e 
ter acesso aos serviços de saúde. 
• O aumento de clientes fez com que os estabelecimentos 
privados antigos dos IAP’s fossem reestruturados em 
instalações maiores. 
• Falência!!! 
Comentado [FFMJ6]: • Criação de teto para pagamento 
aos serviços médicos prestados pelos hospitais. 
Comentado [FFMJ7]: • Universalizar o direito à saúde; 
• Integrar as ações curativas e preventivas; 
• Descentralização administrativa; 
• Promover a participação e o controle social. 
 
Impulsiona e facilita a criação do SUS. 
Comentado [FFMJ8]: Representam o primeiro nível de 
contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o 
sistema nacional de saúde, pelo qual os cuidados de saúde 
são levados o mais proximamente possível aos lugares onde 
pessoas vivem e trabalham, e constituem o primeiro 
elemento de um 
continuado processo de assistência à saúde. 
Comentado [FFMJ9]: • Saúde como dever do Estado e 
direito do cidadão. 
• Formulação do Sistema Nacional de Saúde. 
• Financiamento Setorial. 
5 
 
É um sistema de saúde único e universal estruturado nos princípios e diretrizes da universalidade (termina 
com o acesso restrito, ou seja, todos os brasileiros tem direito e acesso à saúde pública) , integralidade (as 
ações de cura e prevenção devem estar integradas e de acordo com os problemas de cada município), 
equidade (tratar o diferente de acordo com a sua necessidade para que o pais fique mais equilibrado, 
igualitário), participação popular *organizacional* (o povo tem o direito de participar pois é o maior 
usuário), descentralização *organizacional* (a liderança deixa de ser federal e passa r a ser 
municipal, visto que o próprio município conhece melhor os seus problemas), e hierarquização (RAS). 
 
 
 
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps). 
 
Comentado [FFMJ10]: Segue a mesma doutrina e os 
mesmos princípios organizativos em todo o território 
nacional sob responsabilidade das três esferas 
governamentais. 
6 
 
 Princípios e Diretrizes do SUS 
A regulamentação do SUS no ano de 1990 ocorre pela Lei Orgânica da Saúde - 8.080 e 8.142 devido à 
importância da junção dos três governos com o setor privado (todos com a mesma filosofia em todos o território 
nacional) para descentralizar todo o projeto. 
 
 
 
 
Os princípios são segmentados em DOUTRINÁRIOS e em ORGANIZACIONAIS: 
- Doutrinários: 
 Universalidade – todas as pessoas terão acesso ao sistema de saúde em todos os níveis de 
assistência. 
 Integralidade – conjunto articulado e contínuo de olhar o ser humano em todas as suas 
necessidades e oferecer todos os serviços disponíveis para sana-las; direito de atendimento como um 
todo (atenção primária, secundária - especialidade e terciária). 
 Equidade – humanização, tratamento igualitário, (necessidade), tratar diferente os 
diferentes, assistência à saúde livre de preconceitos, estigmas sociais ou privilégios. 
7 
 
 
- Organizacionais: 
 
Regionalização – depende de outras cidades. 
 
A partir de 1991, foram criadas novas leis parar acertar e adequar o funcionamento do SUS. Contudo, não eram 
chamadas de Leis, e sim de Normas. 
Criação das e das à saúde para 
descentralizar o SUS. 
• NOB-1991: Gestão ocorria a nível federal, ou seja, o município era um prestador de serviço e não um 
gestor – Preparando o município para a adequação de responsabilidade financeira. 
→ Criação dos conselhos municipais (50% dos membros são usuários) e estaduais de saúde (alta 
participação popular) com a formulação de estratégias, controle econômico e financeiros (fiscalização 
de recursos – dinheiro era repassado pelo Ministério da Saúde de acordo com a produção). 
→ Criação dos Fundos de Saúde (origem e aplicação dos recursos pelos conselhos de saúde). 
→ Consórcios Intermunicipais (um município poderia depende do outro). 
→ Relatório de Gestão (finalidade de documentar a gestão dos recursos em cada município, o plano de 
trabalho, a sua execução, os resultados). 
→ Programação e Orçamento da Saúde (estabelecido pelo conselho nacional de saúde). 
→ Prestação de contas dos fundos de saúde. 
Essa norma mostrou a importância da organização. 
• NOB -1992: Gestão ocorria a nível federal (INAMPS) dificultando sua aplicação. Essa norma veio para 
contrair a NOB-1991. 
Comentado [FFMJ11]: 
Normatizar é documentar. 
8 
 
→ Inicia o movimento municipalista para participação da sociedade. 
→ Criação do PRÓSAÚDE: participação das três esferas governamentais. 
→ Documento “Ousadia de cumprir e fazer cumpria a lei”. 
• NOB-1993: Objetivo de disciplinar e iniciar a descentralização da gestão. 
→ O município passa a ser responsável pelas ações e controle dos recursos financeiros – municipalização 
- (gestão). 
1994 – Inicia o Programa da Saúde da Família. 
• NOB-1996: Consolidou a municipalização. 
→ Criação dos fóruns de articulação e as comissões intergestores bipartite (municipal e estadual) e 
tripartite (municipal, estadual e federal). 
→ Gestão plena pelos municípios. 
1997 – O PSF deixa de ser programa e se torna “Estratégia da Saúde da Família”. 
• NOAS-2001: mostra a responsabilidade da atenção básica aumentando o compromisso desta. 
→ Estabelece a (integração entre municípios). 
 
→ Fortalece da capacidade de gestão do SUS (autonomia em decisões de saúde). 
→ Organização dos serviços de média complexidade. 
→ Política de atenção de alta complexidade e custos no SUS. 
• NOAS-2002: regionalização e organização da assistência (oferecer os níveis de complexidade), 
fortalecimento da capacidade e gestão do sus, revisão de critérios de habilitação e desabilitação de 
municípios e estados. 
→ Elaborar o plano diretor de regionalização. 
→ Ampliação da atenção básica. 
→ Organização da média e alta complexidade. 
→ Promover equidade nos recursos, da população em todos os níveis. 
→ Redefinir o conceito de descentralização. 
Comentado [FFMJ12]: Incipiente: 
 
Parcial: 
 
Semiplena: 
 
 
Comentado [FFMJ13]: Plano Diretor de Regionalização: 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Financiamento do SUS 
O desenvolvimento da administração e a gerência dos recursos ao SUS foi acontecendo por meio de diversas 
leis e emendas constitucionais. 
• Constituição Federal – 
Artigo 194 - [A seguridade social assegura a saúde]. 
Artigo 198 – [O SUS será financiado porrecursos da seguridade social da União, Estados e Municipal]. 
 
→ Pelo menos 15% dos gastos da União deverão ser investidos na saúde. 
• Leis Orgânicas da Saúde: 
8080/90 – Reafirmava e institucionalizava os princípios e diretrizes do SUS e regula a 
transferência de valores aos Estados e Municípios (cada local tem condições estabelecidas para 
receber determinado valor). 
8142/90 – Definia a participação da comunidade por meio da implantação dos conselhos de 
saúde e conferências, além de debates de como serão realizados os repasses ao SUS. Criou-se o Fundo 
Nacional de Saúde – FNS definindo como e onde os recursos serão usados de maneira exclusiva na 
saúde. As fontes de recursos que alimentavam o FNS na época era a (imposto sobre as 
transações econômicas – extinta), o (contribuição sobre o faturamento das empresas), o 
 (contribuição sobre o lucro líquido das empresas) e a . 
O que mudou? Anteriormente, os recursos chegavam aos gestores engessado, ou seja, 
. Contudo, com a portaria 3.992 esta questão foi flexibilizada dando maior 
liberdade aos municípios para uso das verbas. O objetivo final dessa portaria é a descentralização. 
• 2000 - Emenda Constitucional nº 29 - que estabelece percentuais mínimos de repasse de verbas para 
o SUS para cada esfera de governo. A União que já possuía um percentual mínimo (15%) iria se alterar 
conforme a variação do PIB, ou seja, a partir de toda a receita do país em um ano - a cada percentual 
Comentado [FFMJ14]: Não foi votada. 
11 
 
de crescimento econômico - esse mesmo valor deve ser revertido na saúde). Esse valor nunca é reduzido 
mesmo em momentos de recessão. 
• 2007 – Surgimento dos Blocos de Financiamento do SUS. 
• 2011 – Portaria 1654 [Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica 
– PMAQ/AB] 
→ Surgimento em 2011 e encerramento em 2020. 
→ Buscava a valorização do trabalhador durante o programa [condições de trabalho adequadas + direitos 
trabalhistas + educação permanente + apoio institucional às equipes] + Incentivo financeiro (repasse). 
→ OBJETIVOS: Induzir a ampliação do acesso aos serviços de saúde pela comunidade + Melhorar a 
qualidade da AB + Garantir o padrão de qualidade comparável (regional, local e nacional) + 
Transparência e efetividade das ações governamentais à AB. 
→ DIRETRIZES: Definir parâmetros de qualidade promovendo resolutividade pelas equipes de saúde + 
Processo contínuo e progressivo de melhoramento dos padrões e indicadores que envolva a gestão e 
nos resultados alcançados pela equipe de saúde + Transparência em todas as etapas e acompanhamento 
pela sociedade + Envolver e mobilizar os gestores, equipes de saúde e usuários em um processo de 
mudança de cultura e qualificação + Desenvolver a cultura de planejamento, negociação e 
contratualização atuando na gestão de recursos assumindo compromissos e resultados pactuados 
alcançados + Estimular o fortalecimento do modelo de atenção básica, desenvolvendo os trabalhadores 
e a orientação dos serviços + Possui adesão de caráter voluntário pois depende da motivação e da 
proatividade dos atores envolvidos. 
→ COMPOSIÇÃO: São três fases com intervalo de 24 meses de desenvolvimento em cada uma. 
✓ Fase 1 [Adesão e Contratualização]: O gestor municipal formaliza a adesão por meio de um 
formulário eletrônico + Contratualização da equipe e gestor (Manual Instrutivo) + Informação 
sobre a adesão. 
✓ Fase 2 [Certificação]: É agendada uma visita técnica da equipe que realiza uma avaliação 
(tripartite – Nacional, Estadual e Municipal) externa da equipe de saúde e gestão da AB + 
Avaliação de desempenho por meio de uma classificação observando indicadores firmados na 
etapa anterior + Verificação da realização de um processo autoavaliativo pelos profissionais da 
equipe de saúde da AB. 
12 
 
✓ Fase 3 [Recontratualização]: Quando não se atinge o esperado nas outras fases em determinados 
requisitos do PMAQ, realiza-se nesta fase uma pactuação singular com o incremento de novos 
padrões e indicadores de qualidade. 
Durante todas as fases tem-se o suporte de uma equipe de apoio por meio do EIXO ESTRATÉGICO 
TRANSVERSAL DE DESENVOLVIMENTO DO PMAQ-AB. Este não é uma fase. As diretrizes 
do eixo versam na autoavaliação pela equipe de saúde + monitoramento da equipe de saúde + 
educação permanente + apoio institucional + cooperação horizontal entre as equipes de saúde e os 
gestores com o propósito da troca de experiências. 
• 2012 - Lei Complementar 141 – O Fundo de Saúde se torna unidade orçamentaria e gestora de 
recursos para a saúde. Fora estabelecidos condições, isto é, o que os municípios devem fazer para a 
transferência dos recursos federais para ações e serviços públicos em saúde: 
- Tem que ter um Conselho de Saúde no município. 
- Realizar a formulação de um plano de saúde, uma programação anual de saúde e um relatório de 
gestão. 
- Alimentar as bases de informação do SUS. 
Estabelece que a União deveria gastar com a saúde o mesmo do ano anterior associado à variação do 
PIB + os estados e os municípios tem 5 anos para crescer e atingir à proporção de 12% e 5% do que 
estes arrecadam, respectivamente + defini o que deixa de ser despesas com saúde: pagamento de 
aposentadorias e pensões, assistência saúde que não seja universal, ou seja, se alguma ação não é de 
uso coletivo, esta deixa de receber recursos do SUS, saneamento básico (se o conselho de saúde 
determinasse que determinada obra de saneamento deveria ser gatos com recurso do SUS, ok – 
Territórios indígenas e reservas quilombolas que precisam de obras de saneamento também podem se 
incluir como despesas do SUS) e limpeza urbana, obras de infraestrutura, ações de assistência social, 
preservação do meio ambiente. Dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde. 
 
PACTO PELA VIDA: Visa a redução da mortalidade infantil e a redução da mortalidade materna são 
objetivos do pacto, com vistas à redução dos índices de mortalidade. 
 
 
Comentado [FFMJ15]: Esses dois fatores são 
determinantes de saúde. 
Comentado [FFMJ16]: É um determinante de saúde, 
contudo, precisa ter um fundo específico para seus cuidados. 
13 
 
• 2015 - Emenda Constitucional nº 86 – estabelece que a União tem um aumento gradual em 5 anos até 
atingir os 15% e Portaria 1645 [Redefinição do incentivo financeiro proveniente do PMAQ – em cada 
ciclo ou fase o recurso já era disponibilizado e a transferência era “fundo a fundo”]. 
• 2016 – Revogação da EC nº 95 – estabelece que o repasse da União seria o repasse do ano anterior 
mais a valorização do IPCA (pelos próximos 20 anos). Assim, os 15% estão mantidos e não há mais 
aumento gradual. Isso aconteceu devido à uma recessão e inflação do ano supracitado que impedia o 
crescimento do PIB e poderia desvalorizar os recursos destinados ao SUS. 
• 2017 - Portaria 3.992 - escabece-se um novo formato de aplicação dos recursos por meio de dois 
blocos: 
→ Bloco de custeio das ações e serviços públicos de saúde [MANUTENÇÃO das ações e 
serviços]; 
→ Bloco de investimento na rede de serviços públicos de saúde [INVESTIMENTO]. 
• 2019 – Portaria 2979: Um novo financiamento da Atenção Primária à Saúde [Alteração do PMAQ] 
→ CAPTAÇÃO PONDERADA - Cada equipe de saúde da família deve ter 4000 pessoas 
cadastradas. 
→ COMPROVAR O DESEMPENHO da equipe para pagamento do recurso. 
→ INCENTIVAR AVANÇOS e ações específicas e estratégicas. 
→ PROVIMENTO PROFISSIONAL: Tentar gerar a fixação de médicos (Programa Médicos pelo 
Brasil e Estratégia dos Agentes Comunitários de Saúde). 
→ Estar em conformidade com a lei. 
O valor seria repassado a cada 4 meses. 
Portaria 930 – Unidades Básicas podem funcionar 60-75 horas semanais com pelo menos 11 horas ininterruptas 
e com possibilidade de funcionar aos finais de semana. 
• 2020 – PREVINE BRASIL: Com o encerramento programado do PMAQ-AB institui-se um novo 
financiamento do SUS,seguindo os mesmos requisitos do PMAQ-AB. O novo modelo de 
financiamento altera algumas formas de repasse das transferências para os municípios, que passam a 
ser distribuídas com base em três critérios: capitação ponderada, pagamento por desempenho e 
incentivo para ações estratégicas. 
 
Comentado [FFMJ17]: Funcionamento dos órgãos e 
estabelecimentos. 
É vedado o gasto de verbas com servidores, gratificações, 
assessorias ou consultorias e para obras. 
Comentado [FFMJ18]: Permite a aquisição de 
equipamentos, realizar obras. 
É vedado o gasto de verbas com órgãos e unidades voltadas 
para atividades administrativas, ou seja, melhorias no local 
onde o serviço de saúde é prestado. 
14 
 
 
 
Rede de Atenção à Saúde (RAS) 
Rede de atenção à saúde (RAS) é constituída por um conjunto de organizações (pública, privada) que prestam 
ações e serviços, de diferentes densidades tecnológicas (complexidades), com vistas à integralidade do 
cuidado. 
Objetivo: garanta um fluxo de atendimento adequado, com a agilidade requerida pela situação apresentada 
pelos indivíduos e grupos específicos da população com informações, recursos tecnológicos e evidencias 
científicas para auxiliar na melhoria da qualidade de vida do paciente. 
Dividida em níveis de atenção à saúde: atenção primária, secundária e terciária à saúde. 
→ Atenção primária ou Atenção básica é a (primeiro contato do 
usuário com o sistema de saúde brasileiro) e aos pontos de atenção, responsável 
pelos problemas de saúde da população em uma , cria um vínculo maior 
( – medicina centrada no paciente), do cuidado, de 
promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde. A Atenção Primária à Saúde é a principal 
porta de entrada do Sistema Único de Saúde e funciona como centro de comunicação com toda a Rede 
de Atenção à Saúde. 
Deve resolver 80% dos problemas de saúde. 
Não há regras, ou seja, o paciente chega à unidade e deve ser acolhido [
] (Barbara Starfield). 
A Estratégia de Saúde da Família (ESF) está dento da atenção primária. 
APS=AB>ESF 
Locais: UBS - paciente [não tem a longitudinalidade]; UBSF – paciente e família [aplica-se a 
longitudinalidade]. 
Cuidado!! Demanda reprimida – paciente fica em casa e não busca recursos. 
Importância que a atenção primária tenha efetivo domínio de seu papel, classificando adequadamente 
os pacientes que requerem atenção secundária. 
 
Comentado [FFMJ19]: 
Comentado [FFMJ20]: Níveis de prevenção: 
Primária – impede o surgimento da doença (vacinação). 
Secundária – paciente começa a desenvolver a doença 
(outubro rosa, tentativa do diagnóstico ainda no início). 
Terciária – paciente doente, ou seja, reabilitar. 
Quaternária – impedir o excesso de exames 
complementares e procedimentos. 
Comentado [FFMJ21]: 
- Pode ser realizado por toda a equipe de saúde. 
15 
 
→ Atenção secundária é formada pelos em nível ambulatorial e hospitalar, 
com densidade tecnológica intermediária entre a atenção primária e a terciária, historicamente 
interpretada como , ou seja, disponibilizaria 
, para o apoio 
diagnóstico e terapêutico com vistas a evitar complicações das morbidades referenciadas pela atenção 
primária (pequenos procedimentos cirúrgicos). 
Deve atender 15% da população. 
Locais: UPA, hospitais de médio porte, centros ambulatoriais, SAMU, CAPS. 
Observação: Deverá estar integrado aos pontos de atenção primária e terciária eletivos, como também 
ao atendimento de urgência e emergência. Em relação ao elemento população/território ainda há falta 
de clareza quanto ao tipo de serviço prestado nos pontos e atenção ao nível secundário (sobrecarrega 
serviços). 
 
→ Atenção terciária é formada por serviços de , 
. Se o paciente chega na atenção terciária, provavelmente houve falhas nos outros níveis 
de saúde. É nesse nível de atenção à saúde que ocorre as cirurgias, procedimentos e exames mais 
invasivos e são atendidos os pacientes com enfermidades que apresentam riscos contra suas vidas. 
Após reabilitação o paciente é referenciado novamente para a atenção primária. 
Atende 5% da população. 
Locais: Hospitais de grande porte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Política Nacional de Gestão Estratégica e 
Participativa no SUS - ParticipaSUS 
• Portaria 3.027 (26 de novembro de 2007): reafirma os pressupostos da reforma sanitária quanto ao direito 
universal da saúde: Universalidade, Equidade, Integralidade e Participação social. 
• Essa política constitui-se com um conjunto de atividades para aprimorar a gestão do SUS, aumentando a 
eficiência, eficácia e a efetividade por meio de diversas ações: auditoria, educação popular, ouvidoria, 
mobilização social, monitoramento e avaliação, equidade e gestão de ética nos serviços públicos de saúde. 
Componentes do ParticipaSUS
✓ realiza escuta permanente da população por meio da 
OuvidoriaSUS e realiza ações em cima das opiniões e manifestações da população visando melhorias 
no sistema.
✓ canal para o encaminhamento, orientação, acompanhamento da demanda e retorno 
do usuário, isto é, promove a resolução das situações apresentadas. Além disso, amplia a participação 
do cidadão.
✓ verifica os recursos alocados, a condução financeira 
e se os indicadores estão sendo executados. 
✓ são técnicas que avaliam a gestão pública de forma preventiva e operacional 
(processos, resultados, aplicação de recursos, atividades e desempenho).
 
• Atribuições dos gestores na ParticipaSUS: 
→ coordena o ParticipaSUS, monitora e apoia os municípios, estados e i Distrito 
Federal em todos os aspectos da Saúde. 
→ Monitora e apoia a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e as Secretarias 
Municipais de Saúde (SMS). 
→ monitora a SMS, coordena atividades de educação e comunicação em 
âmbito local. 
 
 
17 
 
 
Política Nacional da Atenção Básica (PNAB) 
• Primeira edição – 2006: Pacto pela Saúde [realizou a organização e a ampliação do que era a atenção básica 
e incorporou suas atribuições, estabelecendo suas diretrizes e reconhecendo a estratégia da saúde da família 
(ESF) como o modelo a substituir a atenção básica tradicional] 
• Segunda edição – 2011: Primeira edição na política original [apresentou novas ações como os consultórios 
de rua, ampliação do NASF e a criação da academia de saúde). 
• Terceira edição e a última revisão – 2017: Portaria 2.436 de 21 de setembro de 2017 
→ Trouxe mudanças quanto a organização da Atenção Básica no Brasil. 
→ Bastante criticada em alguns pontos: retrocesso. 
→ Aprova a PNAB. 
→ Princípios doutrinários da Atenção Básica: UNIVERSALIDADE, EQUIDADE e 
INTEGRALIDADE. 
→ Diretrizes da Atenção Básica: Regionalização e hierarquização, territorialização, população 
adscrita, cuidado centrado nas pessoas, resolutividade, longitudinalidade do cuidado, 
coordenação do cuidado, ordenação da rede e participação da comunidade. 
→ Os termos Atenção Básica e Atenção Primária à Saúde (APS) são equivalentes. 
→ UBS são locais de aprendizado contínuo. 
→ Todos os profissionais devem cumprir carga horária mínima de 40 horas semanais durante os 5 
dias de semana nos 12 meses do ano (inclusive o médico). 
→ Número mínimo de pessoas que devem ser acompanhadas pela equipe: 2 mil pessoas. Número 
máximo de pessoas que devem ser acompanhadas pela equipe: 3500 mil pessoas (o número foi 
reduzido desde a última edição da política, isso melhora o atendimento de toda a população). 
→ Cálculo do teto: População total/2000. 
→ Fica a cargo do gestor municipal o número de ACS por equipe [recomenda-se a cobertura de 
100% da população com número máximo de 750 pessoas por ACS]. 
→ Novas atribuições do ACS - poderá (assistido por um profissional de nível superior, após 
treinamento qualificado, fazer parte da equipe e equipamento adequado) aferir pressão, glicemia 
capilar, aferir temperatura, curativa, orientação e apoio, para a correta administração da medicação. 
Comentado [FFMJ22]: De acordo com a PNAB, Atenção 
Básica é um conjunto de ações de saúde individuais, 
familiares e coletivas quebusquem promover a saúde da 
população. 
- Principal porta de entrada na RAS. 
- Coordena o cuidado. 
- É ofertada gratuitamente e integralmente para todas as 
pessoas. 
18 
 
→ Mudança de nomenclatura: NASF para Nasf-AB (Núcleo de Apoio da Saúde da Família e Atenção 
Básica). 
→ Criação do Gerente da Atenção Básica – profissional qualificado, preferencialmente com nível 
superior e não deve pertencer a Equipe mínima. 
→ ESF – estratégia prioritária (composição mínima: médico e enfermeiro – MFC, auxiliar ou 
técnico de enfermagem e ACS) – Pode fazer parte o agente combate às endemias (ACE) e os 
profissionais de saúde bucal - não se tem o quantitativo de profissionais. 
→ Equipe da eAB – médico e enfermeiro – preferencialmente MFC, auxiliar e/ou técnico em 
enfermagem. Poderão agregar outros profissionais como dentistas, auxiliares de saúde bucal e/ou 
técnicos de saúde bucal, ACS e ACE. Carga horária mínima de até 10 horas com no máximo 3 
profissionais por categoria, devendo somar 40 horas semanal. 
→ Modifica detalhes do financiamento que antes era pago por procedimento pelo PAB (piso de 
atenção básica fixo). 
 
 Educação permanente em Saúde 
A educação permanente em saúde não se trata apenas da gestão, da assistência ou da unidade de saúde, sendo 
assim, a educação em saúde é composta por grupo de pessoas (profissionais, alunos, usuários, gestores) que 
tenham entre si empatia, comunicação, responsabilidade, colaboração e resiliência. Na prática profissional de 
uma equipe de saúde, o planejamento das ações é importante e deve estar relacionado com as necessidades da 
população a ser atendida. 
A educação permanente em saúde tem uma formação voltada para desenvolver do ponto de vista pedagógico 
(métodos apoiados na transmissão do conhecimento para a problematização e diálogo) um olhar para as 
19 
 
necessidades de saúde (como aplicar os programas técnicas visualizando a subjetividade do processo saúde-
doença: carências, sofrimentos, desejos). Tem-se um desafio de desenvolver uma formação e desenvolvimento 
humano e social de forma descentralizada, ascendente e transdisciplinar. 
 
→ Paulo Freire - orienta que primeiramente deve-se trabalhar com uma metodologia 
problematizadora (entender as questões reais), uma aprendizagem significativa, transformação da 
realidade social, conscientização da mudança e reflexão crítica e dialógica. 
→ Cecim – relata o quadrilátero da educação permanente (gestão setorial, ensino, serviço e controle 
social). 
 
• 1967 – 4ª Conferência Nacional de Saúde: foi registrado pelos recursos humanos da saúde lacunas na 
formação em saúde, ou seja, falhas nas práticas das equipes de saúde. 
• 1986 – 8ª Conferência Nacional de Saúde: reconheceu-se a importância dos recursos humanos nas políticas 
de saúde e apontam a educação permanente como uma estratégia de solução para essa demanda, ou seja, 
formar e desenvolver os trabalhadores. 
Comentado [FFMJ23]: É aquilo que nos muda por dento e 
por fora. É sentir, perceber, compreender, definir, 
argumentar, discutir e transformar. Além disso, leva em 
consideração os conhecimentos e as experiências prévias 
dos envolvidos. 
20 
 
• 1970 – OPAS: discute-se por meio de documentos da UNESCO as bases para a implementar a educação 
permanente. 
• 1988 – Constituição Cidadã: o artigo 196 diz que “a saúde é dever do Estado e direito de todos. Além desse, 
o artigo 200 afirma que “ao SUS compete ordenar a formação dos recursos humanos na área da saúde. 
• 19 de setembro de 1990 – Lei 8.080: criação e função de uma comissão permanente entre os serviços de 
saúde e os serviços de ensino, ou seja, unir esses dois setores. 
• 2004 – Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (Portaria 198 - PNEPS): estratégia do SUS 
para formar os trabalhadores. Foi um grande movimento para a criação de polos em microrregiões de 
capacitação. Assim, formavam-se facilitadores e estes replicavam esses conhecimentos em seus municípios. 
• 2006 – Pacto pela Saúde (Portaria 399): mostrou a importância em ter a educação permanente, em oferecer 
os direitos ao cidadão, dos benefícios em se ter reformas institucionais no SUS nas três esferas de governo. 
Tudo isso visava promover inovações nos processos de assistência, nos instrumentos de gestão. Redefinem 
a responsabilidade de cada gestor nas esferas e define qual era a necessidade da população e a busca de um 
trabalho com equidade. Reafirma a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Definiu como 
temas prioritários a saúde do idoso; o câncer de colo de útero e de mama; a mortalidade infantil e materna; 
as doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza; a 
promoção da saúde e a atenção básica à saúde. 
• 
• 2007 – Portaria 1996: dispõe sobre novas estratégias de implementar a política de 2004, substituindo os 
polos de capacitação por uma comissão de trabalho de integração entre o ensino e o serviço, ou seja, a 
necessidade da integração da rede de ensino e da rede de prestação de serviços em saúde. 
• 2013 – Portaria 2761: dispõe sobre a educação popular em saúde (da importância de se respeitar 
as individualidades dos indivíduos, a participação popular): 
→ É uma estratégia política e metodológica, que rompe com a tradição autoritária e distanciada da 
educação em saúde. 
→ Atua na microcapilaridade para interferir em estruturas macro, gerando mudanças sociais e 
políticas. 
→ Valoriza a subjetividade, as particularidades do paciente, da família, da população. 
→ Instrumento de gestão participativa. 
→ A participação da população é implícita. 
21 
 
→ O saber é construído a partir e para o saber popular. 
• 2017 – Portaria 3194: fortalece e implementa a política de 2004, oficialmente. 
 
Classificação por Grau de Risco da Família 
• A é importante para definir prioridades na visita 
domiciliar e otimizar os resultados. Realizar esse método permite com que as famílias assistidas sejam tratadas 
com equidade, ou seja, trata-las de acordo com as suas particularidades. Além disso, tem-se a partir desses 
conhecimentos o planejamento de ações importantes para atingir os objetivos desejados. 
• Trabalha-se com todos os tipos de famílias, incluindo as pessoas que mora sozinhas, mas o foco está nas 
famílias de maior risco. 
• Para tanto preenche-se um uma ficha classificatória de tipo A. 
Critérios para a Classificação por Grau de Risco 
 Para definir o grau de riscos, avalia-se: 
→ Fatores socioeconômicos: 
• Alfabetização do chefe da família – este sabe ler e escrever um bilhete simples? 
• Renda familiar – renda mensal da família de até 60 reais [renda por cabeça = valor total da 
renda da casa dividido por cada integrante]. Contudo, o valor da renda da casa deve ser discutido em 
equipe. 
• Abastecimento de água – possui abastecimento de água ou utiliza outros recursos (cisternas, 
poços, água de rios)? 
→ Condições patológicas prioritárias: 
• Crianças com situações de risco – nascimento prematuro, baixo peso. 
• Adolescente de alto risco – usuários de substancias psicoativos, situação de rua, transtornos 
mentais, IST. 
• Adultos com risco cardiovascular alto ou muito alto – HAS, diabetes, tuberculose, 
hanseníase. 
• Gestante de alto risco. 
22 
 
• Idoso com alto risco ou frágil - mora sozinho (+) e tem mais de 60 anos é frágil (+); o idoso 
com mais de 80 anos é frágil (+) e se morar sozinho (+); idoso com mobilidade reduzida (+); 
se o idoso mora com mais alguém, este é pontuado apenas por ser frágil (+). 
• Outras condições ou patologias que são definidas como prioritárias pela equipe de saúde – 
permite abertura para avaliar a “questão” e considera-la como prioritária. 
 
O máximo de pontos é 3 em cada fator. 
O máximo de pontos para a família são 6 pontos. 
 
 
23 
 
 
Paciente índice – é o indivíduo entrevistado. 
 
FSE = 1 ponto para a água de cisterna 
CP = 1 ponto para a criança com patologia 
2 pontos = risco médio 
 
Sistemade Informação em Saúde 
• Uma informação permite que decisões sejam tomadas em determinada abrangência de trabalho. Esta quando 
é na área da saúde é um esteio para a gestão dos serviços (orienta a implantação, acompanhamento e 
avaliação). 
 
Vigilância em Saúde 
É o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública (melhorar as existentes), incluindo a 
regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde. Assim, busca a proteção e 
promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças. 
24 
 
- Política Nacional de vigilância em Saúde (2018): a integralidade (princípio do SUS) pressupõe a inserção de 
ações de vigilância em saúde em todos os pontos da RAS por meio de articulação, construção de protocolos, 
linhas de cuidado, matriciamento da saúde, definição de estratégias na organização dos fluxos. Considera as 
contribuições de outras disciplinas, membros, especialidades. Trabalha de maneira descentralizada. Necessário 
articulação entre as vigilâncias (ambiental, epidemiológica, sanitária). A atuação deve ser transversal. A 
equidade deve ser contemplada (toda a população do país, priorizar territórios e grupos de pessoas em maior 
vulnerabilidade). 
É segmentada em: vigilância epidemiológica [conjunto de ações que vai produzir conhecimentos, detecção e 
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde – adota medidas de 
prevenção e controle de doenças e agravos], sanitária [é uma ação normativa e fiscalizatória sobre os serviços 
prestados – UBSF, comércios, produtos – avaliam e previne riscos possuindo uma relação constante com a 
sociedade], ambiental [propicia o conhecimento e detecção de mudanças dos fatores determinantes e 
condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana] e saúde do trabalhador [avalia as 
condições de trabalho por meio de ações de vigilância epidemiológica e sanitária – visa a promoção e proteção 
da saúde e recuperação e reabilitação da saúde].

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