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SURTO DE CRESCIMENTO PUBERAL: RAIO X CARPAL E MATURAÇÃO CERVICAL · Antes do pico: ortopedia mecânica e correção de compensações dentárias · Pico de crescimento: ortopedia funcional, mecânica e ortopedia + ortodontia. Está relacionada com o surto de crescimento mandibular (o surto de crescimento da estatura) · Após o pico de crescimento: ortodontia corretiva + cirurgia ortognática · Indicadores biológicos: idade cronológica e mental, medidas de peso e estatura, grau de formação e mineralização dos dentes, características sexuais secundárias, maturação óssea (rx carpal e vértebras cervicais) · Com 9 anos, já tem o começo da formação do 3º molar · Fatores: genéticos (hereditariedade e mutações) e ambientais (locais e congênitos) RAIO X DE MÃO E PUNHO · Vantagens: grande quantidade de centros de ossificação em uma área relativamente pequena e bem delimitada; técnica radiográfica simples e de fácil execução; baixa dose de radiação · O que observar durante a interpretação radiográfica? Aparecimento inicial de centros de ossificação específicos; definição e caracterização dos ossos por diferenciação gradual de forma e fusão das epífises com as diáfises · Epífeses: emendas. Como se fosse as cartilagens · Diáfises: são as falanges. São os ossos · Há 30 centros de ossificação · Surgem as epífises, vão ficando do tamanho da diáfise e a emenda some · Técnica radiográfica: mão apoiada sobre o porta-filme; dedos espalmados; polegar e indicador formam ângulo de 30°; eixo maior do terceiro dedo alinhado com o eixo maior do antebraço · A partir da análise de uma curva de padrão de velocidade de crescimento estatural, é possível: determinar o grau de maturidade esquelética de um indivíduo; estimar a época de ocorrência do surto de crescimento puberal; estabelecer uma correlação entre o crescimento estatural e o crescimento craniofacial · O osso rádio está alinhado com o polegar · Para ortodontia, o com mais precisão é as vértebras · FD= falange distal. Epífises das falanges distais com a mesma largura das diáfises. Significa que falta aproximadamente 2 anos para o início do surto de crescimento (SCP). · A máscara facial e usada para tratar classe III e desloca a maxila pra frente · FP: Falange proximal. Epífises das falanges proximais com a mesma largura das diáfises. Falta aproximadamente 1 ano para o início do SCP · FM: epífises das falanges medianas com a mesma largura das diáfises. Faltam aproximadamente de 4 a 6 meses para o início do SCP. · G1: início do aparecimento do gancho radiopaco no osso hamato. Sinaliza o início do SCP. Melhor época no máximo para iniciar o tratamento que precisa de surto crescimento. A identificação desta fase é muito importante para um melhor aproveitamento de toda a extensão do surto. A idade cronológica varia de acordo com a criança · Psi: visualização do osso pisiforme. A ossificação do pisiforme é um indicador do início da adolescência · R= epífise do rádio com a mesma largura da diáfise. · FDcap: capeamento epifisário nas falanges distais · S: visualização do osso sesamóide. O aparecimento do sesamoide precede o pico máximo de crescimento estatural. Significa que se passaram 6 meses do início do SCP · G2: gancho radiopaco nitidamente visível no corpo do osso hamato. Faltam aproximadamente 3 meses para o pico de velocidade do SCP · Quando tiver no pico de estatura, não vai ter ganho ortopédico · Entre FPcap e FMcap: pico de velocidade de crescimento puberal · Rcap: capeamento epifisário no rádio. Já se passaram 3 meses após o Pico de Velocidade de Crescimento Puberal (PVCP) · M-FDui: menarca. Indica que faltam aproximadamente 6 meses para o final do SCP (surto de crescimento puberal) · FDut: união epifisária total nas falanges distais. Sinaliza o fim do SCP, mas não indica que o crescimento cessou · Rut: União epifisária total do rádio. Indica o final do crescimento na maxila. No entanto, o crescimento estatural e do côndilo mandibular só cessam 1 ou 2 anos a união total do rádio · O crescimento residual da mandíbula faz com que os dentes inferiores possam sofrer apinhamento · Enquanto existir linha radiolúcida de cartilagem entre epífise e diáfise ao nível do rádio, estatura e mandíbula continuam crescendo · Apinhamento ântero-inferior durante a fase de pós-contenção, coincidindo com o irrompimento dos 3º molares · Se está em topo, a tendência é ser classe III · Senilidade: término real do crescimento; final da contenção ortodôntica e momento propício para as cirurgias ortognáticas MATURAÇÃO VERTEBRAL CERVICAL · Presença ou ausência de uma concavidade na parede mais baixa da borda do corpo de C2,C3 e C4 · Forma do corpo de C3 e C4: tem quatro formas básicas que são consideradas: trapezoide, retangular horizontal, quadrado e retangular vertical. · Trapezoide: a borda superior se afila de posterior para anterior · Retangular horizontal: as alturas das bordas posterior e anterior são iguais e as bordas superiores e inferiores são mais longas que as bordas anteriores e posteriores · Quadrado: as bordas posteriores, superiores, anteriores e inferiores são iguais · Retangular vertical: as bordas posteriores e anteriores são mais longas que as bordas superiores e inferiores · Fases de maturação: · Fase 1 (CS1): antes da fase de raio x carpal. É mais ou menos com o FD=. As bordas inferiores de C2 e C4 são planas. Os corpos de C3 e C4 são em forma de trapézio. O pico de crescimento mandibular irá ocorrer daqui 2 anos · Fase 2 (CS2): uma concavidade está presente na borda inferior de C2. Os corpos de C3 e C4 são em forma de trapézio. O pico de crescimento mandibular acontecerá em média 1 ano após esta fase · Fase 3 (CS3): uma concavidade está presente nas bordas inferiores de C2 e C3. Os corpos de C3 e C4 mudam a sua forma de trapézio para retangular horizontal. O pico de crescimento mandibular acontecerá durante o ano desta fase. · Fase 4 (CS4): uma concavidade está presente nas bordas inferiores de C2, C3 e C4. Os corpos de C3 e C4 são retangulares horizontal. Formato de sabonete. O pico de crescimento mandibular aconteceu de 1 a 2 anos antes dessa fase · Fase 5 (CS5): as concavidades nas bordas inferiores ainda estão presentes em C2, C3 e C4. Pelo menos um dos corpos C3 ou C4 estão quadrados. O pico de crescimento mandibular terminou há pelo menos 1 ano. · Fase 6 (CS6): as concavidades nas bordas inferiores ainda estão presentes e C2, C3 e C4. Pelo menos um dos corpos C3 ou C4 estão quadrados. O pico de crescimento mandibular terminou há pelo menos 2 anos. · Sempre olhar a fase e contar o número de concavidades. Somar o número de concavidades mais uma indica a fase · O tratamento deve ser iniciado no máximo na fase 2 para 3 · Na fase 5, não vale a dica, mas o corpo está mudando para quadrado · Estágio 5 e 6 já passou bastante do pico de crescimento · Se for usar um aparelho ortopédico pra ficar 1 ano ou 1 ano meio, deverá ser começado no estágio de CS 3 · No estágio 4, já está na curva descendente · O fato de usar um aparelho estimula o crescimento · Não colocamos o aparelho muito cedo porque não iremos ter o estímulo de crescimento quando estiver no surto · Os dentes se movimentaram bastante e não aumentam a mandíbula, isso faz com que tenha ganho de milímetros. Se colocar muito cedo, corrige os dentes mas tem menos ganho esquelético (tem mais recidiva, fazendo com que o paciente seja tratado por mais tempo) · CS5: formato de marshmallow · Conclusões: o método é aplicável, porém não deve ser utilizado isoladamente. Confiabilidade comparável ao de mão e punho. Reduz custo e exposição aos raios x, pois a telerradiografia lateral cefalométrica já faz parte da documentação ortodôntica
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