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1 PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO Gizelle Felinto INTRODUÇÃO ➢ O Pré-natal de alto risco: • Abrange aquelas pacientes que têm alguma comorbidade pré-existente à gestação, chegando ao pré-natal com algum risco, ou que durante a gestação adquire alguma comorbidade, configurando alto risco à gravidez • É o cuidado da saúde da gestante e do concepto, atuando em caráter preventivo, assistencial e educacional, nas pacientes com comorbidade adquirida durante a gestação ou fora dela ➢ Objetivos do pré-natal de alto risco: • Diagnosticar ou confirmar gravidez, quando ainda existem dúvidas • Proporcionar higidez ao organismo materno (orientar hábitos de vida, dieta e atividade física) • Amparar a gestante social e psicologicamente • Educar para o parto • Ensinar noções de puericultura • Pesquisar e tratar estados mórbidos pré-existentes que compliquem ou agravem a gestação e o parto • Prevenir, diagnosticar e tratar patologias próprias da gravidez • Reduzir a morbimortalidade materna, perinatal e neonatal ➢ Epidemiologia: • As 3 principais causas de mortalidade materna no Brasil são: ▪ Hipertensão → é a principal causa no Brasil ▪ Hemorragia → principal causa no mundo ▪ Aborto • Mortalidade materna → pacientes que vão ao óbito desde a gestação até o puerpério (42 dias após o parto) • A maioria das gestações de alto risco são “encerradas” antes do final da 40ª semana. Assim, a maioria dos bebês nascem prematuros INDICAÇÕES DE ALTO RISCO ➢ FATORES INDIVIDUAIS E SOCIOECONÔMICOS DESFAVORÁVEIS: • Idade materna ≤ 15 anos ou ≥ 35 anos: ▪ Gestante ≤ 15 anos → é considerada de alto risco porque não apresenta um psicológico bem estabelecido, ainda está na fase de crescimento e sua estrutura óssea ainda não está bem formada para suportar uma gestação ▪ Gestante ≥ 35 anos → é de alto risco devido ao fato de que nessa idade as mulheres apresentam uma probabilidade maior de desenvolver, por exemplo hipertensão e diabetes (quando ela já não apresenta antes da gravidez) e algumas síndromes (Ex: a incidência da Síndrome de Down está mais relacionada a filhos de mães mais velhas) • Altura materna ≤ 1,45 metros: ▪ Gestantes com menor de 1,45m têm uma facilidade maior de desenvolver uma Desproporção Cefalopélvica (DCP), fazendo com que o parto seja uma cesariana ▪ Além disso, também apresentam uma maior probabilidade de desenvolver diabetes gestacional • Peso materno inadequado (< 45 kg ou > 75 kg): ▪ Mulheres desnutridas (< 45 kg) → tem uma maior probabilidade de desenvolver o Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR) ▪ Mulheres Obesas (> 75 kg) → apresentam um maior risco de diabetes, hipertensão, doenças vasculares, (Ex: trombose venosa - pois realizam menos exercícios), aumento do colesterol, aumento dos triglicerídeos, esteatose hepática aguda... • Esforço físico excessivo, carga horária extensa: ▪ Pois essas mulheres serão mais estressadas, terão uma má alimentação e não terão o repouso necessário para uma boa gestação • Exposição a agentes físico-químicos nocivos: ▪ Exemplo → mulheres que trabalham com inseticidas • Intervalo entre os partos (interpartal) < 2 anos ou > 5 anos: ▪ Intervalo < 2 anos → se deve ao fato de que o organismo dessa mulher ainda não está recuperado de uma gravidez anterior. Muitas vezes, a mulher engravida com menos de 2 anos de intervalo e ainda está amamentando seu filho ▪ Intervalo > 5 anos → deve-se ao fato de que com esse intervalo, o organismo irá se comportar como se fosse a primeira gestação • Estresse: ▪ É uma condição psicológica que tem grande interferência na gravidez, aumentando os riscos de depressão pós-parto • Má aceitação da gravidez: ▪ Como a mulher não se encontrava psicologicamente preparada para engravidar, pode-se aumentar os riscos de depressão pós-parto • Situação conjugal insegura: ▪ Risco de depressão pós-parto • Dependência de drogas lícitas e ilícitas: ▪ Tem relação principalmente com o Crack e com a Cocaína: ✓ Cocaína → diminui a produção do colágeno. Assim, mulheres usuárias de cocaína têm uma probabilidade maior de romper a membrana amniótica e, consequentemente, perder líquido antes do período gestacional ideal para dar a luz, fazendo com que ela desenvolva Amniorrexe prematura e, como consequência, infecção intra- amniótica ➢ HISTÓRIA REPRODUTIVA ANTERIOR: • Abortamento habitual: ▪ Quando uma mulher tem abortamentos precoces no primeiro trimestre da gestação, deve-se pensar que ela tem uma insuficiência da progesterona (insuficiência Lútea) ▪ Em pacientes com mais de 2 abortamentos pode-se pensar que ela é portadora de Trombofilia ▪ Mulheres que apresentaram abortamentos tardios (depois de 15 a 16 semanas de gestação), deve-se 2 PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO Gizelle Felinto pensar que talvez ela tenha uma insuficiência Istmo- cervical • Morte perinatal explicada e inexplicada: ▪ Exemplo → bebê que veio ao óbito ainda intraútero ou bebê que morreu pouco tempo após nascer ▪ A principal causa de morte perinatal é a Diabetes Gestacional • História de recém-nascido (CIUR ou Malformação): ▪ Nesses casos, deve-se pensar em uma insuficiência placentária ou em Diabetes Gestacional, por exemplo • Parto pré-termo anterior: ▪ É a principal causa para que o próximo parto também seja pré-termo • Esterilidade/Infertilidade: ▪ Mulheres com história de esterilidade/infertilidade que conseguiram engravidar por meio de reprodução assistida, por exemplo, já configuram uma gravidez de alto risco • Intervalo interpartal < 2 anos ou > 5 anos • Nuliparidade ou Multiparidade (≥ 5 partos): ▪ Esse risco é ainda maior quando a gestante tem menos de 15 anos ou mais de 35 anos • Síndrome hemorrágica ou hipertensiva • Diabetes gestacional • Cirurgia uterina anterior (incluindo 3 ou mais cesáreas anteriores) ➢ CONDIÇÕES CLÍNICAS PREEXISTENTES: • Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) • Cardiopatias • Pneumopatias (incluindo Asma Brônquica) • Nefropatias: ▪ Exemplos: ✓ Insuficiência Renal Crônica ✓ Transplantados • Endocrinopatias: ▪ Principalmente diabetes e tireoidopatias • Hemopatias: ▪ Exemplos: ✓ Anemia Falcifome ✓ Talassemia • Doenças Neurológicas: ▪ Exemplo → Epilepsia • Doenças Psiquiátricas: ▪ Exemplos: ✓ Depressão grave ✓ Psicoses ✓ Esquizofrenia • Doenças Infecciosas: ▪ Deve-se considerar situação epidemiológica local • Doenças Autoimunes: ▪ Exemplo → Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) ou outras colagenoses • Ginecopatias: ▪ Exemplos: ✓ Malformação uterina ✓ Tumores anexiais ✓ Miomatose • Neoplasias: ▪ Exemplos: ✓ Neoplasia Intraepitelial Cervical III (NIC III) ✓ Câncer de colo uterino ✓ Leucemia ou outras neoplasias ➢ FATORES RELACIONADOS À GRAVIDEZ ATUAL: • Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR): ▪ Os bebês crescem pouco durante a gravidez, devido a algum problema durante a gestação → normalmente, isso ocorre quando a gestante é desnutrida, hipertensa, diabética, tabagista ou usuária de drogas, ou quando apresenta alguma arbovirose, toxoplasmose ou citomegalovírus • Prematuridade (Idade Gestacional de 22,1 semanas até 36,6 semanas) • Polidrâmnio ou Oligodrâmnio • Gemelaridade • Malformações fetais ou arritmia fetal • Evidência laboratorial de proteinúria • Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) • Desnutrição materna severa • Obesidade mórbida • Neoplasia Intraepitelial Cervical III (NIC III) • Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-Rads 3 ou mais • Distúrbios hipertensivos da gestação: ▪ Exemplos: ✓ Pré-Eclâmpsia ✓ Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) Crônica • Infecção do Trato Urinário (ITU) de repetição ou Pielonefrite • Anemia grave • Doenças Infecciosas: ▪ Exemplos: ✓ Hepatite ✓ Toxoplasmose ✓ Síndrome da Imunodeficiência Adquirida(SIDA/AIDS) ✓ Sífilis Terciária ✓ Condiloma Genital • Rubéola e Citomegalovirose na gestação atual URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ➢ Quando a gestante apresenta alguma comorbidade que está alterando o seu estado geral, deve-se encaminhá-la para a urgência e emergência ➢ Nos seguintes casos deve-se encaminhar as gestantes para a Urgência e Emergência, e não para o pré-natal de alto risco: • Síndromes Hemorrágicas, independentemente da idade gestacional: ▪ Qualquer sangramento deve ser encaminhado! ▪ Exemplos de Síndromes Hemorrágicas: ✓ Placenta Prévia ✓ Descolamento Prematuro da Placenta (DPP) 3 PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO Gizelle Felinto • Suspeita de: ▪ Pré-Eclâmpsia ▪ Eclampsia ▪ Síndrome HELLP → paciente com pré-eclâmpsia grave que apresenta Hemólise (H), níveis elevados de enzimas hepáticas (EL) e contagem baixa de plaquetas (LP) • Suspeita/diagnóstico de: ▪ Pielonefrite → febre, dor lombar, queixas urinárias... ▪ Infecção intra-amniótica ▪ Ou de qualquer outra infecção que necessite de internação hospitalar • Suspeita de Trombose Venosa Profunda (TVP) em gestantes • Amniorrexe Prematura • Trabalho de parto prematuro/Ameaça de prematuridade: ▪ Exemplo: paciente com 30 semanas de gestação apresentando dor, contrações uterinas, dilatação do colo do útero... → deve-se levar essa paciente para a urgência e emergência, para que seja feita a inibição do trabalho de parto prematuro • Pós-maturidade • Hipertermia • Suspeita/diagnóstico de Abdômen Agudo: ▪ Exemplos: ✓ Apendicite ✓ Colecistite • Investigação de Prurido/Icterícia Gestacional • Vômitos Incoercíveis (Hiperêmese Gravídica): ▪ Exemplo: são aquelas mulheres que vomitam mais de 5 vezes em um episódio só → essas pacientes desidratam. Assim, na urgência elas devem ser hidratadas, fazendo-se a reposição de eletrólitos • Crescimento Intrauterino Restrito (CIUR): ▪ Na urgência e emergência deve ser feito pelo menos um Dopplerfluxometria • Oligodramnio: ▪ Essas mulheres devem ser levadas à urgência e emergência para que seja investigada a causa dessa menor produção de líquido amniótico • Óbito fetal CONSULTA PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO ➢ A época de início do pré-natal deve ser o mais precoce possível! • Exemplo: mulher hipertensa grávida → é essencial que o pré-natal dessa gestante seja iniciado o mais cedo possível, pois a prevenção para que ela não desenvolva pré-eclâmpsia deve ser iniciada entre 12 e 16 semanas de gestação ▪ O ideal seria que essa mulher hipertensa fosse acompanhada antes mesmo de engravidar, com a consulta pré-concepcional ➢ CONSULTA PRÉ-CONCEPCIONAL: • É a consulta feita antes de a mulher engravidar, sendo essencial principalmente naquelas que já apresentam alguma patologia que colocaria a gestação em risco • Quando realizar → o ideal é que seja feita 3 meses antes de engravidar • Prescreve-se os seguintes: ÁCIDO FÓLICO → ajuda no fechamento do tubo neural ✓ Dosagem: o 0,4 a 0,8 mg/dia → na população de baixo risco ou se for dosado o ácido fólico e essa gestante estiver com boas taxas o 5 mg/dia → na população de alto risco ou na população em geral, caso não se consiga dosar o ácido fólico ✓ Pode ser recomendado até o final da gestação para prevenir Anemia Megaloblástica ✓ Normalmente, é usado apenas até a 12ª semana de gestação (ou, no máximo, à 14ª), para prevenir os defeitos do tubo neural (Ex: Anencefalia, Espinha bífida, Hidrocefalia, Mielomeningocele...) ➢ NÚMERO DE CONSULTAS NO PRÉ-NATAL: • O Ministério da Saúde (MS) e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) preconizam, no mínimo, 6 consultas: ▪ 1ª consulta → até 16 semanas (avaliar o risco obstétrico) ▪ 2 consultas no 2º trimestre ▪ 3 consultas no 3º trimestre (avaliar o risco perinaral e as intercorrências dessa fase): ✓ Baixo risco → consulta mensal até 36 semanas e depois quinzenal ✓ Alto risco → depende da patologia • No pré-natal de alto risco, o número de consultas varia de acordo com a patologia da paciente • Exemplos: ▪ Gestante hipertensa crônica → número de consultas: ✓ Consultas mensais até a 32ª semana ✓ Consultas quinzenais da 32ª até a 36ª semana ✓ Consultas semanais até o final da gestação (38ª semana) ▪ Gestante Diabética → número de consultas: ✓ Consultas mensais até a 28ª semana ✓ Consultas quinzenais da 28ª até a 34ª semana ✓ Consultas semanais após a 34ª semana ➢ NÃO existe alta do pré-natal de alto risco! → o acompanhamento da mulher só deve ser encerrado após o puerpério tardio (até o 42º dia do pós-parto) ➢ SOBRE AS CONSULTAS NO PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO: • A porta de entrada para o pré-natal de alto risco é a Unidade Básica de Saúde (UBS), onde vê-se a presença de algum fator de risco para a gestação e encaminha-se essa gestante para o pré-natal de alto risco • Tem uma Equipe Multidisciplinar, composta por: ▪ Enfermeiro, técnico de enfermagem, psicóloga, nutricionista, fisioterapeuta, assistente social, dentista e médicos (obstetras e de outras especialidades) ✓ Obstetra → as pacientes de alto risco serão acompanhadas pelo médico obstetra, que deve ter formação em alto risco para acompanhar essa paciente 4 PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO Gizelle Felinto ✓ Psicólogo → para pacientes com algum transtorno psiquiátrico (Ex: depressão, psicopatia, bipolaridade...), que não desejam a gravidez, que apresentam uma situação conjugal insegura, que tem medo de perder o bebê... ✓ Nutricionista → para pacientes desnutridas, diabéticas, com ganho de peso exagerado... ✓ Fisioterapeuta → para preparar a gestante para o parto ✓ Dentista → é importante sua participação, pois, por exemplo, uma simples cárie dentária pode fazer com que a gestante desencadeie um trabalho de parto prematuro • Calendário de consultas → o número de consultas varia de acordo com a patologia que a gestante apresenta • A gestante não deve faltar às consultas • O pré-natal deve ser sempre compartilhado → como o número de obstetras é pequeno, é importante que essa gestante faça o seu acompanhamento pré-natal tanto na Unidade Básica quanto no pré-natal de alto risco. Além disso, esse pré-natal compartilhado também ajuda para que a gestante não se afaste do pré-natal e deixe de ir às consultas • Avaliação Clínica → deve ser completa e bem realizada, valorizando os agravos que possam estar presentes ▪ É essencial que a gestante seja ouvida! → para que sejam ouvidas suas queixas e retiradas suas dúvidas ▪ Orientações: ✓ Sempre orientar o uso de repelentes, devido principalmente ao vírus Zika ✓ Vacina contra a Covid-19 → deve ser feita em todas as gestantes (exceto naquelas que são menores de idade, caso ainda não seja indicada a vacinação de acordo com a sua idade) ✓ Orientações gerais → evitar excesso de sal, de doce... • Pré-natal do parceiro → é essencial que seja realizado! Assim, o parceiro tem direito à: ▪ Realização de exames ▪ Consulta com o dentista ▪ Atualização do cartão vacinal • Exame Físico Geral: ▪ Geralmente, essas pacientes de alto risco têm alguma comorbidade, devendo-se direcionar o exame físico geral ▪ Exemplo: ✓ Gestante com cardiopatia → avaliação cardiovascular (pressão arterial, ausculta cardíaca...) ✓ Gestante asmática → avaliação do aparelho respiratório (ausculta pulmonar, frequência respiratória...) • Avaliação Obstétrica → analisa-se os seguintes: ▪ Idade Gestacional → pode ser calculada de 3 formas diferentes, sendo através de um dos seguintes: ✓ Data da Última Menstruação (DUM): o Conta-se o número de dias desde a DUM até a data em que se está realizando a consulta e divide-se por 7, obtendo-se a idade gestacional ✓ Ultrassonografia corrigida (preferencialmente a 1ª ultrassonografia)→ assim, é essencial que a gestante tenha uma USG do1º trimestre, pois essa é a idade gestacional mais fidedigna da ultrassonografia o Conta-se o número de dias desde a realização do primeiro ultrassom até a data em que se está realizando a consulta e divide-se por 7. Depois, soma-se esse resultado ao número de semanas que a ultrassonografia acusou o Atenção → se a diferença entre a Idade Gestacional da DUM e da Ultrassonografia for maior que 10 dias, diz-se que houve um erro de data. Assim, essa paciente deve ser sempre corrigida pela idade gestacional da ultrassonografia ✓ Altura de fundo de útero (Regra de McDonald’s): 𝐼𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐺𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 (𝐼𝐺) = 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑑𝑒 ú𝑡𝑒𝑟𝑜 𝑥 7 8 o Mede-se o fundo de útero, multiplica-se por 7 e depois divide-se por 8, obtendo-se a idade gestacional aproximada o Não é a mais fidedigna! → pois, por exemplo, se a paciente tem CIUR, com um bebê pequeno, ou oligodrâmnio, a idade gestacional sempre será menor do que aquilo que realmente é. O contrario também ocorre, pois, uma gestação múltipla, uma gestante com polidrâmnio ou uma gestação macrossômica, por exemplo, sempre darão uma idade gestacional maior do que aquele que realmente é ▪ Ganho ponderal ▪ Pressão arterial ▪ Crescimento intrauterino ▪ Condições de vitalidade fetal: ✓ Auscultar o bebê (pelo sonar) → para saber os BCFs (Batimentos Cardíacos Fetais) o Pode-se contar em 15 segundos e multiplicar por 4, em 30 e multiplica-se por 2 ou em 1 minuto ✓ BCF → tanto a bradicardia quanto a taquicardia fetal são preocupantes o BCF < 110 bpm → Bradicardia fetal ❖ Ex: paciente com pouco líquido amniótico ou bebê em sofrimento fetal podem causar a bradicardia fetal o BCF > 160 bpm → Taquicardia fetal ❖ Ex: paciente com febre ou com taquicardia materna pode causar uma taquicardia fetal 5 PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO Gizelle Felinto ▪ Crescimento fetal • Exame Físico Obstétrico: ▪ Manobras de Leopold → só se consegue realizá-las quando a gestante está com > 20 semanas de gestação ✓ Até as 20 semanas, que é quando o fundo de útero estará abaixo da cicatriz umbilical, só se consegue fazer a medição da altura de fundo uterino e a ausculta fetal ✓ Ou seja: o > 20 semanas → manobras de Leopold, altura do fundo de útero e ausculta fetal o < 20 semanas → altura do fundo de útero e ausculta fetal ▪ Batimentos Cardíacos Fetais (pelo sonar) • Repercussões mútuas entre condições clínicas da gestante e a gravidez (fisiologia da gestação e fisiopatologia das doenças): ▪ Na consulta pré-natal sempre se deve relacionar as queixas da paciente com a patologia que ela apresenta ou se essas queixas são apenas relacionadas a própria fisiologia da gestação ▪ Exemplo: gestante com cefaleia e aura: ✓ Quando uma mulher está gestante e queixa-se de cefaleia: o Paciente > 20 semanas de gestação → suspeitar de pré-eclâmpsia (> 140x90 mmHg) o Paciente < 20 semanas de gestação → suspeitar de crise hipertensiva ✓ Diante disso, verifica-se a Pressão Arterial (PA) da paciente: o Se PA 120x80 → não suspeitar mais de Pré- eclâmpsia, devendo-se procurar outra causa para a cefaleia (Ex: enxaqueca, problema oftalmológico...) • Parto: ▪ É muito frequente que nas consultas as gestantes procurem saber como será o parto ▪ Assim, deve-se esclarecer à gestante e à família sobre o momento do parto e salientar que gravidez de alto risco não é sinônimo de cesárea ▪ Só se pode dizer o tipo de parto da gestante quando ela chegar ao termo ou então na última consulta pré-natal, quando se tem quase certeza de como será o parto dessa paciente, principalmente se ela tiver alguma patologia • Aspectos emocionais e psicossociais: ▪ É essencial que se tenha uma equipe multidisciplinar, para melhor acompanhar a ansiedade, as dificuldades de adaptação, a negação... DURAÇÃO DA GESTAÇÃO ➢ Os 9 meses completos (como a duração da gestação é popularmente conhecida) → duram cerca de 40 semanas ou 280 dias ➢ Gestação a Termo: • Vai de 37 semanas até 42 semanas ➢ Gestação Pré-Termo: • Vai de 22 semanas e 1 dia até 36 semanas e 6 dias ➢ Gestação Pós-Termo (Gravidez Serotínia ou Pós-datismo): • A partir de 42 semanas ➢ Abortamento: • Abaixo de 22 semanas EXAMES COMPLEMENTARES ➢ ULTRASSONOGRAFIA (USG) OBSTÉTRICA: • Em relação ao pré-natal de risco habitual, o Ministério da Saúde não coloca a realização da ultrassonografia como obrigatória durante o pré-natal, podendo esse pré-natal ser feito sem a necessidade da USG. Porém, quando se fala em pré-natal de alto risco, é essencial que seja feita a USG, e a primeira ultrassonografia deve ser feita no primeiro trimestre da gestação • Primeiro Trimestre (até 13 semanas): ▪ Essa Ultrassonografia é chamada de USG Morfológica do Primeiro Trimestre ▪ Observa-se o desenvolvimento embrionário nesse período gestacional crítico ▪ Serve para avaliar os seguintes aspectos: ✓ Translucência Nucal (TN): o Trata-se de uma prega que existe na cabeça do feto, e serve para media a quantidade de líquido na região da nuca do feto, tendo uma medida padrão. o Assim, se essa medida da TN estiver alterada, significa que o bebê pode ter alguma síndrome (Ex: Down, Turner...) o Quando se está diante de uma TN alterada → deve-se avisar a mãe sobre a possibilidade de o bebê apresentar alguma síndrome e perguntar se ela deseja continuar a investigação. Assim, se ela desejar continuar, deve-se fazer uma Biópsia de Vilo Corial (BVC). Porém, se ela não desejar continuar a investigação, deve- se respeitar a decisão da paciente e aguardar o nascimento do bebê para confirmar ou não a presença de alguma síndrome o Atenção! → uma TN alterada não é indicação de interrupção da gravidez ✓ Morfologia: o Consegue-se ver toda a morfologia do feto a partir das 12 semanas de gestação o Exemplo: Pode-se observar que o bebê tem anencefalia → nesse caso, deve-se falar para a mãe que, por lei, ela pode interromper a gravidez. Porém, se ela não desejar, pode- se continuar com a gravidez • Segundo Trimestre (entre 14 e 27 semanas): ▪ É a ultrassonografia morfológica propriamente dita 6 PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO Gizelle Felinto ▪ Geralmente, faz-se entre 20 e 24 semanas de gestação ▪ Avalia os seguintes: ✓ Crescimento fetal → analisa se o bebê está crescendo bem ✓ Placenta → se está normal ou alterada ✓ Líquido amniótico → avalia a quantidade de líquido amniótico ✓ Malformação → analisa se há alguma malformação que não foi vista na USG do primeiro trimestre ▪ Assim, nesse período, a USG ajuda no diagnóstico precoce de malformações e de alterações do desenvolvimento • Terceiro Trimestre (> 28 semanas): ▪ Essa USG avalia a preparação para o parto e faz uma avaliação e controle da vitalidade fetal ▪ Avalia os seguintes: ✓ Peso e posição do bebê ✓ Quantidade de líquido amniótico ✓ Vitalidade fetal ▪ Faz-se essa USG do terceiro trimestre para avaliar o perfil biofísico fetal ➢ TIPAGEM SANGUÍNEA (ABO e Rh): • Importância de se saber a tipagem sanguínea da gestante → existe uma patologia denominada Isoimunização Rh (Eritroblastose Fetal) que pode ocorrer durante a gestação, podendo fazer com que o bebê tenha, por exemplo, anemia ou insuficiência cardíaca, ou até mesmo levá-lo ao óbito fetal, devido à tipagem sanguínea da paciente e do seu parceiro, principalmente em relação ao fator Rh • Sistema ABO: ▪ Se o pai e a mãe do bebê tiverem tipagem sanguínea diferente (Ex: mãe O e pai A) → essa criança pode ter icterícia por incompatibilidade ABO • Fator Rh: ▪ Caso a mãe seja Rh negativo e o pai Rh positivo → na hora do parto, o bebê, caso seja Rh positivo, pode criar anticorpos contra o sangue da mãe. Assim, em uma próxima gestação, caso essa mulher não utilize a Imunoglobulina, pode ocorrera destruição das hemácias do próximo bebê que ela terá. Isso também pode ocorrer, por exemplo, nos seguintes casos: ✓ Mulher Rh negativo que, durante a gestação, foi transfundida com sangue Rh positivo → deve-se fazer a imunoglobulina ✓ Mulher que teve um abortamento ou algum sangramento durante a gestação → deve-se fazer a imunoglobulina ▪ Se a mãe for Rh negativo: ✓ Deve-se classificar a tipagem sanguínea do companheiro: o Pai Rh positivo ou fator Rh desconhecido → solicitar Coombs Indireto ✓ Coombs Indireto: o É um teste feito na gestante para saber se ela está isoimunizada o Coombs Indireto negativo → deve-se repetir o coombs indireto a cada 4 semanas, a partir da 24ª semana o Coombs Indireto positivo → deve-se proceder de acordo com a titulagem: ❖ < 1/16 → Repetir mensalmente o Coombs indireto ❖ > 1/16 → Realizar Doppler da Artéria Cerebral Média para avaliar anemia fetal - Ou seja, se o Coombs começar a subir, deve-se avaliar o grau de anemia fetal pelo Doppler, vendo-se a necessidade ou não de transfusão intraútero, que é feito por meio da Cordocentese • Mãe Rh negativo + Pai Rh positivo + Coombs Indireto negativo: ▪ Quando o bebê nasce, até 72 horas pós-parto deve-se fazer a Imunoglobulina, para que essa mãe não se sensibilize e possa engravidar novamente sem problemas, pois a Eritroblastose Fetal ocorre na segunda gravidez, depois que a mãe é sensibilizada ➢ HEMOGRAMA: • Solicita-se, principalmente, para avaliar se há algum grau de anemia • Normalmente, gestantes são, por natureza, hemodiluídas. Ou seja, são pacientes que, geralmente, sempre terão uma hemoglobina um pouco mais baixa do que as mulheres não gestantes • Hemoglobina (Hb) → valores e condutas: ▪ Hb ≥ 11 g/dL (valor normal) → faz-se profilaticamente: SULFATO FERROSO – 1 vez ao dia o Deve ser prescrito da 12ª semana, que é quando, normalmente, interrompe-se o ácido Fólico, até o final da gestação o Pode ser iniciado desde o início da gestação, caso a gestante leve um hemograma acusando anemia ▪ Hb de 9 a 11 g/dL: SULFATO FERROSO – 2 vezes ao dia (ingerir antes das refeições) ✓ Solicitar Parasitológico de Fezes: o Pois a principal causa de anemia é parasitose o Caso seja positivo, deve-se tratar a parasitose ▪ Hb de 6 a 9 g/dL: FERRO INJETÁVEL (Noripurum® endovenoso): o Deve-se fazer em dias alternados, durante 2 semanas ou mais. Depois, deve-se repetir novamente o hemograma para ver a Hemoglobina ▪ Hb < 6 g/dL: HEMOTRANSFUSÃO ✓ Deve-se pedir a análise do hematologista, para que seja investigada a causa dessa anemia grave 7 PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO Gizelle Felinto • Leucócitos: ▪ Valor normal → até 15.000 (sem desvio à esquerda) ✓ Exemplo: Leucócitos de 12.000 com desvio à esquerda já significa que há alguma alteração • Plaquetas: ▪ Valor normal → a partir de 150.000 ▪ Se for: ✓ < 150.000 → deve-se investigar ✓ < 100.000 com níveis pressóricos elevados → deve-se pensar na possibilidade de Síndrome HELLP ➢ GLICEMIA DE JEJUM: • Glicemia < 92 mg/dL → Normal ▪ Porém, uma glicemia de jejum < 92 mg/dL não afasta a possibilidade de diabetes, por isso que se deve solicitar Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) entre a 24ª e a 28ª semana de gestação • Glicemia de 92 a 126 mg/dL → Diabetes Mellitus Gestacional • Glicemia > 126 mg/dL → Diabetes prévio ➢ ANTI-HIV: • Deve ser voluntário! → assim, se a gestante se negar a realizar, deve-se respeitar sua decisão • HIV negativo → repetir o exame no 3º trimestre e no momento do parto • HIV positivo → iniciar Zidovudina (AZT) a partir da 14ª semana de gestação e encaminhar para serviço especializado ➢ IMUNOFLUORESCÊNCIA PARA TOXOPLASMOSE (IgG e IgM): • A toxoplasmose é uma doença transmitida através do verme do gato. Esse verme entra na pele, cai na corrente sanguínea, atravessa a placenta e passa para o feto, caso não seja tratada. Esse feto contaminado pode nascer com: ▪ Cegueira ▪ Surdez ▪ Malformações... • Resultados: ▪ IgG - e IgM - → Gestante Suscetível ✓ Condutas: o Deve-se repetir o exame no 3º trimestre da gestação, pois ela pode se contaminar durante a gestação o Orientações gerais para a gestante: ❖ Caso a gestante tenha gato, deve-se orientá-la a ter todo o cuidado em relação ao local em que esse gato faz suas necessidades ❖ Não manusear terra sem luva ❖ Não andar descalça ❖ Não comer alimentos crus ▪ IgG + e IgM - → Gestante Imune (já teve contato) ▪ IgG - e IgM + → Gestante Infectada recentemente ✓ Gestante ≤ 16 semanas de gestação → solicitar Teste de Avidez: o Baixa avidez → significa que a infecção é aguda. Assim, a conduta é: ESPIRAMICINA – 1g de 8 em 8 horas ❖ Repetir sorologia para Toxoplasmose em 3 semanas o Alta Avidez → significa que a infecção é mais tardia, não havendo necessidade de tratamento ▪ IgG + e IgM + → condutas: ✓ Solicitar Teste de Avidez, independentemente da idade gestacional ✓ Prescrever logo no início: ESPIRAMICINA – 500mg, 2 comprimidos, via oral, de 8 em 8 horas ✓ Realizar USG Fetal mensalmente → para saber como o bebê está se desenvolvendo, analisar a quantidade de líquido amniótico... o USG sempre normal → utilizar a Espiramicina até o parto o USG alterada → realizar investigação fetal através do PCR no líquido amniótico ou sangue fetal ❖ PCR positivo → deve-se prescrever os seguintes após a 15ª semana até o parto: SULFADIAZINA – 500mg, via oral, 2 comprimidos de 8 em 8 horas PIRIMETAMINA – 25mg, via oral, a cada 12 horas ÁCIDO FOLÍNICO – 15mg/dia ➢ VDRL (SÍFILIS): • VDRL Negativo → repetir o VDRL no 3º trimestre, no parto e em casos de abortamento • POSITIVO (a partir da titulação de 1/4): ▪ Na gestante, geralmente trata-se como uma Sífilis Secundária ou Sífilis Latente: ✓ 1ª opção de tratamento: PENICILINA BENZATINA 2.400.000 UI – intramuscular ❖ Durante 3 semanas a cada 7 dias ❖ É a única droga que atravessa a barreira placentária e trata o feto ✓ 2ª opção de tratamento: CEFTRIAXONA 1g – endovenoso ou intramuscular ❖ 1 vez ao dia, durante 8 a 10 dias ❖ Não atravessa a barreira placentária. Assim, não trata o feto ▪ Controle do Tratamento e Cura: ✓ É feito com o VDRL mensal → assim, se após o tratamento, os títulos do VDRL forem: o Iguais ao VDRL de diagnóstico → esperar mais um pouco, pois o tratamento pode demorar para baixar os títulos o Menores que o VDRL de diagnóstico → significa que o tratamento está funcionando o Maiores que o VDRL de diagnóstico → fazer novo tratamento, pois o inicial não resolveu ✓ Não se deve esquecer de tratar o parceiro! 8 PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO Gizelle Felinto ➢ HEPATITE B: • O ideal é que essa mulher já esteja vacinada com o esquema completo • Se a gestante não estiver completamente vacinada, deve-se orientar a vacinação durante a gestação → com as 3 doses • Se a gestante já for vacinada → solicitar Anti-HBs: ▪ Anti-HBs positivo → paciente imune ▪ Anti-HBs negativo → reiniciar a vacinação e solicitar HBsAg • HBsAg: ▪ Positivo → encaminhar a gestante ao pré-natal de alto risco e ao especialista ▪ Negativo: o Se gestante sem infecção → manter a vacinação o Se gestante com infecção → solicitar o Anti-HBC total e encaminhar para o especialista ➢ SUMÁRIO DE URINA: • É solicitado principalmente para detectar infecção • O ideal é que se solicite o Sumário de Urina e a Urocultura com antibiograma • Bacteriúria Assintomática: ▪ Paciente com infecção urinária acusada em exame e sem sintomas urinários ▪ Pode desencadear um Trabalho de Parto Prematuro • Urocultura: ▪ Quando se tem > 100.000 colônias é que se deve tratar ▪ Porém, como o resultado da urocultura é demorado, deve-se tratar através do sumário de urina • Sumáriode Urina ≥ 8 piócitos por campo com ou sem sintomas → deve-se tratar essa paciente, devido ao risco de desencadear um Trabalho de Parto Prematuro (TPP) • Quando se tem uma Infecção do Trato Urinário (ITU): ▪ Medicações sugeridas: FOSFOMICINA – dose única NITROFURANTOÍNA - 100mg 6/6h (a partir do 2º trimestre) AMPICILINA - 500mg, via oral, 6/6h AMOXICILINA – 500mg, via oral, 6/6h CEFALEXINA – 500mg, via oral, 6/6h ▪ Urocultura → deve ser solicitada antes do tratamento e uma semana após o tratamento • Nos casos de Infecção do Trato Urinário (ITU) for alta: ▪ Solicitar Urocultura ▪ Iniciar um dos seguintes antibióticos injetáveis: CEFAZOLINA – 1g, endovenoso, 8/8h, por 72 horas CEFALOTINA – 1g, endovenoso, 6/6h, por 72 horas ✓ Depois, prescreve-se um antibiótico por via oral • Em casos de Pielonefrite: ▪ Solicitar Urocultura e USG das vias urinárias (para avaliar se há alguma causa obstrutiva) ▪ Iniciar antibiótico: CEFTRIAXONA – 1g, endovenoso ou intramuscular, de 12/12h, por 7 a 10 dias ➢ PARASITOLÓGICO DE FEZES: • Na gravidez, as verminoses devem ser tratadas quando houverem queixas • Tipos de Verminoses e respectivos tratamentos: ▪ Ancilostomíase, Ascaridíase, Enterobíase e Tricuríase: MEBENDAZOL – 100mg, 2 vezes ao dia, via oral, por 3 dias ▪ Teníase: MEBENDAZOL – 200mg, 2 vezes ao dia, via oral, por 4 dias ▪ Estrongilodíase: TIABENDAZOL – 50mg/kg/dia, via oral, 2 vezes ao dia, por 4 dias ▪ Amebíase: METRONIDAZOL – 250mg, via oral, 3 vezes ao dia, por 10 dias ▪ Giardíase: METRONIDAZOL – 250mg, via oral, 2 vezes ao dia, por 7 dias ▪ Esquistossomose e Himenolepis Nana → devem ser tratadas apenas no Puerpério PARTO ➢ O parto da paciente do pré-natal de alto risco depende diretamente da patologia que essa gestante apresenta ➢ A família e a gestante devem ser esclarecidas, de uma maneira compreensível, quanto às opções de parto e aos seus riscos ➢ Atenção → Gravidez de alto risco não é sinônimo de Cesárea! ➢ A indicação da via de parto deve ser feita pelo profissional que for assistir ao parto