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1ª PROVA DE VERTEBRADOS II Matéria: Biodiversidade Répteis: Evolução sistemática, diversidade, características gerais, morfologia externa e interna e reprodução Lepdosauria # BIODIVERSIDADE Diversidade da Vida Animal Biodiversidade = “variedade de vida” – inclui variedades de: • Estruturas e funções nos níveis genéticos; • Espécies; • População; • Comunidade; • Ecossistemas. Divisões mais citadas na atualidade: • Diversidade genética; • Taxonômica ou de espécie; • de ecossistema. Estudo da Biodiversidade = estudo da história da vida Começou há 4,5 bilhões de anos. - Período do surgimento da pluricelularidade; - Grandes planos de organização dos metazoários - Estabelecidos há 430 milhões de anos. - Conquista da terra – 1º vegetais, 2º invertebrados e por fim os vertebrados. Os 4 países megadiversos são: China, EUA, Brasil e Austrália. O Brasil é o campeão absoluto em biodiversidade terrestre, reúne 13% de toda a vida natural do planeta. A maior diversidade e na floresta tropical – Amazônia. O Cerrado do Brasil Central • Segundo maior bioma brasileiro, com 20% do território, 20% inalterado e 1,2% protegido; • Contém as três maiores bacias hidrográficas sul-americanas; • Possui diversas fitofisionomias o que garante uma biodiversidade imensa; • É degradado mais rápido que a Amazonas. • Incluso recentemente na lista dos 25 hotspots; # EVOLUÇÃO DOS RÉPTEIS, SISTEMÁTICA E DIVERSIDADE 1- Evolucão Répteis: Etmologia: latim – reptum, rastejar / grego: herpeton, réptil Origem e evolução: • Evoluíram a partir de anfíbios labirintodontes; • Cerca de 60 milhões de anos depois que os anfíbios surgiram; • Vertebrados Predominantes desde o Permiano até o Cretáceo; Primeiros tetrápodes a apresentarem estruturas para a adaptação terrestre completa: • Tegumento resistente ao ressecamento (queratina); respiração pulmonar eficiente (algumas adaptações em répteis aquáticos) • Fecundação interna - órgão de cópula (exceto em Rhynchocephalia). ►Pênis em Testudines e Crocodylia ► Hemipênis em Lepidosauria •Proteção dos ovos contra o dessecamento: Ovos com casca (coriácea / calcárea) Proteção do embrião contra choques mecânicos - membranas extra-embrionárias. ► Âmnion → envolve a cavidade amniótica → ambiente aquático onde flutua o embrião ► Alantóide → funciona como superfície respiratória e como local para armazenamento de excretas nitrogenadas ► Córion → através da qual passam livremente o oxigênio e o gás carbônico. Ovos com bastante vitelo desenvolvimento diretos, sem fase larval aquática. “A era dos répteis” Os gêneros variavam de pequenos a gigantescos, de herbívoros a carnívoros, de vagarosos a velozes; Vários grupos voltaram para o ambiente aquático, tornando-se hábeis nadadores; Pelo menos um grupo invadiu o ambiente terrestre-aéreo; Nenhum táxon de vertebrados, até à época, havia se tornado tão diverso em hábitos. Répteis • Recobertos por escamas córneas; • A maioria tem garras; • Costelas utilizadas para favorecer a entrada do ar nos pulmões; • Coluna Vertebral: Diferenciada e mais firme à cintura pélvica; • Quase nenhuma característica é exclusiva do táxon; • Coração e sistema circulatório únicos do grupo; • Foram o primeiro grupo a realizar invasão efetiva da terra; • São os ancestrais das aves e dos mamíferos, sendo grupo chave na evolução dos vertebrados. Os Amniotas são divididos em função da fenestração temporal em: Anapsida (sem fenestra temporal)- Testudines Sinapsida (com uma fenestra temporal)- Mammalia Diapsida (com duas fenestra temporais)- Aves e demais répteis (Crocodylia, Lepidosauria) A aceitação do crânio Euryapsida (fenestra temporal superior) é ainda muito problemática, estando está inclusa como Diapsida. Ela possui apenas uma abertura temporal. · Anapsida Refere-se a ausência de aberturas que formam o teto na região temporal do crânio. São divididos em: Cotylosauria e Testudines. Cotylosauria: Criaturas pequenas, semelhantes a lagartos; Abundantes durante o Permiano; São os répteis mais primitivos, deram origem a muitos, senão a todos os outros grupos. Testudines: Compreende as tartarugas, jabutis e cágados; Possuem corpo largo e encouraçado; Crânio, pernas e partes moles permaneceram primitivos · Diapsida Possuem duas aberturas temporais no crânio e uma origem comum; É dividido em três grupos: Lepidosauria, Archosauria, Euryapsida. Lepidosauria • Primeiros a surgir após os Anapsida; • Alcançou o máximo de abundância após a extinção dos dinossauros; • Possuem orifícios entre os ossos do palato; • Dentes tanto no céu da boca quanto nas margens; • Representados pelos lagartos, serpentes, anfisbenas e as tuataras. Lagartos: A maioria possui pernas e cauda Anfisbenas: Hábito subterrâneo, podem ou não ter pernas anteriores pequenas. Serpentes: Provavelmente se desenvolveram de um ancestral cavador semelhante a lagartos, perderam praticamente qualquer vestígio das pernas e em geral têm crânio modificado para engolir presas de diâmetro igual ou superior ao do corpo. Tuataras: Assemelham-se a um lagarto grande e robusto. Distribuição restrita a Nova Zelândia. Único gênero: Sphenodon – muito antigo (135 milhões de anos). Possui sistemas esquelético e circulatório primitivos. Archosauria Retenção das duas aberturas temporais e palatos duros abertos; Com frequência existem aberturas no crânio em frente à órbita e nas laterais da mandíbula; Dentes são marginais. Divididos em Dinosauria e Crocodylomorpha e Pterosauria. Dinosauria • Tendiam ao gigantismo e bipedalismo, por isso o nome “Arcossauros” ao grupo: O que governa + lagarto; • Saurishia – inclui aqui o grupo ancestral das aves (Theropoda) e os grandes dinossauros, incluindo os carnívoros; • Ornithischia – maioria herbívoros. Euryapsida Sauropterygia: aquáticos Plesiossauros. Corpos largos e volumosos, caudas afiladas sem lobos, apêndices pares em forma de remo, cabeças rômbicas e pescoços longos. Compartilham a posição de uma única abertura temporal remanescente, os táxons são bem distintos, provavelmente não constituem um grupamento natural Ichthyosauria: aquáticos. Contornos semelhantes aos dos golfinhos, caudas como as do peixe, olhos grandes e rostro alongado. · Synapsida • Carnívoros terrestres de tamanho moderado; • Apenas uma abertura temporal; • Nunca tendiam ao bipedalismo; • Grupo mais complexo eram os Therapsida, que são o antepassado dos mamíferos. 2- Sistemática - Sistemática Tradicional Classe Reptilia Ordem Crocodylia: crocodilos, gaviais, jacarés. Ordem Chelonia: jabutis, tartarugas, matá-matá, cágados Ordem Rhynchocephalia: tuatara Ordem Squamata Subordem Ophidia ou Serpentes: serpentes Subordem Sauria ou Lacertilia: lagartos Subordem Amphisbaenia: cobra-de-duas-cabeças - Sistemática Cladística Três linhagens distintas: Testudines (Testudinata / Testudinomorpha) - jabutis, tartarugas, matá-matá, cágados; Lepidosauria - anfisbenas, tuatara, lagartos e serpentes; Crocodylia – crocodilos, jácares, gaviais 3- Diversidade • Ainda não há um prognóstico minucioso da posição mundial do Brasil em termos de riqueza herpetofaunística. • Essa estimativa está sendo estudada pela SBH, porem para a maioria dos países de rica biodiversidade e grande área territorial falta listas completas e atuais. • Tudo o que temos, por enquanto, são simples conjecturas. •O Brasil continua a ocupar a segunda colocação na relação de países com maior riqueza de espécies de répteis; fica atrás apenas da Austrália (com 864 espécies registradas, segundo Wilson & Swan, 2008), mas suplanta México, Índia, Indonésia, Colômbia, China e Peru, aproximadamente nessa ordem. Riqueza de Répteis no Brasil •Até dezembro de 2012 foram reconhecidas 744 espécies de répteis naturalmente ocorrentes no Brasil: 36 quelônios, 6 jacarés, 248 lagartos, 68 anfisbenas e 386 serpentes. •Considerando táxons em nível de subespécie o total de formas de répteis registradas para o Brasil salta para 790, das quais 374 são endêmicas doPaís. # RÉPTEIS: CARACTERÍSTICAS GERAIS E MORFOLOGIA EXTERNA E INTERNA Répteis, aves e mamíferos formam um grupo denominado Amniota cujas apomorfias são: • Ovo amniótico (membranas extra - embrionárias); • Pele impermeável; • Ventilação costal (costelas). 1- Características Gerais: - Corpo coberto com pele seca e cornificada, geralmente escamas ou escudos; - Poucas ou nenhuma glândula no tegumento; - Dois pares de extremidades, tipicamente com 5 dedos terminados em garras córneas e adaptadas para correr, rastejar, trepar ou nadar. Podem ser reduzidos ou ausentes (alguns lagartos, serpentes e anfisbenas). - Esqueleto ossificado e crânio com 1 côndilo occipital. - Coração tricavitário. Tetracavitário nos crocodilianos; - Respiração sempre pulmonar. Cloacal em tartarugas aquáticas; - Doze pares de nervos cranianos; - Ectotérmicos; - Fecundação interna, com órgãos copuladores; Ausentes em Rhynchocephalia: junção de cloacas - Ovos grandes; - Muito vitelo; - Casca córneas ou calcáreas. - Podem ser postos ou retidos na fêmea para o desenvolvimento – alguns lagartos e serpentes; - Filhotes nascem semelhantes aos adultos. 2- Morfologia externa Divisão do corpo: - Da extremidade anterior até o timpano – Não é bem delimitada naqueles que só possuem ouvido interno (serpentes, alguns lagartos e anfisbenas); Cabeça: - Boca – uma fenda ampla; - Duas narinas, comunicadas internamente, voltada para cima nas espécies aquáticas; - Dois olhos, pálpebras superior e inferior (ausência em serpentes – óculo e anfisbenas); - Membrana nictante – se movimenta de frente para trás em alguns crocodilianos; - Olhos pedunculados (camaleão) - Olho pineal – alguns lagartos e tuatara Pescoço: - Liga a cabeça ao tronco; - A primeira vértebra é o atlas e a segunda o axis; - Sem condições de delimitações nos répteis serpentiformes Tronco: - Do pescoço até a cloaca; - Maioria é mais ou menos cilindrico; - Testudinata: carapaça, cauda é considerada toda estrutura caudal; - Cloaca: fenda tranversal em serpentes, lagartos e anfisbenas; fenda longitudinal em crocodilianos. Cauda: - da cloaca a extremidade posterior (exceto nos Testudinata); - maioria com forma cônica com função de auxiliar a manutenção da linha de direção. - Serpentes marinhas: cauda comprimida lateralmente.. · Locomoção: - Lagartos • Bipedalia; • Formas do deserto com membranas interdigitais; • Alguns saltam, dando impulso com as pernas posteriores reforçado mediante movimentos da cauda; ►Possui habilidade incrível ocorre devido à anatomia das pernas posteriores do lagarto, com seus dedos bem alongados e unidos uns aos outros por membranas de pele, para distribuir melhor o peso do animal. Quanto menor (e mais leve) o indivíduo, maior a distância percorrida sem afundar. ➽ Encontrado próximo a rios e lagos nas selvas das Américas Central e Sul ➽ Alimenta-se de insetos, ovos, flores e pequenos vertebrados como peixes e aves. Basiliscos – lagarto-jesus • Movem-se sobre paredes lisas como as lagartixas (Gekkonidae) – dedos com almofadas laminares na face ventral – interação atômica temporária com a parede graças a estruturas microscópicas existentes nos seus dedos conhecidas como setas – cada seta possui uma ponta em forma de brócolis com 400 a 1000 espátulas de meio milésimo de milímetro cada uma, são estas pontas que trocam elétrons com paredes e outras superfícies. = Camaleões tem cauda preênsil e dedos anteriores e posteriores dispostos de forma a permitir fixação nos galhos das árvores; = Outros lagartos possuem cauda longa e preênsil e dedos longos com longas garras que os auxiliam na fixação a galhos. - Algumas espécies escavam, serpenteiam; - Alguns utilizam a força motriz da cauda para nadar, e as cristas dorsais servem como estabilizadores (iguanas dos Galápagos e varanos). - Alguns deslizam no ar – voam, como o Draco: possui prolongamentos de pele entre os membros anteriores e posteriores (membrana sustentada pelas costelas). - Anfisbenas Escavam realizando ondulações laterais do corpo. - Testudinata - Escavadores: utilizam normalmente membros posteriores (maioria para fazerem os ninhos em areia, barro ou terra); - Caminham: movimentos opostos dos membros anteriores e posteriores (tanto aquáticos como terrestres); - Nadam: pés em forma de remo nas tartarugas marinhas, com membranas interdigitais nas espécies de água doce (tartarugas dulcícolas, cágados e matá-matá). - Rincocefálio - Sphenodum punctatus e S. guntheri - nadam e caminham. - Serpentes - Escavadoras – hábito fossorial; - Nadadoras – movimentos serpenteantes (cobra-do-rio, sucuri). Cauda achatada tipo remo (Pelamis, Laticauda); - Deslizar – Dendrophidion dendrophis é uma serpente arborícola que se desloca como flecha por meio de bombeamento do ventre (“voam”); - terrestres: por movimentos serpentiformes também chamado de movimento ondulatório horizontal e por deslizamento retilíneo (maioria); - Outras ainda apresentem movimento chamado acordeom ou movimento de lagarta. - Crotalus cerastes se desloca em zigzag, também conhecido como movimento em “J” – deixa rastos em forma da letra “J” na areia do deserto. · Tegumento - Epiderme e derme pluriestratificados; - Pele seca e dura em crocodilianos e alguns Testudinata; - Epiderme queratinizada e bastante cornificada; - Escamas, escudos, formações córneas especializadas, glândulas, coloração. - Escamas: são pregas da epiderme. A parte superior (ápice) de uma escama pode ser mais cornificada que a inferior (base); Se dispõem em fileiras longitudinais ou transversais; Formas variadas: pequenas e granulosas em tuatara, lâminas que se superpõem em lagartos e serpentes. - Tegumento - Pele - Escudos: são placas córneas de maior tamanho. - Formações córneas especializadas - 3 tipos: 1- Cornos: na cabeça de algumas serpentes (Crotalus cerastes – USA e México, Cerastes cerastes – África) camaleões e Phrynosoma cornutus (sapo-de-chifre); 2- Cristas e colares: em muitos lagartos (iguanas, Chlamydosaurus kingii – Austrália e Nova Guiné); 3- Ossificações dérmicas: característico em Testudinata e em Crocodilia. Alguns escamosos também possuem como a tuatara e as serpentes-cegas que tem finas escamas ósseas dérmicas debaixo das escamas da epiderme. - Glândulas: poucas ou nenhuma, dois tipos: 1- Secreção e defesa: serpente Natrix tem glândulas cloacais com odor fétido para afugentar inimigos; 2- para atração e reconhecimento sexual: 2.1- crocodilianos - glândulas de almíscar no tronco e na região da cloaca, já as glândulas da linha mediana do corpo tem função desconhecida; 2.2- muitos lagartos - poros femorais e anais que são aberturas de glândulas cutâneas, presentes nos dois sexos, porém mais desenvolvidas nos machos estão relacionadas ao comportamento sexual; 2.3- algumas serpentes - glândulas nucais e outras como as glândulas cloacais; 2.4- alguns Testudinata - glândulas no bordo da mandíbula. - Coloração: se deve a cromatóforos (melanóforos, lipóforos, guanóforos). As mudanças estão relacionadas ao: Sistema Neural, estímulo nervoso, sistema hormonal (hipófise, glândulas suprarenais), luminosidade e temperatura ambiental. 3- Morfologia interna · Sistema Esquelético: Crânio: + ossificado que anfíbios; Variações na região temporal – Anápsida – Testudinata, Diápsida – demais répteis viventes; Alguns lagartos e Tuatara – orifício parietal – olho pineal; Palato secundário: Incompleto – Testudinata; Completo – Crocodilia - 1 côndilo occipital; - Osso quadrado: fusionado - Testudinata, Crocodilia e na Tuatara; móvel – Lagartos e Serpentes. - Coluna Vertebral com regiões distintas: cervical, dorsal, lombar, sacral e caudal (Serpentiformes - não distinta); - Vertebras: Anficélicas em Sphenodon e procélicas nos demais; - Todas as vertebras podem ser providas de costelas, exceto região caudal. - Cintura escapular: escápula, coracóide, clavícula, interclavícula ou episterno; · Crocodilianos: faltam as clavículas; · Testudinata: incorporam a clavícula e episterno na carapaça; · Serpentes: carecem de cintura escapular. - Cintura Pélvica: ílio, ísquio e púbis;· Serpentes: carecem de cintura pélvica, Boidae – apresenta vestígios. · Sistema Muscular • Maior desenvolvimento dos músculos axiais e do tronco que anfíbios, devido a maior desenvolvimento das costelas e dos tipos de locomoção avançados. • Testudinata: a presença da carapaça diminuiu a necessidade da musculatura axial. • Serpentes: possuem músculos cutâneos ou dérmicos que permitem elevação e abaixamento das escamas ventrais, propiciando a locomoção por deslizamento. · Sistema Circulatório: células sanguíneas EritrócitosLeucócitos: . Basófilos . Eosinófilos . Neutrófilos . Linfócitos . Monócitos . Heterófilos . Azurófilos Átrio está sempre completamente dividido, 2 átrios; Alguns répteis: Seio venoso se incorpora à parede do átrio direito; Ventrículo parcialmente dividido, exceto crocodilianos – 2 ventrículos; Presença de forame de Pannizzae – abertura entre os arcos aórticos – nos crocodilianos. · Sistema Digestório Tipos de dentes: acrodontes – tuatara, pleurodontes – lagartos e serpentes, tecodontes – crocodilianos. Testudinata – apresentam placa cortante. Répteis não aquáticos tem as glândulas da boca mais desenvolvidas que os anfíbios Dentição especializada em serpentes: áglifa isodonte, áglifa anisodonte, opistóglifa, proteróglifa e solenóglifa. Glândulas: palatina, labial, lingual e sublingual. - Sublingual modificada para a produção de peçonha - Glândulas parótidas modificadas para a produção de peçonha - Língua: Camaleões da África e Índia – extremamente grande, ponta grossa e mucosa para capturar insetos; Alguns lagartos e serpentes – desenvolvida e bífida (transfere estímulos químicos para os órgãos vomeronasais – órgão de Jacobson); Testudinata e Crocodilia – língua não distensível. - Esôfago mais longo que o dos peixes e anfíbios; - Estomago com forma e capacidade variada; - Crocodilianos – estomago semelhante ao das aves, com moela (indica ancestral comum); - Intestino mais enrolado do que os anfíbios; - Surgiu pela primeira vez nos vertebrados o ceco ou divertículo cecal, entre o intestino delgado e grosso. Não existe em todos os répteis; - Intestino grosso desemboca na cloaca; - fígado bilobado e pâncreas. · Sistema Respiratório - Maior número de câmaras internas e alvéolos do que os anfíbios; - Alguns lagartos e serpentes têm um pulmão maior que o outro. Pulmão esquerdo reduzido ou ausente em répteis serpentiformes; - Traquéia e brônquios podem ser curtos e simples; - Testudinata de pescoço longo têm traquéia longa e às vezes com curvas; - Alguns lagartos possuem brônquios subdivididos em primários, secundários e terciários. -Cartilagens traqueais estão bem desenvolvidas e pode haver cartilagens nos brônquios; - Deglutem ar e utilizam as costelas e os músculos abdominais para aspirar ar até os pulmões. · Sistema urogenital • Rins: do tipo metanefro. • Ureteres • Bexiga urinária: Presente: alguns lagartos, crocodilianos, quelônios Ausente: serpentes e algumas espécies de lagartos Excreta de excesso de sal: Secreção de sal pelas narinas, em forma de jatos. Glândula sublingual posterior excreta um líquido com cloreto de sódio concentrado Glândulas secretoras de sal nos cantos dos olhos - Ovários e testículos pares; - Alguns répteis: ovários cheio de linfa como anfíbios, outros sólidos como nas aves e mamíferos; - O epidídimo surge pela primeira vez nos vertebrados; - Fêmeas: 2 ovários, ovidutos e útero (dilatação do oviduto). Estrutura tipo clitóris na cloaca das fêmeas de crocodilianos. - Machos: dois testículos, epidídimo, canal deferente. · Sistema Neural - Cerebelo maior que dos anfíbios; - 12 pares de nervos cranianos. # REPRODUÇÃO Oviparidade: desenvolvimento independente do adulto; Pelo menos em seus últimos estágios – ovipostura. Euoviparidade – ovipostura nos estágios recentes de desenvolvimento do embrião; Metoviparidade – ovipostura tardia (retenção do ovo). Viviparidade: vínculo completo de dependência (parental ou de outro adulto) em todos os estágios de desenvolvimento embrionário através de pseudoplacenta ou euplacenta. Filhotes nascem do adulto. → Xenoviviparidade: pseudoplacenta → Meroviviparidade: euplacenta ➽ Protoviviparidade: com grande reserva de vitelo. Ocorre em todos os outros vertebrados merovivíparos com grandes recursos de vitelo para embrião. ➽ Euviviparidade: com pouco ou nenhum recurso de vitelo, está limitada aos mamíferos atuais. # TESTUDINATA Testudinata: tartarugas, cágados, jabutis e matá-matá •Casco - consiste de 2 partes: –Carapaça (dorsal) –Plastrão (ventral) •Revestimento externo - grandes placas ásperas e duras; •Camada de segmentos ósseos - forma o verdadeiro casco protetor; •Encontro carapaça/plastrão (ponte) •abertura para a cabeça, pernas e cauda. •Fósseis mais antigos – Triássico: possuíam pequenos dentes, localizados no palato e a mandíbula era desdentada. •As tartarugas modernas – possuem placas cortantes, ausência total de dentes - Distribuição: por todo o mundo em zonas tropicais e temperadas. - Únicos répteis que possuem uma carapaça embutida no esqueleto, permitindo ao animal se esconder inteiramente dentro dela. - São os répteis mais antigos e os que menos mudaram nos seus 200 milhões de anos de história. - Duas linhagens principais: Cryptodira e Pleurodira. Cryptodira • Podem, por meio de uma curva na coluna vertebral, no pescoço, colocar diretamente e em um só movimento, a cabeça dentro do casco. Pleurodira • Apenas conseguem colocar a cabeça dentro do casco através de movimentos laterais Diferenças entre espécies aquáticas (turtle / cágado, tartaruga dulcícola, tartaruga-marinha, matá-matá) e espécimes terrestres (tortoise/ tartaruga-terestre, jabuti) #CROCODILIA • Descendentes da linhagem Archosauria que deu origem à grande irradiação de dinossauros e aves • Atualmente representados por 3 famílias: - Crocodylidae: crocodilos (ampla distribuição e uma espécie marinha) - Alligatoridae : jacarés (Novo Mundo) - Gavialidae: gaviais (Índia e em Burma) •Crânio alongado e robusto, muito resistente •Mandíbula forte, com grande abertura e fechamento rápido e poderoso •Dentes inseridos em cavidades (tecas) – dentição tecodonte •Palato secundário completo •Coração com 4 câmaras # JACARÉS DO BRASIL Paleosuchus - Crânio sem carena óssea. - Duas espécies: P. palpebrosus: jacaré-coroa, caimão-de-cara-lisa, 1,5m, Bacia Amazônica, Paraná, Paraguai, São Francisco. P. trigonatus: jacaré-coroa, pagua, 2,2m, Bacia Amazônica Melanosuchus e Caiman - Crânio com carena óssea Melanosuchus - Palpebras estriadas radialmente; - 4 – 5 séries transversais de pequenos escudos pós-occipitais; - 17 – 19 verticilos caudais com vértices duplos. Melanosuchus niger: caimão-preto, jacaré-açú, jacaré-gigante, jacaré-arurá, 4 – 5 m, Bacia Amazônica Caiman Pálpebras verrugosas; - 2 – 3 séries transversais de pequenos escudos pós-occipitais; - 11 – 16 verticilos caudais com vértices duplos. • Caiman crocodilus: jacaré-negro, jacaretinga, 2,3m, Bacia Amazônica e Paranaíba; • Caiman yacare: jacaré-do-pantanal, 2,4m, Bacia do Paraguai; • Caiman latirostris: jacaré-do-papo-amarelo, jacaré-do-focinho-largo, ururau, 2m, encontrado do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul e ainda Bacia do Paraná e Paraguai. # LEPIDOSAURIA: · TUATARA •Tuataras não são lagartos; •Foram inclusos na ordem Rhyncocephalia; •Hoje estão no táxon Lepidosauria •Fósseis de rincocefalianos de pequeno a médio porte eram muito comuns no mundo há cerca de 225 e 120 milhões de anos atrás, muito antes do primeiro dinossauro aparecer na Terra; •Há cerca de 60 milhões de anos atrás eles ficaram praticamente extintos, exceto por uma pequena população que vive na Nova Zelândia. •Os tuataras diferem dos lagartos em vários aspectos: –Não possuem ouvido médio ou externo, –Apresentam uma extensão de suas costelas, em forma de gancho, –Possuem duas grandes aberturas em cada lado do crânio, imediatamente atrás e acima da cavidade ocular –Machos não possuem órgão de cópula • Apresentam um lendário "terceiro olho“ (olho pineal), que é parte de um complexo órgão situado no topodo cérebro, ainda quando jovem este olho é coberto por uma escama opaca; • Nos lagartos este órgão é envolvido na regulação da temperatura do corpo, testes experimentais falharam ao testar esta mesma função nos tuataras. •Mais ativos durante a noite •Passam o dia escondido em buracos e tocas, ou, aquecendo seu corpo na entrada desses buracos. •Sempre haverá apenas um tuatara por buraco. • Atividade: • máxima → ocorre em temperaturas entre 17 e 20ºC (baixa para um réptil). - A atividade começa a decair a medida que a temperatura abaixa, tornando-se praticamente inativos há 7ºC. · SQUAMATA: 1- LAGARTOS • Grupo mais recente e diversificado; • 95% de todos os répteis; • Grupo extremamente diversificado; • Habitam regiões quentes e áridas; • Hábitos terrícolas, fossórios, aquáticos, arborícolas e planadores; • Mais conhecidos: Lagartixas ou Geckos; • Outros exemplos: iguanídeos, bribas, camaleões; • 4 membros (em alguns grupos podem ser reduzidos); • Lagartos de vidro (cobra de vidro) – perda secundária dos membros; • Corpo relativamente curto; • Olhos com pálpebras móveis, boa visão diurna (cones e bastonetes); • Ouvidos externos (audição não muito importante); • Exceção feita as lagartixas – utilizam da vocalização para delimitar territórios. • O Brasil possui uma das maiores faunas de lagartos do mundo: - Diversidade de ecossistemas; - Elevada extensão territorial; - Eventos históricos de mudanças climáticas e geográficos durante o Pleistoceno (Período Quaternário, Era Cenozóica) na América do Sul; - 11 famílias – total de 228 spp. 2- IGUANIDAE • Lagartos arborícolas; • Tamanho relativamente grande quando adultos; • Crista dorsal; • escama grande abaixo do ouvido; • cauda muito longa; • herbívoros; • ovíparos; • mais ou menos 8 gêneros; • Iguana iguana 3- HOPLOCERCIDAE • Relativamente pequenos; • terrestres; • corpo robusto; • cauda curta e grossa, recoberta por espinhos; • essencialmente carnívoros; • 2 gêneros no Brasil; • Hoplocercus spinosus - Escavam todas: fecham orifício com a cauda. 4- POLYCHROTIDAE • Arborícolas; • Cauda longa; • Relativamente pequenos; • Ovíparos (1 a vários ovos); • Anolis – 1 ovo • São artrópodos-generalistas; • Brasil – 2 gêneros, 17 spp. 5- GEKKONIDAE • em geral de pequeno tamanho; • pele revestida pro grânulos; • dedos com lamelas adesivas; • olhos com pupilas verticais; • maioria com pálpebra imóvel; • vivem em troncos, cascas de árvores ou bromélias; • Ovíparos (1 – 2 ovos) • Brasil: 12 gêneros, 31spp. 6- TROPIDURIDAE Espécies com diferentes graus de arborealidade; Liolaemus – essencialmente terrícola; Tropidurus – certo grau de arborealidade; Uranoscodon – arborícola; Tamanho moderado; Brasil – 6 gêneros, 35 spp. Dragão-de-cômodo - Família: Varanidae; - Espécie: Varanus komodoensis; - Maior lagarto do mundo; - Massa e Tamanho: Até 125kg, 3.1 metros; - Vive aproximadamente 50 anos; - Distribuição: Komodo, Rinca e duas outras ilhas menores na Indonésia. - Dieta: Porcos, cabras, veados, búfalos, cavalos, dragões pequenos, pessoas. # Dragão-de-cômodo Reprodução: ovíparos, colocandode 15 a 40 ovos no fim da estação chuvosa. -São caçadores habilidosos que, freqüentemente, caçam em grupos grandes animais; - Normalmente, os animais que conseguem escapar das suas garras, morrem por infecções de uma bactéria alojada na boca do dragão. #Monstro-de-gila Família: Helodermatidae; Gênero: Heloderma; Distribuição: Sudoeste da América do Norte (EUA e México); Tamanho: 50 cm. É o maior lagarto norte americano; Ambiente: Regiões desérticas; Longevidade: Chega aos 20 anos; Dieta: pequenos mamíferos, aves, lagartos e ovos, pode comer uma quantidade equivalente a 50% do seu próprio peso; Reprodução: de julho a agosto, fêmea põe de 1 à 12 ovos; Curiosidades: Não conseguem saltar/pular; O Hemipênis é utilizado como afrodisíaco. Única gênero de lagartos peçonhentos; Peçonha produzida nas glândulas sub-maxilares; Peçonha usada para caçar e se defender, animal pouco agressivo; Toxina: gilatoxina; Toxinas únicas e distintas das dos outros animais; Relatos de casos são raros; Principais efeitos: danos teciduais, dor acentuada, aumento da pressão sanguínea com angioedema, coagulopatias, hipotensão, infarto do miocárdio, taquicardia e falência renal. São relatados efeitos neurológicos 7- AMPHISBAENIA • Cobra-de-duas-cabeças; • Grupo altamente especializado; • Hábitos fossórios, movendo-se muito bem para frente e para trás; • Corpo cilíndrico e alongado, não possui vestígios de membros externos; • Pele flexível dividida em inúmeros anéis; • Ausência de olhos e ouvidos visíveis; • Encontrados na América do Sul e África tropical; • Brasil – 6 gêneros, 61 spp. 8- SERPENTES • Desprovidas de membros, cintura pélvica e escapular (vestígios em pítons, jibóias); • Numerosas vértebras mais curtas e largas; • Córnea permanentemente protegida por uma escama modificada transparente; • Mobilidade reduzida do olho; Não possuem ouvido externo ou membrana timpânica – ouvido interno; - Quimiorrecepção; - Olfato – órgãos de Jacobson; - Pele coberta por escamas; · Diferenciação das principais famílias: - Boídes - Viperídeos - Colubrídes - Elapídeos Passo a passo... 1- Olhar se tem fosseta loreal. Sim: Viperídeo Não: Boídeo, Colubrídeo, Elapídeo 2- Olha se tem placa cefálica: Sim: Colubrídeo ou elapídeo. Não: Boídeo 3- Olha se tem anéis. Sim: Elapídeo ou Colubrídeo Não: Colubrídeo 4- Olhar se os anéis se fecham Sim: Elapídeo ou Colubrídeo Não: Colubrídeo 5- Distância do olho a boca e diâmetro do olho: Diâmetro do olho menor que a distância: Elapídeo. Diâmetro do olho maior que a distância: Colubrídeo · Clínica de Acidentes Ofídicos 1- Acidente Botrópico (jararacas) · Reações Imediatas - Eritema, se visível; - Dor intensa e irritante; - Edema firma, progressivo; - Petéquias, sufusões e flictemas hemorrágicas após 2 horas; - Cengivorragias. · Reações Posteriores (a partir de 2 horas) - Alterações do TC; - Hemorragias difusas pelos orifícios naturais; - Mal estado geral e choque; - Óbito (por choque, trombose ou outras causas) Tratamento: Sôro anti-botrópico / polivalente (botrópico-crotálico); Tratamento complementar: Antí histamínico, Antibiótico terapia, Analgésicos, banhos antissépticos. 2- Acidente Crotálico (cascavel) - Ausência de reação local na área da picada; - Dificuldades de locomoção (marcha cambaleante); - Descordenação motora e bloqueio de membros posteriores (varia de intensidade conforme o teor de crotamina da peçonha); - Apatia, anorexia; - Decúbito esterno abdominal e posteriormente lateral; - Ausência de reflexo pupilar fotomotor; - Ausência ou presença de hemoglobinúria; - Sialorréia, paresia de rúmum (ruminates) e meteorismo agudo; - Óbito a partir de 6 horas Tratamento: Sôro anti-crotálico / polivalente (botrópico-crotálico); Tratamento complementar: Hidratação e diurese forçada, Manitol a 20% em associação com lasix e Aminofilina. 3- Acidente Elapídico (corais-verdadeiras) - sintomas que surgem precocemente, em menos de uma hora após a picada. - dor local; - parestesia com tendência a progressão proximal; - vômitos; - fraqueza muscular progressiva; - ptose palpebral; - oftalmoplegia; - presença de fácies miastênica ou "neurotóxica“; - mialgia localizada ou generalizada, dificuldade para se manter ereto, dificuldade para deglutir; -paralisia flácida da musculatura respiratória compromete a ventilação, podendo evoluir para insuficiência respiratória aguda e apnéia. - O acidente elapídico é considerado muito grave, podendo causar a morte em curto intervalo. Tratamento: administraçãodo soro antielapídico. Tratamento complementar: adequada assistência ventilatória, boa hidratação, analgesia, cuidados locais e antibioticoterapia.
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