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Universo das Possibilidades
Professora Mª. Fabiana Coelho Couto Rocha Corrêa Ferrari
Teoria e Prática da Atividade Motora Adaptada 
Introdução
Particularidades
Competências
Inclusão
Alto rendimento
Introdução
Modelo Médico
Modelo Pedagógico
Introdução - Desenvolvimento
1986 I Simpósio Paulista de Educação Física Adaptada
1988 1º curso de especialização 
1989 International Federation of Adapted Physical Activity -ISAPA
Introdução - Desenvolvimento
1994 Sociedade Brasileira de Atividade Motora Adaptada (SOBAMA)
2010 Academia Paralímpica Brasileira (APB)
2008 O Brasil fica entre os 10 primeiros nas olimpíadas paralímpicas
Introdução - Desenvolvimento
Jogos Paralímpicos 
Introdução - Desenvolvimento
Jogos Paralímpicos 
Introdução - Desenvolvimento
7 categorias de esporte
Introdução - Desenvolvimento
Esportes praticados no Ensino Fundamental
Introdução - Desenvolvimento
Esportes praticados no Ensino Fundamental
Introdução – Muito Além da Deficiência
24% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência (visual, motora, auditiva ou intelectual);
Além das deficiências citadas acima, a atividade física adaptada engloba pessoas com doenças crônicas, metabólica, ou de ordem imunológica, hematológica, distúrbios psiquiátricos, dentre outros.
Introdução – Muito Além da Deficiência
Deficientes e Especiais
https://www.youtube.com/watch?v=aww32PsnHQI
Introdução – Conceito
Pessoa com deficiência (PCD): Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interações com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas;
A Lei Federal n° 13.146/2015, que regulamenta internamente as disposições da Convenção da ONU, prevê em seu artigo 2º:
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Introdução – Conceito
Múltiplas deficiências: duas ou mais deficiências; 
Deficiência inata: adquirida desde o nascimento, na formação do embrião;
Deficiência adquirida: adquirida após o nascimento;
Deficiência permanente: não modifica o quadro com o tempo;
Deficiência transitória: pode ser modificada com o passar do tempo.
Introdução – Conceito
NÃO SE USA:
 
 PORTADORES 
 DEFICIENTES
Introdução – Conceito
Este termo faz referência a algo que se "porta", como algo temporário, quando a deficiência, na maioria das vezes, é algo permanente. 
A expressão “portador de deficiência" pode se tornar um estigma por meio do qual a deficiência passa a ser a característica principal da pessoa em detrimento de sua condição humana, o que não é compatível com um modelo inclusivo, que visa a promoção da igualdade e não discriminação.
Introdução – Conceito
A utilização do termo isolado ressalta apenas uma das características que compõem o indivíduo, ao contrário da expressão "pessoa com deficiência", que mostra-se mais humanizada ao ressaltar a pessoa à frente de sua deficiência, valorizando-a independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou intelectuais.
Atividade Física e Deficiência Visual
Professora Mª. Fabiana Coelho Couto Rocha Corrêa Ferrari
Teoria e Prática da Atividade Motora Adaptada 
Deficiência Visual
O que é deficiência visual? 
Quando uma pessoa possui ou não deficiência visual? 
Quem usa óculos é deficiente visual? 
E quem enxerga com apenas um dos olhos?
Deficiência Visual - Conceito
A deficiência visual é caracterizada pela perda parcial ou total da capacidade visual, em ambos os olhos, o que leva o indivíduo a uma limitação em seu desempenho habitual;
Terminologia: Pessoa com Deficiência Visual.
Deficiência Visual - Conceito
A avaliação deve ser realizada após a melhor correção óptica ou cirúrgica possível. A simples utilização de óculos ou lentes de contato não é suficiente para caracterizar a deficiência visual, pois a prescrição de correção óptica adequada pode conferir ao indivíduo uma condição visual ideal. 
Todavia, mesmo usando recursos ópticos especiais e passando por intervenção cirúrgica, alguns indivíduos continuam com a capacidade visual severamente comprometida, sendo considerados pessoas com deficiência visual. 
Deficiência Visual - Conceito
Em determinadas situações, mesmo com a perda total da capacidade visual em um dos olhos, ou ainda que seja realizada a evisceração ou remoção cirúrgica do órgão visual comprometido, a pessoa pode apresentar boa porcentagem de visão no órgão visual remanescente. Assim, a referida perda é compensada, e a visão continua dentro dos limites de normalidade. Neste caso, a perda de capacidade visual não é considerada deficiência, pois, para tanto, é necessário que a perda visual comprometa ambos os olhos. 
Deficiência Visual - Etiologia
A visão é consequência do estímulo de ondas luminosas refletidas de longa ou curta distância. 
O globo ocular é a unidade receptora do sistema visual responsável por receber os raios luminosos e desenvolver impulsos nervosos que, uma vez conduzidos ao córtex visual, são interpretados como imagens. 
Deficiência Visual – Etiologia
Causas:
Congênitas
Adquiridas
Deficiência Visual – Etiologia
Causas:
 Albinismo: pessoas com albinismo possuem deficiência na pigmentação da íris, o que lhes confere uma acentuada sensibilidade à luz.
Ambliopia: pode ser definida como baixa acuidade visual em um ou em ambos os olhos em decorrência do estrabismo ou da anisometropia, sendo popularmente conhecida como olho preguiçoso.
Anisometropia: consiste em uma diferença acentuada de grau entre os dois olhos.
Deficiência Visual – Etiologia
Causas:
Astigmatismo: variações na curvatura dos meridianos da córnea podem levar a este erro de refração que causa distorção e embaçamento da visão.
Catarata: alteração na transparência da lente (opacificação), que causa embaçamento da visão sem outros sintomas associados. A catarata possui diferentes etiologias, podendo ser congênita ou adquirida. Atualmente, pode ser corrigida cirurgicamente mediante o implante de uma lente artificial na parte interna da estrutura capsular
Deficiência Visual – Etiologia
Causas:
 Conjuntivite: inflamação da conjuntiva. 
Descolamento de retina: consiste na separação entre as diferentes camadas que compõem esta túnica. 
Diabetes: doença metabólica que pode levar à deficiência visual. As com-plicações oculares podem aparecer aproximadamente dez anos após o início da doença, apesar do controle glicêmico aparentemente adequado. O diabetes pode desencadear desde alterações repentinas nos erros de refração até retinopatia, catarata, neurite óptica e paralisia dos músculos extrínsecos do olho.
Deficiência Visual – Etiologia
Causas:
 Erros de refração: alterações no comprimento do eixo óptico podem levar a distorções na imagem, muitas vezes passíveis de correção óptica ou cirúrgica.
Estrabismo: anomalia da visão binocular, em que os olhos encontram-se desalinhados, impedindo a fusão da imagem.
Glaucoma: a pressão intraocular elevada é o principal fator de risco para a instalação do glaucoma, que pode ser congênito ou secundário.
Hipermetropia: erro de refração em que o eixo óptico é encurtado, dificultando a focalização de objetos próximos.
Deficiência Visual – Etiologia
Causas:
Miopia: ocorre quando o eixo óptico é mais longo, provocando dificuldade para enxergar à distância.
Moscas volantes: opacificações no vítreo podem produzir “sombras” na retina, popularmente conhecidas como moscas volantes.
Presbiopia: o processo natural de envelhecimento leva à perda progressiva da capacidade de acomodação da lente, conhecida popularmente como vistacansada.
Deficiência Visual – Etiologia
Causas:
Retinoblastoma: entre os tumores retinianos, destaca-se o retinoblastoma, de origem hereditária, que costuma se manifestar nos quatro primeiros anos de vida.
 Retinopatia da prematuridade: afeta bebês prematuros mantidos em incubadora com alta concentração de oxigênio, provocando transtornos vasculares na periferia da retina, fibrose vítrea e descolamento de retina.
Retinose pigmentar: doença de natureza hereditária degenerativa e progressiva do epitélio pigmentar, associada com cegueira noturna e defeitos característicos no campo visual.
Deficiência Visual – Etiologia
Causas:
Rubéola: doença sistêmica que não acarreta maiores complicações durante a infância. Entretanto, se a mãe sofrer o contágio durante o primeiro trimestre de gravidez, tal infecção pode ser prejudicial ao desenvolvimento do feto. Além de deficiência visual, a doença pode acarretar outras consequências ao bebê, como perda auditiva, déficits mentais e neurológicos.
•Sífilis: doença infecciosa que pode ser congênita ou adquirida. Em cada caso a evolução acontece de forma diferenciada, e os sintomas podem variar de coriorretinite à paralisia do nervo oculomotor e/ou dos mús-culos extraoculares.
Deficiência Visual – Etiologia
Causas:
Traumatismos oculares: são causas muito comuns de deficiência visual, desencadeados por agentes mecânicos (perfurações e lacerações) ou não mecânicos (queimaduras por agentes químicos, térmicos, elétricos, radioativos etc.). 
Toxoplasmose: inflamação retiniana decorrente da infecção pelo Toxoplasma gondii, que pode ser congênita ou adquirida.
Uveítes: inflamações na coroide ou no trato uveal são designadas uveítes. Decorrem de diferentes causas e podem acarretar sequelas em diversos níveis.
Deficiência Visual – Etiologia
Para pensar:
https://www.youtube.com/watch?v=tG2dELxDY78
Deficiência Visual - Avaliação
Avaliação da Deficiência Visual (Guide for the evaluation of visual impairment), quatro aspectos: dois relativos ao órgão visual e dois relativos ao indivíduo
 Aspectos relativos ao órgão visual referem-se a alterações anatômicas e estruturais que levam a mudanças funcionais, desencadeando alterações nas funções visuais. 
Aspectos relativos ao indivíduo referem-se a modificações na capacidade de aproveitamento da visão, ou seja, na habilidade visual do indivíduo. 
Deficiência Visual - Avaliação
Deficiência Visual – Avaliação
Avaliação Visual:
Anatomia;
Estrutura;
Funções Visuais (acuidade visual, o campo visual, a binocularidade, a sensibilidade à luz, a sensibilidade ao contraste e a visão para cores).
Deficiência Visual - Avaliação
Avaliação - Funções Visuais
Acuidade visual: capacidade de distinguir detalhes. Esta é tomada a partir da relação entre o tamanho do objeto e a distância onde está situado. O procedimento básico de avaliação da acuidade visual envolve a apresentação de uma sequência de estímulos padronizados progressivamente menores, a partir de distâncias também padronizadas. O resultado é baseado na relação entre os valores distância/tamanho, podendo ser representado por diferentes escalas.
Deficiência Visual - Avaliação
Avaliação - Funções Visuais
Campo visual: avaliado a partir da fixação do olhar, quando é deter-minada a área circundante visível ao mesmo tempo. O campo visual mono-cular se estende a aproximadamente 100° lateralmente, 60° medialmente, 60º superiormente e 75° inferiormente. Alterações campimétricas podem levar a hemianopsias (perda da metade do campo visual) e escotomas, desencadeando perda visual central ou periférica. 
Deficiência Visual - Avaliação
Avaliação - Funções Visuais
Binocularidade: capacidade de fusão da imagem proveniente de ambos os olhos em convergência ideal, o que proporciona a noção de profundidade, ou seja, a percepção da relação entre os diferentes objetos e sua disposição no espaço. Para compreender o papel da visão binocular, sugere-se o seguinte exercício: ocluir o olho esquerdo com a mão esquerda e apontar o dedo indicador da mão direita a um ponto fixo aproximadamente 5 m de distância. Sem deslocar o dedo indicador, abrir o olho esquerdo e ocluir o olho direito, observando a alteração desencadeada.
Deficiência Visual - Avaliação
Avaliação - Funções Visuais
Sensibilidade à luz: capacidade de adaptação frente aos diferentes níveis de luminosidade do ambiente.
Sensibilidade ao contraste: na habilidade para discernir pequenas diferenças na luminosidade de superfícies adjacentes.
Visão para cores: capacidade de distinguir diferentes tons e nuances das cores. 
Deficiência Visual - Funcionalidade
Visão Funcional:
 Pessoas com baixa visão, constatou-se que indivíduos com medidas semelhantes nas funções visuais podem apresentar grandes diferenças quanto à visão funcional. Assim, duas pessoas com mesmo grau de acuidade e campo visual, por exemplo, podem demonstrar uma eficiência visual distinta, baseada no aproveitamento diferenciado da visão remanescente.
Deficiência Visual - Funcionalidade
Visão Funcional:
 A funcionalidade visual pode ser avaliada pela estimativa de habilidades a partir da avaliação das funções visuais em escalas, em associação à descrição direta da habilidade. Assim, a pessoa pode ser observada em diferentes tarefas e contextos sociais, o que permite efetuar ajustes pessoais conforme as necessidades do indivíduo. 
Deficiência Visual - Funcionalidade
Classificação:
1- Educacionais (relacionados aos recursos necessários para o processo ensino-aprendizagem: 
Pessoa com baixa visão: “É aquela que possui dificuldade em desempenhar tarefas visuais, mesmo com a prescrição de lentes corretivas, mas que pode aprimorar sua capacidade de realizar tais tarefas com a utilização de estratégias visuais compensatórias.
Deficiência Visual - Funcionalidade
Classificação:
1- Educacionais (relacionados aos recursos necessários para o processo ensino-aprendizagem: 
Pessoa cega: “É aquela cuja percepção de luz, embora possa auxiliá-la em seus movimentos e orientação, é insuficiente para aquisição de conhecimento por meios visuais, necessitando utilizar o sistema Braille em seu processo de ensino-aprendizagem”.
Deficiência Visual
- Funcionalidade
Deficiência Visual - Funcionalidade
Classificação:
2- Esportivos (divisão em diferentes categorias para competições e eventos desportivos)
Voltada para finalidades esportivas e amplamente utilizada em competições. O emprego da letra “b” nas subcategorias refere-se ao termo blind. A determinação da classe visual esportiva será baseada no olho com melhor acuidade visual, a partir da melhor correção óptica (com uso de óculos ou lentes de contato), e/ou do campo visual, que incluem zonas centrais e periféricas.
Deficiência Visual - Funcionalidade
Classificação:
2- Esportivos 
• B1: Acuidade visual inferior a 2,60 LogMAR.* (cego totalmente)
• B2: Acuidade visual variando de 1,50 a 2,60 LogMAR e/ou campo visual restrito a um diâmetro inferior a 10 graus. (visão parcial)
• B3: Acuidade visual variando de 1,40 a 1 LogMAR e/ou campo visual restrito a um diâmetro inferior a 40 graus. (deficiência visual)
Deficiência Visual - Funcionalidade
Classificação:
 Legal (para efeito de elegibilidade em programas de assistência e obtenção de recursos junto à previdência social);
Clínicos (para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento médico especializado);
Esportivos (divisão em diferentes categorias para competições e eventos desportivos). 
Deficiência Visual - Limitações
Reação simples: permite inferir que o sistema sensorial da criança é capaz de detectar estímulos.
Reação discriminativa: em um segundo nível, é possível inferir que a criança é capaz de diferenciar um estímulo de outro.
Comportamento ou reação interativa: neste nível, há uma interação com o estímulo, a criança procura se envolver com ele ou evitá-lo. É possível inferir que esse estímulo possui um significado especial para a criança, podendo ser negativo ou positivo.
Deficiência Visual - Limitações
Primeira Infância:
A partir dos primeirosdias de vida, podem ser observadas reações simples (sorrir, aquietar-se, virar a cabeça, movimentar os braços), como respostas a diferentes tipos de estímulos sonoros. 
 Respostas afetivas: sorriso ao ouvir a voz materna ou expressão de rejeição ao toque de pessoas estranhas.
Respostas de atenção: virar a cabeça em direção a uma fonte sonora ou aquietar-se com o toque dos pais.
Deficiência Visual - Limitações
Primeira Infância:
Respostas manuais: referentes à atividade e aos movimentos das mãos, ou tentativa de alcançar e apreender objetos, manipulando-o.
Variações na forma de apresentação do som à criança: a procura de sons em deslocamentos laterais acontece depois da localização de fontes sonoras estacionárias apresentadas na linha média do corpo. A busca por sons que se deslocam no sentido vertical é mais tardia em relação à busca por sons que se deslocam no sentido lateral.
Deficiência Visual - Limitações
Primeira Infância:
Variações na intermitência do estímulo sonoro: a localização de estímu-los sonoros contínuos em deslocamento antecede a localização de sons intermitentes nas mesmas condições.
Crianças com deficiência visual demoram mais para engatinhar e andar em relação às crianças que enxergam.
Deficiência Visual - Limitações
Segunda Infância:
Crianças com alguma experiência visual no início da vida possuem mais facilidade para localizar fontes sonoras do que aquelas que nunca enxergaram, como no caso da retinopatia da prematuridade;
Detecção de obstáculos próximos mediante a informação obtida pelo eco, principalmente entre as crianças que haviam passado pelo treinamento de orientação e mobilidade. 
Deficiência Visual - Limitações
Segunda Infância:
Crianças com deficiência visual correm o risco de possuir um baixo condicionamento físico;
 A existência de visão residual favorece aspectos como postura e equilíbrio. Já a orientação espacial e a lateralidade são bastante influenciadas pela existência ou não de um período de visão no início da vida, o que é evidenciado por avaliações e testes realizados em indivíduos com deficiência visual congênita e adquirida.
Deficiência Visual - Limitações
Comportamentos Estereotipados:
Movimentos de determinadas partes do corpo como a fricção dos olhos (pressão e manipulação do globo ocular), o balanceio ritmado da cabeça e/ou do tronco, os gestos repetitivos com as mãos, entre outros.
Deficiência Visual - Limitações
Como driblar as limitações:
https://www.youtube.com/watch?v=_Y2eIi5HlDw
Deficiência Visual – Programa de Atividade Física
 Processo de desenvolvimento do ser humano em questão, na identificação das necessidades e potencialidades de cada indivíduo, na seleção de objetivos e conteúdos que levem em consideração os interesses dos educandos e no uso de estratégias e recursos adequados para desenvolvê-los. 
Deficiência Visual – Programa de Atividade Física
Cuidados:
Dirigir-se ao aluno com deficiência visual chamando-o sempre pelo nome. 
O professor deve procurar antecipar verbalmente suas ações para não surpreender ou assustar o aluno. 
Toque é importante avisá-lo para que o aluno esteja prevenido.
Deficiência Visual – Programa de Atividade Física
Cuidados:
Com relação à distribuição e ao posicionamento dos alunos pelo espaço físico, é interessante intercalar pessoas com e sem deficiência visual, ou ainda pessoas cegas e com baixa visão, o que favorece a interação e a participação de todos em uma atividade comum. Inicialmente, ou até que os alunos possuam um razoável domínio na relação corpo – espaço, é aconselhável trabalhar em círculo, fileiras ou colunas.
Transmitir sua afetividade por meio de gestos e palavras, pois muitas vezes o sorriso ou um sinal de reconhecimento e de aprovação social pode ser imperceptível para a pessoa que não dispõe do sentido visual. 
Deficiência Visual – Programa de Atividade Física
Mecanismos de Informação:
Verbal – Tátil – Cinestésica
Se a explicação por meio de palavras por si só não for suficiente para que a pessoa com deficiência visual compreenda o que se espera dela, é possível recorrer à percepção tátil e levá-la a perceber o movimento realizado pelo professor por meio do toque. Se, ainda assim, o exercício não for compreendido, torna-se necessário recorrer à percepção cinestésica, conduzindo o aluno pelo movimento desejado. 
Deficiência Visual – Programa de Atividade Física
Mecanismos de Informação:
Deficiência Visual – Programa de Atividade Física
Espaço Físico:
Adaptação do tamanho do campo, quadra, piscina...
Adaptação dos acessos e circulação;
Sons / ruídos;
Iluminação.
Deficiência Visual – Programa de Atividade Física
Recursos Materiais:
Adaptações a serem feitas no material a partir das variáveis que interferem no processo ensino-aprendizagem de cada aluno., a partir dos diferentes níveis de deficiência visual;
Materiais diversificados às pessoas com deficiência visual, pois uma mesma ação motora pode resultar em uma exigência diferenciada sobre a lógica interna do indivíduo.
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Atletismo;
Natação;
Ciclismo;
Remo;
Goalball;
Futebol de 5;
Judô.
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Atletismo - https://youtu.be/-SmRVtp9QF0
Os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência constatado pela classificação funcional.
Nas corridas, os atletas com deficiência visual mais alta podem ser acompanhados por guias, ligados a eles por uma corda. 
Em comparação com o atletismo olímpico, o atletismo paralímpico não possui as provas de salto com vara, arremesso de martelo, além das corridas com barreira e obstáculos.
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Natação - https://youtu.be/UBwvL9yOgu0
As disputas são realizadas em piscina Olímpica com 50 metros de comprimento, contendo oitos raias, seguindo assim as regras da natação convencional.
	Visual	S11	De nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção. 
	Visual	S12	Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão à acuidade visual de 2/60 e/ou campo visual inferior a cinco graus. 
	Visual	S13	Da acuidade visual de 2/60 à acuidade visual de 6/60 e/ou campo visual de mais de cinco graus e menos de 20 graus. 
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Ciclismo - https://youtu.be/ejoCp4OiujY
Diferenças entre a modalidade Olímpica e Paralímpica, como por exemplo os equipamentos utilizados. Além da bicicleta convencional, há também as Handbikes, Tandem e os Triciclos, bem como distâncias de provas e percursos diferentes e ainda, provas específicas. Porém, a grande diferença é que no ciclismo olímpico os atletas são divididos por faixas etárias, no Paraciclismo eles são divididos em ”Classes Funcionais”, de acordo com suas capacidades.
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Ciclismo:
B - Blind (Deficientes visuais) - Para essa classe são utilizadas bicicletas específicas chamadas Tandem, onde há dois lugares, um para o atleta com deficiência visual, que fica na parte de trás, e outro para o piloto (guia em outras modalidades). Todos os atletas indiferentes da classe visual (B1, B2 ou B3) correm juntos numa categoria única.
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Remo - https://youtu.be/I66Dac5_DMY
PR3: Remadores que possuem mobilidade de membros inferiores, tronco e braços, cegueira: 10% de visão, de acordo com a IBSA (B1, B2 e B3); uso obrigatório de venda, não é permitido compor a mesma tripulação 2 atletas B3. Amputação é dividida em: a) um único pé; b) 3 dedos da mão que permitam ao atleta a utilização do acento deslizante, paralisados cerebral: CP8, de acordo com a CP-ISRA, atletas que possuem prejuízo neurológico: mínima perda motora conforme tabela manual FISA EX. flexão e extensão do tornozelo, punho ou ombro.
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Goalball - https://youtu.be/0bZ51jzmbAQ
Única exclusivamente paraolímpica;
O Goalball é uma modalidade exclusiva para deficientes visuais (cegos e baixa visão), emque todos os jogadores devem utilizar uma venda (máscara) para que nenhum jogador fique em desvantagem, já que podem jogar juntos os que nada veem e os que possuem pouca visão; 
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Goalball:
Cada equipe possui três atletas, com mais três reservas. Uma bola, que tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg e com um guizo em seu interior é lançada de um lado da quadra para o outro, no qual a equipe que marcar o maior número de gols vence. Se a diferença de gols chegar a 10 (10x0, 11x1 e assim por diante) encerra-se a partida. A quadra tem as mesmas dimensões da de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento), a baliza (trave) tem 9m de largura por 1,30m de altura e todas as linhas da quadra são feitas com um barbante e uma fita por cima do mesmo, deixando todo o espaço de jogo tátil (em alto relevo para melhor percepção do espaço, pois todos estão vendados).
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Goalball:
As partidas são realizadas em dois tempos de 12 minutos, com 3 minutos de intervalo. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias. O goalball é disputado em duas categorias: feminina e masculina, ambas estão no programa Paralímpico e Mundial.
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Goalball:
O goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo e nas paradas oficiais. Além disso, em toda partida de goalball, os comandos da arbitragem são realizados na língua inglesa de forma padrão para facilitar o entendimento do jogo  por todos os atletas em qualquer parte do mundo.
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Goalball:
 B1 – Os atletas são totalmente cegos e não possuem percepção de luz em qualquer um dos olhos, ou se a tem, não conseguem fazer a distinção do formato de uma mão a qualquer distância ou direção.
B2 – Os jogadores conseguem perceber vultos e conseguem reconhecer o formato de uma mão, até a acuidade visual de 2/60 e/ou campo visual menor que 5 graus.
 B3 – Nesta classe os jogadores conseguem fazer a definição das imagens. A acuidade visual de 2/60 a 6/60 e/ou campo visual maior que cinco graus e menor que 20 graus.
Apesar da classificação, todos os atletas jogam juntos e vendados. Podendo ter em quadra, um de cada classe, todos da mesma classe e assim por diante sem distinção.
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Futebol de 5 - https://youtu.be/Dk2PeDB9Bm4
O Futebol de 5 é uma modalidade exclusiva para deficientes visuais (cegos), em que todos os jogares devem utilizar uma venda (máscara) para que nenhum jogador fique em desvantagem, tendo em vista que alguns atletas possuem algum resíduo visual. Já o goleiro tem visão total (e não pode ter participado de competições oficiais da FIFA nos últimos cinco anos). Cada time possui 5 jogadores, como o nome da modalidade indica, sendo 4 na linha e um no gol. 
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Futebol de 5 :
As partidas podem ser praticadas em campos de grama sintética ou madeira (concreto em situações excepcionais) no tamanho de 40m x 20m, com proteções nas laterais chamadas Bandas Laterais que impedem que a bola saia do campo. Elas devem possuir a altura de 1m a 1,20m com inclinação máxima de 10º. O gol possui um tamanho diferente: 3,66m x 2,14m e uma pequena área de 5,82m x 2m de onde o goleiro não pode sair para realizar defesa nem tocar na bola.
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Futebol de 5 :
Para auxiliar os atletas nas estratégias e a se localizarem no campo, há três pessoas que podem se comunicar com os atletas em suas respectivas áreas:
Terço de defesa: a orientação é de responsabilidade do goleiro;
Terço central: o técnico é o responsável por orientar os jogadores;
Terço de ataque: a orientação fica a cargo do chamador.
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Futebol de 5 :
Diferentemente de um jogo de futebol convencional, as partidas de futebol de 5 são silenciosas, em locais sem eco, pois a bola possui guizos, para que os atletas consigam localizá-la pelo som. A torcida só pode se manifestar na hora do gol. A duração da partida é de dois tempos de 20 minutos cronometrados e um intervalo de dez minutos. 
Ao contrário do que se imagina, a modalidade tem muitas jogadas plásticas, com jogadas de efeito inclusive. Muitos toques e chutes a gol. Os jogadores são obrigados a falar a palavra espanhola "voy" ("vou" em português), sempre que se deslocarem em direção a bola, na tentativa de se evitar choques. Quando o juiz não ouvir, ele marca falta contra a equipe cujo jogador não falou. 
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Judô – https://youtu.be/CR8Se8b0wrg
O Judô Paralímpico é praticado por atletas deficientes visuais de ambos os sexos (masculino e feminino) e de todas as classes visuais (B1, B2 e B3), ou seja, não existe separação por classificação visual e é divido por peso de acordo com as regras internacionais da modalidade. 
Além das categorias por peso, os judocas são divididos em três classes, de acordo com o grau da deficiência visual. Todas começam com a letra B (blind, cego em inglês): B1, B2 e B3.
Deficiência Visual – Esportes Paralímpicos 
Judô :
As lutas acontecem basicamente com as mesmas regras do judô convencional, as adaptações são poucas e a principal dela é que a luta já começa com os atletas com a pegada do quimono. Caso durante o combate os atletas percam a pegada o árbitro para a luta e posiciona os atletas no centro do tatame para realizarem a pegada novamente. Caso a luta seja entre um atleta B1 (cego total) e um atleta B2 ou B3 o atleta B1 tem a prioridade de fazer a pegada primeiro;
Cada combate tem duração máxima de 4 minutos e o objetivo principal da luta é conquistar o Ippon (pontuação máxima), que é atingido quando um judoca consegue derrubar o seu oponente com as cotas no solo ou imobilizá-lo por 25 segundos.
OBRIGADA.
fabicoelhocouto@hotmail.com

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