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Educação Física Adaptada e Saúde

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Indaial – 2022
AdAptAdA e 
SAúde
Prof.ª Kauana Borges Marchini Siqueira
1a Edição
educAção FíSicA
Elaboração:
Prof.ª Kauana Borges Marchini Siqueira
Copyright © UNIASSELVI 2022
 Revisão, Diagramação e Produção: 
Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI
Impresso por:
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI.
Núcleo de Educação a Distância. Siqueira, Kauana Borges Marchini.
Educação Física Adaptada e Saúde. Kauana Borges Marchini Siqueira. Indaial 
- SC: Arqué, 2022.
188p.
ISBN 978-65-5466-240-6
ISBN Digital 978-65-5466-237-6
“Graduação - EaD”.
1. Educação 2. Esporte 3. Saúde
CDD 796.087
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
Prezado acadêmico, seja bem-vindo à disciplina de Educação Física Adaptada 
e Saúde. Este livro foi elaborado para contribuir com a sua formação profissional, 
auxiliando em seus estudos e ampliando os seus conhecimentos de Educação Física 
Adaptada. Neste material, além dos aspectos que envolvem as pessoas com deficiência 
e o esporte adaptado, também abordaremos alguns pontos relevantes acerca da relação 
entre saúde e atividade física.
Na Unidade 1, aprenderemos a Educação Física Adaptada, abordando aspectos 
históricos e sociais acerca das pessoas com deficiência. Além disso, vamos conhecer 
alguns tipos de deficiência e suas características. Ao final desta primeira unidade, 
veremos as modalidades que fazem parte do maior evento mundial do esporte adaptado, 
os Jogos Paralímpicos.
Em seguida, na Unidade 2, estudaremos a Educação Física e a Inclusão. 
Conheceremos a legislação que rege a inclusão das pessoas com deficiência e como 
este tema é abordado nos documentos que orientam a nossa prática pedagógica na 
Educação Física. Também vamos ver e refletir sobre como podemos promover uma 
Educação Física inclusiva, conhecendo alguns jogos e atividades que podem auxiliar 
nesta prática.
Por fim, na Unidade 3, abordaremos o tema da Atividade Física na Saúde e na 
Doença. Você sabe a importância da atividade física para a promoção da saúde? Co-
nhece as estratégias para prescrição de exercícios para populações especiais, como 
hipertensos, diabéticos, cardiopatas, pessoas com câncer? Sabe quais são as reco-
mendações mais atualizadas para a prática de atividade física? Tudo isso será respon-
dido ao longo desta unidade. Agora, vamos iniciar nossa jornada pelos conhecimentos 
da desta disciplina. 
Bons estudos!
Prof.ª Kauana Borges Marchini Siqueira
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e 
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes 
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você 
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar 
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só 
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
GIO
QR CODE
Olá, eu sou a Gio!
No livro didático, você encontrará blocos com informações 
adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento 
acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender 
melhor o que são essas informações adicionais e por que você 
poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações 
durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais 
e outras fontes de conhecimento que complementam o 
assunto estudado em questão.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos 
os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. 
A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um 
novo visual – com um formato mais prático, que cabe na 
bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada 
também digital, em que você pode acompanhar os recursos 
adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo 
deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura 
interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no 
texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que 
também contribui para diminuir a extração de árvores para 
produção de folhas de papel, por exemplo.
Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, 
apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, 
acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com 
versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.
Preparamos também um novo layout. Diante disso, você 
verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses 
ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos 
nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, 
para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os 
seus estudos com um material atualizado e de qualidade.
ENADE
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma 
disciplina e com ela um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conheci-
mento, construímos, além do livro que está em 
suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, 
por meio dela você terá contato com o vídeo 
da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-
res, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de 
auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que 
preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um 
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de 
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar 
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem 
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo 
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira, 
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA .........................................................1
TÓPICO 1 - SOCIEDADE E AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ................................ 3
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3
2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA ........................... 3
2.1 AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA ........................................ 4
2.2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA ...............................................................7
3 O QUE É INCLUSÃO? ............................................................................................8
RESUMO DO TÓPICO 1 ............................................................................................ 9
AUTOATIVIDADE ................................................................................................... 10
TÓPICO 2 - DEFICIÊNCIAS: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS ........................ 13
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13
2 O QUE É DEFICIÊNCIA? ...................................................................................... 14
3 CONHECENDO AS DEFICIÊNCIAS ..................................................................... 14
3.1 DEFICIÊNCIA AUDITIVA .....................................................................................................15
3.2 DEFICIÊNCIA VISUAL ........................................................................................................16
3.3 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ............................................................................................18
3.3.1 Síndrome de Down ...................................................................................................19
3.4 DEFICIÊNCIA FÍSICA ..........................................................................................................21
3.4.1 Origem neurológica .................................................................................................. 22
3.4.2 Origem ortopédica ...................................................................................................24
3.5 TRANSTORNOS DE NEURODESENVOLVIMENTO ....................................................... 25
3.5.1. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) .......................... 26
3.5.2 Transtorno de Espectro Autista ........................................................................... 26
3.6 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS ..............................................................................................27
3.6.1 Surdocegueira ..........................................................................................................27
RESUMO DO TÓPICO 2 ..........................................................................................28
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................29
TÓPICO 3 - ESPORTE ADAPTADO E PARALÍMPICO ............................................ 31
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 31
2 JOGOS PARALÍMPICOS ..................................................................................... 31
3 MODALIDADES PARALÍMPICAS .......................................................................32
3.1 MODALIDADES PARALÍMPICAS DE VERÃO ................................................................. 33
3.1.1 Atletismo ...................................................................................................................... 33
3.1.2 Badminton ..................................................................................................................34
3.1.3 Basquete em cadeira de rodas ............................................................................. 35
3.1.4 Bocha .......................................................................................................................... 35
3.1.5 Canoagem .................................................................................................................. 36
3.1.6 Ciclismo....................................................................................................................... 36
3.1.7 Esgrima em cadeira de rodas ................................................................................ 37
3.1.8 Futebol de cegos (futebol de cinco).................................................................... 37
3.1.9 Futebol PC (futebol de sete) ..................................................................................38
3.1.10 Goalball ......................................................................................................................38
3.1.11 Halterofilismo ............................................................................................................38
3.1.12 Hipismo ...................................................................................................................... 39
3.1.13 Judô ........................................................................................................................... 39
3.1.14 Natação ..................................................................................................................... 39
3.1.15 Remo ..........................................................................................................................40
3.1.16 Rugby em cadeira de rodas..................................................................................40
3.1.17 Taekwondo ................................................................................................................40
3.1.18 Tênis de mesa ...........................................................................................................41
3.1.19 Tênis em cadeira de rodas .....................................................................................41
3.1.20 Tiro com arco ...........................................................................................................41
3.1.21 Tiro esportivo ........................................................................................................... 42
3.1.22 Triatlo ......................................................................................................................... 42
3.1.23 Vôlei sentado ........................................................................................................... 42
3.2 MODALIDADES PARALÍMPICAS DE INVERNO ...........................................................43
3.2.1 Esqui cross-country ................................................................................................43
3.2.2 Curling em cadeira de rodas .................................................................................44
3.2.3 Esqui alpino ...............................................................................................................44
3.2.4 Biatlo ...........................................................................................................................44
3.2.5 Hóquei no gelo .........................................................................................................45
3.2.6 Snowboard ................................................................................................................45
LEITURA COMPLEMENTAR ..................................................................................46
RESUMO DO TÓPICO 3 ..........................................................................................49
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................50
REFERÊNCIAS .......................................................................................................52
UNIDADE 2 — EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO...................................................55
TÓPICO 1 — ASPECTOS LEGAIS DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM 
DEFICIÊNCIA .....................................................................................................57
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 57
2 A LEGISLAÇÃO E A INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ......................58
2.1 DOCUMENTOS E LEGISLAÇÕES .....................................................................................58
2.1.1 Constituição Federal (1988) ....................................................................................58
2.1.2 Lei nº 7.853 (1989) .................................................................................................... 59
2.1.3 Declaração de Jomtien (1990) .............................................................................. 59
2.1.4 Declaração de Salamanca (1994) ......................................................................... 59
2.1.5 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) .................................60
2.1.6 Convenção da Guatemala (1999) ..........................................................................60
2.1.7 Portaria nº 3.284 (2003) ..........................................................................................60
2.1.8 Decreto nº 5.626 (2005) ..........................................................................................61
2.1.9 Plano de Metas Compromisso Todos Pela Educação (2007) .........................61
2.1.10 Política Nacional de Educação Especial (2008) ...............................................61
2.1.11 Resolução CNE/CEB nº 4/2009 (2009) ............................................................. 62
2.1.12 Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (2011) .................. 62
2.1.13 Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (2015) ...................... 62
2.1.14 Política Nacional de Educação Especial (2020) ..............................................64
3 EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA NA BNCC ........................................................64
3.1 EDUCAÇÃO FÍSICA NA BNCC, COMO PROMOVER A INCLUSÃO? ........................... 66
RESUMO DO TÓPICO 1 ..........................................................................................68AUTOATIVIDADE ...................................................................................................69
TÓPICO 2 - ACESSIBILIDADE E BARREIRAS NA INCLUSÃO ...............................71
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................71
2 ACESSIBILIDADE ................................................................................................71
2.1 ACESSIBILIDADE ATITUDINAL .........................................................................................72
2.2 ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA ................................................................................72
2.3 ACESSIBILIDADE METODOLÓGICA ................................................................................74
2.4 ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL ...........................................................................75
2.5 ACESSIBILIDADE PROGRAMÁTICA ................................................................................75
2.6 ACESSIBILIDADE INSTRUMENTAL .................................................................................75
3 BARREIRAS ........................................................................................................ 75
3.1 BARREIRAS URBANÍSTICAS.............................................................................................76
3.2 BARREIRAS ARQUITETÔNICAS .......................................................................................76
3.3 BARREIRAS NOS TRANSPORTES...................................................................................77
3.4 BARREIRAS NAS COMUNICAÇÕES E INFORMAÇÕES ...............................................77
3.5 BARREIRAS ATITUDINAIS ................................................................................................77
3.6 BARREIRAS TECNOLÓGICAS ......................................................................................... 78
4 TECNOLOGIA ASSISTIVA...................................................................................78
4.1 MODALIDADES DE TECNOLOGIA ASSISTIVA ............................................................. 78
4.1.1 Auxílios para a vida diária e vida prática .............................................................. 78
4.1.2 Comunicação aumentativa e alternativa ............................................................79
4.1.3 Recursos de acessibilidade ao computador ......................................................79
4.1.4 Sistemas de controle de ambiente ......................................................................80
4.1.5 Projetos arquitetônicos para acessibilidade ......................................................81
4.1.6 Órteses e Próteses ...................................................................................................82
4.1.7 Adequação postural .................................................................................................83
4.1.8 Auxílios de mobilidade ............................................................................................84
4.1.9 Auxílios para ampliação da função visual e recursos que traduzem 
conteúdos visuais em áudio ou informação tátil.......................................................85
4.1.10 Auxílios para melhorar a função auditiva e recursos utilizados para 
traduzir os conteúdos de áudio em imagens, texto e língua de sinais................85
4.1.11 Mobilidade em veículos ..........................................................................................86
4.1.12 Esporte e lazer .........................................................................................................86
4.2 TECNOLOGIA ASSISTIVA NA EDUCAÇÃO .................................................................... 87
RESUMO DO TÓPICO 2 ..........................................................................................88
AUTOATIVIDADE ...................................................................................................89
TÓPICO 3 - CAMINHOS PARA UMA EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA .................. 91
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 91
2 AÇÕES E REFLEXÕES PARA PROMOÇÃO DA INCLUSÃO NAS AULAS DE 
EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................................................................... 91
2.1 ATITUDES POSITIVAS PARA COM OS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ...................... 92
2.1.1 Ações positivas em relação à pessoa com deficiência visual ........................ 93
2.1.2 Ações positivas em relação à pessoa com deficiência auditiva ................... 94
2.1.3 Ações positivas em relação à pessoa com deficiência intelectual .............. 95
2.1.4 Ações positivas em relação à pessoa com Transtorno de Déficit de 
Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno de Espectro Autista (TEA) ........ 95
2.1.5 Ações positivas em relação à pessoa com deficiência física ........................ 96
2.2 EDUCAÇÃO FÍSICA E ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO .............. 96
3 JOGOS E ATIVIDADES PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA ........ 97
3.1 JOGOS E ATIVIDADES ....................................................................................................... 99
3.1.1 Atividades adaptadas – deficiência física ......................................................... 100
3.1.2 Atividades adaptadas – deficiência visual ....................................................... 103
3.1.3 Atividades adaptadas – deficiência auditiva ................................................... 104
LEITURA COMPLEMENTAR ................................................................................106
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................ 113
AUTOATIVIDADE ................................................................................................. 114
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 116
UNIDADE 3 — ATIVIDADE FÍSICA NA SAÚDE E NA DOENÇA ............................ 121
TÓPICO 1 — ATIVIDADE FÍSICA E PROMOÇÃO DA SAÚDE ................................ 123
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 123
2 RELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE.............................................. 123
2.1 AFINAL, O QUE É ATIVIDADE FÍSICA? ..........................................................................127
2.1.1 Domínios da atividade física ................................................................................. 128
2.2 COMO MEDIR O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA ..........................................................129
2.2.1 Métodos diretos ....................................................................................................... 131
2.2.2 Métodos indiretos .................................................................................................. 133
3 ATIVIDADE FÍSICA X COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO ................................ 135
3.1 BARREIRAS PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ............................................. 136
RESUMO DO TÓPICO 1 ........................................................................................138
AUTOATIVIDADE ................................................................................................. 139
TÓPICO 2 - RECOMENDAÇÕES PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA .......... 141
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 141
2 RECOMENDAÇÕES ATUALIZADAS PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA .....142
2.1 RECOMENDAÇÕES PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA 
CRIANÇAS E JOVENS ........................................................................................................... 142
2.1.1 Crianças de até 5 anos .......................................................................................... 143
2.1.2 Criançase jovens de 6 a 17 anos ........................................................................ 144
2.2 RECOMENDAÇÕES PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA ADULTOS ....... 146
2.3 RECOMENDAÇÕES PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA GESTANTES ......147
2.4 RECOMENDAÇÕES PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA IDOSOS .... 148
2.5 RECOMENDAÇÕES PARA A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA PARA 
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA .............................................................................................. 150
3 RISCOS E BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ......................... 152
3.1 BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ......................................................152
3.2 RISCOS ASSOCIADOS À PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA ..................................... 154
RESUMO DO TÓPICO 2 ........................................................................................ 155
AUTOATIVIDADE ................................................................................................. 156
TÓPICO 3 - ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO PARA 
POPULAÇÕES ESPECIAIS .................................................................................. 159
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 159
2 ATIVIDADE FÍSICA X EXERCÍCIO FÍSICO ........................................................ 159
2.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS NA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS ....................... 161
3 RECOMENDAÇÕES E EVIDÊNCIAS NA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO 
FÍSICO PARA POPULAÇÕES ESPECIAIS ............................................................161
3.1 OBESIDADE ....................................................................................................................... 162
3.1.1 Diagnóstico da obesidade ..................................................................................... 163
3.1.2 Exercício físico e obesidade ................................................................................ 164
3.2 DISLIPIDEMIA ................................................................................................................... 164
3.2.1 Diagnóstico de dislipidemia ................................................................................. 165
3.2.2 Exercício físico e dislipidemia ............................................................................ 166
3.3 DIABETES ..........................................................................................................................167
3.3.1 Diagnóstico de diabetes ........................................................................................167
3.3.2 Exercício físico e diabetes................................................................................... 168
3.4 SÍNDROME METABÓLICA ...............................................................................................170
3.4.1 Diagnóstico de síndrome metabólica.................................................................170
3.4.2 Exercício físico e síndrome metabólica .............................................................171
3.5 CARDIOPATIAS ..................................................................................................................171
3.5.1 Exercício físico e cardiopatias ...............................................................................171
3.5.2 Hipertensão arterial ...............................................................................................172
3.6 CÂNCER .............................................................................................................................173
3.6.1 Exercício físico e câncer ........................................................................................174
LEITURA COMPLEMENTAR .................................................................................177
RESUMO DO TÓPICO 3 ........................................................................................ 181
AUTOATIVIDADE .................................................................................................182
REFERÊNCIAS .....................................................................................................184
1
UNIDADE 1 - 
EDUCAÇÃO FÍSICA 
ADAPTADA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os aspectos históricos da Educação Física adaptada;
• refletir sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiências na Educação 
Física;
• identificar as principais características que compreendem cada uma das deficiências;
• distinguir as modalidades paradesportivas e sua importância na Educação Física 
adaptada;
• diferenciar esporte adaptado de esporte paralímpico.
A cada tópico desta unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de 
reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – SOCIEDADE E AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
TÓPICO 2 – DEFICIÊNCIAS: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS
TÓPICO 3 – ESPORTE ADAPTADO E PARALÍMPICO
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure 
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
CHAMADA
2
CONFIRA 
A TRILHA DA 
UNIDADE 1!
Acesse o 
QR Code abaixo:
3
SOCIEDADE E AS PESSOAS 
COM DEFICIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 1 - UNIDADE 1
Encontrar uma pessoa com deficiência é bastante comum no nosso cotidiano 
atual. Felizmente, ao longo das últimas décadas, avançamos muito quando o assunto 
é inclusão das pessoas com deficiências, não apenas no mercado de trabalho, mas nas 
mais diversas atividades que compõem nossa rotina e nossa cultura, mas nem sempre 
foi assim! 
Houve um longo caminho histórico para que essas pessoas saíssem desta 
condição de exclusão e segregação, e é este assunto que abordaremos neste primeiro 
tópico: a sociedade e as pessoas com deficiência. Vamos descobrir como as pessoas 
“diferentes” eram vistas em alguns momentos da história, e como estamos caminhando 
para sermos uma sociedade mais inclusiva e acessível.
Além disso, vamos conhecer o papel da Educação Física Adaptada não apenas 
como meio de inclusão para as pessoas com deficiência no âmbito esportivo, mas 
também na educação, saúde e qualidade de vida. 
2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO 
FÍSICA ADAPTADA
O último censo da população brasileira mostrou que temos cerca de 45 mi-
lhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Esse número indica que mais de 20% 
de nossa população possui alguma dificuldade, em diferentes graus, para se loco-
mover, ouvir, enxergar ou alguma deficiência mental e intelectual (CENSO, 2010). Isso 
aponta para a importância de conhecermos as deficiências para o desenvolvimento 
de uma prática profissional adequada, que consiga incluir todas as pessoas e desen-
volver suas potencialidades.
 
Antes de adentramos nos aspectos históricos da Educação Física Adaptada, 
precisamos conhecer o percurso das pessoas com deficiência ao longo do desenvolvi-
mento da sociedade. Ainda que as coisas não pareçam fáceis nos dias de hoje quando o 
assunto é inclusão, saiba que elas foram ainda mais complicadas no passado. 
Vamos conhecer essa história?
4
2.1 AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA
As pessoas com deficiência sempre estiveram presentes em diferentes épocas, 
mas nem sempre elas eram vistas! Sua trajetória é marcada pela luta pela sobrevivência e 
pela busca da cidadania. De modo geral, podemos classificar a participação das pessoas 
com deficiência na sociedade em quatro estágios: exclusão, segregação, integração 
e inclusão. Ainda que estes estágios sejam apresentados aqui de forma cronológica, é 
importante frisar que eles não ocorreram de maneira individual, linear e cronológica.
Nas sociedades mais primitivas, a capacidade de realizar as tarefas como caça, 
pesca, coleta de alimentos e deslocamento junto com o grupo era fundamental para 
manutenção da vida. Assim, todos aqueles que apresentassem quaisquer dificuldades 
nessas tarefas (idosos, doentesou pessoas com deficiências) eram considerados uma 
ameaça à sobrevivência do grupo, sendo, assim, abandonados e condenados a morre-
rem devido ao ataque de animais ou mesmo de fome e sede (FRANÇA; MARTINS, 2019).
Na Grécia Antiga, a situação não era muito diferente. O culto a um corpo atléti-
co e perfeito fazia aqueles que nasciam com alguma deficiência não serem considera-
dos “humanos”. Em Esparta, sempre que um bebê nascia, ele deveria ser apresentado 
a um conselho, que avaliava se a criança tinha “potencial” para se tornar um bom 
soldado, ou seja, deveria ser forte e saudável. Os bebês que apresentavam alguma 
limitação ou deficiência eram recolhidos pelo conselho e, posteriormente, arremessa-
dos de precipícios. 
Em Roma, a situação era similar. Mesmo não atirando a criança de penhascos, 
as pessoas com deficiência também eram eliminadas da sociedade. Constantemente, 
eram abandonadas em cavernas ou deixadas à própria sorte na beira de rios. Foi na 
Roma Antiga que se iniciou uma outra prática comum com as pessoas com deficiência: 
a exibição delas em praças e casas comerciais, para entretenimento das pessoas 
(ARANHA, 2001; DIEHL, 2006). Independente do contexto, esse foi um período de 
intolerância e exclusão das pessoas com deficiência.
Apesar dessa marca das sociedades mais antigas, nem todas desprezavam e 
eliminavam as pessoas com deficiência do seu convívio. Alguns registros e pinturas 
antigas indicam que no Egito Antigo havia uma preocupação com o cuidado das 
pessoas com deficiência, inclusive oferecendo tratamentos para pessoas com algum 
grau de limitação. No Antigo Egito, algumas pessoas com deficiência visual trabalhavam 
em atividades artesanais.
Com o decorrer da história houve uma mudança no tratamento das pessoas 
com deficiência. Ainda na Antiga Grécia, aqueles que sofriam mutilações resultantes 
das guerras ou por acidentes de trabalho, fato comum em Esparta, passaram a ser 
atendidos e amparados pelo estado, entretanto, essa condição era dada apenas aos 
adultos (PEREIRA; SARAIVA, 2017). Especialmente com o advento do cristianismo, 
5
as pessoas com deficiência ou doenças graves passam a ser cuidadas. Seguindo a 
doutrina cristã de caridade e amor ao próximo, as pessoas passaram a se preocupar em 
ajudar os pobres e marginalizados socialmente, incluindo as pessoas com algum tipo de 
deficiência, física ou mental. 
Entretanto, a caridade que permitia o cuidado e evitava o extermínio, não ga-
rantia a integração social. Na Idade Média, a pessoa com deficiência ainda era consi-
derada uma “aberração”, por isso elas eram separadas do convívio social, escondidas 
em porões, asilos, ilhas, guetos, tornando-se “invisíveis” socialmente. Este movimento 
dá início às primeiras entidades destinadas a dar assistência às pessoas com defici-
ência, como o Typhlokomeion, no Império Bizantino, que amparava pessoas cegas, 
oferecendo alimentação e abrigo para os mais pobres, que ficavam lá até a morte. A 
segregação foi a marca desse período (DIEHL, 2006; FRANÇA; MARTINS, 2019; PE-
REIRA; SARAIVA, 2017). 
INTERESSANTE
Era comum, entre os séculos XVI e XIX, que pessoas com deficiência se apresentassem em 
circos e praças públicas, por serem considerados “aberrações”. Um exemplo foi Josephine 
Myrtle Corblin, conhecida como a “mulher de quatro pernas”, ela se apresentava em um 
circo nos Estados Unidos.
Fonte: https://bit.ly/3AjMe2l. Acesso em: 25 ago. 2022.
https://bit.ly/3AjMe2l
6
O avanço do conhecimento, especialmente na área da medicina e saúde, a partir 
do século XVI, proporciona um novo olhar para essas pessoas, com a busca das causas 
e possíveis curas para as deficiências, que passam a ser vistas como enfermidades 
(DIEHL, 2006). Esse momento histórico possui um caráter bastante assistencialista, 
inclusive com leis que garantiam fundos para a criação e manutenção de hospitais e 
asilos, como por exemplo a Lei dos Pobres, promulgada por Henrique VIII, que obrigava 
os súditos a pagarem taxas para esse fim (PEREIRA; SARAIVA, 2017). Também nesse 
período surgiram as primeiras instituições voltadas ao tratamento e acompanhamento 
das pessoas com deficiência, como o Instituto Real, em Paris, que foi a primeira escola 
para cegos (DIEHL, 2006; PEREIRA; SARAIVA, 2017). 
A partir do século XIX, com o avanço dos estudos científicos e das técnicas 
ortopédicas para reabilitação e tratamento de lesões e deficiências, abre-se um novo 
horizonte no tratamento das pessoas com deficiência. Especialmente após a Guerra 
Civil, nos Estados Unidos, surgiram várias instituições com o objetivo de acolher e tratar 
os veteranos de guerra com alguma deficiência.
A sociedade passa a buscar meios para (re)inserir essas pessoas no convívio 
social, mas com a exigência que se adaptem e tentem garantir seu próprio sustento 
(DIEHL, 2006; PEREIRA; SARAIVA, 2017). As instituições, além de realizarem os cuidados 
e serviços relacionados à reabilitação, também passam a ensinar atividades laborais, 
como os trabalhos manuais. Como exemplo, temos a Sociedade e Lar para Deficientes, 
que surgiu na Dinamarca, em 1872 (PEREIRA; SARAIVA, 2017). Temos, então, uma fase 
de integração. Esse período também é marcado pelo surgimento dos primeiros debates e 
políticas públicas voltados às pessoas com deficiência.
Grandes avanços quanto ao tratamento médico e social dado às pessoas 
com deficiência aconteceram ao longo do século XX. Após as duas grandes guerras, 
especialmente a Segunda Guerra Mundial, esse movimento ganha ainda mais força. 
Não apenas devido ao aumento dos mutilados sobreviventes da guerra, mas também 
com uma mudança social que buscou meios para melhorar a qualidade de vida e as 
políticas assistenciais a população como um todo, especialmente os mais pobres, 
crianças, idosos e pessoas com deficiência (PEREIRA; SARAIVA, 2017), mas apenas a 
integração não é suficiente! Assim, já no final do século XX, surgem leis em diversos 
países que buscam garantir igualdade de acesso para as pessoas com deficiência aos 
serviços e sistemas sociais. 
A integração passa a ser melhorada em busca da inclusão das pessoas 
com deficiência. Esses quatro estágios que mencionamos ao longo deste subtópico 
podem ser observados na Figura 1. O balão azul representa a inclusão, enquanto 
os balões laranja, verde e cinza, indicam as situações de exclusão, segregação e 
integração, respectivamente:
7
Figura 1 – A participação da pessoa com deficiência na sociedade
Fonte: https://bit.ly/3QQVl1G. Acesso em: 25 ago. 2022.
2.2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA
A sistematização da Educação Física Adaptada é recente em nossa história, as-
sim como a adoção dessa denominação, que aconteceu em 1950 por meio da American 
Association for Health Physical Education, Recreation and Dance (AAHPERD). Apesar 
disso, há indícios históricos que apontam para a utilização de exercícios como forma de 
reabilitação e para prevenção de doenças pelos chineses, cerca de 2500 a.C. (COSTA; 
SOUZA, 2004).
A Educação Física Adaptada surgiu para atender aos corpos que não se 
encaixavam nos padrões estéticos socialmente aceitos: bonitos, fortes e saudáveis. 
Após a Segunda Guerra Mundial, tornou-se crescente a preocupação com a reabilitação 
e a reinserção social dos feridos e mutilados nas batalhas, especialmente nos Estados 
Unidos e na Europa. Assim, surge na Inglaterra o Centro Nacional de Lesionados 
Medulares do Hospital de Stoke Mandeville, o foco principal dessa instituição era a 
utilização do esporte e do exercício físico como forma de reabilitação e de amenizar 
os danos psicológicos, por meio da integração promovida pelo esporte. Já nos Estados 
Unidos, o esporte adaptado era utilizado como uma forma de integração e socialização, 
inclusive com a promoção de competições desportivas (COSTA; SOUZA, 2004). 
Os Jogos de Stoke Mandeville, em 1948, idealizados pelo neurologista alemão, 
Dr. Ludwig Guttman, foram a primeira competição oficial de esporte adaptado, envolvendo 
16 veteranos de guerra. Daí em diante, váriasoutras competições começaram a ocorrer 
em diversos lugares do mundo, culminando nos Jogos Paralímpicos, denominados 
inicialmente de Olimpíadas dos Portadores de Deficiência, em 1960, na cidade italiana 
de Roma. 
https://bit.ly/3QQVl1G
8
ESTUDOS FUTUROS
Abordaremos as Paralimpíadas com mais detalhes no Tópico 3 desta unidade.
Esse movimento da Educação Física de promover a saúde, bem-estar e 
integração social do corpo “imperfeito e limitado” e fora do padrão da pessoa com 
deficiência se estendeu para além do ambiente esportivo e integra. Atualmente, a 
escola e outros espaços de práticas corporais, como academias, clubes e até mesmo 
ambientes on-line.
3 O QUE É INCLUSÃO?
Acadêmico, ao longo deste primeiro tópico, vimos alguns importantes aspectos 
históricos até chegarmos à inclusão das pessoas com deficiência em nossa sociedade. 
Todavia, afinal, o que é inclusão? Vamos conhecer a definição a seguir.
Segundo Aranha (2001), a inclusão pode ser definida como um processo de 
ajuste mútuo, no qual a pessoa com deficiência manifesta suas necessidades e desejos 
e a sociedade, por sua vez, implementa os ajustes necessários para que essa pessoa 
tenha acesso e convivência no espaço comum.
A inclusão, por este entendimento, é uma relação que supera a simples in-
tegração da pessoa com deficiência à sociedade. É uma responsabilidade de todos 
possibilitar o necessário para a convivência das pessoas com deficiência com as 
melhores condições.
A educação e a Educação Física, de modo especial, têm um papel muito 
importante na garantia da inclusão da pessoa com deficiência. Conforme destacam 
Costa e Sousa (2004), não há como pensar a educação física desvinculada da educação 
física adaptada. As práticas devem ser sempre direcionadas de forma que valorizem 
as diferenças e as potencialidades de cada um, atendendo e valorizando todas as 
pessoas com suas individualidades e necessidades, e não apenas os corpos “perfeitos 
e padronizados”.
9
Neste tópico, você aprendeu:
• No Brasil, temos mais de 45 milhões de pessoas com deficiência, o que representa 
mais de 20% da nossa população.
• Podemos classificar a participação das pessoas com deficiência em quatro estágios: 
exclusão, segregação, integração e inclusão.
• Por muito tempo, as pessoas com deficiências eram tratadas como aberrações, sendo 
separadas do convívio social. Aquelas que não eram escondidas, eram expostas de 
maneira vexatória, especialmente em circos e praças.
• O avanço nos conhecimentos de medicina e saúde proporcionaram a integração das 
pessoas com deficiência, pois sua condição passou a ser percebida como enfermida-
de, abrindo horizontes para novos tratamentos e cuidados.
• As grandes guerras no século XX tiveram papel fundamental no movimento de in-
clusão das pessoas com deficiência e no desenvolvimento da Educação Física adap-
tada, pois proporcionaram, num primeiro momento, a preocupação com o cuidado e 
reabilitação dos sobreviventes, que se estendeu para outras pessoas com necessi-
dades especiais por meio de políticas públicas específicas.
RESUMO DO TÓPICO 1
10
AUTOATIVIDADE
1 Os processos históricos que descrevem a participação das pessoas com deficiência 
na sociedade podem ser divididos em quatro estágios. Assinale a alternativa CORRETA 
sobre as denominações:
a) ( ) Execução, separação, integração e inclusão.
b) ( ) Exclusão, segregação, integração e inclusão. 
c) ( ) Execução, segregação, aberração e inclusão. 
d) ( ) Exclusão, segregação, aberração e inclusão.
2 As pessoas com deficiência sempre estiveram presentes nas sociedades em diferentes 
momentos históricos. Em cada um desses momentos, essas foram tratadas de 
maneira diferente. Acerca das pessoas com deficiência ao longo da história, analise 
as sentenças a seguir: 
I- Na Idade Média, por acreditarem que as deficiências eram castigos divinos, as 
crianças que nasciam nessas condições eram abandonadas em cavernas e florestas.
II- Na Europa, a preocupação com as pessoas com deficiência fez com que alguns 
governantes garantissem políticas assistenciais, por meio de pagamentos de taxas 
que eram utilizadas para manter hospitais e asilos.
III- A partir do século XX, além da atenção com os cuidados e a reabilitação de pessoas 
com deficiência, as instituições assistenciais passaram a se preocupar com o ensino 
de atividades laborais que pudessem garantir a subsistência dessas pessoas.
 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença I está correta.
c) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 A Educação Física adaptada pode ser compreendida como uma área da educação fí-
sica que atende pessoas com deficiência e aquelas que necessitam que algum aten-
dimento especial. Sobre a Educação Física adaptada, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) A Educação Física adaptada tem por objetivo corrigir os defeitos físicos e aprimorar 
as aptidões daquelas pessoas que nasceram com deficiência e dificuldades de 
locomoção e movimentação.
b) ( ) A Educação Física adaptada, por meio do esporte de rendimento, auxilia na so-
cialização das pessoas com deficiência, pois, ao competir com pessoas sem de-
ficiência, elas são obrigadas a superar suas dificuldades se adaptando às regras 
esportivas existentes.
11
c) ( ) A Educação Física adaptada só diz respeito às atividades esportivas, como os 
Jogos Paralímpicos, não tendo atuação em outros espaços de práticas corporais.
d) ( ) A Educação Física adaptada busca atender àqueles que, em virtude das suas 
deficiências e limitações, não se encaixam nos padrões socialmente aceitos. 
Promovendo saúde, qualidade de vida e inclusão.
4 A inclusão das pessoas com deficiência é avanço recente em nossa sociedade e 
ainda há um longo caminho na garantia dos direitos e da plena participação des-
sas pessoas, e a Educação Física tem um papel muito importante neste processo. 
Disserte acerca da importância da Educação Física no processo de inclusão das 
pessoas com deficiência:
5 Ao longo da história, a forma com que as pessoas com deficiência foi se modificando, 
implicando sempre na participação dessas pessoas na sociedade. Discorra acerca dos 
quatro estágios que marcam a participação das pessoas com deficiência na sociedade.
12
13
DEFICIÊNCIAS: CONCEITOS E 
CARACTERÍSTICAS
1 INTRODUÇÃO
UNIDADE 1 TÓPICO 2 - 
Ao longo do tempo, diversas denominações foram utilizadas para se referir às 
pessoas com deficiência, como portador de deficiência, aleijado, defeituoso, inválido, 
dentre outros. Alguns destes termos ofendem e colocam a pessoa com deficiência em 
situação constrangedora e vexatória. 
Conforme explicita Sassaki (2003), o cuidado com a linguagem também faz 
parte da construção de uma sociedade inclusiva e pode indicar respeito ou preconceito 
em relação às pessoas com deficiência. 
Acadêmico, no Tópico 2, abordaremos o conceito de deficiência e conheceremos 
as principais características de algumas delas. O objetivo deste tópico não é esgotar o 
conhecimento deste assunto tão amplo. Pelo contrário, a partir dos pontos abordados 
e conforme a necessidade e realidade profissional de cada um, deveremos sempre 
buscar o conhecimento de forma a realizar com qualidade nosso papel em busca de 
uma Educação Física e uma sociedade mais inclusivas.
Antes de identificarmos alguns tipos de deficiências, vamos conceituar o que é 
a deficiência, de acordo com duas perspectivas de conhecimento. 
DICA
Como vimos, tornar nossa linguagem adequada é extremamente impor-
tante para a inclusão das pessoas com deficiência. No artigo “Terminologia 
sobre deficiência na era da inclusão”, Romeu Kazumi Sassaki aborda, de 
maneira simples e direta, 59 palavras ou expressões que são utilizadas 
incorretamente para se referir às pessoas com deficiência. 
Fonte: SASSAKI, R. K. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. In: 
VIVARTA, V. (coord.). Mídia e deficiência. Brasília: Andi/FundaçãoBanco 
do Brasil, 2003. p. 160-165, 2003. Disponível em: https://bit.ly/3QO108P. 
Acesso em: 25 ago. 2022.
https://bit.ly/3QO108P
14
2 O QUE É DEFICIÊNCIA?
Conceituar deficiência não é uma tarefa simples, ela pode ser entendida tanto 
por uma visão médica, quanto por uma visão social. Esses modelos se complementam, 
vamos conhecer cada um deles?
O modelo médico leva em conta para a definição de deficiência a dimensão 
biológica, com o entendimento de que este é um problema funcional ou estrutural do 
corpo, que leva o indivíduo a uma incapacidade ou impedimento por consequência 
dessas alterações ou danos (FERREIRA; GUIMARÃES, 2003). Neste modelo, a deficiência 
é encarada como uma desvantagem individual, que pode ser melhorada por meio da 
medicina ou da reabilitação, possibilitando que esta pessoa cumpra o seu papel social 
(MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009).
Com os avanços acerca do entendimento das deficiências, mais especificamente 
da pessoa com deficiência como cidadão, o conceito de deficiência foi acrescido de 
um olhar mais humanizado, um modelo social. Assim, além das questões biológicas, a 
deficiência também está associada às barreiras sociais que impedem que as pessoas 
com deficiência usufruam de seus direitos (SOLERA, 2018), ou seja, as desvantagens só 
existem porque há barreiras que dificultam a autonomia das pessoas com deficiência. A 
partir desses dois modelos, nós temos a definição de pessoa com deficiência de acordo 
com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência:
Art. 2º [..] aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, 
mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode 
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com 
as demais pessoas (BRASIL, 2015).
Nosso papel, como professores e educadores, portanto, está em possibilitar 
um ambiente para que essas pessoas vivam de maneira autônoma, pra que a inclusão 
realmente aconteça e as pessoas com deficiência tenham uma participação plena e 
efetiva na sociedade.
3 CONHECENDO AS DEFICIÊNCIAS
As deficiências podem ser de ordem sensorial, intelectual ou física. Além des-
sas, abordaremos, a seguir, as deficiências múltiplas e os transtornos de neurodesen-
volvimento, os quais são bastante presentes no cotidiano educacional atual.
15
3.1 DEFICIÊNCIA AUDITIVA
É denominado surdo a pessoa que possui deficiência auditiva, a surdez. A sur-
dez se caracteriza pela perda total ou parcial da audição, da capacidade de conduzir ou 
perceber sinais sonoros (DUARTE; GORLA, 2009). Esta condição pode ser congênita ou 
adquirida, podendo ser de três tipos, de acordo com Vara e Cidade (2020):
• Condutiva: quando a lesão está localizada no ouvido externo ou médio e interfere 
na capacidade de condução do som, reduzindo a intensidade do som alcançado pelo 
ouvido interno.
• Sensório-neural: quando a lesão está no ouvido interno ou no nervo auditivo. 
Pessoas com este tipo de lesão apresentam maior dificuldade com a fala.
• Mista: é uma combinação da perda condutiva com a sensório-neural.
Testes audiométricos conseguem medir os limiares auditivos, indicando, assim, 
o nível de surdez do indivíduo. Vamos ver no Quadro 1 esta classificação: 
Quadro 1 – Classificação da deficiência auditiva de acordo com os níveis de limiares auditivos
DEFICIÊNCIA AUDITIVA LIMIAR AUDITIVO EXEMPLOS APROXIMADOS
Leve 25 a 40 dB Sussurro/cochicho
Moderada 41 a 55 dB Voz fraca
Acentuada 56 a 70 dB Voz normal
Severa 71 a 85 dB Tráfego, furadeira, voz forte
Grave 86 a 90 dB Liquidificador, voz muito forte
Profunda Superior a 90 dB
Trem, britadeira, buzina de 
automóvel, turbina de avião, 
sons que causam dor
Fonte: Diehl (2006, p. 43)
A partir da surdez moderada já há uma dificuldade de aquisição de linguagem, 
sendo necessário à pessoa com deficiência auditiva utilizar-se da leitura labial para 
compreender o que foi dito. Na surdez profunda, a língua de sinais é o principal meio de 
comunicação dessa pessoa, esta comunicação visual utiliza gestos, expressões faciais 
e pequenos movimentos do corpo (DIEHL, 2006).
16
IMPORTANTE
A língua de sinais é uma língua gestual, utilizada para a comuni-
cação com pessoas surdas. A língua de sinais não é baseada em 
mímicas, cada gesto tem um significado próprio como se fosse 
uma palavra. Dessa forma, assim como há diversos idiomas, tam-
bém há várias línguas de sinais ao redor do mundo. No Brasil, a 
Língua Brasileira de Sinais (Libras) é reconhecida como meio legal 
de comunicação e expressão desde 2002. 
Fonte: https://bit.ly/3Al44lC. Acesso em: 25 ago. 2022.
DICA
Conheça mais de Língua Brasileira de Sinais assistindo a esse vídeo: ht-
tps://bit.ly/3pL1yQG.
3.2 DEFICIÊNCIA VISUAL
A deficiência visual é uma limitação na capacidade de visão, que pode ser 
reduzida ou anulada, e não pode ser corrigida por meio de lentes por prescrição regular 
(SILVA; VITAL; MELLO, 2012). 
A deficiência visual pode atingir um ou ambos os olhos, ter causa congênita ou 
adquirida. Dentre as causas congênitas estão a hereditariedade (albinismo), infecções 
transplacentárias (toxoplasmose, rubéola) e infecções neonatais (sarampo, oftalmia go-
nocócica do recém-nascido, prematuridade). Além dessas, a cegueira pode ser causada 
por traumas, tumores e doenças, como o glaucoma, diabetes e degeneração macular 
(VARA; CIDADE, 2020).
Uma pessoa é considerada cega quando possui uma perda visual nos dois 
olhos em níveis incapacitantes para realização de tarefas diárias, ou um campo visual 
inferior a 10 graus com melhor correção óptica no melhor olho, ou, ainda, acuidade 
visual inferior a 0,05. Esta pessoa pode, portanto, não ter nenhuma capacidade de visão 
(amaurose) ou ter alguma percepção visual, como vultos e luminosidade. 
17
Quando há uma grande limitação na capacidade visual, mas que ainda permita 
que esta pessoa execute algumas atividades da vida diária, essa pessoa é classificada 
como tendo baixa visão. Para tal classificação, considera-se campo visual inferior a 20 
graus com melhor correção óptica no melhor olho ou acuidade visual no inferior que 0,3 
e maior ou igual a 0,05 no melhor olho (MOREIRA, 2014). 
Tanto a pessoa cega, quanto a que possui baixa visão, necessitam de recursos 
especiais para a comunicação. O braile é um sistema de escrita tátil, pelo qual a pessoa 
cega escreve e realiza leitura de palavras e textos. 
Já aqueles que possuem baixa visão, não utilizam o braile, mas necessitam de 
recursos especiais, como letras de tamanho aumentado ou em cores diferenciadas para 
facilitar a leitura (VARA; CIDADE, 2020).
A pessoa com deficiência visual também pode utilizar alguns recursos para 
auxílio na locomoção e mobilidade, como o uso de cão-guia ou um guia humano. A 
bengala também pode ser utilizada. Além de auxiliar a pessoa com deficiência visual 
na identificação de algum obstáculo no percurso, a cor da bengala indica o tipo de 
deficiência: a bengala branca é utilizada pelo cego; a bengala verde por aqueles que 
possuem baixa visão; e a bengala vermelha e branca, pelas pessoas surdas e cegas.
Figura 2 – Grau de deficiência visual e respectivas cores de bengala
Fonte: https://bit.ly/3QS8bwu. Acesso em: 25 ago. 2022.
https://bit.ly/3QS8bwu
18
3.3 DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
A deficiência intelectual pode ser definida como um comprometimento no 
funcionamento intelectual (inteligência) e no comportamento adaptativo, de modo 
que há uma limitação de raciocínio, aprendizagem, resolução de problemas, além de 
prejuízos nas habilidades sociais. Essa deficiência se origina na infância ou na ado-
lescência (VARA; CIDADE, 2020). A pessoa com deficiência intelectual apresenta um 
ritmo mais lento de aprendizagem, com uma insuficiência intelectual que pode com-
prometer as tarefas da vida diária, comunicação, adaptação social e segurança (SILVA; 
VITAL; MELLO, 2012).
As causas da deficiência intelectual podem ser genéticas (genopatias, cromos-
somopatias), pré-natais (hidrocefalia, infecções maternas,substâncias tóxicas – dro-
gas, cigarros, medicamentos), perinatais (prematuridade, anóxia cerebral) ou pós-natais 
(meningite, encefalite, convulsões, traumatismo cranioencefálico, tumores, hipóxia). 
Apesar deste entendimento, nem sempre há uma causa específica para a deficiência in-
telectual, com alguns autores, inclusive, apontando fatores ambientais e culturais para 
tal (VARA; CIDADE, 2020).
A deficiência intelectual é classificada de acordo com a capacidade de 
aprendizagem e o grau de comprometimento do Quociente de Inteligência (QI), o qual 
é determinado por meio de testes que avaliam a capacidade cognitiva. De modo geral, 
o processo de aprendizagem é mais lento para essas pessoas e essa capacidade de 
aprendizagem é o que caracteriza o grau da deficiência intelectual, que, segundo Silva, 
Vital e Mello (2012), se divide em cinco tipos, conforme é possível visualizar no Quadro 2.
Quadro 2 – Classificação da deficiência intelectual de acordo com a pontuação do 
Quociente de Inteligência (QI)
CLASSIFICAÇÃO PONTUAÇÃO DE QI CARACTERÍSTICAS
Profundo Abaixo de 19
- Grande dependência de outras 
pessoas
- Limitações extremas de 
aprendizagem
Severo Entre 20 e 35
- Necessidade de apoio de terceiros
- Prejuízos de comunicação e 
mobilidade
- Aprendizagem por meio de tarefas 
repetitivas e supervisionadas
Moderado Entre 36 e 51
- Apresenta comprometimento motor 
aparente
- Possui atraso de aprendizagem, 
mas consegue realizar maior 
interação social
19
Leve Entre 55 e 69
- Capacidade de realizar tarefas da 
vida diária, inclusive as escolares
- Aprendizagem lenta
Limítrofe Entre 68 e 84
- Dificuldades em exercer tarefas que 
exijam raciocínio lógico e grande 
demanda cognitiva
FONTE: adaptado de Silva, Vital e Mello (2012)
DICA
Filme: Forrest Gump (1994).
Considerado um clássico do cinema da década de 1990, e vencedor de 
quatro Oscar, Forrest Gump mostra uma pessoa com deficiência como 
protagonista. “Mesmo com o raciocínio lento, Forrest Gump (Tom Hanks) 
nunca se sentiu desfavorecido. Graças ao apoio da mãe, ele teve uma vida 
normal. Seja no campo de futebol, como um astro do esporte, lutando no 
Vietnã ou como capitão de um barco de pesca de camarão, Forrest inspira 
a todos com seu otimismo, mas a pessoa que Forrest mais ama pode ser 
a mais difícil de salvar: seu amor de infância, a doce e perturbada Jenny”.
Fonte: https://bit.ly/3wv2RqI. Acesso em: 25 ago. 2022.
A deficiência intelectual é uma das características da síndrome de Down, como 
veremos mais detalhadamente a seguir.
3.3.1 Síndrome de Down
A síndrome de Down é causada por uma desordem genética chamada trissomia 
do cromossomo 21. Pessoas sem essa síndrome possuem 23 pares de cromossomos, 
enquanto a pessoa com síndrome de Down possui um cromossomo a mais no par 21. 
Apesar de já ser descrita anteriormente, ela só foi reconhecida como síndrome 
em 1886, por Langdon Down (MOREIRA; EL-HANI; GUSMÃO, 2000; SILVA; DESSEN, 2002).
A deficiência intelectual é uma das características da síndrome de Down, 
entretanto, ela pode se manifestar em diferentes níveis. Além disso, há outros traços 
que caracterizam a pessoa com síndrome de Down como “hipotonia, baixa estatura, 
pescoço curto, orelhas com aparência dobrada típica, boca aberta com a língua protrusa, 
prega no canto dos olhos semelhante à das pessoas da raça mongólica, pele áspera e 
seca, dentes pequenos” (DIEHL, 2006, p. 79). 
https://bit.ly/3wv2RqI
20
A instabilidade atlanto-axial também pode ocorrer em pessoas com síndrome 
de Down, esta condição se caracteriza por um aumento da mobilidade da articulação 
cervical, entre as vértebras C1-C2. Nesta condição, a frouxidão ligamentar desta área 
aumenta o risco de lesão medular. Mesmo sem diagnóstico, sintomas como dificuldades 
para caminhar, fadiga e espasmos musculares devem ser avaliados. A participação em 
atividades físicas e esportes deve ser realizada com cautela para não colocar a pessoa 
em risco (ANTONARAKIS et al., 2020). 
Figura 3 – Menina com síndrome de Down
Fonte: https://bit.ly/3AeKlnG. Acesso em: 25 ago. 2022.
Pessoas com síndrome de Down também são mais propensas a desenvolver 
certas condições de saúde quando comparadas com a população geral, como cardio-
patias, distúrbios neurológicos, problemas de visão e audição, doenças autoimunes, 
dentre outras. 
Tanto os sintomas como manifestações de saúde em pessoas com síndrome 
de Down estão descritas na Figura 4. Cabe destacar que, apesar dessas condições, a 
melhora dos tratamentos e terapias oferecidas a essas pessoas tem aumentado consi-
deravelmente a qualidade de vida e a sobrevida delas (ANTONARAKIS et al., 2020).
https://bit.ly/3AeKlnG
21
Figura 4 – Sintomas e manifestações de saúde de pessoas que podem ocorrer em pessoas com 
síndrome de Down
FONTE: adaptado de Antonarakis et al. (2020, p. 3)
3.4 DEFICIÊNCIA FÍSICA
A deficiência física pode ser entendida como uma alteração funcional ou 
anatômica, que prejudica a independência do sujeito, compromete a realização dos 
padrões motores esperados e interfere na sua movimentação ou locomoção (DIEHL, 
2006; MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009. As deficiências físicas podem ter origem neu-
rológica ou ortopédica:
• Origem neurológica: são lesões que afetam o sistema nervoso central, subdividindo-
se em lesões cerebrais ou medulares.
• Origem ortopédica: são problemas nos ossos, músculos e/ou articulações, subdivi-
dindo-se em lesões musculares ou osteoarticulares.
Apesar de algumas deficiências físicas terem causas congênitas, os dados 
apontam que, no Brasil, a maior parte delas é adquirida especialmente por acidentes de 
trânsito, acidentes de trabalho e violência urbana (DIEHL, 2006). 
22
3.4.1 Origem neurológica
Como vimos anteriormente, as lesões de origem neurológica podem ser cerebrais 
ou medulares, afetando diversas partes do corpo, conforme detalhado a seguir:
• Monoplegia: um membro do corpo é afetado.
• Diplegia: dois membros do corpo são afetados.
• Triplegia: três membros do corpo são afetados.
• Tetraplegia: quatro membros são afetados.
• Paraplegia: comprometimento dos membros inferiores.
• Hemiplegia: comprometimento completo de apenas um lado do corpo.
Como exemplo de lesões de origem cerebrais, temos: acidente vascular cerebral 
(AVC), traumatismo crânio encefálico (TCE) e a paralisia cerebral. Já dentre as causas 
de lesões medulares, podemos citar a poliomielite, espinha bífida e os traumatismos 
medulares. Vamos conhecer algumas delas a seguir.
• Paralisia cerebral
De acordo com Diehl (2006, p. 94), a paralisia cerebral “é uma lesão que afeta o 
Sistema Nervoso Central (SNC) antes que seu desenvolvimento tenha se completado, 
causando desordem motora e sensitiva na movimentação ampla e fina do corpo”. 
Juntamente com esta condição, a pessoa com paralisia cerebral pode ter a ocorrência 
de convulsões, alterações de comportamento e, algumas vezes, deficiência intelectual. 
A paralisia cerebral pode ser classificada em três tipos, de acordo com a alteração 
do controle de movimento:
◦ Espástica: o tônus muscular é aumentado, causando uma desordem no mo-
vimento voluntário. Ao invés de apenas uma parte do corpo participar do movi-
mento, como ocorrem numa pessoa sem paralisia cerebral, todo o corpo participa. 
Pode ser agravada conforme o estado emocional.
◦ Atetóica: neste tipo, há variações do tônus muscular em estado de hipotonia ou 
hipertonia, causando movimentos involuntários no corpo, até mesmo quando a 
pessoa está em repouso.
◦ Atáxica: o tônus muscular frequentemente está diminuído, causando problemas 
na postura, equilíbrio, percepção tátil e coordenação motora. O atáxico tem de se 
concentrar para não cair e sua marcha é semelhante ao de uma pessoa intoxicada. 
É importante destacar que a paralisia cerebral é uma deficiência física e, na 
grande maioria dos casos, não há nenhum comprometimento intelectual. Assim, apesar 
de eventuais dificuldades de comunicação e movimentação, em virtude dos prejuízos da 
paralisia à coordenaçãomotora, essas pessoas têm total capacidade de entendimento.
23
• Espinha bífida
A espinha bífida é uma má formação congênita que se caracteriza por uma falha 
no fechamento do tubo neural durante o período embrionário (HERNÁNDEZ et al., 2018). 
A espinha bífida pode ser classificada como oculta, meningocele ou mielomeningocele.
Figura 5 – Tipos de espinha bífida
Fonte: https://bit.ly/3AMgg05. Acesso em: 25 ago. 2022.
A espinha bífida oculta é um tipo mais leve e comum, no qual não há nenhum 
indício externo da deficiência. Já nos tipos meningocele e mielomeningocele, há uma 
protuberância bem evidente nas costas, pois como não ocorreu o fechamento da coluna 
vertebral, parte da medula espinhal fica para fora. Na meningocele não existem células 
nervosas na protuberância, apenas meninge e líquido cefalorraquidiano e, raramente, a 
pessoa apresenta danos cognitivos. Já na mielomeningocele, existem células nervosas 
presentes na hérnia dorsal. Este é o tipo mais grave de espinha bífida, geralmente afeta as 
vértebras lombares e os membros inferiores (MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009).
• Lesão medular
A medula espinhal, responsável por transmitir as sinapses nervosas do cérebro 
para o restante do corpo, é uma parte importante do Sistema Nervoso Central e 
está protegida pela coluna vertebral. Qualquer trauma ou lesão nesta parte do corpo 
pode acarretar danos irreversíveis, com perda parcial ou total da sensibilidade ou dos 
movimentos abaixo da região lesionada (DIEHL, 2006). Deste modo, quanto mais alta a 
lesão, maior o comprometimento, conforme detalhado no Quadro 3.
https://bit.ly/3AMgg05
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Quadro 3 – Classificação e consequências das lesões medulares
FONTE: Diehl (2006, p. 98)
ALTURA DA LESÃO CLASSIFICAÇÃO CONSEQUÊNCIA
Acima da C4 Tetraplegia alta
Perda da capacidade respiratória, 
perda sensitiva e do controle motor 
dos quatro membros e tronco.
Cervicais abaixo da C4 Tetraplegia
Perda sensitiva e do controle motor 
dos quatro membros e tronco.
Torácicas Paraplegia alta
Perda sensitiva e do controle motor 
dos membros inferiores e tronco.
Lombares Paraplegia baixa
Perda sensitiva e do controle 
motor da musculatura do quadril e 
dos membros inferiores.
Sacrais e coccígeas Paralisia parcial
Perda parcial da sensibilidade e do 
controle motor da musculatura e 
dos membros inferiores.
As lesões medulares podem ter diversas causas, como traumas, tumores, do-
enças infecciosas, neurológicas, sistêmicas ou vasculares. A pessoa com lesão medular 
pode apresentar comprometimento de força e amplitude de movimento, além de perdas 
sensoriais, descontrole de esfíncteres, complicações de funções respiratórias, circula-
tórias e térmicas (VARA; CIDADE, 2020).
DICA
Filme: Intocáveis (2012)
Este filme conta a história de tetraplégico milionário que contrata um homem 
da periferia para ser o seu acompanhante, apesar de sua aparente falta de 
preparo. Ao longo do filme, a relação que antes era profissional cresce e vira 
uma amizade que mudará a vida dos dois.
3.4.2 Origem ortopédica
As deficiências físicas de origem ortopédica podem ser divididas em musculares 
e osteoarticulares. Nas musculares, temos a Distrofia Muscular Progressiva de Duchene, 
e nas osteoarticulares as malformações e amputações.
25
• Distrofia Muscular Progressiva de Duchenne
De origem genética, a Distrofia Muscular Progressiva de Duchenne é uma doença 
neuromuscular caracterizada por uma degeneração progressiva da musculatura. Ela é 
transmitida pela mãe, portadora no gene, e afeta 50% dos filhos homens, sendo muito 
rara de se manifestar em meninas (VARA; CIDADE, 2020).
A doença se manifesta por volta dos 4 anos de idade, com um desequilíbrio de 
marcha e perda de postura, que leva a criança a já necessitar de cadeira de rodas. Con-
forme a doença evolui, a perda de força se acentua, de modo que há uma necessidade 
de auxílio em todas as tarefas da vida diária. Pessoas com Distrofia Muscular Progressiva 
de Duchenne tem baixa expectativa de vida, indo a óbito por volta dos 30 anos, geral-
mente por insuficiência respiratória (DIEHL, 2006; SUN et al., 2020).
• Malformação
As malformações se caracterizam por uma ausência de membro ou parte dele 
ou rigidez articular, que se caracteriza por uma calcificação na articulação que limita a 
mobilidade da área atingida. As malformações podem ser causadas por toxicidade de 
substâncias, como alguns medicamentos. Elas podem ter origem na gestação ou no 
momento do parto (DIEHL, 2006).
• Amputação
A amputação é uma lesão adquirida, geralmente em virtude de um trauma que 
atinge o sistema nervoso periférico, sendo necessária a retirada total ou parcial da ex-
tremidade afetada (HERNÁNDEZ et al., 2018). A amputação pode ocorrer em qualquer 
momento da vida, tendo causas congênitas, por falta de formação embrionária; trau-
máticas, em virtude de acidentes; vasculares, como em recorrência de diabetes ou ar-
teriosclerose; ou tumoral.
 Ao restante do membro que é amputado denominamos coto. O coto permite a 
colocação de próteses que substituem a extremidade perdida e auxiliam na movimen-
tação e independência da pessoa que sofreu a amputação (DIEHL, 2006).
3.5 TRANSTORNOS DE NEURODESENVOLVIMENTO
Os transtornos de neurodesenvolvimento são condições que se manifestam 
na infância, geralmente no período pré-escolar, e são caracterizados por déficits de 
desenvolvimento com prejuízos pessoais, sociais, acadêmicos e profissionais (APA, 
2014). Os transtornos podem se manifestar clinicamente, tanto pelo excesso quanto 
pelo déficit em atingir o marco esperado pela criança. Neste livro, abordaremos mais 
detalhadamente o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e o Transtorno do 
Espectro Autista.
26
3.5.1. Transtorno de Déficit de Atenção e 
Hiperatividade (TDAH)
O Transtorno de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é 
definido, segundo o “DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais” 
(APA, 2014, p. 32), como “um transtorno do neurodesenvolvimento definido por níveis 
prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade”. 
O TDAH pode se manifestar de três formas (VARA; CIDADE, 2020):
• Desatenção: dificuldade em reter e manter o foco em uma atividade, respondendo a 
qualquer estímulo ao seu redor.
• Impulsividade: falta de controle dos impulsos, com dificuldade em esperar a sua 
vez, inclusive interrompendo conversas.
• Hiperatividade: a pessoa é excessivamente inquieta, com dificuldade de controlar 
os movimentos corporais e ficar parada por longos períodos.
 
Dentre as estratégias de tratamento para o TDAH estão terapias cognitivo-
-comportamentais, acompanhamento médico psiquiátrico, uso de medicamentos, se 
necessário, e, principalmente, modificações ambientais. Situações e lugares que ofere-
cem muitos estímulos são prejudiciais às pessoas com TDAH, sendo importante reduzir 
focos de distração e buscar abordagens que chamem a atenção para a atividade que 
será desenvolvida.
3.5.2. Transtorno de Espectro Autista
Segundo o “DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais” 
(APA, 2014, p. 31), o Transtorno do Espectro Autista (TEA) se caracteriza:
[...] por déficits persistentes na comunicação social e na interação 
social em múltiplos contextos, incluindo déficits na reciprocidade 
social, em comportamentos não verbais de comunicação usados 
para interação social e em habilidades para desenvolver, manter 
e compreender relacionamentos. Além dos déficits na comunica-
ção social, o diagnóstico do transtorno do espectro autista requer 
a presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, 
interesses ou atividades.
Ainda não se sabe com exatidão a etiologia do TEA, supondo-se que seja uma 
interação genética e ambiental, entretanto, já é entendido que o TEA é causado por 
alterações estruturais e neuroquímicas do sistema nervoso central. Geralmente, o diag-
nosticado ocorre entre 2 e 3 anos de idade, e há uma maior prevalência nas crianças 
do sexo masculino.Pessoas com TEA podem ter comprometimento intelectual, dificul-
dades de linguagem e, de modo geral, apresentam pouca habilidade motora (VARA; 
CIDADE, 2020).
27
3.6 DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS
O termo “deficiência múltipla” é utilizado para caracterizar o conjunto de duas 
ou mais deficiências associadas, que podem ser de origem física, sensorial, emocional 
ou comportamental. Dentre os exemplos de deficiência múltipla temos a surdocegueira.
3.6.1 Surdocegueira 
Apesar de a denominação dar a entender que pessoas surdocegas não ouvem 
e nem enxergam, raramente isso acontece. De modo geral, pessoas com esta condição 
apresentam dificuldades no uso dos sentidos de distância (visão e audição), de modo 
que recebem os estímulos, mas as informações são distorcidas (VARA; CIDADE, 2020).
As causas da surdocegueira podem ser congênitas ou adquiridas, podendo 
ocorrer de maneira concomitante ou separada. Um exemplo é a Síndrome de Usher, 
principal causa de surdocegueira, na qual há uma perda auditiva no nascimento e perda 
progressiva da visão (VARA; CIDADE, 2020).
INTERESSANTE
Você já ouviu falar em Victorine Morriseau e Helen Keller? Victorine Mor-
riseau é considerada a primeira mulher surdocega a ser educada formal-
mente, por volta do ano de 1789, em Paris, França. Helen Keller também 
era surdocega e iniciou sua alfabetização no ano de 1887, no Instituto 
Perkins, nos Estados Unidos. Ela foi a primeira surdocega a se graduar 
numa universidade, ela falava cinco idiomas e escreveu três livros. 
Fonte: VARA, M. F. F.; CIDADE, R. E. Educação física adaptada. Curitiba: 
Intersaberes, 2020.
DICA
Borboletas de Zagorky é um documentário produzido pela BBC que mostra as 
potencialidades das pessoas surdocegas. Assista em: https://bit.ly/3pHereC.
28
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu:
• O termo correto para se referir às pessoas que possuem alguma deficiência é “pessoa 
com deficiência”.
• A pessoa com deficiência é aquela que apresenta impedimentos físicos, mentais, 
sensoriais ou intelectuais de interagir e participar plenamente da sociedade em 
condição de igualdade com as demais pessoas.
• Apesar das limitações físicas e de movimentação, em geral, pessoas com paralisia 
cerebral não possuem nenhum comprometimento cognitivo.
• Mesmo não sendo consideradas deficiências, os transtornos de desenvolvimento são 
condições que exigem um preparo e uma adaptação do ambiente para a inclusão de 
pessoas com essas condições.
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AUTOATIVIDADE
1 A deficiência, por uma visão biológica, pode ser entendida como um problema funcional 
ou estrutural do corpo, que leva o indivíduo a uma incapacidade ou impedimento por 
consequência dessas alterações. Sobre os tipos de deficiência, classifique V para as 
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) A surdez é uma deficiência física, que pode ser congênita ou adquirida, em que a 
pessoa afetada não é capaz de ouvir nenhum som. 
( ) A cor das bengalas é utilizada para sinalizar diferentes tipos de deficiência visual, a 
branca é usada por pessoas cegas e a verde para os que possuem baixa visão.
( ) A síndrome de Down é causada por uma desordem genética chamada trissomia do 
cromossomo 21.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – V.
d) ( ) F – F – V.
2 Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e o Espectro do Autista 
são transtornos de neurodesenvolvimento. Acerca deste assunto, analise as sen-
tenças a seguir:
I- Transtornos de neurodesenvolvimento são condições que se manifestam na infância 
e, clinicamente, se manifestam por excesso ou déficit em atingir alguns marcos 
esperados para a idade.   
II- O Transtorno do Espectro Autista se caracteriza por um déficit na comunicação 
social, compensado por um aumento nas habilidades motoras, e é causado por 
alterações genéticas.
III- Uma das manifestações do TDAH é a desatenção, o que faz a pessoa ter dificuldade 
em manter o foco em atividades específicas.
 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
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3 A deficiência intelectual é definida como um comprometimento intelectual e 
adaptativo, que limita o raciocínio, a aprendizagem e a resolução de problemas. Sobre 
o exposto, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) A deficiência intelectual nem sempre tem uma causa específica, mas pode ser 
ocasionada por condições genéticas ou acontecimentos pré-natais, durante o 
nascimento ou após o nascimento da criança.
b) ( ) A deficiência intelectual é classificada em cinco níveis, do limítrofe ao profundo. 
Apesar dos diferentes níveis de comprometimento intelectual, pessoas com este 
tipo de deficiência não possuem limitações físicas, sendo bastante independen-
tes nas tarefas da vida diária.
c) ( ) O QI (Quociente de Inteligência) é a escala utilizada para mensurar o grau de 
comprometimento intelectual. Quanto maior a pontuação nos testes de QI, 
maiores as limitações de aprendizagem.
d) ( ) A síndrome de Down é um tipo de deficiência intelectual causada por uma falta 
de oxigenação no momento do nascimento da criança.
4 As deficiências físicas se caracterizam por alterações funcionais ou anatômicas que 
prejudicam a independência do sujeito, comprometem a realização dos padrões mo-
tores esperados e interferem na sua movimentação ou locomoção. Descreva como 
são classificadas as deficiências físicas e exemplifique cada uma delas.
5 Para a definição de deficiência, alguns autores apontam que há um modelo médico 
e um modelo social, que devem ser considerados para a elaboração de um conceito 
inclusivo do que é deficiência. Disserte sobre esses dois modelos.
31
TÓPICO 3 - 
ESPORTE ADAPTADO E PARALÍMPICO
1 INTRODUÇÃO
UNIDADE 1
Você sabe o que é esporte adaptado e esporte paralímpico? Pode parecer que 
se trata exatamente da mesma coisa, mas não é bem assim. Esporte adaptado é uma 
nomenclatura que abrange modalidades esportivas realizadas pelas pessoas com 
deficiência tanto com o objetivo de inclusão quanto de aprimoramento da aptidão física 
e de questões motoras. 
Fazem parte dos esportes adaptados tanto as modalidades convencionais que 
tiveram suas características modificadas para a participação das pessoas com deficiên-
cia, como é o caso do vôlei sentado ou do basquete em cadeira de rodas, quanto mo-
dalidades criadas especialmente para pessoas com deficiência, como o goalball, exclu-
sivo para pessoas com deficiência visual. De modo geral, podemos afirmar que qualquer 
modalidade esportiva pode ser adaptada para a inclusão de pessoas com deficiência.
Já o esporte paralímpico são aquelas modalidades adaptadas reconhecidas pelo 
Comitê Paralímpico Internacional. Inclui-se nesta categoria as modalidades presentes 
nas Paralimpíadas de Verão e de Inverno. Para a participação nos jogos oficiais desta 
competição, além dos índices exigidos para a classificação do atleta e/ou da equipe, é 
necessária uma avaliação médica e funcional do atleta.
Neste terceiro tópico, vamos conhecer um pouco mais acerca do esporte adap-
tado e paralímpico, além de discorrer sobre as principais características das modalida-
des que compõem esse evento mundial do esporte adaptado. 
2 JOGOS PARALÍMPICOS
Os melhores atletas do mundo do esporte adaptado se reúnem a cada quatro 
anos nos Jogos Paralímpicos. Segundo do mundo, atrás apenas das Olimpíadas, os 
Jogos Paralímpicos é o maior evento quando se trata de esporte para pessoas com 
deficiência. Desde o ano de 2012, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos compartilham a 
mesma cidade-sede.
O movimento que deu origem aos Jogos Paralímpicos nasceu na Europa, com 
uma competição internacional, no ano de 1952, em Stoke Mandeville, Inglaterra. Essa 
edição contou com 130 atletas com lesão medular de apenas dois países, Inglaterra e 
Holanda. Em 1960, foi organizada,

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