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Metodos Contraceptivos - MARC

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Contracepção é um conjunto de fatores 
químicos ou físicos que visam evitar de modo 
reversível e temporário, a fecundação de um 
óvulo por um espermatozoide, ou quando há 
fecundação, evitar que ocorra a nidação. 
Garantir o bem estar da mulher, autonomia, 
apoiar a saúde e desenvolvimento das 
comunidades. 
Na Lei nº 9.263 da Constituição Federal do Brasil, 
de 12 de janeiro de 1996, que trata do 
planejamento familiar, consta que o planejamento 
familiar é direito de todo cidadão e é o conjunto 
de ações e regulação da fecundidade que 
garanta direitos iguais de constituição, limitação 
ou aumento da prole pela mulher, pelo homem 
ou pelo casal e é parte integrante de uma visão 
de atendimento global e integral à saúde deles. 
É importante lembrar que os direitos sexuais e 
reprodutivos da mulher também devem ser 
observados e respeitados no planejamento 
familiar como: 
 Direito de decidir a quantidade de filhos e 
quando tê-los; 
 Direito de desfrutar das relações sexuais 
sem temor de gravidez ou de contrair 
uma infecção transmitida pela relação 
sexual; 
 Direito de gestar e ter o parto nas 
melhores condições; 
 Direito de conhecer, gostar e cuidar do 
corpo e órgãos sexuais; 
 Direito a uma relação sexual sem violência 
ou maus-tratos; 
 Direito de informação por profissional de 
saúde e acesso aos métodos 
contraceptivos. 
Métodos Contraceptivos: modernos e não 
modernos: 
 Modernos: esterilização masculina e 
feminina, DIU (dispositivos intrauterinos), 
implantes subdérmicos, contraceptivos 
orais, preservativos masculinos e 
femininos, injetáveis, pílulas 
contraceptivas de emergência, adesivos, 
diafragma e capuz cervical, agentes 
espermaticidas, anéis vaginais, esponja 
vaginal. 
 Não modernos: abordagens da 
conscientização feminina como tabelinha, 
muco cervical, temperatura basal, 
sintotérmico; coito interrompido; 
amenorreia lactacional, abstinência sexual. 
 Síntese das condições consideradas especiais 
na escolha de método anticoncepcional: idade 
maior que 35 anos e tabagismo, hipertensão 
arterial sistêmica, obesidade (IMC maior ou igual 
a 30), infecção pelo HIV e risco de aquisição, uso 
de antirretroviral, diabetes mellitus com e sem 
doença vascular periférica, enxaqueca, 
depressão, lúpus eritematoso sistêmico com e 
sem anticorpofosfolípide, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
Os anticoncepcionais hormonais combinados 
(estrogênio e progesterona) estão disponíveis 
em apresentação oral (pílulas ou drágeas) e não-
oral (injetável mensal, anticoncepcional 
transdérmico [adesivo] e anel vaginal). Aqueles só 
com progestagênios podem ser encontrados 
nas formas de pílulas ou minipílulas, injetável 
trimestral, implante subdérmico e dispositivo 
intra-uterino liberador de progestagênio. 
De forma geral, os métodos combinados 
propiciam melhor controle de ciclo, ou seja, 
sangramentos mais regulares e menores taxas 
de sangramento intermenstrual. Por outro lado, 
os métodos só com progestagênios são 
caracterizados por alterações menstruais 
significativas, como amenorréia, irregularidades 
menstruais ou sangramentos intermentrais, 
porém, seus perfis clínicos e metabólicos 
propiciam menor lista de contraindicações. 
A eficácia anticoncepcional da pílula combinada é 
bastante elevada se utilizada corretamente, com 
falha de 0,3 a 0,7 gestações por 100 mulheres ao 
ano de uso, mas pode ser tão baixa quanto 0,1 
em estudos bem controlados e com pacientes 
bem motivadas. Todavia, na prática, em virtude 
de esquecimentos, usos incorretos, associações 
medicamentosas desaconselhadas, entre outros, 
a eficácia para o uso habitual pode se elevar para 
mais de três gestações por cem mulheres ao 
ano. 
A eficácia do injetável mensal (combinado) é 
muito elevada, com taxas de falha muito 
próximas de zero se utilizado corretamente. 
 
O anticoncepcional transdérmico (adesivo) e o 
anel vaginal apresentam eficácia similar à do 
anticoncepcional hormonal combinado oral 
(AHCO) quando utilizados corretamente. 
O implante subdérmico e o dispositivo intra-
uterino (DIU) liberador de levonorgestrel têm 
baixíssimas taxas de falha, até menores do que 
as da laqueadura tubária. 
As minipílulas tem eficácia de 1 a 3 gestações por 
100 mulheres/ano sendo mais eficazes se 
associadas à amamentação. 
Pílula de desogestrel, com propriedade 
anovulatória e eficácia similar à pílula combinada. 
A injeção trimestral de acetato de 
medroxiprogesterona apresenta eficácia 
bastante elevada, sendo suas falhas da ordem de 
menos de 0,3 por 100 mulheres/ano 
Mecanismos de ação: 
Inibir a ovulação, pela atuação no eixo 
hipotálamo-hipofisário, suprimindo os picos de LH. 
Mas nem todas tem esse efeito, exemplo: a 
maioria das pílulas de progestagênio puro pode 
interferir no processo ovulatório mas não é 
considerada anovulatória. Exceção: pílula de 75 
mcg de desogestrel, pois também atua inibindo 
a ovulação. 
O método injetável, implante subcutâneo de 
progestagênio atuam como anovulatório, assim 
como os combinados. 
Outros mecamismos: tornar o muco cervical 
hostil, alterar o transporte tubário do óvulo, 
modificar o endométrio (deixando menos 
receptivo e até atrófico). 
Os métodos que só tem progestagênio 
(levonorgestrel), podem ou não inibir a ovulação 
dependendo do tipo. 
DIU de progestagênio (levonosgestrel): atua 
como ação inflamatória tipo corpo estranho no 
endométrio; espessamento do muco cervical 
(fica mais hostil; altera enzimas endometriais, 
prejudicando motilidade dos sptz); atrofia do 
endométrio pela diminuição de receptores 
estrogênicos. Apesar de não ser anovulatório, o 
processo de ovulação pode sofrer interferências, 
pois parte do hormônio é absorvida 
sistematicamente. 
Contra-indicações: 
Critério 1: uso do método para aquela situação 
está completamente liberado. 
Critério 2: quando pode ser usado mas requer 
cuidados. 
Critério 3: “contra-indicação relativa” 
Critério 4: “contra-indicação absoluta”. 
Na categoria 2, torna-se necessário um parecer 
clínico abrangente e acompanhamento. Quando 
o parecer clínico for limitado, as categorias 1 e 2 
basicamente querem dizer que o método pode 
ser usado. 
O uso de método/condição classificado como 
categoria 3 não é geralmente recomendado, a 
menos que outros métodos mais apropriados 
não estejam disponíveis ou não sejam aceitáveis. 
Será necessário haver acompanhamento. No 
atendimento clínico não especializado, portanto 
com juízo clínico limitado, as categorias 3 e 4 
querem dizer que o método não deve ser usado. 
Ou pílula comum. Associação de um estrogênio 
+ progesterona. 
O maior exemplo: etinilestradiol (15-50 mcg). 
O componente progestacional é o grande 
responsável pelas maiores diferenças entre as 
formulações disponíveis comercialmente, 
podendo pertencer a uma de três categorias, 
derivadas da 19-nortestosterona, da 17-
hidroxiprogesterona e da espironolactona. 
 Derivados da 19-nortestosterona são os 
mais empregados, sendo exemplos: D,L-
norgestrel, levonorgestrel, noretisterona, 
desogestrel, gestodeno e outros. 
 Os derivados da hidroxiprogesterona 
utilizados no AHCO podem ser o acetato 
de ciproterona e a clormadinona, ambos 
com efeitos antiandrogênicos, todavia, 
estes efeitos são mais potentes no 
primeiro. 
 A drospirenona, por sua vez, pertence a 
uma categoria recentemente 
“inaugurada”, derivada da espironolactona, 
apresentando ações diurética leve e 
antiandrogênica. Merece destaque que o 
efeito antiandrogênico é menos potente 
do que o apresentado pela ciproterona. 
 
O “preço” da redução do componente 
estrogênico é a perda progressiva da qualidade 
de controle de ciclo, assim, formulações com 
muito pouco desse componente tendem a 
aumentar as chances de sangramentos 
intermenstruais, principalmente nos primeiros 
meses de uso. 
Os progestagênios com atividade 
antiandrogênica: acetato de ciproterona, 
drospirenona, clormadinona.Esquemas de administração 
O monofásico é o mais utilizado, em que todos 
os comprimidos da cartela são iguais, com 21 dias 
de uso da pílula seguido por 7 dias de repouso, 
havendo com menor dosagem hormonal com 
24 dias de uso e 4 de intervalo. 
O esquema estendido (emendar as cartelas) é 
seguro e eficaz, controle dos sintomas pré-
menstruais por exemplo a cefaleia. Parecem mais 
aconselháveis para mulheres com anemia, 
endometriose etc. 
Os esquemas bifásico e trifásico caracterizam-se 
por aumento progressivo da dose de 
progestagênio conforme se avança na cartela, 
em duas ou três etapas, respectivamente, 
podendo haver variação na dose de etinilestradiol 
também. 
O esquema combifásico, o progestagênio 
aumenta enquanto o estrogênio diminui em duas 
fases, com a principal finalidade de se evitar o 
sangramento do meio do ciclo. 
Modo de uso 
A primeira cartela deve ser iniciada no 1º dia de 
menstruação, são tomadas por 21, 22 ou 24 dias. 
Fazem pausas de 7, 6 ou 4 dias 
respectivamente. 
Se a pílula não foi iniciada desde o 1º dia de 
menstruação, deve ser associado uso de 
preservativos durante a relação nos primeiros 14 
dias de cartela. 
Efeitos Adversos 
 
No geral, a gravidez traz mais riscos que o uso 
do anticoncepcional hormonal. 
Os efeitos na coagulação e riscos da doença 
arterial são os efeitos mais graves. 
O etinilestradiol pode aumentar durante a 
coagulação sanguínea, acarretando em maior 
risco da doença tromboembólica. Esse 
estrogênio pode aumentar a adesividade 
plaquetária, aumentar o tromboxano A2, diminuir 
prostaciclina. 
Relata-se ainda que o risco de doença 
tromboembólica venosa tende a reduzir com o 
tempo de uso do método. 
Considere-se ainda a existência de outros fatores 
de risco para a doença tromboembólica venosa, 
tais como obesidade, idade mais avançada, 
predisposição familiar, imobilização prolongada, 
tabagismo, alterações de fatores de coagulação 
ou de fibrinólise (tais como deficiência de 
antitrombina III ou de proteína C), mutações pró-
coagulantes (como o fator V de Leiden) etc. 
Assim, quando há fatores de risco importantes 
para a doença tromboembólica venosa, o AHCO 
não deve ser escolhido. O mesmo aplica se à 
somatória de fatores de risco; por exemplo, 
mulheres tabagistas com mais de 35 anos estão 
contra-indicadas a usar o anticoncepcional 
combinado. 
As pílulas contendo os progestagênios mais 
novos, menos androgênicos, podem propiciar 
um perfil lipídico mais favorável à cardioproteção, 
por serem menos deletérios sobre os benefícios 
estrogênicos. 
O estrogênio por via oral é absorvido pelo tubo 
digestivo e atinge o fígado pelo sistema porta, 
antes de chegar à circulação sistêmica, o que se 
tem denominado primeira passagem hepática. 
Consequentemente, estimula a síntese de 
substrato de renina e angiotensinogênio, 
favorecendo o aumento de pressão arterial que, 
todavia, não é clinicamente significante na mulher 
previamente normotensa. O progestagênio 
também pode ter efeito mineralocorticóide, o 
que pode potencializar essa ação elevadora da 
pressão sanguínea. Assim, para mulheres com 
hipertensão leve ou com maior risco de 
desenvolver hipertensão, convém preferir um 
progestagênio com menor ação 
mineralocorticóide, como o gestodeno, ou até 
antagonista, como a drospirenona, caso a escolha 
do método recaia no AHCO. 
Concluindo, o anticoncepcional hormonal oral é 
seguro e eficaz para as mulheres jovens e 
saudáveis. 
 Acetofenido de algestona 
(diidroxiprogesterona) 150 mg e enantato 
de estradiol 10 mg. 
 Enantato de norestisterona 50 mg e 
valerato de estradiol 5 mg. 
 Acetato de medroxiprogesterona 25 mg 
e cipionato de estradiol 5 mg. 
As duas últimas formulações podem ter o uso da 
primeira aplicação no 1º dia menstrual e 
repetições a cada 30 dias (± 3 dias) a partir da 
aplicação anterior, possibilitando melhor controle 
do ciclo. Enquanto o fabricante da primeira 
formulação recomenda aplicação do 7º ao 10º dia 
do ciclo, de preferência no 8º dia. 
Há presença do estrogênio natural, e não do 
sintético etinilestradiol. 
Não realiza efeito de primeira passagem no 
fígado por ser por via parenteral. 
O injetável combinado apresenta poucos efeitos 
na pressão arterial, na coagulação sanguínea e 
na função hepática, entre outros, em 
comparação ao AHCO, além de poder ter 
melhor impacto no perfil lipídico. 
 O anticoncepcional transdérmico é um adesivo 
que libera diariamente para absorção pela pele 
20 mcg de etinilestradiol e 150 mcg de 
norelgestromin, a forma ativa do progestínico 
norgestimato. 
É iniciado mediante a aplicação do primeiro 
adesivo sobre a pele no primeiro dia menstrual. 
Semanalmente, o adesivo é trocado por um 
novo, totalizando 3 semanas de uso. Após a 
remoção do terceiro, segue-se um intervalo de 
7 dias sem uso e então se reinicia o ciclo. 
3 semanas completas usando o adesivo e 1 sem. 
É favorável pois não é usado por VO, 
propiciando menores efeitos adversos digestivos, 
não tem absorção prejudicada por vômitos ou 
diarreia. 
É introduzido na vagina, seu mecanismo de ação 
é hormonal e não de barreira. 
É uma argola flexível que libera diariamente 15 
mcg de etinilestradiol e 120 mcg de etonogestrel, 
a forma ativa do progestagênio desogestrel, para 
absorção pela mucosa vaginal. 
inserção de um anel no fundo vaginal no 1º dia 
menstrual, sendo mantido por 3 semanas. 
Seguem-se então a remoção e desprezo do 
anel, ficando-se 7 dias sem uso, que é o intervalo. 
Depois, inicia-se novo ciclo de 3 semanas com 
um novo anel, e assim sucessivamente. 
São conhecidas como minipílulas: 
 Levonorgestrel 30 mcg por drágea. 
 Noretisterona 0,35 mg por comprimido. 
 Linestrenol 0,5 mg por comprimido. 
Não podem ser considerados anovulatórios, 
todavia, em cerca de 60% das usuárias, pode 
haver uma supressão parcial da ovulação. 
Já a pílula de progestagênio composta pelo 
desogestrel 75 mcg por drágea apresenta ação 
inibidora da ovulação e sua eficácia é muito 
similiar à dos anticoncepcionais orais combinados. 
Todas as pílulas só de progestagênio devem ser 
tomadas continuamente, sem intervalos entre 
uma cartela e outra. A ausência de estrogênio 
aufere algumas vantagens, como permitir o uso 
em várias situações nas quais este hormônio 
estaria contra-indicado, inclusive durante a 
amamentação. 
No entanto, são frequentes as alterações do ciclo 
menstrual, manifestando-se como irregularidades, 
sangramentos intermenstruais ou até 
amenorréia. 
Injetável intramuscular apenas com 
progestagênio, havendo apenas uma 
composição disponível no Brasil: 150 mg de 
acetato de medroxiprogesterona de depósito a 
cada 3 meses. 
São poucas as suas contra-indicações por não 
conter estrogênio, no entanto, pode haver atraso 
de vários meses no retorno das menstruações 
e da fertilidade após a sua interrupção. 
Uma desvantagem do método é que pode 
acarretar ganho de peso corpóreo significativo. 
A primeira aplicação deve ser realizada até o 7º 
dia do ciclo e, a partir de então, repete-se a cada 
3 meses. 
Implante de etinogestrel, a forma ativa do 
progestagênio desogestrel. 
Esse implante dura 3 anos, mas, se necessário 
ou desejado, pode ser retirado do local de 
inserção (normalmente na face medial do braço) 
a qualquer momento. O retorno da fertilidade é 
praticamente imediato. 
Assim como para outros métodos apenas de 
progestagênio, as alterações menstruais são 
comuns: amenorréia ou sangramentos 
infreqüentes acometem mais de 40% das 
usuárias do método e aproximadamente 10% 
podem apresentar sangramentos prolongados. 
O único DIU liberador de progestagênio 
disponível no Brasil, apresenta elevada eficácia e 
duração prolongada (5 anos). 
Libera cerca de 20 mcg de levonorgestrel ao 
dia, adicionando ação progestínica ao efeito de 
corpo estranho do DIU. 
Em consequência de seu efeito atrófico 
endometrial, o padrão menstrual sofre efeitos 
opostos aos do DIU de cobre.Há tendência a 
redução de sangramento e intervalos alongados 
entre os sangramentos, mas outras alterações 
podem ocorrer, inclusive aumento de frequência 
de sangramentos. Amenorréia pode se 
desenvolver em cerca de 20% no 1º ano de uso 
e em 50% ou mais no segundo. 
Há também tendência a redução das cólicas 
menstruais, havendo estudos mostrando 
benefício sintomático até em portadoras de 
dismenorréia por endometriose. Também tem 
sido avaliado para controle de menorragia com 
bons resultados. 
“anticoncepção pós-coital” ou “pílula do dia 
seguinte”. 
Atualmente prefere-se aquele com apenas 
progestagênio, por ser metabolicamente mais 
seguro, além de mais eficaz, oferecendo menos 
efeitos colaterais e poucas contra-indicações. 
A posologia mais tradicional recomenda duas 
doses de 750 mcg de levonorgestrel cada, 
separadas entre si por 12 horas. 
Mais recentemente, comprovou-se eficácia de 
formulação alternativa, que consiste em se tomar 
as duas doses simultaneamente, ou seja, 1,5 mg 
de levonorgestrel, já havendo também disponível 
comercialmente uma apresentação de um único 
comprimido com essa dose total. 
Obtém-se redução de mais de 80% no risco de 
engravidar se começado nas primeiras 24 horas 
após a relação, embora estudos tenham 
demonstrado que possa ser iniciado até 5 dias 
após a relação desprotegida. 
 
Resumindo.... 
 Métodos de barreira: preservativo masculino, 
feminino, diafragma, espermicida. Os dois mais 
importantes são os preservativos, pois protegem 
contra IST’s (orientar para todas). 
 Métodos hormonais: progesterona ou 
combinados. 
O estrogênio inibe o FSH – menos 
desenvolvimento folicular. E estabiliza o 
endométrio. Aumento de SHBG (diminui fração 
livre de testosterona – ele vai se ligar na 
progesterona esse hormônio – isso é bom para 
quem tem SOP com aumento de testosterona). 
A progesterona acaba inibindo pico de LH – 
anovulação e deixa muco cervical mais espesso, 
dificultando a subida do sptz para encontrar o 
óvulo. Atrofia endometrial. 
- Os métodos combinados: pílula combinada oral, 
injetável mensal, anel vaginal, adesivo 
transdérmico. 
O método combinado costuma diminuir fluxo 
menstrual, diminuição da dismenorreia, 
diminuição da TPM, regularização de ciclos, 
diminuição da incidência de CA ovariano e 
endométrio, diminuição da incidência de DIP e 
gestação ectópica. 
Atenção: o estrogênio é associado ao risco 
trombogênico. 
Combinados - Riscos: trombose, CA de mama 
(mas isso não contra-indica o uso pensando na 
população geral). 
Contraindicações absolutas métodos 
combinados: enxaqueca com aura, enxaqueca e 
> ou igual a 35 anos; tabagismo e maior ou igual 
a 35 anos. 
TVP/TEP prévio; CA de mama; HAS; DM + 
vasculopatia; IAM/AVC; Cirrose descompensada; 
tumor hepático (maligno ou adenoma); Lúpus + 
anticorpo antifosfolípide ou desconhecido; 
cirurgia + imobilização; anticonvulsivantes 
(fenitoína). 
- Métodos de progesterona: pílula de 
progesterona (desogestrel), toma sem pausa; 
injetável trimestral (acetato de 
metoxiprogesterona); implante subdérmico; 
contracepção de emergência (levonorgestrel). 
Menos containdicação que os combinados, 
diminuição do fluxo menstrual, diminuição de 
dismenorreia, diminuição da incidência de CA de 
ovário e endometriose. 
Efeitos colaterais da pílula de progesterona: 
amenorreia, spotting – sangrmanento de escape 
(atrofia tanto o endométrio que as vezes os 
vasos podem ficar expostos – levando ao 
sangramento de escape.); ganho de peso (o que 
mais está associado ao ganho de peso é o 
injetável trimestral). 
Contraindicações absolutas do uso de 
progesterona: CA de mama, TEP/TVP atual; 
tumor hepático (maligno ou adenoma); lúpus + 
anticorpo antifosfolípide positivo ou ?; cirrose 
descompensada; IAM, AVC (continuação); 
enxaqueca + aura (se passou a ter depois de 
começar a usar). 
- Contracepção de emergência: levonorgestrel 
1,5 mg VO – até 5 dias, mas quanto mais precoce 
mais efetivo (nas primeiras 72 horas): esse 
método é anovulatório, altera a motilidade tubária, 
muco cervical mais espesso. 
- DIU de cobre: altera transporte do óvulo, do 
sptz, inibe fecundação, inibem implantação do 
embrião, altera muco cervical. Efeitos colaterais: 
aumento da dismenorreia (se tem muita cólica e 
endometriose, então não usar), aumento do 
sangramento uterino (se tem queixa de fluxo 
aumentado então não usar). Contra-indicações: 
Alteração da cavidade endometrial, DIP atual, 
48h-4 semanas de pós-parto. Contraindicações 
absolutas: Gravidez; Doença inflamatória pélvica 
(DIP) ou DST atual, recorrente ou recente (nos 
últimos três meses); Sepse puerperal; 
imediatamente pós-aborto séptico; Cavidade 
uterina severamente deturpada; Hemorragia 
vaginal inexplicada; Câncer cervical ou 
endometrial; Doença trofoblástica maligna; 
Alergia ao cobre (para DIUs-Cu). 
- DIU de progesterona (mirena): libera o 
levonorgestrel – leva a atrofia do endométrio, 
não é anovulatório. Efeitos colaterais: amenorreia, 
spotting, acne, cistos ovarianos. Contra-
indicações: CA de mama, TVP/TEP atual, tumor 
hepático maligno ou adenoma, lúpus com 
anticorpo antifosfolípide + ou desconhecido, 
enxaqueca com aura (começou a enxaqueca 
depois da introdução do DIU). 
Dispositivo intra-uterino: fazer anamnese e 
exame físico. US não é obrigatório; melhor 
período para colocar é na menstruação (o colo 
fica um pouco mais aberto, e que é certo que 
ela não está grávida), contracepção imediata, 
qualquer idade, podem em nuligesta. 
Se no exame físico tiver sinais de cervicite ou 
vaginose bacteriana – tratar e reagendar. 
Qual o método contraceptivo contra-indicado 
para pessoas com alteração da cavidade uterina? 
DIU. 
Qual o melhor contraceptivo para pacientes com 
LES e anticorpos antifosfolípide positivo? DIU de 
cobre. 
 
FONTE: Ginecologia de Williams, 2014 
O período fértil pode ser identificado por meio 
da observação da curva de temperatura 
corporal, das características do muco cervical e 
de cálculos matemáticos baseados na duração, 
fisiologia do ciclo menstrual e meia-vida útil dos 
gametas. 
 Temperatura basal: ocorre aumento de 
pelo menos 0,2ºC acima da temperatura 
basal registrada no início da manhã. 
 Método de Ogino-Knaus (ritmo, 
calendário ou tabelinha): 
 
 Método do muco cervical (Billings): se 
abundante, aquoso, semelhante à clara de 
ovo, e filante, propriedade essa que pode 
ser observada na realização do exame 
ginecológico, quando o muco cervical é 
colocado entre “dois braços” da pinça 
Cheron, e a filância pode chegar a 10 cm. 
 Amenorreia lactacional: o aleitamento 
produz alterações 
na liberação hormonal por desorganização do 
eixo hipotálamo-hipófise-ovário. A sucção 
frequente por parte do lactente envia 
impulsos nervosos ao hipotálamo, alterando a 
produção hormonal, o que leva à anovulação. 
 Método sintotérmico: O método combina 
os cálculos do calendário, da ascensão da 
temperatura basal na fase lútea e do 
monitoramento do muco cervical. O 
monitoramento do muco cervical é base 
para esse método, e as outras técnicas 
fornecem “verificação dupla”. 
Cirurgia: quem pode fazer? Mulheres com 25 
anos ou mais OU com 2 ou mais filhos, mulheres 
com risco de vida ou risco ao futuro concepto. 
Faz um bloqueio das trompas ou ligadura das 
trompas. E no homem a vasectomia: ressecção 
do ducto deferente. 
Sempre que possível devemos prescrever 
LARCs (long-acting reversible contraceptives), 
independente da faixa etária. São LARCs 
disponíveis os DIUs de cobre e levonorgestrel e 
o implante subdérmico. Anticoncepcionais 
hormonais não são métodos ruins mas 
dependem de adesão. 
Os anticoncepcionais hormonais combinados 
exercem a sua ação contraceptiva ao interferir 
diretamente sobre os mecanismos de feedback 
do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, 
promovendo um bloqueio na liberação de 
gonadotrofinas (FSH e LH), especialmente do 
pico de LH, impedindo assim, a ocorrênciada 
ovulação. Por ação do progestágeno, provoca 
também alteração do muco cervical, tornando-o 
impenetrável pelo espermatozoide, além de 
atrofia endometrial, dificultando a implantação do 
embrião. Inibe a ovulação, aumenta a viscosidade 
do muco cervical, e tornando o endométrio 
impróprio à nidação. 
Os anticoncepcionais hormonais combinados 
apresentam como principal mecanismo de ação 
a anovulação através do bloqueio do eixo 
hipotálamo-hipófise-gonadal por meio de alças de 
feedback. A inibição do eixo promove uma 
redução na liberação dos fatores gonadotróficos 
(FSH e LH). Dessa forma, a ausência do pico de 
LH impede a ovulação. Há ainda outros 
mecanismos envolvidos na sua ação 
contraceptiva como, por exemplo, a alteração do 
muco cervical, tornando-o mais viscoso, o que 
dificulta a passagem dos espermatozoides. 
Provoca também atrofia endometrial, dificultando 
a implantação do embrião (nidação). Além do 
mais, altera a contratilidade tubária, dificultando o 
deslocamento do gameta feminino pelos 
segmentos da tuba uterina. 
Os anticoncepcionais orais combinados são 
compostos de estrogênio e progestágeno, 
sendo utilizados como recurso eficaz no 
planejamento familiar, evitando gravidez 
indesejada. Porém, a associação desses 
componentes pode trazer alguns riscos e, por 
isso, deve ter sua indicação muito bem avaliada. 
Algumas situações são, inclusive, contraindicadas 
como doenças cardiovasculares, câncer de 
mama atual, enxaqueca com aura, história de 
trombose prévia ou atual, fumantes com mais de 
35 anos que usam 15 ou mais cigarros ao dia, 
lactante com menos de 06 semanas após o 
parto, dentre outros. 
Anticoncepção na adolescência: dupla proteção 
associando preservativo a outros métodos 
contraceptivos. 
Antecedente pessoal de câncer de mama 
contraindica qualquer método hormonal, 
restando os de barreira e o DIU de cobre. 
Paciente com enxaqueca sem aura 
(contraindicação relativa para estrógenos), 
próxima a menopausa, se beneficiará de método 
sem estrógenos.

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