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Contracepção é um conjunto de fatores químicos ou físicos que visam evitar de modo reversível e temporário, a fecundação de um óvulo por um espermatozoide, ou quando há fecundação, evitar que ocorra a nidação. Garantir o bem estar da mulher, autonomia, apoiar a saúde e desenvolvimento das comunidades. Na Lei nº 9.263 da Constituição Federal do Brasil, de 12 de janeiro de 1996, que trata do planejamento familiar, consta que o planejamento familiar é direito de todo cidadão e é o conjunto de ações e regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal e é parte integrante de uma visão de atendimento global e integral à saúde deles. É importante lembrar que os direitos sexuais e reprodutivos da mulher também devem ser observados e respeitados no planejamento familiar como: Direito de decidir a quantidade de filhos e quando tê-los; Direito de desfrutar das relações sexuais sem temor de gravidez ou de contrair uma infecção transmitida pela relação sexual; Direito de gestar e ter o parto nas melhores condições; Direito de conhecer, gostar e cuidar do corpo e órgãos sexuais; Direito a uma relação sexual sem violência ou maus-tratos; Direito de informação por profissional de saúde e acesso aos métodos contraceptivos. Métodos Contraceptivos: modernos e não modernos: Modernos: esterilização masculina e feminina, DIU (dispositivos intrauterinos), implantes subdérmicos, contraceptivos orais, preservativos masculinos e femininos, injetáveis, pílulas contraceptivas de emergência, adesivos, diafragma e capuz cervical, agentes espermaticidas, anéis vaginais, esponja vaginal. Não modernos: abordagens da conscientização feminina como tabelinha, muco cervical, temperatura basal, sintotérmico; coito interrompido; amenorreia lactacional, abstinência sexual. Síntese das condições consideradas especiais na escolha de método anticoncepcional: idade maior que 35 anos e tabagismo, hipertensão arterial sistêmica, obesidade (IMC maior ou igual a 30), infecção pelo HIV e risco de aquisição, uso de antirretroviral, diabetes mellitus com e sem doença vascular periférica, enxaqueca, depressão, lúpus eritematoso sistêmico com e sem anticorpofosfolípide, entre outras. Os anticoncepcionais hormonais combinados (estrogênio e progesterona) estão disponíveis em apresentação oral (pílulas ou drágeas) e não- oral (injetável mensal, anticoncepcional transdérmico [adesivo] e anel vaginal). Aqueles só com progestagênios podem ser encontrados nas formas de pílulas ou minipílulas, injetável trimestral, implante subdérmico e dispositivo intra-uterino liberador de progestagênio. De forma geral, os métodos combinados propiciam melhor controle de ciclo, ou seja, sangramentos mais regulares e menores taxas de sangramento intermenstrual. Por outro lado, os métodos só com progestagênios são caracterizados por alterações menstruais significativas, como amenorréia, irregularidades menstruais ou sangramentos intermentrais, porém, seus perfis clínicos e metabólicos propiciam menor lista de contraindicações. A eficácia anticoncepcional da pílula combinada é bastante elevada se utilizada corretamente, com falha de 0,3 a 0,7 gestações por 100 mulheres ao ano de uso, mas pode ser tão baixa quanto 0,1 em estudos bem controlados e com pacientes bem motivadas. Todavia, na prática, em virtude de esquecimentos, usos incorretos, associações medicamentosas desaconselhadas, entre outros, a eficácia para o uso habitual pode se elevar para mais de três gestações por cem mulheres ao ano. A eficácia do injetável mensal (combinado) é muito elevada, com taxas de falha muito próximas de zero se utilizado corretamente. O anticoncepcional transdérmico (adesivo) e o anel vaginal apresentam eficácia similar à do anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO) quando utilizados corretamente. O implante subdérmico e o dispositivo intra- uterino (DIU) liberador de levonorgestrel têm baixíssimas taxas de falha, até menores do que as da laqueadura tubária. As minipílulas tem eficácia de 1 a 3 gestações por 100 mulheres/ano sendo mais eficazes se associadas à amamentação. Pílula de desogestrel, com propriedade anovulatória e eficácia similar à pílula combinada. A injeção trimestral de acetato de medroxiprogesterona apresenta eficácia bastante elevada, sendo suas falhas da ordem de menos de 0,3 por 100 mulheres/ano Mecanismos de ação: Inibir a ovulação, pela atuação no eixo hipotálamo-hipofisário, suprimindo os picos de LH. Mas nem todas tem esse efeito, exemplo: a maioria das pílulas de progestagênio puro pode interferir no processo ovulatório mas não é considerada anovulatória. Exceção: pílula de 75 mcg de desogestrel, pois também atua inibindo a ovulação. O método injetável, implante subcutâneo de progestagênio atuam como anovulatório, assim como os combinados. Outros mecamismos: tornar o muco cervical hostil, alterar o transporte tubário do óvulo, modificar o endométrio (deixando menos receptivo e até atrófico). Os métodos que só tem progestagênio (levonorgestrel), podem ou não inibir a ovulação dependendo do tipo. DIU de progestagênio (levonosgestrel): atua como ação inflamatória tipo corpo estranho no endométrio; espessamento do muco cervical (fica mais hostil; altera enzimas endometriais, prejudicando motilidade dos sptz); atrofia do endométrio pela diminuição de receptores estrogênicos. Apesar de não ser anovulatório, o processo de ovulação pode sofrer interferências, pois parte do hormônio é absorvida sistematicamente. Contra-indicações: Critério 1: uso do método para aquela situação está completamente liberado. Critério 2: quando pode ser usado mas requer cuidados. Critério 3: “contra-indicação relativa” Critério 4: “contra-indicação absoluta”. Na categoria 2, torna-se necessário um parecer clínico abrangente e acompanhamento. Quando o parecer clínico for limitado, as categorias 1 e 2 basicamente querem dizer que o método pode ser usado. O uso de método/condição classificado como categoria 3 não é geralmente recomendado, a menos que outros métodos mais apropriados não estejam disponíveis ou não sejam aceitáveis. Será necessário haver acompanhamento. No atendimento clínico não especializado, portanto com juízo clínico limitado, as categorias 3 e 4 querem dizer que o método não deve ser usado. Ou pílula comum. Associação de um estrogênio + progesterona. O maior exemplo: etinilestradiol (15-50 mcg). O componente progestacional é o grande responsável pelas maiores diferenças entre as formulações disponíveis comercialmente, podendo pertencer a uma de três categorias, derivadas da 19-nortestosterona, da 17- hidroxiprogesterona e da espironolactona. Derivados da 19-nortestosterona são os mais empregados, sendo exemplos: D,L- norgestrel, levonorgestrel, noretisterona, desogestrel, gestodeno e outros. Os derivados da hidroxiprogesterona utilizados no AHCO podem ser o acetato de ciproterona e a clormadinona, ambos com efeitos antiandrogênicos, todavia, estes efeitos são mais potentes no primeiro. A drospirenona, por sua vez, pertence a uma categoria recentemente “inaugurada”, derivada da espironolactona, apresentando ações diurética leve e antiandrogênica. Merece destaque que o efeito antiandrogênico é menos potente do que o apresentado pela ciproterona. O “preço” da redução do componente estrogênico é a perda progressiva da qualidade de controle de ciclo, assim, formulações com muito pouco desse componente tendem a aumentar as chances de sangramentos intermenstruais, principalmente nos primeiros meses de uso. Os progestagênios com atividade antiandrogênica: acetato de ciproterona, drospirenona, clormadinona.Esquemas de administração O monofásico é o mais utilizado, em que todos os comprimidos da cartela são iguais, com 21 dias de uso da pílula seguido por 7 dias de repouso, havendo com menor dosagem hormonal com 24 dias de uso e 4 de intervalo. O esquema estendido (emendar as cartelas) é seguro e eficaz, controle dos sintomas pré- menstruais por exemplo a cefaleia. Parecem mais aconselháveis para mulheres com anemia, endometriose etc. Os esquemas bifásico e trifásico caracterizam-se por aumento progressivo da dose de progestagênio conforme se avança na cartela, em duas ou três etapas, respectivamente, podendo haver variação na dose de etinilestradiol também. O esquema combifásico, o progestagênio aumenta enquanto o estrogênio diminui em duas fases, com a principal finalidade de se evitar o sangramento do meio do ciclo. Modo de uso A primeira cartela deve ser iniciada no 1º dia de menstruação, são tomadas por 21, 22 ou 24 dias. Fazem pausas de 7, 6 ou 4 dias respectivamente. Se a pílula não foi iniciada desde o 1º dia de menstruação, deve ser associado uso de preservativos durante a relação nos primeiros 14 dias de cartela. Efeitos Adversos No geral, a gravidez traz mais riscos que o uso do anticoncepcional hormonal. Os efeitos na coagulação e riscos da doença arterial são os efeitos mais graves. O etinilestradiol pode aumentar durante a coagulação sanguínea, acarretando em maior risco da doença tromboembólica. Esse estrogênio pode aumentar a adesividade plaquetária, aumentar o tromboxano A2, diminuir prostaciclina. Relata-se ainda que o risco de doença tromboembólica venosa tende a reduzir com o tempo de uso do método. Considere-se ainda a existência de outros fatores de risco para a doença tromboembólica venosa, tais como obesidade, idade mais avançada, predisposição familiar, imobilização prolongada, tabagismo, alterações de fatores de coagulação ou de fibrinólise (tais como deficiência de antitrombina III ou de proteína C), mutações pró- coagulantes (como o fator V de Leiden) etc. Assim, quando há fatores de risco importantes para a doença tromboembólica venosa, o AHCO não deve ser escolhido. O mesmo aplica se à somatória de fatores de risco; por exemplo, mulheres tabagistas com mais de 35 anos estão contra-indicadas a usar o anticoncepcional combinado. As pílulas contendo os progestagênios mais novos, menos androgênicos, podem propiciar um perfil lipídico mais favorável à cardioproteção, por serem menos deletérios sobre os benefícios estrogênicos. O estrogênio por via oral é absorvido pelo tubo digestivo e atinge o fígado pelo sistema porta, antes de chegar à circulação sistêmica, o que se tem denominado primeira passagem hepática. Consequentemente, estimula a síntese de substrato de renina e angiotensinogênio, favorecendo o aumento de pressão arterial que, todavia, não é clinicamente significante na mulher previamente normotensa. O progestagênio também pode ter efeito mineralocorticóide, o que pode potencializar essa ação elevadora da pressão sanguínea. Assim, para mulheres com hipertensão leve ou com maior risco de desenvolver hipertensão, convém preferir um progestagênio com menor ação mineralocorticóide, como o gestodeno, ou até antagonista, como a drospirenona, caso a escolha do método recaia no AHCO. Concluindo, o anticoncepcional hormonal oral é seguro e eficaz para as mulheres jovens e saudáveis. Acetofenido de algestona (diidroxiprogesterona) 150 mg e enantato de estradiol 10 mg. Enantato de norestisterona 50 mg e valerato de estradiol 5 mg. Acetato de medroxiprogesterona 25 mg e cipionato de estradiol 5 mg. As duas últimas formulações podem ter o uso da primeira aplicação no 1º dia menstrual e repetições a cada 30 dias (± 3 dias) a partir da aplicação anterior, possibilitando melhor controle do ciclo. Enquanto o fabricante da primeira formulação recomenda aplicação do 7º ao 10º dia do ciclo, de preferência no 8º dia. Há presença do estrogênio natural, e não do sintético etinilestradiol. Não realiza efeito de primeira passagem no fígado por ser por via parenteral. O injetável combinado apresenta poucos efeitos na pressão arterial, na coagulação sanguínea e na função hepática, entre outros, em comparação ao AHCO, além de poder ter melhor impacto no perfil lipídico. O anticoncepcional transdérmico é um adesivo que libera diariamente para absorção pela pele 20 mcg de etinilestradiol e 150 mcg de norelgestromin, a forma ativa do progestínico norgestimato. É iniciado mediante a aplicação do primeiro adesivo sobre a pele no primeiro dia menstrual. Semanalmente, o adesivo é trocado por um novo, totalizando 3 semanas de uso. Após a remoção do terceiro, segue-se um intervalo de 7 dias sem uso e então se reinicia o ciclo. 3 semanas completas usando o adesivo e 1 sem. É favorável pois não é usado por VO, propiciando menores efeitos adversos digestivos, não tem absorção prejudicada por vômitos ou diarreia. É introduzido na vagina, seu mecanismo de ação é hormonal e não de barreira. É uma argola flexível que libera diariamente 15 mcg de etinilestradiol e 120 mcg de etonogestrel, a forma ativa do progestagênio desogestrel, para absorção pela mucosa vaginal. inserção de um anel no fundo vaginal no 1º dia menstrual, sendo mantido por 3 semanas. Seguem-se então a remoção e desprezo do anel, ficando-se 7 dias sem uso, que é o intervalo. Depois, inicia-se novo ciclo de 3 semanas com um novo anel, e assim sucessivamente. São conhecidas como minipílulas: Levonorgestrel 30 mcg por drágea. Noretisterona 0,35 mg por comprimido. Linestrenol 0,5 mg por comprimido. Não podem ser considerados anovulatórios, todavia, em cerca de 60% das usuárias, pode haver uma supressão parcial da ovulação. Já a pílula de progestagênio composta pelo desogestrel 75 mcg por drágea apresenta ação inibidora da ovulação e sua eficácia é muito similiar à dos anticoncepcionais orais combinados. Todas as pílulas só de progestagênio devem ser tomadas continuamente, sem intervalos entre uma cartela e outra. A ausência de estrogênio aufere algumas vantagens, como permitir o uso em várias situações nas quais este hormônio estaria contra-indicado, inclusive durante a amamentação. No entanto, são frequentes as alterações do ciclo menstrual, manifestando-se como irregularidades, sangramentos intermenstruais ou até amenorréia. Injetável intramuscular apenas com progestagênio, havendo apenas uma composição disponível no Brasil: 150 mg de acetato de medroxiprogesterona de depósito a cada 3 meses. São poucas as suas contra-indicações por não conter estrogênio, no entanto, pode haver atraso de vários meses no retorno das menstruações e da fertilidade após a sua interrupção. Uma desvantagem do método é que pode acarretar ganho de peso corpóreo significativo. A primeira aplicação deve ser realizada até o 7º dia do ciclo e, a partir de então, repete-se a cada 3 meses. Implante de etinogestrel, a forma ativa do progestagênio desogestrel. Esse implante dura 3 anos, mas, se necessário ou desejado, pode ser retirado do local de inserção (normalmente na face medial do braço) a qualquer momento. O retorno da fertilidade é praticamente imediato. Assim como para outros métodos apenas de progestagênio, as alterações menstruais são comuns: amenorréia ou sangramentos infreqüentes acometem mais de 40% das usuárias do método e aproximadamente 10% podem apresentar sangramentos prolongados. O único DIU liberador de progestagênio disponível no Brasil, apresenta elevada eficácia e duração prolongada (5 anos). Libera cerca de 20 mcg de levonorgestrel ao dia, adicionando ação progestínica ao efeito de corpo estranho do DIU. Em consequência de seu efeito atrófico endometrial, o padrão menstrual sofre efeitos opostos aos do DIU de cobre.Há tendência a redução de sangramento e intervalos alongados entre os sangramentos, mas outras alterações podem ocorrer, inclusive aumento de frequência de sangramentos. Amenorréia pode se desenvolver em cerca de 20% no 1º ano de uso e em 50% ou mais no segundo. Há também tendência a redução das cólicas menstruais, havendo estudos mostrando benefício sintomático até em portadoras de dismenorréia por endometriose. Também tem sido avaliado para controle de menorragia com bons resultados. “anticoncepção pós-coital” ou “pílula do dia seguinte”. Atualmente prefere-se aquele com apenas progestagênio, por ser metabolicamente mais seguro, além de mais eficaz, oferecendo menos efeitos colaterais e poucas contra-indicações. A posologia mais tradicional recomenda duas doses de 750 mcg de levonorgestrel cada, separadas entre si por 12 horas. Mais recentemente, comprovou-se eficácia de formulação alternativa, que consiste em se tomar as duas doses simultaneamente, ou seja, 1,5 mg de levonorgestrel, já havendo também disponível comercialmente uma apresentação de um único comprimido com essa dose total. Obtém-se redução de mais de 80% no risco de engravidar se começado nas primeiras 24 horas após a relação, embora estudos tenham demonstrado que possa ser iniciado até 5 dias após a relação desprotegida. Resumindo.... Métodos de barreira: preservativo masculino, feminino, diafragma, espermicida. Os dois mais importantes são os preservativos, pois protegem contra IST’s (orientar para todas). Métodos hormonais: progesterona ou combinados. O estrogênio inibe o FSH – menos desenvolvimento folicular. E estabiliza o endométrio. Aumento de SHBG (diminui fração livre de testosterona – ele vai se ligar na progesterona esse hormônio – isso é bom para quem tem SOP com aumento de testosterona). A progesterona acaba inibindo pico de LH – anovulação e deixa muco cervical mais espesso, dificultando a subida do sptz para encontrar o óvulo. Atrofia endometrial. - Os métodos combinados: pílula combinada oral, injetável mensal, anel vaginal, adesivo transdérmico. O método combinado costuma diminuir fluxo menstrual, diminuição da dismenorreia, diminuição da TPM, regularização de ciclos, diminuição da incidência de CA ovariano e endométrio, diminuição da incidência de DIP e gestação ectópica. Atenção: o estrogênio é associado ao risco trombogênico. Combinados - Riscos: trombose, CA de mama (mas isso não contra-indica o uso pensando na população geral). Contraindicações absolutas métodos combinados: enxaqueca com aura, enxaqueca e > ou igual a 35 anos; tabagismo e maior ou igual a 35 anos. TVP/TEP prévio; CA de mama; HAS; DM + vasculopatia; IAM/AVC; Cirrose descompensada; tumor hepático (maligno ou adenoma); Lúpus + anticorpo antifosfolípide ou desconhecido; cirurgia + imobilização; anticonvulsivantes (fenitoína). - Métodos de progesterona: pílula de progesterona (desogestrel), toma sem pausa; injetável trimestral (acetato de metoxiprogesterona); implante subdérmico; contracepção de emergência (levonorgestrel). Menos containdicação que os combinados, diminuição do fluxo menstrual, diminuição de dismenorreia, diminuição da incidência de CA de ovário e endometriose. Efeitos colaterais da pílula de progesterona: amenorreia, spotting – sangrmanento de escape (atrofia tanto o endométrio que as vezes os vasos podem ficar expostos – levando ao sangramento de escape.); ganho de peso (o que mais está associado ao ganho de peso é o injetável trimestral). Contraindicações absolutas do uso de progesterona: CA de mama, TEP/TVP atual; tumor hepático (maligno ou adenoma); lúpus + anticorpo antifosfolípide positivo ou ?; cirrose descompensada; IAM, AVC (continuação); enxaqueca + aura (se passou a ter depois de começar a usar). - Contracepção de emergência: levonorgestrel 1,5 mg VO – até 5 dias, mas quanto mais precoce mais efetivo (nas primeiras 72 horas): esse método é anovulatório, altera a motilidade tubária, muco cervical mais espesso. - DIU de cobre: altera transporte do óvulo, do sptz, inibe fecundação, inibem implantação do embrião, altera muco cervical. Efeitos colaterais: aumento da dismenorreia (se tem muita cólica e endometriose, então não usar), aumento do sangramento uterino (se tem queixa de fluxo aumentado então não usar). Contra-indicações: Alteração da cavidade endometrial, DIP atual, 48h-4 semanas de pós-parto. Contraindicações absolutas: Gravidez; Doença inflamatória pélvica (DIP) ou DST atual, recorrente ou recente (nos últimos três meses); Sepse puerperal; imediatamente pós-aborto séptico; Cavidade uterina severamente deturpada; Hemorragia vaginal inexplicada; Câncer cervical ou endometrial; Doença trofoblástica maligna; Alergia ao cobre (para DIUs-Cu). - DIU de progesterona (mirena): libera o levonorgestrel – leva a atrofia do endométrio, não é anovulatório. Efeitos colaterais: amenorreia, spotting, acne, cistos ovarianos. Contra- indicações: CA de mama, TVP/TEP atual, tumor hepático maligno ou adenoma, lúpus com anticorpo antifosfolípide + ou desconhecido, enxaqueca com aura (começou a enxaqueca depois da introdução do DIU). Dispositivo intra-uterino: fazer anamnese e exame físico. US não é obrigatório; melhor período para colocar é na menstruação (o colo fica um pouco mais aberto, e que é certo que ela não está grávida), contracepção imediata, qualquer idade, podem em nuligesta. Se no exame físico tiver sinais de cervicite ou vaginose bacteriana – tratar e reagendar. Qual o método contraceptivo contra-indicado para pessoas com alteração da cavidade uterina? DIU. Qual o melhor contraceptivo para pacientes com LES e anticorpos antifosfolípide positivo? DIU de cobre. FONTE: Ginecologia de Williams, 2014 O período fértil pode ser identificado por meio da observação da curva de temperatura corporal, das características do muco cervical e de cálculos matemáticos baseados na duração, fisiologia do ciclo menstrual e meia-vida útil dos gametas. Temperatura basal: ocorre aumento de pelo menos 0,2ºC acima da temperatura basal registrada no início da manhã. Método de Ogino-Knaus (ritmo, calendário ou tabelinha): Método do muco cervical (Billings): se abundante, aquoso, semelhante à clara de ovo, e filante, propriedade essa que pode ser observada na realização do exame ginecológico, quando o muco cervical é colocado entre “dois braços” da pinça Cheron, e a filância pode chegar a 10 cm. Amenorreia lactacional: o aleitamento produz alterações na liberação hormonal por desorganização do eixo hipotálamo-hipófise-ovário. A sucção frequente por parte do lactente envia impulsos nervosos ao hipotálamo, alterando a produção hormonal, o que leva à anovulação. Método sintotérmico: O método combina os cálculos do calendário, da ascensão da temperatura basal na fase lútea e do monitoramento do muco cervical. O monitoramento do muco cervical é base para esse método, e as outras técnicas fornecem “verificação dupla”. Cirurgia: quem pode fazer? Mulheres com 25 anos ou mais OU com 2 ou mais filhos, mulheres com risco de vida ou risco ao futuro concepto. Faz um bloqueio das trompas ou ligadura das trompas. E no homem a vasectomia: ressecção do ducto deferente. Sempre que possível devemos prescrever LARCs (long-acting reversible contraceptives), independente da faixa etária. São LARCs disponíveis os DIUs de cobre e levonorgestrel e o implante subdérmico. Anticoncepcionais hormonais não são métodos ruins mas dependem de adesão. Os anticoncepcionais hormonais combinados exercem a sua ação contraceptiva ao interferir diretamente sobre os mecanismos de feedback do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, promovendo um bloqueio na liberação de gonadotrofinas (FSH e LH), especialmente do pico de LH, impedindo assim, a ocorrênciada ovulação. Por ação do progestágeno, provoca também alteração do muco cervical, tornando-o impenetrável pelo espermatozoide, além de atrofia endometrial, dificultando a implantação do embrião. Inibe a ovulação, aumenta a viscosidade do muco cervical, e tornando o endométrio impróprio à nidação. Os anticoncepcionais hormonais combinados apresentam como principal mecanismo de ação a anovulação através do bloqueio do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal por meio de alças de feedback. A inibição do eixo promove uma redução na liberação dos fatores gonadotróficos (FSH e LH). Dessa forma, a ausência do pico de LH impede a ovulação. Há ainda outros mecanismos envolvidos na sua ação contraceptiva como, por exemplo, a alteração do muco cervical, tornando-o mais viscoso, o que dificulta a passagem dos espermatozoides. Provoca também atrofia endometrial, dificultando a implantação do embrião (nidação). Além do mais, altera a contratilidade tubária, dificultando o deslocamento do gameta feminino pelos segmentos da tuba uterina. Os anticoncepcionais orais combinados são compostos de estrogênio e progestágeno, sendo utilizados como recurso eficaz no planejamento familiar, evitando gravidez indesejada. Porém, a associação desses componentes pode trazer alguns riscos e, por isso, deve ter sua indicação muito bem avaliada. Algumas situações são, inclusive, contraindicadas como doenças cardiovasculares, câncer de mama atual, enxaqueca com aura, história de trombose prévia ou atual, fumantes com mais de 35 anos que usam 15 ou mais cigarros ao dia, lactante com menos de 06 semanas após o parto, dentre outros. Anticoncepção na adolescência: dupla proteção associando preservativo a outros métodos contraceptivos. Antecedente pessoal de câncer de mama contraindica qualquer método hormonal, restando os de barreira e o DIU de cobre. Paciente com enxaqueca sem aura (contraindicação relativa para estrógenos), próxima a menopausa, se beneficiará de método sem estrógenos.
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