Métodos contraceptivos

Prévia do material em texto

Victori� Karolin� Libóri� Card��
Métod� contraceptiv�
Métod� definitiv�
São procedimentos que resultam
na esterilização, seja da mulher
ou do homem.
Na mulher: ligadura das
trompas.
No homem: vasectomia.
Lei do planejamento familiar:
● Somente é permitida a
esterilização voluntária
de homens ou mulheres
com capacidade vital
plena maiores de 25
anos; caso menores de 25
anos, pelo menos 2 filhos
vivos.
● Deve-se aguardar 60 dias
entre a expressão do
desejo e sua realização.
● A esterilização é
permitida se houver
risco à vida ou à saúde,
desde que testemunhado
em relatório escrito por
2 médicos.
● Deve-se elaborar um
documento que expresse
a vontade da paciente,
com informações sobre
os riscos cirúrgicos,
efeitos colaterais,
dificuldade de reversão e
opções de contracepção
reversíveis.
● Não pode fazer a
esterilização nos
períodos parto ou
aborto, a não ser nos
casos de necessidade por
cesarianas sucessívas
prévias.
● Não se pode fazer a
esterilização por outro
procedimento que não
seja a LT ou a
vasectomia.
● Em pessoas incapazes, a
esterilização só é feita
mediante autorização
judicial.
Laqueadur�
Introdução
Técnica mais comum: Pomeroy,
que consiste em uma
salpingectomia segmentar.
● O segmento da trompa
ressecado é isolado, por
meio de uma pinça
hemostática, de modo a
se ter uma alça que é
ligada com fio absorvível.
É uma operação irreversível,
feita nas trompas e impede que o
óvulo e o espermatozóide se
encontrem.
Contraindicações
● Doença inflamatória
pélvica atual ou recente.
● Alergia ao níquel.
● História de
hidrossalpinge.
● Anomalias uterinas que
não permitam identificar
os óstios tubários.
Indicações
● Fase folicular média,
quando o endométrio
tem espessura reduzida.
● Mulheres > 25 anos com
2 ou mais filhos vivos
e/ou que fizeram mais
de 3 cesarianas.
● Presença de doença
cardíaca grave.
Complicações
● Lesão de órgãos ou
vísceras vizinhas, como a
bexiga ou o intestino.
● Sangramentos e infecção
da ferida cirúrgica.
● Irregularidades
menstruais e dor pélvica.
● Arrependimento.
Vasectomi�
A vasectomia, procedimento
cirúrgico para contracepção
masculina, é um método simples
e seguro.
Basicamente, a cirurgia consiste
em interromper a circulação dos
espermatozoides produzidos
Victori� Karolin� Libóri� Card��
pelos testículos e que seriam
conduzidos pelo epidídimo aos
ductos deferentes.
Durante o procedimento, feito
com anestesia local e que leva
apenas alguns minutos, é
realizada a secção e ligamento
destes ductos que transportam
os espermatozoides, e o paciente
pode sentir apenas um
desconforto passageiro nos
testículos.
Processo de
reversão
A reversão da vasectomia é
possível, mas, além de não ter
eficácia garantida, a sua
complexidade precisa ser
considerada pelo médico e pelo
paciente.
Inicialmente, é importante
considerar há quanto tempo foi
realizada. Em geral, após cerca
de 15 anos do procedimento ou
em situações especiais, como a
idade da parceira ou a presença
de outros fatores de
infertilidade, o paciente tende a
encontrar maiores dificuldades
de fertilização e é indicado que
opte pelos métodos de
reprodução assistida.
Por ser considerado um
procedimento cirúrgico
complexo, a reversão da
vasectomia requer cuidados
específicos: são necessários dois
cirurgiões em campo, auxílio de
microscopia, anestesia geral e
precisão médica para decidir
entre duas técnicas médicas
possíveis, a vaso-vaso
anastomose ou a vaso-epidídimo
anastomose.
A decisão sobre qual das duas
técnicas é a mais indicada para o
caso só pode ser tomada após a
incisão cirúrgica e análise com
microscópio do líquido aspirado
dos ductos condutores do
esperma.
Contracepçã� d�
emergênci�
Existem várias situações em que
podem ocorrer relações sexuais
desprotegidas, com risco de
gravidez.
São 2 principais métodos: Yuzpe
e Progestágenos.
Método de Yuzpe
Combinação de 100 microgramas
de etinilestradiol e 500
microgramas de LNG tomados
em duas vezes, sendo que a 2°
vez é 12 horas após a 1°.
Deve-se tomar o medicamento
antes de 72 horas do coito
desprotegido.
Principais paraefeitos: náusea e
vômito, por isso recomenda-se
tomar um antiemético 30
minutos antes de cada
comprimido.
Não há contraindicação: exceto
em gravidez conhecida.
Eficácia: redução entre 55 e 89%
do risco de gravidez.
Fármacos: Evanor®
e o Neovlar®
Progestágenos
A utilização do hormônio
progesterona ou levonorgestrel
(LNG) em duas doses de 750 µg,
com intervalo de 12 horas, ou
1.500 µg, em dose única, antes de
72 horas do coito desprotegido, é
recomendado para fins de
anticoncepção de emergência.
Estudos recentes têm
demonstrado que dois
comprimidos de 750 µg,
simultaneamente, ou um de
1.500 µg, o mais rapidamente
após relação desprotegida, tem
maior eficácia que o Yuzpe. Além
disso, tem a vantagem de não
causar náusea e vômito com a
mesma frequência e intensidade.
Obs: não há contraindicação
para o uso desseprocedimento.
Ponto importante: para ambos
os métodos, quanto mais
precoce for, maior a chance de
sucesso.
Fármacos disponíveis no
mercado à base de
progesterona: Postinor2®,
Postinor Uno®, Pozato®, Pozato
Uni®, Pilem®, Norlevo®, Diad®,
Neo-Post® e Poslov®.
Outro
Mifepristone: (antagonista da
progesterona) foi recomendado
durante um tempo na dose de
600 mg, em uma única tomada.
Entretanto, por ser abortivo não
está autorizado no Brasil.
Victori� Karolin� Libóri� Card��
Ação da contracepção
de emergência.
A anticoncepção de emergência
afeta vários processos da
fisiologia da reprodução. Entre
eles:
● Impede a ovulação ou a
retarda por vários dias.
● Altera o transporte dos
espermatozóides e do
óvulo nas trompas.
● Modifica o muco cervical,
tornando-o espesso e
hostil, impedindo ou
dificultando a migração
dos espermatozóides do
trato genital feminino até
as trompas, em direção
ao óvulo.
● Interfere na capacitação
dos espermatozóides.
● Impede o encontro entre
o óvulo e os
espermatozóides.
Obs: Tanto o esquema de Yuzpe,
quanto o de mifepristone,
utilizados na fase folicular do
ciclo inibem a ovulação.
O uso da contracepção de
emergência deve ser reservado
para as situações emergenciais
como: rompimento de condom,
esquecimento do diafragma, uso
incorreto de pílulas, estupro ou
qualquer forma de coito
desprotegido. Pois, o uso
indiscriminado/repetitivo
Eficácia
Índice de Pearl (ou Índice de
Falha): calcula o número de
gestações por 100 mulheres que
utilizam o método no período de
um ano, sendo esse de 2%, em
média.
Índice de Efetividade: calcula o
número de gestações prevenidas
por cada relação sexual, sendo
essa uma porcentagem de
Efetividade de 75%.
Ou seja, esse método pode evitar
três de cada quatro gestações
que ocorreriam após uma
relação sexual desprotegida. No
entanto, essa eficácia pode variar
de forma importante em função
do tempo entre a relação sexual
e sua administração. Ademais, o
uso repetitivo ou freqüente da
AE compromete sua eficácia, que
será sempre menor do que
aquela obtida com o uso regular
do método anticonceptivo de
rotina.
O Anticoncepcional de
emergência é abortivo?
NÃO, pois ele não atua após a
fecundação e não impede a
implantação, caso a fecundação
ocorra.