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resumo clinica ambulatorial e pos operatorio

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C.C. II-AULA 1 
CIRURGIA AMBULATORIAL 
As operações em regime ambulatorial são 
realizadas sob qualquer tipo de anestesia, não 
demandam internação hospitalar e a 
permanência do paciente no serviço não deve 
exceder 24 horas. 
É o procedimento cirúrgico que não 
necessita de um procedimento hospitalar. Não 
necessariamente é somente as pequenas 
cirurgias, como a retirada de verruga ou de 
lipoma, mas, por exemplo, uma herniorrafia, 
hemorroidectomia, postectomia e 
colescistectomia podem ser, quando bem 
indicada, uma cirurgia ambulatorial. Pequenas 
cirurgias são procedimentos que o paciente faz, 
mas que vai embora no mesmo dia, não precisa 
de cuidados especiais. 
A anestesia para a cirurgia ambulatorial 
não necessariamente ela tem que ser somente 
local; por exemplo, quando se faz uma 
herniorrafia você faz com uma raquianestesia. 
A anestesia pode ser geral também. 
MODELOS DE PROCEDIMENTOS: 
•Dispensação logo após o procedimento- 
usamos nas pequenas cirurgias. 
•Permanência por curto período de 
tempo para recuperação- paciente opera pela 
manha e a tarde ele vai embora. 
•Pernoite- não se encaixa muito na 
cirurgia ambulatorial, pois para ter pernoite 
precisa de uma sala de recuperação grande, 
paciente tem que dormir e se alimentar. 
CLASSIFICAÇÃO 
•Porte 
•Nível 
♦Cirurgia Ambulatorial de pequeno 
porte: anestesia local com alta imediata do 
paciente; realizada no consultório ou no 
ambulatório. Ex: retirada de lesões tumorais da 
pele e do subcutâneo, postectomia, vasectomia, 
hemorroidectomia, polipectomias endoscópicas 
em casos selecionados. 
♦Cirurgia Ambulatorial de grande 
porte: utiliza qualquer modalidade de 
anestesia; é necessário um período de 
monitorização ou recuperação pós operatória; 
ex: herniorrafias inguinais, safenectomias, 
papilotomia endoscópica, colecistectomia e 
hernioplastia hiatais por videolaparoscopia. 
NÍVEIS: Baseados em- pessoal, 
anestesia, material e equipamento, sala de 
cirurgia e hospitalização. 
♦Nível 1: feito no ambulatório; não 
precisa de um pessoal especializado com 
exceção do cirurgião; anestesia local; paciente 
permanece no local apenas durante o 
procedimento; Ex: drenagem de abscesso, 
exérese de verruga- não é necessário auxiliar, 
postectomia, cisto sinovial e lipoma- necessita 
de auxiliar. 
♦Nível 2: anestesia peri, geral ou raqui; 
não necessita de cuidados pós operatório como: ANDRESSA DE OLIVEIRA – 6° PERÍODO 
Referências: aula Viviane- cor preta. Livro clínica 
ambulatorial Savassi e artigo USP clínica ambulatorial- cor 
azul 
hidratação venosa, sondas ou drenos. Ele não 
fica internado, mas precisa ter uma sala de 
recuperação anestésica com uma enfermeira. 
Ex: hemorroidectomia, postectomia. 
 ♦Nível 3: precisa de internação em 
leito hospitalar. 
♦Nível 4: cirurgias mais complexas, 
envolvem 2 cirurgiões e as vezes cuidados 
intensivos. Ex: colectomia- fica mais tempo 
internado, pode precisar de UTI. 
 
TIPOS DE UNIDADES DE CIRURGIA 
AMBULATORIAL: 
Unidade ambulatorial tipo I: Consultório 
médico que mediante adaptação possibilita a 
realização de procedimentos médico-cirúrgicos 
de pequeno porte, sob anestesia local. 
Unidade ambulatorial tipo II: 
Ambulatórios isolados, centros de saúde e 
unidades básicas de saúde onde é possível a 
realização de procedimentos de porte médio, 
com anestesia local ou loco - regional (com ou 
sem sedação). Além das salas com as devidas 
especificações, a Unidade deve contar com sala 
de recuperação ou de observação do paciente. 
Unidade ambulatorial do tipo III: O 
estabelecimento de saúde que, anexo ou não a 
um hospital geral ou especializado, possibilita a 
realização de procedimentos em regime 
ambulatorial ou de internação, em salas 
cirúrgicas próprias ou do centro cirúrgico do 
hospital, mediante apoio da sua infraestrutura 
(Serviço de Nutrição e Dietética, Centro de 
Esterilização de Material e Lavanderia, Central 
de Gases, Central de Vácuo, Central de Ar 
Comprimido, Central de Ar Condicionado, 
Sistema de Coleta de Lixo, dentre outros). 
 
INSTALAÇÃO E EQUIPAMENTO 
•Sala de espera 
•Sala de exames 
•Sala de preparo do paciente 
•Vestiário 
•Lavatório 
•Sala de cirurgia 
•Sala de recuperação 
•Sala de curativo e retirada de pontos 
•Sala de material esterilizado 
•Rouparia 
•Almoxarifado 
•Expurgo. 
Se você for fazer uma cirurgia 
ambulatorial nível 1, não precisa de muito 
equipamento ou instalação. Se a cirurgia for 
nível 2 já precisa de uma sala de preparo do 
paciente, vestiário, sala de recuperação. 
MATERIAIS 
•Materiais de RCP 
•Monitor 
•Desfibrilador 
•Marcapasso 
•ECG 
•Hospital de suporte para complicações 
 
REGULAMENTAÇÃO DA PRÁTICA DA 
CIRURGIA AMBULATORIAL 
CONDIÇÕES DA UNIDADE 
a) Condições estruturais e sanitárias do 
ambiente com estrutura para esterilização e 
desinfecção dos instrumentos de acordo com as 
normas vigentes; 
b) Registro de todos os procedimentos 
realizados; 
c) Condições mínimas para a prática da 
anestesia; 
d) Garantia de internação, caso haja 
necessidade; 
e) Garantia de assistência pós-alta 
durante 24 horas por dia na unidade ou no 
sistema de saúde. 
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DO PACIENTE 
a) Pacientes hígidos ou com distúrbio 
sistêmico moderado decorrente de doenças 
crônicas; 
b) Procedimentos cirúrgicos que não 
necessitam cuidados especiais no pós-operatório; 
c) Garantia de acompanhante adulto, 
lúcido e previamente identificado. 
 
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO 
Para as pequenas cirurgias não existem 
muitos critérios de seleção, exceto a reação 
alérgica ao anestésico local, não tem 
contraindicação para fazer uma exérese de 
uma verruga ou de um lipoma, a não ser que 
esse lipoma for grande e precisar de uma 
sedação. 
♦Critérios clínicos: 
ASA I- paciente hígido 
ASA II- pacientes com transtornos 
leves ou moderados, possui comorbidade mas 
está controlada. 
Procedimentos cirúrgicos que não 
necessitam de cuidados especiais no pós 
operatório. 
Ex: Diabete e hipertensão controlada. 
São os pacientes elegíveis, já o paciente que 
sofreu um IAM, tem uma cardiopatia... ele não 
é elegível para se fazer uma cirurgia a nível 
ambulatorial. 
A maioria dos pacientes incluídos no 
programa de cirurgia ambulatorial deve 
pertencer à classe I e II do escore da Sociedade 
Americana de Anestesiologistas (ASA). Os 
pacientes classificados como ASA I não 
apresentam alterações orgânicas, fisiológicas, 
bioquímicas ou psiquiátricas enquanto os 
pacientes avaliados como ASA II apresentam 
alterações de pequena monta facilmente 
corrigíveis. Os pacientes classificados como ASA 
III devem ser operados em regime de internação 
por apresentar alterações sistêmicas graves ou, 
eventualmente, se reunirem condições de ser 
tratados em regime ambulatorial, o 
procedimento deve ser feito em unidades 
integradas a um hospital. 
 
♦Critérios clínicos mínimos de seleção 
de pacientes: 
•Estabilidade clínica e psíquica; 
•Intervenção de curta duração (cerca de 
60 min); 
•Desconforto do pós-operatório passível 
de controle com medicação por via oral. 
 
O tratamento cirúrgico em regime 
ambulatorial conta com a cooperação do 
paciente e do acompanhante no pré e pós-
operatório. Assim, faz-se necessário avaliar o 
estado psicológico dos candidatos. Adultos e 
crianças com distúrbios mentais, de atitude e de 
comportamento devem, de preferência, ser 
submetidos a tratamento cirúrgico, em regime 
de internação hospitalar. 
Além das avaliações fisiológica e 
psicológica, uma avaliação dos suportes familiar 
e social do candidato à cirurgia ambulatorial é 
essencial. Não é recomendável que o paciente 
viaje por mais de uma hora após o 
procedimento, principalmente, se for por meio 
de transporte social. A dificuldade de acesso aos 
serviços de saúde para avaliação de complicações 
eventuais também limita a indicação. O apoio 
familiar é fundamental,considerando que parte 
do pré e do pós- operatório é transferido do 
hospital para a casa. Assim, a facilidade de 
comunicação e transporte, bem como de 
acessibilidade à assistência para avaliação de 
alguma intercorrência pós-operatória é de 
extrema relevância e precisa estar assegurada. 
 
♦Critérios sociais: 
Aceitação; transporte assegurado em 
veículo automóvel, área de residência a menos 
de 60 min de distância do hospital; condições 
adequadas do local da pernoite; acesso a 
comunicações (telefone); assegurada a 
companhia de um adulto responsável pelo menos 
nas primeiras 24 horas (principalmente pelo 
efeito da anestesia- sedação). 
 
CONDIÇÕES DE ALTA DO PACIENTE 
a) Orientação no tempo e no espaço; 
b) Estabilidade dos sinais vitais há pelo 
menos 60 minutos; 
c) Ausência de náusea e vômitos; 
d) Ausência de dificuldade respiratória; 
e) Capacidade de ingerir líquidos; 
f) Capacidade de locomoção, se não 
houver contraindicação; 
g) Sangramento mínimo ou ausente; 
h) Ausência de dor de grande 
intensidade; 
i) Ausência de retenção urinária; 
j) Conhecimento por parte do paciente e 
do acompanhante, verbalmente e por escrito, da 
relação dos cuidados pós-anestésicos e pós-
operatórios, bem como a determinação da 
Unidade para atendimento de eventuais 
intercorrências. 
 
CONTRAINDICAÇÕES 
• Distúrbios orgânicos: diabetes 
descompensado, alergias, coagulopatias, 
infecções, choque, asma mal controlada, 
prematuridade, obesidade anemia, transtornos 
mentais. 
• Procedimentos extensos 
• Risco de grande perda de sangue 
• Necessidade de imobilização pós-
operatória 
•Falta de condições do estabelecimento 
VANTAGENS 
•Diminuição da ocupação de leitos 
•Diminuição do risco de infecção 
hospitalar 
•Retorno pronto ao domicilio 
•Diminuição do custo hospitalar 
•Melhor aceitação do procedimento 
•Nenhum aumento de morbidade ou 
mortalidade 
•Diminuição de lista de espera 
a) Alteração mínima na rotina do 
paciente e da família. 
b) Individualização do cuidado. A 
avaliação da relação médico-paciente tem o 
melhor desempenho em comparação com as 
outras áreas cirúrgicas. 
c) Redução da incapacidade física com 
retorno mais rápido ao trabalho. 
DESVANTAGENS DA CIRURGIA EM REGIME 
AMBULATORIAL 
a) Não realização dos cuidados pré-
operatórios: a inobservância do tempo de jejum 
e da realização dos exames específicos e de 
rotina pode contribuir para o adiamento ou a 
suspensão da cirurgia. 
b) Falta de transporte. 
c) Falta de ajuda no domicílio. Os 
pacientes que moram sozinhos e não dispõem de 
familiares e amigos para a ajuda no domicílio 
para os cuidados gerais e específicos, e, 
principalmente, para garantir o retorno pós-
operatório devem ser tratados em regime de 
internação. 
d) Suspensão da cirurgia em regime 
ambulatorial em detrimento de urgência, 
sobretudo nas unidades integradas ao hospital. 
e) Necessidade de permanência hospitalar 
além do esperado. 
 
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA 
Etapas da avaliação pré-operatória: 
História clínica minuciosa- dentro da 
anamnese você vai ver se o paciente tem alergia 
medicamentosa ou por alguma outra coisa, se 
teve história de sangramento estranha, ou que 
não parou. 
Exame físico pormenorizado- deve-se 
fazer um exame físico completo 
Anamnese bem detalhada e exame físico 
completo são principalmente para cirurgias 
nível 2. Para o nível 1 a anamnese é bem 
sucinta- rápida. Ex: paciente diabético que vai 
tirar uma verruga e é diabético você não 
precisa de exames complementares, pois isso 
não irá interferi. No nível 2 as vezes 
necessitam de exames complementares. 
Se necessário: exames 
complementares, orientados pelos dados 
clínicos. 
 Principal alteração laboratorial 
encontrada nos exames pré-operatórios: 
Anemia. 
 Em mulheres em idade fértil, em 
programação de cirurgia eletiva, deve ser 
solicitado Beta HCG. 
 
A anamnese é extremamente útil na 
avaliação cuidadosa da afecção cirúrgica. Muitas 
lesões de localização superficial estão associadas 
a outras profundas ou constituem parte de uma 
síndrome. Ex: neurifibromatose, xeroderma 
pigmentoso e hemangioma cutâneo. 
As pesquisas dos hábitos e das condições 
socioeconômicas do paciente pode favorecer o 
diagnóstico da afecção lesões pré neoplásicas e 
neoplásicas de lábio e cavidade oral se associam 
frequentemente ao tabagismo e etilismo e 
doenças sexualmente transmissíveis verrucosas 
vaginais e/ anais são mais comuns em casos de 
promiscuidade sexual. A história familiar pode 
sugerir o diagnóstico de doenças associadas a 
hereditariedade, distúrbios metabólicos e da 
coagulação sanguínea. 
Tanto a anamnese quanto o exame físico 
devem ser feito da forma mais detalhada 
possível, mesmo em caráter de urgência, ou no 
pré-operatório de cirurgia de menor porte. 
No exame clínico deve incluir avaliação 
do à avaliação do estado nutricional, 
considerado um dos mais importantes- pois os 
extremos como obesidade e desnutrição influem 
negativamente na evolução pós-operatória; a 
pesquisa do uso de drogas, de sinais de doenças 
hemorrágicas e de antecedentes alérgicos ao 
iodo, anestésicos e antibióticos, e o diagnóstico 
de lesões cutâneas que podem interferir no ato 
cirúrgico. Processos infecciosos sistêmicos ou 
focais para os quais não existam indicação de 
drenagem cirúrgica contraindicam uma cirurgia 
ambulatorial eletiva. 
No exame físico a presença de púrpuras 
ou equimoses sugere coagulopatia. 
 
Qual o parâmetro para dizer que o 
paciente diabético esta com bom controle 
glicêmico? Hba1c<7%, paciente tem que 
controlar glicemia antes de submeter-se a uma 
cirurgia eletiva. 
Quando deve ser suspenso o uso de 
metformina? Antidiabético oral: no dia, ultima 
dose na noite anterior. 
Como deve ser conduzido o paciente em 
uso de insulina NPH?. 
•Noite anterior:2/3 da dose prescrita 
• Na manha da cirurgia:1/2 da dose 
Os anti-hipertensivos devem ser 
suspensos quantos dias antes da cirurgia? 
 Betabloqueador deve ser mantido 
durante todo o período Peri operatório 
 IECA: última dose na noite anterior a 
cirurgia (10 horas antes da cirurgia) 
 Warfarina deve ser suspensa quantos 
dias antes da cirurgia? Qual o valor de INR 
esta autorizado a realizar procedimento 
cirúrgico? 
Warfarin: 4-5 d 
 INR<1.5 
Não suspender: 
Betabloqueador, antiarrítmicos 
Nebulizador 
Anticonvulsivantes, drogas psiquiátricas. 
Suspender: 
AAS e clopidogrel: 7-10d 
AINES: 1-3d 
Estrogênio: 4d → aumenta o risco 
tromboembólico. 
TER CUIDADO COM MEDICAMENTOS 
FITOTERÁPICOS, POIS PODEM INTERFERIR 
NA AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA E 
COAGULAÇÃO. 
Ginseng: 7 dias antes 
Ginkobiloba: -> Utilizados em pacientes com 
Alzheimer, suspender 36 horas antes de 
procedimento cirúrgico -> Interfere na 
agregação plaquetária. 
 Suspende-se o Warfarin em cirurgia eletiva 
4-5 d (INR<1.5). Se prótese cardíaca ou TVP 
recente: 
1. Heparina não fracionada em dose 
anticoagulante em infusão continua: 
suspender 6h antes e reiniciar 12h após. 
2. Heparina de baixo peso 
• Enoxaparina 1 mg/kg 12/12h ou 1,5 
mg/kg ao dia. 
• Suspender 24h antes da cirurgia e 
reiniciada em 12-24h. (1 dia antes ver 
como está o INR- Se estiver bom pode 
operar, se tiver ruim esperar mais um 
pouco). 
Urgência:plasma fresco 15-20 mg/kg+Vit K. 
Heparinização plena + cirurgia de emergência: 
protamina (1 mg para cada 100 unidades de 
heparina). 
 Rivaroxaban/ dabigratan: suspender 2-3 dias 
antes. 
 TVP ou embolia arterial: adiar a cirurgia um 
mês após o episódio 
 Se estiver em anticoagulação há menos de 2 
sem por quadro de TEP, considerar filtro de 
VCI. 
 
O preparo do paciente para o 
procedimento cirúrgico deve incluir um período 
de jejum de 6-8 h devido ao procedimento 
anestésico. Geralmente Jejum de 3-4 horas se 
anestesia local ou de 8 horas se outra anestesia. 
Isso evitaconvulsões, vômito e aspiração do 
conteúdo gástrico. 
 
Antibioticoprofilaxia 
Administrar na indução anestésica 
Não ultrapassar mais de 24h 
Geralmente dose única 
Repique de dose: 
 Após 2 meia vida do ATB 
 Sangramento intenso (ATB é perdido no 
sangramento) 
 Cirurgias abdominais:3/3 horas 
A maioria são cefalosporinas de primeira 
geração. 
 O uso de atb não visa evitar infecções em 
outros sítios, somente de ferida 
operatória(S.aureus e Staphylococcus 
coagulase negativo) 
 
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS 
a) Antibióticoprofilaxia: tem como 
objetivo prevenir infecções por agentes 
conhecidos ou suspeitos em pacientes de risco. 
Os princípios básicos são: 
1) empregar em cirurgias que 
comprovadamente tenham sua taxa de infecção 
diminuída pelo uso do antibiótico; 
2) utilizar agentes de primeira linha com 
ação efetiva contra germes específicos para cada 
tipo de cirurgia; 
3) os níveis séricos do antibiótico devem 
ser máximos no momento da exposição do 
organismo ao agente infectante; 
4) o emprego deve ser limitado à duração 
da cirurgia, ou no máximo 24 horas após. 
b) Profilaxia da trombo-embolia 
pulmonar (TEP): O tempo médio de profilaxia 
para pacientes cirúrgicos é de 7 a 10 dias. A 
maioria dos pacientes que são submetidos à 
cirurgia em regime ambulatorial não necessita 
de profilaxia farmacológica para TEP, pois as 
operações são de pequeno ou médio porte, o 
risco, em geral é baixo e a deambulação é 
precoce. Dessa forma, a profilaxia do TEP deve 
ser orientada de acordo com o risco calculado 
para cada paciente: 
♦Utilizar apenas métodos mecânicos 
quando há risco elevado de sangramento; 
♦Baixo risco: procedimento cirúrgico de 
porte pequeno, idade menor que 40 anos e sem 
fatores de risco adicionais empregar apenas o 
método mecânico; 
♦Risco Moderado: procedimento 
cirúrgico de porte pequeno e idade entre 40-60 
anos ou com algum fator de risco, empregar 
heparina 5000 unidades no subcutâneo 12/12h 
ou heparina de baixo peso molecular (HBPM) ≤ 
3400 U (20mg enoxaparina). 
♦Alto Risco: cirurgias menores e idade 
maior que 60 anos; cirurgias maiores se idade 
entre 40-60 anos ou com fatores de risco, utilizar 
heparina 5000 unidades no subcutâneo 8/8h ou 
HBPM > 3400 U (40mg enoxaparina). 
♦Altíssimo risco: múltiplos fatores de 
risco (> 40 anos, câncer, TEP prévia), 
artroplastia de quadril ou joelho, trauma maior, 
lesão de medula, utilizar medicação do alto risco 
mais medidas mecânicas. 
 Drogas+ dispositivo pneumático de 
compressão intermitente 
 Enoxaparina 40 mg sc 1x ao dia 
 Dalteparina 5000UI sc 1x ao dia 
 Fondaparinux 2,5 mg Sc 1x ao dia 
 Heparina não fracionada 5000 UI sc 2-
3x ao dia 
♦Cirurgia laparoscópica sem fatores de 
risco: orienta-se apenas a mobilização precoce. 
♦Cirurgia laparoscópica com fatores de 
risco: recomenda-se o emprego de um ou mais 
destes métodos: heparina, HBPM e/ou mecânico. 
A profilaxia medicamentosa, no risco 
moderado, é recomendada duas horas antes da 
cirurgia (anestesia geral) ou 12 horas antes da 
punção em bloqueio espinhal. Já no caso de alto 
risco deve ser realizada 12 horas antes tanto da 
anestesia geral, quanto da punção do bloqueio 
espinhal. 
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS 
a) Re-introdução da dieta: a re-
alimentação deve ser a mais precoce possível, 
desde que o paciente esteja bem acordado e ter 
cuidados com as náuseas e vômitos. 
b) Dor: sintoma muito frequente no pós 
operatório e que precisa ser inibido e tratado 
com rigor. A dor produz diversos efeitos 
deletérios, tais quais: problemas psicológicos, 
imunossupressão, diminuição da perfusão 
tissular, aumento do consumo de oxigênio, 
alteração respiratória, aumento do catabolismo e 
diminuição da movimentação com riscos de 
trombose venosa. Reforça-se a opção por 
terapias multimodais, que envolvem mais de um 
princípio analgésico, com medicamentosos anti-
inflamatórios não esteroidais, a dipirona, o 
acetaminofeno e os opióides. 
c) Náuseas e vômitos: são responsáveis 
por aumentar a morbidade cirúrgica e prolongar 
a internação. Os fatores de risco são: 
♦Fatores individuais: gênero feminino, 
história prévia de náusea e vômito pós-
operatório, cinetose e ansiedade; 
♦Fatores cirúrgicos: procedimento de 
longa duração, cirurgias abdominais, 
laparoscopia e cirurgia otorrinolaringológica; 
♦Fatores anestésicos: agentes inalatórios, 
óxido nitroso, etomidato, opióides, neostigmine. 
Segundo Consenso publicado em 200325, 
no risco baixo não é necessária a realização de 
profilaxia. No risco moderado recomenda-se 
monoterapia, e, eventualmente, com associação 
medicamentosa. Já no risco elevado, sugere-se o 
uso de dois ou três medicamentos. Dentre eles 
pode ser empregado os bloqueadores 
serotoninérgicos (ondansetrona) no final da 
cirurgia, a dexametasona antes da indução 
anestésica e/ou o droperidol, dentre outros. 
Ainda, recomenda-se: 
♦Uso de propofol no intuito de reduzir a 
náusea das primeiras 6 horas; 
♦Anestesia loco-regional, que tem menor 
incidência de náusea; 
♦Doses menores de neostigmine na 
reversão anestésica; 
♦Fluidoterapia adequada para evitar 
hipotensão; 
♦Fornecimento elevado de oxigênio 
durante a cirurgia; 
♦Diminuição do uso de opióides e 
analgesia adequada. 
d) Cuidado com curativo e pontos: após 24 
a 48 horas, a incisão está vedada em virtude da 
epitelização e neste momento o curativo pode 
ser removido. A troca de curativo, caso seja 
necessária antes deste período, deve ser realizada 
de forma asséptica. O momento da retirada de 
pontos depende dos seguintes fatores: fio 
utilizado, modalidade de ponto, tipo e extensão 
da incisão, se foram respeitadas as linhas de 
força da pele e as condições locais e sistêmicas. 
De forma geral, recomenda-se retirar os pontos 
no sétimo dia pós-operatório. 
RISCO ANESTÉSICO: 
 
 
 
Avaliação pré-operatória 
Fatores que influenciam no risco anestésico ou 
cirúrgico 
 
PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS 
REALIZADOS EM REGIME AMBULATORIAL 
 
SISTEMA HEPATOBILIAR 
 Hepatite aguda: adiar cirurgia ate 
normalização das enzimas -> Cirurgia de 
urgência estão associados a maior 
morbi/mortalidade 
 Paciente cirrótico: Child ->Risco de 
mortalidade 
 Cirrose x colelitiase: melhor se vlp -> Menor 
perda sanguínea e infecção de FO (ferida 
operatória) 
CIRROSE 
 CHILD 
 Child A:10%: pode operar 
 Child B: 31%: pode operar se precisar, 
mas ter muito cuidados intra 
operatórios, pois a chance dele 
descompensar é enorme (CI: cardiaca e 
hepatectomia) 
 Child C: 76%: considerar outras 
alternativas ou transplante. Não pode 
operar esse paciente. 
A encefalopatia em um paciente com 
cirrose hepática é causada porque o fígado não 
consegue depurar as toxinas vinda do trato 
gastrointestinal. 
Pacientes cirróticos que são candidatos 
a transplantes hepáticos vão entrar em uma 
fila, e eles avaliam esses pacientes como 
prioridade ou não para o transplante através do 
escore de MELD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O pedido de exames complementares vai 
depender da idade do paciente, do tipo de 
cirurgia e das comorbidades relacionada a esse 
paciente. Ex: paciente 35 anos e vai submeter-
se a uma neurocirurgia, ele vai precisar pelo 
menos de um coagulograma, pois esses 
pacientes não podem ter nenhum tipo de 
sangramento. 
EXAMES PRÉ OPERATÓRIOS 
ECG 
 Homem >40/50a 
 Mulheres>50-55a 
 Tipo de procedimento: cardiovascular 
 Comorbidades: Doença cardiovascular; HAS; 
DM. 
Rx de tórax 
 >60-65a 
 Tipo de cirurgia: torácico 
 Comorbidades: Dç respiratória; Dç 
cardiovascular; Tabagista. 
Hemograma (se o paciente tiver anêmico, se é 
uma cirurgia que vai ter muita perca sanguínea 
precisa de um hemograma para um parâmetro 
pré e pós cirurgia de comparação) 
 Tipo de procedimento 
 Estimativa de perda sg >500ml 
 Doença : Dcv; Dç renal; Tumores;Dm; 
Esplenomegalia; RTP ou QTP recente. 
 > 50 anos 
Creatinina 
 >50-65ª 
 Uso de drogas com excreção renal 
 Comorbidades: Dç renal; Dcv; HAS; DM; Uso 
de AINEs. 
Glicemia 
 >45anos 
 Comorbidades: DM; Doença pancreática 
Uso de NPT 
 Uso de medicações hiperglicemiantes: 
Esteroide; Tiazídicos. 
Urocultura 
 Cirurgia: TGU 
 Uso de SVD 
 DM 
Coagulograma 
 Uso de anticoagulantes 
 Doença: Hepatopatia; Sd de má absorção; 
Neoplasia 
 Historia de sangramento anormal 
Cirurgia: Oftalmológica; Neurocirurgia; 
Vascular; Circulação extra corpórea. 
Eletrólitos 
 Uso de diuréticos, corticoide 
 ICC e hepatopatia 
 Nefropatia 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
Estado nutricional 
 Desnutrição significativa: 
 Perda de >10% do peso em 6m 
 Perda de 5% do peso em 1m 
 Indicam desnutrição: Má dentição; Ascite; 
Edema periférico. 
 Avaliação: 
 Albumina: meia vida de 21d (logo, se eu 
dosar a albumina hoje, por ela ter meia 
vida longa, ela vai refletir a albumina de 
21 dias atrás) 
 Pre albumina: 2-3d 
 Transferrina:8d (meia vida menor) 
 Desnutrição grave: 
 Fazer NPT 7-10d antes da cirurgia para 
neoplasia TGI 
 Diminui complicações PO em 30-40% 
Sistema Hematológico 
Indicações de transfusão: 
Hb <7 mg/dl 
 7-10 mg/dl: 
 Doença isquêmica 
 AVC 
 Perda de mais de 30% da volemia 
 Plaquetas <100.000: neurocirurgia ou 
cirurgia oftalmológica 
 Plaquetas < 50.000: qualquer cirurgia 
Se for uma paciente jovem com HB de 
6,5, bem clinicamente e vai operar de uma 
histerectomia porque está tendo muito 
sangramento, assim se o paciente não estiver 
sintomas de anemia não tem necessidade de 
transfusão, pois sabemos a origem de o que 
provoca essa anemia. 
Se ele estiver entre 7 e 10, e tiver uma 
cardiopatia isquêmica, AVC ou uma perda 
sanguínea rápida, como exemplo, pós operatório 
da paciente acima, que estava com hemoglobina 
de 8 e não precisou transfundir, mas no pós 
operatório ela levanta e começa a ter os 
sintomas de anemia, ai sim precisa transfundir. 
Além disso, se o paciente tiver pouca 
hemoglobina, 5 por exemplo, mesmo 
assintomático deve transfundir. 
AVALIAÇÃO DE DOENÇAS E SISTEMAS 
ESPECÍFICOS 
Estenose pilórica 
 Corrigir hipoK 
 Hidratação 
 SNG por 3 dias 
AVALIAÇÃO DO SISTEMA 
CARDIOVASCULAR 
Risco cardiovascular 
 IAM e arritmias graves são causa importante 
de mortalidade. 
 Avalia o risco de: IAM; Fibrilação 
ventricular; Taquicardia ventricular; Óbito. 
 Não operar se: Cardiopatia ativa; Arritmia 
grave; Síndrome coronariana aguda; IC 
descompensada; Valvopatia grave. 
 IAM Esperar de 4-6sem 
SISTEMA PULMONAR 
Recomendações 
São fatores de risco: 
 Cirurgia de emergência 
 >3h de cirurgia 
 Aneurisma de aorta abdominal 
 Cirurgia torácica 
 Neurocirurgia 
 Cirurgia de cabeça e pescoço 
 Anestesia geral 
 Recomendações 
Pacientes de alto risco devem: Fisioterapia; 
Uso de SNG se náuseas, vômitos ou distensão 
 2. Espirometria e RX de tórax: Dpoc; Asma 
 
Indicações de avaliação 
Ressecção pulmonar 
2. Ventilação seletiva de apenas um pulmão 
3. Cirurgia torácica ou abdominal alta >60a, com 
doença pulmonar previa ou tabagistas 
 Tipos de testes: 
 Vef 1 
 Capacidade vital forçada 
 Capacidade de difusão do CO 
Diminuem as complicações pulmonares no PO: 
1. Cessação do tabagismo pelo menos 8 
semanas antes- o livro diz pelo menos 1 mês. 
2. Uso de broncodilatador e corticoides em 
asmáticos e DPOC. 
 Estratégias per operatórias: Peridural; 
Fisioterapia; Broncodilatador continuo. 
SISTEMA RENAL 
 5% da população tem algum grau de 
disfunção renal 
 Exames complementares: ECG; Bioquímica; 
Hemograma completo; Coagulograma. 
 Cr>2 tem mais risco de doença cardiovascular 
 Insuf. Renal afeta: Sist. Cardiovascular; 
Circulatório; Hematológico; Metabólico. 
 Anemia 
 Se sintomática, pode necessitar de 
transfusão pré-operatória e eritropoietina 
 Plaquetas 
 A disfunção é qualitativa 
 Deve ser avaliado pelo tempo de 
sangramento 
 Tto com DDAVP ou crioprecipitado 
Manejo pré-operatório 
 Tto de distúrbios HE (hiperk, hipoCa, Hiper 
fosfatemia) 
 IRC: fazer hemodiálise antes da cirurgia 
Pacientes renais crônicos que fazem 
diálise são pacientes difíceis de manejar no 
intra e no pós-operatório, pois você não pode 
fazer volume. Geralmente são pacientes que vão 
fazer cirurgias em UTI. 
Evitar uso de drogas nefrotóxicas 
 Manter Hidratação. 
SISTEMA ENDÓCRINO 
Diabetes 
Controle da glicemia: 80-150 mg/dl 
 Exames: Glicemia de jejum e pós prandial; 
Hemograma; Eletrólitos: identificar problemas 
renais; Urina I: ptnuria; ECG. 
 Glicemia>250: mais risco de deiscência, 
infecção de FO. 
 Glicemia <40: maior risco de arritmias. 
 
CUIDADOS PER OPERATÓRIOS 
♦Cuidados com o cabelo- fonte de infecção- 
colocar toca. 
♦Tomar cuidado com bisturi elétrico 
♦Antissepsia da equipe e do local 
♦Tricotomia e preparo de pele- No momento da 
cirurgia e sem trauma à pele; somente se 
interferir no ato cirúrgico (pois a chance de 
infecção é muito maior); de 1-2 h antes de 
preferência por máquina. 
♦Assepsia: Degermante → solução alcoólica 
ESPIROMETRIA 
RECURSOS TÉCNICOS- BISTURI 
ELÉTRICOS 
♦Pacientes não podem usar roupas de nylon ou 
de material sintético. 
♦ Não pode tocar em nenhuma parte metálica 
da mesa. 
♦A placa deve ser posicionada próxima a área a 
ser operada (adegas oi MMII). 
O uso do bisturi elétrico serve para 
diminuir sangramentos- cauterização, estancar 
sangramentos. 
ANTISSEPTICOS 
♦Preparo do campo operatório: 
Primeiro faz-se a degermação da pele 
depois aplica o antisséptico alcoólico da mesma 
substância. Fazer sempre de 20-30 cm do local 
da incisão. (quando você faz uma 
apendicectomia vc faz a antissepsia de todo o 
abdome, pois pode ser que precisará fazer uma 
laparotomia mediana). 
MUCOSAS- aquosa tópica 
PELE- alcoólica 
 
USO DE DRENOS 
♦Pode ser profilático ou terapêutico 
♦Profilático: grandes deslocamentos, do 
subcutâneo, com risco de seroma (dreno á 
vácuo- portovac) 
 
♦Terapêutico: secreção purulenta (dreno de 
penrose)e para evitar acumulo de sangue 
coloca-se o dreno no pós cirurgico. 
 
Quando se tem uma hérnia incisional à 
aponeurose se afasta uma da outra, por isso se 
forma uma hérnia. Como a aponeurose afasta 
deve-se durante a cirurgia procurar a 
aponeurose e para isso tem que dissecar o 
subcutâneo. Nessas dessecções a chance de 
acumular liquido e fazer seroma é muito 
grande, por isso que coloca dreno para evitar 
que forme um seroma. Em cirurgias que você 
tem risco de sangramento e isso causar uma 
complicação pós operatória, também coloca o 
dreno a vácuo. 
No terapêutico, por exemplo, operou 
apendicectomia e tinha pus (para usos de dreno 
as coleções deve ser localizada) na fossa ilíaca 
direita, vc limpa mas ver que corre o risco de 
formar um novo abscesso, coloca-se um dreno 
de penrose para retirar e evitar nova secreção. 
IMPORTANTE: DESCREVER O ATO 
CIRUGICO BEM DESCRITO 
PRINCIPALMENTE NAS CIRURGIAS DE 
URGÊNCIA- descrever se foi feito transfusão, 
retirado material para biopsia e cultura (com 
que finalidade?)ou se houve intercorrência. 
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS 
Grau de complexidade dos cuidados a 
serem tomados no pós-operatório depende: 
porte da cirurgia; condições clínicas do 
paciente; comorbidades; faixa etária. 
Cuidado com a ferida: remoção do 
curativo após 24-48 h; orientações de repouso 
a depender da cirurgia(60-90 dias se for 
cirurgia aberta); alimentação; sinais de 
complicações- se sente algo diferente, começou 
a ter febre ou muita dor, deve retornar ao 
hospital. 
Retirada de pontos: FACE- 4dias; 
OUTROS- 7dias; ÁREA SOB TENSÃO- 10-15 
dias (abdome, pé e joelho); INFECÇÃO- 
retirada imediata. 
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS 
♦Complicações da ferida: 
•SEROMA: acúmulo de gordura, soro, 
líquido linfáticono TCSC- tecido celular 
subcutâneo; ocorre em grandes deslocamentos 
de pele, mastectomias, dissecções axilares, 
virilhas e linfonodos, hérnias ventrais 
incisionais. 
É caracterizado por um abaulamento 
localizado e bem circunscrito, geralmente não 
tem eritema e sensibilidade aumentada quando 
comparada a infecção, desconforto a pressão 
com saída de líquido claro, amarelado e viscoso. 
O paciente não tem dor forte como na infecção. 
 
O tratamento: pode pedir para o 
próprio paciente espremer quando tem pouco 
volume. Quando o seroma é volumoso, 20-40 ml, 
é melhor puncionar (com agulha grossa) e fazer 
curativo compressivo. 
Drenagem + curativo compressivo e 
deixar cicatrizar por 2ª intenção. A mama, 
axila e virilha são mais difíceis de tratar. 
A prevenção é fazer drenagem de 
sucção- dreno de portovac. 
•HEMATOMA: é o acumulo de sangue e 
coágulo. Tem maior risco de infecções 
secundárias. Geralmente causado por 
hemostasia inadequada, distúrbios da 
coagulação e uso de AAS, cumarínicos e 
AINES. Coloração azulada ou roxa na pele, com 
edema, dor e desconforto. 
 
Deve-se ter cuidado com hematoma na 
região cervical, pois o paciente entra em 
insuficiência respiratória rápida- 
tireoidectomia. 
Grandes hematomas devem ser 
reabordados pelo risco de infecção e retardo 
no processo de cicatrização. 
O tratamento: hematoma no pós-
operatório deve ser evacuado em condições 
estéreis. Se o hematoma aparecer após duas 
semanas da cirurgia pode ser tratada com 
terapêutica conservadora- compressão de agua 
morna. 
 •DEISCÊNCIA DA APONEUROSE: 
eventração (é aguda, a hérnia ela é crônica) 
(quando a víscera não ultrapassa a pele, 
continua dentro da barriga) e evisceração 
(quando a víscera ultrapassa a pele) 
 
CAUSAS: pontos muito próximos a borda ou 
muito distante entre si; tensão na linha de 
sutura; infecção intra-abdominal; desnutrição; 
idoso; uso crônico de corticoide; hematoma; 
infecção; DM; IRC; Tumor; QTP; RTP; Aumento 
da pressão intra abdominal: tosse, ascite, 
distenção de alças, esforço durante a 
evacuação e vômitos. 
 
O tratamento: se ocorreu no pós-operatório 
precoce deve ser reparado. Se for pequeno e 
ocorrer após o 10º pós operatório pode receber 
tratamento expectante, uma vez que a chance 
de evisceração é mínima. 
pontos totais 
Infecção de sítio cirúrgico (aula sobre 
infecção em cirurgia)

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