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1 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA PROBLEMA 4 – “DOUTOR, ESTOU AMARELA!” Marta, 48 anos, obesa, hipertensa crônica, em uso de metildopa há quatro meses. Na última semana, ela observou que seus olhos e pele estavam amarelados. Procurou o médico, pois achava que estava com hepatite. Ao exame físico, observou-se icterícia ++/4+, presença de hepatomegalia discretamente dolorosa e esplenomegalia. Há aproximadamente 2 meses, na região onde mora, várias crianças têm apresentado quadro de febre, vômitos e icterícia. Em análise da água local, o Serviço de Vigilância Sanitária detectou alta taxa de contaminação fecal. Após a realização de alguns exames na emergência do hospital, o médico disse que ele estava com hepatite, mas para saber qual tipo necessitava de outros exames. EXAMES DA EMERGÊNCIA: Hemograma: hematócrito: 45%, hemoglobina 13,6, leucócitos: 4100 (linfócitos 48%, neutrófilos 40%). BIOQUÍMICA: Glicemia: 50 mg/dl; TGO: 650 U/l; TGP: 1000 U/l; Bilirrubina total: 12 mg/dl; Bilirrubina direta: 8,0 mg/dl; Bilirrubina indireta: 4,0 mg/dl. Após alguns meses, a paciente procurou o pronto-socorro, pois, vinha sentindo fortes dores abdominais, há 24 horas, além de observar que seus olhos estavam amarelados novamente. A dor era do tipo cólica e localizada no hipocôndrio direito, e que piorava a ingestão de alimentos gordurosos. Referia que a urina ficou escura e as fezes esbranquiçadas. Ao exame físico, foram observadas discreta icterícia, temperatura axilar 36,5° C e dor à palpação em quadrante superior direito do abdome. Peso= 87 Kg; IMC= 33 e PA = 130/80 mm Hg. Os exames de emergência demonstraram: Hemograma: leucócitos: 15.500 (neutrófilos: 62%, linfocitos: 23 %, bastões: 0%). Reticulócitos: 1,5% TGO (AST): 85 U/L, TGP (ALT): 98U/L. U/L, CGT: 105 U/L, FA: 700 U/L. Bilirrubina total: 7,0 mg/dl Bilirrubina direta: 6,2 mg/dl Bilirrubina indireta: 0,8 mg/dl. Amilase: 65 U/L Uréia : 35 e creatinina: 0,9 Glicemia: 87 mg/dl Colesterol: 285 mg/dl Triglicérides: 386 mg/dl. Ecografia de abdome: cálculo em colédoco e dilatação de vias biliares intra e extra hepáticas. Após a avaliação dos exames listados, o médico afastou pancreatite aguda, delineou o diagnóstico e adotou a conduta adequada. QUESTÕES DE APRENDIZAGEM: 1) Explicar a anatomia do fígado e das vias biliares, o metabolismo da bilirrubina.e discutir as principais causas de hiperbilirrubinemia. 2) Explicar o quadro clínico, achados no exame físico, o diagnóstico diferencial e as complicações da colestase e da litíase biliar (nas diferentes localizações dos cálculos: vesícula biliar e colédoco). 3) Discutir a fisiopatologia, o quadro clínico e tratamento da pancreatite aguda como diagnóstico diferencial. 4) Definir o conceito de hepatite (viral) aguda, crônica e fulminante, os tipos de hepatites virais mais frequentes (A, B, C, D e E) e a sua epidemiologia. 5) Conhecer o quadro clínico, os critérios diagnósticos e terapêuticos dos diferentes tipos de hepatite (A, B, C, D e E) e a Imunoprofilaxia pós exposição para Hepatite B. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RECOMENDADAS: Sleisenger & Fordtran. Tratado Gastrointestinal e Doenças do Fígado. 9ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. Carneiro, MC et al. Pancreatite Aguda. Em: RBM - Revista Brasileira de Medicina.Moreira Jr. Editora: 118- 128,mai/2006. Melo, MTPT. Litíase Vesicular. Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 2012. Alves, EM e Fonseca, EF. Estudo Anatomotopográfico das Vias Biliares Extra-hepáticas e do Trígono Cistohepático Post Mortem: Enfoque Cirúrgico. Revista Perquirere, 12(2): 187-200, dez/2015 Nunes, PP e Moreira, AL. Fisiologia Hepática. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 2007. Martinelli, ALC. Icterícia. Medicina, Ribeirão Preto, 37: 246-252, jul./dez. 2004. http://revista.fmrp.usp.br/2004/vol37n3e4/6_ictericia.pdf IRAT: Questão 01 ___________________________________ Paciente de 54 anos, sexo feminino, dá entrada no pronto-socorro com dor abdominal em faixa no andar superior do abdome, associada à náuseas e vômitos. Nega uso de medicamentos, nega febre e outros sintomas associados. Considerando o caso e a figura acima, a provável etiologia do quadro descrito é: a) Aerobilia b) Litíase vesicular http://revista.fmrp.usp.br/2004/vol37n3e4/6_ictericia.pdf 2 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA c) Colecistite F – pq é a dor que dura mais de 5 horas acompanhada por sinais e sintomas de inflamação: febre, sinal de Murphy e leucocitose. d) Abscesso hepático Aerobilia: presença de gás nas vias biliares intra- hepáticas. Litíase biliar/vesicular: pedras na vesícula. Também chamada de colelitíase. Há sombra acústica posterior. Colecistite: Inflamação na vesícula biliar, geralmente decorrente da obstrução do ducto cístico provocada por um cálculo. Colecistite aguda: Quadro clínico: dor em andar superior do abdome (QSD), associada a náuseas e vômitos, com início a algumas horas, febre e leucocitose, Sinal de Murphy positivo. A dor pode irradiar para as costas e ombro. Achados de vesícula biliar distendida, com paredes espessadas e com presença de cálculos impactados. Há, muitas vezes, uma história de ingestão de alimentos gordurosos uma hora ou mais antes do início inicial da dor. As complicações incluem sepse associada a gangrena, peritonite generalizada (por conta de perfuração), crepitação abdominal (colecistite enfisematosa) ou obstrução intestinal (íleo biliar). Colecistite acalculosa: não associada a cálculos biliares. Colecistite crônica: infiltração crônica de células inflamatórias da vesícula biliar. É quase invariavelmente associada com a presença de cálculos biliares, resultado de irritação mecânica ou crises recorrentes de colecistite aguda, levando à fibrose e ao espessamento da vesícula biliar, sendo que sua presença não se correlaciona com sintomas. https://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/casos/7 160/colecistite_aguda.htm Questão 02 ___________________________________ Paciente feminina, 40 anos, do lar, 5 filhos, chega à emergência com quadro de dor abdominal e vômitos há 10hs. Refere que tem sentido a mesma dor há 6 anos, "no lado direito que vai para as costas" sempre que come alimentos gordurosos, mas que desta vez não melhorou com Buscopam® que tomou em casa, como geralmente acontecia. Ao exame obesa, em BEG, eupneica, afebril, com FC=80bpm. Abdome com discreta distensão e dor à palpação do hipocôndrio D. Sobre o caso acima assinale a alternativa incorreta: a) Pelas características da paciente (mulher, 40 anos, multípara, obesa) e o tipo de dor, ela deve ter colelitíase b) A pesquisa do sinal de Murphy pode ajudar na diferenciação entre colecistite ou cólica biliar o que diferencia mais as duas são: a cólica biliar doi no hipocôndrio direito ou epigástrico e irradia para as costas ou ombro e dura de 15 a 30 minutos – pode resolver espontaneamente eou com analgésicos. Na colecistite é na mesma localização e dura mais de 6 horas e pode ter febre. c) O tratamento é cirúrgico e pode ser eletivo, exceto quando há perfuração, empiema ou outras complicações d) A videolaparoscopia pode ser utilizada, diminuindo a morbidade e o tempo de internação hospitalar Nos casos graves de colecistite aguda, colangite ascendente ou pancreatite aguda, o peristaltismo costuma estar diminuído ou abolido. Na colecistite aguda, a inflamação da vesícula biliar com irritação peritoneal resultante causa uma dor bem localizada no hipocôndrio direito, geralmente com descompressão dolorosa e defesa. Embora inespecífico, o sinal de Murphy positivo (parada inspiratória à palpação profunda do hipocôndrio direito durante a inspiração profunda) é muito sugestivo de colecistite. Costuma haver febre, mas esta pode ocorrer depois de outrossinais ou sintomas. Embora possa haver defesa voluntária, nestes casos não há sinal de irritação peritoneal. Pode haver taquicardia e diaforese em consequência da dor, mas isso deve regredir com o tratamento adequado da dor. A dor na colecistite aguda responde melhor aos antiespasmódicos e aos anti- inflamatórios não-esteroides. Opioides não são recomendados porque aumentam a pressão no esfíncter https://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/casos/7160/colecistite_aguda.htm https://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/casos/7160/colecistite_aguda.htm 3 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA de Oddi e a contratilidade da vesícula biliar, piorando os sintomas. Nil per os (jejum) também ajuda a controlar a dor, enquanto a drenagem gástrica não demonstrou melhora dos sintomas. https://portugues.medscape.com/verartigo/6502607_3 Questão03_______________________________ Considere o seguinte caso: paciente do sexo feminino, 45 anos, com quadro de dor abdominal em epigástrio de forte intensidade associado a quadro de febre (39º C) e icterícia. Dentre as alternativas, qual apresenta o diagnóstico mais provável para essa paciente? a) Colecistite aguda tem o sinal de murphy b) Adenocarcinoma de cabeça de pâncreas c) Colangite aguda A pct apresenta a tríade de Charcot d) Pancreatite aguda e) Adenocarcinoma de papila duodenal na Colecistite a vesícula ta inflamada, na colangite o colédoco ta inflamado. Se a bile não chega ao intestino devido a obstrução do colédoco provoca – icterícia, acolia, coluria. No tumor de cabeça de pâncreas a vesícula esta distendida mas não está inflamada. A colangite aguda, também conhecida como colangite ascendente, é uma infecção da árvore biliar potencialmente fatal se não tratada imediatamente. Na maioria dos casos, ocorre devido à obstrução biliar por cálculos, mas outras causas de obstrução do ducto biliar também podem ocasionar a colangite, tais como: neoplasias, estreitamentos biliares, infestações parasitárias e anormalidades congênitas dos ductos biliares. Fisiopatologia: O corpo humano possui mecanismos de defesa para evitar a entrada de bactérias no trato biliar. O esfíncter de Oddi atua como uma barreira mecânica efetiva, impedindo o refluxo duodenal e consequentemente a ascensão de bactérias para as vias biliares. Além disso, a ação da lavagem contínua da bile associada a atividade bacteriostática dos sais biliares ajuda a manter a esterilidade biliar, e a secreção de IgA e a mucosa biliar funcionam como antiaderentes, evitando a colonização bacteriana. As bactérias são capazes de entrar no trato biliar quando os mecanismos normais de barreira são interrompidos. A obstrução biliar, por exemplo, aumenta a pressão intrabiliar e leva ao aumento da permeabilidade dos dúctulos biliares, permitindo a translocação de bactérias e toxinas da circulação portal para o trato biliar. A pressão elevada também favorece a migração de bactérias da bile para a circulação sistêmica, aumentando o risco de septicemia. As bactérias também podem passar espontaneamente pelo esfíncter de Oddi em pequenas quantidades e a presença de um corpo estranho, como uma pedra ou stent, pode atuar como um nicho para a colonização bacteriana. As bactérias mais comumente isoladas são de origem colônica, sendo a E. coli a principal bactéria gram-negativa isolada, seguida por Klebsiella e espécies de Enterobacter. As bactérias gram-positivas mais comuns são as espécies de Enterococcus. Quadro clínico: Tríade de Charcot, que consiste em febre, dor abdominal localizada no abdome superior direito e icterícia, embora apenas 50 a 75% dos pacientes com colangite aguda tenham todos os três achados. A febre e a dor abdominal ocorrem em aproximadamente 80% dos pacientes, enquanto a icterícia é observada em 60 a 70% dos pacientes. Além de febre, dor abdominal e icterícia, os pacientes com colangite grave podem apresentar hipotensão e alterações do estado mental, fechando a Pentade de Reynolds. A hipotensão pode ser o único sintoma manifesto em adultos mais velhos ou em pessoas que tomam glicocorticoides. Pacientes com colangite aguda também podem apresentar complicações de bacteremia, incluindo abscesso hepático, sepse e choque. https://www.sanarmed.com/resumo-de-colangite- aguda-epidemiologia-fisiopatologia-diagnostico-e- tratamento Questão 04 ___________________________________ A Pentade de Reynauld ocorre na: a) Apendicite aguda com abscesso. b) Colangite aguda grave. É pct grave c) Perfuração endoscópica do esôfago distal. d) Úlcera perfurada. Pêntade de Reynolds é o conjunto de cinco sinais e sintomas associados à colangite tóxica. São eles: dor abdominal, icterícia, febre com calafrios, Hipotensão e confusão mental. Dá-se o nome de pêntade de Reynolds quando, para além da Tríade de Charcot, estiverem presentes hipotensão e alteração do estado mental. Questão 05 ___________________________________ Paciente masculino, 58 anos, obeso e sedentário, após ingesta no almoço de grande quantidade de gordura, evolui com dor intensa no hipocôndrio direito associada a náuseas e vômitos. Tomou alguns medicamentos sintomáticos e obteve melhora parcial. Horas após, a dor retorna e agora associada a picos febris. Na procura médica, é detectado https://portugues.medscape.com/verartigo/6502607_3 https://www.sanarmed.com/resumo-de-colangite-aguda-epidemiologia-fisiopatologia-diagnostico-e-tratamento https://www.sanarmed.com/resumo-de-colangite-aguda-epidemiologia-fisiopatologia-diagnostico-e-tratamento https://www.sanarmed.com/resumo-de-colangite-aguda-epidemiologia-fisiopatologia-diagnostico-e-tratamento 4 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA desconforto subcostal direito durante inspiração mantida. Qual é o provável diagnóstico? a) Colecistite aguda. b) Apendicite aguda. c) Duodenite. d) Gastrite aguda se a dor fosse de 20 min seria cólica biliar. Se tivesse icterícia seria colangite. A colecistolitíase ou colelitíase corresponde a presença de cálculos na vesícula biliar. A colecistite aguda (inflamação aguda da vesícula biliar por causas químicas ou bacterianas) é uma doença que atinge preferencialmente mulheres e as faixas- etárias de adultos-jovens e idosos. É a principal – e muitas vezes primeira – manifestação da doença litiásica. Quadro Clínico: A dor é o principal sintoma e, normalmente, é desencadeada ou piorada pela ingestão de alimentos colecistocinéticos (aqueles ricos em gorduras). O fenômeno obstrutivo atribui à dor um caráter de cólica, iniciado no hipocôndrio direito e com irradiação para o epigástrio, o dorso e a escápula direita, podendo atingir difusamente o abdome em caso de complicação. A dor em cólica logo é substituída por um padrão de dor contínua em função dos fenômenos vasculares e inflamatórios que acompanham a doença. https://www.sanarmed.com/resumos-colecistite-aguda- ligas O quadro clínico de colecistite aguda é caracterizado por dor intensa ou desconforto no hipocôndrio direito ou epigástrio, que pode estar associada náuseas e vômitos, e febre. A dor pode ser precedida de ingestão em grandes quantidades de alimentos gordurosos principalmente na forma calculosa e pode irradiar para escápula, precórdio ou dorso. Esta inicia-se subitamente e tem caráter contínuo, cede em cerca de 12 a 18 horas. Os episódios de vômito podem ou não melhorar os sintomas. Ainda é possível que o paciente apresente vesícula palpável, febre, icterícia e sinal de Murphy presente que seria desconforto subcostal direito durante inspiração mantida. O paciente pode cursar com complicações como colangite, gangrena da vesícula biliar e colecistite crônica. https://www.sanarmed.com/resumo-de-colecistite- aguda-ligasA duodenite, também chamada bulboduodenite, consiste na inflamação aguda ou crônica do duodeno. A lesão inflamatória comumente se localiza na porção proximal do órgão, o bulbo duodenal, donde sua denominação alternativa. A causa mais comum da duodenite é a infecção pela bactéria Helicobacter pylori. Outra causa comum é o uso prolongado de anti-inflamatório não esteroide (como aspirina e ibuprofeno, por exemplo). Além disso, a duodenite pode ser ocasionada por diferentes fatores, como outros tipos de infecções bacterianas; infecções virais; hipersecreção de ácido clorídrico pelo estômago; uso de certos fármacos, em especial anti-inflamatórios não esteroides; consumo de bebidas alcoólicas; estresse; doença de Crohn; cirurgia prévia; etc. A duodenite nem sempre produz sinais ou sintomas e muitos pacientes nem sabem que a apresentam. Quando existem sinais ou sintomas, em geral eles são inespecíficos e entre eles se contam falta de apetite, náuseas, vômitos, soluços, desconforto abdominal, “queimação” ou cólicas na região gástrica, que também podem ser sentidas nas costas, má digestão e sensação de plenitude gástrica logo depois de começar a comer. https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e- doencas/1395940/duodenite+causas+sintomas+diagno stico+tratamento+e+evolucao.htm Apendicite é uma inflamação aguda do apêndice vermiforme, classicamente resultando em dor abdominal, anorexia e dor à palpação abdominal. O diagnóstico é clínico, frequentemente suplementado com TC ou ultrassonografia. O tratamento consiste na remoção cirúrgica do apêndice. Sinais e sintomas: Os sintomas clássicos de apendicite aguda são • Dor epigástrica ou periumbilical seguida por náuseas, vômitos e anorexia Depois de algumas horas, a dor se desloca para o quadrante inferior direito. A dor aumenta com a tosse e a movimentação. Os sinais clássicos da apendicite são • Dor à palpação e à descompressão no quadrante inferior direito no ponto de McBurney (junção dos terços médio e lateral da linha que parte da cicatriz umbilical até a crista ilíaca superior). Os sinais adicionais de apendicite são a dor no quadrante inferior direito à palpação do quadrante inferior esquerdo (sinal de Rovsing), aumento da dor causada pela extensão passiva da articulação do quadril https://www.sanarmed.com/resumos-colecistite-aguda-ligas https://www.sanarmed.com/resumos-colecistite-aguda-ligas https://www.sanarmed.com/resumo-de-colecistite-aguda-ligas https://www.sanarmed.com/resumo-de-colecistite-aguda-ligas https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1395940/duodenite+causas+sintomas+diagnostico+tratamento+e+evolucao.htm https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1395940/duodenite+causas+sintomas+diagnostico+tratamento+e+evolucao.htm https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1395940/duodenite+causas+sintomas+diagnostico+tratamento+e+evolucao.htm 5 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA direito que estica o músculo iliopsoas (sinal do psoas) ou a dor causada pela rotação interna passiva da coxa flexionada (sinal do obturador). Febre baixa (temperatura retal de 37,7 a 38,3° C [100 a 101°F) é comum. Infelizmente, esses achados clássicos aparecem em < 50% dos pacientes. Ocorrem muitas variações nos sinais e sintomas da apendicite. A dor pode não ser localizada, em particular em crianças e lactentes. A dor abdominal pode ser difusa ou, em raras ocasiões, ausente. As evacuações costumam ser menos frequentes ou ausentes; se a diarreia é um sinal, deve-se suspeitar de apêndice retrocecal. Pode haver leucocitúria e hematúria. Sintomas atípicos são comuns em idosos e grávidas; particularmente, a dor é menos intensa e a dor à descompressão localizada é menos frequente. https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/dist%C3%BArbios- gastrointestinais/abdome-agudo-e-gastroenterologia- cir%C3%BArgica/apendicite Questão06_______________________________ Com relação à pancreatite aguda, assinale a alternativa correta: a) Aproximadamente 70 a 80% dos casos são de origem biliar e alcoólica. https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/dist%C3%BArbios- gastrointestinais/pancreatite/pancreatite-aguda b) O nível de Amilase é proporcional à gravidade da pancreatite. Não é proporcional. c) A lipase é marcador menos específico de Pancreatite aguda do que a Amilase. A lipase é um marcador mais específico. d) A presença de 2 ou mais critérios de Ranson são indicativos de pancreatite grave. São três ou mais critérios. Pancreatite aguda é a inflamação aguda do pâncreas (e, algumas vezes, dos tecidos adjacentes). Os fatores desencadeantes mais comuns são cálculos biliares e ingestão de álcool. A classificação do grau da pancreatite aguda é leve, moderada ou grave, de acordo com a existência de complicações locais e a insuficiência transitória ou passageira do órgão. O diagnóstico e feito pela apresentação clínica, dosagem da amilase e lipase séricas e exames de imagem. O tratamento é de suporte, com líquidos IV analgésicos e suporte nutricional. Embora a mortalidade geral da pancreatite aguda seja baixa, a morbidade e mortalidade são significativas nos casos graves. Etiologia: A litíase biliar e o consumo de álcool representam ≥ 70% dos casos de pancreatite aguda. Os casos restantes resultam de várias causas. https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/dist%C3%BArbios- gastrointestinais/pancreatite/pancreatite-aguda Questão 07 ______________________________ São manifestações locais do comprometimento pancreático intenso na pancreatite aguda: a) Manchas equimóticas periumbilical (sinal de Cullen) ou flanco esquerdo (sinal de Grey-Turner). b) Icterícia com falência cardíaca. Em doença grave c) Comprometimento renal. Em doença grave d) Hipotensão e choque. Em doença grave Questão 08_______________________________ Assinale a opção que contenha apenas critérios de gravidade de admissão para pancreatite aguda, conhecido como critérios de Ranson: a) Idade, glicemia, DHL e TGO. b) Glicemia, amilase, TGO e idade. Amilase não é de gravidae c) DHL, TGP, idade e glóbulos brancos. TGP é específico de fígado d) TGO, TGP, amilase e glicemia. Pancreatite – inflamação do pâncreas, tá se autodigerindo, a secreção não sai de lá porque tá obstruído então começa a se autodigerir. Causas: calculo, álcool e triglicerídes aumentados (maior que 500). Outras causas: CPRE pode causar (causa iatrogênica), um trauma, picada de escorpião, autoimune. Clínica: dor em faixa – dor epigástrica que vai para as costas que melhora em posição genitupeitoral, sudorese, taquicardia, vomito e icterícia (quando tem calculo no colédoco ou pâncreas muito inflamado). Exame físico: manchas – sinal de Cullen periumbilical e grey tuner nos flancos e sinal de fox na base do pênis (necrose do tecido subcutâneo). Exames laboratoriais: hemograma (leucócitos aumentados com desvio a esquerda – neutrófilos e bastões segmentados aumentados) lipase (aparece em 4 a 8 horas) e amilase (de 6 a 12 – demora a aparecer e https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/abdome-agudo-e-gastroenterologia-cir%C3%BArgica/apendicite https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/abdome-agudo-e-gastroenterologia-cir%C3%BArgica/apendicite https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/abdome-agudo-e-gastroenterologia-cir%C3%BArgica/apendicite https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/abdome-agudo-e-gastroenterologia-cir%C3%BArgica/apendicite https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/pancreatite/pancreatite-aguda https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/pancreatite/pancreatite-agudahttps://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/pancreatite/pancreatite-aguda https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/pancreatite/pancreatite-aguda https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/pancreatite/pancreatite-aguda https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/pancreatite/pancreatite-aguda 6 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA dura menos tempo) – aumentada 3 vezes o valor da anormalidade. Eletrólitos. Ultrassom – ver se tem cálculo (pancreatite calculosa), TC com contraste, mas se for gravidar pede ressonância. Critérios de Baltasar (da TC – diz se tem ou não necrose) e Ranson. Tto: Dieta zero, analgesia adequada, hidratação e corrigir distúrbios eletrolíticos. Voltar a dieta o mais precoce possível. Pensar em dar ATB quando tiver necrose ou gás no pâncreas. Bactéria – e coli e klebisiela dar ATB cipro, metro, meroperenm. O critério de Ranson, criado em 1974 serve como preditor precoce de gravidade nas 48 horas iniciais de hospitalização. Esse critério leva em consideração a idade, a leucocitose, hiperglicemia, aumento da enzima hepática aspartato aminotransferase (AST) e o aumento da lactato desidrogenase (LDH). https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s& source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi Swbu4hv32AhUCjZUCHb0kDYIQFnoECAcQAw&ur l=http%3A%2F%2Frdu.unicesumar.edu.br%2Fbitstrea m%2F123456789%2F6323%2F1%2Fjose_guilherme_ silva_amorim.pdf&usg=AOvVaw3tqAs59oxtwKfpHV ly6dZP Os critérios de Ranson foi o primeiro escore a ser utilizado em larga escala para estratificar a gravidade de uma pancreatite aguda, e sua utilização é de grande valor para avaliar o prognóstico do paciente acometido por essa patologia. A pancreatite aguda é caracterizada pelo estado inflamatório do órgão, decorrente da ativação anormal das enzimas pancreáticas. É a doença pancreática mais comum, tanto na população pediátrica quando adulta. Ainda, em sua maioria, tem como etiologias mais comuns litíase biliar e alcoolismo. Em relação às apresentações clínico-patológicas, de acordo com a classificação de Atlanta, existem dois tipos: – Intersticial: forma mais leve, edema, aumento difuso do pâncreas e processo inflamatório autolimitado; – Necrosante: forma mais grave, necrose pancreática, comprometimento vascular e, ainda, pode- se desenvolver síndrome da resposta inflamatória sistêmica e/ou insuficiência orgânica. Para o diagnóstico da pancreatite aguda, precisam haver 2 dos 3 critérios a seguir: presença de dor abdominal consistente com o quadro de pancreatite, lipase ou amilase sérica pelo menos 3x o limite normal e achados radiológicos, principalmente na tomografia computadorizada com contraste que é o padrão-ouro para essa doença. Na tabela a seguir, observa-se a utilização dependendo do fator causal da pancreatite e os momentos de aplicabilidade. Serão avaliados 11 parâmetros, sendo que 5 são analisados no momento da admissão e os outros 6 às 48h. Se houver a presença de 3 ou mais critérios, o paciente já pode ser classificado com uma pancreatite aguda grave. Esse escore possui uma sensibilidade em torno de 85% e sua especificidade em torno 75%. – Idade: quanto mais avançada, mais o indivíduo se torna suscetível às complicações graves. – GB (glóbulos brancos): se houver leucocitose, pode indicar infecção concomitante à inflamação. – LDH (desidrogenase láctica): se elevada, indica dano tecidual, porém de forma inespecífica. – AST (aspartato aminotransferase): se elevado, indica lesão orgânica, principalmente hepática. – Glicemia: se elevada, pode indicar um processo inicial de insuficiência pancreática. – Queda do hematócrito: após 48h, pois irá avaliar o valor real, já que na admissão pode estar “mascarado”. – Aumento de BUN (ureia nitrogenada no sangue): indica um processo de dano renal. – Cálcio sérico: se diminuído, indica intenso processo de necrose gordurosa no pâncreas. – pO2 arterial: se diminuída, indica um estado de hipoxemia. – Déficit de base: indicativo de um processo de acidose. – Perda de fluidos: perda de líquido para o 3º espaço pelo aumento da permeabilidade capilar. Existe ainda outra correlação entre a quantidade de critérios presentes e a taxa de mortalidade: – 0 a 2 critérios: 2%; – 3 a 4 critérios: 15%; – 5 a 6 critérios: 40%; – Acima de 7 critérios: > 90%. Analisando essa relação, pode-se perceber que somente um critério a mais pode levar a um aumento significativo na taxa de mortalidade. Dependendo da etiologia, ele é baseado em 10 ou 11 parâmetros, sendo estes avaliados em dois momentos distintos: na admissão, e 48 horas depois. Após este período, caso sejam preenchidos 3 ou mais critérios, diagnosticamos uma pancreatite aguda grave. A desvantagem é que, seguindo esse escore, não é possível predizer a gravidade já na admissão. Os exames laboratoriais que você deverá solicitar na chegada do paciente com pancreatite aguda, para avaliar os critérios de Ranson, são: hemograma completo, https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiSwbu4hv32AhUCjZUCHb0kDYIQFnoECAcQAw&url=http%3A%2F%2Frdu.unicesumar.edu.br%2Fbitstream%2F123456789%2F6323%2F1%2Fjose_guilherme_silva_amorim.pdf&usg=AOvVaw3tqAs59oxtwKfpHVly6dZP https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiSwbu4hv32AhUCjZUCHb0kDYIQFnoECAcQAw&url=http%3A%2F%2Frdu.unicesumar.edu.br%2Fbitstream%2F123456789%2F6323%2F1%2Fjose_guilherme_silva_amorim.pdf&usg=AOvVaw3tqAs59oxtwKfpHVly6dZP https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiSwbu4hv32AhUCjZUCHb0kDYIQFnoECAcQAw&url=http%3A%2F%2Frdu.unicesumar.edu.br%2Fbitstream%2F123456789%2F6323%2F1%2Fjose_guilherme_silva_amorim.pdf&usg=AOvVaw3tqAs59oxtwKfpHVly6dZP https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiSwbu4hv32AhUCjZUCHb0kDYIQFnoECAcQAw&url=http%3A%2F%2Frdu.unicesumar.edu.br%2Fbitstream%2F123456789%2F6323%2F1%2Fjose_guilherme_silva_amorim.pdf&usg=AOvVaw3tqAs59oxtwKfpHVly6dZP https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiSwbu4hv32AhUCjZUCHb0kDYIQFnoECAcQAw&url=http%3A%2F%2Frdu.unicesumar.edu.br%2Fbitstream%2F123456789%2F6323%2F1%2Fjose_guilherme_silva_amorim.pdf&usg=AOvVaw3tqAs59oxtwKfpHVly6dZP https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiSwbu4hv32AhUCjZUCHb0kDYIQFnoECAcQAw&url=http%3A%2F%2Frdu.unicesumar.edu.br%2Fbitstream%2F123456789%2F6323%2F1%2Fjose_guilherme_silva_amorim.pdf&usg=AOvVaw3tqAs59oxtwKfpHVly6dZP https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiSwbu4hv32AhUCjZUCHb0kDYIQFnoECAcQAw&url=http%3A%2F%2Frdu.unicesumar.edu.br%2Fbitstream%2F123456789%2F6323%2F1%2Fjose_guilherme_silva_amorim.pdf&usg=AOvVaw3tqAs59oxtwKfpHVly6dZP 7 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA dosagem de glicemia, de ureia, de DHL, de AST (TGO), de cálcio sérico, e gasometria arterial. Nos casos de pancreatite aguda NÃO causadas por cálculo biliar, temos os seguintes 11 parâmetros: Já na pancreatite biliar aguda, temos os seguintes 10 parâmetros (com exceção da PaO2): https://www.medway.com.br/conteudos/criterios-de- ranson-para-que-servem-e-como-utiliza-los/ Questão 09 ______________________________ Em relação à hepatite B, é correto afirmar que: a) A infecção pelo vírus da hepatite B por ocasião do nascimento é clinicamente aparente na maioria das vezes. F – em geral é assintomática b) A infecção por hepatite B de início na idade adulta, em pessoas imunocompetentes, tem um baixo risco de cronicidade. Apenas 4% das pessoas imunocompetentes que se infectam na vida adultaevoluem para a hepatite B crônica. Adultos com deficiência da imunidade ou coinfectados com outros infecções como Hepatite C ou HIV possuem maior risco de evolução para a cronicidade. https://www.drakeillafreitas.com.br/hepatite-b-o-que- voce-precisa-saber/ c) A maioria dos casos de hepatite B crônica entre adultos ocorre em pacientes que tiveram episódios recorrentes de hepatite viral clinicamente aparente. d) Geralmente o grau de lesão hepática nos pacientes com hepatite B é grave. A infecção neonatal pelo vírus da hepatite B (HBV) é geralmente adquirida durante o parto. Em geral, é assintomática, mas pode causar doença crônica subclínica mais tarde na infância ou idade adulta. As infecções sintomáticas provocam icterícia, letargia, má evolução ponderal, distensão abdominal e fezes claras. O diagnóstico é sorológico. Raramente doenças graves podem provocar insuficiência hepática aguda e necessidade de transplante. Doenças menos graves recebem tratamento de suporte. A imunização ativa e passiva ajuda na prevenção da transmissão vertical. https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es- em-rec%C3%A9m- nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-neonatal-pelo- v%C3%ADrus-da-hepatite-b-hbv A hepatite B é uma causa comum da hepatite crônica. Pacientes podem ser assintomáticos ou ter manifestações inespecíficas como fadiga e mal-estar. Sem tratamento, cirrose frequentemente se desenvolve; o risco de carcinoma hepatocelular é maior. Fármacos antivirais podem ajudar, mas transplante de fígado pode ser necessário. Hepatite que persiste por > 6 meses é definida como hepatite crônica, embora essa duração seja arbitrária. Hepatite B aguda geralmente se torna crônica em cerca de 5 a 10% dos pacientes. Mas quanto menor a idade da ocorrência da infecção aguda, maior o risco de desenvolver infecção crônica: • Para recém-nascidos: 90% • Para crianças com 1 a 5 anos: 25 a 50% • Para adultos: cerca de 5% Sem tratamento, casos de HBV podem desaparecer de maneira espontânea (incomum), progredir rapidamente ou desenvolver cirrose de forma gradual e lenta ao https://www.medway.com.br/conteudos/criterios-de-ranson-para-que-servem-e-como-utiliza-los/ https://www.medway.com.br/conteudos/criterios-de-ranson-para-que-servem-e-como-utiliza-los/ https://www.drakeillafreitas.com.br/hepatite-b-o-que-voce-precisa-saber/ https://www.drakeillafreitas.com.br/hepatite-b-o-que-voce-precisa-saber/ https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-neonatal-pelo-v%C3%ADrus-da-hepatite-b-hbv https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-neonatal-pelo-v%C3%ADrus-da-hepatite-b-hbv https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-neonatal-pelo-v%C3%ADrus-da-hepatite-b-hbv https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-neonatal-pelo-v%C3%ADrus-da-hepatite-b-hbv https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-neonatal-pelo-v%C3%ADrus-da-hepatite-b-hbv 8 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA longo de décadas. Em geral, a resolução inicia-se com um aumento transitório da intensidade da doença, que espelha a soroconversão de HBeAg para anti-HBe. A coinfecção com o vírus da hepatite D (HDV) causa a forma mais grave de evolução da infecção crônica por HBV; sem tratamento, a cirrose desenvolve-se em até 70% dos pacientes. A infecção crônica pelo HBV aumenta o risco de carcinoma hepatocelular. Os sintomas da hepatite B crônica variam de acordo com o grau de lesão hepática subjacente. A maioria dos pacientes, especialmente crianças, é assintomática. Entretanto, são comuns sintomas como mal-estar, anorexia e fadiga, algumas vezes acompanhados de febre baixa e desconforto no abdome superior. Em geral, não há icterícia. Muitas vezes, os primeiros resultados são • Sinais de doença hepática crônica ou hipertensão portal (p. ex., esplenomegalia, nevos araneiformes, eritema palmar) • Complicações da cirrose (p. ex., hipertensão portal, ascite, encefalopatia) Alguns poucos pacientes com hepatite crônica desenvolvem manifestações de colestase (p. ex., icterícia, prurido, fezes pálidas, esteatorreia). Manifestações extra-hepáticas podem incluir poliarterite nodosa e doença glomerular. https://www.msdmanuals.com/pt- br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos- e-biliares/hepatite/hepatite-b-cr%C3%B4nica Questão 10 ______________________________ Considerando os marcadores sorológicos das hepatites virais e seus significados, a afirmativa CORRETA é: a) HBsAG positivo com IgM anti-HBc positivo em titulação baixa e IgG anti-HBc positivo selam o diagnóstico de Hepatite B crônica. b) Anti-HBsAG positivo indica exposição prévia ao vírus da Hepatite B, caracterizando manutenção da vulnerabilidade orgânica à infecção pelo vírus B c) IgG anti-HVA positivo indica Hepatite A aguda. d) RNA-VHC positivo indica cura da Hepatite C. AULA HEPATITE B: • Doença hepática causada pelo vírus da hepatite B (HBV) • DNA como genoma • Família Hepadnaviridae. • Vírus oncogênico • Dez genótipos: de A a J • Brasil genótipos A, D e F são os mais prevalentes. Período de incubação • Entre 30-180 dias (média de 60-90 dias); Período de transmissibilidade: • 2-3 semanas antes dos primeiros sintomas • Enquanto o HBsAg estiver detectável. HISTÓRIA NATURAL DA HEPATITE B: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/hepatite/hepatite-b-cr%C3%B4nica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/hepatite/hepatite-b-cr%C3%B4nica https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-hep%C3%A1ticos-e-biliares/hepatite/hepatite-b-cr%C3%B4nica 9 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA Imunotolerância: • Possui tropismo pela célula hepática • Se liga a receptores presentes na superfície celular • Internalizado e perde seu envoltório • Conteúdo viral migra para o núcleo onde se replica. • Vírus incuba e sistema imune não reconhece • Intensa replicação viral • Transferase normal: sem lesão hepática • Transmissibilidade máxima • HBeAg + / anti Hbe - / carga viral > 20.000 copias Imunoeliminação ( clearence): • Sistema imune ataca hepatócito • Replicação viral elevada • Aumento das transferases • Pode durar de meses a anos Soroconversão: • Não replicativa • Surge o HBsAg + / HBeAg - / anti Hbe + • Carga viral baixa • Melhora lesão hepática, mas pode ter fibrose • Aminotransferase normal • Vírus B ainda está incorporado • Portadores inativos: não trata • Bom prognostico SOROLOGIA: HBs Ag: antígeno de superfície. Sempre que o vírus existe HBcAg: não identificado, pois fica no núcleo do vírus HBeAg: replicação viral Anti HBs: • Garante imunidade ou cura. • Quando ele aparece o HBsAg desaparece. Anti HBc: • Marca infecção ativa ou curada • Não garante imunidade e não indica cura • IgM: recente • IgG: mais para o final Anti HBe: • Vírus parou de replicar • Baixa infectividade • Positivo mesmo na cura • Suscetíveis: HBsAg, anti-HBc e anti-HBs não reagentes • Infecção prévia resolvida naturalmente: anti- HBc e anti-HBs reagentes. • Imunidade adquirida por vacina: Anti-HBs nos exames sorológicos. Infecção crônica: • Persistência do vírus ou a presença do HBsAg por mais de 6 meses • Portador crônico pode transmitir o HBV durante vários anos. TRANSMISSÃO: Solução de continuidade (pele e mucosas): Via parenteral: • Compartilhamento de agulhas •Seringas, material de manicure e pedicure • Lâminas de barbear e depilar • Tatuagens, piercings • Procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança • Relações sexuais desprotegidas: Via predominante Transmissão Intrauterina: • Transplacentária é rara • HBeAg + da mãe • Trabalho de parto laborioso Apresenta maior chance de cronificação: • Antígeno E cruza a barreira placentária e cria um estado de tolerância do sistema imune • Depois que nasce ele não reconhece como estranho 10 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA Perinatal: • Principal • Parto é o período de maior risco de transmissão • Microtransfusões de sangue materno durante as contrações • Ruptura de membranas • Mucosa fetal em contato com sangue e secreção vaginal CLÍNICA: Fase aguda: • Maioria assintomáticos • Sintomas prodrômicos: Febre baixa, náuseas, vômitos, anorexia, fadiga e dor em hipocôndrio direito e/ou epigástrio • Forma ictérica: Sintomas constitucionais precedem em dez dias o aparecimento de icterícia. Forma fulminante (< 1%): • Quando evolui para encefalopatia hepática em < 8 semanas a partir do inicio da clinica • Consiste em insuficiência hepática aguda com icterícia • Resposta imune exagerada • Aparecimento precoce dos anticorpos • Redução dos antígenos • Anti HBc em nível muito alto • Alteração no padrão do sono • Sonolência • Confusão mental • Encefalopatia hepática • Coma • Piora da ascite • Hemorragia digestiva • Coagulopatias (coagulação intravascular disseminada) • Miocardite • Pericardite. Fase crônica: • Curso assintomático ou com sintomas constitucionais: • Fadiga, anorexia e náuseas • Progressão da doença hepática para cirrose • Detecção de de antígenos virais >6 meses após o diagnóstico inicial • Sinais histológicos de lesão hepática (inflamação, com ou sem fibrose) Extra hepática: • Poliartrite nodosa ( PAN) • Glomerulonefrite Membranosa Acrodermatite papular ( doença de Gianotti): • Pápulas eritematosas, não pruriginosas, em face mãos e nádegas • Criança < 4 anos EXAME FÍSICO: Hepatite aguda: • Hepatomegalia e febre baixa • Icterícia (na forma ictérica da doença) e esplenomegalia. • Eritema palmar • Aranhas vasculares Hepatite crônica: • Icterícia • Ascite • Esplenomegalia e hepatomegalia (embora em estágios mais avançados, o fígado possa estar diminuído devido a fibrose) • Circulação colateral proeminente -circulação em cabeça de medusa • Edema de membros inferiores • Diminuição da pressão arterial (pacientes previamente hipertensos podem tornar-se normotensos ou até hipotensos) • Aranhas vasculares (telangiectasias) • Ginecomastia e atrofia testicular (no homem) • Eritema palmar • Baqueteamento digital • Osteoartropatia hipertrófica (periostite proliferativa) 11 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA • Distrofia ungueal (unhas de Muehrcke e unhas de Terry) • Flapping (movimentos assincrônicos das mãos, como "asas de borboleta", desencadeados por sua dorsiflexão), que geralmente acompanha o quadro de insuficiência/encefalopatia hepática. • Fase prodromica: aumenta o HB sAg • Sintomas: HBsAg + Anti HBc IgM + HBeAg + TGO/TGP elevados • Convalescência: aumento do anti HBs + diminuição do HBsAg + anti HBc IgG + queda do TGO/TGP Janela imunológica: • Tem Hepatite B aguda • HBsAg - / anti HB c IgM + • Após a fase aguda ele pode estar muito baixo e indetectável • Crônica: HBsAg + por > 6 meses / Anti HBc IgG + CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: • Caso confirmado de hepatite B: • Indivíduo que apresente um ou mais dos marcadores reagentes ou exame de biologia molecular para hepatite B: • HBsAg reagente • anti-HBc IgM reagente • HBV-DNA detectável • Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite B na declaração de óbito MUTANTE PRÉ-CORE: • Não fabrica nem libera HBeAg • Replica escondido • Exame de replicação viral vem negativo, mas transaminases estão bem elevadas • Muito agressivo: fulminante, cirrose e CA • Virus B pode virar câncer sem passar por cirrose • Replicação viral é exacerbada • HBsAg + / HBeAg - / anti Hbe – • Transaminases BEM elevadas • Carga viral aumentada MUTANTE POR ESCAPE: • O anti HBs não consegue dimunuir o HBsAg pois ele é resistente • HBsAg + / anti HBs + ou • HBsAg - / anti HBc + com hepatite ACOMPANHAMENTO: Acompanhamento ambulatorial: • Formas não ictéricas e benignas da hepatite aguda • Pacientes com hepatite B crônica devem ser acompanhados e tratados por hepatologistas ou infectologistas. Internação hospitalar: • Quadros de hepatite fulminante ou forma clínica ictérica GRAVIDEZ: • Todo RN exposto: Vacina + imunoglobulina Mae com carga viral > 10¨6 ou HBeAg +: • Fazer tenofovir a partir de 28 semanas • Suspender 30 dias antes do parto IMUNIZAÇÃO: • 3 doses da vacina em dose padrão (20 microgramas) nos tempos 0, 1 e 6 meses Dose dobrada (40 microgramas) nos tempos 0, 1, 6-12 meses: • Pacientes receptores de transplante de órgãos sólidos • Indivíduos com câncer, em quimioterapia, radioterapia ou corticoterapia • Pacientes com imunodeficiências • Doença renal crônica pré-dialíticos ou dialíticos Imunizada: anti HBs > 10 Avaliar a soroconversão após a vacina nos seguintes casos: • Imunodeficientes • Nefropatas em diálise • Pessoas com parceiros sexuais com hepatite B • Profissionais de saúde em contato com sangue • Recém-nascidos de mães HBsAg positivas, entre 9- 15 meses de idade. • Indivíduos vacinados com 3 doses da vacina contra hepatite B que não fizeram soroconversão (anti- HBs > 10 miliunidades/mL) devem receber mais 3 doses da vacina. PROFILAXIA: • Imunoglobulina humana anti-hepatite B: • Pessoas expostas ao vírus B: 12 Laís Flauzino | ATIVIDADE INTEGRADORA | 5°P MEDICINA • Não vacinadas • Esquema vacinal incompleto • Sem soroconversão a vacina • RN de mães portadoras do vírus da hepatite B • Violência sexual, em até 2 semanas após o contato • Acidentes perfurocortantes ou com exposição de mucosas quando o caso fonte for portador do vírus da hepatite B ou de grupo de alto risco • Relação sexual com pessoas com hepatite B TRATAMENTO: • Aguda: seguimento clinico Indicações de tratamento pelo Ministério da Saúde (BR): Critérios de inclusão para tratamento medicamentoso da hepatite B, sem agente delta: • Paciente com HBeAg reagente e ALT/TGP > 2x limite superior da normalidade • Adulto > 30 anos com HBeAg reagente • Paciente com HBeAg não reagente, HBV-DNA > 2.000 unidades/mL e ALT > 2x Critérios de inclusão para tratamento independentemente dos resultados de HBeAg, HBV- DNA e ALT para hepatite B, sem agente delta: • História familiar de carcinoma hepatocelular (CHC) • Manifestações extra-hepáticas com acometimento motor incapacitante, artrite, vasculites, glomerulonefrite e poliarterite nodosa • Coinfecção HIV/HBV ou HCV/HBV • Hepatite aguda grave (coagulopatias ou icterícia por mais de 14 dias) • Reativação de hepatite B crônica • Cirrose/insuficiência hepática • Prevenção de reativação viral em pacientes que irão receber terapia imunossupressora ou quimioterapia Fumarato de tenofovir desoproxila e suas contraindicações relativas: • Doença renal crônica • Osteoporose e outras doenças do metabolismo ósseo • Terapia antirretroviral com Didanosina • Uso do Hemifumarato de tenofovir alafenamida preferencialmente em pacientes com: • doença renal crônica ou doenças do metabolismo ósseo, com indicação de Tenofovir Tratamento com Alfapeginterferona: • Indicado como tratamento alternativo de 48 semanas • Reservado a pacientes HBeAg reagente • Ciclo de tratamento deverá ser realizado uma única vez • Não apresentar soroconversãodo anti-HBs ao final da 48ª semana de tratamento deverá ser substituída por Tenofovir ou Entecavir Contraindicações alfapeginterferona: • Consumo atual de álcool e/ou drogas • Cardiopatia grave • Disfunção tireoidiana não controlada • Distúrbios psiquiátricos não tratados • Neoplasia recente;Insuficiência hepática • Antecedente de transplante, exceto hepático • Distúrbios hematológicos (anemia, leucopenia, plaquetopenia) • Doença autoimune,Intolerância ao medicamento. Análogos de nucleosídeo: • Fumarato de tenofovir desoproxila (300 mg/cp) 300 mg VO de 24/24 horas, conforme conversão sorológica; • Hemifumarato de tenofovir alafenamida (25 mg/cp) 25 mg VO de 24/24 horas, conforme conversão sorológica; • Entecavir (0,5 mg/cp) Alfapeginterferona: • Alfapeginterferona 2A (180 microgramas/1 mL) 180 microgramas SC 1x/semana, por 48 semanas • Alfapeginterferona 2B (80, 100 ou 120 microgramas/0,7 mL) 1,5 microgramas/kg SC 1x/semana, por 48 semanas. Resumindo: • Primeira linha de tratamento: Tenofovir • Primeira linha para imunodeprimido e quimioterapia: Entecavir • Alternativa para HBeAg +: Alfapeginterferona
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