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MANEJO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

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MANEJO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
O manejo de resíduos é uma das etapas do plano de gerenciamento de resíduos 
de serviços de saúde, e é também uma das ações técnicas que compõem as políticas 
institucionais de Biossegurança. 
O manejo envolve todo o processo de manipulação de resíduos que possam 
oferecer riscos à saúde dos profissionais envolvidos. As orientações para o manejo, 
acondicionamento, coleta e armazenamento externo foram normatizados pela ABNT, 
indicando a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para funcionários que 
realizam a coleta interna e externa, por meio dos seguintes instrumentos normativos: NBR 
12.809/93 – Manuseio de resíduos de serviços de saúde e NBR 12.810/93 – Coleta de 
resíduos de serviços de saúde. 
A NBR 12.809/93 estabelece para o manuseio dos resíduos infectantes as 
seguintes orientações: 
(...) o indivíduo deve usar equipamentos de proteção individual, que, para esse 
caso, são gorro, óculos, máscara, uniforme, luvas e botas. No manuseio do resíduo 
comum, pode ser dispensado o uso de gorro, óculos e máscara. No manuseio de 
resíduo especial (tipo B), de acordo com a classificação da NBR 12.808/93, os 
equipamentos de proteção individual são estabelecidos pelas normas de 
segurança. 
 
Segregação 
 
A segregação é a operação de separação dos resíduos no momento da geração, 
particularmente entre resíduos dos quais resulta o risco potencial de infectividade dos 
resíduos, para os quais não se aplica a prática de reciclagem. Ela também reduz a 
quantidade de resíduos que requer cuidados especiais, pois mesmo em pequena 
quantidade, podem comprometer a massa total dos resíduos. Daí, ser uma ferramenta 
importante para evitar a mistura e o aumento do volume dos resíduos com maior potencial 
de risco. 
A norma NBR 12.807/93 define segregação como sendo “operação de separação 
de resíduos no momento da geração, em função de uma classificação adotada para esses 
resíduos”. Enquanto, a RDC nº 306/2004 da ANVISA a segregação consiste “na separação 
dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, 
químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos”. 
Como se observa das normas pertinentes da matéria, a segregação deve ser 
efetuada no local da geração, permitindo a separação dos materiais infectantes e 
reciclagem de alguns resíduos considerados comuns e que não ofereçam risco à saúde 
pública e ao meio ambiente, a serem encaminhados à coleta municipal. 
Portanto, o objetivo principal da segregação é separar os resíduos infectantes e 
químicos dos demais, impedindo a contaminação dos resíduos comuns, possibilitando 
posterior reciclagem, preservação do meio ambiente e menor custo, requerendo a 
colaboração efetiva e permanente do pessoal envolvido. 
De acordo com Takayanagui e Descarpack, (apud Schneider, 2004, p.70) os 
principais objetivos da segregação em um estabelecimento gerador de RSS: 
 
[...] minimizar os resíduos gerados; permitir o manuseio, o tratamento e a 
disposição final adequados para cada categoria de resíduos gerados; minimizar os 
custos empregados no tratamento e na disposição final dos resíduos; evitar a 
contaminação de uma grande massa de resíduos por uma pequena quantidade 
perigosa; priorizar as medidas de segurança onde estas são de maior urgência e 
aplicá-las onde são realmente necessárias; separar os resíduos perfurantes e 
cortantes, evitando, assim, acidentes no seu manejo; comercializar os resíduos 
recicláveis. 
 
Minimização 
 
A minimização dos RSS pode ser efetivada pela adoção de práticas que visem à 
redução, à reutilização, à recuperação ou à reciclagem dos RSS. 
O gerenciamento de minimização, especialmente em componentes recicláveis, 
deve ser realizado em condições seguras, de modo a preservar a saúde e integridade física 
do pessoal de serviço e da população. Para fins de reciclagem, somente é permitida a 
coleta seletiva após a liberação pelos órgãos de saúde e de meio ambiente competente dos 
licenciamentos do PGRSS do estabelecimento gerador, conforme disposições da 
Resolução CONAMA nº 5/93. 
A minimização tem como objetivos principais: 
 
[...] reduzir a geração de RSS e de custos de processamento; incentivar a adoção 
de processos redutores de geração de resíduos químicos perigosos; proporcionar a 
recuperação dos componentes recicláveis gerados nos EAS, contribuindo com a 
preservação do Meio Ambiente e com a redução de resíduos comum ou químico; 
possibilitar a adoção de coleta seletiva de componentes inertes recicláveis de 
resíduos comuns (TAKAYANAGUI APUD SCHINEIDER, 2004, p.75). 
 
Acondicionamento 
 
Segundo a RDC nº 306/2004 da ANVISA, o acondicionamento consiste “no ato 
de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e 
resistam às ações de punctura e ruptura”. A capacidade dos recipientes de 
acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. 
O acondicionamento deve ser feito no momento e local de sua geração, em 
recipientes adequados para cada tipo, quantidade e características de resíduos, para um 
manuseio mais seguro e melhor proteção dos profissionais encarregados da coleta e 
transporte destes. Com isso, evita-se a exposição, bem como permite a identificação dos 
que requerem cuidados especiais, reduzindo os riscos de acidentes e contaminação. 
Os resíduos sólidos de serviços de saúde devem ser acondicionados em sacos 
resistentes e impermeáveis, respeitando os limites de peso de cada saco, não 
ultrapassando 2/3 de sua capacidade, baseado na NBR 9191/2000 da ABNT. Os resíduos 
infectantes devem ser acondicionados em sacos plásticos branco-leitosos, vermelhos ou 
em caixas rígidas, no caso de perfuro cortantes devendo constar a identificação do 
fabricante e o símbolo do material infectante. Os sacos devem ser dispostos em recipientes 
laváveis, rígidos, com cantos arredondados e tampa provida de sistema de abertura sem 
contato manual contudo, os recipientes existentes nas salas de cirurgia e nas salas de parto 
não necessitam de tampa para a vedação. 
Os resíduos do grupo B devem ser acondicionados em recipientes de material 
rígido, adequados para cada tipo de substância química, respeitadas as suas 
características físico-químicas e seu estado físico. Devem ser identificados de acordo com 
a NBR 7.500/93, com discriminação de substâncias químicas e frases de risco. 
Segundo Takayanagui apud Schineider (2004, p.75) para o acondicionamento 
dos resíduos químicos, devem ser observados os seguintes itens: 
 
[...] embalagens e recipientes compatíveis com as propriedades, isto é, que não 
reajam com o produto armazenado; rótulo legível contendo o nome do produto, 
propriedades físicas e químicas, volume, data de embalagem e símbolo 
correspondente (reativo, corrosivo, inflamável, etc) segundo a NBR 7.500/93; 
- recipientes com tampas vedantes; a armazenagem durante o aguardo do 
tratamento e/ou da disposição final deve ser em ambiente fresco, arejado e de 
acesso exclusivo dos funcionários do serviço. 
 
Os resíduos radioativos sólidos devem ser acondicionados em recipientes de 
material rígidos, forrados internamente com saco plástico resistente e identificados 
corretamente. 
Os resíduos perfuro cortantes devem ser acondicionados em recipientes rígidos, 
que atendam as características de resistência à perfuração, ruptura e impermeabilidade, 
com tampa, devidamente identificados, atendendo aos parâmetros referentes na norma 
NBR 13.853/97 da ABNT. 
 
Identificação 
 
A Identificação segundo RDC 306/2004 da ANVISA - “Consiste no conjunto de 
medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, 
fornecendo informação ao correto manejo dos RSS”. 
Os resíduos de serviços de saúde devem ser Identificados corretamente, conter 
a simbologia característica de cada tipo de resíduo, posicionado a um terço de altura, de 
baixopara cima, ocupando uma área mínima de 5 % da face do saco. 
A identificação deve estar nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de 
coleta interna e externa e nos locais de armazenamento, de fácil visualização, utilizando-
se símbolos, cores e frases de fácil compreensão e reconhecimento, atendendo aos 
parâmetros referenciados na norma NBR 7.500/93 da ABNT. 
Segundo a RDC 306/2004 da ANVISA 
 
[...] a identificação dos sacos de armazenamento e dos recipientes de transporte, 
poderá ser feita por adesivos, desde que seja garantida a resistência destes aos 
processos normais de manuseio dos sacos e recipientes. 
 
Resíduos do grupo A é identificado pela simbologia de substâncias infectantes. 
Resíduos do grupo B é identificado através do símbolo de risco associado. Resíduos do 
grupo C são representados pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante 
em rótulos de fundo amarelo e contornos pretos acrescidos da expressão rejeito radioativo. 
Resíduos do grupo E são identificados pelo símbolo de resíduo infectante constante da 
NBR 7.500 da ABNT, com rótulos de fundo branco, desenhos e contornos pretos, 
acrescidos da inscrição de RESÍDUO PÉRFUROCORTANTE, indicando o risco que 
apresenta o resíduo. 
 
Transporte Interno 
 
A RDC 306/2004 da ANVISA define transporte interno como o “traslado dos 
resíduos dos pontos de geração até o local destinado ao armazenamento temporário ou 
armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta”. 
O transporte interno de resíduos nada mais é do que a retirada do resíduo do 
setor de onde foi gerado para a sala de resíduos onde vai aguardar o momento de ser 
transportado para o abrigo externo. A realização desse manejo deve atender a um roteiro 
previamente definido e os horários não devem coincidir com os de visita, distribuição de 
alimentação, de medicamentos e roupas. 
Os recipientes para transporte interno devem ser de material rígido, lavável, 
provido de rodas e tampa articulada ao próprio equipamento. Os cantos e bordas devem 
ser arredondados e serem identificados com o símbolo correspondente ao risco do resíduo 
transportado. O uso de recipientes desprovido de rodas deve observar os limites de carga 
permitidos para transporte pelos trabalhadores. 
 
Armazenamento dos RSS 
 
De acordo com o tamanho do estabelecimento, poderá ocorrer a necessidade de 
dois tipos de abrigo para armazenamento. Um dentro da unidade geradora (sala de 
resíduos), o que chamamos de armazenamento temporário e outro fora da unidade (abrigo 
externo) ou armazenamento externo de acordo com as especificações estabelecidas na 
NBR 12.809/93. 
A RDC 306/2004 fala sobre Armazenamento Temporário e Armazenamento 
Externo: 
Armazenamento Temporário: Consiste na guarda temporária dos recipientes 
contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, 
visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre 
os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para a coleta externa. 
 Armazenamento Externo: Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a 
realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado 
para os veículos coletores. 
 
O armazenamento temporário poderá ser dispensado se a distância entre o ponto 
de geração e o armazenamento externo forem muito pequenas. Em caso de haver 
necessidade da sala de resíduos, esta deverá seguir todas as normas do abrigo externo, 
no que diz respeito a paredes, iluminação resistência do piso e estar identificada como 
“SALA DE RESÍDUOS”. 
No abrigo externo, os sacos devem ser colocados em recipientes próprios, não 
podendo ser dispostos diretamente no piso e não sendo permitida a retirada dos sacos de 
resíduos de dentro dos recipientes ali estacionados. Segundo a Empresa Descarpack – 
Descartáveis do Brasil Ltda.apud Schineider et al (2004, p.78) é recomendável alguns 
cuidados como: 
 
[...] impedir o acesso de pessoas estranhas ao serviço; ter um sistema de vedação 
para animais e insetos; ter aberturas teladas e portas que fechem totalmente, sem 
deixar frestas; ter identificação adequada; ter pisos e paredes de material liso, 
resistente, lavável, e de cor branca; ter iluminação adequada dentro e fora do abrigo. 
 
O armazenamento de resíduos químicos deve atender a NBR 12235 da ABNT. 
Devemos ressaltar a importância da higienização adequada dos abrigos após 
cada coleta, evitando assim vetores indesejáveis como ratos, baratas e outros. 
 
Tratamento 
 
O tratamento dos RSS tem como objetivo utilizar técnicas e processos para 
alterar ou trocar as características dos resíduos antes da sua disposição final. 
As diferentes técnicas de tratamento dos RSS surgiram de acordo com cada 
realidade. Dessa forma, surgiram várias técnicas de tratamento, como por exemplo, os 
incineradores, que foram se aperfeiçoando, principalmente na Europa. Entretanto, a maioria 
dessas técnicas acabou levando uma contaminação do ar, da água e do solo, sejam em 
níveis toleráveis pela legislação vigente, seja em níveis de contaminação do meio ambiente. 
Portanto, de acordo com o potencial de risco, poderemos escolher a melhor técnica de 
tratamento dos RSS a ser adotada. 
Não há única forma de tratamento para todos os resíduos infectantes. A 
solução mais adequada deverá ser uma combinação entre condições geográficas, 
infraestrutura já existente, disponibilidade de recursos, quantidade e distribuição dos 
serviços de saúde. 
Os resíduos podem ser tratados no próprio estabelecimento gerador ou em outro 
estabelecimento, observadas, nestes casos, as normas de segurança para o transporte 
entre os estabelecimentos. 
Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, na maioria dos municípios, os 
RSS não recebem nenhum tipo de tratamento. São coletados junto com os resíduos 
comuns e têm como destino final os lixões a “céu aberto”, onde um número considerável 
de pessoas vive em função de catar o que pode ser reciclado. Com isso, ficam expostas a 
sérios problemas de saúde devido ao contato direto com resíduos infectantes e seus 
vetores (moscas, baratas e ratos). 
Os principais métodos para tratamento dos RSS são: 
Processos Térmicos 
São métodos que utilizam o aumento da temperatura para a destruição ou 
inativação de microorganismos patogênicos. A maioria dos microorganismos é destruída a 
temperaturas de 100°C. 
- Autoclavagem – é um método que utiliza vapor superaquecido sob condições 
controladas, quando em contato com os materiais a serem tratados promovem a 
desinfecção dos mesmos. Vantagens: baixo custo operacional e não emissão de efluentes 
gasosos. 
- Microondas – método que submete os materiais à radiação eletromagnética de 
alta freqüência gerando temperatura final de 98°C. Bastante utilizado no tratamento dos 
RSS, pois são eficientes nos materiais com alto teor de umidade. 
- Incineração – método que utiliza a queima dos resíduos em temperaturas 
superiores a 1000°C. A incineração do lixo hospitalar não é obrigatória como meio de 
tratamento, porém é considerada a melhor alternativa para tratamento de resíduos 
infectantes. Sua operação requer constante monitoramento das emissões gasosas, a fim 
de evitar impactos ambientais. As principais vantagens da incineração são a elevada 
eficiência do tratamento e a redução do volume dos resíduos que é em torno de 95%. 
A empresa responsável pela coleta, tratamento e distribuição final dos RSS, em 
São Luís, utiliza o método de incineração. Atualmente, possui dois incineradores com 
capacidade de 2.500 toneladas/dia para cada incinerador, totalizando 5000 toneladas/dia. 
Segundo Sr. Fernando, Diretor administrativo da SERQUIP de 4.000 kg de lixo recolhido 
por dia apenas 2.500 kg são resíduos hospitalares, o restante é industrial. 
- Pirólise – consiste no aquecimento de matérias em uma atmosfera sem a 
presença de oxigênio. Os sistemas pirolíticos podem atingirtemperaturas de 1000°C. 
Processos Químicos 
O processo de desinfecção química requer uma trituração prévia dos resíduos, 
para aumentar sua eficiência. Após a trituração, os resíduos são imersos em uma 
substância desinfetante por um tempo de quinze a trinta minutos. A toxidade e a 
corrosividade dos produtos químicos utilizados requerem um maior cuidado e 
monitoramento ambiental constante, principalmente para controle dos efluentes. 
Irradiação 
É um método de radiação ionizante que excita a camada externa dos elétrons 
das moléculas, tornando-as eletricamente carregadas. Neste processo ocorre o 
rompimento do DNA e RNA dos microorganismos, causando a morte celular. 
 
Coleta e Transporte Externos 
 
A coleta dos RSS deve ser feita de forma diferenciada e não deve ter o mesmo 
processo dos outros tipos de lixo. 
A coleta interna é realizada dentro da unidade de saúde e consiste no 
recolhimento do lixo das lixeiras, no fechamento do saco que deve ser feito no local da 
geração, e no transporte até a sala de resíduos ou expurgo. O horário e a frequência da 
coleta devem ser de acordo com as características das unidades geradoras. 
A coleta externa é o recolhimento, para transporte, dos RSS armazenados nas 
unidades de saúde para o tratamento ou a disposição final. Os resíduos infectantes 
transportados para fora da unidade devem circular em carros fechados, com caçamba 
estanque que não permita vazamento. 
O veículo utilizado para resíduos infectantes, sem prévio tratamento, deve estar 
licenciado pelo órgão ambiental competente, além de possuir, em destaque, a simbologia 
para o transporte rodoviário, de acordo com a NBR 7.500/94. 
Segundo a RDC 306/2004 da ANVISA coleta e transporte externos, 
 
[...] consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento 
externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que 
garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos 
trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as 
orientações dos órgão de limpeza urbana 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC nº 33 de 25 de 
fevereiro de 2003. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos 
de serviços de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 5 
de março de 2003. 
 
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC nº 306 de 7 de 
dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de 
resíduos de serviços de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 
DF. 
 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução nº 275 de 25 de abril de 2001. 
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 de junho de 2001 
 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução nº 283 de 12 de julho de 
2001. Dispões sobre o tratamento e destinação final dos resíduos dos serviços de saúde. 
Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 1 de outubro de 2001 
 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Resolução nº 5 de 5 de agosto de 1993. 
Define as normas mínimas para tratamento de resíduos sólidos oriundos de serviços de 
saúde, portos e aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários. Diário Oficial da 
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, nº 166, ago. 1993, seção I. 
 
SCHNEIDER, V. E.,… [et al]. Manual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de 
Serviços de Saúde – 2 ed. rev. e ampl.., Caxias do Sul, RS: Educs, 2004.

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