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CONSIDERAÇÕES SOBRE SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO NA VISÃO DO ESTRUTURALISMO, DA GESTALT E DAS NEUROCIÊNCIAS

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
GRADUAÇÃO NO CURSO DE PSICOLOGIA
GRUPO:
FLÁVIA SANTOS DA ROCHA CALLADO DE PAIVA - MAT: 20212102962
JÚLIA ZORDAN - MAT: 20211104885
LARISSA CARDOSO DE ALMEIDA RIBEIRO - MAT: 20151104800
LILIAN DIEPES DE ALMEIDA - MAT: 20212101561
LUCIANE CORRÊA BERNARDES - MAT: 20212100253
MÁRCIA GALARDO MARTINS DOS SANTOS - MAT: 20212102886
RAPHAEL LACERDA - MAT: 20211101425
CONSIDERAÇÕES SOBRE SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO NA VISÃO DO ESTRUTURALISMO, DA GESTALT E DAS NEUROCIÊNCIAS
RIO DE JANEIRO/RJ 
Abril de 2022
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO	3
II. PERCEPÇÃO E SENSAÇÃO NA VISÃO DO ESTRUTURALISMO	3
II-A. EXEMPLOS DE EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS	4
III. PERCEPÇÃO E SENSAÇÃO NA VISÃO DA GESTALT............................................5
III-A. EXEMPLOS DE EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS	6
IV. PERCEPÇÃO E SENSAÇÃO NAS NEUROCIÊNCIAS...............................................7
IV-A. EXEMPLOS DE EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS	8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................10
I. INTRODUÇÃO
Para dar início a esse trabalho, antes de adentrar nos conceitos de sensação e percepção na visão do Estruturalismo, da Gestalt e das neurociências, é importante entender como ambas são vistas no campo da Psicologia.
Sensação é o fenômeno que o mundo externo produz, que atua sobre os órgãos dos sentidos e reflete no cérebro, isto é, quando o cérebro se conecta com o mundo circundante por meio dos receptores. A sensação é a simples consciência dos componentes sensoriais e das dimensões da realidade. 
Já a percepção apresenta uma estreita relação com todos os nossos sentidos, sendo realizada pelos sistemas sensoriais como audição, visão, tato, paladar e olfato. A experiência sensível é a qualidade do objeto externo e o sentimento interno que o corpo possui ao passar por aquilo. De acordo com Young & Bruce[footnoteRef:1], “(...) a percepção seria, portanto, uma síntese de sensações simultâneas”. [1: Young & Bruce, 2011] 
II. PERCEPÇÃO E SENSAÇÃO NA VISÃO DO ESTRUTURALISMO 
O Estruturalismo foi a primeira escola teórica em psicologia, no início do século XX, derivada dos estudos de Wilhelm Wundt (1832-1920) – que valorizava a consciência/síntese dos processos mentais pela percepção não mecânica –, e do britânico Edward Titchner (1867-1927) – que aceitava o empirismo associacionista e mecânico para abordar a estrutura da mente/consciência.
Para o Estruturalismo, as sensações e a percepção poderiam ser acessadas a partir da consciência. O processamento mental era um evento consciente e, a partir da descrição desses processamentos mentais, a consciência, a qual davam o nome de percepção, era acessada.
O objetivo principal desta corrente psicológica é descrever a estrutura da mente. Seus autores estavam preocupados em poder verificar o aspecto da percepção a partir da consciência, como os indivíduos percebem o mundo, se relacionam com ele e como conseguem relatar essa experiência. 
O método utilizado pelo Estruturalismo é o da introspecção ou autorrelato, que significa olhar para dentro, devendo o sujeito descrever seu íntimo, voltar a atenção para a sua consciência e autorrelatar a experiência de percepção. Deste modo, através da introspecção, o sujeito analisa tudo o que se passa em sua mente, mediante a observação de si mesmo, de sua consciência e de seus sentimentos, sem que haja interferência de qualquer estímulo. A introspecção é um relato verbal baseado na vivência do sujeito. Os estruturalistas propuseram a compreensão dos processos mentais a partir da definição e posterior categorização dos elementos que formam a psique das pessoas, considerando, portanto, que toda experiência consciente podia ser dividida em elementos básicos conscientes. 
Para o Estruturalismo, a consciência é composta por três elementos, a saber: sensações, imagens e estados afetivos. As sensações são elementos básicos da percepção dos objetos físicos do ambiente, que variam quanto à qualidade, intensidade, duração, claridade e extensão. Estes, por sua vez, variam dentro da dimensão de agradável-desagradável. Imagens, elementos de ideias, lembranças, memórias, que variam quanto à qualidade, intensidade, duração, claridade e extensão. Os estados afetivos relacionados ao afeto ou sentimento são elementos da emoção, estado presente e experiências como amor, ódio ou tristeza, que variam quanto à qualidade, intensidade e duração.
 II - A. EXEMPLOS DE EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS:
A introspecção era um empreendimento sério, e os sujeitos, estudantes graduados, tinham que se dedicar muito para realizar o que Titchener denominava o “duro trabalho de introspecção”.
A doutoranda de Titchener, Cora Friedline, se recorda da época em que o laboratório de Cornell estudava a sensibilidade orgânica. Pedia-se aos observadores, pela manhã, que engolissem um tubo que ia até o estômago, mantendo-os ali ao longo do dia. Muitos deles primeiro vomitavam (pois não tinham estômago para cumprir a tarefa), mas aos poucos foram se acostumando. Entre as aulas e outras atividades, eles iam ao laboratório. Ali, jogava-se água aquecida pelo tubo, e eles faziam introspecção das sensações que experimentavam. O processo mais tarde foi repetido com água gelada.
A introspecção, às vezes, adentrava a vida particular dos estudantes graduados. Por algum tempo pediu-se a eles que levassem livros de anotações quando usassem o banheiro e registrassem suas sensações e sentimentos enquanto urinavam e defecavam. Assim como era pedido aos alunos casados que anotassem suas sensações e sentimentos elementares durante o ato sexual.
Estes fatos, posteriormente, deram ao laboratório de psicologia a reputação de lugar imoral.
 III. PERCEPÇÃO E SENSAÇÃO NA VISÃO DA GESTALT
As bases dessa teoria foram estruturadas por Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887- 1967) e Kurt Koffka (1886-1941) que, baseada nos estudos psicofísicos que relacionam a forma e sua percepção, construíram a base de uma teoria eminentemente psicológica pautada nos aspectos fisiológicos do indivíduo e dos fenômenos da natureza.
A Gestalt é um contraponto ao Estruturalismo, que tinha uma visão associacionista, de que a soma dos processamentos mentais resultaria no fenômeno da consciência que atribuíam à percepção. No entanto, para a Gestalt, a soma das partes não é igual ao todo, ela é maior do que o todo, já que o todo pode ser diferente para cada sujeito, ainda que se esteja diante do mesmo evento. Isto ocorre porque existem diferenças individuais no processo perceptivo interno, dependentes de eventos internos, que ocorrem dentro do sujeito, como a capacidade de enxergar, de ouvir, de compreender, graus de atenção e de motivação e também de eventos físicos externos, como luminosidade, temperatura e localização. 
Os Gestaltistas iniciaram seus estudos pela percepção e sensação do movimento, e estavam preocupados em compreender quais os processos psicológicos estavam envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito com uma forma diferente do que ele é na realidade.
A Gestalt baseia-se no conceito da Boa Forma, que pode ser definida de diversas formas como:
· O cérebro tem uma tendência de buscar a completude, caso contrário, gera desconforto;
· Os elementos percebidos devem ter um equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade, pois caso contrário, não há boa forma;
· O comportamento é determinado pela percepção do estímulo.
Lei do Isomorfismo: busca compreender os processos psicológicos envolvidos na ilusão ótica quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito com uma forma diferente da que ela tem na realidade. 
III-A. EXEMPLOS DE EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS:
O Campo Psicológico é entendido como um campo de força que nos leva a procurar a Boa Forma. Funciona, figurativamente, como um campo eletromagnético criado por um imã (a força de atração e repulsão). Esse campo de força psicológico tem uma tendência que garante a busca da melhor forma possível em situações que não estão muito estruturadas. 
Esse processo ocorre de acordo comos seguintes princípios: 
1 – Proximidade: os elementos mais próximos tendem a ser agrupados: 
2 – Semelhança: os elementos semelhantes são agrupados:
3 – Fechamento: ocorre uma tendência de completar os elementos faltantes da figura para garantir sua compreensão: 
 IV. PERCEPÇÃO E SENSAÇÃO NAS NEUROCIÊNCIAS
Para as neurociências, a percepção refere-se à capacidade, nos seres humanos, de associar as informações sensoriais à memória e à cognição, de modo a formar conceitos sobre o mundo e sobre nós mesmos e orientar nosso comportamento (Lent, 2010)
Para o mundo real ser percebido é necessário que exista um ser vivo que possua um sistema nervoso com a capacidade de sentir e perceber as informações existentes no ambiente.
Dessa forma, a percepção é dependente dos sentidos, mas diferente deles, o que a torna uma experiência mental particular. Por outro lado, ela envolve processos complexos ligados à memória, à cognição e ao comportamento.
Um dos aspectos fundamentais da percepção é a chamada constância perceptual nas operações sensoriais, em que cada posição de um objeto produz uma imagem diferente, mas para a percepção trata-se do mesmo objeto. Como se pode saber que uma cadeira continua sendo a mesma cadeira, mesmo que seja vista por trás ou por cima, bem ou mal iluminada, vazia ou ocupada por uma pessoa que a encobre parcialmente? No entanto, nessas diferentes condições, as imagens que chegam à retina são diferentes. Os indivíduos percebem um mundo de objetos e pessoas, um mundo que nos bombardeia com totalidades integradas, e não com sensações fracionadas. Ao final do processo não se tem consciência dessa soma de partes e propriedades, mas sim dos objetos como percepções globais e unificadas. Isso faz supor que, além dos mecanismos analíticos, existam outros de natureza sintética capazes de reunir as partes e propriedades em um só conjunto que faz sentido (Kelso, 1995).
Para as neurociências, a sensação e percepção são dois fenômenos distintos. A percepção está intrinsicamente relacionada à sensação, sendo sua primeira etapa realizada pelos sistemas sensoriais responsáveis por sua fase analítica. Entretanto, percebem-se objetos integrados, como um todo, e não caraterísticas fracionadas, o que faz supor que existam outros mecanismos, além daqueles, de natureza analítica, que colaboram para a formulação da percepção sintética. 
IV.A - EXEMPLOS DE EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS:
Lesão da Ponte ao nível da emergência do nervo Trigêmeo.
Lesão da base da ponte podem comprometer o trato corticoespinhal e as fibras do nervo trigêmeo, determinando um quadro de hemiplegia cruzada com lesão do trigêmeo. 
A lesão do trigêmeo causa as seguintes perturbações motores e sensitivas do mesmo lado:
a) Motoras – lesão do componente motor do trigêmeo causa paralisia da musculatura mastigadora do lado da lesão. 
b) Perturbações sensitivas – ocorre anestesia da face do mesmo lado da lesão, no território correspondente aos três ramos dos trigêmeos. Perda do reflexo corneano. 
Lesões cerebrais, lesões na medula ou doenças como a própria Covid-19, ainda pouco conhecida na sua profundida, que causam/geram por tempo permanente ou momentâneo, perda/prejuízo na função de algum dos órgãos dos sentidos, fazendo com que estes fiquem com suas funções afetadas, podem ter, neste período, alteração na sensação. Porém, isso ocorre pelo fato do vírus afetar as regiões corticais das vias sensoriais, e não diretamente a área afetada.
Vale ressaltar que, para a neurociência, a percepção e a sensação são fenômenos distintos, apesar de estarem integradas. Além disso, a neurociência ainda não alcançou a localização da área responsável pela percepção como um todo, ou seja, o conceito final, visto que é abstrato.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARROYO, J. L. P., YPIENS, J. L. M. Fundamentos de psicologia. Editorial Universitária Ramón Areces, 2002.
BOCK, Ana Merces Bahia. FURTADO, Odair. TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias – Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. Ed. Saraiva. 13 Ed . – 1999
LOPES, Patrícia. Gestalt; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/gestalt.htm. Acesso em 01 de abril de 2022. OLIVEIRA, A.O.; MOURÃO-JÚNIOR, C.A. Estudo teórico sobre percepção na filosofia e nas neurociências. Juiz de Fora: Rev. Neuropsicologia Latinoamericana, v. 5, n. 1, p. 41-53, 2013.
MACHADO, Angelo. HAERTEL, Lucia Machado. Neuroanatomia Funcional – Ed. Atheneu . 3 Ed. 
RIES, B. E.; SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO. In: RIES, Bruno Edgar.; RODRIGUES, E. W. (Orgs). Psicologia e Educação: fundamentos e reflexões. Porto Alegre: EDIPUCRS. p.49-66, 2004

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