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Resumo - 03. Empresário - Empresário Individual, Eirelli e MEI

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A atividade econômica organizada — a empresa — 
poderá ser efetuada por vários ângulos: subjetivo, 
objetivo, corporativo e funcional. O fenômeno empresa 
tendo em vista seu aspecto subjetivo, mais 
especificamente em relação ao empresário individual. 
Empreendedor, como gênero, do qual é espécie o 
empresário individual, em sentido estrito, e, mais 
recentemente, o Microempreendedor Individual (MEI), nos 
termos da Lei Complementar n. 128/2008. 
Assim, a caracterização do empresário individual se dá 
pelo efetivo exercício profissional de atividade econômica 
organizada para a produção ou circulação de bens ou 
serviços. Há atividade empresarial sempre que houver 
uma série de atos orientados a um determinado fim. Por 
isso se diz atividade organizada. 
O empresário caracteriza-se como o empreendedor 
que, individualmente, predispõe-se a exercer a atividade 
empresarial. O risco de tal escolha se apresentará patente 
em caso de insucesso do empreendimento, hipótese em 
que o patrimônio particular do empreendedor também 
responderá pelo passivo a descoberto da atividade 
empresarial., o empresário não poderá invocar o princípio 
da separação patrimonial. 
 
● INTUITO LUCRATIVO 
A justificativa da necessidade da presença de intuito 
lucrativo como requisito da figura do empresário varia 
conforme seu enquadramento na ideia de profissionalismo 
ou na ideia de economicidade: 
 
O profissionalismo é entendido pela doutrina como: 
↪ Habitualidade (propósito de permanência) no 
exercício da atividade; 
↪ O exercício da atividade com intuito de lucro. 
 
 
A economicidade é entendida pela doutrina como: 
↪ O intuito lucrativo; 
↪ A assunção dos riscos econômicos da atividade; 
↪ O respeito ao regime de ingressos e saídas, de modo 
a possibilitar a consecução de um fim. 
 
Entretanto, há sociedades empresárias que, por força 
de lei, não têm a característica do intuito de lucro. São as 
sociedades empresárias do setor público (Sociedade de 
Economia Mista – lei 6.404/76 – art. 238). 
 
 
 
 
→ Empresário é pessoa física (natural). 
↪ Portanto não se confunde com sociedade empresária 
(Pessoa Jurídica). 
 
→ Empresário (pessoa natural) é quem exerce em seu 
nome (individual) a atividade econômica (Empresário 
(Individual)). 
↪ Portanto não se confunde com sócio (ou acionista) 
de sociedade empresária; 
↪ O sócio (ou acionista) faz parte de um contrato 
(contrato social), mas quem exerce a atividade econômica 
é a sociedade (pessoa jurídica) resultante do contrato 
social. 
 
→ Empresário é pessoa física (natural), ou seja, é sujeito 
de direito. 
↪ Empresário (Individual) não se confunde com 
estabelecimento; 
↪ Estabelecimento é conjunto de bens (mesa, cadeira, 
imóvel, veículos etc.), portanto objeto de direito – CCB/02 
– art. 1.142. 
 
→ Empresário (Individual) não se confunde com “firma”. 
↪ Esta é uma técnica de identificação do nome do 
empresário; 
↪ O nome da pessoa não se confunde com a própria 
pessoa. 
 
 
 
 
 
(Empresario) 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário 
quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, ainda com o concurso 
de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício 
da profissão constituir elemento de empresa. 
 
● ATIVIDADES EXCLUÍDAS DO CONTEXTO 
EMPRESARIAL 
A simples leitura do conceito de empresário contida no 
art. 966, caput, poderia englobar praticamente todo 
gênero de atividade econômica voltada para a produção 
ou circulação de bens ou serviços. Entretanto, o 
ordenamento jurídico brasileiro adotou o critério da 
empresarialidade por determinação legal. Isso significa que 
será a lei que determinará quem pode ou não ser 
considerado empresário. 
Dessa maneira, nem todos os agentes econômicos que 
exerçam atividade econômica organizada com intuito 
lucrativo, serão considerados empresários. Assim, aqueles 
que exercem profissão intelectual (gênero), qualificada 
pelo aspecto predominante científico, literária ou artística 
(espécie), regulamentada por estatuto próprio, também 
não serão tidos como empresários. Isso se dá porque 
esses profissionais já possuem estatuto próprio a regular 
sua atividade. 
Há também determinação legal de se inscreverem em 
livros ou listas particulares, em detrimento da inscrição no 
Registro Público de Empresas Mercantis. 
Fique atento, pois não são empresários os advogados e 
as sociedades de advogados, por exercerem atividade 
privativa de advogado e regrada, portanto, pelo Estatuto 
do Advogado (lei 8.906/1994 – art. 16). Assim, devem 
registro no Conselho Seccional da Ordem dos Advogados 
(lei 8.906/1994 – arts. 10 e 15, §1o). 
Agentes econômicos rurais (produtor rural) e 
profissionais liberais, em princípio não são empresários. 
Assim, as sociedades envolvendo produtores rurais, 
médicos, engenheiros, advogados, não são consideradas 
sociedades empresárias, porque entram no art. 966, 
parágrafo único. Contudo no art. 966, caput, (2a parte) já 
dá a exceção ao dizer: “salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa”. 
Predomina o entendimento do ProfessorJosé Edwaldo 
Tavares Borba no sentido de que o aspecto intelectual 
constitui um dos fatores (elementos) ou instrumentos de 
atuação da atividade econômica. Não mais o principal 
aspecto, apenas mais um. A atividade passe a ser 
considerada empresária se o aspecto intelectual (científico, 
artístico ou literário) seja apenas mais um elemento 
dentro de uma cadeia de atos e negócios empresariais. 
Neste caso, a atividade econômica passa a ser considerada 
empresarial. 
 
● PARA SER EMPRESÁRIO É IMPRESCINDÍVEL O 
REGISTRO? 
Para que alguém seja caracterizado como empresário, 
seria imprescindível o registro do empreendimento em 
órgão governamental? A resposta parece ser negativa. 
Isso porque o direito empresarial brasileiro, cuja teoria 
encontra-se sedimentada no Código Civil, atribuiu eficácia 
meramente declaratória ao registro, à luz de uma 
interpretação sistemática da normativa regente. 
No entanto, uma interpretação lógico-formal do art. 967 
do CC poderia, deveras, levar a uma conclusão diversa. É 
que tal dispositivo preceitua ser obrigatória a inscrição do 
empresário. Porém, a literalidade do texto de lei permite a 
interpretação de que o registro é meramente 
declaratório, ao asseverar que é obrigatória a inscrição do 
empresário. Ocorre que o empresário que não realiza 
seu registro em órgão competente está realizando 
a atividade empresarial de forma irregular, mas isto não 
tira dele a qualidade de empresário, ele apenas o é de 
forma irregular. 
Por fim, há uma exceção para esta regra, o caso 
do empresário rural, que para ter a qualidade de 
empresário precisa realizar a inscrição, neste sentido 
dispõe o artigo 971 do Código Civil, leia-se: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no 
Registro Público de Empresas Mercantis da 
respectiva sede, antes do início de sua atividade. 
Enunciado 198 da III Jornada de Direito Civil 
A inscrição do empresário na Junta Comercial não 
é requisito para a sua caracterização, admitindo-se o 
exercício da empresa sem tal providência. O 
empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, 
sujeitando-se às normas do Código Civil e da 
legislação comercial, salvo naquilo em que forem 
incompatíveis com a sua condição ou diante de 
expressa disposição em contrário. 
Enunciado 198 da III Jornada de Direito Civil 
A inscrição do empresário ou sociedade empresária 
é requisito delineador de sua regularidade, e não de 
sua caracterização. 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua 
sua principal profissão, pode, observadas as 
formalidades de que tratam o art. 968 e seus 
parágrafos, requerer inscrição no Registro Público 
de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso 
em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para 
todos osefeitos, ao empresário sujeito a registro. 
 
 
 
Para ser considerado empresário, basta preencher os 
requisitos para caracterização do empresário que são: 
→ Pessoa física (natural) ter capacidade plena. 
→ Exercício efetivo da empresa (profissionalismo – 
finalidade de lucro) 
→ Ausência de proibição legal. (CC/02 – art. 972). 
 
O Registro na Junta Comercial não é, em regra, 
requisito para identificação do Empresário (Individual). Ainda 
que pessoa exerça a empresa sem o registro, será 
considerada empresária. A pessoa com capacidade que 
exercer a empresa com profissionalismo e com finalidade 
de lucro, ainda que legalmente proibida de exercer a 
empresa também será considerada empresária. 
 
● EXERCÍCIO DA EMPRESA PELO INCAPAZ 
O incapaz também pode exercer a empresa. Entretanto, 
o incapaz somente poderá dar continuidade a uma 
empresa já iniciada, não poderá iniciar, em nome próprio, 
empresa própria (CC, art. 974). 
A permissão legislativa para o exercício da empresa pelo 
incapaz se dá em atenção à função social de empresa 
que visa permitir a preservação da empresa, da 
manutenção da fonte produtora, do emprego dos 
trabalhadores e dos interesses dos credores. 
Tais situações ocorrem quando essa pessoa já era um 
empresário e se torna incapaz de forma superveniente; 
ou quando já era incapaz e herda bens de empresa 
estabelecida e organizada. Em ambos os casos, 
obviamente, a celebração de atos jurídicos dependerá da 
representação ou assistência. Entretanto, quem exerce a 
empresa é o incapaz. 
 
→ A sua responsabilidade se dará nos termos do CC, art. 
928 c/c art. 974, §2º. 
↪ Os representantes ou assistentes se apresentam sob 
a categoria de administradores da atividade econômica e 
por isso respondem como tais – CC, art. 1.747 c/c. art. 
1.748 c/c. art. 1.752. 
 
→ Para que um incapaz possa validamente continuar uma 
empresa iniciada por alguém plenamente capaz deverá 
obter autorização judicial (CC, art. art. 974 §1º). 
↪ Uma vez concedida, essa autorização deverá ser a 
mesma arquivada na respectiva Junta Comercial (CC, art. 
976). 
 
→ O próprio representante ou o assistente desse 
empresário incapaz não ter plena capacidade jurídica, ou 
ser impedido de exercer atividade empresarial. Neste caso, 
deverá, com autorização judicial, nomear administrador 
(CC, art. 975). 
↪ Essa nomeação não isenta o representante ou 
assistente do empresário incapaz da responsabilidade 
pelos atos do gerente nomeado (CC, art. 975, §2º). 
 
→ Regra excepcional para proteção do patrimônio não 
empresarial do incapaz autorizado à empresa (CC, art. 
974, §2º). 
↪ Trata-se de especial hipótese de patrimônio de 
afetação ou única hipótese de responsabilidade limitada 
para este específico empresário individual. 
 
● EXERCÍCIO EFETIVO DA EMPRESA 
A atividade exercida pelo empresário dá-se o nome de 
empresa, que constitui o objeto do direito empresarial. 
No entanto, essa atividade deve ser exercida de maneira 
reiterada, constante, marcada pela realização ao longo do 
tempo de uma série de atos concatenados e voltados 
para uma finalidade empresarial. 
Se a atividade econômica não for efetivamente exercida 
por determinado período de tempo, o sujeito não poderá 
ser considerado empresário e por consequência não 
poderá ser decretada sua falência (lei 11.101/2005 – art. 1o 
c/c. art. 96, VIII). 
No mesmo sentido, não se considera empresário aquele 
que exerce certa atividade temporariamente, 
esporadicamente, mesmo que seus fins estejam pautados 
no lucro. Portanto, aquele que episodicamente organiza ou 
compra certas mercadorias para revenda, não pode ser 
considerado empresário. 
 
● IMPEDIMENTO LEGAL 
Os proibidos para atividade empresária, a atividade 
econômica no Brasil se submete ao princípio da livre-
iniciativa. Porém, a própria CF estabelece que o exercício 
de profissão estará sujeito ao atendimento dos requisitos 
previstos em lei ordinária (CF, art. 5º, XIII), que fundamenta 
a validade das proibições ao exercício da empresa. 
O proibido de exercer a empresa deve ser capaz, ou 
seja, possuir ampla disponibilidade para realização de 
negócios jurídicos, mas por força de uma vedação 
expressa na lei ele não pode exercer a empresa. 
Os principais impedidos de exercer a atividade empresarial 
são: 
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário 
os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil 
e não forem legalmente impedidos. 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de 
representante ou devidamente assistido, continuar a 
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, 
por seus pais ou pelo autor de herança. (+incisos) 
↪ Membros da Magistratura (art. 95, PU, I da CF + Lei 
Orgânica da Magistratura Nacional (LOMAN)). 
↪ Membros do Ministério Público (art. 128, §5º, II, (c) da 
CF + lei 8.625/93 (membros do MP) + LC 106/03 (LC 
estadual do MP/RJ). 
↪ Servidores públicos ativos (art. 117, X + art. 132, XIII da 
lei 8.112/90) 
↪ Militares da ativa (art. 29 da lei 6.880/80 + art. 204 do 
COM (Dl. 1001/69); 
↪ Médicos não podem exercer a atividade farmacêutica 
(lei 5.991/93, art. 21 e art. 55 + Dec. 0.377/31. 
↪ Devedores do INSS (lei 8.212/91, art. 95, §2º, (d)) 
↪ Prepostos/Empregados (CC, art. 1170 + art. 482 CLT). 
↪ Leiloeiro (art. 36, alínea a, 1o do Decreto 21.981/32) 
↪ O falido não reabilitado (lei 11.101/2005, art. 102 + art. 158, 
III + art. 159). 
Entretanto, a despeito da proibição, se tais pessoas 
exercerem efetivamente a empresa, responderão como 
empresários (CC, art. 973). 
 
● OBRIGAÇÕES PROFISSIONAIS DO EMPRESÁRIO 
Os empresários individuais possuem basicamente três 
obrigações fundamentais, para que suas atividades sejam 
legalmente amparadas: 
 1) dever de arquivamento de seus atos constitutivos na 
Junta Comercial; 
2) dever de escrituração dos livros empresariais 
obrigatórios. 
3) dever de levantar, periodicamente, o balanço 
patrimonial e de resultado econômico da empresa. 
 
● EMPRESÁRIO ESTRANGEIRO 
O estrangeiro com visto definitivo pode ser empresário 
no Brasil, porém tem que ser domiciliado. Isso porque o 
estrangeiro com visto provisório não pode ser empresário 
individual no Brasil. Lei 6.815/1980 – art. 99. 
 
 
 
 
 
 
 
. A ideia da assunção do risco pelo titular da atividade 
costumava ser reforçada pelo princípio geral da ilimitação 
de responsabilidade do empresário, de modo que todo o 
seu patrimônio respondesse pelas obrigações decorrentes 
da referida atividade. Todavia, essa ilimitação da 
responsabilidade tinha o aspecto negativo de inibir, uma 
vez que nem todos estão dispostos a assumir riscos para 
obter rendimentos econômicos. 
Em razão disso, o direito criou técnicas de limitação de 
responsabilidade para incentivar o desenvolvimento da 
própria economia, incentivando que as pessoas apliquem 
seus recursos em atividades econômicas produtivas, sem, 
contudo, correr riscos extremos de perda de seu 
patrimônio. 
Tais técnicas de limitação de responsabilidade nas 
atividades empresariais estão originalmente ligadas à 
criação de sociedades personificadas, de modo que a 
sociedade tenha o risco da atividade, mas seus sócios 
possam ter riscos limitados. 
Com o advento do CC de 2002, criou-se uma hipótese 
excepcional de limitação dos riscos para o exercício 
individual da atividade empresarial, no caso de continuação 
da atividade pelo empresário incapaz (art. 974, § 2o). Fora 
dessa hipótese, os empresários individuais terão riscos 
ilimitados, o que é um desincentivo à atividade. 
Para tentar resolver esse problema, a Lei nº 12.441/2011 
criou o instituto da Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada, a EIRELI, com o objetivo de permitir direta ou 
indiretamente o exercício individual da empresa com 
limitação de riscos. 
 
● CONCEITOS DA EIRELI 
A EIRELI é um tipo societário de microempresa no qual 
é exigido apenas um sócio, o proprietário. Também é 
exigido um capital social mínimo, ou seja, declaração de 
uma quantia bruta investida para iniciar o negócio até que 
esse gerelucros, o proprietário precisa declarar possuir o 
correspondente a 100 vezes o salário mínimo vigente na 
época da abertura, exclusivo para essa finalidade. 
A EIRELI identifica-se como pessoa jurídica de direito 
privado voltada ao exercício de atividade econômica com 
titular e patrimônio próprio (CC, art. 44, VI). 
 
 
 
 
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer 
atividade própria de empresário, se a exercer, 
responderá pelas obrigações contraídas. 
Art. 99. Ao estrangeiro titular de visto temporário e 
ao que se encontre no Brasil na condição do artigo 
21, § 1°, é vedado estabelecer-se com firma individual, 
ou exercer cargo ou função de administrador, 
gerente ou diretor de sociedade comercial ou civil, 
bem como inscrever-se em entidade fiscalizadora do 
exercício de profissão regulamentada. 
 
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade 
limitada será constituída por uma única pessoa titular 
da totalidade do capital social, devidamente 
integralizado, que não será inferior a 100 (cem) 
vezes o maior salário-mínimo vigente no País. 
● CARACTERÍSTICAS E DISTINÇÕES DA EIRELI 
→ A EIRELI não se confunde com Empresário (Individual). 
↪ O empresário identifica-se como pessoa física 
(natural) com Responsabilidade ilimitada (CC, art. 391) 
↪ A EIRELI é uma pessoa jurídica (CC, art. 44, VI) cuja 
pessoa que a constitui tem Responsabilidade limitada (CC, 
art. 980-A). 
Ainda que não seja empresário (Individual), devem ser 
exigidos os requisitos (CC, art. 972) da figura do 
empresário para a pessoa física (natural) que queira 
constituir a EIRELI tendo em vista que ela (pessoa jurídica) 
age pelos atos dele (criador). 
 
→ A EIRELI não se confunde com sociedade empresária. 
↪ O Código Cívil faz expressa distinção entre as 
sociedades (CC, art. 44, II) e a Empresa Individual de 
Responsabilidade Limitada (EIRELI – CC, art. 44, VI). 
Esta distinção pode ser percebida pelo fato de que as 
sociedades, em regra, exigem a presença de pelo menos 
dois sócios (CC, art. 981) e a EIRELI é constituída por 
apenas uma pessoa (CC, art. 980-A) e assim pode 
permanecer por prazo indeterminado. Desta distinção é 
possível afastar qualquer concepção de que a EIRELI seja 
sociedade unipessoal. 
 
→ O ato constitutivo da EIRELI identifica-se como uma 
declaração unilateral de vontade. 
↪ Assim, é espécie do gênero dos negócios jurídicos 
unilaterais. Afasta-se, portanto, da ideia de contrato 
(unilateral, bilateral ou plurilateral). 
 
→ A limitação da responsabilidade patrimonial do titular do 
capital atribuído aos negócios realizados pela empresa 
exercida pela pessoa jurídica. 
Trata-se de inovação no direito brasileiro, pois a 
limitação da responsabilidade pelas obrigações decorrentes 
de uma atividade econômica só era atribuída apenas aos 
sócios de determinadas pessoas jurídicas. 
↪ Quem realiza a atividade econômica é a pessoa 
jurídica, pois a pessoa que cria a EIRELI não pratica 
pessoalmente nenhum ato concernente aos fins da 
empresa, mas o faz como se fora ela, na qualidade de ser 
humano que exterioriza a vontade da pessoa jurídica. 
 
→ A exigência de um capital mínimo. 
Neste ponto, pouco importa a atividade econômica 
exercida pela pessoa jurídica e a forma do ato de sua 
constituição. Como não há “sócios”, o capital deixa de ser 
fracionado em cotas ou ações, para consolidar-se como 
um todo indiviso. 
 
→ A EIRELI não se confunde com um patrimônio de 
afetação. 
Este caracteriza-se como um conjunto de bens 
(patrimônio separado), porém inserido no patrimônio de 
um mesmo sujeito de direito, submetido a um regime 
jurídico próprio, diferente do regime jurídico que incide 
sobre o restante do patrimônio dessa mesma pessoa. 
Ocorre que o legislador atribuiu personalidade jurídica (CC, 
art. 44, VI c/c art. 45) a esse novo sujeito (EIRELI), não há 
como enquadrá-la assim. 
 
→ A EIRELI não se confunde com fundação. 
Embora ambas as hipóteses sejam pessoa jurídica de 
direito privado (CC, art. 44, III e VI) passível de atribuição 
de direitos e obrigações (personalização – CC, art. 45), há 
várias diferenças entre elas: 
 
a) Fundação deve ter finalidade não econômica (CC, 
art. 62) enquanto a EIRELI pode ser constituída com fim 
lucrativo empresarial (CC, art. 980-A, caput c/c §5º). 
 
b) Além disso, uma vez criada a fundação, esta 
destaca-se da pessoa do fundador, ao passo que a EIRELI 
permanece sempre vinculada ao criador. 
Do mesmo modo, o patrimônio da fundação 
desprende-se totalmente da pessoa do instituidor, sem 
qualquer contrapartida, ao passo que o daquela, conquanto 
autônomo, mantém-se vinculado à pessoa que for titular 
do seu capital. 
 
c) A dissolução da EIRELI pode ser determinada a 
qualquer tempo pelo titular do seu capital, retornando os 
bens remanescentes ao patrimônio do criador ou, por seu 
falecimento, incorporando-se ao de seus herdeiros. 
Diversamente ocorre na fundação, em que a 
dissolução se dá sem participação do instituidor, mesmo 
em caso de morte deste em que também não afeta a 
pessoa jurídica (fundação), e os bens dela, em regra, 
migram para entidade de fins iguais ou semelhantes (salvo 
cláusula em contrário). 
 
→ A EIRELI não se confunde com estabelecimento 
empresarial. 
Como já afirmado a EIRELI é pessoa jurídica de direito 
privado (CC, art. 44, VI). Portanto é passível de ser sujeito 
titular de direito e obrigações (CC, art. 45). 
O estabelecimento por sua vez caracteriza-se como um 
conjunto (complexo) de bens materiais ou imateriais 
utilizados pelo Empresário (Individual), sociedade 
empresária ou pela própria EIRELI para o exercício da 
empresa (CC, art. 1.142). 
Dessa forma, não se pode falar em transferência 
onerosa da EIRELI como se esta fosse objeto de 
trespasse (CC, art. 1.145 c/c art. 1.146). 
O que pode ocorrer é a pessoa jurídica da EIRELI 
negociar o seu próprio estabelecimento, dispondo 
livremente de seus bens, inclusive da totalidade deles, dá-
los em usufruto ou onerá-los. 
Neste caso a EIRELI, figura como parte na relação 
jurídica que o tenha o estabelecimento como objeto, 
ressalvada a hipótese de a EIRELI alienar o próprio 
estabelecimento para o titular e criador do seu capital, 
sendo a EIRELI sujeito ativo ou passivo de uma relação 
jurídica da qual participe em polo oposto o seu criador. 
Esta vedação se dá porque quem manifesta a vontade da 
EIRELI é seu próprio do criador da empresa – o que 
elimina a caráter intersubjetivo da relação. 
 
● O TITULAR DO CAPITAL DA EIRELI 
O capital da EIRELI pode, desde março de 2017, ser 
constituído por qualquer pessoa: pessoa física (natural) ou 
pessoa jurídica. 
O criador da EIRELI somente terá direito à 
Responsabilidade limitada se atendidas as regras 
estabelecidas para sua regular constituição e que seu 
capital esteja totalmente integralizado no momento em 
que o ato constitutivo for levado a registro perante a 
Junta Comercial. Caso haja irregularidade na sua 
constituição não se pode falar em produção dos efeitos 
de limitação da responsabilidade de seu criador. Dessa 
forma, cabe à Junta Comercial local aferir a presença dos 
requisitos da constituição da EIRELI (CC, art. 1153). 
 
● MODO DE CONSTITUIÇÃO DA EIRELI 
A constituição da EIRELI deve se dar por meio de uma 
declaração unilateral de vontade, firmada pelo seu criador, 
em instrumento público ou particular, no qual devem estar 
presentes as exigências regulamentares constantes do 
Manual dos Atos de Registro, aprovado pela já noticiada 
DREI – IN no 38/2017 – Anexo V. 
Após inscrição do ato constitutivo na Junta Comercial, a 
EIRELI adquire personalidade jurídica (CC, arts. 44 e 45). 
 
● NOME EMPRESARIAL DA EIRELI 
A EIRELI deve ser identificada por seu nome empresarial. 
Este nome pode ser uma firma como uma denominação, 
à semelhança das sociedades limitadas (CC, art. 980-A, §1º 
c/c §6º). 
Para distingui-la do empresário e da sociedade 
empresária, a lei determina que seja acrescida a 
expressão “EIRELI” no final do nome que fora ela 
atribuído. A eventual omissão da sigla “Eireli” na firma ou 
denominação implica perda da limitação da 
responsabilidade da pessoa física que a gerou. (CC, art. 
1.158, §3º). 
 
● OBJETO DA EIRELI 
A atividade econômica da EIRELI tem de figurar de 
forma precisa e completa no ato constitutivo. Deve-se 
destacar que é recomendável que se adote um ramo da 
atividade econômica próprio de empresário, tendo em 
vista que desde a sua origem o sujeito que se pretendia 
atender e a atividade econômica visada era a atividade 
econômica empresarial evidencia-se que a EIRELI foi criada 
especialmente com o propósito de limitar a 
responsabilidade do empresário (individual), sendo sujeita à 
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis. (CC, 
art.1.033, parágrafo único). 
Entretanto, o legislador expressamente permite que a 
EIRELI seja constituída para a prestação de serviço de 
qualquer natureza (CC, art. 980-A, §5º). 
Deste modo, a EIRELI não necessariamente deva 
envolver atividade econômica de natureza empresarial, 
mas sim e também atividade econômica intelectual ou 
rural. 
 
● CAPITAL DA EIRELI 
A EIRELI deve ter um capital para determinar sua 
situação econômico-financeira assim como ocorre com o 
empresário e a sociedade empresária. Em que pese o 
argumento de evitar entidades fictícias, a obrigatoriedade 
de sua constituição com um piso não inferior ao valor de 
100 salários mínimos pode impossibilitar ou pelo menos 
dificultar a adoção do instituto da EIRELI pelo 
microempreendor individual – MEI, pois este profissional já 
possui vantagens tributárias se obtiver no ano receita 
bruta inferior a R$ 60.000,00. (art. 18-A, §1º, da LC 
123/2006) 
 
● ADMINISTRAÇÃO DA EIRELI 
A administração da EIRELI pode ser feita pela própria 
pessoa (natural ou jurídica) que a criou, de forma direta, 
ou por pessoa estranha à vontade constitutiva originária. 
A possibilidade de administrador diferente da pessoa 
criadora da EIRELI decorre de não haver vedação legal e 
por estar em consonância com a possibilidade de 
administrador estranho ao quadro constitutivo da 
sociedade limitada (CC, art. 1.061). 
Art. 1.153. Cumpre à autoridade competente, antes 
de efetivar o registro, verificar a autenticidade e a 
legitimidade do signatário do requerimento, bem 
como fiscalizar a observância das prescrições legais 
concernentes ao ato ou aos documentos 
apresentados. 
Parágrafo único. Das irregularidades encontradas 
deve ser notificado o requerente, que, se for o 
caso, poderá saná-las, obedecendo às formalidades 
da lei. 
 
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou 
denominação, integradas pela palavra final "limitada" 
ou a sua abreviatura. 
§3º A omissão da palavra "limitada" determina a 
responsabilidade solidária e ilimitada dos 
administradores que assim empregarem a firma ou 
a denominação da sociedade. 
 
Neste caso, o administrador diverso da pessoa criadora 
da EIRELI, age pela pessoa jurídica, fazendo-a presente, 
obrigando (CC, art. 47) e responsabilizando (CC, art. 391) a 
EIRELI pelos atos praticados em seu nome. Agindo de 
boa-fé, com o cuidado e a diligência que todo homem 
ativo e probo costuma empregar na administração de 
seus próprios negócios (CC, art. 1.011) não se vincula aos 
atos que pratica em nome dela; age como se fosse a 
própria pessoa jurídica. 
Porém, responsabiliza-se pelos atos de administrador que 
culposamente causar danos a terceiros. (CC, art. 980-A, 
§6º c/c. Art. 1.053 c/c. Art. 1016). 
 
Probo = de caráter íntegro, honrado, honesto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A categoria de Microempreendedor Individual (MEI) é a 
que abriga, como pessoa jurídica, a pessoa que trabalha 
por conta própria e resolve se formalizar enquanto 
pequeno empresário. Cuja atividade deve ser exercida por 
apenas uma pessoa, isto é, não permite a existência de 
sócios, porém admite a contratação de um empregado 
com carteira assinada. 
A Lei Complementar nº 128, de 2008, criou condições 
especiais para tornar-se um MEI legalizado, com registro 
no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), 
enquadramento no Simples Nacional e unificação dos 
impostos federais (imposto de renda, PIS, Cofins, IPI e 
CSLL). 
Há uma lista de profissões que podem ser enquadradas 
nesse regime, mas atua geralmente como empresa 
virtual, através de formas que independem de 
estabelecimento fixo, como Internet, porta-a-porta, 
máquinas automáticas, correios, tele mensagens e outros 
meios virtuais previstos em lei. 
A responsabilidade do MEI é ilimitada, isto é, 
o patrimônio do sócio não se distingue do patrimônio da 
pessoa jurídica, caso haja algum problema financeiro 
relevante, ou mesmo falência, os bens do empreendedor 
serão utilizados para quitação das dívidas. 
 
● CARACTERÍSTICAS DO MEI 
Para ser classificado como Microempreendedor Individual, 
é necessário o profissional faturar no máximo até R$ 
81.000,00 por ano ou R$ 6.750,00 por mês e não ter 
participação em outra empresa como sócio ou titular. 
Ao se cadastrar como MEI, será enquadrado no Simples 
Nacional e isentado dos tributos federais, como Imposto 
de Renda, PIS, COFINS, IPI e CSLL. Será necessário, 
porém, pagar uma taxa mensal. 
Essa taxa mensal trata-se de aproximadamente 5% do 
salário mínimo vigente para a Previdência Social 
(Empreendedor Individual INSS), apenas 1 real de ICMS 
(Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) para 
o Estado em que está registrado e somente 5 reais a 
título de ISS (Imposto sobre Serviços) para o município 
em que você atua. 
Art. 1.061. A designação de administradores não 
sócios dependerá de aprovação da unanimidade dos 
sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, 
e de 2/3 (dois terços), no mínimo, após a 
integralização. 
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos 
administradores, exercidos nos limites de seus 
poderes definidos no ato constitutivo. 
Art. 391. Pelo inadimplemento das obrigações 
respondem todos os bens do devedor. 
Art. 1.011. O administrador da sociedade deverá ter, no 
exercício de suas funções, o cuidado e a diligência 
que todo homem ativo e probo costuma empregar 
na administração de seus próprios negócios. 
Art. 980, §6º Aplicam-se à empresa individual de 
responsabilidade limitada, no que couber, as regras 
previstas para as sociedades limitadas. 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário 
quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, ainda com o concurso 
de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício 
da profissão constituir elemento de empresa. 
 
O MEI também pode ter um empregado contratado 
que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. 
 
● BENEFÍCIOS DO MEI 
Além do baixo valor das contribuições e toda tributação 
em geral, o MEI não vai correr mais o risco de ter sua 
mercadoria confiscada pela prefeitura pela falta de 
legalização do seu negócio ou atividade. Ao ter um CNPJ, 
o MEI poderá emitir NFe (notas fiscais eletrônicas), abrir 
uma conta bancária e terá acesso mais fácil a crédito. 
Outros benefícios e direitos de ser um MEI: 
↪ Cobertura previdenciária para o empreendedor e 
seus familiares; 
↪ Aposentadoria – por idade ou por invalidez; 
↪ Auxílio-doença; 
↪ Licença-maternidade; 
↪ Pensão por morte para dependentes; 
↪ Auxílio-reclusão; 
↪ Isenção de taxas para a formalização; 
↪ Redução da carga tributária com imposto fixo mensal; 
↪ Imediato funcionamento pela concessão de alvará 
provisório; 
↪ Redução da burocracia; 
↪ Acesso ao crédito e aos serviços bancários com 
taxas diferenciadas; abrir conta jurídica e tomar 
empréstimos exclusivos para MEIs ou outros serviços 
financeiros; 
↪ Possibilidade de fornecer para o governo e outras 
empresas; 
↪ Segurança para exercer sua atividade de forma legal; 
↪ Apoio técnico do Sebrae e demais entidades;↪ Possibilidade de emitir nota fiscal. 
↪ Emitir nota fiscal como pessoa jurídica; 
↪ Contratar um funcionário. 
 
● CADASTRO NO MEI 
Desde janeiro de 2010, o processo é realizado de forma 
online, o que dispensa de declaração em papel e da 
respectiva assinatura física. O objetivo é tornar o processo 
mais simples e ágil, facilitando as inscrições e evitando 
cancelamentos. 
A abertura pode ser feita diretamente pelo empresário 
no Portal do Microempreendedor do Governo Federal, 
com os documentos pessoais em mãos: CPF, RG, nome 
da mãe, endereço com CEP, título de eleitor e o número 
da declaração do imposto de renda, caso seja declarante, 
e fazer uma consulta prévia junto à Prefeitura para se 
assegurar de que o endereço escolhido poderá ser 
utilizado como sede da empresa. O CNPJ é emitido no 
mesmo momento. 
Se preferir, mesmo não sendo necessário, o usuário 
poderá ter assistência de escritórios de contabilidade ou 
empresas de assessoria. 
 
 
● DECLARAÇÃO MENSAL E ANUAL 
Todos os meses, até o dia 20 de cada mês, o 
Microempreendedor Individual deve fazer o Relatório 
Mensal das Receitas Brutas referente ao mês anterior. 
Esse relatório não precisa ser enviado para nenhum local, 
deve ficar arquivado com o MEI, juntamente com as notas 
fiscais do mês. 
Todos os anos o microempreendedor individual deve 
realizar a declaração anual simplificada referente ao ano 
que passou. A primeira declaração pode ser feita por 
contador optante pelo Simples, de forma gratuita. 
 
● MEI X EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
O empresário individual é o empresário que opta por 
registrar uma firma individual, como titular do negócio, sem 
a existência de um sócio. Porém, para esse tipo de firma o 
faturamento pode chegar a R$ 4.800.000,00 e é 
enquadrada como microempresa para aquelas que 
faturam até R$ 360.000,00 ou empresa de pequeno porte 
para faturamento até R$ 4.800.000,00. E, para esse tipo de 
empresa não há limite na contratação de empregados. 
Outro ponto que diferencia esses dois modelos de 
empresas é o pagamento de suas obrigações. O MEI faz 
um pagamento mensal fixo de 5% do valor do salário 
mínimo e mais R$ 1,00 para as empresas classificadas 
como indústria ou comércio e R$ 5,00 para as empresas 
prestadoras de serviços.

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