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1 1 Métodos Gravimétricos de Análise • São métodos quantitativos que se baseiam na determinação de massa de um composto puro ao qual o analito está quimicamente relacionado 2 Métodos Gravimétricos de Análise • gravimetria por precipitação: - analito é separado da amostra como um precipitado e convertido em uma espécie de composição conhecida que pode ser pesada • gravimetria de volatilização: - o analito é isolado dos outros constituintes pela conversão a um gás de composição química conhecida. A massa do gás serve como medida da concentração do analito 2 3 Gravimetria e formação de precipitados Agente precipitante precipitado amostra separação filtração secagem/ calcinação pesagem cálculos 4 Propriedades de um precipitado para ser usado em uma análise gravimétrica • muito pouco solúvel (perdas na lavagem) • puro • facilmente filtrável • facilmente lavável • estável ao ar • composição conhecida (após secagem ou calcinação) 3 5 Íons em solução supersaturada Núcleos não filtráveis Partículas coloidais não-filtráveis 0,001- 0,1 m Cristais pequenos, filtráveis com filtros muito finos 0,1-10 m Cristais grandes, filtráveis > 10 m Colóide estabilizado Agregados cristalinos Agregados coloidais Estágios da formação de um precipitado 6 Formação de precipitados AgCl BaCrO4 Cr(OH)3 cristalino coagulado gelatinoso 4 7 cristalino = BaSO4 ( 0,1 a 1 m) Kps = 1,1 x 10-10 coagulado = AgCl Kps = 1,8 x 10-10 gelatinoso = Fe2O3 . x H2O Kps = 2,0 x 10-39 Formação de precipitados 8 nucleação espontânea induzida Mecanismos de Precipitação 5 9 crescimento Crescimento de Precipitados 10 formação de cristais velocidade de nucleação velocidade de crescimento Formação de colóide Supersaturação relativa K ps Variáveis que afetam a precipitação (tamanho do precipitado) 6 11 Variáveis que afetam a precipitação (tamanho do precipitado) • concentração das soluções • velocidade de adição dos reagentes • temperatura • envelhecimento (digestão) • natureza do precipitado 12 Grau de Supersaturação Relativo supersaturação relativa = (Q - S) S S = solubilidade do precipitado no estado de equilíbrio Q = concentração do soluto (ppt) em qualquer instante (Q - S) = Grau de supersaturação tamanho das partículas é inversamente proporcional ao grau de supersaturação 7 13 Formação do precipitado de AgCl • precipitado coloidal • colóide é estável devido às cargas nas superfícies das partículas mesma carga = repulsão NaCl AgNO3 Cl-(aq) + Ag+(aq) AgCl(s) 14 No início há poucos íos cloreto na solução devido ao excesso de Ag+ A camada externa do precipitado contém Ag+ e Cl-, que tende atrair os íons Ag+ formando a camada de adsorção primária Cl Ag+ + ++ + Precipitados coloidais 8 15colóide estabilizado Precipitados coloidais início da precipitação cloreto de prata camada de adsorção primária camada de contra-íons água 16 Precipitados coloidais 9 17 alta baixa colóide estável colóide coagula Precipitados coloidais 18 AgClAgCl 2d1 2d2 d2 d1 +Q1 +Q2 distância da superfície Baixa concentração de eletrólito pequeno excesso de AgNO3 grande excesso de AgNO3 AgCl AgCl Estabilidade de colóides 10 19 distância da superfície Grande excesso de AgNO3 +Q1 d3 colóide coagula Estabilidade de colóides alta concentração de eletrólito 2d3 AgCl AgCl 20 Coagulação e Peptização precipitado disperso precipitado coagulado coagulação peptização lavagem com água lavagem com eletrólito inerte 11 21 Envelhecimento de Precipitados (digestão) Conjunto de transformações irreversíveis que ocorrem em um precipitado quando em contato com a sua água-mãe Amadurecimento de Ostwald: dissolução Reprecipitação sobre as partículas maiores Partículas menores são mais solúveis 22 Amadurecimento interno de Ostwald • diminui a área superficial (menor adsorção) • permite a liberação de impurezas - PbSO4 e BaSO4 recém precipitados: partículas imperfeitas e flocos - após envelhecimento: mais perfeitas e compactas 12 23 Contaminação dos Precipitados Coprecipitação Formação de soluções sólidas Adsorção na superfície 24 Coprecipitação por formação de soluções sólidas • Íon contaminante substitui o ânion ou cátion na rede cristalina (difícil de remover) PbSO4 em BaSO4 SrSO4 em BaSO4 solução BaCrO4 em BaSO4 Exemplos: CrO42- Cr(III) Impureza participa do retículo cristalino 13 25 0,1 cm Coprecipitação por Adsorção na Superfície 1 cm A = 6 cm2 A = 60 cm2 26 Coprecipitação por Adsorção na Superfície • significativa em pptados com área superficial elevada (colóides coagulados) • pouco significativa em pptados cristalinos • contaminante: íon do retículo cristalino + contra-íon (AgCl contaminado com AgNO3) • colóide coagulado ainda apresenta alta área superficial 14 27 Coprecipitação por Adsorção na Superfície • minimização das impurezas: - digestão (água é eliminada do sólido, que se torna mais compacto, com menor área superficial) - lavagem com um eletrólito volátil (não remove a camada primária de íons (AgCl com HCl – deter- minação de Ag+ com cloreto) - re-precipitação: feita quando a contaminação é muito alta 28 Se um precipitado cresce muito rapidamente, alguns contra-íons não têm tempo de escapar da superfície contra-íons formação rápida do precipitado Oclusão e aprisionamento • Contaminante não participa do retículo cristalino • tipo de contaminante depende do procedimento: BaCl2 x Na2SO4 15 29 Aprisionamento mecânico Crescimento rápido do precipitado aprisiona uma parte da solução dentro do precipitado. Os íons irão permanecer após filtração. Oclusão e aprisionamento 30 Pós-Precipitação Ca2+ Na2C2O4 Mg2+ CaC2O4 Mg2+ CaC2O4 Mg2+ MgC2O4 ZnS sobre CuS tempo MgC2O4 forma solução supersaturada 16 31 Precipitação a partir de uma solução homogênea Na2C2O4 Ca2+ Ca2+ Excesso local de agente precipitante Dispersão = K( Q - S) S CaC2O4 • melhor forma de se obter um baixo grau de supersaturação 32 Precipitação a partir de uma solução homogênea (PSH) Ca2+ CO(NH2)2 H2C2O4 Meio ligeiramente ácido CaC2O4 CO(NH2)2 + 3H2O 2NH3 + CO2 Ca2+ + HC2O4- + NH3 CaC2O4(s) + NH4+ 17 33 Precipitação de Fe(III) direta com NH3 e homogeneamente a partir de Uréia (à direita) 34 Outros reagentes para PSH 18 35 Secagem / Calcinação 36 m as sa Secagem e decomposição Secagem / Calcinação 19 37 Dimetilglioxima - DMG Complexa somente Pd - amarelo, complexo fraco Ni - vermelho vivo, muito estável considerado específico para Ni2+ Aplicações 38 Determinação de Ni2+ com DMG 20 39 Determinação de Ni2+ com DMG 40 Determinação de Ni2+ com DMG • transferir 15,00 mL da solução da amostra para um béquer de 500 mL • diluir a 300 mL com água destilada • adicionar 7 mL de HCl 1:1 (2 < pH < 3) • aquecer a solução até 80-85 oC • adicionar 45 mL de solução 1 % (m/v) de DMG • adicionar NH3 1:5 (v/v), sob agitação constante, até se notar um leve odor de amônia (pH ~ 9) • cobrir o béquer (vidro de relógio) e aquecer por 50 min. a 80-85 oC 21 41 Determinação de Ni2+ com DMG • teste o pH com papel indicador universal (CUIDADO!) • se pH < 7, adicionar solução de NH3 até pH > 7 • resfriar a mistura e deixe-a em repouso por 30 min • filtrar o precipitado no cadinho gooch aferido • transferir quantitativamente o ppt do béquer para o gooch (usar um bagueta com policial) • lave o precipitado com pequenas quantidades de água destilada, até que a água de lavagem não apresente teste negativo para cloreto* * solução + HNO3 + AgNO3: solução não deve turvar 42 Determinação de Ni2+ com DMG • secar o ppt, por 2 h, em estufa a 110 oC • resfriar em dessecador • pesar (sem tocar o cadinho com a mão) será feito no início da próxima aula • calcular o teor de Ni na amostra (g/L) 22 43 Determinação de Ni2+ com DMG 44 Determinação de Ni2+ com DMG 23 45 Determinação de Ni2+ com DMG46 Determinação de Ni2+ com DMG 24 47 Determinação de Pb2+ por PSH Pb2+ + CrO42- PbCrO4(s) 5 Cr3+ + 3BrO3- + 11H2O 5HCrO4- + 3/2Br2 + 17H+ 5H+ + 5CrO42- 48 Determinação de Pb2+ por PSH • lave cuidadosamente o cadinho gooch (1 por aluno) • identifique-o ! • secar em estufa a 110 oC por 2 horas • resfriar em dessecador • pesar em balança analítica (± 0,1 mg) • repetir procedimento de secagem até peso constante 25 49 Determinação de Pb2+ por PSH 50 Determinação de Pb2+ por PSH • completar volume do balão a 100 mL (1 por grupo) • homogeneizar • pipetar alíquota de 15,0 mL para béquer de 250 mL • 2,0 mL de tampão NaAc (0,6 mol L-1) / HAc (6 mol L-1) • 20 mL de Cr(NO3)3 0,10 mol L-1 • 20 mL de KBrO3 0,2 mol L-1 • água até volume de 150 mL 26 51 Determinação de Pb2+ por PSH • aquecer o sistema até próximo à ebulição • parar quando a solução estiver amarela e límpida • esfriar e filtrar no cadinho previamente aferido • lavar o ppt com porções (4) de 5 mL de água destilada* • secar o ppt por 2 horas em estufa a 110 oC • resfriar em dessecador e pesar (± 0,1 mg) • calcular a concentração de Pb2+ (g/L) na amostra * guardar no armário, protegido por um béquer invertido terminar na próxima aula 52 Determinação de Pb2+ por PSH 27 53 Determinação de Pb2+ por PSH 54 Determinação de Pb2+ por PSH 28 55 Determinação de Pb2+ por PSH