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4 2 - Gestão de Frotas

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Gestão de frotas
APRESENTAÇÃO
O processo de distribuição e entrega é imprescindível para qualquer negócio. Para que esse 
processo ocorra de forma eficiente e eficaz, é necessária a definição dos veículos e dos meios de 
transportes adequados. É importante que eles atendam às exigências da empresa e de todos os 
elos da cadeia de suprimentos (fornecedores, indústria, distribuidor/atacado, varejo e 
consumidor final) e que busquem reduzir custos de manutenção, funcionamento, além de ter 
uma condição adequada de uso.
Isso exige gestão constante e eficiente das frotas e dos meios de transporte, além de uma análise 
criteriosa da forma de administrar e de controlar a frota de veículos, que terá impacto direto nos 
resultados da empresa e será um pilar para o seu desenvolvimento financeiro.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender a importância da gestão de frotas e seus 
conceitos. Você também vai analisar os fatores que afetam os meios de transporte, os critérios a 
serem considerados na escolha desses transportes e como devem ser desenvolvidas as decisões 
sobre a administração de frota para que esta alcance resultados positivos na empresa.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir gestão de frotas. •
Analisar os fatores que afetam os meios de transporte.•
Identificar as decisões sobre administração de frota. •
DESAFIO
A falta de gestão e de preocupação com fatores ligados ao gerenciamento e à administração da 
frota da empresa pode gerar resultados negativos e fazer com que todo o processo logístico seja 
afetado, especialmente os pontos básicos da logística ligados a redução de custos, tempo e 
melhoria na movimentação de produtos. Por isso, a função do administrador de frotas é 
essencial para o alcance de resultados positivos na organização.
 
Para entendermos o que representa cada uma destas opções precisamos avaliar o impacto 
econômico, e para isso precisamos avaliar os custos totais de cada caso. O custo total será a 
soma do custo fixo (CF -ocorrerá independentemente da quantidade movimentada) e o custo 
variável (custo que varia de acordo com o volume movimentado). 
Agora, para tomar essa decisão, é importante fazer o cálculo da melhor opção com base nos 
dados fornecidos, observando o número de entregas necessárias e os custos variável e fixo de 
cada transação. 
Condição = número de entregas × custo variável + custo fixo 
Frota própria = 1.200 × 300 + 300.000 = R$ 660.000,00 
Frota terceirizada = 1.200 × 560 = R$ 672.000,00 
Sendo assim, se a demanda for de 1.200 entregas por ano, a melhor opção, do ponto de vista 
econômico, é ter uma frota própria. Porém se a demanda apresentar variabilidade é necessário 
calcular o ponto de equilíbrio econômico da operação, ou seja, qual o volume mínimo de 
entregas que é necessário se ter para manter uma frota própria. 
Para isso, considera-se o número de entregas como uma letra e realiza-se novamente o cálculo. 
Custo total de frota terceirizada = Custo total de Frota própria 
(X) × 560 = (X) × 300 + 300.000 
560X = 300X + 300.000 
560X - 360x = 300.000 
260X = 300.000 
X = 300.000 ÷ 260 = 1.153,84 (aproximadamente 1.154 entregas), ou seja, se o volume for 
inferior a 1154 entregas por ano, a melhor opção é ter uma frota terceirizada, e para volumes 
acima de 1154 entregas por ano, a melhor opção é ter frota própria. 
A partir desta situação, a transportado reavaliou sua proposta, informado que se fosse garantido 
um volume de entregas anuais de 1500 entregas por ano, pode-se ter as seguintes alterações nos 
valores iniciais. 
opções
Proposta A 
Frota própria 
Proposta B 
Frota Terceirizada
Número de entregas 
realizadas (unidades/ano)
1500 1500
Custo Fixo (R$/ano) 300.00 0
Custo Variavel 
por entrega realizada 
(R$/por unidade)
290 485
 
Com base na proposta apresentada à Vorax responda:
a) Você, como gerente de frotas, deve utilizar o processo A ou o processo B para realizar suas 
entregas? Justifique.
b) Com que volume de entregas anuais você deve mudar sua estratégia de acordo com os dados 
fornecidos? Justifique.
INFOGRÁFICO
Meios de transporte são essenciais para a locomoção, pois possibilitam a movimentação de 
cargas e produtos de forma ágil, viabilizando o atendimento de clientes distantes e levando a 
satisfação preconizada. Com a chegada dos meios de transporte, foi possível tornar viável vários 
pontos logísticos que otimizaram os processos de escambo (trocas de excedentes) e romper os 
limites de localização, promovendo a ampliação da globalização. Esta, por sua vez, ampliou a 
concorrência e deu ao cliente maior poder de escolha e definição de compras de produtos e 
serviços.
No Infográfico a seguir, você vai ver os principais fatores que afetam os meios de transporte e a 
descrição dos modais de transporte mais utilizados no Brasil. 
 
Maycon Carbone
Caixa de texto
Assim como demostrado no exemplo da análise da primeira proposta, tanto a resposta da pergunta “a” quanto a “b” deve-se refazer os cálculos demostrados.
a) Os novos custos totais serão da proposta A será de R$ 735.000 e os custos da proposta B será de R$ 727500, sendo assim, do ponto de vista econômico, a melhor opção será a proposta B.
b) O novo ponto de equilíbrio será de 1538 entregas por ano, ou seja se a demanda for inferior este valor, é mais vantajosa optar pela proposta B, porém se a demanda aumentar acima de 1538 entregas por ano, a melhor opção passa a ser a proposta A.
CONTEÚDO DO LIVRO
Modal é o tipo de transporte escolhido por uma organização para realizar a movimentação de 
seus produtos. Essa escolha será direcionada de acordo com a disponibilidade da malha, que 
pode ser rodoviária ou ferroviária, e a quantidade de portos e aeroportos existentes na região da 
empresa, além de ser um fator decisivo para o atendimento da demanda do cliente e para a 
escolha dos fornecedores. Essa decisão influencia diretamente as ações estratégicas ligadas 
à definição da localização da empresa e de seus armazéns e também da região de abrangência de 
atendimento em que a empresa irá atuar.
Algumas empresas optam pela multimodalidade, utilizando mais de um meio para realizar o 
transporte de seus produtos de acordo com especificidade, volume, valor e condições definidas 
no momento da compra. Nesse sentido, o custo do frete justifica essa mudança pela ampliação 
do nível de serviço oferecido ao cliente.
No capítulo Gestão de frotas, da obra Transporte e distribuição, você vai conhecer a 
importância da análise dos meios de transporte e o quanto a administração de frotas é necessária 
para o alcance de resultados positivos na organização.
Boa leitura.
TRANSPORTE 
E DISTRIBUIÇÃO 
Jorgiane Suelen de Sousa 
Gestão de frotas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir gestão de frotas.
  Analisar os fatores que afetam os meios de transporte.
  Identificar as decisões sobre administração de frota.
Introdução
Transporte e distribuição são elementos essenciais no processo logístico. 
Eles apresentam os principais custos para a organização e, por isso, é 
essencial uma administração correta para otimizar esses custos. Alguns 
aspectos importantes são o tipo de frota, a gestão relacionada à quan-
tidade, a manutenção corretiva e preventiva e a escolha adequada do 
tipo de modal a ser adotado. 
Em relação a este último aspecto, é necessário, além disso, analisar se 
a estratégia de transporte exigirá um padrão multimodal ou intermodal 
para se alcançar o resultado esperado. Analisar os modais de transporte e 
a gestão da frota implica em definir as estratégias do setor de transporte 
e distribuição, que vão impactar em todos os envolvidos na cadeia de 
suprimentos e ser fatores decisivos para alcançar menor tempo, custo 
e movimentação dos produtos para o cliente final. Desse modo, o nível 
de serviço é maior, possibilitandopontos de vantagens competitivas. 
A vantagem competitiva também é um fator muito importante para 
manutenção e crescimento das empresas, em virtude da concorrência 
cada vez mais alta no mercado, em que o cliente possui o poder de 
escolha e de decisão elevado.
Neste capítulo, você vai estudar a gestão de frotas e sua definição. Vai 
também conferir os fatores que afetam os meios de transporte e como a 
administração das frotas implica nos resultados da empresa.
1 Gestão de frotas
A frota de uma organização corresponde a todos os veículos responsáveis 
por transporte e movimentação de pessoas e produtos de uma organização. 
A frota possibilita o atendimento efetivo de demandas de clientes e todos 
os interessados, seja nos produtos adequados ao consumo seja nos serviços 
necessários para o desenvolvimento da empresa.
Para aperfeiçoar os processos de distribuição de uma empresa, Ching 
(2010) afirma que é importante incluir:
  rápida entrega com curto espaço de tempo de notificação pelo cliente;
  reposição contínua de mercadoria;
  entregas para os pontos de uso;
  equipamentos adequados;
  capacidade de transação via troca eletrônica de dados. 
Bowersox et al. (2014) citam que o setor de transportes evoluiu ao longo 
dos anos, ampliando seus dados e informações. Essa ampliação torna os dados 
mais confiáveis, e o setor mais econômico e eficiente, além de mais preciso e 
previsível, em virtude da tecnologia constante e dos processos de inovação. 
No âmbito da tecnologia, são diversos os sistemas computacionais que 
auxiliam diretamente em planejamento, gestão e implementação do setor de 
transporte. O acompanhamento de envio e recebimento de informações e 
notificações fica mais rápido e preciso, tornando a relação mais fortalecida e 
possibilitando uma maior integração em todos os elos da cadeia. Por exemplo, 
fica mais fácil prever as oscilações de demanda, que influenciam diretamente 
no efeito chicote da empresa, e no número de veículos necessários para fazer 
a distribuição e movimentação dos produtos.
O efeito chicote ocorre quando há uma variação de demanda não esperada, o que 
provoca elevação ou diminuição de estoque na empresa de forma descontrolada. 
Isso faz com que a empresa não consiga atender à necessidade do cliente por falta de 
produto ou eleve o custo de estocagem por excesso de produtos, sem o giro previsto. 
Esse efeito ocorre quando não há um cálculo apropriado da previsão de demanda 
ou quando algum dos elos não repassa as informações corretas às outras empresas 
(BOWERSOX et al., 2014).
Gestão de frotas2
Para um processo de logística eficiente e eficaz, que atenda o cliente rapi-
damente e de acordo com a necessidade, é importante uma gestão de todos os 
setores da organização, incluindo o de transportes. A administração do setor 
de transportes deve considerar uma análise geral, incluindo a gestão de frotas, 
de forma efetiva e constante. Não é suficiente uma gestão positiva apenas 
no curto prazo, pois isso ampliará o número de manutenções corretivas, que 
podem mascarar os devidos ganhos/custos de uma organização. É necessária, 
portanto, uma preocupação constante, planejada e mensurada. 
Uma determinada empresa distribui seus produtos com frota própria e está tendo 
prejuízos nos últimos meses. Buscando uma solução, essa empresa contrata um novo 
gestor de frotas para analisar o setor e propor mudanças. 
Inicialmente, o gestor realiza um diagnóstico inicial da empresa para descrever como 
é o cenário atual da organização. Depois, apresenta um planejamento que promete 
reduzir os custos em 50% e fazer crescer a organização. Para isso, ele propõe reduzir 
o número de manutenções preventivas nos veículos. Além disso, propõe que a mão 
de obra da empresa passe a ser de responsabilidade de funcionários que recebam 
salário mais baixo, não sendo necessário exigir experiência para a função. Apresenta 
à empresa dados numéricos com uma redução de 50% nos custos do setor, o que é 
tentador ao gestor.
No entanto, se o dono da empresa pensar apenas no curto prazo e colocar em 
prática o que é proposto pelo novo gestor de frotas, no longo prazo é possível que 
os gastos sejam muito maiores. Isso porque, sem manutenções preventivas, o número 
de manutenções corretivas tende a aumentar, e elas costumam ter preços bem mais 
elevados. Além disso, contratar funcionários com pouca experiência gera riscos de 
acidentes, o que irá onerar ainda mais os custos da empresa. Com essa análise, o 
dono da empresa percebe que as soluções apresentadas pelo gestor de frotas não 
são adequadas e resolve não colocar em prática.
Como foi possível observar no exemplo, não é interessante que se econo-
mize excessivamente nesse setor. O que deve ser realizado é um planejamento 
adequado para ter resultados favoráveis a curto, médio e longo prazo. Nem 
sempre o custo mais baixo no setor de transporte será o mais indicado. Uma 
das premissas da logística para entregar um serviço de qualidade máxima ao 
cliente é que a empresa sempre considere o que poderia gerar um gasto mais 
elevado no transporte, mas que justificaria um atendimento da demanda do 
cliente.
3Gestão de frotas
A gestão das frotas deve considerar todos os itens que terão impacto direto 
para um melhor resultado no setor de transporte da empresa. Deve também se 
preocupar com a efetividade das manutenções preventivas, gastos e gerencia-
mento do número de veículos, além da avaliação dos condutores juntamente 
com seu grau de pertencimento e preocupação. 
De acordo com Santos (2009), a manutenção corretiva é aquela realizada 
após o aparecimento de uma pane, voltada a resolver a situação e colocar o 
item novamente adequado para uso. Já a manutenção preventiva está rela-
cionada a ações focadas em inspecionar, detectar e prevenir falhas que podem 
um dia ocorrer, interromper os processos e ampliar os custos. Todas as ações 
realizadas na gestão de frotas buscam diminuir o tempo que o veículo poderá 
ficar parado para uma manutenção corretiva e também o custo elevado dessa 
manutenção, que pode ocorrer em decorrência da falta de prevenção, como 
troca de óleo, verificação de lubrificação, gastos com acidentes, entre outros. 
Deve-se ter uma preocupação constante com tempo dos veículos parados, 
seja para carga e descarga (aguardando novos transportes) seja para manu-
tenções. Esse tempo influencia diretamente na otimização do uso da frota 
existente e faz com que o gestor avalie a real necessidade da frota existente. 
Além disso, o gestor pode avaliar se os custos desta frota são os melhores 
comparados com outras opções existentes (BOWERSOX et al., 2014). 
Na análise da gestão de frotas, é importante conhecer toda a estrutura dos 
veículos e todos os recursos disponíveis. Para isso, deve-se verificar, de forma 
detalhada, a vida de cada veículo, data de compra, data da última revisão, 
consumo médio de combustível, uso de pneus e demais itens pertinentes ao 
uso correto do veículo. De acordo com Paoleschi (2011), a gestão dos trans-
portes deve ser extremamente precisa em suas operações, possuindo a maior 
agilidade, o melhor aproveitamento de carga e o mínimo de perda possível. 
Na análise dos gastos mensais com a frota, realizam-se análises comparati-
vas de rotas e consumos, verificando períodos anteriores, analisando o desgaste 
dos veículos com a comparação entre os motoristas contratados e os caminhos 
percorridos e verificando quais veículos geram maior manutenção e custos. 
Desse modo, encontram-se os possíveis gargalos para verificar as mudanças 
que deverão ser tomadas a fim de reduzir os problemas. Por exemplo, uma 
rota de entrega será feita para uma mesma região por diferentes funcionários. 
Um funcionário apresenta um gasto de R$ 1.200,00, e o outro apresenta um 
gasto de R$ 1.350,00. O gestor de rotas precisa avaliar o que está causando 
essa variação no custo e o que pode ser feito para que seja evitada, além de 
padronizar todas as viagens para essa região com o valor mais baixo. 
Gestão de frotas4Outro fator decisivo é com o preparo e a formação do condutor do veículo. 
Isso diminui a possibilidade de acidentes, que podem causar danos pessoais e/
ou materiais para a empresa, além de impacto negativo na mídia. Além disso, 
é importante desenvolver treinamentos para conscientizar motoristas sobre o 
uso do veículo e maneiras de economizar nos gastos com combustíveis e ma-
nutenções. A conscientização precisa ser feita também para que os motoristas 
estejam preocupados com a segurança de sua vida e do veículo.
As rotas e as formas de montagens de cargas têm impacto significativo 
nos custos desse setor. Por isso, é essencial ter uma definição precisa do 
gerenciamento das rotas da empresa, buscando definir as alternativas de 
percursos mais adequadas. Os sistemas de gerenciamento de transportes são 
essenciais para melhor definição desses percursos. Relatórios e descritivos 
diários de gastos, consumos e informações gerais, como gastos com fretes, 
podem subsidiar as tomadas de decisões do gestor de frotas e servir de caminhos 
para novos planejamentos. Paoleschi (2011) afirma que é necessário planejar 
constantemente as entregas de produtos observando de forma criteriosa os 
custos e prazos, além de buscar um controle rígido e eficaz. 
Para empresas que não contam com o profissional de gestão de frotas dentro 
de sua empresa, existe a possibilidade de contratar empresas especializadas 
nesse tipo de serviço. O investimento a ser realizado deve ser avaliado jun-
tamente com essa empresa. Além disso, é importante avaliar a possibilidade 
de manter uma frota própria analisando o custo-benefício.
A gestão de frotas é essencial para alcançar resultados e exige um controle e uma 
análise precisa de informações. Leia mais no link a seguir: 
https://qrgo.page.link/kP1N7
2 Fatores que afetam os meios de transporte
Meios de transporte possibilitam o deslocamento de produtos e prestadores 
de serviços. Isso impulsiona o processo produtivo e torna possível que o ciclo 
do mercado ocorra de acordo com a cadeia de suprimentos — fornecedores 
5Gestão de frotas
entregam as matérias-primas, indústrias transformam essa matéria-prima em 
produto acabado e enviam ao atacado e ao varejo por meio do transporte, que 
também utiliza do transporte para entregar o produto e/ou serviço adicional, 
caso necessite o cliente. Esses fatores são importantes para o crescimento 
empresarial.
A palavra transporte remete às movimentações de excedentes em busca do es-
cambo — trocas entre fazendeiros. Por exemplo, um fazendeiro produzia milho, mas 
precisava da farinha que era produzida por outro fazendeiro. Então, eles trocavam seus 
excedentes pelos produtos que não produziam e utilizavam os meios de transporte 
para movimentar esses produtos até os locais de consumo e armazenagem. Durante 
o período bélico, as movimentações de insumos e armamentos eram importantes e 
precisavam romper longas distâncias, que dependiam dos meios de transporte de um 
planejamento logístico adequado para atender às demandas existentes. 
A empresa precisa definir o tipo de transporte ou modal a ser utilizado, 
podendo este ser único ou variado de acordo com o produto e a situação. Os 
transportes utilizam tipos de modais de carga, divididos em modal, intermodal 
e multimodal (PAOLESCHI, 2011).
  Modal é aquele que utiliza apenas um meio de transporte, e todas as 
transações necessárias são de responsabilidade única do transportador.
  No intermodal, a movimentação dos produtos é realizada por vários 
modais de transporte. Um único transportador é responsável por organi-
zar o transporte entre os pontos de interligação de modais até o destino 
do produto, mas os documentos podem ficar na responsabilidade de 
cada modal utilizado.
  O multimodal se realiza por meio de dois ou mais modais de trans-
porte. O documento de movimentação é único e de responsabilidade 
do agente transportador.
Os modelos intermodais e multimodais aperfeiçoam o processo de trans-
porte e distribuição e promovem os processos de importação e exportação, 
tornando os limites geográficos mais fáceis de serem alcançados e a possibi-
lidade de ampliar fronteiras de atendimento. 
Gestão de frotas6
Bertaglia (2016) cita que os transportes multimodais utilizam diferentes 
combinações de formatos de transporte. No Brasil, existe uma alta dependência 
do modal rodoviário e um baixo uso do transporte ferroviário, o que deixa o 
País em situação de baixa competitividade quando comparado a países como 
Canadá, Rússia, Índia e Estados Unidos.
Os modais de transportes são divididos em rodoviário, ferroviário, hidro-
viário, dutoviário, aéreo e infoviário. Devem ser escolhidos e aplicados a cada 
tipo de negócio e necessidade do cliente. Bertaglia (2016) e Nogueira (2012) 
apresentam as principais características e definições destes modais.
  O modal rodoviário no Brasil é um dos meios mais utilizados (60% do 
transporte realizado), em virtude da extensa malha de rodovias do País 
e da flexibilidade no tipo de entregas. Entretanto, ainda possui elevado 
custo de frete, o que muitas vezes amplia os custos de distribuição das 
empresas. Esse modal tem papel essencial para o desenvolvimento dos 
processos de multimodalidade e de intermodalidade.
  O modal ferroviário possui mais de 150 anos. Suporta o transporte 
de grandes volumes com valor de transporte baixo, mas não possui 
flexibilidade de movimentação. É considerado o segundo maior meio 
de transporte do Brasil, com um valor de 20% do total do transporte 
realizado. Poderia ser maior, mas o investimento brasileiro nessa in-
fraestrutura é baixo. Esse é um caminho para a otimização no setor de 
transporte, pois torna possível a redução de custos nessa área, e deve 
ser ampliado nos próximos anos. O desempenho desse transporte é 
prejudicado pelo excessivo gasto de tempo em cada transição, além da 
pequena dimensão da malha ferroviária brasileira.
  O transporte hidroviário ou aquaviário é um dos meios mais antigos 
de desbravamento na busca de terras, que expandiu o comércio e trouxe 
os primeiros passos da globalização por meio do escambo de especia-
rias. Apresenta duas modalidades: a fluvial, direcionada à navegação 
em rios, e a marítima, focada nos oceanos. Um fator que dificulta 
esse modal é a falta de modernização de portos, que não possuem 
tecnologia avançada e nem mão de obra qualificada. Mais de 85% da 
exportação brasileira é feita por meio dos portos, o que justificaria 
uma preocupação com melhorias. Além disso, a cabotagem presente 
nessa modalidade, responsável pela navegação entre portos ou pontos 
do território brasileiro utiliza a via marítima e pode utilizar também 
as vias navegáveis interiores.
7Gestão de frotas
  O modal dutoviário é focado em produtos como gases, minérios, 
grãos, petróleo e líquidos. Muda de nome de acordo com o produto 
movimentado, como gasoduto ou oleoduto. É um transporte seguro 
e eficiente, sendo muito utilizado no meio industrial. É considerado 
lento, mas tem como ponto forte o fato de funcionar 24 horas por dia 
e sete dias por semana.
  O transporte aéreo possui custo elevado e baixa flexibilidade, mas 
sua velocidade e segurança na entrega justifica são pontos fortes. O 
que ainda o prejudica é a demora no momento de carga e descarga em 
razão de atrasos nos aeroportos e no desembaraço da alfandega. Além 
disso, depende de outros modais para levar o produto a seu destino 
final, como o modal rodoviário. O modal aéreo é mais indicado para 
itens pequenos com alto valor de custo ou remessas de emergência que 
precisam percorrer longas distâncias em um curto espaço de tempo.
  O modal infoviário é o tipo de transporte mais novo apresentado no 
mercado. Destina-se a transportar produtos como músicas eletrônicas, 
vídeos em tempo real (videoconferências), documentos (e-mail), e-books, 
filmes. Dá condição e viabilidade para a educação à distância. Todas as 
formas de comunicação que antes eram físicas e agora passaram a ser 
virtuais pode, por meiodesse modal, chegar a seus destinatários de forma 
on-line. Aplica-se a diversos negócios para otimização de processos 
com custos mais baixos e velocidade mais rápida e promoção de ações 
integradas, com vantagens competitivas e diferenciais de inovação.
Os custos de cada modal variam de acordo com o produto e com o tipo 
de modal escolhido. Os principais custos fixos e variáveis dos modais de 
transporte são apresentados no Quadro 1.
Gestão de frotas8
Fonte: Adaptado de Nazário (2000).
Modal Custos
Ferroviário
  Altos custos fixos em equipamentos, terminais, vias férreas. 
  Custo variável baixo.
Rodoviário
  Custos fixos baixos (rodovias estabelecidas e construídas 
com fundos públicos). 
  Custo variável médio (combustível e manutenção). 
Aquaviário
  Custo fixo médio (navios e equipamentos). 
  Custo variável baixo (capacidade para transportar grande 
tonelagem). 
Dutoviario
  Custo fixo mais elevado (direitos de acesso, construção, 
requisitos para controle das estações e capacidade de 
bombeamento). 
  Custo variável mais baixo (nenhum custo com mão de obra 
de grande importância). 
Aeroviário 
  Custo fixo alto (aeronave e manuseio e sistemas de cargas). 
  Alto custo variável (combustível, mão de obra e 
manutenção). 
 Quadro 1. Custos fixos e variáveis dos modais. 
Com base nos custos, notam-se as vantagens e desvantagens de cada modal. 
No entanto, para tomar decisões em relação ao modal mais indicado, além 
de custos, é importante avaliar se o nível de atendimento que esse serviço 
entrega está em conformidade com o nível de serviço que o cliente espera. 
Nem sempre o custo mais baixo é o mais viável.
Segundo Bowersox et al. (2014), uma empresa consegue reduzir o custo 
total logístico mesmo optando por um modal de transporte mais rápido e mais 
caro. Isso porque, se for confiável e atender à demanda do cliente, é possível 
reduzir o custo de armazenagem com uma entrega mais eficiente. É preciso, 
para isso, adotar a estratégia de um processo de entrega/produção just in 
time (produção em tempo real). Com esse método, a tendência é diminuir a 
área de armazenagem e de ampliar o setor de transporte para compensar a 
modificação. Dessa forma, a empresa irá receber o pedido do cliente, comprar 
a matéria-prima, produzir o produto e realizar a entrega para o cliente final, 
sem manter estoque de insumos e nem de produtos acabados.
9Gestão de frotas
Bertaglia (2016) afirma que portos e aeroportos usados no transporte ae-
roviário são os grandes impulsionadores para o desenvolvimento do comércio 
internacional. É necessária uma preocupação constante com a infraestrutura 
e ampliação desses locais, para otimizar seus resultados e serviços.
Determinados modais de transporte não conseguem chegar com o produto 
até seu destino final, seja por indisponibilidade da malha existente seja por res-
trições específicas de recebimento ou chegada. Um exemplo é a situação em que 
grandes caminhões não podem entregar em determinados locais de uma cidade, 
como favelas. Cargas levadas pelo modal ferroviário podem não chegar ao seu 
destino por não ter trilhos até o local de entrega. Assim, a mercadoria precisa ser 
repassada a um outro modal de transporte. O mesmo pode ocorrer no transporte 
hidroviário e aeroviário. No momento da venda dos produtos, é importante 
definir a responsabilidade pela entrega do produto: se será do comprador ou do 
fornecedor, se inclui o valor do frete, se inclui todo o percurso ou até o porto. 
Essas informações são firmadas no contrato de compra e venda entre as partes. 
Para se definir o modal de transporte, é necessário considerar qual tipo 
de produto será transportado, como deve ser movimentado e empilhado, qual 
seu grau de perecibilidade entre, outros fatores. Bertaglia (2016) afirma que 
as principais características a serem avaliadas são: 
  preço;
  volume de carga;
  capacidade;
  flexibilidade;
  tempo de demora;
  terminais de carga e descarga; 
  legislação;
  regras governamentais.
O autor também define algumas características a serem avaliadas de acordo 
com o produto: 
  sazonalidade;
  tamanho;
  localização;
  formas de acesso; 
  negociação (inclui análise de prazos e custos);
  disposição geográfica;
  produção;
Gestão de frotas10
  tipos de armazenagem;
  formas de consumo;
  infraestrutura (BERTAGLIA, 2016).
Para decidir o modal transporte levando em consideração o custo e o benefício, 
devem ser feitas algumas perguntas: O que será transportado? Para onde será 
transportado? Quando será transportado? Como será transportado? Respondendo 
esses questionamentos fica mais fácil direcionar o modal e a rota a ser percorrida. 
No processo de montagem de cargas, o responsável precisa ter todas as 
informações disponíveis e atentar às restrições dos clientes. Precisa pensar na 
forma de carregamento de acordo com a maneira que o produto vai ser descar-
regado, além de considerar se haverá frete no retorno de algum insumo ou item.
De acordo com Bowersox et al. (2014), para alcançar um melhor resultado 
na gestão dos transportes e frotas, é importante avaliar:
  os tipos de pedidos e clientes;
  as rotas que serão atendidas;
  o modal mais econômico;
  o rastreamento da carga de pedidos;
  a administração dos custos de transportes.
Para Ching (2010), as características principais relacionadas ao produto são:
  peso;
  volume;
  densidade;
  formato; 
  manuseio;
  valor.
E quanto ao mercado:
  localização;
  grau de concorrência;
  sazonalidade;
  equilíbrio do trafego. 
Quanto maior for o conhecimento do responsável pelo setor de transportes 
referente a seus produtos, clientes, frotas, rotas e funcionários, maior será o 
11Gestão de frotas
resultado alcançado com as ações realizadas. Dessa forma, é possível ter uma 
visão ampla do processo para um aperfeiçoamento de todas as áreas da empresa.
Os transportes representam cerca de 60% dos custos logísticos de uma empresa, que 
incluem: depreciação do veículo, remuneração do capital, salário e gratificações de 
motoristas e ajudantes, cobertura de risco (como seguros), combustível, lubrificação, 
pneus e licenciamento. 
A logística é um sistema que funciona de forma integrada. Para otimizar tempo, 
custo, movimentação e nível de serviço, é preciso que as áreas internas (estoques, 
compras, distribuição) e externas (elos da cadeia de suprimentos) estejam interligadas 
e focadas nos melhores resultados. Isso porque ações incorretas em um dos setores 
ou elos impactam toda a cadeia.
3 Decisões sobre administração de frota
A frota de uma organização é essencial para que o sistema de distribuição ocorra 
de maneira efi ciente, isto é, no menor tempo e com menor custo possível. Dessa 
forma, é possível gerar vantagens em um mercado tão competitivo. Para que 
a distribuição alcance resultados positivos, precisa ser administrada de forma 
correta e estar voltada ao máximo nível de serviço a ser ofertado ao cliente.
Para uma gestão otimizada da frota, é importante considerar qual a estra-
tégia que a organização vai adotar, se vai optar por frota própria ou por frota 
terceirizada. Caso seja adotada a frota própria, deve-se pensar como será a 
gestão, se realizada pela empresa, por um prestador de serviços logísticos ou 
por um operador logístico.
Ao longo do tempo, as organizações perceberam que o processo de ver-
ticalizar (produzir ao máximo os itens necessários ou realizar ao máximo 
seus processos) nem sempre era vantajoso. Explica-se, assim, a importância 
da terceirização de alguns serviços ou processos, focando as estratégias or-
ganizacionais nos processos de horizontalização. Com isso, prestadores de 
serviços logísticos e operadores logísticos passaram a atuar cada vez em maior 
número e gerar retorno positivo para as organizações. 
Os prestadores de serviços logísticos (PSL), inicialmente, foram des-
tinados a desenvolver os setores de distribuição de produtos, transportes e 
Gestão de frotas12
armazenagem, em virtudedo aumento do número de transportadoras existentes. 
Isso teve impacto direto na redução dos valores de fretes e na diminuição de 
serviços inovadores, gerando imposições severas por parte do contratante 
do serviço, que exigia serviços com mais qualidade, porém com preços mais 
baixos. Desse modo, esse segmento obteve uma significativa redução de lucros. 
Diante disso, as empresas passaram a oferecer uma gama maior de serviços 
voltados à área de distribuição, transporte e armazenagem, o que elevou sua 
rentabilidade e foi o início de grande parte dos operadores logísticos existentes 
(NOGUEIRA, 2012).
Operadores logísticos são empresas terceirizadas, de atuação indepen-
dente, que ofertam um vasto rol de serviços logísticos, como armazenagem 
e transporte a ações gerenciais. Esses serviços são divididos em ativos que 
necessitam de investimentos próprios e operadores baseados em informa-
ção e gestão, que repassam o conhecimento de gerenciamento baseado em 
sistemas de informação. Assim, buscam-se soluções customizadas a cada 
cliente (SANTOS, 2009). Operadores logísticos têm competência garantida 
em atividades logísticas e podem desempenhar todas as atividades ligadas à 
área (transporte, suprimentos e estoques/armazenagem). Além disso, é possível 
aperfeiçoar processos por meio de sistemas de informação específicos aplicados 
no gerenciamento de armazéns e transportes, como software de gestão de 
armazéns (WMS) ou software de gestão de transportes (TMS).
A vantagem em se ter um operador logístico está na integração das ati-
vidades e nas transferências de responsabilidade. O operador logístico tem 
conhecimento aprofundado sobre as questões logísticas, o que gera vantagens 
competitivas. Dessa maneira, a empresa pode focar suas ações no negócio 
principal (core business), que realmente irá gerar retorno com a ampliação 
de mercado e de vendas. 
Para conhecer um pouco mais sobre os operadores logísticos acesse o link a seguir:
https://qrgo.page.link/2LzNE
Como exemplo da importância dos operadores logísticos, temos a relação entre a 
Natura e a SSI SCHÄEFER. Leia mais no link a seguir. 
https://qrgo.page.link/9c7Zj
Link
13Gestão de frotas
Para decidir entre uma frota própria e uma terceirizada, é importante 
considerar a organização logística da empresa, juntamente com os valores 
de ativos existentes e os que irão existir com a escolha desta frota. Para uma 
decisão acertada, deve ser considerado o nível de serviço ofertado ao cliente, a 
flexibilidade, a rapidez, as formas de controle, as habilidades administrativas 
da empresa contratante e da contratada, as formas de recrutamento, treina-
mento e o retorno estimado perante esse investimento (BERTAGLIA, 2016).
No uso da frota própria, a organização terá um controle maior de todas 
as ações realizadas pelos seus funcionários, além de uma vantagem nesse 
relacionamento, pois muitas vezes o único contato físico que o cliente terá 
com a empresa será no momento da entrega do produto, o que torna a relação 
mais amistosa e fortalece laços entre a empresa compradora e a fornecedora. 
Claro que isso depende da preparação do funcionário. Ele pode ser instruído 
para esse tipo de contato, e a relação pode ser controlada mediante uma ficha 
de avaliação a cada entrega, preenchida pela empresa compradora. 
Com essa vantagem, surgem todas as decisões a serem realizadas diante 
da frota da empresa, como a manutenção preventiva e corretiva, a análise dos 
custos e da depreciação, o conhecimento da vida útil e da renovação da frota, 
a necessidade de melhorias e treinamentos de otimização com funcionários, a 
resolução de problemas quanto a acidentes, faltas e atrasos durante o processo 
de entrega, desvio de rotas devido a problemas na malha. Todas essas situações 
e outras relacionadas à frota de veículos são de responsabilidade da empresa, 
sendo necessário a criação de departamentos e setores e/ou de parcerias com 
empresas prestadoras de serviços para não interromper o processo de entrega 
e atendimento do cliente.
De acordo com Bertaglia (2016), possuir frotas de veículos voltados a 
prestação de serviços de transporte ou de utilização interna demanda um 
controle rigoroso de manutenção da vantagem competitiva no mercado. Essas 
empresas devem conhecer e controlar os seus ativos, prever a demanda de forma 
eficiente e buscar constantemente a redução de custos, pois estes custos geram 
impactos diretamente no preço dos produtos repassados ao consumidor final. 
Na frota terceirizada, toda a responsabilidade é transferida a outra empresa, 
que fica responsável pelas decisões de transporte e todos os custos envolvidos. 
Fica a cargo da empresa contratante apenas o pagamento mensal do valor 
acordado entre as partes e o controle perante as definições de exigências 
criadas no momento da realização do contrato. A frota própria depende de um 
maior valor investido para compra e manutenção da frota, além de maiores 
custos com mão de obra. Já a terceirização depende de outra empresa para 
realizar seu transporte, podendo assim comprometer sua marca. Essa decisão 
Gestão de frotas14
deve ser tomada com o máximo de responsabilidade, verificando seus custos 
para descobrir se a maior vantagem da empresa está na frota própria ou na 
terceirização.
Bowersox et al. (2014) explicam que decidir entre o uso da frota própria 
ou terceirizada é um dos itens mais importantes para as organizações, já que 
implica diretamente nos custos das empresas. Os autores afirmam que muitas 
empresas estão realizando as atividades de frota de forma unificada, tendo 
parte de sua frota própria e parte terceirizada. 
Os fatores tecnológicos também são importantes no auxílio e no direciona-
mento das tomadas de decisões referente à frota. São essenciais para um bom 
resultado e podem agilizar a comunicação e o deslocamento, tendo impacto 
direto no desempenho dos transportes. A tecnologia possibilita automatizar 
setores e tornar as respostas mais rápidas e precisas no momento das tomadas 
de decisões, sejam as tomadas no dia a dia sejam as focadas estrategicamente 
no futuro, promovendo uma entrega mais rápida conforme a necessidade do 
cliente.
De acordo com Bertaglia (2016), a tecnologia na administração da frota 
pode ser utilizada de várias formas, como controlar onde os veículos estão se 
deslocando por meio de controle via satélite, definir as rotas mais econômicas 
de acordo com as especificidades da entrega e do veículo, além de verificar a 
carga por meio de leitura óptica, promovendo um melhor controle dos estoques. 
Além disso, é possível informar, em tempo real, problemas na entrega ou na 
rota definida e analisar de forma ampliada toda a cadeia de suprimentos em 
virtude da interligação e possibilidade de troca de informações existentes.
Como exemplo de ferramentas importantes na gestão da frota, temos os 
Transportatin Management System (TMS). São sistemas para empresas de 
transporte que auxiliam no planejamento, execução, controle e monitoramento 
da consolidação da carga, entregas e coletas, rastreabilidade da frota e dos 
produtos, auditoria de fretes, apoio à negociação, planejamento de rotas e 
modais, monitoramento de custos e nível de serviço e planejamento e execução 
de manutenção da frota (NOGUEIRA, 2012).
As principais funcionalidades dos TMS para as organizações são moni-
toramento e controle de frotas e cargas, apoio aos processos de negociação e 
promoção de auditoria dos fretes, além do planejamento e da execução de ações 
de transporte. Bowersox et al. (2014) afirmam que um sistema de TMS deve 
identificar e avaliar as estratégias táticas referentes ao transporte para definir 
quais movimentações são mais eficazes seguindo as restrições existentes. 
Desse modo, o planejamento das cargas, a roteirização, o rastreamento e o 
controle são alcançados. Um sistema TMS é um suporte importante para que 
15Gestão de frotas
as organizações possam transpor seus limites e utilizar melhor os recursos 
disponíveis, tornando os processosmais ágeis e eficazes, o que gera resultados 
financeiros positivos.
BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 3. ed. rev. e atual. 
São Paulo: Saraiva, 2016.
BOWERSOX, D. J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimentos. Porto Alegre: AMGH, 2014.
CHING, H. Y. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. 4. ed. São Paulo: Atlas, 
2010.
NAZÁRIO, P. Papel do transporte na estratégia logística. In: FLEURY, P. F.; WANKE, P.; 
FIGUEIREDO, K. F. Logística empresarial. A perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.
NOGUEIRA, A. S. Logística empresarial: uma visão local com pensamento globalizado. 
São Paulo: Atlas, 2012.
PAOLESCHI, B. Logística industrial integrada: do planejamento, produção, custo e qua-
lidade à satisfação do cliente. São Paulo: Érica, 2011. 
SANTOS, G. M. Dicionário de termos técnicos: logística e supply chain. Joinville, SC: Clube 
de Autores, 2009.
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OPERADORES LOGÍSTICOS (ABOL). Perfil dos operadores 
logísticos no Brasil: relatório analítico. São Paulo: ABOL, 2018. Disponível em: https://
abolbrasil.org.br/pdf/1554746504.pdf. Acesso em: 20 fev. 2020.
CALAZANS, F. M. et al. Gestão de frotas no transporte rodoviário de carga. In: SIMPÓ-
SIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA, 11., 2014, Rio de Janeiro. Anais [...]. 
Rio de Janeiro: SEGET, 2014. Disponível em: https://www.aedb.br/seget/arquivos/
artigos14/1620463.pdf. Acesso em: 20 fev. 2020.
HUB Natura: HUB de cosméticos 100% automatizado de ponta a ponta. Itupeva, SP: 
Natura, 2017. 1 vídeo (5 min). Publicado pelo canal SSI Schäefer Brasil. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=E5bQkf9jCiQ&t=37s. Acesso em: 20 fev. 2020.
Gestão de frotas16
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de 
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
17Gestão de frotas
DICA DO PROFESSOR
A gestão de frotas é item essencial nas organizações e sofre interferência de todas as estratégias 
adotadas na empresa. Para otimizar essa gestão, é importante utilizar ferramentas tecnológicas 
que possam auxiliar nas tomadas de decisões que auxiliam no planejamento, controle e 
implementação de novas estratégias.
Na Dica do Professor, você vai conhecer um pouco mais sobre a gestão de frotas e sua relação 
com os sistemas de gerenciamento de transporte. Também vai ver como esses sistemas podem 
gerar resultados positivos à empresa.
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EXERCÍCIOS
1) Custos com transporte têm impacto relevante no faturamento da empresa e elevam o 
preço dos produtos. Por isso, devem ser evitados ao máximo para o alcance de 
melhores resultados financeiros. Avalie as alternativas abaixo e assinale aquela que 
apresenta o principal custo com transporte.
A) A depreciação dos computadores do setor de distribuição.
B) A cobertura de risco com seguros do local de carga e descarga. 
C) Os salários dos funcionários da empresa. 
D) O licenciamento da área ambiental do setor de transporte. 
E) A manutenção corretiva da frota de veículos. 
2) 
Maycon Carbone
Realce
Cada modal de transporte tem suas características próprias, como custos e serviços 
diferenciados, sendo estes fatores predominantes para escolher o transporte 
adequado para os tipos de produtos transportados. Assinale a alternativa que 
completa as lacunas referentes aos tipos de modais de transporte:
_______________ é um serviço lento e sazonal, com preço baixo, que transporta 
produtos baratos e não perecíveis, como carvão e minérios. _______________ é usado 
para movimentar produtos líquidos e gasosos por longas distâncias, sendo seus custos 
de movimentação baixos, mas o custo de instalação é elevado.
A) Dutoviário, Aéreo.
B) Aéreo, Ferroviário.
C) Hidroviário, Rodoviário.
D) Rodoviário, Ferroviário.
E) Hidroviário, Dutoviário.
3) A gestão e definição de rotas de entrega é uma ferramenta importante para a 
otimização da frota e do veículo de transporte, considerando que é essencial que pelo 
menos 80% do veículo esteja ocupado para, então, realizar a entrega. No momento da 
elaboração de rotas, a empresa deve avaliar alguns requisitos. Analise as alternativas 
abaixo e marque aquela que contém esses requisitos:
A) A malha de transporte e as demandas de compras da empresa. 
B) As restrições de cada carga e o número de funcionários da empresa compradora. 
C) As limitações dos veículos e contingências de motoristas. 
Maycon Carbone
Realce
Maycon Carbone
Realce
D) O volume de produção/vendas e o frete retorno.
E) O modal de transporte e a tributação na compra da matéria-prima.
4) O setor de transportes acompanha todo o percurso dos produtos, desde a saída 
do fornecedor até a chegada na empresa compradora ou no consumidor final. Esse 
setor amplia a atividade econômica, por meio da otimização de rotas e recursos, 
quebrando barreiras e superando fronteiras. Sobre o setor de transportes, avalie as 
alternativas abaixo e assinale a alternativa correta.
A) Pode ser composto de frota própria ou frota terceirizada. A frota própria gera o custo mais 
baixo à empresa, tornando o negócio mais rentável.
B) O transporte busca movimentar cargas, pessoas e produtos, sendo um diferencial 
competitivo a empresa que movimenta todos os itens citados.
C) O Brasil tem predominância em seu transporte de cargas por meio de ferrovias, 
que reduzem o custo de transporte e otimizam os resultados da empresa.
D) O setor de transporte deve adotar apenas um modal ou utilizar o formato 
intermodal/multimodal de acordo com negócio da empresa.
E) O transporte hidroviário é o principal responsável na ligação entre fabricantes, produtores 
e indústrias até os distribuidores e consumidores finais no segmento de alimentos. 
5) Ao definir as estratégias de transporte, é importante avaliar os fatores que o afetam 
e as ações que irão reduzir os custos e ampliar os resultados. A escolha do tipo 
de frota, se é própria ou terceirizada, o uso das ferramentas de tecnologia para a 
gestão do setor bem como a definição e a gestão eficiente da frota geram vantagens às 
empresas no setor logístico, tornando maior o nível de serviço oferecido ao cliente. 
Sobre o setor de transporte e suas particularidades, avalie as alternativas abaixo e 
assinale a correta.
Maycon Carbone
Realce
A) A empresa deve verificar seus custos para e saber se a maior vantagem está no uso da frota 
própria ou na terceirização, o que depende do modal de transporte, da legislação e das 
condições econômicas do mercado.
B) A terceirização depende de uma outra empresa para realizar seu transporte, o que amplia a 
marca da empresa e gera maior confiança na relação entre comprador e fornecedor.
C) No momento do transporte, é importante avaliar o processo de roteirização de veículos, no 
qual o sistema de informações CRM é aplicado para auxiliar nessas decisões.
D) A frota terceirizada depende de um maior valor de investimento para compra e 
manutenção da frota, além de maiores custos com mão de obra.
E) Na gestão da frota, é importante avaliar os controles diários de consumo, as manutenções 
preventivas e corretivas, as rotas e o número de acidentes, otimizando assim o setor.
NA PRÁTICA
Aplicar as estratégias de gestão de frotas e compreender os fatores que afetam os processos de 
transportes são desafios para os profissionais de logística que, quando superados, podem gerar 
bons resultados à empresa, promovendo a redução de custos e a ampliação do negócio.
Neste Na Prática, você vai conhecer o estudo de caso do gerente logístico João, que utilizou as 
ferramentas corretas para gestão de frotas. Ele avaliou o mercado e os dados da sua empresa,adotou novas estratégias mediante o uso do cross docking e de mudança de frota própria para 
terceirizada e, assim, conseguiu atingir bons resultados na empresa em que trabalha.
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SAIBA +
Maycon Carbone
Realce
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Dados estatísticos do transporte brasileiro
Para ampliar seus conhecimentos sobre o transporte brasileiro e seus modais, acesse o site da 
Infraestrutura Brasileira e navegue nos itens referentes a transporte, onde você pode ter acesso a 
dados importantes.
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Evoluções que o transporte possibilitou às empresas
Este vídeo apresenta um histórico sobre o desenvolvimento do transporte e dos processos de 
parcerias e terceirização nas empresas.
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Relação custo-benefício na contratação de terceirização
Este artigo apresenta a importância da análise do custo-benefício em relação à terceirização de 
processos logísticos nas empresas, mostrando dados do mercado de terceirização sobre a 
contratação e a mudança de operadores logísticos.
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Uso de um operador logístico na prática
Assista ao vídeo abaixo, que mostra como foi aplicado o processo de terceirização da logística 
na empresa Natura e como isso otimizou os processos.
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