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Custos nos processos de armazenagem APRESENTAÇÃO As decisões sobre estratégias de armazenagem requerem definição do arranjo entre os diferentes componentes logísticos como estrutura de instalações, processamento de pedidos, manutenção de informação, transporte, manutenção de estoques, armazenagem e manuseio. Essas decisões são baseadas em análises balanceadas entre possíveis alternativas para busca de menor custo total. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer métodos de análise e priorização de itens a armazenamento visando ao menor custo possível, bem como a eleição de locais para instalação de depósitos e tecnologias para sua operação com os menores custos totais do sistema. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Analisar os custos nas decisões de armazenagem.• Identificar os custos na localização de depósitos.• Escolher as formas de otimização dos custos de armazenagem.• DESAFIO Você é gestor de estoques da empresa ETQ e solicitou a lista de produtos e valor anual gasto com cada item no último ano, com o objetivo de analisar a possibilidade de planejar a gestão dos estoques de acordo com a metodologia ABC. A lista foi entregue a você conforme segue: Maycon Carbone Caixa de texto Para analisar corretamente é necessário seguir os seguintes passos: Passo 1 – Acrescentar as três colunas à direita na tabela; Passo 2 – Ordenar o valor anual em ordem decrescente; Passo 3 - Calcular o percentual do item sobre o total na coluna valor total; Passo 4 – Calcular o percentual acumulado; Passo 5 – Classificar os 20% (0,20 x 20 itens = 4 itens) dos primeiros itens como classe A; Passo 6 – Classificar 30% dos itens (6 itens) na classe B, e 50% dos itens (10 itens) na classe C) Maycon Carbone Caixa de texto a) Itens 14, 37, 3, 8 - com 63% do valor anual. b) Itens 15, 12, 9, 5, 18, 28 - com (86% - 63%) 23% do valor anual. c) Itens 2, 45, 4, 1, 11, 10, 6, 16, 13, 7 - com (100% - 86%) 14% do valor anual. INFOGRÁFICO Com a intensificação da concorrência decorrente da globalização, os empresários se envolveram de forma intensa na análise de custos e descobriram que um dos custos mais importantes que afetava a lucratividade era o da armazenagem de materiais. Neste Infográfico, você verá um roteiro que perpassa todos os processos da armazenagem, desde escolha do local para o depósito, definição de tamanho e funcionalidades, tecnologias a embarcar e as orientações para colocar o depósito em funcionamento. CONTEÚDO DO LIVRO Neste item, você vai entender os custos que incidem na gestão de armazenagem de materiais e mercadorias. Também aprenderá a fazer o balanço entre as possibilidades de escolha dos locais de armazéns e depósitos; do tipo de tecnologia, hardwares e softwares a usar nas operações e até os tipos de galpões a utilizar. Você vai conhecer métodos de análise e priorização de itens de estoque pelo grau de importância relativa, aprenderá a definição de lotes de compras, de fatores de decisão para escolhas de tipos de depósitos e de locais para instalação, fatores esses relacionados aos custos de obtenção e operação do sistema a médio e a longo prazos. Na obra Gestão de Armazenamento, Estoque e Distribuição, leia o capítulo Custos nos processos de armazenagem base teórica desta Unidade de Aprendizagem. Boa leitura. GESTÃO DE ARMAZENAMENTO, ESTOQUE E DISTRIBUIÇÃO Lúcio José da Silva Custos nos processos de armazenagem Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Analisar os custos nas decisões de armazenagem. Identificar os custos na localização de depósitos. Escolher as formas de otimização dos custos de armazenagem. Introdução Neste capítulo, você vai aprender que a armazenagem, o controle e o manuseio de mercadorias são componentes de custos da logística empresarial e a escolha dos locais onde esse processo se desenvolve é influenciada por esses custos. Por vezes a demanda projetada erroneamente influencia na necessi- dade de maiores ou menores espaços físicos para armazenagem, trazendo consequências para os custos, sendo uma tarefa do gestor de materiais a de reduzir os custos totais com esse processo. Você vai conhecer métodos de análise e priorização pelo grau de im- portância relativa para balizar as decisões e escolhas de tipos de depósitos e de locais para sua instalação relacionados aos custos de obtenção e operação do sistema no médio e no longo prazo. Decisões de armazenagem Eram poucas as empresas que se preocupavam com seus estoques até poucos anos atrás. Normalmente relegavam a guarda, a movimentação e a estocagem de materiais a um almoxarife, que era considerada uma função pouco relevante no contexto da organização. O custo de armazenagem parecia pequeno e sem importância, e permanecia sem avaliação e análise. Não se pensava, portanto, em viabilizar sua redução. Assim como não havia preocupação, também não havia a predisposição para estocar mais do que o necessário, o que teria como objetivo eliminar o risco de faltar para a produ- ção ou para a venda e que poderia trazer como consequência a imobilização financeira acima do necessário, com significativa perda de mercadorias por obsolescência, furtos e outros fatores. Na realidade o custo de armazenamento era bastante significativo e, sem controle ou com controle ineficiente, tendia à ampliação. A atenção era quase totalmente dirigida à produção e às vendas (DIAS, 2010). Com a intensificação da concorrência, decorrente da globalização, os empresários envolveram-se de forma intensa na análise de custos e descobri- ram que um dos custos mais importantes que afetava a lucratividade era o da armazenagem de materiais. A decisão de armazenar é tomada em função das seguintes possibilidades: Reduzir custos de transporte e produção — os estoques de produtos têm a capacidade de reduzir custos de transporte, compensando os custos de produção e estocagem, dependendo do nível desses estoques. Por exemplo, comprar em lotes maiores reduz os custos de pedido e de transportes, ainda que aumentem os custos de armazenagem, em função de aumentar o estoque médio. Coordenar suprimento e demanda — se o produto é sazonal e não é encontrado em qualquer época do ano com facilidade, há a recomenda- ção de estocar para venda fora de safra e época, com valor de mercado superior em função da demanda–oferta. Por exemplo, produtores de frutas aumentam seus lucros quando estocam a mercadoria para permitir a venda em todo o ano e não somente na estação da fruta. Auxiliar processo de produção — produtos como queijos e algumas bebidas precisam de tempo para maturação. Ao invés de vender tudo a um intermediário antes de completar o processo de maturação e recolher os impostos, é possível estocar a mercadoria até finalizar a maturação e escolher o momento de realizar a venda para que, além de evitar o pagamento de impostos antecipados, a venda ocorra no momento que o mercado paga mais e, assim, melhorar a lucratividade. Auxiliar o marketing — a estocagem do produto próximo ao consumi- dor agiliza a entrega e melhora o nível de serviço, que, por consequência, melhora a imagem da empresa. Custos nos processos de armazenagem2 O armazém, depósito ou almoxarifado está ligado diretamente à movi- mentação e transporte interno de cargas, não podendo ser separados. Este processo desenvolvido nestes locais depende muitas vezes de equipamentos para fazer estas movimentações e de métodos especializados para estocar as mercadorias, visando aumentar a qualidade das operações e a produtividade. O capital necessário para montar um sistema de estocagem de cargas eficiente é dependente das condições específicas de estocagem. Não há uma fórmula padrão para isto. Contudo, é recomendável adotar tecnologias e mé- todos flexíveis, como um leiaute adequado, sistemas de identificação de mercadorias e equipamentosde separação automatizados, entre outros, que possam ser usados com custos baixos em caso de alteração do mercado, como redução das vendas ou modificação do tipo de produto a estocar. As características físicas e químicas das mercadorias a serem estocadas e manuseadas definem o sistema de armazenamento e movimentação do depósito ou almoxarifado. Por exemplo, os gases podem ser divididos em categorias distintas, como de alta pressão e baixa pressão, grau de corrosividade, cheiro, etc. Os produtos líquidos e sólidos podem ser apresentados em diferentes embalagens, com volumes e pesos distintos, e os equipamentos precisam estar adequados para estocar e movimentar todos os produtos. O armazém não pode ser pensado como uma estrutura isolada, pois faz parte de uma estrutura maior que podemos chamar de rede logística. Ele precisa ter a capacidade de guardar as quantidades adequadas de mercadorias para garantir a operação da empresa, mas precisa também ser capaz de se ligar aos demais componentes da rede logística para escoar as mercadorias. A Figura 1 apresenta uma rede logística genérica e o armazém ou depósito da empresa deve estar em conexão com ou dentro desta rede. 3Custos nos processos de armazenagem Figura 1. Rede logística genérica e os principais componentes de custos. Fonte: Adaptado de Lucchesi ([2018]). Componentes de custo Elos de rede Compra Transporte de suprimentos Armazenagem Estoque Manuseio Transporte ao cliente Fornecedores Fábricas Centros de distribuição Terminais Zonas de mercado A decisão de estocar ou não determinado item passa pela análise relativa da importância da mercadoria para a empresa. Para isto é fundamental a utilização de técnicas e ferramentas de decisão, como as que seguem. Classificação ABC A classifi cação ABC (ou curva ABC) é um importante instrumento do ad- ministrador de estoques que permite identifi car os itens ou mercadorias de acordo com sua importância relativa para a empresa, classifi cando-as em três categorias A, B e C, podendo fazer a gestão de forma diferenciada para cada categoria (DIAS, 2010). Ordenando os itens pela importância relativa, as classes ABC podem ser defi nidas: Classe A — grupo de itens com importância relativa muito alta e devem receber tratamento administrativo especial. Classe B — grupo de itens com classificação relativa de importância um pouco abaixo dos itens do grupo A. Justificam uma atenção inter- mediária da gestão. Custos nos processos de armazenagem4 Classe C — grupo de itens menos importantes e que não justificam atenção especial da administração de estoque. A classificação ABC é uma metodologia de priorização que ordena as frequências das ocorrências da maior para a menor, de acordo com o princípio de Pareto, que diz que 80% das consequências advêm de 20% das causas. Levando este princípio para a gestão de estoque, poderíamos dizer que se administrarmos com cuidado 20% do estoque (a classe A) estaríamos resolvendo 80% dos problemas. Os outros 80% do estoque (classes B e C) não justificariam o mesmo cuidado na gestão, seja pelo valor financeiro dos itens, seja pela sua facilidade de obtenção com rapidez e a qualquer momento. Nesta metodologia a maior utilidade é a de permitir uma fácil visualização e identificação dos itens mais importantes e valiosos, possibilitando a concen- tração de esforços sobre estes, conforme mostra a Figura 2. Figura 2. Classificação ABC de estoques. 100% 95% 80% Va lo r 20% 30% 50% Número de itens no estoque Assim, os 20% do número de itens da classe A representam 80% do custo das mercadorias e nestas a gestão precisa ter o cuidado, pois, dado seu valor, estocar mais do que o absolutamente necessário representa um grande capital investido em estoques. O grau de importância também leva em conta a difi- culdade e demora para reposição, como no caso de alguns itens importados ou difíceis de serem encontrados. A classe B representa em torno de 30% do número de itens de estoque e em torno de 15% do valor estocado. Estes itens justificam uma gestão um pouco menos exigente que a aplicada na classe A. 5Custos nos processos de armazenagem A classe C representa os demais 50% do número de itens e corresponde a 5% do capital investido, não justificando adicionar a eles grande custo na gestão de estoques, em função do valor financeiro. O Quadro 1 mostra um exemplo de dados já organizados em ordem de- crescente de valor de consumo em determinado período. Na terceira coluna do Quadro 1 está calculado o percentual de cada valor de consumo em relação ao total do gasto, na quarta coluna está o percentual acumulado e, na quinta coluna, a classificação ABC, realizada conforme a regra 20%, 30% e 50% dos itens em cada classe. Fonte: Adaptado de Martins e Alt (2009, p. 213). Item Valor consumido Percentual Percentual acumulado Classificação (A, B C) 00001 35.000.000 28% 28% A 00021 27.000.000 21% 49% A 00034 15.000.000 12% 61% A 00002 11.000.000 9% 69% B 00008 7.000.000 6% 75% B 00055 5.000.000 4% 79% B 00045 4.000.000 3% 82% B 00088 3.900.000 3% 85% B 00049 3.600.000 3% 88% C 00067 3.400.000 3% 91% C 00011 3.000.000 2% 93% C 00097 2.500.000 2% 95% C 00079 2.000.000 2% 97% C 00087 1.900.000 1% 98% C 00077 1.500.000 1% 99% C 00100 1.000.000 1% 100% C Total 126.800.000 Quadro 1. Dados organizados para classificação ABC Custos nos processos de armazenagem6 Percebe-se, no Quadro 1, que apenas três itens são responsáveis por 61% do valor consumido e, por isso, estão classificados como classe A. No outro extremo, classificados na classe C, estão oito itens que consomem 12% dos recursos. Assim justifica-se uma gestão mais apertada para os primeiros itens e mais relaxada para os últimos. A Lei de Pareto (ou Regra 80/20) é um recurso gráfico utilizado para estabelecer uma ordenação nas ocorrências que devem ser explicadas. Sua grande qualidade é permitir uma fácil visualização e identificação das causas ou problemas mais importantes, para facilitar a tomada de decisão ao aplicar formas de solução diferentes para coisas diferentes. Por exemplo: Na gestão de materiais, em torno de 20% dos estoques respondem por 80% dos custos. Uma banca de jornal não pode expor 100% de todas as capas de revistas e por isso escolhe 20% das mais vendidas que geram 80% do faturamento. É comum que 80% do faturamento de uma empresa venha de 20% dos clientes. 20% dos defeitos geram 80% das reclamações. 20% das causas de paradas de máquinas geram 80% do tempo de máquina parada. 20% da população controla 80% da riqueza. Ou seja, o princípio de Pareto mostra que para cada fenômeno, 80% das consequ- ências vêm de 20% das causas. Lote econômico de compras (LEC) A decisão de estocar um determinado item afeta o volume e o valor fi nanceiro aplicado em estoques. Por isso, ao tomar a decisão deve-se perguntar: 1. É econômico estocar o item? 2. É interessante estocar um item indicado como antieconômico para satisfazer um cliente? A primeira questão pode ser respondida com base na matemática, com fórmula decomposta a partir da fórmula do custo total. 7Custos nos processos de armazenagem Custo total de estocagem (CT) = custos diretamente proporcionais (ou Cc) + custos inversamente proporcionais (Cp)+ custos independentes (Ci) � (CT = [(Ca + (i × P) × (Q/2)] + [Cp × (D/Q)] + [Ci + (D × P)]). Onde, Q é a quantidade do lote. Cc representa os custos diretamente proporcionais às quantidades (maior Q, maior custo). Cp representa os custos inversamente proporcionais às quantidades (maior Q, menor custo). Ci representa os custos independentes das quantidades (aluguel, por exemplo). CT representa a soma de Cc, Cp e Ci. Ca é o custo de armazenagem. i é a taxa de juros. P é o preço da mercadoria. D é a demanda. A Figura 3 a seguir representa o Lote Econômico de Compras, demons- trando estes custos. Figura 3. Lote econômico de compras (LEC). Fonte: Adaptadade Martins e Alt (2009). Cu st o ($ ) QLEC C C C P CT CI Custos nos processos de armazenagem8 O Lote Econômico de Compras (LEC) ocorre na interseção das linhas Cc e Cp, ou seja, quando o custo de carregamento (Cc) é igual ao custo de pedido (Cp), sendo o custo total (CT) a soma de Cc e Cp. O cálculo da quantidade do Lote Econômico de Compras (QLEC) pode ser desenvolvido pela seguinte expressão: Como uma parte dos custos sobem à medida que a quantidade aumenta (Cc), e a outra parte dos custos diminui (Cp) quando a quantidade aumenta, o LEC estabelece a quantidade ótima, ou seja, a quantidade mais econômica para adquirir e estocar (MARTINS; ALT, 2009). Então, a primeira pergunta (é econômico estocar o item?) pode ser demons- trada graficamente e com o cálculo do LEC. No entanto, a decisão é sempre tomada por uma pessoa, que pode conhecer os dados e, ainda assim, preferir adotar critérios subjetivos. Já para responder a segunda questão (é interessante estocar um item indicado como antieconômico para satisfazer um cliente?), o critério é totalmente subjetivo. O relacionamento de compras entre a empresa e os fornecedores ocorre mais em função das parcerias estabelecidas e interesses recíprocos do que nas eventuais vantagens de compras em lotes econômicos — sendo essa uma das críticas ao lote econômico de compras. Nem sempre o lote econômico é apli- cável. Para as empresas que adotam o just in time, por exemplo, que pressupõe compra para aplicação direta e estoque zero, o lote ideal é de uma unidade. Outra crítica ao LEC é que seu modelo pressupõe demanda constante durante o intervalo de tempo de avaliação dos custos de carregamento, e custos inde- pendentes como aluguel acabam entrando com critérios discutíveis de rateio. 9Custos nos processos de armazenagem A empresa KYLM vende um produto que tem uma demanda anual de 60.000 unidades. O custo de emissão de um pedido de compra é de R$ 25,00 por pedido. O custo anual de manutenção do estoque ou custo de carregamento (Cc) é de R$ 0,40 por unidade. Qual seria o lote econômico de compra para este item? Elementos do problema: D = 60.000 unidades Cp = R$ 25,00 por pedido Cc = R$ 0,40 /unidade ano Resolução: O lote de compra que define o menor custo total do estoque é de 2.738 unidades. Localização de depósitos A localização dos estoques é uma forma de endereçamento dos itens estocados para que eles possam ser facilmente localizados (MARTINS; ALT, 2009). A localização de depósitos é uma tarefa típica de planejamento da operação logística de uma empresa, e apresenta complexidade em função das variáveis que precisam ser atendidas. Para decidir a localização do armazém é necessário identificar, dentre as alternativas do mercado, aquela que melhor atende às necessidades da orga- nização. Este estudo perpassa os três níveis de planejamento da organização: 1. Nível estratégico — determinação do número, tamanho e localização de fábricas e depósitos. 2. Nível tático — definição da conexão dos clientes aos centros de distri- buição e dos centros de distribuição às fábricas. 3. Nível operacional — definição de planos de contingência, nos quais é possível realocar de forma ótima os clientes em caso, por exemplo, de interdição de uma rodovia ou outro canal de escoamento. Por outro lado, os estudos de localização podem ser usados com obje- tivos mais exploratórios, quando se deseja avaliar o impacto de mudanças no ambiente de negócios da empresa sobre a sua estrutura de suprimento e Custos nos processos de armazenagem10 distribuição. É o que se chama de análise de cenários. Para esta escolha, seja para compra, construção ou aluguel, devem ser avaliados alguns fatores para a formação de um processo logístico eficiente e com custo adequado, tais como: categoria do galpão; proximidade com a fábrica; proximidade com centros urbanos; facilidades para exportação; natureza do produto; custos de mão de obra; e estacionamento para carretas. Categoria do galpão Um galpão de qualidade precisa cumprir alguns requisitos, como: pé direito (distância entre o piso e o teto) alto para aumentar a ventilação e a dispersão térmica; piso resistente para suportar as mercadorias sem rachar, trincar ou correr risco de desmoronamento; possibilidade de cross-docking, no qual os produtos chegam de um lado e são retirados pelo outro flanco, reduzindo o tempo de circulação dentro do estoque; sistema de combate a incêndio; pátio de manobras com dimensões suficientes para facilitar a movimen- tação de entrada e saída de mercadorias do galpão de armazenamento. Cross-docking (ou crossdocking) significa atravessamento de docas e refere-se a um sistema de distribuição em que a mercadoria recebida em um armazém ou centro de distribuição não é estocada, como seria prática comum, mas é imediatamente preparada para o carregamento e distribuição ou expedição. Os produtos de um veículo são recebidos, separados e encaminhados para outro veículo. O crossdocking é usado principalmente nas entregas em centros urbanos, onde a circulação de veículos de grande porte sofre restrições em relação a sua dimensão e peso, impedindo-os de efetuar as entregas. Como a mercadoria não é estocada ela não carrega consigo os custos correspon- dentes de armazenagem. Em relação à categoria de galpões, os seis principais tipos são: 11Custos nos processos de armazenagem Galpão de lona piramidal: uma tenda de lona em formato de pirâmide que consiste em um modelo de depósito para locais pequenos, até 225 m2 (Figura 4). É montado em uma estrutura feita com chapas ou tubos de aço, instalados por meio de encaixe, parafusos e conexões. Figura 4. Galpão de lona piramidal. Fonte: Toldos WJC (c2018, documento on-line). Galpão de lona duas águas: cobre grandes extensões de espaço fechado em um único pavimento, com estrutura sustentada por um sistema de vigas, terças ou tesouras (Figura 5). Pode utilizar teto com peças transparentes para aproveitamento de luz natural e aberturas laterais para melhorar a ventilação do ambiente. Figura 5. Galpão de lona duas águas. Fonte: Logismarket ([2018a]). Custos nos processos de armazenagem12 Galpão metálico e pré-moldado: recomendado para grandes áreas de estocagem ou para verticalização de mercadorias (Figura 6). Sua estrutura dispensa fundação, com montagem rápida, segura e flexível. Figura 6. Galpão metálico. Fonte: Açoplano (2018). Galpão em arco: recomendado para regiões chuvosas e outras precipitações atmosféricas, com reduzido risco de infiltrações, pois possibilita o escoamento do excesso de água para as laterais (Figura 7). Oferece boas soluções de acústica, climatização e condensação. Figura 7. Galpão em arco. Fonte: Logismarket [2018b]). 13Custos nos processos de armazenagem Galpão em shed: pode ser com vãos simples ou múltiplos. Sua cobertura é instalada em formato de degraus para iluminar e ventilar naturalmente a área interna do depósito (Figura 8). Consegue cobrir com êxito grandes espaços. Figura 8. Galpão em shed. Fonte: Full Estruturas (2017). Galpão inflável: é composto exclusivamente por polímeros e não possui suportes metálicos. É pensado para funções emergenciais de curto prazo com facilidade para deslocamentos (Figura 9). Figura 9. Galpão inflável. Fonte: Formatto (2015). Custos nos processos de armazenagem14 Proximidade com a fábrica Para a área de manufatura é interessante ter um galpão de armazenagem de peças localizado o mais próximo possível da fábrica, pois isso permite tanto armazenar suprimentos necessários nas atividades de produção como realizar o estoque dos produtos prontos. Desta forma, o fl uxo entre os processos de recebimento, produção e expedição é facilitado, com maior rapidez das ope- rações e redução de custos, inclusive dos gastos com transporte. Proximidade com centros de consumo Um centro de distribuição é responsável por colocar o produto o mais pró- ximo possível dos seus compradores. Por exemplo,para uma fornecedora de maquinário e peças para indústrias seria interessante fi car próximo a parques industriais. Já para uma empresa de varejo, é mais indicado fi car próximo a grandes centros urbanos, de onde provêm a maior parte dos pedidos. Os ob- jetivos principais são dar agilidade nas entregas, reduzir custos e trazer maior satisfação aos clientes. Uma localização estratégica pode garantir cumprimento de prazos e facilitar novas vendas. Na estratégia de localização, busca-se o acesso facilitado e vantajoso a rodovias e terminais ferroviários e marítimos. Facilidades para exportação Quando a estrutura de armazenagem é destinada para estocar produtos de exportação, a localização ideal deve ser próxima a regiões de conexões inter- modais, com galpões próximos a portos, aeroportos de cargas ou ferrovias que promovam escoamento de produtos para exportação. Natureza do produto O tipo de produto a ser estocado e/ou movimentado é um ponto chave para de- fi nir as melhores localizações para um armazém. Os produtos do agronegócio, por exemplo, são perecíveis e exigem condições especiais de armazenagem, além de risco de perda no tráfego e no engarrafamento de portos. Estes produtos devem fi car o mais próximo possível dos modais de transportes pelos quais deverão passar para evitar os riscos de perda. Já produtos eletrônicos e de alto valor agregado precisam de cuidados em relação à embalagem, manuseio e transporte. Neste tipo de produto, os riscos de perdas por roubos e furtos é alto. 15Custos nos processos de armazenagem Custos de mão de obra É importante identifi car a disponibilidade de mão de obra para a operação do armazém. Caso o galpão logístico fi que longe dos centros urbanos, pos- sivelmente a empresa terá gasto extra com o transporte dos funcionários. O custo da mão de obra de um armazém pode representar até 60% dos custos operacionais de armazenagem. Estacionamento para carretas Um estacionamento de veículos e um local amplo e seguro para movimenta- ções é essencial para garantir que as operações logísticas sejam executadas corretamente, sem correr riscos que podem prejudicar o negócio. O acesso a uma malha rodoviária é extremamente importante, visto que no Brasil mais de 60% das cargas passam por elas, e permite movimentar as mercadorias facilmente. Esse talvez seja o fator mais importante a se considerar, já que se refl ete na distribuição de produtos da empresa. É importante verifi car as condições das rodovias e se há pedágios, pois são fatores que infl uenciam custos e atrasos. Estes fatores devem ser observados no planejamento de um novo depósito da empresa. Uma escolha inadequada pode gerar custos muito grandes tanto na operação como na perda de mercadorias por estocagem inadequada, quando a empresa precisa de uma estrutura para suportar os tipos de negócios com o menor custo possível. Às vezes o valor de aquisição ou aluguel de um de- pósito bem localizado pode parecer muito alto, mas é preciso analisar e fazer simulações tanto no médio, quanto no longo prazo, pois este custo pode ser diluído em muitas operações. Otimização dos custos de armazenagem Todo e qualquer armazenamento de material gera custos, por exemplo: juros, depreciação, aluguel, equipamento de movimentação, deterioração, obsoles- cência, seguros, salários, conservação. Estes custos podem ser agrupados nas seguintes modalidades: Custos nos processos de armazenagem16 Custos de capital (juros e depreciação). Custos com pessoal (salários e encargos). Custos com edificações (aluguel, impostos, energia elétrica, conservação). Custos de manutenção (deterioração, equipamento). Estes custos podem ainda ser classificados quanto à variação: Custos diretamente proporcionais às quantidades — maior quantidade, maior custo. Por exemplo, custos dos processos de armazenagem e movimentação interna. Custos inversamente proporcionais às quantidades — maior quanti- dade, menor custo. Por exemplo, custos dos processos de obtenção das mercadorias, como pedido, recebimento, transporte. Custos independentes em relação às quantidades — custos fixos. Por exemplo, aluguel. O armazém oferece proporciona economia para a empresa pela otimização de custos. Essa redução, no entanto, depende de vários fatores. Daí a impor- tância de um projeto integrado, que deve considerar: Planejamento do armazém: avaliar a área de armazenagem e as condi- ções técnicas e físicas para garantir a qualidade dos produtos armazenados, de acordo com a natureza de cada produto, considerando dimensões, peso e recomendações de manuseio e de segurança. Flexibilização da operação: fazer a adaptação dos corredores, das docas, das portas e dos equipamentos disponíveis para dar condições de recepção simultânea e/ou sucessiva das mercadorias. Simplificação: adaptar a área física do almoxarifado ou depósito às ca- racterísticas dos equipamentos, simplificando o fluxo de entradas e saídas, sem gargalos, procurando maior produtividade. Integração: a integração entre os setores da empresa deve ser planejada para garantir o maior número de atividades simultâneas possíveis, com coor- denação das operações. Usar o crossdocking: a transferência de produtos do fornecedor diretamente para o cliente reduz os custos ao não incorporar os custos de armazenamento. Aproveitamento de espaço físico: o armazenamento feito de forma técnica permite guardar maior quantidade de mercadorias sem afetar a segurança dos trabalhadores e dos itens armazenados. Aproveitamento de equipamentos: a padronização e dimensionamento dos equipamentos e a adoção de procedimentos para sua utilização correta são 17Custos nos processos de armazenagem práticas que reduzem custos no armazenamento. Na eventual necessidade de algum equipamento, o aluguel pode ser uma opção com menor custo. Verticalização: o aproveitamento do espaço aéreo do armazém, desde que não afete a segurança na movimentação das cargas, também contribui para a redução de custos. Mecanização: a mecanização da movimentação de cargas reduz custos da operação de armazenagem, riscos de acidentes e lesões por esforço repetitivo dos trabalhadores, aumentando a produtividade. Automatização: um sistema de automação reduz custos da operação, custos com mão de obra, melhora os controles das mercadorias armazenadas e aumenta a produtividade. Controle: o acompanhamento sistemático dos registros de recebimento, tempo de permanência, entrega e inventário físico das mercadorias possibilita a otimização de custos no sistema de armazenamento. Segurança: o armazém deve oferecer as melhores condições de trabalho ao pessoal e garantir a integridade física das mercadorias armazenadas. Para garantir isto, a equipe de trabalho deve ser treinada para a operação do dia a dia e para o atendimento de emergências. Redução da necessidade de energia: há muitas maneiras de reduzir os custos associados à energia: melhorar o isolamento de edifícios, adotar um sistema de iluminação automática e instalar janelas para aproveitar a luz natural e aquecer o ambiente no inverno. O custo dessas melhorias paga-se em pouco tempo. A otimização de custos no sistema de armazenagem se reflete em todos os setores da empresa, acaba prestando um serviço de maior qualidade para todas as áreas internas e cria melhores condições de trabalho para as áreas de suporte. Custos nos processos de armazenagem18 Para maximizar os lucros das empresas é preciso uma estratégia bem planejada para aumentar a produtividade do armazém e reduzir os custos das operações. Para aprender mais, acesse o link a seguir. https://goo.gl/JSpP1N Para controlar os gastos e organizar os fluxos de despesas de armazenagem e logística, é necessário antes conhecer os principais componentes dos custos logísticos. Acesse o link a seguir e saiba mais. https://goo.gl/U5hg8z Alguns componentes do custo logístico das organizações, outrora poucos signifi- cativos, como o de armazenagem, passam a teruma participação importante. Veja sobre eles no link a seguir. https://goo.gl/3rF5dk AÇOPLANO. Como usar telhas metálicas em paredes e fachadas. 2018. Disponível em: <http://www.acoplano.com.br/blog/como-usar-telhas-metalicas-em-paredes-e- -fachadas/>. Acesso em: 4 ago. 2018. DIAS, M. A. P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010. FORMATTO. Galpão inflável. 2015. Disponível em: <http://formatto.ind.br/galpao- -inflavel/>. Acesso em: 4 ago. 2018. FULL ESTRUTUTRAS. Galpão 5. 2017. Disponível em: <http://fullestruturas.com.br/ estrutura-metalica-para-galpao/galpao-5/>. Acesso em: 4 ago. 2018. LOGISMARKET. Galpão duas águas. [2018a]. Disponível em: <https://www.logismarket. ind.br/topico/galpao-duas-aguas/1254470472-1179618806-p.html>. Acesso em: 4 ago. 2018. LOGISMARKET. Galpão em arco (Viniarco). [2018b]. Disponível em: <https://www.lo- gismarket.ind.br/sansuy/galpao-em-arco-viniarco/4952389671-1179618806-p.html>. Acesso em: 4 ago. 2018. 19Custos nos processos de armazenagem LUCCHESI, R. L. Localização e distribuição. [2018]. Disponível em: <https://slideplayer. com.br/slide/293717>. Acesso em: 4 ago. 2018. MARTINS, P. G; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. TOLDOS WJC. Vantagens do galpão de lonas. c2018. Disponível em: <http://wjctoldos. com.br/vantagens-do-galpao-de-lona-para-empresas/>. Acesso em: 7 ago. 2018. Leituras recomendadas BERTÓ, D. J. Gestão de custos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. COGAN, S. Custos e formação de preços: análise prática. São Paulo: Atlas, 2013. FABRIMETAL. Armazenagem. Os custos da armazenagem e sua distribuição. 2017. Dis- ponível em: <http://www.fabrimetalarmazenagem.com.br/blog/os-custos-da-arma- zenagem-e-sua-distribuicao/>. Acesso em: 4 ago. 2018. LACERDA, L. Armazenagem estratégica: analisando novos conceitos. 2000. Disponível em: <http://www.ilos.com.br/web/armazenagem-estrategica-analisando-novos- -conceitos/>. Acesso em: 4 ago. 2018. LIMA, M. Os custos de armazenagem na logística moderna. 2000. Disponível em: <http:// www.ilos.com.br/web/os-custos-de-armazenagem-na-logistica-moderna/>. Acesso em: 4 ago. 2018. Custos nos processos de armazenagem20 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Conteúdo: DICA DO PROFESSOR Todo e qualquer armazenamento de material gera custos, por exemplo, juros, depreciação, aluguel, equipamento de movimentação, deterioração, obsolescência, seguros, salários, conservação. Nesta Dica do Professor, você verá a representação gráfica dos custos de armazenamento e entenderá a lógica do estabelecimento do lote econômico de compra. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) A decisão de armazenar uma mercadoria pode ser tomada em função de trazer algum benefício para a empresa. Qual situação a seguir se encaixa nesse critério? A) Haver disponibilidade de mão de obra para a operação do armazém. B) O fornecedor desejar aumentar o fornecimento da mercadoria. C) Comprar em lotes maiores, pois reduz os custos de pedido e de transportes. D) Avaliar a área de armazenagem e verificar a existência de condições técnicas e físicas adequadas. E) Possuir capital necessário para montar um sistema de estocagem de cargas. O consumo de uma determinada peça é de 40 mil unidades/ano. O custo diretamente proporcional anual, ou custo de carregamento por peça, é de R$ 1,50 anual, e o custo de obtenção é de R$ 50,00 por pedido. Qual é o lote econômico de compra? 2) Maycon Carbone Realce A alternativa que apresenta a resposta correta é: A) 1.400 unidades por pedido. B) 1.500 unidades por pedido. C) 1.155 unidades por pedido. D) 1.633 unidades por pedido. E) 1.700 unidades por pedido. 3) A classificação ABC, ou curva ABC, é um instrumento do administrador de estoques para identificar as mercadorias de acordo com sua importância relativa para a empresa. A classificação se dá em três categorias, podendo haver gestão de forma diferenciada para cada uma delas. Marque a alternativa que apresenta a resposta correta em relação às definições das categorias ABC. A) A classe A representa em torno de 50% dos itens e 50% do valor gasto com estoque. B) A classe B representa em torno de 20% dos itens e 50% do valor investido no estoque. C) A classe C representa em torno de 30% dos itens e 80% do valor investido em estoque. D) A classe B representa em torno de 50% dos itens e 30% do valor investido em estoque. E) A classe A representa em torno de 20% dos itens e 80% do valor gasto com estoque. 4) Maycon Carbone Realce Maycon Carbone Caixa de texto Elementos da questão: D = 40.000 unidades/ano Cc = R$ 1,50 unidade/ano Cp = R$ 50,00 /pedido Solução a partir da fórmula do Lote Econômico de Compras: QLEC = (2Cp x D)/((Cc)) --> QLEC = (2x 50,00 x 40.000)/((1,50)) --> QLEC = 1.632,99 (como se compra em unidades inteiras, arredonda-se para o valor inteiro imediatamente superior). Resposta: 1.633 unidades é o lote econômico de compras. Maycon Carbone Realce Para definir a localização do armazém, é preciso identificar, dentre as alternativas do mercado, aquela que melhor atende as necessidades da organização. Alguns fatores para a formação de um processo logístico eficiente e com custo adequado devem ser analisados: I – A categoria do galpão e a proximidade com a fábrica facilitam o fluxo entre os processos de recebimento, produção e expedição, com maior rapidez das operações e redução de custos, inclusive os gastos com transporte. II – O estacionamento de carretas pode ajudar a baixar custos, mas o mais importante é ter acesso facilitado às hidrovias, já que mais de 60% do transporte de carga no Brasil é feito por este modal. III – A natureza do produto e custos de mão de obra são fatores importantes para definir a localização do armazém, visto que o tipo de produto pode determinar uma certa localização, mas é preciso considerar também a existência de mão de obra nas proximidades para não ampliar custos com deslocamentos de mercadorias e/ou de pessoas. IV - A proximidade com centros de consumo e a facilidade de exportação exprimem como os custos podem ser reduzidos se os depósitos estiverem localizados nas proximidades dos compradores e com conexões de transportes intermodais. A assertivas corretas são: A) apenas I, II e III. B) apenas I, III e IV. C) apenas II e IV. Maycon Carbone Realce D) apenas III e IV. E) apenas I e III. 5) O armazém oferece várias formas de trazer economia para a empresa pela otimização de custos, desde que observados alguns fatores, preferencialmente em um projeto integrado: I – Planejar, aproveitar o espaço físico, verticalizar e reduzir necessidade de energia são questões que se referem ao ambiente físico do armazém, sua estrutura e condições técnicas para comportar as operações necessárias com menor custo possível. II – Flexibilizar, simplificar, integrar e controlar, se referem a padrões de processos que permitam operar a estrutura de forma racional, produtiva e com menor custo possível. III - Aproveitar os equipamentos, mecanizar, automatizar, se referem aos ganhos em termos de redução de custo que a tecnologia pode agregar ao negócio. IV - Usar o crossdocking e dar segurança se referem à garantia da integridade física dos trabalhadores como vetor de redução de custos de armazenagem. A alternativa que melhor responde a questão é: A) apenas I, II e III são verdadeiras. B) apenas I, III e IV são verdadeiras. C) apenas II e IV são verdadeiras. D) apenas III e IV são verdadeiras. E) apenas I e III são verdadeiras. Maycon Carbone Realce NA PRÁTICA Um centro de distribuição é responsável por colocar o produto o mais próximo possível dos seus compradores. Os objetivos principais são dar agilidade nas entregas, redução decustos e maior satisfação dos clientes. Uma localização estratégica pode garantir cumprimento de prazos e novas vendas. Neste caso prático, você vai verificar a situação de uma fábrica de bebidas que precisava melhorar o nível de serviço ao cliente e resolveu reorganizar os centros de distribuição. Com isso, conseguiu, além do aumento da satisfação do cliente, uma redução significativa de custos da operação. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Custo de Armazenagem - um estudo de caso em uma distribuidora de bebidas Este artigo estuda os custos de armazenagem da empresa como um meio para garantir sua vantagem competitiva frente a seus concorrentes. Ele debruça-se sobre o item que representa o maior volume de distribuição e calculou seus custos de armazenamento. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Uma análise nos custos logísticos no processo de exportação de veículos do Brasil para a Argentina: um estudo de caso Neste artigo, você poderá visualizar a aplicação e a distribuição dos custos totais e os seus impactos nos preços a partir de um estudo de caso de exportação de um produto do Brasil para a Argentina. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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