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O que é Filosofia Ementa Unidade : Filosofia, política e direito. 1.1. O que é Filosofia? 1.2. O que é Filosofia do Direito? 1.3. O nascimento da Filosofia Política. 1.4. Ética e política na Antiguidade: Platão e Aristóteles. Problemas 1º Problema: O que é Filosofia? Tratar sobre o conceito de Filosofia 2º Problema: O que é Filosofia do Direito? Tratar sobre o conceito de Filosofia do Direito Metodologia e Objetivos - METODOLOGIA Aula expositiva e conceitual. - OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS Gerais: explicitar o conceito de Filosofia e Filosofia do Direito. Específicos: 1) Tratar sobre o conceito de Filosofia tendo como fio condutor as diferentes posturas críticas. 2) Tratar sobre o conceito de Filosofia do Direito tendo como fio condutor o positivismo jurídico de Herbert Hart. Relevância Propedêutica: aquele que estudar o conceito de Filosofia terá uma perspectiva introdutória, geral e abrangente do Direito. Política: uma discussão sobre Filosofia envolve uma investigação sobre os fundamentos do Direito. Conjuntural: uma discussão sobre Filosofia envolve um debate sobre temas atuais como a Teoria dos Princípios. As Atitudes Atitude filosófica: Consiste numa postura de não dar aceitação imediata as coisas. Uma postura de estranheza em relação a realidade. As Atitudes Críticas Crítica como pergunta pela essência das coisas: consiste num tipo de crítica que investiga a essência da realidade, geralmente utilizando a pergunta: o que é? Crítica como pergunta pelas condições de possibilidade: consiste num tipo de crítica que investiga, geralmente, as condições da própria crítica, realizando a pergunta: o que possibilita que as coisas sejam? Crítica como suspeita: consiste num tipo de crítica que investiga, geralmente, as condições para a liberdade ou o empoderamento das pessoas. Realiza a seguinte pergunta: o que possibilita a liberdade das pessoas? Crítica como crítica moral: consiste num tipo de crítica que investiga as condições para uma vida justa. Realiza a seguinte pergunta: o que possibilita uma vida ou conduta justa? CRÍTICA COMO ESSENCIAS DAS COISAS Platão: Atenas, 428/427 – Atenas, 348/347 a.C Aristóteles: Estagira, 384 a.C. — Atenas, 322 a.C. Crítica pela condições de possibilidade Wittgenstein (1889-1951) Kant (1704-1824) Crítica da Suspeita Karl Marx (1818-1883) Freud (1856-1939) Crítica Ética Kant (1704-1824) Habermas (1929-) O QUE É FILOSOFIA O QUE A FILOSOFIA NÃO É Visão de Mundo de um Povo: Filosofia corresponde, de modo vago e geral, ao conjunto de idéias, valores e práticas pelos quais uma sociedade apreende e compreende o mundo e a si mesma, definindo para si o tempo e o espaço, o sagrado e o profano, o bom e o mau, o justo e o injusto, o belo e o feio, o verdadeiro e o falso, o possível e o impossível, o contingente e o necessário. Sabedoria de Vida: a Filosofia é identificada com a definição e a ação de algumas pessoas que pensam sobre a vida moral, dedicando-se à contemplação do mundo para aprender com ele a controlar e dirigir suas vidas de modo ético e sábio O QUE A FILOSOFIA NÃO É Esforço racional para conceber o Universo como uma totalidade ordenada e dotada de sentido. Nesse caso, começa-se distinguindo entre Filosofia e religião e até mesmo opondo uma à outra, pois ambas possuem o mesmo objeto (compreender o Universo), mas a primeira o faz através do esforço racional, enquanto a segunda, por confiança (fé) numa revelação divina. O QUE A FILOSOFIA É Fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas. A Filosofia, cada vez mais, ocupa-se com as condições e os princípios do conhecimento que pretenda ser racional e verdadeiro; com a origem, a forma e o conteúdo dos valores éticos, políticos, artísticos e culturais; com a compreensão das causas e das formas da ilusão e do preconceito no plano individual e coletivo; com as transformações históricas dos conceitos, das idéias e dos valores. O QUE A FILOSOFIA É - Esta última descrição da atividade filosófica capta a Filosofia como análise (das condições da ciência, da religião, da arte, da moral), como reflexão (isto é, volta da consciência para si mesma para conhecer-se enquanto capacidade para o conhecimento, o sentimento e a ação) e como crítica (das ilusões e dos preconceitos individuais e coletivos, das teorias e práticas científicas, políticas e artísticas), essas três atividades (análise, reflexão e crítica) estando orientadas pela elaboração filosófica de significações gerais sobre a realidade e os seres humanos. Além de análise, reflexão e crítica, a Filosofia é a busca do fundamento e do sentido da realidade em suas múltiplas formas indagando o que são, qual sua permanência e qual a necessidade interna que as transforma em outras. O que é Filosofia do Direito POSITIVISMO JURÍDICO COMO TRADIÇÃO DOMINANTE Filosofia do Direito consiste num ramo da Filosofia que estuda o Direito. Na tradição do Positivismo Jurídico, geralmente, a preocupação com o estudo do Direito envolve uma diferenciação desse campo para os costumes, a etiqueta e a moral. O Direito é uma criação humana, feito por um Soberano ou por uma Autoridade Política. O Direito é estudado como um fenômeno normativo, isso significa, uma investigação sobre o Dever Ser. THOMAS HOBBES (1588-1679) POSITIVISMO JURÍDICO X CIENTÍFICO Sobre a Diferença entre Positivismo Jurídico e Positivismo Científico Jurídico: consiste num estudo do Direito investigando os documentos jurídicos institucionalizados de maneira positiva, ou seja, pelo Soberano ou Autoridade Política. Científico: consiste num estudo da realidade natural ou social em que a investigação científica ganha um status positivo, isso significa, o mais alto grau de evolução humana. Na tradição do Positivismo Jurídico, o Direito pode ser compreendido mediante a adoção de uma metodologia das ciências naturais (século XVIII-XIX). Augusto Comte (1798-1857) e John Stuart Mill (1806-1873) CARACTERÍSTICAS ANALÍTICAS DO POSITIVISMO JURÍDICO As leis são comandos de seres humanos O argumento de que não há relação entre Direito e Moral O argumento de que existe uma diferença entre Ciências Jurídicas e Ciências Sociais. O argumento de que o Direito é um sistema “fechado”. O argumento de que os argumentos morais são relativos ou subjetivos, diferentes dos argumentos de fato (das ciências naturais) que são certos ou objetivos. Herbert Hart (1907-1992) A teoria das regras sociais de Herbert Hart Crítica como busca pelo Conceito: consiste numa investigação do que é o Direito. Uma retomada do Positivismo Jurídico: uma busca da diferenciação da Moral e do Direito e busca por regras universais do fenômeno jurídico. Uma defesa de que o Direito é uma linguagem: a defesa de uma analítica da linguagem jurídica. A teoria das regras sociais de Hart Crítica as Teorias Imperialistas do Direito: o Direito é oriundo da vontade psicológica de um Soberano. Crítica as Teorias do Direito como coerção: o Direito se resume as normas de Direito Penal. Em relação as teorias Imperialistas Hart defenderá uma concepção de Direito como regras públicas. Em relação as teorias do Direito como coerção Hart defenderá regras Secundárias do Direito. A teoria das Regras Sociais de Herbert Hart O que significa seguir uma regra? A importância do ponto de vista interno A diferença entre Regras Primárias e Secundárias As práticas da Adjudicação como orientadas por Regras de Reconhecimento CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 2001.Piscitelli, Tathiane (Unidade 1) HART, Herbert L. A. O conceito de direito. 2. ed. Tradução de A. Ribeiro Mendes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 2007. (Capítulo 05 e 07) EVANDRO, RICARDO. A Ciência do Direito como uma Ciência Humana: estudo sobre os fundamentos filosóficos e jurídicos do processo de autonomização epistemológica da Ciência do Direito de Hans Kelsen.2014, 161 f. Dissertação (Mestrado em Direito Humanos) – Programa de Pós graduação em Direito da Universidade Federal do Pará (UFPA). Belém. MORISON, Wayne. Filosofia do Direito: dos gregos ao pós modernismo – São Paulo. Martins Fontes, 2006 (Capítulo 1). Referências Bibliográficas