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Relatório Microbiologia

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FAM - FACULDADE DE AMERICANA 
BIOMEDICINA 
 
 
 
 
 
 RA: 20171925 NOME: Jhennyfer dos Santos Barbosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO 
Microbiologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de estágio, apresentado a 
disciplina de microbiologia do curso de 
Biomedicina da Faculdade de Americana, 
sob orientação da tutora Ana Carolina 
Amaral Lopes Marron. 
 
 
 
 
 
Americana-SP 
2020 
 
 
SUMÁRIO 
1. COLORAÇÃO DE GRAM ................................................................. 7 
1.1 INTRODUÇÃO.................................................................................. 7 
1.2 OBJETIVO ........................................................................................ 8 
1.3 MATERIAIS ...................................................................................... 8 
1.4 MÉTODOS ....................................................................................... 8 
1.5 RESULTADOS ................................................................................. 9 
1.6 INTERFERENTES ............................................................................ 9 
1.7 REFERÊNCIAS .............................................................................. 10 
2. UROCULTURA ................................................................................ 11 
2.1 INTRODUÇÃO................................................................................ 11 
2.2 OBJETIVO ...................................................................................... 12 
2.3 MATERIAIS .................................................................................... 12 
2.4 MÉTODOS ..................................................................................... 12 
2.5 RESULTADOS ............................................................................... 13 
2.6 INTERFERENTES .......................................................................... 13 
2.7 REFERÊNCIAS .............................................................................. 13 
3. PROVAS BIOQUÍMICAS ................................................................. 15 
3.1 INTRODUÇÃO................................................................................ 15 
3.1.1 Identificação de bacilos Gram-negativos ................................. 15 
3.1.2 Identificação de bacilos Gram-positivos .................................. 17 
3.2 OBJETIVO ...................................................................................... 18 
3.3 MATERIAIS .................................................................................... 18 
3.4 MÉTODOS ..................................................................................... 18 
3.5 RESULTADOS ............................................................................... 18 
3.6 INTERFERENTE ............................................................................ 22 
3.7 REFERÊNCIAS .............................................................................. 22 
4. ANTIBIOGRAMA ............................................................................. 25 
 
 
4.1 INTRODUÇÃO................................................................................ 25 
4.2 OBJETIVO ...................................................................................... 25 
4.3 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................. 25 
4.4 MÉTODOS ..................................................................................... 26 
4.5 RESULTADOS ............................................................................... 26 
4.6 INTERFERENTES .......................................................................... 27 
4.7 REFERÊNCIAS .............................................................................. 28 
5. COPROCULTURA ........................................................................... 29 
5.1 INTRODUÇÃO................................................................................ 29 
5.2 OBJETIVO ...................................................................................... 29 
5.3 MATERIAIS .................................................................................... 29 
5.4 MÉTODOS ..................................................................................... 30 
5.5 RESULTADOS ............................................................................... 31 
5.6 INTERFERENTES .......................................................................... 32 
5.7 REFERÊNCIAS .............................................................................. 32 
6. SECREÇÃO VAGINAL .................................................................... 34 
6.1 Introdução....................................................................................... 34 
6.2 OBJETIVO ...................................................................................... 34 
6.3 MATERIAIS .................................................................................... 35 
6.4 MÉTODOS ..................................................................................... 35 
6.5 RESULTADOS ............................................................................... 35 
6.6 INTERFERENTES .......................................................................... 37 
6.7 REFERÊNCIAS .............................................................................. 38 
7. ESPERMOCULTURA ...................................................................... 39 
7.1 INTRODUÇÃO................................................................................ 39 
7.2 OBJETIVO ...................................................................................... 39 
7.3 MATERIAIS .................................................................................... 39 
 
 
7.4 MÉTODOS ..................................................................................... 40 
7.5 RESULTADOS ............................................................................... 40 
7.6 INTERFERENTES .......................................................................... 41 
7.7 REFERÊNCIAS .............................................................................. 41 
8. CULTURA DE VIGILÂNCIA ............................................................. 42 
8.1 INTRODUÇÃO................................................................................ 42 
8.2 OBJETIVO ...................................................................................... 43 
8.3 MATERIAIS .................................................................................... 43 
8.4 MÉTODOS ..................................................................................... 43 
8.5 RESULTADOS ............................................................................... 44 
8.6 INTERFERENTES .......................................................................... 44 
8.7 REFERÊNCIAS .............................................................................. 44 
9. HEMOCULTURA.............................................................................. 46 
9.1 INTRODUÇÃO................................................................................ 46 
9.1.1 KIT NF II para não fermentadores de glicose........................... 47 
9.2 OBJETIVO ...................................................................................... 47 
9.3 Materiais ......................................................................................... 47 
9.4 MÉTODOS ..................................................................................... 48 
9.5 RESULTADOS ............................................................................... 48 
9.6 INTERFERENTES .......................................................................... 50 
9.7 REFERÊNCIAS .............................................................................. 50 
10. SECREÇÕES GERAIS................................................................... 52 
10.1INTRODUÇÃO.............................................................................. 52 
10.2 OBJETIVO .................................................................................... 52 
10.3 MATERIAIS .................................................................................. 52 
10.4 MÉTODOS ................................................................................... 53 
10.5 RESULTADOS ............................................................................. 53 
 
 
10.6 INTERFERENTES ........................................................................ 54 
10.7 REFERÊNCIAS ............................................................................ 55 
11. SECREÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR E INFERIOR
........................................................................................................................ 56 
11.1 INTRODUÇÃO.............................................................................. 56 
11.1.1 Teste de PYR ............................................................................ 56 
11.2 OBJETIVO .................................................................................... 57 
11.3 MATERIAIS .................................................................................. 57 
11.4 MÉTODOS ................................................................................... 57 
11.5 RESULTADOS ............................................................................. 58 
11.6 INTERFERENTES ........................................................................ 58 
11.7 REFERÊNCIAS ............................................................................ 58 
12. LIQUOR E LIQUIDOS BIOLOGICOS ............................................. 60 
12.1 INTRODUÇÃO.............................................................................. 60 
12.1.2 Teste de CAMP .................................................................... 61 
12.2 OBJETIVO .................................................................................... 61 
12.3 MATERIAIS .................................................................................. 61 
12.4 MÉTODOS ............................................................................... 62 
12.5 RESULTADOS ............................................................................. 62 
12.6 INTERFERENTES ........................................................................ 63 
12.7 REFERÊNCIAS ............................................................................ 63 
13. BACILOSCOPIA ............................................................................ 65 
13.1 INTRODUÇÃO.............................................................................. 65 
13.1.1 Coloração de Ziehl-Neelsen .................................................... 65 
13.2 OBJETIVO .................................................................................... 65 
13.3 MATERIAIS .................................................................................. 66 
13.4 MÉTODOS ................................................................................... 66 
 
 
13.5 RESULTADOS ............................................................................. 67 
13.6 INTERFERENTES ........................................................................ 67 
13.7 REFERÊNCIAS ............................................................................ 67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1. COLORAÇÃO DE GRAM 
1.1 INTRODUÇÃO 
 Desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram, é 
um método de coloração de bactérias que permite às distinguir com diferentes 
estruturas de parede celular, tamanho, e comportamento a partir das colorações 
que estas adquirem após tratamento com agentes químicos específicos 
(LABORCLIN, 2018). 
A coloração de Gram é o mais importante procedimento de coloração 
sendo que no laboratório de microbiologia clínica é um teste adicional rápido 
para o diagnóstico de agentes infecciosos (LEVY, 2004). Consiste no tratamento 
de uma amostra de uma cultura bacteriana crescida em meio sólido ou líquido, 
com um corante primário, Cristal Violeta, seguido de tratamento com um fixador, 
o lugol. Tanto bactérias Gram-positivas quanto Gram-negativas absorvem de 
maneira idêntica o corante primário e o fixador, adquirindo uma coloração violeta 
devido à formação de um complexo cristal violeta-iodo, insolúvel, em seus 
citoplasmas. Segue-se o tratamento com solvente álcool-acetona, as bactérias 
Gram-positivas retêm o complexo cristal violeta, pelo fato do solvente 
desidratar suas condensas paredes provocando concentração dos poros 
peptidoglicano, tornando-as impermeáveis ao complexo, sendo assim o corante 
primário é contido fazendo com que as células permaneçam coradas, enquanto 
as bactérias Gram-negativas ficam descoradas por ter sua porção lipídica 
dissolvida pelo solvente, tendo assim o complexo violeta removido (LABORCLIN, 
2018). 
A amostra é tratada com um corante secundário, a fucsina, as bactérias 
Gram-negativas, pelo fato de apresentarem uma membrana externa contendo 
lipídeos e peptideoglicano delgado, coram-se em cor-de-rosa quando expostas 
a um corante vermelho, como fucsina (LEVINSON, 2016). 
Com esse tratamento de coloração é possível visualizar ao microscópio 
que as bactérias Gram-positivas coram-se em violeta escura, enquanto as 
bactérias Gram-negativas coram-se em cor-de-rosa (LEVINSON, 2016). 
 
 
8 
 
1.2 OBJETIVO 
 
Compreender a importância do método de Gram para microbiologia 
clínica, entender cada etapa do processo de coloração, bem como a função de 
cada substância utilizada e reconhecer bactérias Gram-positivas e Gram-
negativas ao microscópio. 
 
 
1.3 MATERIAIS 
 
1. 2 Lâminas de vidro 
2. 2 Amostras com crescimento bacteriano 
3. Solução Salina 
4. Alça de inoculação 
5. Bico de bunsen 
6. Cristal Violeta 
7. Lugol 
8. Álcool-acetona 
9. Fucsina 
10. Microscópio 
 
1.4 MÉTODOS 
 
 Preparou-se o esfregaço limpando-se uma lâmina de vidro com papel 
embebido de álcool, com uma alça de inoculação colocou-se uma gota de 
solução salina na lâmina, coletou-se com a ajuda da alça de inoculação uma 
pequena quantidade de crescimento bacteriano da superfície do ágar e 
suspendeu-se na gota de solução salina, espalhou-se suficientemente para 
obter-se um esfregaço fino, deixou-se a lâmina secar em temperatura ambiente. 
 Cobriu-se o esfregaço bacteriano Cristal Violeta por 1 minuto, desprezou-
se o Cristal Violeta e adicionou-se Lugol por 1 minuto, enxaguou-se com água 
corrente, descorou-se cm com álcool-acetona e enxaguou-se novamente com 
água corrente, contra corou-se com Fucsina por 30 segundos, lavou-se com 
água corrente, deixou-se secar e observou-se no microscópio. 
 
9 
 
1.5 RESULTADOS 
 Com a utilização de cinco amostras diferentes foi possível observar 
bactérias Gram-Negativas coradas apenas pela Fucsina mantendo uma 
coloração mais próxima do rosado, e as bactérias Gram-Positivas apresentam a 
coloração Violeta bem definida. Sendo a amostra 1 Pseudomonas bacilos Gram-
negativa, a amostra 2 Escherichia coli também bacilo Gram-negativa, amostra 3 
Streptococcus pyogenes cocos Gram-positiva, amostra 4 Staphylococcus 
aureus também cocos Gram-positiva e a amostra 5 Klebsiella pneumoniae bacilo 
Gram-negativa. 
 
1.6 INTERFERENTES 
 
 Segundo o LABORCLIN (2018), os seguintes fatores podem levar a 
resultados errôneos, como: 
- Após abertos, os componentes tornam contaminações químicas ou 
microbianas que podem inviabilizar sua utilização; 
- Manter os frascos dos padrões sempre fechados de maneira de evitar 
alterações em concentrações; 
- Utilização de reagente vencido, contaminado ou em condições inadequadas; 
- Não utilizar água tamponada adequada para a realização da coloração; 
- Erro na conservação dos reagentes; 
- Deve-se evitar o uso de materiaisque possam contaminar os reagentes, tais 
como ponteiras plásticas de micropipetador reaproveitadas; 
- Deve-se evitar o uso de materiais que possam contaminar os reagentes, tais 
como tubos para a reação; 
- Interpretação equivocada de resultados; 
- Tempo excessivo ou insuficiente de coloração; 
10 
 
- Armazenamento ou transporte de amostra inadequado; 
- Não utilizar a proporção amostra reagente sugerida na técnica; 
- Todas as amostras devem ser manipuladas com extrema cautela, pois podem 
veicular diversas doenças infectocontagiosas (hepatite, SIDA, etc.). 
 
1.7 REFERÊNCIAS 
 
LABORCLIN. Coloração de Gram. Coloração de Gram, Pinhais/PR, p. 1-4, 1 jul. 
2018. Disponível em: https://www.laborclin.com.br/wp-
content/uploads/2019/06/GRAM-3.pdf. Acesso em: 1 mar. 2020. 
LEVINSON, Warren. Microbiologia Médica e Imunologia. 13. ed. [S. l.]: AMGH 
Editora Ltda., 2016. 
 
LEVY, Carlos Emílio. Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de 
Infecção em Serviços de Saúde. 1. ed. aum. [S. l.]: Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária, 2004. 1-381 p. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_microbiologia_completo.pd
f. Acesso em: 1 mar. 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 2. UROCULTURA 
2.1 INTRODUÇÃO 
 
Urocultura é um método laboratorial de determinação qualitativa e 
quantitativa de microrganismos patogênicos no trato urinário (LAB MIC, 2018), 
que leva em conta que existem microrganismos que colonizam frequentemente 
a uretra distal de pacientes, e que raramente causam ITUs (LEVY, 2004), razão 
pela qual além da identificação de bactérias uropatogênicas, a avaliação do 
número de unidades formadoras de colônias (UFC) por ml é um critério 
importante na interpretação da urocultura (LAB MIC, 2018). 
As infecções do trato urinário (ITU) podem ser definidas como a invasão 
e multiplicação de microrganismos no trato urinário, perpetuando na uretra, 
podendo ascender até bexiga e rins (ARANTES et al., 2013). Mais prevalente 
no sexo feminino, devido à menos extensão anatômica da uretra feminina e à 
a maior proximidade entre a vagina e o ânus, tendo em vista que a principal rota 
de contaminação do trato urinário é por via ascendente, entretanto 
também acomete pacientes do sexo masculino associada à manipulação 
do trato urinário e à doença prostática (RORIZ-FILHO et al., 2010). 
Esse fenômeno leva à diferentes patologias como: cistite, pielonefrite, 
bacteriúria assintomática e síndrome uretral aguda (ARANTES et al., 2013), 
classificada quanto à localização em ITU baixa (cistite) e ITU alta 
(pielonefrite) e quanto à presença de fatores complicadores em ITU não 
complicada e ITU complicada (RORIZ-FILHO et al., 2010). 
ITU é definida pela presença de bactéria na urina tendo como limite 
mínimo definido a existência de 100.000 unidades formadoras de colônias 
bacterianas por mililitro de urina (ufc/ml) (RORIZ-FILHO et al., 2010). Os agentes 
etiológicos mais comuns nas ITUs são os bacilos gram-negativos, em destaque 
Escherichia coli, Proteus mirabilis, Klebsiella sp, Serratia sp e cocos gram 
positivo (ARANTES et al., 2013). 
Urocultura é um método laboratorial de determinação qualitativa e 
quantitativa de microrganismos patogênicos no trato urinário, com a utilização 
dos meios (LAB MIC, 2018) Ágar Mac Conkey (MC) que é meio seletivo para 
12 
 
Gram negativo (bacilos, enterobactérias e não fermentadores) que deve inibir o 
crescimento de microrganismos Gram positivo especialmente enterococos e 
estafilococos. Diferencial para a utilização de lactose, quando positiva apresenta 
uma coloração avermelhada, e o meio CLED que permite crescimento das 
enterobactérias, impedindo o espalhamento dos Proteus, a maioria dos Gram 
positivos e leveduras. Isola e quantifica microrganismos Gram positivos, Gram 
negativos e leveduras. Quando apresenta lactose positiva forma colônias médias 
ou grandes amareladas (LEVY, 2004). 
 
2.2 OBJETIVO 
Estabelecer uma rotina seriada de semeadura para a urocultura através 
do isolamento e quantificação de bactérias por semeadura em Ágar MacConkey 
e Cled respectivamente utilizando a quantidade ideal de urina e posterior 
identificação pela coloração de Gram. 
 
2.3 MATERIAIS 
 
1. Placa de Cled 
2. Placa MacConkey 
3. Alça de Platina 
4. Amostra de urina 
5. Bico de bunsen 
 
2.4 MÉTODOS 
 
Homogeneizou-se a amostra manualmente, com o bico de bunsen ligado 
abriu-se o frasco, imergiu-se a alça de platina obtendo-se a amostra de urina, 
dispensou-se a urina sobre uma linha média da superfície da de ágar no sentido 
vertical, utilizou-se a técnica de semeadura quantitativa, com a mesma alça 
espalhou-se a urina formando-se estrias perpendiculares a primeira, obtendo-se 
uma distribuição homogênea e sequencial do início ao fim da estria vertical, 
incubou-se aerobicamente por 18 a 24 h, à temperatura de 35 ±1oC, observou-
se o resultado. Após realizou-se a técnica de coloração de Gram na urina 
13 
 
estudada, levou-se a o microscópio a lâmina para visualização das bactérias 
coradas. 
 
2.5 RESULTADOS 
 Em ambas as placas foi possível notar crescimento bacteriano, 
constatando unidades formadoras de colônias. O Ágar Mac conkey apresentou 
lactose positiva devido a coloração avermelhada das colônias, o Ágar Cled 
apresentou colônias grandes amareladas apresentando assim lactose positiva. 
 Com a coloração de Gram foi possível visualizar na lâmina bacilos Gram 
negativos. 
 
2.6 INTERFERENTES 
Segundo o LAB MIC (2018), os seguintes fatores podem levar a 
resultados errôneos, como: 
- Transporte/armazenamento inadequado das amostras biológicas; 
- Controle de Qualidade vencido/atrasado; 
- Identificação errada do meio semeado; 
- Incubação/Semeadura inadequada dos meios de cultura; 
- Meio de cultura inadequado (armazenamento inadequado). 
2.7 REFERÊNCIAS 
 
ARANTES, Vinicius Pereira et al. PERFIL DE SENSIBILIDADE DE 
MICRORGANISMOS ISOLADOS EM UROCULTURA DE PACIENTES COM 
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA FRENTE A ANTIMICROBIANOS 
COMUMENTE EMPREGADOS NA PRÁTICA MÉDICA, Umuarama, v. 17, n. 3, 
p. 137-140, 1 dez. 2013. Disponível em: 
https://www.revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/5061/2943. Acesso 
em: 8 mar. 2020. 
 
14 
 
LAB MIC. PROCESSAR E INTERPRETAR UROCULTURA. [S. l.]: [s. n.], janeiro 
2018. 1-11 p. 
 
LEVY, Carlos Emílio. Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de 
Infecção em Serviços de Saúde. 1. ed. aum. [S. l.]: Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária, 2004. 1-381 p. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_microbiologia_completo.pd
f. Acesso em: 1 mar. 2020. 
 
RORIZ-FILHO, Jarbas S. et al. Infecção do trato urinário. Infecção do trato 
urinário, Ribeirão Preto, v. 43, p. 118-125, 2010. Disponível em: 
https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/166/167. Acesso em: 8 mar. 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3. PROVAS BIOQUÍMICAS 
3.1 INTRODUÇÃO 
 
Os testes bioquímicos são aparatos utilizados na microbiologia para 
auxiliar na identificação de bactérias (LEAL et al., 2017). Todo microrganismo 
produz alterações nos meios em que se desenvolve, decorrentes das atividades 
metabólicas para (RIBEIRO; SOARES, 2002) obtenção de energia e diferentes 
enzimas específicas usadas para degradar substratos utilizados pelos micro-
organismos como fonte de energia (LEAL et al., 2017). Cada microrganismo 
possui um sistema enzimático específico (perfil bioquímico), resultando daí 
propriedades bioquímicas diversas utilizáveis na prática na sua caracterização 
(RIBEIRO; SOARES, 2002). As provas bioquímicas consistem 
em transformações físicas e químicas no meio de cultura, pela ação de um 
determinado microrganismo (LEAL et al., 2017). 
 As provas bioquímicas fundamentam-se em eventos com utilização de 
fonte de carbono como glicogênioou por utilização de fonte de nitrogênio. Como 
provas bioquímicas utilizadas para o estudo do metabolismo dos carboidratos 
temos (RIBEIRO; SOARES, 2002): 
Teste da lactose determina a capacidade de um microrganismo de 
hidrolisar a lactose incorporada em um meio base com produção de ácido 
(RIBEIRO; SOARES, 2002). 
No meio Mac conkey a presença de ácido torna o meio Rosa e ausência 
amarelas (LEVY, 2004). 
 
3.1.1 Identificação de bacilos Gram-negativos 
 
 Segundo PROBAC DO BRASIL (2019) o Enterokit B é empregado para a 
identificação exata da grande maioria das enterobactérias isoladas de 
espécimes clínicos, o kit é composto pelos seguintes meios: EPM constituído 
dos testes de fermentação e produção de gás em glicose, produção de H2S, 
hidrólise da uréia e desaminação do triptofano, MILi que incluem os testes de 
motilidade, indol e descarboxilação de lisina e o Citrato de Simmons que 
disponibiliza o teste de utilização do citrato como única fonte de carbono. Esses 
16 
 
testes somados ao da fermentação da lactose na placa de isolamento é que 
permitem essa identificação de bacilos Gram-negativos. 
Segundo o Laborclin (2019) o meio de Rugai com Lisina possui uma série 
bioquímica contendo nove provas as quais são agrupados em um único tubo, 
tendo por objetivo triar bioquimicamente as colônias suspeitas para sua possível 
identificação. As provas bioquímicas presentes no tubo são: reação de indol 
(IND), desaminação do aminoácido L-triptofano (LTD), fermentação da sacarose 
(SAC), produção de sulfeto de hidrogênio (H2S), produção de gás (GAS), 
hidrólise da uréia (URE), fermentação da glicose (GLI), descarboxilação da lisina 
(LIS) e motilidade (MOT). 
Destina-se a identificação presuntiva de enterobactérias oxidase 
negativa, tornando-o assim um meio de cultura diferencial (LABORCLIN, 2019). 
Teste da glicose indica a capacidade de um microrganismo fermentar a 
glicose a um meio base, podendo produzir ácido com gás. Tem como positivo 
quando o meio apresenta cor amarelada devido a presença de ácidos e com ou 
não a produção de gases, e negativo o meio apresenta uma cor rosa devido à 
ausência da fermentação (RIBEIRO; SOARES, 2002). 
Teste do Citrato afirma se um microrganismo é capaz de utilizar o citrato 
como única fonte de carbono para seu crescimento com consequente 
alcalinização (RIBEIRO; SOARES, 2002). Quando o meio se torna alcalino 
sendo assim positivo sua cor fica azul, enquanto negativo apresenta cor verde 
sem alterações no meio (LEVY, 2004). 
Como provas bioquímicas utilizadas para o estudo do metabolismo de 
aminoácidos temos (RIBEIRO; SOARES, 2002): 
Teste de lisina descarboxilase indica a habilidade enzimática de um 
determinado microrganismo em descarboxilar o aminoácido lisina, com a 
consequente alcalinização do meio de cultivo, pela formação da enzima 
correspondente. No teste positivo o meio exibe coloração púrpura, meio alcalino 
e turvo, já o negativo uma coloração amarelada com meio ácido (RIBEIRO; 
SOARES, 2002). 
Teste de desaminação do L-Triptofano O triptofano é um aminoácido que, 
quando degradado por certas bactérias, leva à formação de produtos 
metabólicos intermediários que são representados pelo ácido indol pirúvico 
(RIBEIRO; SOARES, 2002). Em reação positiva o meio se apresenta verde 
17 
 
escuro ou acastanhado, enquanto negativo apresenta coloração inalterada 
(LABORCLIN, 2019). 
Teste de produção de indol estabelece a habilidade de um determinado 
microrganismo em produzir o indol a partir da molécula de triptofano (RIBEIRO; 
SOARES, 2002). É necessário pingar 1 a 2 gotas do reativo Kovacs, quando 
positivo acontece a viragem da cor do reativo para rosa, já a reação negativa o 
reativo apresenta coloração inalterada (LABORCLIN, 2019). 
Teste de produção de ácido sulfídrico estabelece a liberação de ácido 
sulfídrico (H2S) por ação enzimática nos aminoácidos sulfurados (cisteína), 
produzindo uma reação visível (RIBEIRO; SOARES, 2002) de pigmento negro 
quando positivo e negativo quando a ausência dele (LABORCLIN, 2019). 
Teste de produção de urease caracteriza a habilidade de um determinado 
microrganismo em degradar, enzimaticamente, a uréia pela urease, com a 
formação de duas moléculas de amônia (RIBEIRO; SOARES, 2002). Quando 
positiva o meio apresenta coloração azul esverdeada e a reação negativa 
apresenta meio inalterado (LABORCLIN, 2019). 
 Como testes temos também: 
Motilidade a leitura da mobilidade é feita macroscopicamente colocando-
se o tubo contra a luz e observando-se a formação de uma turvação ao redor da 
linha de inoculação, para identificar se as cepas são móveis ou não (HOLANDA; 
ARIMATEIA; MOTTA NETO, 2017). Quando ocorre a turvação do meio a reação 
é positiva, quando não ocorre a turvação indica que só ocorreu crescimento do 
microrganismo na picada centra (LABORCLIN, 2019). 
 
 
3.1.2 Identificação de bacilos Gram-positivos 
 
Os bacilos Gram positivos, nos últimos anos, têm sido relatados com 
crescente frequência como patógenos nosocomiais e estes podem ser 
identificados através de provas bioquímicas (MARASCHIN, 2007). 
Prova da catalase algumas bactérias produzem a enzima catalase, capaz 
de decompor o peróxido de hidrogênio em oxigênio e água. Esse teste é bem 
simples, mas de grande valia no esquema de identificação de cocos (HOLANDA; 
ARIMATEIA; MOTTA NETO, 2017). 
18 
 
Prova da coagulase esse teste é também chamado de teste da coagulase 
livre, uma vez que detecta a enzima secretada extracelularmente, ao contrário 
da prova realizada em lâmina, chamada de coagulase ligada (HOLANDA; 
ARIMATEIA; MOTTA NETO, 2017) 
 
3.2 OBJETIVO 
 
Compreender a importância das provas bioquímicas para microbiologia 
clínica, entender cada teste, bem como a função de cada para identificação de 
enterobactérias. 
 
3.3 MATERIAIS 
1. Agulha Bacteriológica 
2. Bico de Bunsen 
3. Amostra Bacteriana 1 
4. Tubo de ensaio com meio de cultura Rugai com Lisina 
 
3.4 MÉTODOS 
 
Ligou-se o bico de bunsen e flambou-se a agulha bacteriológica, em 
seguida, flambou-se a amostra bacteriana e inseriu-se a agulha bacteriológica 
coletando-se um pouco da amostra, flambou-se novamente a amostra e 
guardou-se, inoculou-se a agulha bacteriológica no tubo de ensaio com meio de 
cultura Rugai com Lisina até o final do tubo, em seguida estriou-se a superfície 
da rampa do respectivo meio, incubou-se. Para realização da prova de indol 
pingou-se na tampa do tubo duas gotas do reativo Kovacs, visualizou-se os 
resultados e utilizou-se a tabela de algarismo para a identificação da 
enterobactéria. 
 
3.5 RESULTADOS 
 
De a cordo com a leitura realizada na tabela de referência da MBiolog 
(2014) foi possível comprovar Indol positivo devido a coloração rosa, sacarose 
19 
 
negativa pois não ocorreu mudança na cor do ápice, glicose positiva visto que a 
cor da base ficou amarelada, lisina positiva por conta da cor púrpura na base 
inferior, motilidade negativa em razão da não turvação. 
Com isso o pop da PROBAC DO BRASIL (2019) contém um esquema 
numérico para a determinação das enterobactérias, onde as 8 reações 
bioquímicas do Enterokit B em conjunto a fermentação da lactose na placa de 
isolamento onde foram constituídas em 3 conjuntos de provas. A soma de cada 
um destes conjuntos produz um algarismo, de modo que o resultado produz um 
número de 3 dígitos, que identifica uma espécie bacteriana. 
 Os 3 conjuntos de provas e seus valores são: 
Tabela 1 - Conjuntos de provas bioquímicas e valores 
1ºALGARISMO 2ºALGARISMO 3ºALGARISMO 
Lactose 4 Urease 4 Indol 4 
Gás 2 LTD 2 Lisina 2 
H2S 1 MOT 1 Citrato 1 
Adaptado de PROBAC DO BRASIL (2019) 
 
 Então para reação da cepa investigada é positiva (+), é colocado o 
número correspondente. Resultados negativos equivalem ao valor 0. 
 
Tabela 2 - Identificação da bactéria através do algarismo 
1ºALGARISMO 2ºALGARISMO 3ºALGARISMO 
Lactose 0 Urease 0 Indol 4 
Gás 0 LTD0 Lisina 2 
H2S 0 MOT 0 Citrato 0 
 
 Obtendo assim o número 006, corresponde à bactéria Escherichia 
coli na lista de número espécie bacteriana segundo PROBAC DO BRASIL 
(2019). 
 
Número espécie bacteriana segundo PROBAC DO BRASIL (2019): 
 
000 Shigella sonnei - Yersinia pestis - Shigella spp 
004 Shigella spp - Yersinia enterocolitica - Escherichia coli 
20 
 
006 Escherichia coli 
011 Citrobacter freundii 
012 Hafnia alvei 013 Serratia marcescens - Hafnia alvei 
014 Escherichia coli 
015 Citrobacter diversus 
016 Escherichia coli 035 Providencia stuartii - Providencia alcalifaciens 
040 Yersinia pseudotuberculosis - Yersinia enterocolitica 
044 Yersinia enterocolitica 
051 Citrobacter freundii 
053 Serratia marcescens 
055 Citrobacter diversus 
070 Proteus penneri 
074 Morganella morganii 
075 Providencia stuartii - Providencia rettgerii 
111 Citrobacter freundii 
112 Salmonella Typhi 
113 Salmonella spp 
151 Citrobacter freundii 
170 Proteus mirabilis - Proteus penneri 
171 Proteus mirabilis 
174 Proteus vulgaris 
175 Proteus vulgaris 
202 Hafnia alvei 
204 Escherichia coli 
206 Escherichia coli 
210 Salmonella Paratyphi A - Serratia liquefaciens 
211 Citrobacter freundii - Serratia liquefaciens 
212 Hafnia alvei - Salmonella Choleraesuis - Serratia liquefaciens 
213 Serratia marcescens - Salmonella Choleraesuis - Serratia liquefaciens 
214 Escherichia coli 
215 Citrobacter diversus 
216 Escherichia coli 
235 Providencia alcalifaciens 
251 Citrobacter freundii 
21 
 
253 Serratia marcescens 
255 Citrobacter diversus 
270 Proteus penneri 
274 Morganella morganii 
310 Salmonella Paratyphi A 
311 Citrobacter freundii 
312 Salmonella Choleraesuis 
313 Salmonella Choleraesuis - Salmonella spp 
316 Edwardsiella tarda 
351 Citrobacter freundii 
370 Proteus mirabillis - Proteus penneri 
371 Proteus mirabillis 
374 Proteus vulgaris 
375 Proteus vulgaris 
404 Escherichia coli 
406 Escherichia coli 
410 Serratia liquefaciens 
411 Citrobacter freundii - Enterobacter cloacae - Serratia sp. 
412 Serratia liquefaciens 
413 Serratia sp 
414 Escherichia coli 
415 Citrobacter diversus 
416 Escherichia coli 
417 Serratia odorifera 
443 Klebsiella pneumoniae 
447 Klebsiella oxytoca 
451 Citrobacter freundii - Enterobacter cloacae 
455 Citrobacter diversus 
511 Citrobacter freundii 
551 Citrobacter freundii 
604 Escherichia coli 
606 Escherichia coli 
607 Klebsiella oxytoca 
610 Serratia liquefaciens 
22 
 
611 Citrobacter freundii - Enterobacter cloacae - Serratia sp 
612 Serratia liquefaciens 
613 Enterobacter aerogenes - Serratia sp 
614 Escherichia coli 
615 Citrobacter diversus 
616 Escherichia coli 
643 Klebsiella pneumoniae 
647 Klebsiella oxytoca 
651 Citrobacter freundii - Enterobacter cloacae 
655 Citrobacter diversus 
711 Citrobacter freundii 
751 Citrobacter freundii 
 
Tendo a possível a confirmação de Escherichia coli enterobactéria Gram 
negativa, fermentativa, anaeróbia facultativa, que é uma bactéria comensal 
(COURA; LAGE; HEINEMANN, 2014). 
 
3.6 INTERFERENTE 
Segundo o LABORCLIN (2019), os seguintes fatores podem levar a 
resultados errôneos, como, armazenamento inadequado da amostra e dos 
produtos utilizados, equipamentos e acessórios em péssimas condições, 
utilização do meio para bacilos Gram negativos não fermentadores de glicose, 
excesso de inóculo, dupla perfuração da cera, perfuração de grande calibre, 
inóculo com quantidade reduzida de micro-organismos e quando o retorno da 
agulha no caminho percorrido, não seja o mesmo. 
3.7 REFERÊNCIAS 
 
COURA, Fernanda M.; LAGE, Andrey P.; HEINEMANN, Marcos B. Patotipos de 
Escherichia coli causadores de diarreia em bezerros: uma atualização, Rio de 
janeiro, v. 34, n. 9, p. 811-818, set. 2014. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
736X2014000900001&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 16 mar. 2020. 
 
23 
 
HOLANDA, Cecília Maria de Carvalho Xavier Holanda; ARIMATEIA, Dayse 
Santos; MOTTA NETO, Renato. Manual de Bacteriologia e de Enteroparasitos. 
Natal: [s. n.], 2017. 134 p. Disponível em: 
https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/24343/5/Manual%20de%20
bacteriologia%20e%20de%20enteroparasitos.pdf. Acesso em: 16 mar. 2020. 
 
LABORCLIN. MEIO DE RUGAI COM LISINA. 11. rev. Pinhais/PR: [s. n.], maio 
2019. 6 p. Disponível em: https://www.laborclin.com.br/wp-
content/uploads/2019/05/meio_de_rugai_com_lisina_510102_2.pdf. Acesso 
em: 16 mar. 2020 
 
LEAL, Mateus Costa et al. PROVAS BIOQUÍMICAS: ELABORAÇÃO DE 
MATERIAL DIDÁTICO, Ceará, ano 2016, v. 1, n. 1, 31 maio 2017. Disponível 
em: http://periodicos.ufc.br/eu/article/view/17102. Acesso em: 16 mar. 2020. 
 
LEVY, Carlos Emílio. Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de 
Infecção em Serviços de Saúde. 1. ed. aum. [S. l.]: Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária, 2004. 1-381 p. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_microbiologia_completo.pd
f. Acesso em: 1 mar. 2020. 
 
MARASCHIN, Mariane de Mello. IDENTIFICAÇÃO DE BACILOS GRAM 
POSITIVOS AERÓBICOS ISOLADOS DE ESPÉCIMES CLÍNICOS EM UM 
HOSPITAL ESCOLA. 2007. 86 p. Dissertação (Mestrado em Ciências 
Farmacêuticas) - Universidade Federal de Santa Maria Centro de Ciências da 
Saúde Programa de Pós-Graduação em Ciência Farmacêuticas, [S. l.], 2007. 
Disponível em: 
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/5950/mariane.pdf?sequence=1&is
Allowed=y. Acesso em: 16 maio 2020. 
 
MBIOLOG (Contagem, Minas Gerais). Pessoa & Silva – Rugai Mod. 2. ed. rev. 
Contagem, Minas Gerais: [s. n.], 2014. Disponível em: 
http://www.mbiolog.com.br/site/?page_id=252. Acesso em: 16 mar. 2020. 
24 
 
PROBAC DO BRASIL. ENTEROKIT B. Santa Cecília: [s. n.], 2019. 3 p. 
Disponível em: 
http://www.probac.com.br/Anexos/Bulas/Identifica%C3%A7%C3%A3o/Enterokit
%20B%20rev.03.pdf. Acesso em: 16 maio 2020. 
 
RIBEIRO, Mariangela Cagnoni; SOARES, Maria Magali S. R. Microbiologia 
Prática Roteiro e Manual: Bactérias e fungos. 1. ed. São Paulo, Rio de Janeiro, 
Ribeirão Preto, Belo Horizonte: Atheneu, 2002. 112 p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
4. ANTIBIOGRAMA 
4.1 INTRODUÇÃO 
 
O antibiograma é uma prova de sensibilidade aos antimicrobianos 
utilizada para alguns grupos de bactérias, principalmente para as que adquirem 
resistência facilmente (RIBEIRO; SOARES, 2002). 
O meio ÁGAR MUELLER HINTON é utilizado para a realização do teste 
de avaliação da resistência aos antimicrobianos pelos métodos de difusão em 
disco e E-test para enterobactérias, não fermentadores, Staphylococcus, 
Enterococcus sp (LEVY, 2004). Possui diversas vantagens como: simplicidade, 
habilidade de testar grande números de organismos e flexibilidade de escolha 
do antimicrobiano a ser testado. Entretanto, seus resultados são normalmente 
medidos manualmente (COSTA, 2017). 
O antibiograma é indicado para qualquer microrganismo estreitamente 
relacionado ao processo infeccioso, cuja sensibilidade a drogas normalmente 
empregadas na terapia não seja previsível (RIBEIRO; SOARES, 2002). 
Bactérias podem reagir de forma diferente a um determinado antibiótico, logo, o 
antibiograma propõe combater de forma mais adequada uma determinada 
infecção, devido a reação do antibiótico a um ser vivo que também pode ser 
diferente (COSTA, 2017). 
 
4.2 OBJETIVO 
 
 Verificar a sensibilidade ou resistência das bactérias a determinados 
antibióticos. 
 
4.3 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
1. Cultura de Escherichia coli 
2. Placa de ágar Mueller Hinton 
3. Discos de antibióticos (CPM, AMP, CAZ, AMC, CIP e GEN) 
4. Swab 
5. Pinça esterilizada 
6. Régua 
26 
 
7. Bico de Bunsen 
 
4.4 MÉTODOS 
 
Com o bico de Bunsen ligado, umedeceu-se o swab na cultura e semeou-
se sobre toda a placa uniformemente, colocou-se os discos de antibióticoscom 
o auxílio da pinça em pontos equidistantes, incubou-se por 24 a 48 h a 37ºC, 
verificou-se a presença ou ausência dos halos de inibição ao redor dos discos, 
mediu-se o diâmetro em mm com o auxílio de uma régua e anotou-se os 
resultados. 
 
 
4.5 RESULTADOS 
 
Tabela 3 - Resultados Antibiograma Escherichia coli 
Antimicrobiano Diâmetro do halo (mm) 
Ciprofloxacina (CIP) 36 
Cefepime (CPM) 31 
Ceftazidima (CAZ) 28 
Gentamicina (GEN) 25 
Amoxilina + Ácido Clavulânico (AMC) 21 
Ampicilina (AMP) 13 
 
Valores de Referências: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Figura 1 - Tabela de antibiograma de Enterobacteriaceae 
 
 
 
4.6 INTERFERENTES 
Segundo RIBEIRO; SOARES (2002), os seguintes fatores podem levar a 
resultados errôneos, como: 
- A não utilização de um meio padronizado; 
- Enzimas bacterianas podem alterar o tamanho do halo; 
- A não utilização de inóculos de mesmo tamanho em todos os testes; 
- Concentração inadequada de antibiótico no disco; 
- Difusibilidade do antibiótico; 
- Estabilidade e ação dos antibióticos e quimioterápicos; 
- Período inadequado de incubação das placas. 
28 
 
4.7 REFERÊNCIAS 
 
COSTA, Luan Felipe Rodrigues. Sistema de automatização do antibiograma por 
disco-difusão em aplicação clínica e ambiental, Brasília, ano 2016, p. 82, 9 jan. 
2017. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/22126. Acesso em: 
16 mar. 2020. 
 
LEVY, Carlos Emílio. Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de 
Infecção em Serviços de Saúde. 1. ed. aum. [S. l.]: Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária, 2004. 1-381 p. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_microbiologia_completo.pd
f. Acesso em: 1 mar. 2020. 
 
RIBEIRO, Mariangela Cagnoni; SOARES, Maria Magali S. R. Microbiologia 
Prática Roteiro e Manual: Bactérias e fungos. 1. ed. São Paulo, Rio de Janeiro, 
Ribeirão Preto, Belo Horizonte: Atheneu, 2002. 112 p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
5. COPROCULTURA 
5.1 INTRODUÇÃO 
Ainda nos dias atuais mortes por doenças diarreicas perduram, ocorrendo 
por diversos fatores como idade, deficiência nutricional, falta de saneamento 
básico, higiene precária de alimentos e do próprio corpo, acometendo diversas 
populações, principalmente países em desenvolvimento (SILVA, 2008). 
A coprocultura é um exame utilizado para o diagnóstico de diarréias 
infecciosas, realizando a identificação dos principais agentes bacterianos 
causadores de infecções gastrointestinais (TORRES FILHO, 2013), que são 
transmitidos pela via fecal-oral, podendo ser espécies de bactérias, vírus e 
protozoários, todos possuindo grande número de sorogrupos e biotipos (SILVA, 
2008). 
Geralmente são pesquisados os agentes bacterianos mais 
frequentemente causadores de gastrointerites sendo eles Salmonella spp., 
Shigella spp. e alguns sorotipos de Escherichia coli, podem ser pesquisados 
outros agentes também, porém com menor índice de infecção como o 
Campytobacter spp., Yersinia spp. e Vibrio spp (LABORLAB, 2017). 
De preferência são utilizados meios seletivos e diferenciais, como por 
exemplo ágar Mac Conkey que é importante para os isolamentos das espécies 
de E. coli enteropatogênicas, o ágar XLD (Ágar de desoxicolato-lisina-xilose ) 
utilizado tanto para o isolamento de Salmonella spp. quanto de Shigella spp 
(LABORLAB, 2017) e o ágar ss (ágar salmonella-shigella) que possue 
componentes que inibem microrganismos Gram positivos (ANVISA, 2004). 
5.2 OBJETIVO 
Isolamento e quantificação de bactérias por semeadura em Ágar 
MacConkey e SS respectivamente e posterior identificação pela coloração de 
Gram e uso do enterokit B. 
 
5.3 MATERIAIS 
1. Placa de semeadura (Macconkey) 
2. Placa de semeadura (Meio SS) 
30 
 
5. Alça de platina 
6. Amostra de fezes 
7. Bico de Bunsen 
8. Lâmina microscopia 
9. Solução Salina 
10. Agulha de platina 
11. Enterokit B 
12. Estufa 
13. Placa de ágar Mueller-Hinton 
 
5.4 MÉTODOS 
Ligou-se o bico de bunsen e flambou-se a alça bacteriológica, em 
seguidacoletou-se uma pequena porção da amostra e aplicou-se na placa 
através da técnica por esgotamento, flambou-se novamente a alça bacteriológica 
e realizou-se o mesmo procedimento com outra amostra em outra placa, 
identificou-se as placas como coprocultura. Levou-se a estufa a 35ºC em um 
prazo de 18 a 24 horas e aguardou-se o crescimento. 
Após o período de incubação realizou-se a bacterioscopia da amostra. 
Esterilizou-se uma alça de platina, coletou-se uma pequena porção de solução 
salina depositou-se na lâmina microscopia, flambou-se novamente a alça, 
coletou-se uma alíquota da amostra e dilui-se sobre a solução salina. Aguardou-
se a secagem da lâmina e realizou-se a coloração de Gram. 
Realizou-se a identificação através do enterokit B, onde a inoculação é 
sempre realizada na ordem citrato, epm e mili. Com o auxílio de alça de platina 
selecionou-se uma colônia isolada e repicou-se conforme a ordem dos kits 
esterilizando-se alça a cada repicada. Incubou-se o kit a 35° no período de 18 a 
24 horas. Avaliou-se o enterokit B, começou-se pelo meio epm onde foi avaliado 
a ureia, produção de h2s, ltd e a presença ou não de bolhas de gás, em seguida 
avaliou-e o meio mili onde é visto a motilidade, a lisina e o indol com o auxílio do 
31 
 
reativo de Kovacs, por último avaliou-se o citrato, anotou-se os resultados 
obtidos e utilizou-se a tabela de algarismo para a identificação da enterobactéria. 
Após a identificação efetuou-se a análise do antibiograma deixando na 
estufa de 16 a 18h e anotou-se os resultados. Por último realizou-se a sorologia 
para a bactéria identificada. 
5.5 RESULTADOS 
No teste bacteroscopico foi possível a visualização de bacilos gram-
negativos. No ágar MacConkey foi possível identificar o crescimento de colônias 
incolores podendo ser classificadas como lactose negativa e no ágar SS também 
foi possível visualizar o crescimento de colônias incolores com enegrecimento 
em alguns pontos. 
Notou-se os seguintes resultados do Enterokit B: 
Tabela 4 - Identificação da bactéria através do algarismo 
1ºALGARISMO 2ºALGARISMO 3ºALGARISMO 
Lactose 0 Urease 0 Indol 0 
Gás 2 LTD 0 Lisina 2 
H2S 1 MOT 1 Citrato 0 
 A partir dos resultados obtidos, e localizados na bula do Enterokit B, a 
soma 312 refere-se a bactéria Salmonella Choleraesuis. 
 
 Em relação ao antibiograma a Salmonella Choleraesuis se apresenta 
sensível aos seguintes antimicrobianos: 
Tabela 5 - Resultados Antibiograma Salmonella Choleraesuis 
Antimicrobiano Diâmetro do Halo (mm) 
Ampicilina 26 
Ceftriaxona 33 
 
Tabela de referência: 
 
 
 
32 
 
 
Figura 2 - Tabela de antibiograma de Salmonella spp e Shigella spp 
 
5.6 INTERFERENTES 
 Segundo Lima (2013) e Hu-UFSC (2018) são considerados como 
interferentes para a coprocultura as seguintes situações: 
 
- Utilizar papel higiênico para coletar as fezes (ele pode ser impregnado 
com sais de bário, que são inibidores de patógenos fecais); 
- Contaminação da amostra fecal com urina ou água do vaso sanitário; 
- Fezes não refrigeradas (4ºC) e não transportadas ao laboratório dentro 
de 24 horas para melhor recuperação dos patógenos; 
-Coleta de fezes sem meio de transporte não processada no prazo 
máximo de 1 hora; 
- Fezes sólidas e/ ou formadas; 
- Amostra coletada com administração de antibióticos. 
5.7 REFERÊNCIAS 
 
ANVISA. Descrição dos Meios de Cultura Empregados nos Exames 
Microbiológicos. [S. l.: s. n.], 2004. 66 p. v. 4. Disponível em: 
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/microbiologia/mod_4_2004.pdf. Acesso 
em: 5 nov. 2020. 
 
33 
 
HU-UFSC (SC). Manual de coleta para exames microbiológicos. Florianópolis, 
SC: [s. n.], 2018. 35 p. Disponível em: 
http://www.hu.ufsc.br/setores/laboratorio/wp-
content/uploads/sites/6/2018/07/Manual-de-coleta-para-exames-
microbiol%C3%B3gicos-2018-1.pdf. Acesso em: 5 nov. 2020. 
 
LABORLAB. COPROCULTURA. Pinhais,PR: [s. n.], 2017. Disponível em: 
https://www.laborclin.com.br/wp-content/uploads/2019/06/Coprocultura-rev-
01.pdf. Acesso em: 5 nov. 2020. 
 
LIMA, Elza Gadelha. Manual de coleta, acondicionamento e transporte de 
amostras para exames laboratoriais. 2. ed. Fortaleza: [s. n.], 2013. 142 p. 
Disponível em: https://www.saude.ce.gov.br/wp-
content/uploads/sites/9/2018/06/manual_de_coleta_2013.pdf. Acesso em: 5 
nov. 2020. 
 
SILVA, Carlos Henrique Pessôa de Menezes e. Coprocultura. Protocolos de 
Microbiologia Clínica, [S. l.], n. 86, p. 58-70, 2008. Disponível em: 
https://www.newslab.com.br/wp-
content/uploads/yumpu_files/Especial%20microbiologia%20Pt.%201.pdf. 
Acesso em: 5 nov. 2020. 
 
TORRES FILHO, Helio Magarinos. Gastroenterites infecciosas. Diagnóstico 
laboratorial, Rio de Janeiro, v. 101, n. 2, p. 25-29, mar/abr 2013. Disponível em: 
http://files.bvs.br/upload/S/0047-2077/2013/v101n2/a3986.pdf. Acesso em: 5 
nov. 2020. 
 
 
 
 
 
34 
 
6. SECREÇÃO VAGINAL 
6.1 Introdução 
 
No trato genital feminino pode ocorrer diversas doenças, que apresentam 
origem bacteriana, fúngica, parasitária ou viral. A maioria dessas infecções se 
apresentam assintomática ou causam sintomas discretos. A variedade de 
possíveis agentes é numerosa, em razão disso os exames laboratoriais e a 
interpretação dos resultados devem ser realizados com critério, pois em muitos 
casos microrganismos normalmente colonizadores do trato genital podem ser os 
causadores da doença (LABORLAB, 2020). 
 A microbiota vaginal é formada por diversos microrganismos, diante disso 
no diagnóstico laboratorial são realizados testes para a identificação do agente 
patogênico, tomando como base a etiologia, clínica e prognóstico a fim de um 
tratamento mais eficaz (SANCHES, 2018). 
 A coloração de Gram é uma ferramenta fundamental para o diagnóstico 
microbiológico, de fácil confecção e interpretação (SANCHES, 2018). Onde é 
realizada bacterioscópica pelo Gram, avaliando a ausência ou diminuição de 
leucócitos e de Bacilos de Doderlein que promovem um equilíbrio do 
microambiente local, sendo este mantido por complexas interações entre 
a microbiota normal, os produtos metabólicos microbianos, o estado 
hormonal e a resposta imune do hospedeiro (SANCHES, 2018; LEVY, 2004) , 
se há presença de “clue-cells” que são células escamosas do epitélio vaginal 
cobertas com bactérias de modo que os bordos da célula perdem a definição, se 
contém grande quantidade de bacilos Gram-variáveis (lábeis) (LEVY, 2004). 
 A verificação do tipo de flora que compõe o trato vaginal, a presença de 
processo inflamatório e os agentes patológicos, por meio de cultura isolamento 
em meio seletivo e confecção de lâminas coradas pela técnica de Gram, podem 
instituir um prognóstico eficaz (SANCHES, 2018; LEVY, 2004). 
6.2 OBJETIVO 
Realização de cultura em meio seletivo, bacteroscopia e provas 
bioquímicas para identificação do patógeno. 
35 
 
6.3 MATERIAIS 
1. Placa de ágar chocolate 
2. Placa de ágar sangue 
3. Placa de ágar MacConkey 
4. Bico de Bunsen 
5. Álcool 70% 
6. Alça de platina 
7. Placa de ágar Mueller-Hinton 
6.4 MÉTODOS 
O swab com a amostra já coletada foi colocado em um meio enriquecido 
para que pudesse ser passado paras as placas. Iniciou-se o processo de 
semeadura, seguindo a ordem do meio menos seletivo para o mais seletivo (ágar 
chocolate, ágar sangue e ágar MacConkey). Flambou-se a alça, coletou-se a 
amostra de secreção e realizou-se a semeadura por esgotamento nas placas 
conforme a ordem descrita. Identificou-se as placas, realizou-se tensão de CO2 
nas placas de sangue e chocolate, sobre o calor de uma vela, esperou-se a 
chama da vela apagar, após levou-se as placas, incluindo o ágar MacConkey 
para a estufa a 35° por 18 a 24 horas. Realizou-se a bacteroscopia. Utilizou-se 
uma colônia isolada do ágar MacConkey para a realização da inoculação no 
enterokit B, repicou-se na ordem citrato, EPM e milie e levou-se a estufa por 18 
a 24 horas para a sua visualização. Por último foi feito o antibiograma levando 
para a estufa por 16 a 18 horas a 35º C. Realizou a leitura e anotou todos os 
resultados. 
6.5 RESULTADOS 
Na placa de agar chocolate foi possível observar colônias isoladas, na 
placa de MacConkey apresentou lactose positiva podendo ser identificado o 
crescimento de bacterias Gram negativa lactose e na bacterioscopia foi 
identificado a presença de bacilos gram-negativos. 
36 
 
Os resultados dos 3 conjuntos de provas do Enterokit B, obteve-se os seguintes 
resultados para reação da cepa investigada é positiva (+), é colocado o número 
correspondente. Resultados negativos equivalem ao valor 0. 
Tabela 6 - Identificação da bactéria através do algarismo 
1ºALGARISMO 2ºALGARISMO 3ºALGARISMO 
Lactose 4 Urease 0 Indol 4 
Gás 2 LTD 0 Lisina 0 
H2S 0 MOT 1 Citrato 0 
 
A partir dos resultados obtidos, e localizados na bula do Enterokit B, a 
soma 614 refere-se a bactéria Escherichia coli. 
 
Em relação ao antibiograma a Escherichia coli se apresenta sensível aos 
seguintes antimicrobianos: 
 Tabela 7 - Resultados Antibiograma Escherichia coli 
Antimicrobiano Diâmetro do Halo (mm) 
Imipenem (IPM) 32 
Amicacina (AMI) 26 
Amoxacilina /Ac.Clav. 
(AMC) 
24 
Ampicilina 20 
Cefepime (CPM) 32 
Ceftriaxona (CRO) 32 
Gentamicina 26 
Ceftazidima (CAZ) 27 
Meropenem (MER) 32 
 
Tabela de referência: 
 
 
37 
 
Figura 3- Tabela de antibiograma de Escherichia coli 
 
 
6.6 INTERFERENTES 
Segundo a Prefeitura municipal de campinas (2012) as seguintes 
realizações podem levar a um resultado incorreto: 
- Fazer uso de cremes ou pomadas vaginais ou ainda qualquer tipo de 
medicação local; 
- Estar fazendo uso de antibióticos ou quimioterápicos; 
- Realizar relações sexuais nas últimas 48 horas que antecedem o exame; 
- Estar menstruada ou realizar exame ginecológico com toque ou 
ultrassom transvaginal nas 48 horas que antecedem o exame. 
- Realizar higiene intima antes da coleta; 
- Deixar o Swab dentro do tubo de salina após homogeneizar o material 
de coleta; 
38 
 
- Usar cotonete comercial; 
- Armazenar a amostra em gelo. 
6.7 REFERÊNCIAS 
 
LABORLAB (PR). CULTURA DE SECREÇÕES GENITAL. Pinhais, PR, p. 1-2, 1 
nov. [200-?]. Disponível em: https://www.laborclin.com.br/wp-
content/uploads/2019/06/cultura-de-secre%C3%A7%C3%A3o-vaginal.pdf. 
Acesso em: 10 nov. 2020. 
 
LEVY, Carlos Emílio. Manual de Microbiologia Clínica para o Controle de 
Infecção em Serviços de Saúde. 1. ed. aum. [S. l.]: Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária, 2004. 1-381 p. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_microbiologia_completo.pd
f. Acesso em: 1 mar. 2020. 
 
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS (Campinas). ASSISTÊNCIA 
LABORATORIAL NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS: COLETA DE EXAMES 
LABORATORIAIS. Campinas, SP: [s. n.], 2012. 95 p. Disponível em: 
http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/unidades/laboratorio/Manual_de_
Coleta_de_Exames.pdf. Acesso em: 5 nov. 2020. 
 
SANCHES, José Marcos. BACTERIOSCOPIA VAGINAL POR COLORAÇÃO DE 
GRAM: DO ENSINO MÉDICO À PRÁTICA CLÍNICO-LABORATORIAL NA 
ROTINA EM GINECOLOGIA. [S. l.], v. 10, n. 2, p. 78-86, mai/ago 2018. 
Disponível em: http://journal.unoeste.br/index.php/cv/article/view/1628/2568. 
Acesso em: 10 nov. 2020. 
 
 
 
 
39 
 
7. ESPERMOCULTURA 
7.1 INTRODUÇÃO 
A Espermocultura é um exame laboratorial que tem como objetivo avaliar 
a qualidade do sêmen e detectar a presença de agentes patogênicos, capazes 
de causar processos inflamatórios (IMUNOGENIX 2019). Com essa pesquisa, é 
possível constatar a presença de agentes patogênicos capazes de gerar 
processos inflamatórios, como é o caso de prostatite ou prostovesiculite (LAB 
JULIO VARGAS, 2020). 
Além da cultura bacteriana, também é possível avaliar a presença de 
leucócitos e eritrócitos, onde o aumento de leucócitosacima de 5 milhões no 
sêmen indica um processo inflamatório (LAB JULIO VARGAS, 2020). 
São realizadas semeaduras em diferentes meios de cultura, os quais são 
capazes de identificar os tipos de bactérias ou fungos. Na espermocultura 
quanso há uma infecção, são geralmente pesquisados diversos microrganismos 
como N. gonorrhoeae, G. vaginalis, E. coli, Enterobacter spp., Klebsiella spp., 
Proteus spp., Serratia spp. e Enterococcus spp., que estão mais comumente 
associados a doenças nessa região (LAB JULIO VARGAS, 2020). Em resultados 
positivos, realiza-se o antibiograma que testará o antibiótico ideal para o 
tratamento (LAB SAÚDE REPRODUTIVA, 2015). 
 
7.2 OBJETIVO 
 Realização de cultura em meio seletivo e bacteroscopia para identificação 
do patógeno, bem como realização do antibiograma para verificar a sensibilidade 
ou resistência do patógeno a determinados antibióticos. 
 
7.3 MATERIAIS 
1. Placa de Ágar chocolate 
2. Placa de ágar sangue 
3. Amostra uretral 
4. Alça de platina 
40 
 
5. Placa de ágar Mueller-Hinton 
7.4 MÉTODOS 
Realizou-se a semeadura por meio da técnica de esgotamento em ambas 
as placas, esterilizando a alça para cada semeadura. Identificou-se as placas 
como semeadura, em seguida incubou-se o ágar sangue na estufa e realizou-se 
tensão de CO2 com o ágar chocolate e levou-se para a estufa. Realizou-se a 
bacterioscopia, com a alça de platina retirou-se uma quantidade da amostra e 
espalhou-se na lâmina microscopia. Esperou-se a secagem da lâmina e efetuou-
se a coloração de Gram. Anotou-se os resultados. 
Retirou-se as placas incubadas e observou-se crescimento nas placas, no 
meio ágar sangue realizou-se a prova da catalase. Sobre uma lâmina 
microscopia, colocou-se uma gota de água oxigenada e em seguida com a alça 
flambada, retirou-se uma quantidade da cultura de bactérias e depositou-se 
sobre a lâmina. Avaliou-se os resultados. 
Seguindo os resultados observados, continuou-se para identificação de 
enterococcus, utilizando o teste em NaCl 6,5% e o teste de bile esculina. Com a 
alça de platina coletou-se uma colônia da placa ágar sangue e inoculou-se na 
bile esculina por profundidade e estrias na superfície. No teste em NaCl 6,5% 
inoculou-se o caldo com a colônia homogeneizando bem. Incubou-se os testes 
entre 18 a 24 horas. Realizou-se o antibiograma e incubou-se de 16 a 18 horas. 
Registrou-se os resultados. 
7.5 RESULTADOS 
Na bacterioscopia foi possível observar cocos Gram positivos, no ágar 
sangue não houve hemólise sendo gama hemolítica, o teste de catalase obteve 
resultado negativo, enquanto a bile esculina e a NaCl 6,5% apresentaram 
resultados positivos. Assim o patógeno foi identificado como enteroccocus. 
Em relação ao antibiograma o enteroccocus se apresenta sensível aos 
seguintes antimicrobianos: 
 
 
 
41 
 
Tabela 8 - Resultados Antibiograma Enteroccocus 
Antimicrobiano Diâmetro do Halo (mm) 
Ampicilina 26 
Doxiciclina 30 
Vancomicina 23 
 
Figura 4 - Tabela de antibiograma de Enterococcus 
 
 
7.6 INTERFERENTES 
Segundo o Laboratório Behring (2020) a administração de 
antimicrobianos em algumas situações, pode interferir no resultado. Assim como 
a higienização e a coleta feitas de maneira errônea, utilização de lubrificantes e 
se a amostra for entregue depois de 2 horas após a coleta segundo o 
LABORATÓRIO JULIO VARGAS (2020). 
7.7 REFERÊNCIAS 
 
IMUNOGENIX. O QUE É E PARA QUE SERVE O EXAME DE 
ESPERMOCULTURA? In: O QUE É E PARA QUE SERVE O EXAME DE 
ESPERMOCULTURA? [S. l.], 17 dez. 2019. Disponível em: 
https://www.imunogenix.com.br/post/o-que-%C3%A9-e-para-que-serve-o-
exame-de-espermocultura. Acesso em: 23 nov. 2020. 
42 
 
 
LAB SAÚDE REPRODUTIVA. Espermocultura com Antibiograma. In: LAB 
SAÚDE REPRODUTIVA. Espermocultura com Antibiograma. [S. l.], 1 jan. 2015. 
Disponível em: https://www.labsaudereprodutiva.com.br/testes-
seminais/espermocultura-com-antibiograma/. Acesso em: 23 nov. 2020. 
 
LABORATÓRIO BEHRING. Espermocultura. In: LABORATÓRIO 
BEHRING. Espermocultura. São Paulo, 2020. Disponível em: 
https://www.laboratoriobehring.com.br/exames/E. Acesso em: 10 nov. 2020. 
 
LABORATÓRIO JULIO VARGAS. O que é espermocultura e para que serve?. In: 
LAB JULIO VARGAS. O que é espermocultura e para que serve?. [S. l.], 1 nov. 
2020. Disponível em: https://labjuliovargas.com.br/o-que-e-espermocultura-e-
para-que-
serve/#:~:text=A%20espermocultura%20%C3%A9%20um%20exame,caso%20
de%20prostatite%20ou%20prostovesiculite. Acesso em: 23 nov. 2020. 
8. CULTURA DE VIGILÂNCIA 
8.1 INTRODUÇÃO 
A cultura de vigilância é um protocolo de coleta de amostras de pacientes 
internados ou que necessitam de internação em unidades de terapia intensiva 
(UTI) para identificar após o período de permanência na área hospitalar a 
colonização de patógenos (GAEDICKE, 2018). 
A cultura de vigilância pode ser obtida de materiais clínicos como sangue, 
lavado bronco alveolar, urina e secreção de sítios estéreis, essas culturas 
geralmente identificam a colonização ou infecção dos pacientes por patógenos 
nesses sítios (GAEDICKE, 2018). 
Para obtenção das culturas os métodos variam dependendo do 
microrganismo multirresistente de interesse (MARTINS et al., 2014). Os sítios de 
coleta são estabelecidos pelo médico solicitante, de acordo com o que suspeita 
e procura. Os mais investigados frequentemente são: narinas, axilas, região anal 
e região inguinal (GAEDICKE, 2018). Recomenda-se a realização de culturas de 
43 
 
vigilância de áreas de ruptura da pele e feridas drenantes (MARTINS et al., 
2014). 
Contudo, a realização dos testes microbiológicos requer muito tempo e o 
procedimento apresenta um alto custo, o que têm dificultado a implementação 
dessa rotina na maioria dos hospitais (CATANEO et al., 2011). 
8.2 OBJETIVO 
Detecção de microrganismos resistentes por cultura de vigilância em 
indivíduos infectados. 
8.3 MATERIAIS 
1. Placa de ágar sangue 
2. Placa de ágar MacConkey 
3. Placa de ágar chocolate 
4. Bico de Bunsen 
5. Alça de platina 
6. Amostra retal 
7. Estufa 
 8. Placa de ágar Mueller-Hinton 
8.4 MÉTODOS 
Assim que chegou à amostra no laboratório ela foi colocada em meio de 
crescimento BHI, e replicou-se para as placas de ágar sangue, chocolate e 
MacConkey. Realizou-se a semeadura nos três meios de cultura por técnica de 
esgotamento. Efetuou-se a bacterioscopia da amostra retal, coletou-se uma 
quantidade pequena da amostra enriquecida e semeou-se sobre a lâmina. Em 
seguida identificou-se as placas e a lâmina como cultura de vigilância (CV). 
Esperou-se a lâmina secar e realizou-se o Gram para sua identificação. Avaliou-
se os resultados. 
Colocou-se em tensão de Co2 o ágar sangue e o ágar chocolate, e 
incubou-se as três placas por 16 a 18 horas. Ao retirar as placas da estufa 
avaliou-se os crescimentos das colônias e após os dados obtidos realizou-se a 
44 
 
leitura no enterokit B e incubou-se novamente. Anotou-se os resultados obtidos. 
Relizou-se a leitura do antibiograma e apontou-se os resultados. 
 
8.5 RESULTADOS 
A bacterioscopia com coloração de Gram apresentou bacilos Gram 
negativos, os três ágares apresentaram crescimento, no macconkey foi possível 
observar a formação de fermentadores de lactose e bacilos Gram negativos. 
 Os resultados dos 3 conjuntos de provas do Enterokit B, obteve-se os 
seguintes resultados para reação da cepa investigada é positiva (+), é colocado 
o número correspondente. Resultados negativos equivalem ao valor 0. 
 
 
Tabela 9 - Identificação da bactéria através do algarismo 
1ºALGARISMO 2ºALGARISMO 3ºALGARISMO 
Lactose 4 Urease 0 Indol 4 
Gás 2 LTD 0 Lisina 2 
H2S 0 MOT 0 Citrato 1 
 
Obtendo assim o número 607, corresponde à bactéria Klesbiella oxytoca 
na lista de número espécie bacteriana segundo PROBAC DO BRASIL (2019). 
Em relação ao antibiograma a Klesbiella oxytoca se apresenta sensível 
aos seguintes antimicrobianos: 
Tabela10 - Resultados Antibiograma Klesbiella oxytoca 
Antimicrobiano Diâmetro do Halo (mm) 
Ceftriaxona 
8.6 INTERFERENTES 
Possui como interferente a reutilização de um swab previamente 
contaminado (LIMA, 2016). 
8.7 REFERÊNCIAS 
 
45 
 
CATANEO, Caroline et al. Avaliação da sensibilidade e da especificidade dos 
critérios para isolamento de pacientes admitidos em um hospital especializado 
em oncologia. Ccc, São Paulo, v. 19, n. 5, p. 1-8, 1 set. 2011. Disponível em: 
https://www.scielo.br/pdf/rlae/v19n5/pt_03.pdf. Acesso em: 10 nov. 2020. 
 
GAEDICKE, FERNANDA LIDVINA. O CONTROLE DE BACTERIAS 
MULTIRESISTENTES ATRAVÉS DO PROTOCOLO DE CULTURA DE 
VIGILÂNCIA. Campo Grande, p. 1-19, 2018. Disponível em: 
http://www.ciencianews.com.br/arquivos/ACET/IMAGENS/Artigos_cientificos/1
%20-%20O%20CONTROLE%20DE%20BACTERIAS.pdf. Acesso em: 10 nov. 
2020. 
 
LIMA, Franciane Dantas de. CULTURA DE VIGILÂNCIA: PROCEDIMENTO 
OPERACIONAL PADRÃO. [S. l.: s. n.], 2016. v. 2. Disponível em: 
http://www2.ebserh.gov.br/documents/1132789/1132848/POP+3.17_CULTURA
+DE+VIGIL%C3%82NCIA.pdf/a9c8d96d-ec3b-4e4e-91d8-11b2f4a1728e. 
Acesso em: 23 nov. 2020. 
 
MARTINS, Andreza F. et al. CONTROLE E MONITORAMENTO DE 
MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES. [S. l.: s. n.], 2014. 78 p. 
Disponível em: 
http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/cgvs/usu_doc/controle_e_monito
ramento_de_microrganismos_multirresistentes.pdf. Acesso em: 10 nov. 2020. 
 
PROBAC DO BRASIL. ENTEROKIT B. Santa Cecília: [s. n.], 2019. 3 p. 
Disponível em: 
http://www.probac.com.br/Anexos/Bulas/Identifica%C3%A7%C3%A3o/Enterokit
%20B%20rev.03.pdf. Acesso em: 16 maio 2020. 
 
 
 
 
46 
 
9. HEMOCULTURA 
9.1 INTRODUÇÃO 
A bacteremia é um processo de manifestações de micro-organismos na 
corrente sanguínea decorrido de doenças infecciosas. Os leucócitos removem 
rapidamente a maioria das bactérias que penetram na corrente sanguínea, 
contudo, algumas vezes, a quantidade de bactérias se apresenta elevada, 
impossibilitando essa rápida remoção, levando uma septicemia, que pode evoluir 
para um quadro letal denominado choque séptico (RUSCHEL; RODRIGUES; 
FORMOLO, 2016). 
A bacteremia é detectada pela realização de exames laboratoriais 
chamados hemoculturas, um importante recurso diagnóstico para determinação 
dos patógenos circulantes (RUSCHEL; RODRIGUES; FORMOLO, 2016), sendo 
capaz de detectar também infecções causadas por fungos e vírus (LAB TESTS, 
2009). Isto torna a hemocultura um exame de significativo valor na detecção de 
infecção, possibilitando a identificação do agente etiológico e seu posterior 
tratamento específico (RUSCHEL; RODRIGUES; FORMOLO, 2016). 
 As amostras são coletadas em grandes quantidades e em diferentes 
momentos e de veias distintas, para que o organismo seja detectado com maior 
facilidade em pequena e para garantir que os organismos detectados não sejam 
meros contaminantes (LAB TESTS, 2009). 
 As amostras são colhidas em frascos específicos para micro-organismos 
aeróbicos, por isso frasco possui nutrientes para estimular seu crescimento 
usando o oxigênio, e também frascos para os micro-organismos anaeróbios que 
se desenvolvem em ambiente com pouco oxigênio. As hemoculturas são 
incubadas durante vários dias (LAB TESTS, 2009). 
 De acordo com o resultado de hemoculturas positivas são escolhidos os 
antimicrobianos prescritos para determinado paciente. É considerada uma 
importante ferramenta diagnóstica de infecções hospitalares (FERRAZ JUNIOR; 
BONILHA, 2008). 
 
47 
 
9.1.1 KIT NF II para não fermentadores de glicose 
 Na hemocultura é possível a utilização para bactérias não fermentadoras 
o KIT NF II PROBAC que é constituído pelos testes de oxidase, capacidade de 
crescimento em ágar MacConkey, utilização de glicose, maltose e lactose em 
meio base OF, descarboxilação de lisina e arginina (base Moeller) e liquefação 
da gelatina. Onde seus resultados permitem identificar a maioria dos bacilos 
Gram negativos não fermentadores da glicose isolados na rotina laboratorial 
(PROBAC DO BRASIL, 2019). 
 Quando a oxidase se apresenta positiva a fita do esfregaço apresenta 
coloração rosa forte, enquanto quando o resultado é negativo não apresenta 
alteração na cor. No ágar Macconkey deve ser observado se há ou não 
crescimento de colônias. Quando ocorre a oxidação do açúcar o tubo de glicose 
OF com óleo apresenta cor inalterada, o de glicose OF sem óleo se apresenta 
amarelado na superfície, o OF maltase e OF lactose apresentam coloração 
amarelada de qualquer intensidade. A não utilização de glicose o tubo de glicose 
OF com óleo e OF sem óleo se apresentam inalterados e os tubos OF maltase 
e OF lactose se apresentam inalterados ou a superfície azulada. Quando a 
bactéria é fermentadora de glicose ela não pode ser identificada pelo kit NF II, 
deve ser realizada sua identificação no ENTEROKIT B. Quando ocorre a 
utilização de aminoácidos os testes lisina e arginina apresentam coloração 
purpura mais acentuada que a do controle, quando não ocorre utilização de 
aminoácidos eles apresentam coloração amarelada mais acentuada que o 
controle. A gelatinase positiva ocorre alteração do azul metálico para a o azul 
transparente, equanto que na gelatinase negativa não há alteração na cor 
(PROBAC DO BRASIL, 2019). 
 
9.2 OBJETIVO 
Detectar a presença de micro-organismos como bactérias na amostra, 
para a identificação do micro-organismo com a utilização do KIT NF II, bem como 
a sua sensibilidade a antimicrobianos. 
9.3 Materiais 
1. Ágar sangue cultivado 
48 
 
2. Alça calibrada 
3. Ágar MacConkey 
4. Rugai com Lisina 
5. KIT NF II 
6. Ágar Muller Hinton 
9.4 MÉTODOS 
Foi realizado a bacteroscopia pela coloração de Gram e observou-se os 
resultados. Inoculou-se o teste de rugai com lisina e devido ao seu resultado 
utilizou-se o KIT NF II. No tubo de oxidase com auxílio de uma alça de platina foi 
realizado um esfregaço da colônia na fita de oxidase. Inoculou-se densamente 
todos os meios do KIT NF II, o meio MacConkey semeou-se a superfície em 
estrias, os tubos de glicose OF com óleo, OF sem óleo,OF maltase e OF lactose 
foram inoculados por picada central, introduzindo-se a agulha até o fundo. Os 
tubos de controle, lisina e arginina inoculou-se com a alça, depositando-se o 
inóculo na parede do tubo abaixo do óleo mineral. Na gelatina (tubo Gel) pingou-
se 10 gotas de salina estéril. Incubou-se os meios a 37° por 48h e anotou-se os 
resultados. Com base nos resultados realizou-se o antibiograma, avaliou-se os 
resultados. 
9.5 RESULTADOS 
A coloração de Gram apresentou bacilos Gram negativos, rugai com lisina 
apresentou uma bactéria não fermentadora de glicose. No KIT NF II a oxidase 
apresentou resultado positivo, o ágar MacConkey apresentou crescimento de 
colônias, gelatina negativa, glicose com óleo, glicose sem óleo e maltose 
apresentaram resultados positivos, a lactose e a lisina negativos e a arginina 
positiva. 
Após a interpretação dos resultados obtidos do KIT NF II, utilizou-se o 
sistema numérico da PROBAC DO BRASIL (2019) para identificação da 
bactéria. 
 Segundo a PROBAC DO BRASIL (2019) os 3 conjuntos de provas do KIT 
NF II e seus valores são: 
 
49 
 
Tabela 11 - Identificação da bactéria através do algarismo 
A B C 
MacConkey 2 Glicose 4 Lisina 4 
Oxidase 1 Maltose 2 Arginina 2 
 Lactose 1 Gelatina 1 
 
 Então para reação da cepa investigada é positiva (+), é colocado o 
número correspondente. Resultados negativos equivalem ao valor 0. 
 
Tabela 12 - Identificação da bactéria através do algarismo 
A B C 
MacConkey 2 Glicose 4 Lisina 0 
Oxidase 1 Maltose 2 Arginina 2 
 Lactose 0 Gelatina 0 
 
Obtendo assim o número 362, corresponde à bactéria Pseudomonas 
aeruginosana lista de número espécie bacteriana segundo PROBAC DO 
BRASIL (2019). 
Em relação ao antibiograma a Pseudomonas aeruginosana se apresenta 
sensível aos seguintes antimicrobianos: 
Tabela 13- Resultados Antibiograma Pseudomonas aeruginosana 
Antimicrobiano Diâmetro do Halo (mm) 
Ceftazidima 26 
Cefepime 27 
Aztreonam 26 
CTX 19 
Amoxacilina 0 
 
Valores de referência: 
 
 
50 
 
Figura 5 - Tabela de antibiograma de Pseudomonas ssp 
 
9.6 INTERFERENTES 
Realizar a coleta em pico febril, colher amostra depois da administração 
de antimicrobianos, utilização de amostras refrigeradas ou transportadas em 
refrigeração e amostras de sangue semeadas em frascos de hemocultura 
vencidos, são alguns dos interferentes citados pela Lima et al. (2020). 
9.7 REFERÊNCIAS 
 
FERRAZ JUNIOR, Carlos A. G.; BONILHA, Hamilton. Rotina de Hemoculturas: 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO. [S. l.: s. n.], 2008. Disponível em: 
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340447084ccih.pdf. Acesso em: 
11 nov. 2020. 
 
LAB TESTS. Hemocultura. In: LAB TESTS. Hemocultura. [S. l.], 9 nov. 2009. 
Disponível em: https://labtestsonline.org.br/tests/hemocultura. Acesso em: 11 
nov. 2020 
 
LIMA, Elza Gadelha et al. MANUAL DE COLETA, ACONDICIONAMENTO E 
TRANSPORTE DE AMOSTRAS. 5. ed. Fortaleza: SESA, 2020. 
 
51 
 
PROBAC DO BRASIL (SP). KIT NF II. Santa Cecília, SP: [s. n.], 2019. Disponível 
em: 
http://www.probac.com.br/Anexos/Bulas/Identifica%C3%A7%C3%A3o/Kit%20N
F%20II%20-%20Rev%2003.pdf. Acesso em: 11 nov. 2020. 
 
RUSCHEL, Denise Bisol; RODRIGUES, Adriana Dalpicolli; FORMOLO, 
Fernanda. Perfil de resultados de hemoculturas positivas e fatores 
associados. Ccc, Caxias do Sul, RS, p. 1, 22 set. 2016. DOI 10.21877/2448-
3877.201600503. Disponível em: http://www.rbac.org.br/artigos/perfil-de-
resultados-de-hemoculturas-positivas-e-fatores-associados/. Acesso em: 11 
nov. 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
10. SECREÇÕES GERAIS 
10.1 INTRODUÇÃO 
 Basicamente a pele é composta por três camadas de tecidos: a epiderme, 
a derme, e a hipoderme. É uma barreira anatômica integra eficaz contra as 
infecções. A flora residente da pele é de baixa virulência, estável e raramente 
condiciona doença, no entanto quando apresenta infecções é capaz de expressa 
significativos sinais e sintomas, que são de auxílio fundamental na identificação 
de doenças (BARBOSA, 2016). 
As infecções de pele são afecções muito comuns, podendo variar desde quadros 
superficiais com cura sem sequelas a quadros graves com envolvimento 
progressivo e fatal (BARBOSA, 2016). O calor e a umidade facilitam a instalação 
de micro-organismos que levam a infecções cutâneas com relação à 
etiopatogenia, além disso, sabe-se que sua frequência está relacionada a fatores 
ambientais; a fatores individuais, dentre os quais incluem-se aqueles 
relacionados à baixa resistência imunológica, à falta de higiene, à predisposição 
genética e, também, a fatores relacionados ao grau de virulência e 
patogenicidade do micro-organismo (PIRES et al., 2015). 
 Os microorganismos que colonizam a pele são os principais causadores 
de infecções de forma transitória e ocasional sendo eles Staphylococcus aureus, 
Streptococcus pyogenes, bactérias entéricas Gram negativas e Cândida 
albicans (BARBOSA, 2016) 
10.2 OBJETIVO 
Avaliar e identificar a presença de micro-organismo na secreção, bem 
como a sua sensibilidade a antimicrobianos. 
10.3 MATERIAIS 
1. Ágar MacConkey 
2. ENTEROKIT B 
3. Ágar Muller Hinton 
4. Amostra abscesso 
53 
 
10.4 MÉTODOS 
Foi realizado semeadura no ágar MacConkey e observou-se houve ou 
não a formação de colônias e sua respectiva cor. Efetuou-se bacterescopia por 
coloração de Gram e avaliou-se os resultados. Com os resultados obtidos foram 
feitos os testes do ENTEROKIT B, anotou-se os resultados obtidos e realizou-se 
o antibiograma e registrou-se as conclusões. 
10.5 RESULTADOS 
O ágar MacConkey apresentou crescimento de colônias rosas, sendo 
assim colônias fermentadoras de glicose, na bacteroscopia foi possível observar 
a presença de bacilos Gram negativos. 
 Os resultados dos 3 conjuntos de provas do Enterokit B, obteve-se os 
seguintes resultados para reação da cepa investigada é positiva (+), é colocado 
o número correspondente. Resultados negativos equivalem ao valor 0. 
 
Tabela 14 - Identificação da bactéria através do algarismo 
1ºALGARISMO 2ºALGARISMO 3ºALGARISMO 
Lactose 4 Urease 0 Indol 0 
Gás 2 LTD 0 Lisina 0 
H2S 0 MOT 1 Citrato 1 
 
Obtendo assim o número 611, corresponde à bactéria Enterobacter 
cloacae na lista de número espécie bacteriana segundo PROBAC DO BRASIL 
(2019). 
Em relação ao antibiograma a Enterobacter cloacae se apresenta sensível 
aos seguintes antimicrobianos: 
 
Tabela 15 - Resultados Antibiograma Enterobacter cloacae 
Antimicrobiano Diâmetro do Halo (mm) 
Nal 25 
CTX 27 
Aztreonam 30 
54 
 
 
Figura 5 - Tabela de antibiograma de Enterobacter cloacae 
 
10.6 INTERFERENTES 
Coletar pus emergente, descontaminar a superfície das lesões ou 
abscessos abertos, antes da coleta do material, coletar lesões secas ou crostas 
e realizar a coleta de ferida de queimadura sem extensa limpeza e 
desbridamento da lesão, são alguns interferentes citados pela EBSERH (2016). 
 
Sulfa/trimetoprim 23 
Eritomicina 0 
Clindamicina 0 
Nitrofurantoína 21 
55 
 
10.7 REFERÊNCIAS 
 
BARBOSA, RAFAEL RODRIGUES. ACÕES ESTRATÉGICAS PARA O 
CONTROLE DAS INFECÇÕES DE PELE EM CRIANÇAS NA ESTRATÉGIA 
SAUDE DA FAMÍLIA RECANTO DAS ÁGUAS. Montes Claros, MG, p. 1 - 24, 
2016. Disponível em: 
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/rafael-rodrigues-
barbosa.pdf. Acesso em: 23 nov. 2020. 
 
EBSERH. PROCEDIMENTO DE COLETA DE MATERIAL PARA CULTURA. [S. 
l.: s. n.], 2016. Disponível em: 
http://www2.ebserh.gov.br/documents/220250/1649711/PROCEDIMENTO+DE
+COLETA+DE+MATERIAL+PARA+CULTURA.pdf/96a17a54-fbdb-4820-9c8d-
7db3d33fb595. Acesso em: 23 nov. 2020. 
 
PIRES, Carla Avelar et al. Infecções bacterianas primárias da pele: perfil dos 
casos atendidos em um serviço de dermatologia na Região Amazônica, 
Brasil. [S. l.], v. 6, n. 2, p. 45 - 50, 16 jan. 2015. Disponível em: 
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-
62232015000200006. Acesso em: 23 nov. 2020. 
 
PROBAC DO BRASIL. ENTEROKIT B. Santa Cecília: [s. n.], 2019. 3 p. 
Disponível em: 
http://www.probac.com.br/Anexos/Bulas/Identifica%C3%A7%C3%A3o/Enterokit
%20B%20rev.03.pdf. Acesso em: 16 maio 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
11. SECREÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR E INFERIOR 
11.1 INTRODUÇÃO 
Doenças respiratórias caracterizam-se como infecções que causam 
obstrução da passagem de ar tanto a nível do trato respiratório superior como 
inferior, nas quais há a obstrução da passagem do ar, tanto a nível nasal quanto 
a nível bronquiolar e pulmonar. E estão entre as infecções de maior índice de 
morbimortalidade do mundo (SILVA FILHO et al., 2017). 
Podem variar entre infecções agudas, como pneumonias e resfriados 
comuns, a infecções mais graves, como a tuberculose (SILVA FILHO et al., 
2017). Infecções do trato respiratório superior compreendem doenças das vias 
aéreas superiores, tais como faringite, laringite, epiglotite e sinusite (ARANHA et 
al., 2009). Embora as infecções das vias respiratórias superiores sejam muito 
frequentes, elas apresentam baixo risco de vida, já as infecções das vias 
respiratórias inferiores são responsáveis por doenças mais graves, tais como: 
gripe, pneumonia, tuberculose e bronquiolite, que são os principais contribuintes 
para a mortalidade por infecções respiratórias agudas (SILVA FILHO et al., 
2017). 
A microbiota normal presente são Neisseria spp., Streptococcus do grupo 
viridans, Corynebacterium spp.; Staphylococcus coagulase negativo. E os 
agentes etiológicos mais frequentemente isolados nestas infecções são 
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenza, Staphylococcus aureus, 
Mycoplasma pneumoniae, Legionella spp., enterobactérias, e outros 
(LABORCLIN, 2020). 
As infecções respiratórias são doenças de alto contágio

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