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Bactérias Gram Negativas

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APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS 
 
 
 
MICROBIOLOGIA CLÍNICA 
Volume 1 
 
 
 
 
Bactérias Gram-Negativas 
 
 
 
 
MAIO 2021 
MURIAÉ 
 
 
 
 
APOSTILA DE AULA PRÁTICA 
 
 
 
 
MICROBIOLOGIA CLÍNICA 
Volume 1 
 
Bactérias Gram-Negativas 
 
 
 
EDITORES 
Beatriz Sara de Souza 
Bruna Elisa Paiva Silva 
Francielly de Melo Crispin 
Thaynara Gama Lagrimante 
 
 
 
1° Edição 
Muriaé - MG, 2021. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
Prefácio..........................................................................................................................1 
Sobre os autores............................................................................................................2 
1. Introdução à Microbiologia.......................................................................................3 
1.1. Breve Histórico do Início da Microbiologia................................................................4 
2. Nomenclatura dos Seres Vivos pelo Sistema de Linnaeus.....................................5 
3. Estrutura e Morfologia das Bactérias.......................................................................6 
4. Evolução da Microbiologia e sua Importância ........................................................7 
5. Colorações.................................................................................................................8 
5.1. Coloração Gram.......................................................................................................9 
6. Bactérias Gram Negativas de Importância Médica ...............................................10 
6.1. Bactérias Gram Negativas de Importância Médica..................................................11 
6.1.1. Escherichia Coli...................................................................................................12 
6.1.2. Salmonella...........................................................................................................13 
7. Exames Microbiológicos para Bactérias Gram Negativas....................................16 
8. Testes Bioquímicos usados para Identificação de Bacilos Gram-Negativos......16 
8.1. Teste da Catalase...................................................................................................17 
8.2. Teste da Coagulase................................................................................................18 
8.3. Teste de Antibiograma............................................................................................18 
8.4. Teste de Citrato de Simmons..................................................................................19 
8.5. Teste Ágar Uréia de Christensen............................................................................19 
8.6. Teste da oxidase.....................................................................................................20 
8.7. Prova do sulfeto de hidrogênio................................................................................20 
 
 
8.8. Teste da motilidade.................................................................................................20 
8.9. Teste da gelatina ou DNAse....................................................................................21 
8.10. Teste da oxidação e fermentação da glicose.........................................................21 
8.11. Teste de produção de indol...................................................................................22 
8.12. Descarboxilação de lisina......................................................................................23 
8.13. Teste de vermelho de metila.................................................................................23 
8.14. Teste de Voges-proskauer....................................................................................24 
9. Referências Bibliográficas......................................................................................25 
 
1 
 
 
 
 
A diligência da produção da presente apostila, nasceu após a proposta de 
um trabalho avaliativo iniciado pela ilustre professora Fernanda Mara a nós 
alunos do curso de Farmácia da Unifaminas, assim, foi estabelecido por ela os 
temas durante um sorteio pelo qual todo o grupo de autores participou. Nascendo 
assim, o anseio à cada um deles em produzir uma apostila de linguagem fácil e 
acessível para outros estudantes da área da saúde e curiosos também. 
 O arrebatamento causado pelo tema a nós do grupo, facilitou nossa 
interação com as informações aqui apresentadas, desejamos que assim como 
nós fomos enlaçados por este tema, que cada leitor possa identificar na 
microbiologia algum tipo de paixão individual. 
 
 
 
 
Boa leitura! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prefácio 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobre os autores 
Beatriz Sara de Souza (Autora e Editora) 
Acadêmica de Farmácia (UNIFAMINAS) 
Vieiras, Minas Gerais 
saarabeatriz@gmail.com 
Bruna Elisa Paiva Silva (Autora e Editora) 
Acadêmica de Farmácia (UNIFAMINAS) 
São Francisco do Glória, Minas Gerais 
brunaelisa67@gmail.com 
 
Francielly de Melo Crispin (Autora e Editora) 
Acadêmica de Farmácia (UNIFAMINAS) 
Muriaé, Minas Gerais 
Franciellymelo@live.com 
Thaynara Gama Lagrimante (Autora e Editora) 
Acadêmica de Farmácia (UNIFAMINAS) 
Recreio, Minas Gerais 
thaynaragamal@gmail.com 
 
3 
 
 
 
 Microbiologia: Mikros (= pequeno) + Bio (= vida) + logos (= ciência). A 
Microbiologia é uma ciência que estuda os organismos microscópicos e suas 
atividades biológicas, portanto ela é capaz de verificar as diversas formas, 
estruturas, aspectos bioquímicos-fisiológicos, reprodução, e seu relacionamento 
entre si com hospedeiro, podendo ser prejudicial ou benéfico. As bactérias 
podem viver no ar, água, solo, dentro do organismo de seres vivos e dentre 
outros lugares (SILVA; 2013). 
Baseado nesse conceito, a Microbiologia trata os organismos 
microscópicos unicelulares, que compõe um vasto e diversos grupo de 
organismos de dimensões reduzidas, impossível de se vê ao olho nu, que podem 
ser encontrados como células isoladas, arranjos ou agrupamentos. Assim, ela 
aborda a pesquisa e o estudo de organismos eucarióticos (algas, protozoários, 
fungos), procarióticos (bactérias, archaeas) e também seres acelulares (vírus) 
(CETEC; 2014). 
Figura 1- Tipos de microrganismos estudados na microbiologia. 
 
 Fonte: SILVA (2013). 
1. INTRODUÇÃO A MICROBIOLOGIA 
 
4 
 
Os microrganismos apresentam sistemas específicos para estudo de suas 
reações genéticas, fisiológicas e bioquímicas. O crescimento e amplificação de 
reprodução é rápido e em ritmo elevado. Certas espécies de bactérias podem 
gerar 100 vezes sua linhagem em menos de 24 horas. Portanto a Microbiologia 
consegue estudar os organismos em detalhes, observar sua reprodução, seu 
processo vital durante o crescimento, envelhecimento e morte. Diante das 
condições e alterações ambientais conseguem regulam seu crescimento e 
alterar as atividades metabólicas e padrões genéticos sem proporcionar a 
destruição microbiana (NASCIMENTO; 2010). 
1.1. Breve Histórico do Início da Microbiologia 
A área do conhecimento da microbiologia teve seu início com os relatos 
de Robert Hooke e Antony van Leeuwenhoek, que desenvolveram os primeiros 
microscópicos que possibilitavam as primeiras visualizações de bactérias e 
outros microrganismos. Embora o Leeuwenhoek seja considerado o “pai” da 
microbiologia por ter fornecido informações sobre a morfologia bacteriana o 
Hooke descreveu a estrutura em bolor. Entretanto esses dois escritores devem 
ser considerados os precursores desta ciência (CETEC; 2014). 
Figura 2- Microscópico construído por Hooke. Figura 3- Fungo observado por Hooke.
 
Fonte: GREELANE (2018).Fonte: SILVA (2013). 
 
5 
 
Figura 4- Replica do Microscópico construído por Leeuwenhoek. Figura 5- Animálculos observados.
 
Fonte: SILVA (2013). Fonte: PROFLILIANEM (20--). 
 
 
 
 
 O botânico e médico sueco Linnaeus criou em (1707-1778) um sistema de 
classificação e nomenclatura dos seres vivos, com objetivo de possibilitar a 
comunicação e a indexação das informações existentes sobre o microrganismo, 
o sistema criado serve de base até hoje nos dias atuais (GUERRA; 2011). 
Nome de uma espécie: primeira palavra significa o gênero do ser vivo e a 
segunda palavra é sua espécie. 
Nomenclatura: todo nome científico deve ser escrito por palavras latinas ou 
latinizadas. 
• O primeiro nome é sempre escrito com a letra inicial maiúscula e o segundo 
com a letra inicial minúscula, ambos são grifados com tipo itálico. 
A nomenclatura pode ser: 
UNINOMINAL – GÊNERO 
BINOMINAL – ESPÉCIE 
TRINOMINAL – SUBESPÉCIE 
2. NOMENCLATURA DOS SERES VIVOS PELO SISTEMA DE LINNAEUS 
 
6 
 
Exemplo: 
Staphylococcus aureus (S. aureus) 
Escherichia subtilis (B. subtilis) (NASCIMENTO; 2010). 
 
 
 
A célula bacteriana, por ser procariota é formada basicamente por: 
membrana plasmática, parede celular, material genético, ribossomos, citoplasma 
e as estruturas não essências como cápsula, flagelo, plasmídeos, fimbrias, 
endósporos e inclusões (NASCIMENTO; 2010). 
Figura 6- Estrutura celular de uma bactéria. 
 
 Fonte: BLOGSPOT (2017). 
Diante da morfologia as bactérias podem ser representadas por diversas 
formas: cocos, bacilos, espirilos, vibriões e espiroquetas. 
3. ESTRUTURA E MORFOLOGIA DAS BACTÉRIAS 
 
3. ESTRUTURA E MORFOLOGIA DAS BACTÉRIAS 
3. ESTRUTURA E MORFOLOGIA DAS BACTÉRIAS 
 
3. ESTRUTURA E MORFOLOGIA DAS BACTÉRIAS 
 
3. ESTRUTURA E MORFOLOGIA DAS BACTÉRIAS 
 
7 
 
Figura 7- Bactérias.
 
Fonte: TODA MATÉRIA (2021). 
 
 
 
 
 
 Nas últimas décadas, ocorreu uma evolução na Microbiologia, o qual 
passou e vem passando por diversas transformações. Anteriormente os 
microrganismos eram considerados unicelulares de comportamento 
independente, mesmo encontrado em agrupamentos com outras células. Deste 
modo, o conhecimento das bactérias foi obtido a partir de culturas puras. Isto é, 
o microrganismo era isolado da natureza após ser separado dos demais e, 
criados no laboratório, constituindo populações contendo um único tipo celular. 
Hoje se sabe que os microrganismos vivem em comunidade na natureza, 
compostos por gêneros e espécies distintas (SILVA; 2013). 
Existem diversos aspectos de estudo da Microbiologia Básica e Aplicada. 
A Microbiologia Básica estuda a propriedade e a natureza, que enfatiza sobre a 
característica morfológica, fisiológica, genética, fisiológico- bioquímicas, 
ecológica e patogênica. Já a microbiológica aplicada estuda como o 
microrganismo pode ser usado na medicina, agricultura, indústrias e meio 
4. EVOLUÇÃO DA MICROBIOLOGIA E SUA IMPORTÂNCIA 
 
8 
 
ambiente. Pois, a vasta diversidade das bactérias é responsável por renovar 
nitrogênio no ambiente, produzir alimentos, remédios, suplementos e pelo 
desenvolvimento da engenharia genética como outros. Por tanto, independente 
da complexidade de qualquer organismo, a célula é e deve ser classificada, a 
unidade básica da vida (CARVALHO; 2010). 
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM 
• O que são microrganismos? 
 
• Em qual parte de sua casa, você acha que tem mais microrganismos e 
onde possui menos? 
 
• O que se propõe estudar em microbiologia? 
 
 
 
 
O exame microscópico (bacterioscopia) é a primeira etapa laboratorial 
para a identificação de uma bactéria causadora de um processo infeccioso. A 
bacterioscopia pode fornecer diagnósticos que são completados com a cultura 
(MOREIRA, CARVALHO, FROTA; 2015). 
 O método tem o objetivo de detectar a presença ou ausência de bactérias 
na amostra clínica, e observar e analisar a forma e organização ou agrupamento 
das bactérias. A bacterioscopia pode ser feita com o exame a fresco (é a 
observação de microrganismos vivos, podendo ser observadas as formas e os 
movimentos); e pode ser feita com o exame corada (esfregaços de amostras 
sendo submetidos a um método de coloração). Quanto aos tipos, tem-se a 
Coloração: simples (um corante), diferencial (dois corantes) e especial (cora e 
5. COLORAÇÕES 
 
9 
 
identifica partes específicas das bactérias) (MOREIRA, CARVALHO, FROTA; 
2015). 
5.1. Coloração de Gram 
Responsável por Hans Christian Joachim Gram (1853-1938) que publicou 
o artigo descrevendo a técnica de coloração, onde V. Burke e M. W. Barnes 
concluíram que as diferenças na permeabilidade da parede celular eram 
responsáveis pela rápida descoloração das bactérias Gram-Negativas ao 
contrário do que ocorria com as Gram-Positivas (MOREIRA, CARVALHO, 
FROTA; 2015). 
O método de coloração se dá em sete passos, sendo eles: 
1. Após a realização do esfregaço e sua fixação na lâmina, o 
executante do método deve cobri-la com o corante cristal violeta e 
deixar agir por 60 segundos; 
2. Após completar 60 segundos, a lâmina deve ser colocada em um 
filete de água corrente, e depois deve ser coberta com lugol e 
novamente deixar agir por 1 minuto; 
3. Em seguida, a lâmina deve ser novamente exposta a água corrente, 
e então o executante deve aplicar álcool a 95%, deixando-o agir por 
30 segundos e nem um segundo a mais. 
4. Assim, deve-se lavar novamente em um filete de água corrente e 
cobrir a lâmina com o segundo corante, a fucsina e deixa-lo agir por 
30 segundos; 
5. E por fim, a lâmina é colocada sobre um filete de água novamente 
e após sua secagem em temperatura ambiente a lâmina poderá ser 
analisada microscopicamente. 
Em 1963 foi concluído que a diferença na coloração de Gram depende da 
criação de uma barreira de permeabilidade na bactéria Gram-Positiva que ocorre 
após o tratamento com álcool, onde o álcool desidrata a espessa camada de 
peptidoglicano na bactéria Gram-Positiva e ocorre pequenos poros que prendem 
o complexo cristal violeta-iodo dentro da célula; enquanto o tratamento com 
10 
 
álcool na Gram-Negativa aumenta a permeabilidade devido à extração de 
lipídios da membrana externa (MOREIRA, CARVALHO, FROTA; 2015). 
Figura 8- Diferenças de bactérias Gram-Negativo e Gram-Positivo. 
 
Fonte: FILHO; OLIVEIRA (2014). 
 
 
 
 
As bactérias Gram-Negativas têm uma parede celular organizada por uma 
camada fina de peptidoglicano, que concede a descoloração do cristal violeta 
com o álcool absoluto (ou álcool acetona), e tem a tonalidade com o corante 
fucsina. No final do processo de coloração as bactérias Gram-negativas 
apresentam cor rosa/vermelha (HOLANDA, ARIMATEIA, NETO; 2017). 
As bactérias Gram-Negativas possuem uma parede celular menos densa 
e composta por: Peptidioglicano (é a forma mais resistente das células pela 
proteção do citoplasma); Lipoproteínas (estabiliza a membrana externa e se 
mantém a camada de peptidioglicano); Membrana externa (previne a perda de 
proteínas e evita o acesso de algumas enzimas); Lipopolissacarídeos (participa 
dos mecanismos de patogenicidade) (HOLANDA, ARIMATEIA, NETO; 2017). 
 
6. BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parede_celular
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peptidioglicano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipoprote%C3%ADna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana_externa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipopolissacar%C3%ADdeo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Patogenicidade
11 
 
Figura 9- Produção de B-lactamases. 
 
 Fonte: ANVISA (2010). 
Constituem em: Escherichia coli, Klebsiella spp., Enterobacter spp., 
Proteus spp., Providencia spp., Morganellaspp., Citrobacter spp., Salmonella 
spp., Shigella spp., Serratia spp, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca, 
Enterobacter cloacae, Enterobacter agglomerans, Salmonella, Shigella, 
Neisserias, entre outros (SILVA; 2013). 
 
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM 
• Para que serve o método de coloração de Gram? 
 
• Como funciona esse método? 
 
• Qual a diferença entre as bactérias Gram-positivas para Gram-negativas? 
 
 
 
6.1 Bactérias Gram-Negativas de Importância Médica 
12 
 
Bacilos Gram-Negativos relacionados ao trato gastrointestinal: Os bacilos 
Gram-Negativos relacionados ao trato intestinal englobam diversos gêneros, 
pode-se organizá-los em grupos (SILVA; 2013). 
Grupos de bacilos Gram-Negativos do trato gastrointestinal: Escherichia, 
Salmonella Shigella, Vibrio, Campylobacter, Helicobacter Grupo Klebsiella-
Enterobacter-Serratia, Proteus-Providencia-Morganella, Pseudomo- nas, 
bacteroides... (SILVA; 2013). 
6.1.1. Escherichia Coli 
A Escherichia Coli é um bacilo Gram-Negativo reto, é um organismo 
anaeróbico facultativo muito abundante na nossa microbiota do colo e fezes. A 
E. Coli é fermentadora de lactose, uma característica que permite sua 
identificação dos demais patógenos intestinais (WARREN; 2016). 
Ela possui três tipos de antígenos que permitem a investigação 
epidemiológica: Antígeno O (de parede celular), Antígeno H (flagelar) e Antígeno 
K (capsular) (WARREN; 2016). 
Figura 10: Bactérias no intestino. 
 
Fonte: STRANDWITZ (2019). 
• Patogenicidade 
A E. Coli está presente na microbiota de seres humanos e animais, 
relacionada à diversas patogenicidades do trato urinário e intestinal, ela também 
está associada a sepse por bacilos Gram-Negativos, é uma das principais 
causas da meningite neonatal. A E. coli é causa a “diarreia do viajante” que é 
13 
 
ocasionada pela ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes 
(WARREN; 2016). 
• Componentes da E. Coli que causam doenças: 
- Pili 
- Cápsula 
- Endotoxina 
- Enterotoxinas 
Exemplo de como ocorre a infecção: A pili é responsável pela adesão nas 
células intestinais, uma vez que ocorre a adesão, as bactérias começam a 
produzir enterotoxinas que causam a diarreia (WARREN; 2016). 
• Diagnóstico microbiológico 
Quando se há uma suspeita que o agente patogênico são bacilo Gram-
Negativos entéricos (ex: E. Coli), deve-se coletar uma amostra e fazer a cultura 
em Ágar sangue com meio diferencial, como o ágar MacConkey ou ágar EAM. 
Como a E. Coli é fermentadora de lactose, nota-se colônias róseas, visto que as 
bactérias não fermentadoras de lactose são incolores (WARREN; 2016). 
Figura 11: Meio de cultura. 
 
Fonte: BADILAB (2016). 
6.1.2. Salmonella 
Caracterizadas por bacilos negativos que não fermentam lactose e 
produzem H2S, que é uma característica usada para diagnóstico laboratorial. 
14 
 
A Salmonella possui 3 tipos de antígenos: Antígeno O (parede celular), 
Antígeno de virulência (Vi) e Antígeno H (flagelar). O Antígeno O é utilizado para 
dividi-las em dois grupos: Salmonella A e Salmonella B (WARREN; 2016). 
Figura 12: Salmonella. 
 
Fonte: SANTOS (20--). 
• Patogenicidade 
A Salmonella é organizada clinicamente em 2 categorias diferentes de acordo 
com sua ação patológica: Espécies tifoides, que são responsáveis pela febre 
tifoide e as que não causam a febre tifoide (espécies não tifoides). Além da febre 
tifoide, a Salmonella é responsável por causar septsemia e enterocolite. Sua 
ocorrência se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados com 
excreções humanas (WARREN; 2016). 
• Diagnóstico Microbiológico 
Na enterocolite o isolamento do organismo é feito a partir de uma amostra de 
fezes, já na febre tifoide seu diagnóstico é feito através da hemocultura. As 
colônias de salmonelas são incolores, devido a sua natureza não fermentadora 
de lactose, o meio de cultura utilizado é em ágar MacConkey, ágar EAM ou ágar 
TSI. Se observado uma coloração negra na base das colônias quando 
cultivadas, essa coloração negra indica a produção de gás H2S (WARREN; 
2016). 
15 
 
Há uma exceção para Salmonella Typhi, que produzem pequena quantidade 
de H2S e não geram gás, sendo necessária sua identificação por teste de 
aglutinação em lâmina com soros de antígenos. Esse tipo de identificação é feito 
em apenas alguns laboratórios de referência em saúde pública (WARREN; 
2016). 
 
ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM 
• Identifique qual letra representa a bactéria E. Coli. 
 
• Qual fator permite a identificação? 
 
 
• Qual característica é responsável por sua coloração? 
 
 
 
• Identifique a Salmonella e a E. Coli na imagem abaixo: 
 
• Qual característica diferenciam os dois bacilos? 
 
 
16 
 
7. EXAMES MICROBIOLÓGICOS PARA BACTÉRIAS GRAM-NEGATIV 
O exame microbiológico tem algumas etapas, como: análise de materiais 
que envolvem a microbiota; pesquisa de agentes específicos; ampliação do 
tempo de cultivo ou variação na temperatura de incubação; realização de novos 
testes. Há informações úteis em diferentes etapas do processamento do exame, 
como: Identificação do paciente; Informações sobre o paciente que é relevante 
para o diagnóstico; Descrição da amostra; Natureza do Teste Solicitado; Testes 
de sensibilidade; Testes especiais (ANVISA; 2010). 
É importante o preenchimento da requisição do exame, pois, assim o 
microbiologista ou um responsável deve conferir as requisições ou pedidos de 
exame para verificar o pedido com as informações necessárias (ANVISA; 2010). 
Nas infecções mais comuns diante da comunidade relacionadas as 
bactérias Gram-Negativas, destacam-se: Escherichia coli, Klebsiella spp., 
Proteus spp., Salmonella spp., Shigella spp. Dentre algumas doenças de 
importância clínica da tal bactéria, pode-se citar: Neisseria Gonorrhoeae: que é 
considerada patogênica, de transmissão sexual ou pelo parto e acompanhada 
tratamento; Neisseria Meningitidis: pode causar meningite, infecção sistêmica 
grave com coagulação intravascular disseminada (CIVD) com transmissão via 
aérea; Moraxella (Branhamella) Catarrhalis: transmitido por vias aéreas, causa 
otite, sinusite e pneumonia (SILVA; 2013). 
 
 
 
 
Diversos meios de cultura podem ser utilizados para identificação de 
bactérias fermentadoras de carboidratos. O carboidrato que será utilizado no 
teste (ex: glicose) é filtrado e esterilizado e acrescentado à um meio basal em 
uma concentração entre 0,5% a 1%. O meio de fermentação típico para esse 
teste deve conter tripticase, cloreto de sódio, vermelho fenol e água destilada. 
Esse meio confere a bactéria nitrogênio e carbono, o vermelho fenol serve como 
7. EXAMES MICROBIOLÓGICOS PARA BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS 
8. TESTES BIOQUÍMICOS USADOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE BACILOS 
GRAM NEGATIVOS 
 
17 
 
indicação de pH que muda para a cor amarelada quando o pH muda para um 
valor menor que 6,8. Além das alterações de pH, a produção de ácidos diversos 
pode conferir um odor fétido e pungente ao meio, o que pode indicar presença 
de Enterobactérias (PROCOP, et al.; 2018). 
8.1. Teste da Catalase 
O teste da catalase é o mais importante. A presença da catalase permite 
separar os cocos Gram-Positivos produtores de catalase dos outros 
estreptococos catalase negativa. A catalase é uma enzima que decompõe o 
peróxido de hidrogênio em água e oxigênio. A liberação do oxigênio se observa 
pela formação de bolhas que ocorrem em bactérias que possuem enzimas 
catalase. Juntamente com a morfologia da bactéria observada na coloração de 
Gram, ela ajuda a dar um direcionamento para as próximas provas de 
identificação (PROCOP, et. al.; 2018). 
Procedimento: 
- Colocar sobre uma lâmina, uma porção de isolado de uma cultura 18-24 horas. 
Repetir o procedimento com cepas controle negativo e positivo. 
- Adicionar uma gota de peróxido de hidrogênio a 3%. 
- Observar a formação de bolhas de ar, indicativode teste positivo para catalase 
(PROCOP, et al.; 2018). 
 Interpretação: Não havendo formação de bolhas, o teste é negativo e 
indicativo de Streptococcus. Observação: Se o teste for realizado em meio de 
cultura contendo sangue, reações falso-positivas podem ocorrer, pois este 
possui a enzima catalase (PROCOP, et al.; 2018). 
 
 
 
 
Figura 13: Teste de catalase. 
18 
 
 
Fonte: FILHO (2019). 
8.2. Teste da Coagulase 
Este teste baseia-se na presença de coagulase livre, produzida pela 
bactéria que reage sobre o fibrinogênio no plasma e forma rede de fibrina. 
- Coagulase positiva: formação de coágulo identifica Staphylococcus aureus. 
- Coagulase negativa: não há coágulo identifica outras espécies de 
Staphylococcus. 
O teste é realizado com o plasma e o resultado apresenta ser positivo se 
após 24 horas a 37° C o plasma coagular. O teste pode ser realizado na lâmina 
ou em tubo (PROCOP, et al.; 2018) 
Procedimento e interpretação: Um método alternativo é a emulsificação, 
contendo a colônia suspeita e 0,5 de plasma. Após observar a formação ou não 
formação de coágulo (PROCOP, et al.; 2018). 
8.3. Teste de Antibiograma 
Conhecido como Teste de Sensibilidade a Antibiogramas (TSA). Exame 
que identifica a sensibilidade de bactérias frente ao antibiótico possibilita que o 
médico indique qual é o melhor antibiótico a ser usado para agir sobre a infecção 
do paciente (PROCOP, et al.; 2018). 
Apesar de o teste ser realizado através de amostras de urina e sangue, 
também é possível ser realizado através de fezes, catarro, saliva e células 
contaminas (PROCOP, et al.; 2018). 
Procedimento: 
19 
 
- Após a coleta, a amostra deve ser cultivada em um meio favorável ao se 
crescimento, estes formaram colônias após 48 horas. 
- Depois de cultivadas, as colônias serão expostas aos antibióticos ao meio. 
- Então a sensibilidade ou a resistência será reconhecida (PROCOP, et al.; 
2018). 
Interpretação: Aquela bactéria capaz de não formar halo será resistente 
frente ao antibiótico. Aquela que formar halo será sensível ao antibiótico, sendo 
ele mais indicado para o tratamento (PROCOP, et al.; 2018). 
8.4. Teste Citrato de Simmons 
Teste indicado para determinar a capacidade de certas bactérias 
utilizarem o citrato como única fonte de carbono para o seu metabolismo. O ágar 
Citrato Simmons é composto por citrato de sódio, única fonte de carbono, fosfato 
de amônia como fonte de nitrogênio e o bromomitol azul como indicador de pH. 
Portanto, quando a bactéria utiliza o citrato, ele é removido do meio e o CO2 é 
liberado e combina-se com o sódio do citrato e água pra formar o carbono que é 
um produto alcalino que aumenta o pH (PROCOP, et al.; 2018). 
Interpretação: Mudando de cor do meio verde é negativo; mudando de cor 
do meio azul é positivo (PROCOP, et al.; 2018). 
8.5. Teste Ágar Uréia de Christensen 
Tem a finalidade de determinar a habilidade dos micro-organismos de 
degradar a uréia em duas moléculas de amônia pela enzima uréase (PROCOP, 
et. al.; 2018). 
Procedimento: Inocular a colônia pura, em cerca de 24 horas, semeando 
na superfície do meio, inocular por 24 horas em 35° (PROCOP, et al.; 2018). 
Interpretação: A cor inicial do meio é amarelo palha. Positivo o meio fica 
com a coloração rosa, Pink; negativo o meio fica com a coloração amarelo 
(PROCOP, et al.; 2018). 
 
20 
 
8.6. Teste Oxidase 
 O teste da Oxidase é usado para diferenciar as famílias de 
Pseudomonadaceae (Oxidase positiva) e Enterobacteriaceae (Oxidase 
negativa), e útil para identificação de outras bactérias aquelas que usam o 
oxigênio como o aceitador de elétrons final em respiração aeróbica, pela 
presença ou ausência de oxidase no citocromo C das bactérias e baseado na 
produção da enzima oxidase pela bactéria (DICKINSON; 2018). 
Procedimento: 
- Colônias devem ser isoladas de 18- 24 horas na cultura 
- O teste é realizado através de tiras reagentes, após colocar o reagente (1% de 
tetrametil-p-fenilenodiamina ou 1,5% de dimetil-p-fenilenodiamina) na tira junto 
com as colônias (DICKINSON; 2018). 
Interpretação: Os organismos positivos para a oxidase produzem uma 
coloração azul/violeta ao fim de 20 s. Os organismos negativos para a oxidase 
não produzem alteração na cor ou produzem uma alteração para cinzento claro 
ao fim de um período de teste de 20 s (DICKINSON; 2018). 
8.7. Prova do Sulfureto de Hidrogênio (H2S) 
Permite determinar a capacidade de bactérias de produzirem o H2S, a 
partir de substratos como aminoácidos sulfurados ou compostos sulfurados 
inorgânicos (ANVISA; 2010). 
Procedimento/Interpretação: O sulfato ferroso atua como indicador da 
presença de H2S. Como o H2S é incolor, não sendo visível, o ferro combina-se 
com o H2S formando sulfureto de ferro que é um precipitado negro insolúvel. A 
presença deste composto ocorre ao longo da inoculação e indica que houve 
produção de sulfureto de hidrogênio (reação positiva), a ausência do precipitado 
negro evidencia uma reação negativa (ANVISA; 2010). 
8.8. Teste de Motilidade 
 Finalidade: A bactéria pode conter um ou mais flagelos e sua localização 
varia com a espécie da bactéria e as condições de sua cultura e a bactéria se 
21 
 
move através de seu flagelo, e aquelas que o possui são bacilos Gram-Negativos 
e poucos cocos são móveis. Então o teste da motilidade determina se o micro-
organismo é ou não móvel de acordo com sua característica (ANVISA; 2010). 
Procedimento: A diversos meios de motilidade para exercer o 
procedimento de identificação, os quais são: meio de motilidade, meio de 
motilidade com adição de da solução de vermelho tetrazólio, meio SIM, meio 
MILI, meio MIO, motilidade em caldo e meio caldo triptona (ANVISA; 2010). 
Interpretação: Para cada meio de motilidade usado para o teste se tem 
um meio de interpretação (ANVISA; 2010). 
8.9. Teste Gelatinase ou DNAse 
Finalidade: Identificar e classificar bactérias fermentadoras, não 
fermentadoras e bacilos Gram-Positivos esporulados. E determinar a habilidade 
do micro-organismo de produzir enzimas proteolíticas (gelatinase) que 
liquefaz/hidrolisa gelatina (ANVISA; 2010). 
Procedimento: Com uma alça bacteriológica, fazer um inóculo denso da 
bactéria a ser testada, adicionar uma fita de Raio x. Fazer o inóculo de colônias 
de crescimento de 18 a 24 horas e realizar um tubo controle, com salina 0,9% 
estéril ou água destilada estéril e a fita de Raio X, sem inóculo (ANVISA; 2010). 
Interpretação: Positivo: emulsão de gelatina (cor verde) na porção 
submersa do filme torna-se transparente (clara). Negativo: fita permanece verde, 
emulsão esverdeada permanece na porção submersa do filme (ANVISA; 2010). 
8.10. Teste Oxidação e Fermentação da Glicose (OF) 
O Teste OF foi desenvolvido por Hugh e Leifson para identificar bacilos 
não fermentadores, já que os outros meios de cultura convencionais não 
permitiam sua correta identificação. O meio OF é realizado com razão 1:5 de 
peptona-carboidrato. A baixa concentração de peptona causa uma redução de 
produtos oxidativos resultantes de aminoácidos, enquanto uma maior 
concentração de aminoácidos favorece a produção de ácidos pelas bactérias. A 
consistência do ágar é semissólida e o bromotimol azul é utilizado como 
indicador de pH, juntamente com a adição de uma pequena quantidade de 
22 
 
tampão de difosfato, facilitando a identificação desses ácidos (PROCOP, et al.; 
2018). 
 Procedimento: Utiliza-se dois tubos com meio de carboidratos para 
realizar o teste. Um tubo é exposto ao ar atmosférico e outro tubo é coberto com 
parafina derretida ou óleo mineral estéril. As bactérias fermentadoras irão 
produzir ácidos nos dois tubos. já as bactérias oxidativas apenas no tubo exposto 
ao oxigênio ocorrerá a produção de ácidos. E microrganismos assacarolíticos 
não possuem atividades nesse meio (PROCOP, et al.; 2018). 
Interpretação: A cor amarela (presença do ácido) estará presente na parte 
superior dotubo aberto e exposto ao ar, indicando eu a bactéria oxida a glicose, 
mas não é capaz de fermentá-la (PROCOP, et. al.; 2018). 
O teste de OF tem suas restrições. Como em casos de bactérias não 
fermentadoras de crescimento lento, visto que, pode não ocorrer a alteração de 
cor no decorrer dos dias. Em microrganismos produtores de amidas pode ocorrer 
reações fracas que são revertidas ao longo do tempo, podendo causar um erro 
na interpretação final. Sendo necessário seguir a formula de Hugh-Leifson 
rigorosamente (PROCOP, et al.; 2018). 
8.11. Teste de produção de Indol 
O teste de Indol é utilizado para identificação de bactérias capazes de 
utilizar o aminoácido triptofano como fonte de carbono e/ou energia. A enzima 
triptofanase é encontrada em algumas enterobactérias, essa enzima catalisa a 
retirada do grupo indólico do triptofano, com a remoção do indol o restante da 
molécula do triptofano é convertido em piruvato, sendo utilizado como fonte 
nutricional dessas bactérias. Através da produção e indol a partir do triptofano, é 
possível sua identificação através da cultura desses microrganismos em um 
meio rico no aminoácido triptona (PROCOP, et al.; 2018). 
Procedimento: No meio de triptona 1,5% deve-se inocular a 
enterobactéria e posteriormente adicionar o reagente Kovac ao meio de cultura. 
O indol reage com o Kovac ou reagente de Ehrlich formando um composto 
vermelho, que não é solúvel em água (PROCOP, et al.; 2018). 
23 
 
Interpretação: Resultado positivo (presença de indol) – Apresenta um 
composto de cor vermelho/violeta. Resultado negativo (ausência de indol) – Não 
corre alteração de cor no reagente Kovac/ Ehrlich (PROCOP, et. al.; 2018). 
O reagente utilizado é variável de acordo com o gosto pessoal e 
disposição em laboratório. O reagente Ehrlich possui uma sensibilidade maior 
em bacilos não fermentadores, podendo identificar níveis menores de indol no 
meio (PROCOP, et al.; 2018). 
8.12. Descarboxilação de Lisina 
 Em meio a testes, pode-se identificar bactérias que possuem enzimas 
capazes de descarboxilar amniácidos específicos. Essas enzimas removem o 
CO2 dos aminoácidos formando aminas alcalinas. O aminoácido lisina tem-se o 
produto final em amina, a cadaverina (PROCOP, et al.; 2018). 
Procedimento: Nas Enterobacteriaceae a atividade de descarboxilase é 
habitualmente realizada por meio do caldo de descarboxilase de MollerR. A 
mudança do pH do meio é o critério final da reação, as bactérias que possuem 
a enzima que descarboxilase lisina produzem uma alteração para pH alcalino 
(púrpura). As bactérias que não possuem a enzima, produzem uma reação de 
pH ácido (cor amarela) (PROCOP, et al.; 2018). 
 Interpretação: Resultado negativo: meio na cor amarelada é negativo para 
a enzima descarboxilase. Resultado positivo: meio na coloração azul-roxo é 
positivo para enzima lisina descarboxilase (PROCOP, et al.; 2018). 
8.13. Teste de Vermelho de Metila 
Esse teste é utilizado para identificação de bactérias que através da 
fermentação da glicose, produzem ácidos fortes. As bactérias que tem 
preferência pela via de fermentação mista, sintetizam ácidos que deixam o pH 
na faixa de 4,4 o que é favorável para a produção da cor avermelhada 
(PROCOP, et al.; 2018). 
Procedimento: usa-se aproximadamente 0,5 ml de caldo inoculado da 
bactéria a ser testada, adiciona-se uma gota do vermelho de metila (reagente), 
24 
 
após 24h observa-se o resultado, se houver a formação de uma coloração 
avermelhada, tem-se um resultado positivo (PROCOP, et al.; 2018). 
Interpretação: Resultado positivo: coloração vermelha do meio. Resultado 
negativo: ausência da coloração vermelha (PROCOP, et al.; 2018). 
8.14. Teste de Voges-Proskauer 
Esse teste é utilizado para identificação de bactérias de fermentação de 
via mista, que não produzem ácido suficiente para alteração do pH do meio e 
serem detectadas no teste de vermelho de metila. A maioria as bactérias da 
família Enterobacteriaceae são positivas para esse teste (PROCOP, et al.; 
2018). 
Procedimento: Converte a acetoína em diacetilo com a adição de 
hidróxido de potássio e exposição ao oxigênio atmosférico. O diacetilo confere a 
cor avermelhada (PROCOP, et al.; 2018). 
Interpretação: Resultado positivo: coloração vermelha do meio. Resultado 
negativo: ausência da coloração vermelha (PROCOP, et al.; 2018). 
 
Os testes oferecem resultados que auxiliam na tomada de decisões 
para realização de testes mais complexos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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