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UFRGS 2012 RESOLUÇÃO DA PROVA DE FÍSICA Prof. Giovane Irribarem de Mello 2 Instrução: As questões 01 a 03 estão relacionadas ao texto abaixo. O tempo de reação tR de um condutor de um automóvel é definido como o intervalo de tempo decorrido entre o instante em que o condutor se depara com uma situação de perigo e o instante em que ele aciona os freios. (Considere dR e tF, respectivamente, as distâncias percorridas pelo veículo durante o tempo de reação e de frenagem; e dT, a distância total percorrida. dT = dR + dF). Um automóvel trafega com velocidade constante de módulo v = 54,0 km/h em uma pista horizontal. Em dado instante, o condutor visualiza uma situação de perigo, e seu tempo de reação a essa situação é de 4/5 s, como ilustrado na sequência de figuras abaixo. 1. Considerando que a velocidade do automóvel permaneceu inalterada durante o tempo de reação tR, é correto afirmar que a distância dR é de (A) 3,0 m. (B) 12,0 m. (C) 43,2 m. (D) 60,0 m. (E) 67,5 m. RESOLUÇÃO DAS QUESTÃO 1. Para determinar a distância dR temos que lembrar que a velocidade se mantém constante e com isso podemos calcular ela assim: dR = v.t Temos que passar os 54km/h para m/s. 54/3,6 = 15m/s Já o tempo de reação foi dado no enunciado. Com isso podemos calcular a distância percorrida no intervalo de tempo de reação. dR = 15.4/5 = 12m Resposta B. Prof. Giovane Irribarem de Mello giovane@if.ufrgs.br UFRGS 2012 FÍSICA 3 2. Ao reagir à situação de perigo iminente, o motorista aciona os freios, e a velocidade do automóvel passa a diminuir gradativamente, com aceleração constante de módulo 7,5 m/s2. Nessas condições, é correto afirmar que a distância dF é de (A) 2,0 m. (B) 6,0 m. (C) 15,0 m. (D) 24,0 m. (E) 30,0 m. 3. Em comparação com as distâncias dR e dF, já calcula- das, e lembrando que dT = dR + dF, considere as seguintes afirmações sobre as distâncias percorridas pelo automóvel, agora com o dobro da velocidade inicial, isto é, 108 km/h. I – A distância percorrida pelo automóvel durante o tempo de reação do condutor é de 2dR. II – A distância percorrida pelo automóvel durante a frena- gem é de 2dF. III – A distância total percorrida pelo automóvel é de 2dT. Quais estão corretas? (A) Apenas a I. (B) Apenas a II. (C) Apenas I e II. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III. 4. A figura abaixo apresenta, em dois instantes, as velocidades v1 e v2 de um automóvel que, em um plano horizontal, se desloca numa pista circular. Com base nos dados da figura, e sabendo-se que os módulos dessas velocidades são tais que v1 > v2 é correto afirmar que (A) a componente centrípeta da aceleração é diferente de zero. (B) a componente tangencial da aceleração apresenta a mesma direção e o mesmo sentido da velocidade. (C) o movimento do automóvel é circular uniforme. (D) o movimento do automóvel é uniformemente variado. (E) os vetores velocidade e aceleração são perpendicula- res entre si. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 2. Para determinar a distância de frenagem tomamos o movi- mento do automóvel como sendo M.R.U.V.. Para determinar essa distância basta usar a relação: dF = vm.Δt Mas antes temos que determinar a velocidade média e o intervalo de tempo que ele leva para parar (vf = 0). vm = vo + vf 2 = 15 + 0 2 = 7,5m / s a = Δv Δt → −7,5 = 0 −15 Δt → Δt = −15 −7,5 = 2s Obs.: a acelereção foi tomada negativa para indicar a re- dução na velocidade. Então a distância de frenagem será: dF = vm.Δt = 7,5.2 = 15m Resposta letra C. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 3. Analisando as afirmações temos: I - Correta, pois se o movimento do automóvel é um M.R.U., se a velocidade dobrar a distância também dobra, pois esta é proporcional à velocidade. (d = v.t) II - Errada, pois sendo um M.R.U.V. a distânica percorrida não é diretamente proporcional a velocidade. dF = vm.Δt vm = vo + vf 2 = 30 + 0 2 = 15m / s No interval II não há variação de velocidade e consequentemente, não tem aceleração. a = 0 E no intervalo III a aceleração será: a = Δv Δt → −7,5 = 0 − 30 Δt → Δt = −30 −7,5 = 4s dF = vm.Δt = 15.4 = 60m Uma distância quatro vezes maior!! III - Errada, pois a distância total anteriormente foi de dT = 12 + 15 = 27m e com o dobro da velocidade foi de dT = 24 + 60 = 84m e com isso não foi o dobro! Resposta letra A. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 4. O movimento descrito no enunciado e mostrado na figura não representa um M.C.U., pois o módulo da velocidade está diminuindo e com isso podemos afirmar que neste caso sendo um movimento curvilíneo existe uma acelera- ção centrípeta. Resposta letra A. Comentários das outras alternativas: Já a letra B está errada, pois se a velocidade se reduz a componente tangencial da aceleração deve estar em sen- tido contrário ao da velocidade. A letra já foi explicada anteriormente porque está errada. A letra D está errada pois a aceleração não é constante. A letra E está errada, pois a aceleração (resultante) do au- tomóvel é dada pela soma vetorial dos dois vetores acele- ração centrípeta e tangencial, e com isso a resultante não é tangencial ao vetor velocidade. Prof. Giovane Irribarem de Mello giovane@if.ufrgs.br UFRGS 2012 FÍSICA 4 Instrução: As questões 05 e 06 referem-se ao enuncia- do abaixo. Dois blocos, de massas m1 = 3,0 kg e m2 = 1,0 kg, liga- dos por um fio inextensível, podem deslizar sem atrito sobre um plano horizontal. Esses blocos são puxados por uma força horizontal F de módulo F = 6 N, confor- me a figura abaixo. (Desconsidere a massa do fio.) 5. A tensão no fio que liga os dois blocos é (A) zero. (B) 2,0 N. (C) 3,0 N. (D) 4,5 N (E) 6,0 N. 6. As forças resultantes sobre m1 e m2 são, respectiva- mente, (A) 3,0 N e 1,5 N. (B) 4,5 N e 1,5 N. (C) 4,5 N e 3,0 N. (D) 6,0 N e 3,0 N. (E) 6,0 N e 4,5 N. 7. Um objeto, com massa de 1,0 kg, é lançado a partir do solo, com energia mecânica de 20 J. Quando o objeto atinge a altura máxima, sua energia potencial gravitacional relativa ao solo é de 7,5 J. Desprezando-se a resistência do ar, e considerando-se a aceleração da gravidade com módulo de 10 m/s2, a velo- cidade desse objeto no ponto mais alto de sua trajetória é (A) zero. (B) 2,5 m/s. (C) 5,0 m/s. (D) 12,5 m/s. (E) 25,0 m/s. 8. Um bloco, deslizando com velocidade v sobre uma superfície plana sem atrito, colide com outro bloco idênti- co, que está em repouso. As faces dos blocos que se to- cam na colisão são aderentes, e eles passam a se mover como um único objeto. Sobre esta situação, são feitas as seguintes afirmações. I – Antes da colisão, a energia cinética total do blocos é o dobro da energia cinética total após a colisão. II – Ao colidir, os blocos sofreram uma colisão elástica. III – Após a colisão, a velocidade dos blocos é v/2. (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 5. A tensão no fio é a própria força resultante sobre o bloco 1, então para calcular ela temos primeiro que encontrar a aceleração do sistema. FR = m.a -> 6 = (3 + 1).a -> a = 6/4 = 1,5m/s2 Como a única força que provoca o movimento no bloco 1 é a tensora então ela é a resultante sobre este bloco e pode ser determinada assim: FR = m1.a -> T = m1.a = 3.1,5 = 4,5N Note que neste caso como é apenas sobre o bloco 1 usa- mos apenas a massa dele. Resposta letra D. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 6. A força resultante sobre o bloco 1 já foi calculada na ques- tão anterior e vale 4,5 N, portanto necessitamos apenas determinar a força resultante sobre o bloco 2. Note que no bloco 2 na horizontal atual 2 forças e em sen- tidos opostos, a F e a T (tensora), portanto a força resul- tante será: FR = F - T = 6 - 4,5 = 1,5N Letra B. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 7. Como o sistema é conservativo podemos resolver usando a Lei de Conservação de energia. Tomando o solo como ponto 1 e a altura máximacomo ponto 2 temos: EM1 = EM2 -> 20 = EC + EPg 20 = m.v 2 2 + 7,5 → 20 − 7,5 = 1.v 2 2 → 25 = v2 → v = 25 = 5m / s Resposta letra C. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 8. Nessa questão temos um sistema conservativo e uma co- lisão entre dois blocos. Com isso podemos analisar as afir- mações. I - Correta. Antes da colisão: ECantes = m.v2 2 Depois da colisão temos que calcular a velocidade dos blocos que se deslocam juntos. Usando a Lei de Conservação da Quantidade de Movimento, sabemos que a quantidade de movimento antes da colisão é igual a depois da colisão. QA = QD -> m.v = 2.m.v’ -> v’ = v/2 A energia cinética dos blocos depois da colisão será: ECdepois = m.v2 2 = 2m. v2( )2 2 = m.v 2 4 = 1 2 m.v2 2 = 1 2 ECantes II - Errada, pois como os blocos após a colisão saíram juntos, esta colisão é chamada de inelástica. III - Correta, como mostrado acima a velocidade dos blo- cos após a colisão é v/2. Portanto letra D. Prof. Giovane Irribarem de Mello giovane@if.ufrgs.br UFRGS 2012 FÍSICA 5 9. Considerando que o módulo da aceleração da gravi- dade na Terra é igual a 10 m/s2, é correto afirmar que, se existisse um planeta cuja massa e cujo raio fossem quatro vezes superiores aos da Terra, a aceleração da gravidade seria de (A) 2,5 m/s2. (B) 5 m/s2. (C) 10 m/s2. (D) 20 m/s2. (E) 40 m/s2. 10. Uma pedra encontra-se completamente submersa e em repouso no fundo de um recipiente cheio de água; P e E são, respectivamente, os módulos do peso da pedra e do empuxo sobre ela. Com base nesses dados, é correto afirmar que o módulo da força aplicada pelo fundo do recipiente sobre a pedra é igual a (A) E (B) P. (C) P - E. (D) P + E. (E) zero. 11. Em um calorímetro são colocados 2,0 kg de água, no estado líquido, a uma temperatura de 0 oC. A seguir, são adicionados 2,0 kg de gelo, a uma temperatura não espe- cificada. Após algum tempo, tendo sido atingido o equilí- brio térmico, verifica-se que a temperatura da mistura é de 0 oC e que a massa de gelo aumentou em 100g. Considere que o calor específico do gelo (c = 2,1 kJ/kg.oC) é a metade do calor específico da água e que o calor la- tente de fusão do gelo é de 330 kJ/kg; e desconsidere a capacidade térmica do calorímetro e a troca de calor com o exterior. Nessas condições, a temperatura do gelo que foi inicial- mente adicionado à água era, aproximadamente, (A) 0 oC. (B) -2,6 oC. (C) -3,9 oC. (D) -6,1 oC. (E) -7,9 oC. 12. A figura apresenta um diagrama p x V que ilustra um ciclo termodinâmico de um gás ideal. Este ciclo, com a realização de trabalho de 750 J, ocorre em três processos sucessivos. No processo AB, o sistema sofre um aumento de pressão mantendo o volume constante; no processo BC, o sistema se expande mantendo a temperatura constante e diminuindo a pressão; e, finalmente, no processo CA, o sistema retorna ao estado inicial sem variar a pressão. O trabalho realizado no processo BC e a relação entre as temeperaturas TA e TB são, respectivamente, (A) 1310 J e TA = TB/8. (B) 1310 J e TA = 8TB. (C) 560 J e TA = TB/8. (D) 190 J e TA = TB/8. (E) 190 J e TA = 8TB. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 9. Para analisar a aceleração da gravidade deste planeta te- mos que usar a relação: g = G M d2 Se “g” fosse a aceleração da gravidade da Terra, “M” fosse a massa e “d” o seu raio, para este planeta teríamos: g ' = G 4M 4d( )2 = G 4M 16d2 = 1 4 G M d2 = 1 4 g = 1 4 .10 = 2,5m / s2 Resposta A. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 10. Na situação descrita no enunciado, temos um corpo em equilíbrio (FR = 0), ou seja a soma vetorial das forças é nu- la. Além disso devemos lembrar de quantas forças atuam sobre a pedra. A força PESO, para baixo, a força de EM- PUXO, para cima e a NORMAL, para cima! Equacionando os módulos das forças e isolando a força feita pela superfície (normal) temos: P = N + E -> N = P - E Resposta C. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 11. Na situação descrita no enunciado, as trocas de calor se dão apenas entre a água e o gelo, sendo que a água cede calor para o gelo. Com isso temos: Qgelo = -Qágua Qsensível = -Qlatente mgelo.cgelo.ΔTgelo = -mágua.L 2.2,1x103.(0 - Ti) = -0,1.(-330x103) Obs.: Note que o calor latente de solidificação da água de- ve ser usado com sinal negativo para indicar que houve perda de calor da água para o gelo. -4,2x103Ti = 0,1.330x103 Ti = -7,9 oC Resposta letra E. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 12. Para determinar o trabalho da transformação isotérmica, basta conhecer a área abaixo da transformação. No caso referido na questão a única área que desconhecemos é a da transformação isobárica no processo AC, que podemos determinar sua área. WAC = 7.80 = 560 J Portanto o trabalho da transformação BC será a soma das duas áreas. WBC = WCiclo + WAC = 750 + 560 = 1310J Para determinar a relação entre as temperaturas indicadas basta usar a Lei Geral dos Gases. p1.V1 T1 = p2.V2 T2 → 80.1 TA = 640.1 TB → TA = 80 640 TB → TA = TB 8 Resposta letra A. Prof. Giovane Irribarem de Mello giovane@if.ufrgs.br UFRGS 2012 FÍSICA 6 13. O gráfico abaixo representa o calor absorvido por uni- dade de massa, Q/m, em função das variações de tempe- ratura ΔT para as substâncias ar, água e álcool, que rece- be calor em processos em que a pressão é mantida cons- tante. (Considere que os valores de calor específico do ar, do álcool e da água são, respectivamente, 1,0 kJ/kg.oC, 2,5 kJ/kg.oC e 4,2 kJ/kg.oC.) Com base nesses dados, é correto afirmar que as linhas do gráfico identificadas pelas letras X, Y e Z, representam, respectivamente, (A) o ar, o álcool e a água. (B) o ar, a água e o álcool. (C) a água, o ar e o álcool. (D) a água, o álcool e o ar. (E) o álcool, a água e o ar. 14. As cargas elétricas +Q, -Q e +2Q estão dispostas num círculo de raio R, conforme representado na figura abaixo. Com base nos dados da figura, é correto afirmar que, o campo elétrico resultante no ponto situado no centro do círculo está representado pelo vetor (A) E1. (B) E2. (C) E3. (D) E4. (E) E5. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 13. Para responder a questão temos que recordar que a incli- nação da reta indica o valor do calor específico da subs- tância. Portanto se a inclinação é maior da reta, maior o calor específico. Com isso podemos verificar que o menor calor específico é da substância X que corresponde ao ar. Já o maior calor específico pertence a substância Z e este é da água. Portanto a ordem solicitada na questão é AR, Álcool e ÁGUA. Resposta letra A. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 14. para resolver a questão temos que lembrar que uma carga positiva produz um campo elétrico em um ponto qualquer sempre direcionado para longe da carga geradora e se for negativa aponta para a mesma. Na figura abaixo está a determinação do compo elétrico resultante entre as duas cargas elétricas +Q e -Q. Agora fazemos a resultante entre este vetor resultante determinado na figura acima com o vetor campo elétrico produzido pela carga +2Q. Esta resultante nos fornece a resposta da questão. Note que o vetor produzido pela carga +2Q deve ter o dobro do tamanho dos vetores cam- po elétrico produzido pelas outras cargas pois esta tem o dobro da carga em relação as outras. Resposta B. Prof. Giovane Irribarem de Mello giovane@if.ufrgs.br UFRGS 2012 FÍSICA 7 15. Considere que U é a energia potencial elétrica de duas partículas com cargas +2Q e -2Q, fixas a uma dis- tância R uma da outra. Uma nova partícula de carga +Q é agregada a este sistema entre as duas partículas iniciais, conforme representado na figura abaixo. A energia potencial elétrica desta nova configuração do sistema é (A) zero. (B) U/4. (C) U/2. (D) U.(E) 3U. 16. Considere o circuito abaixo. No circuito, por onde passa uma corrente elétrica de 4 A, três resistores estão conectados a uma fonte ideal de força eletromotriz de 20 V. Os valores da resistência total deste circuito e da resistência RX são, respectivamente, (A) 0,8 Ω e 2,6 Ω. (B) 0,8 Ω e 4,0 Ω. (C) 5,0 Ω e 5,0 Ω. (D) 5,0 Ω e 10,0 Ω. (E) 10,0 Ω e 4,0 Ω. 17. A figura abaixo representa três posições, P1, P2 e P3, de um anel condutor que se desloca com velocidade v constante numa região em que há um campo magnético B, perpendicular ao plano da página. Com base nestes dados, é correto afirmar que a corrente elétrica induzida no anel surge (A) apenas em P1. (B) apenas em P2. (C) apenas em P1 e P3. (D) apenas em P2 e P3. (E) em P1, P2 e P3. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 15. Para saber a nova energia potencial do sistema temos que determinar antes o potencial no ponto onde a terceira car- ga foi colocada, pois a energia potencial neste ponto de- pende do potencial elétrico (EP = q.U). O potencial no ponto onde foi colocado a terceira carga é a soma dos potenciais produzido pelas duas cargas ini- ciais. Chamaremos o potencial neste ponto de UP. Como as duas cargas geradoras laterais tem mesma car- ga e estão a mesma distância do ponto onde é colocada a terceira carga, estas duas cargas geram o mesmo poten- cial, porém com sinais diferentes, pois o potencial depen- de do sinal da carga. Com isso podemos assumir um potencial elétrico de valor “U” para a carga positiva e “-U” para a carga geradora ne- gativa. UP = U1 + U2 = U - U = 0 Então a energia potencial no referido ponto será: EP = q.U = +Q.0 = 0 J Isto implica que o adicionamento desta terceira carga não afeta o valor da energia potencial do sistema, mantendo este como o mesmo valor inicial “U”. Resposta letra D. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 16. Primeiramente vamos determinar o valor da resistência equivalente do circuito, usando a Lei de Ohm. Req = U i = 20 4 = 5Ω Agora vamos determinar o valor da RX resolvendo o cir- cuito misto. Note que os dois resistores de 6 Ω e 4 Ω estão em série e podem ser substituídos por um de 10 Ω. A partir daí teremos dois resistores em paralelo de 10 Ω e RX que dão ao circuito uma resistência equivalente de 5 Ω. Então temos: Req = R1.R2 R1 +R2 → 5 = 10.RX 10 +RX → 5. 10 +RX( ) = 10.RX 50 + 5RX = 10.RX → 5RX = 50 →RX = 10Ω Resposta letra D. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 17. De acordo com a Lei de Faraday-Neumann-Lenz, só a corrente induzida no anel condutor se o fluxo magnético variar. Com base nessa informação, podemos verificar pela figura que na posição P1 onde o anel está entrando na região de campo magnético o fluxo magnético está aumentando e com isso teremos o surgimento de uma corrente induzida. Na posição P2 o anel encontra-se totalmente dentro da re- gião se deslocando com velocidade constante, e portanto não tem variação do fluxo magnético e com isso não tem corrente induzida no anel. E na posição P3 o anel sai da região onde existe o campo magnético, reduzindo o fluxo magnético, e portanto surge uma corrente induzida devido a esta variação do fluxo magnético. Resposta letra C. Prof. Giovane Irribarem de Mello giovane@if.ufrgs.br UFRGS 2012 FÍSICA 8 18. Circuitos elétricos especiais provocam oscilações de elétrons em antenas emissoras de estações de rá- dio. Esses elétrons acelerados emitem ondas de rádio que, através de modulação controlada da amplitude ou da frequência, transportam informações. Qual é, aproximadamente, o comprimento de onda das ondas emitidas pela estação de rádio da UFRGS, que opera na frequência de 1080 kHz? (Considere a velocidade de propagação das ondas ele- tromagnéticas na atmosfera igual a 3x108 m/s.) (A) 3,6x10-6 m. (B) 3,6x10-3 m. (C) 2,8x102 m. (D) 2,8x105 m. (E) 2,8x108 m 19. Considere as seguintes afirmações sobre ondas eletro- magnéticas. I – Frequências de ondas de rádio são menores que fre- quências da luz visível. II – Comprimentos de onda de microondas são maiores que comprimentos de onda da luz visível. III – Energias de ondas de rádio são menores que ener- gias de microondas. Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III. 20. Um determinado pêndulo simples oscila com pequena amplitude em um dado local da superfície terrestre, e seu período de oscilação é de 8 s. Reduzindo-se o compri- mento desse pêndulo para 1/4 do comprimento original, sem alterar sua localização, é correto afirmar que sua frequência, em Hz, será de (A) 2. (B) 1/2. (C) 1/4. (D) 1/8. (E) 1/16. 21. Um estudante, para determinar a velocidade da luz num bloco de acrílico, fez incidir um feixe de luz sobre o bloco. Os ângulos de incidência e refração medidos foram, respectivamente, 45o e 30o. Dado : sen 30o = 1 2 ; sen 45o = 2 2 ⎛ ⎝ ⎜ ⎞ ⎠ ⎟ Sendo c a velocidade de propagação da luz no ar, o valor obtido para a velocidade de propagação da luz no bloco é (A) c 2 . (B) c 2 . (C) c. (D) 2 c. (E) 2c. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 18. No enunciado temos a velocidade das ondas (v = 3x108 m/s) e a frequência da mesma (f = 1080 kHz) Com isso podemos calcular o comprimento de onda usando a relação: v = λ.f Substituindo temos: 3x108 = l.1080x103 l = 2,8x102 m Resposta letra C. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 19. Analisando as afirmações temos: I - Correta! Na dúvida verifique o espectro eletromagnéti- co. II - Correta,Microondas estão numa faixa de frequência menor que a luz visível (espectro eletromagnético), e co- mo o comprimento de onda e a frequência são inversa- mente proporcionais (f = v/l), se a faixa de microondas tem frequência menor, então esta terá maior comprimento de onda que a faixa da luz visível. III - Correta, mas quando consideramos o caráter corpus- cular, pois os fótons tem sua energia proporcional à frequência (E = h.f), pois para a onda eletromagnética sua energia é proporcional a amplitude do campo. Resposta letra E. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 20. Para determinar sua nova frequência temos que usar a seguinte relação do M.H.S. para os pêndulos simples: T = 2π g Observando a equação acima, vemos que o período é proporcional à raiz quadrada do complimento. Então o novo período será: T ' = 2π 4 g = 1 2 2π g = 1 2 T = 1 2 .8 = 4s Como o período está relacionado com a frequência atra- vés da relação f = 1/T, então a frequência nova será: f’ = 1/4 Hz Resposta letra C. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 21. Para determinar a velocidade de propagação da luz no bloco de acrílico temos que usar a Lei de Snell-Descartes. n1.sen θ1 = n2.sen θ2 →1.sen 45 o = n2.sen 30 o 2 2 = n2.sen 1 2 → n2 = 2 n2 é o índice de refração do bloco de acrílico que usare- mos na seguinte relação para determinar a velocidade da luz no referido bloco. n = c v onde v é a velocidade da luz no meio referido e n o índice de refração também neste mesmo meio que no caso para a questão é o acrílico. n = c v → 2 = c vacrílico → vacrílico = c 2 Resposta letra B. Prof. Giovane Irribarem de Mello giovane@if.ufrgs.br UFRGS 2012 FÍSICA 9 22. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que apare- cem. Para que os seguranças possam controlar o movimento dos clientes, muitos estabelecimentos comerciais instalam espelhos convexos em pontos estratégicos das lojas. A adoção desse procedimento deve-se ao fato de que esses espelhos aumentam o campo de visão do observa- dor. Isto acontece porque a imagem de um objeto formada por esses espelhos é .............., ............... e objeto. (A) virtual – direta – menor que o (B) virtual – invertida – maior que o (C) virtual – invertida – igual ao (D)real – invertida – menor que o (E) real – direta – igual ao 23. Em 1905, Einstein propôs uma teoria simples e revolu- cionária para explicar o efeito fotoelétrico, a qual considera que a luz é constituida por partículas sem massa, chamada de fótons. Cada fóton carrega uma energia dada por hf, onde h = 4,1x10-15 eV.s é a constante de planck, e f é a frequência da luz. Einstein relacionou a energia cinética, E, com que o elétron emerge da superfície do material, à frequência da luz incidente sobre ele e à função trabalho, W, através da equação E = hf - W. A função trabalho W corresponde à energia necessária para um elétron ser ejetado do material. Em uma experiência realizada com os elementos Potássio (K), Chumbo (Pb) e Platina (Pt), deseja-se obter o efeito fotoelétrico fazendo incidir radiação eletromagnética de mesma frequência sobre cada um desses elementos. Dado que os valores da função trabalho para esses elementos são WK = 2,1 eV, WPb = 4,1 eV e WPt = 6,3 eV, é correto afirmar que o efeito fotoelétrico será observado, nos três elementos, na frequência (A) 1,2x1014 Hz. (B) 3,1x1014 Hz. (C) 5,4x1014 Hz. (D) 1,0x1015 Hz. (E) 1,6x1015 Hz. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 22. O espelho que a questão está se referindo é o CONVEXO. O formato desse espelho aumenta o campo de visão e a imagem conjugada por este espelho tem as seguintes características: VIRTUAL, DIRETA E MENOR QUE O OBJETO. Resposta A. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 23. Para determinar a frequência usaremos o valor da maior função trabalho, pois esta ocorrerá em todos os elementos citados no enunciado. Usando a equação de Einstein dada no enunciado pode- mos determinar a frequência, mas temos que entender que para a frequência mínima em que os elétrons são ar- rancados da superfície do metal, estes não possuem ener- gia cinética (E = 0). E = h.f - W 0 = 4,1x10-15.f - 6,3 6,3 = 4,1x10-15.f f = 6,3/4,1x10-15 = 1,55x1015 Hz = 1,6x1015 Hz Resposta E. Prof. Giovane Irribarem de Mello giovane@if.ufrgs.br UFRGS 2012 FÍSICA 10 24. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em que apare- cem. Uma característica importante das radiações diz respeito ao seu poder de penetração na matéria. Chama-se alcance a distância que uma partícula percorre até parar. Para partículas a é .......... da partícula b. Raios X e raios g são radiações de mesma natureza, mas enquanto os raios X se originam ............., os raios g têm origem .............. do átomo. (A) maior que o – na eletrosfera – no núcleo (B) maior que o – no núcleo – na eletrosfera (C) igual ao – no núcleo – na eletrosfera (D) menor que o – no núcleo – na eletrosfera (E) menor que o – na eletrosfera – no núcleo 25. Assinale a alternativa que preenche corretamente as laculas do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem. As reações nucleares 2H1 + 2H1 → 3H2 + n e n + 235U92 → 91Kr36 + 142Ba56 + 3n liberam energia e são, respectivamente, exemplos de reações nucleares chamadas ..................... e ................... . (A) fissão nuclear – fusão nuclear (B) fusão nuclear – fissão nuclear (C) reação em cadeia – fusão nuclear (D) reação em cadeia – fissão nuclear (E) reação em cadeia – reação em cadeia RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 24. Preenchendo as lacunas da questão temos: As partículas ALFA possuem um poder de penetração me- nor do que as partículas BETA, devido possuírem uma massa maior e maior carga. Quanto maior for esses fato- res maior a interação da partícula com o meio e menor seu alcance. Os raios X podem ser são originados nas transições ele- trônicas dos elétrons na eletrosfera, já os raios g vem de transições que provocam desintegrações no núcleo do átomo. Resposta letra E. RESOLUÇÃO DA QUESTÃO 25. Na primeira reação nuclear a partir de dois deuterons te- mos a formação de um isótopo do hélio, processo esse co- nhecido como FUSÃO NUCLEAR. Na segunda reação nuclear temos um neutrons atingindo um núcleo de urânio no início do processo e na sequência da reação temos a formação de núcleos de menor massa atômica e liberação de neutrons, este processo é chama- do de FISSÃO NUCLEAR. Portanto resposta letra B. Prof. Giovane Irribarem de Mello giovane@if.ufrgs.br UFRGS 2012 FÍSICA
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