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MICROBIOLOGIA 1. DEFINIÇÃO · Classicamente definida como a área da ciência que se dedica ao estudo de organismos que somente podem ser visualizados ao microscópio. · O que são considerados micro organismos? · Fungos · Bactérias · Protozoários · Vírus (acelulares) · Campos de atuação: · Fatos importantes na microbiologia: · Pasteur(1822-1895)–utilizou o termo vacina para a cultura de micro-organismos avirulentos, usados na inoculação preventiva; · Algumas vacinas são produzidas a partir de linhagens de micro organismos avirulentos e outras são feitas a partir de micro organismos virulentos mortos ou por técnicas de engenharia genética · O fato de muitos tipos de doenças estarem relacionadas com micro organismos era desconhecida até pouco tempo · Teoria germe e doença Era um conceito difícil de aceitar para muitas pessoas naquela época. · Descoberta penicilina –Alexander Fleming. A colônia de fungo Penicillium acidentalmente contaminou a placa e inibiu o crescimento das bactérias adjacentes. 2. Células procarióticas e eucarióticas Procariontes: · Unicelulares, quase sempre (exceto biofilmes e colônias) · DNA NÃO está envolto por uma membrana, e é um cromossomo de arranjo circular · Seu DNA não está envolvido com histonas, sendo o DNA associado a outras proteínas · NÃO possuem organelas revestida por membranas · Suas paredes celulares quase sempre contém o polissacarídeo complexo peptideoglicano · Normalmente dividem se por fissão binária Tamanho, forma e arranjo das células bacterianas: · A maioria varia de 0 2 a 2 µm de diâmetro e de 2 a 8 µm de comprimento · Formas básicas · Cocos esféricos · Bacilos em forma de bastão · Espiral · Os cocos geralmente são redondos, mas podem ser ovais, alongados ou achatados em uma das extremidades · Quando se dividem para reproduzir as células podem permanecer ligadas umas às outras · Os bacilos apresentam se como bastonetes simples · As bactérias espirais possuem uma ou mais curvaturas, elas nunca são retas · Forma helicoidal e flexível Estruturas externas da parede extracelular · Glicocálice (significado revestimento de açúcar) · Muitos procariotos secretam na sua superfície uma substância denominada glicocálice · O glicocálice bacteriano é um polímero viscoso e gelatinoso situado externamente a parede celular · Composto de polissacarídeos, polipeptídeos ou ambos · Cápsula quando o glicocálice possuem substância organizada firmemente aderida a parede celular; · Camada viscosa–quando a substância NÃO é organizada e está fracamente aderida a parede celular. Obs.: Em certas espécies, as cápsulas são importantes para a contribuição da virulência bacteriana. Obs.: As cápsulas frequentemente protegem as bactérias patogênicas da fagocitose pelas células do hospedeiro. Flagelo · Longos apêndices filamentosos que propelem as bactérias. · As bactérias sem flagelos são denominadas atríqueas (sem projeções) · Os flagelos podem ser: · Peritríqueos - distribuídos ao longo de toda a célula · Polares - em um ou ambos os polos da célula · Lofotríqueos – um tufo de flagelo na extremidade das células; · Anfitríqueos – flagelos em ambas as extremidades celulares · As células bacterianas podem alterar a velocidade e a direção da rotação dos flagelos apresentando vários padrões de MOBILIDADE Fimbrias e pili · Apêndices semelhantes a pelos que são mais curtos, retos e finos que os flagelos; · São usados mais para fixação e transferência de DNA que para a mobilidade Fimbrias · Podem ocorrer nos polos das células bacterianas, ou podem estar homogeneamente distribuídas em toda a superfície das células · Possuem uma tendência a aderir-se umas às outras e às superfícies; · Estão envolvidas na formação de biofilmes e outros agregados nas superfícies de líquidos, vidros e pedras Exemplos · As fimbrias da bactéria Neisseria gonorrhoeae, o agente causador da gonorreia, auxiliam o micro organismo a colonizar as membranas da mucosa · Uma vez que a colonização ocorre, as bactérias podem causar doença. Quando as fimbrias estão ausentes (devido à mutação genética), a colonização não pode ocorrer, e nenhuma doença aparece. Pili · Normalmente, são mais longos que as fimbrias, e há apenas um ou dois por células; · Estão envolvidos na mobilidade celular e na transferência de DNA · Alguns são utilizados para agregar bactérias e facilitar a transferência de DNA entre elas, processo chamado CONJUGAÇÃO Pili de conjugação (sexuais) · Conecta duas bactérias da mesma espécie ou de espécies diferentes · As duas células fazem contato físico e o DNA de uma é transferido para a outra · O DNA compartilhado pode adicionar uma nova função á célula receptora, como resistência a um antibiótico ou habilidade de degradar seu meio com mais eficiência. Parede celular · É uma estrutura complexa, semirrígida, responsável pela forma da célula · Principal função é prevenir a ruptura das células bacterianas quando a pressão da água dentro das células é maior que fora dela · Ajuda a manter a forma de uma bactéria e serve como ponto de ancoragem para os flagelos Obs.: Clinicamente, é importante pois contribui para a capacidade de algumas espécies causarem doenças e também por ser o local de ação de alguns antibióticos · A parede celular bacteriana é composta por uma rede de macromoléculas – peptideoglicana (mureína) · A peptideoglicana consiste em um dissacarídeo repetitivo ligado por polipeptídeos que circunda e protege toda a célula Parede celulares de Gram positivas · Consiste em muitas camadas de peptideoglicanos, formando uma estrutura espessa e rígida · Apresentam ácidos teicoicos na parede celular Parede celulares de Gram-negativas · Consiste em uma ou poucas camadas de peptideoglicana e uma membrana externa · Não apresentam ácidos teicoicos Coloração de Gram · Desenvolvida em 1884, pelo bacteriologista dinamarquês HansChristianGram. · Classifica as bactérias em dois grandes grupos, Gram-positivas e gram-negativas. CÉLULAS EUCARIONTES · Podem ser unicelulares ou multicelulares · Apresenta núcleo organizado; · Genoma em geral organizado em cromossomos; · Na maioria dos casos apresenta organelas VIRUS 1. DEFINIÇÃO · Os vírus são microrganismos de grande simplicidade: · Pequenos, de 20 a 300 nm de diâmetro · Em geral, com apenas um tipo de ácido nucléico (RNA ou DNA) · Desprovidos de estrutura celular · Não crescem, não metabolizam · Não sofrem divisão · Inertes fora de células vivas · São parasitas intracelulares obrigatórios. 2. CARACTERÍSTICAS GERAIS · Os vírus não são considerados organismos vivos porque são inertes fora das células hospedeiras · No entanto, quando penetram em uma célula hospedeira, o ácido nucléico vitral torna se ativo e funcional · Sob este ponto de vista, os vírus estão vivos quando proliferam dentro da célula hospedeira infectada · Possuem um envoltório protéico que protege o material genético denominado capsídeo · O capsídeo pode ou não ser revestido por um envelope lipídico derivado das membranas celulares · Possuem um único tipo de ácido nucléico, DNA ou RNA · Existem vírus com DNA de fita dupla, simples, RNA de fita dupla ou simples · São parasitas intracelulares obrigatórios · Multiplicam se dentro de células vivas usando a maquinaria de síntese das células · Não possuem metabolismo. Toda energia que utilizam provém da célula hospedeira Viríon · A partícula viral, quando fora da célula hospedeira, é chamada de vírion. Cada espécie de vírus apresenta vírions de formatos diferentes · O Vírion é uma partícula viral completa, constituída por DNA ou RNA cercado por uma proteína constitui a forma infectiva do vírus · Serve como veículo na transmissão de um hospedeiro para o outro · No grupo dos vírus envelopados o capsídeo é coberto pelo envelope que é formado quando o vírus é exocitado da célula hospedeira. Classificação Viral · Classe I DNA de banda (ou fita) dupla · Classe II DNA de banda simples · Classe III RNA de banda dupla · Classe IV banda simples de RNA positivo (isto é, oRNA é imediatamente traduzido pelos ribossomas, actuando como se fosse RNA mensageiro) · Classe V banda simples de RNA negativo (é necessário transcrever a banda em RNA mensageiro) · Classe VI banda simples, positiva, de RNA, com DNA como intermediário na formação das proteínas retrovírus · Classe VII banda dupla de DNA com um RNA intermediário na replicação Hepadnavírus CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS QUANTO AO TIPO DE ÁCIDO NUCLÉICO Vírus com DNA. DNA > RNA > Proteína Ex.: · Bacteriófago · Poxvírus (Varíola) · Herpesvírus · Hepadnavírus (HepatiteB) · Papovavírus (HPV) Vírus com RNA. RNA > Proteínas Ex.: · Influenza (Gripe) · Rabdovírus(Raiva) · Filovírus(Ebola) · Reovírus(Encefalite) · Flavivírus(Hepatite C) · Paramixovírus(Sarampo,caxumba) Vírus com RNA e Transcriptase Reversa RNA > DNA > RNA > PROTEÍNAS. Ex.: · HIV · HTLV · HTLV Quem são os hospedeiros dos vírus? · Praticamente todos os organismos vivos podem ser infectados pelos vírus · Os vírus podem infectar células de animais, vegetais, fungos, bactérias e protistas Capsídeo · Proteínas codificadas pelo genoma viral (protômeros); · Proteção e rigidez; · Simetria: REPRODUÇÃO VIRAL · Devido a ausência de um metabolismo próprio os vírus devem parasitar a célula hospedeira e utilizar toda a sua maquinaria biossintética. · Os vírus só se reproduzem no interior de uma célula hospedeira · O ácido nucléico dos vírus possui somente uma pequena parte dos genes necessários para a síntese de novos vírus · As demais enzimas necessárias para a síntese protéica, síntese de ribossomos, RNAt RNAm e ATP são fornecidas pela célula hospedeira · Portanto, os vírus necessitam da via metabólica da célula para replicarem se · Para estudarmos a reprodução viral vamos analisar a reprodução do bacteriófago, parasita intracelular de bactérias. TIPOS DE REPRODUÇÃO NOS BACTERIÓFAGOS LISOGÊNICO · o metabolismo da bactéria não é interferido podendo mesmo contaminada se reproduzir normalmente · A célula hospedeira permanece viva. LÍTICO · O DNA viral comanda o metabolismo da bactéria e com a formação de novos vírus a célula hospedeira sofre uma lise, liberando novos vírus. · Tem a morte da célula hospedeira Ciclo Lisogênico · O processo é semelhante ao ciclo lítico, porém o DNA do fago se insere ao DNA bacteriano. · O vírus é agora chamado de profago · Toda vez que a bactéria replicar seu cromossomo o DNA do profago também é replicado, permanecendo latente nas células filhas. Conseqüências do ciclo lisogênico 1.Células contendo o genoma viral ( profago ) são imunes à reinfecção por um fago da mesma espécie. 2. As células hospedeiras podem vir a apresentar novas características. Ex: A toxina produzida pelo Clostridium botulinum , é codificada por um gene de um profago 3. Permite a transdução bacteriana ( tipo de reprodução sexuada em bactérias) Principais doenças por Vírus: · Gripe aviaria · HPV REINO PROTISTA CONCEITOS INICIAIS (REVISÃO) TIPO DE NUTRIÇÃO: · Autótrofos: capazes de produzir o próprio alimento (REINO VEGETAL) · Heterótrofos: incapazes de produzir seu próprio alimento (REINO ANIMAL) RESPIRAÇÃO CELULAR: · Nas células, os alimentos orgânicos (ex.: glicose) são oxidados, liberando energia necessária às atividades vitais. · Processo aeróbio, ou seja, utiliza-se o oxigênio livre(presença de O2). · Ocorre no citoplasma celular (glicólise) e nas mitocôndrias (ciclo de Krebs e cadeia respiratória). GLICOLISE: · Glycolysis tem a sua origem no Grego em que glyk = Doce + Lysis = Dissolução · Na atualidade podemos definir a Glicólise como a sequência de reações que converte a Glicose em Piruvato havendo a produção de Energia sob a forma de ATP A RESPIRAÇÃO CELULAR PODE SER DIVIDIDA EM 3 ETAPAS: CATABOLISMO DE MOLÉCULAS ORGÂNICAS: FOTOSSÍNTESE: · É o principal processo autotrófico realizada pelos seres clorofilados, representados por plantas, alguns protistas, bactérias fotossintetizantes e cianobactérias · Os seres fotossintetizantes são fundamentais para a manutenção da vida em nosso planeta, pois são a base das cadeias alimentares e produzem oxigênio ETAPAS · Fotoquímica (reação de claro) · Necessita de energia luminosa. OBS.: A clorofila reflete a luz verde e absorve com maior eficiência os comprimentos de onda das luzes azul e vermelha · Química (reação de escuro) · Não necessita de luz, mas sim dos produtos formados na fase fotoquímica. NOMENCLATURA BIOLOGICA: · Quando formos falar sobre uma determinada espécie devemos utilizar a nomenclatura correta, latina e binominal · Regras internacionais de nomenclatura zoológica. · Carl von Linné (1758 considerado o fundador do “Sistema de Classificação Binária” ou “Nomenclatura Binominal”. O primeiro termo grafado em maiúsculo é o gênero e o segundo em minúsculo é a espécie convencionalmente, sendo escritos em itálico, sublinhados ou em negrito A classificação taxonômica do homem: · Reino: Animalia (Animal); · Filo: Chordata (Cordados); Classe: Mammalia (mamíferos) · Ordem: Primates (primatas) · Família: Hominidae · Gênero: Homo; · Espécie: Homo sapiens RELAÇÕES ECOLOGICAS ENTRE OS SERES VIVOS: · Simbiose: Relação mutuamente vantajosa entre dois ou mais organismos vivos de espécies diferentes (mutualismo obrigatório) · Mutualismo: Interação entre duas espécies, em que ocorre benefícios para ambas · Comensalismo: Relação entre duas espécies, onde uma será beneficiada, não causando prejuízo para a outra espécie · Parasitismo: Relação entre duas espécies, onde uma será beneficiada em detrimento da outra, ou seja, causando prejuízo para a outra espécie EXIGÊNCIA DO PARASITISMO · Obrigatórios: Não sobrevivem sem o hospedeiro · Facultativos: Espécies de vida livre, que quando encontram o hospedeiro podem parasita-los · Acidentais: Quando usam um hospedeiro diferente do usual TEMPO DE PERMANÊNCIA DO PARASITO NO HOSPEDEIRO · Permanentes: Passam toda a vida espoliando um hospedeiro Piolho · Temporários: Permanecem apenas pouco tempo no hospedeiro Mosquito hematófago · Oportunistas: Quando o parasito permanece em estado de latência no hospedeiro, mas quando há uma oportunidade (baixa do sistema imunológico) o parasito reproduz se rapidamente VIAS DE TRANSMISSÃO · Orofecal: Penetração do patógeno pela boca por meio de água ou alimentos contaminados e sua saída pelas fezes Podemos citar como exemplos a Taenia spp causadora da teníase, Ascaris lumbricoides da ascaridíase e a Giardia spp da giardíase · Respiratória: Inalação do agente etiológico pelo nariz ou boca e sua excreção por gotículas produzidas por tosse, espirro, escarros, secreções nasais e expectoração Esse é o caso do Streptococcus pneumoniae causador da pneumonia · Urogenital: Os patógenos entram e saem pelos órgãos genitais pelo contato com secreções durante relações sexuais, por exemplo É o caso do vírus HIV que transmite AIDS, do vírus transmissor de sífilis e da bactéria Neisseria gonorrhoeae que transmite a gonorreia · Transcutânea: Entrada do parasita por ferimentos da pele ou mucosas (arranhões, queimaduras) e sua saída pela descamação dérmica Temos como exemplo a Leishmania spp responsável por úlceras cutâneas e o Sarcoptes scabiei pela sarna TEMPO DE PERMANÊNCIA DO PARASITO NO HOSPEDEIRO · Autoxenos: Parasitas desenvolvem todo seu ciclo de vida em um único hospedeiro. Apresentam todas as formas evolutivas em um único hospedeiro; · Monoxenos: Não necessitam de um hospedeiro intermediário; · Heteroxenos: Parasitas desenvolvem seu ciclo de vida em mais de um hospedeiro. Necessitam de um hospedeiro intermediário. Trypanossoma cruzi LOCALIZAÇÃO DO PARASITA · Endoparasitos: Vivem dentro do hospedeiro, desencadeando uma infecção; · Ectoparasitos: Vivem na pele do hospedeiro, causando uma infestação TIPOS DE HOSPEDEIRO · Hospedeiro definitivo: Aquele que apresenta o parasito em sua forma adulta ou em fase de atividade sexual · Hospedeiro intermediário: Pode ser um artrópode ou um molusco, no qual se desenvolvem as fases jovens ou assexuadas de um parasito (fase larvária ou na qual se reproduz assexuadamente · Hospedeiro natural: Aquele que determinadaespécie de parasito é geralmente encontrada · Hospedeiro acidental: Aquele que raramente é afetado pelo parasito, ainda que este seja capaz de se desenvolver até a fase adulta · Hospedeiro paratênico ou de transporte: Hospedeiro intermediário de um parasita que permanecerá viável até atingir o hospedeiro definitivo É o que ocorre com o Aedes aegypti REINO PROTISTA · Protozoan significa “primeiro animal, · Os protozoários se reproduzem assexuadamente por fissão binária, brotamento ou esquizogonia · Os protozoários são em sua maioria heterotróficos aeróbicos, embora muitos protozoários intestinais sejam capazes de crescer em anaerobiose CARACTERÍSTICAS GERAIS: · São seres unicelulares (podem ser coloniais); · São eucariontes e heterótrofos; · Podem ser de vida livre ou parasitas; · Reprodução assexuada ou sexuada (conjugação) – Um micronúcleo de cada célula migrará para a outra célula durante a conjugação. Ambas as células produziram células filhas. · São encontrados em água doce, salgada e ambientes úmidos · Estabelecem relações benéficas com outros seres Ex.: Triconympha (intestino de cupins) · Podem ser divididos em quatro classes, de acordo com sua estrutura de locomoção · Os protozoários são classificados conforme o modo de locomoção NUTRIÇÃO · Dois grupos contendo clorofila, dinoflagelados e euglenoides frequentemente são estudados com as algas · Todos os protozoários vivem em áreas com grande suprimento de água · Alguns protozoários transportam o alimento através da membrana plasmática; · Contudo, alguns apresentam uma cobertura protetora, ou película, e necessitam de estruturas especializadas para obter o alimento. NA PARASITOLOGIA Os parasitos que iremos estudar são classificados em três grandes grupos os protozoários, os helmintos e os artrópodes · Protozoários: são organismos unicelulares eucariotas, possuem uma única célula e diversas organelas vitais especializadas e núcleo definido · Helmintos: são organismos pluricelulares, possuem muitas células, apresentando aparelho digestivo, reprodutor, etc conhecidos como vermes, · Artrópodes: também são organismos pluricelulares, com patas articuladas, corpo coberto de quitina e composto por aparelho digestivo, reprodutor, sistema circulatório, etc. As moscas, mosquitos, barbeiros, piolhos, carrapatos, aranhas e escorpiões DOENÇAS CAUSADOS POR PROTOZOARIOS · Amebíase · Giardíase · Leishmaniose · Doença de Chagas · Tricomoníase · Malária FUNGOS · Os fungos compõem um grupo numeroso de organismos, dispersos em uma grande variedade de ambientes · São popularmente conhecidos como bolores, mofos, fermentos, levedos, orelhas de pau, trufas e cogumelos de chapéu (champignon) · Apresentam grande importância ecológica, pelo seu envolvimento na reciclagem de nutrientes minerais, e econômica, por seus benefícios na indústria química, farmacêutica, alimentícia e agrícola Fungos · Ao longo dos últimos dez anos, a incidência de infecções importantes causadas por fungos tem aumentado. Elas estão ocorrendo como infecções hospitalares e em indivíduos com sistema imune comprometido · Além disso, milhares de doenças causadas por fungos afetam plantas economicamente importantes, custando mais de um bilhão de dólares ao ano · Os fungos também são benéficos, sendo importantes na cadeia alimentar por decomporem matéria vegetal morta, reciclando elementos vitais · Os fungos são utilizados pelos homens como alimentos (e também para a produção de alimentos (pão e ácido cítrico) e drogas (álcool e penicilina) · Das mais de 100 mil espécies conhecidas de fungos, apenas cerca de 200 são patogênicas aos humanos e aos animais DISTRIBUIÇÃO: Solo, água, alimentos, ar, vegetais, detritos, animais, homem IMPORTÂNCIA: · Indústria: · produtos químicos e farmacêuticos, comestíveis, laticínios, bebidas alcoólicas de todos os tipos · Agricultura · Veterinária · Medicina humana Saccharomyces cerevisiae: Também utilizado na fabricação de cerveja e vinho O fungo Penicillium notatum produz penicilina um poderoso antibiótico. (Alexander Fleming – 1881-1955). Fungos ≠ Plantas · Não sintetizam clorofila; · Não tem celulose na parede celular; · Não armazenam amido (reserva). Fungos = Animais · Presença de quitina na parede celular; · Armazenam glicogênio (reserva). CARACTERÍSTICAS GERAIS: · Unicelulares (leveduras não filamentosas ou Pluricelulares (bolores filamentosos) · Eucariontes, heterótrofos; · Parede celular composta por substâncias quitinosas, membrana celular fosfolipídica e organelas celulares (complexo de Golgi, vacúolo) · Substância de reserva: glicogênio · Digestão extracorpórea obtenção de energia ocorre pela absorção de moléculas simples que foram degradadas pela liberação de enzimas digestivas para fora do corpo dos fungos (digestão extracelular) · Podem viver como microrganismos decompositores · Essenciais à reciclagem de nutrientes pela obtenção de alimentos da decomposição de matéria orgânica, incluindo organismos mortos (saprófagos) ESTRUTURA: · Uni ou pluricelulares · Pluricelulares: formação de hifas · Micélio: hifas entrelaçadas Hifas apocíticas ou septadas: apresentam paredes transversais que separam os compartimentos celulares Hifas cenocíticas: não possuem septos e apresentam a possibilidade da ocorrência de vários núcleos dispersos em um citoplasma comum MORFOLOGIA · Hifas: é o nome que se usa para designar os filamentos dos fungos; · Micélio é o conjunto das hifas. Classificação das Hifas: · Quanto à presença de septos: · Asseptadas ou cenocítica · Septadas · As hifas podem ser encaradas ainda como verdadeiras e falsas: · As hifas verdadeiras são as que crescem sem interrupção, a partir de germinação de um esporo. · As falsas hifas ou hifas gemulantes ou pseudo hifas são as que crescem por gemulação ou por brotamento sucessivo (leveduras). CICLO DE VIDA DOS FUNGOS · É constituído por duas fases uma fase vegetativa caracterizada por atividades relacionadas à nutrição e uma fase reprodutiva em que ocorre a reprodução sexuada ou assexuada REPRODUÇÃO ASSEXUADA · A reprodução assexuada pode ocorrer pela fragmentação do micélio, em que cada fragmento origina um novo organismo · Ou pela produção de esporos assexuais formados por transformações vegetativas sem a fusão de gametas REPRODUÇÃO SEXUADA · Os esporos sexuais (gametas) são resultados de sucessivas etapas de mitose e meiose após a união do gametângio feminino (oogônia) com o gametângio masculino (anterídio) · A germinação de um esporo haploide gera uma hifa com núcleos haploides, que pode novamente produzir esporos haploides ou fundir se com outra hifa haploide pela união de protoplasmas plasmogamia e de núcleos cariogamia na formação de um núcleo diploide denominado zigoto TAXONOMIA DOS FUNGOS · A taxonomia dos fungos é tradicionalmente baseada em características citológicas e morfológicas particularmente das estruturas reprodutivas (assexuadas ou sexuadas), mas atualmente também pode levar em conta aspectos moleculares · Entre os filos em que o Reino Fungi é dividido, quatro destacam se pela importância médica · Os fungos podem atingir a superfície de um hospedeiro suscetível e causar lhe infecções se sua implantação, germinação e penetração forem bem sucedidas · A penetração pode ocorrer pelo contato com a superfície íntegra, por aberturas naturais ou mesmo ferimentos pelas vias oral, respiratória, transcutânea e urogenital, permitindo o estabelecimento de relações parasitárias estáveis entre os fungos e o hospedeiro PATOGENICIDADE DOS FUNGOS · Os fungos podem provocar danos ao homem, animais e plantas pela secreção de enzimas hidrolíticas que danificam suas células, causando as micoses · De acordo com sua natureza e localização, as micoses podem ser classificadas como · Superficiais: localizadas superficialmente nas camadas da pele e pelos, como os nódulos duros e escuros na haste de pelos da piedra negra causada pela Piedraia hortae · Cutâneas: atingem a pele, pelo, unhas e mucosas em maior extensão como na candidíase provocada pela Candida albicans podem ser denominadasdermatofitoses se causadas por um grupo específico de fungos nomeados dermatófitos que pertencem aos gêneros Epidermophyton Microsporum e Trichophyton · Subcutâneas: encontradas na pele e tecidos subcutâneos como na esporotricose cromoblastomicose e micetomas · Sistêmicas ou oportunistas: atingem órgãos e mucosas internas, desencadeando reações intradérmicas que culminam em respostas imunológicas importantes, como ocorre na coccidioidomicose blastomicose Histoplasmose paracoccidioidomicose, criptococose e aspergilose · Além das micoses, muitas espécies de fungos são capazes de provocar alergias, que se manifestam principalmente por sintomas clínicos de asma brônquica e rinite, ou intoxicações pela ingestão de alimentos contaminados com metabólitos tóxicos produzidos por bolores micotoxinas · Os principais medicamentos disponíveis para o tratamento de micoses têm como alvo danos à membrana celular destes microrganismos, caso do fluconazol, cetoconazol e itraconazol ou no ácido nucleico, que é o mecanismo de ação da flucitosina DIAGNÓSTICO DAS PRINCIPAIS INFECÇÕES FÚNGICAS · Um tratamento eficiente depende de um diagnóstico preciso e confiável por meio da avaliação da presença do fungo em material biológico coletado do paciente · Um tratamento eficiente depende de um diagnóstico preciso e confiável por meio da avaliação da presença do fungo em material biológico coletado do paciente