Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Modelos de Recursos Hídricos no Brasil no Mundo Camilo Allyson Simões de Farias camilo.allyson@professor.ufcg.edu.br @camilo.ufcg Fonte das Imagens:MS PowerPoint, www.chesf.gov.br, Loucks & Beek (2017), mississippiriverinfo.com, Carrera‐Fernandez & Garrido (2002) e pixabay.com. Nenhuma violação de direitos autorais pretendida. "Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado." Emília Viotti da Costa Slide 2 de 19 Modelos Históricos no Brasil 1889‐1948: Modelo Burocrático 1948‐1997: Modelo Econômico‐Financeiro 1997‐atual: Modelo Sistêmico de Integração Participativa Slide 3 de 19 Modelo Burocrático (1889‐1948) • Entidades públicas de natureza burocrática concentração do poder e autoridade • Estrutura altamente hierarquizada e normatizada escalões hierárquicos aplicavam os dispositivos legais • Modelo consagrado pelo Código das Águas de 1934 Slide 4 de 19 Modelo Burocrático (1889‐1948) • Não havia espaço para: ‐ planejamento estratégico ‐ negociação e ‐ geração de recursos financeiros • A questão ambiental era somente tratada por via legal EXCESSO DE BUROCRACIA ineficiência e fragilidade política Slide 5 de 19 Modelo Econômico‐Financeiro (1948‐1997) • Iniciado com a criação da Comissão do Vale do São Francisco (CVSF) em 1948 ‐ Lei nº 541/1948: CVSF ‐ Decreto‐Lei nº 292/1967: Superintendência do Vale do São Francisco (Suvale) ‐ Lei nº 6.088/1974: Companhia de Des. dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) • Constituição da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) em 1948 ‐ A Chesf foi criada em 1945 pelo Decreto‐Lei nº 8.031 Slide 6 de 19 Modelo Econômico‐Financeiro (1948‐1997) Paulo Afonso I: início da obra em 1948 e da operação em 1954. • Prioridade na promoção do desenvolvimento econômico: ‐ prioridades setoriais do Governo Federal investimentos em saneamento, eletrificação, irrigação, navegação etc. ‐ desenvolvimento integral da bacia hidrográfica Slide 7 de 19 Modelo Econômico‐Financeiro (1948‐1997) • Possibilitou o planejamento estratégico e a arrecadação financeira para implantação dos planos • Ainda não havia espaço para a negociação social • A proteção ambiental era muito limitada • Principais deficiências: privilégios de setores + conflitos entre usuários Slide 8 de 19 Modelo Sistêmico de Integração Participativa (1997‐atual) • Iniciado, em nível nacional, com a implantação da Lei das Águas (Lei nº 9.433/97) • Criação de estrutura sistêmica, responsável por funções gerenciais específicas: Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) Slide 9 de 19 Modelo Sistêmico de Integração Participativa (1997‐atual) • planejamento estratégico por bacia hidrográfica • negociação social: deliberações multissetoriais e descentralizadas para a tomada de decisão • dispositivos legais e financeiros necessários à implementação de planos e programas de investimentos da bacia hidrográfica Slide 10 de 19 Evolução da Lei das Águas • Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981) ‐ implicações na proteção jurídica das águas • Constituição Federal de 1988 ‐ define o domínio público das águas (União e Estados) ‐ delega competência à União para instituir: a) o SINGREH e b) definir critérios de outorga de direitos de uso da água Slide 11 de 19 Evolução da Lei das Águas • Encontros Nacionais da Associação Brasileira de Recursos Hídricos ‐ Salvador (1987), Foz do Iguaçu (1989) e Rio de Janeiro (1991) ‐ Contribuiu para uma estratégia de gestão baseada no modelo francês • Leis Estaduais ‐ Lei Paulista de Recursos Hídricos (Lei nº 7.663/1991) ‐ Lei Cearense de Recursos Hídricos (Lei nº 11.996/1992) adotaram modelos sistêmicos de integração participativa Slide 12 de 19 Evolução da Lei das Águas • Lei nº 9.433/1997 ‐ Instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos ‐ Criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos Slide 13 de 19 Experiências Internacionais • Estados Unidos ‐ Lei Federal para gestão do uso da água (1965) ‐ Lei Federal sobre controle de poluição das águas (1972) ‐ Criação do Conselho Federal de Recursos Hídricos ‐ Unidade de gestão: região, bacia ou grupo de bacias ‐ A autonomia dos Estados dificulta o gerenciamento das águas ‐ Direito ribeirinho (leste) ou de apropriação (oeste) Slide 14 de 19 água limitada Experiências Internacionais • Chile ‐ Em 1981, entrou em vigor o novo Código das Águas ‐ Separou o direito das águas do domínio da terra ‐ Qualquer pessoa pode solicitar e obter a outorga ‐ O direito de uso é um bem real (e sem caducidade) do concessionário ‐ A comercialização é possível e não há interferência do Estado ‐ Única restrição: o outorgado não pode contaminar o manancial Slide 15 de 19 Experiências Internacionais • França ‐ Está em vigor a Lei nº 3/1992 (atualização da Lei nº 1.245/1964) ‐ Gestão hídrica descentralizada e participativa ‐ Reforço do poder de polícia ‐ Criação de fóruns de debates (comitês) ‐ Criação de agência de bacia para cada uma das seis regiões hidrográficas ‐ Instituição da cobrança pelo uso da água ‐ Adoção da bacia hidrográfica como unidade de gestão Slide 16 de 19 Experiências Internacionais • Japão ‐ Lei sobre o domínio e uso das águas (1964) ‐ Lei sobre o controle de poluição das águas (1970) ‐ Gestão em dois níveis: administração central e províncias ‐ Rios: Classe A (administração central) e Classe B (províncias) ‐ Há um Conselho de Desenvolvimento de Recursos Hídricos ‐ Adota‐se mecanismos de arrecadação (cobrança) para execução de programas Slide 17 de 19 “A Terra provê o suficiente para as necessidades de todos os homens, mas não para a voracidade de todos.” Mahatma Ghandi Slide 18 de 19 Obrigado! Camilo Allyson Simões de Farias camilo.allyson@professor.ufcg.edu.br @camilo.ufcg
Compartilhar