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@mecomtais 1 PNAB e APS A primeira PNAB ocorreu em 2006, e tem como foco a ESF (estratégia de saúde da família). ➢ Atenção Primária em Saúde = Atenção Básica de Saúde. ➢ Antes da ESF havia o PEFS (programa de estratégia à saúde da família). ➢ A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. PESF ➢ O PESF (Programa à Estratégia Saúde da Família) precedeu a ESF. Os trabalhadores rurais eram parcialmente cobertos pelo FUNRURAL, por meio da contratação de terceiros, em geral hospitais filantrópicos (Santas Casas). Em áreas rurais do norte e nordeste, pequenas unidades mistas da Fundação SESP vinculadas ao MS ofertavam alguns serviços para controle de endemias. ➢ Um programa da assistência médica previdenciária, buscou a integração dos serviços de atenção individual da Previdência Social com os serviços de saúde pública de estados e municípios na Estratégia de Ações Integradas de Saúde (AIS). ➢ Estas experiências inspiraram a posterior conformação de um programa de orientação comunitária– o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e em seguida do Programa de Saúde da Família (PSF), como embriões de uma política nacional de atenção básica. ESF ➢ Criado em Janeiro de 1994 por iniciativa do MS, voltado mais para a extensão de cobertura assistencial. ➢ Características de seletividade nos serviços ofertados e focalização ao priorizar populações em situação de maior risco social ➢ É uma estratégia de expansão, qualificação e consolidação da APS. ➢ Tem objetivo de reorientação do processo de trabalho no sentido de aprofundar os princípios e diretrizes do SUS, ampliando a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: • Porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de saúde; • Trabalha com território adscrito, com uma população delimitada, sob a sua responsabilidade; • Intervém sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta; • Prestar assistência integral, permanente e de qualidade; • Realizar atividades de educação e promoção da saúde. • Podem atuar em toda a sua extensão: nas unidades básicas de saúde (UBS), nas residências, na comunidade... @mecomtais 2 • Cada ESF deveria ser responsável por 2000 a 3500 pessoas, a depender da vulnerabilidade do território. COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DA ESF: • Enfermeiro • Médico • Técnico de enfermagem • Agente Comunitário de Saúde • Pode-se ainda acrescentar: dentista e técnico e agente de combate à endemias. • População adscrita e 40 horas semanais de trabalho. OBS: A Equipe de atenção básica conta apenas com médico, enfermeiro e técnico de enfermagem, podendo ser acrescidos os outros. PNAB ➢ PNAB 2006: Saúde da Família, estratégia para fortalecer a mudança do modelo assistencial estabelecendo a equipe multiprofissional com função de porta de entrada preferencial e de coordenação da atenção na rede. ➢ PNAB 2011: Saúde da Família assumida como estratégia prioritária de expansão e consolidação da Atenção Básica - centralidade na família e direcionada para a comunidade. ➢ PNAB 2017: ESF é a estratégia prioritária de atenção à saúde e visa à reorganização da Atenção Básica no país, de acordo com os preceitos do SUS. É considerada como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da Atenção Básica. Principais mudanças: Estratégia Saúde da Família, Equipe de Atenção Básica, Agentes Comunitários de Saúde, Integração da AB e Vigilância, Gerente de atenção básica. PRINCÍPIOS: • Universalidade • Equidade • Integralidade DIRETRIZES: • Regionalização e hierarquização; • Territorialização População Adscrita; • Cuidado centrado na pessoa; • Resolutividade; • Longitudinalidade do cuidado; • Coordenação do cuidado; • Ordenação da rede; • Participação da Comunidade Atribuições do Médico ➢ Realizar consultas clínicas, bem como outras normativas técnicas estabelecidas pelos gestores (federal, estadual, municipal ou Distrito Federal), observadas as disposições legais da profissão. ➢ Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento da pessoa. ➢ Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que @mecomtais 3 possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe. ➢ Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE em conjunto com os outros membros da equipe. Modelos de Assistência à Saúde no Brasil OBS: O modelo que predomina no Brasil é o da Atenção Básica. SANITARISMO: • Características organizacionais: *Financiamento público estatal *Acesso universal *Ações não hospitalares *Ações verticais sem participação social • Características das práticas de atenção à saúde: *Financiamento público estatal *Proteção social focalizada e seletiva *Ações de prevenção *Ações programadas *Ações sobre o ambiente e coletividade *Práticas não necessariamente médicas ASSISTENCIALISMO MÉDICO: • Características organizacionais: *Financiamento misto (estado, empregador) *Acesso à população definida *Ações enfaticamente hospitalares *Controle social incipiente • Características das práticas de atenção à saúde: *Proteção social meritocrática (acesso para quem tem vínculo de trabalho ou pagamento direto) *Ações curativas *Atendimento à demanda *Ações individuais *Práticas enfaticamente médicas *Processo saúde doença na perspectiva ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE: • Características organizacionais: *Financiamento público com repasse e autonomia municipal *Acesso progressivamente universal (territorial) *Ações territorializadas e indutoras de redes da atenção à saúde *Participação popular e controle social • Características das práticas de atenção à saúde: *Proteção social universal *Orientado pela integralidade *Equilíbrio entre ações programadas e atendimento a demanda espontânea *Ações individuais e coletivas centradas no usuário/família/comunidade *Práticas multiprofissionais @mecomtais 4 Espaço ➢ É o resultado de uma práxis coletiva que reproduz as relações sociais, ele evolui pelo movimento da sociedade total. ➢ Não se limita à mera localização de eventos de saúde. ➢ Conjunto de territórios e lugares onde fatos acontecem simultaneamente, e, suas repercussões são sentidas em sua totalidade de maneiras diferentes. Território ➢ Sistemas naturais existentes, acréscimos que os homens superimpuseram e sua realidade vem de sua materialidade. ➢ É também um ESPAÇO, porém singularizado. ➢ Tem limites que podem ser políticos administrativos ou de ação de um determinado grupo de atores sociais. ➢ Internamente é relativamente homogêneo, com uma identidade que vai depender da história de sua construção. ➢ Portador de poder – nele se exercitam e se constroem os poderes de atuação tanto do Estado, das agências e de seus cidadãos. ➢ Resultado de uma acumulação de situações históricas, ambientais, sociais que promovem condições particulares para a produção de doenças. ➢ É preciso conhecer esse território para saber das necessidades da população e os impactos que isso pode gerar. ESPAÇO – TERRITÓRIO: • Locus onde se verifica a interação entre população e serviços no nível local. • População específica, vivendo em tempo e espaço singulares, com problemas e necessidades de saúde determinados. TERRITÓRIO DA UBS: ➢ Área de abrangência: a área de responsabilidade de uma unidade de saúde. Baseia-se em critérios de acessibilidade geográfica e de fluxo da população ➢ Área de influência: resultada demanda espontânea da população por solução de seus problemas de saúde. *Município; *Distrito Sanitário: delimitação político administrativa; *Área de abrangência de unidades de saúde; *Microárea: delimitada com a lógica da homogeneidade socioeconômica e sanitária; *Moradia: Como lugar de residência da família. Territorialização ➢ Objetivos da territorialização: *Delimitar um território de abrangência; *Definir a população favorecida e apropriar-se juntamente a ela do perfil da área e da comunidade; *Reconhecer dentro da área de abrangência e acessibilidade; *Conhecer condições de infraestrutura e recursos sociais; *Levantar problemas e necessidades, definido um diagnóstico da comunidade (continuo); @mecomtais 5 *Identificar o perfil demográfico, epidemiológico, socioeconômico e ambiental; TERRITORIALIZAÇÃO NORMATIVA: ➢ Definição burocrática, centralizada, do território solo, segundo critérios geopolíticos teóricos. TERRITORIALIZAÇÃO PARTICIPATIVA: ➢ Definição e apropriação do Território Processo, pelos distintos atores sociais em situação, para mudar as práticas sanitárias numa lógica voltada para a vigilância da saúde. ➢ A territorialização depende de fatores como: agentes sociais, barreiras, recursos da comunidade e etc. @mecomtais 6 ª Níveis de prevenção ➢ Atribuições dos profissionais da atenção básica: “Garantir a atenção à saúde da população adscrita, buscando a integralidade por meio da realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, prevenção de doenças e agravos…” Ações integradas de saúde PROMOÇÃO DA SAÚDE: ➢ Visa aumentar a saúde e o bemestar geral. ➢ PNPS (Política Nacional de Promoção à Saúde) PROTEÇÃO DA SAÚDE: ➢ Ações preventivas para evitar o surgimento de doenças específicas, reduzindo assim a sua incidência e prevalência, por meio do conhecimento epidemiológico. ➢ Se dão por meio de projetos de educação sanitária e com divulgação científica sobre mudança de hábitos. RECUPERAÇÃO DA SAÚDE: ➢ Ações que envolvem diagnóstico e tratamento, que devem ser realizados o mais cedo possível. REABILITAÇÃO DA SAÚDE: ➢ Recuperação total ou parcial das capacidades perdidas, objetivando a reintegração do indivíduo. Prevenção ➢ Leavell e Clark – Níveis de prevenção e aplicação na história natural da doença (1965) *PRÉ PATOGÊNESE: prevenção primária (promoção da saúde e proteção específica) *PATOGÊNESE: prevenção secundária (diagnóstico precoce e pronto atendimento, limitação da invalidez) e terciária (reabilitação). PREVENÇÃO PRIMÁRIA: ➢ Promoção da saúde (medidas de ordem geral) *Moradia *Escola *Áreas de lazer e etc ➢ Proteção específica *Imunização *Saúde ocupacional *Proteção contra acidentes *Controle de vetores PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: ➢ Diagnóstico precoce: *Inquéritos para descoberta de casos na comunidade *Exames periódicos (rastreamento de doença) *Isolamento e tratamento para evitar propagação ➢ Limitação da incapacidade: *Evitar futuras complicações *Evitar sequelas PREVENÇÃO TERCIÁRIA: @mecomtais 7 ➢ Reabilitação em casos de doenças ou lesão já estabelecida (impedir a incapacidade total). ➢ Fisioterapia ➢ Terapia ocupacional PREVENÇÃO QUARTENÁRIA: ➢ Evitar a “supermedicalização” das pessoas e a ação invasiva da medicina. Redes de Atenção à Saúde (RAS) A situação de saúde no Brasil TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA: ➢ O Brasil passa por um período de envelhecimento populacional, com significativa alteração na pirâmide etária, sendo o ápice mais volumoso que a base. TRANSIÇÃO NUTRICIONAL (1974-2009): ➢ A obesidade tem sido um dos problemas mais emergentes dessa transição, acometendo cerca de 19,8% (2018). TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA – A tripla carga de doenças: ➢ Problemas com infecções, desnutrição e de saúde reprodutiva. ➢ Forte predominância de doenças crônicas como tabagismo, sobrepeso, sedentarismo, alcoolismo e outras drogas (cerca de 40% da população brasileira possui ao menos uma doença crônica não-transmissível - DCNT). ➢ Crescimento das causas externas. Crise dos sistemas de atenção à saúde: ➢ Uma situação de saúde do século XXI sendo respondida socialmente por um sistema de atenção à saúde da metade do século XX. ➢ O descompasso entre os fatores contingenciais que evoluem rapidamente (transição demográfica, transição epidemiológica e inovação tecnológica) e os fatores internos (cultura organizacional, recursos, sistemas de incentivos, estilos de liderança e arranjos organizativos) é a causa para essa crise, os nossos sistemas não se adaptam às novas necessidades. ➢ Nesse sentido é que as RAS tentam reestabelecer essa coerência entre as demandas sociais e o atendimento prestado. Conceito de RAS ➢ São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. Legislação ➢ PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DEZEMBRO DE 2010: Estabelece diretrizes para a organização das redes de atenção à saúde no âmbito do sistema único de saúde. ➢ DECRETO Nº 7.508, DE 28 DE JUNHO DE 2011: ART. 7º: As redes de atenção à saúde estarão compreendidas no âmbito de uma região de saúde, ou de várias delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas comissões intergestores. Características ➢ Poliárquica: forma redes de atenção horizontais. ➢ Atenção contínua e integral. @mecomtais 8 ➢ Cuidado multiprofissional. ➢ Centralidade nas necessidades da população. População nas RAS ➢ O processo de territorialização. ➢ O cadastramento das famílias. ➢ A classificação de riscos familiares. ➢ A vinculação da população às equipes de atenção primária à saúde. ➢ A identificação das subpopulações com fatores de risco. ➢ A identificação das subpopulações com condições de saúde estabelecidas por estratos de riscos. Modelos das RAS ➢ O modelo de atenção às condições crônicas. ➢ O modelo de atenção às condições agudas
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