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Conceitos de Grupo e Relações Humanas

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O termo “grupo” tem sua origem na palavra italiana groppo ou gruppo. 
No século XVIII, o termo groppo scultorico (forma artística do Renascimento) foi utilizado paradesignar um conjunto de pessoas esculpidas ou pintadas significando uma reunião de pessoas.
Émile Durkheim (apud Mailhiot, 1991), filósofo francês, grupo é a colocação em comum de representações, sentimentos e volições. Nos grupos, assim como nos indivíduos, asrepresentações (isto é, as percepções e as ideias) devem controlar os sentimentos e comandaras volições (ação de escolher ou decidir
Jacob Moreno (apud Minicucci, 1991), grupo é a colocação em comum das simpatias e antipatias, e sua correspondente distribuição conforme a sociometria (estudo das relações entreos indivíduos de um mesmo grupo, e entre vários grupos). 
Elton Mayo (apud Álvaro & Garrido, 2006), grupo é uma mentalidade comum, com suas normas e lógica próprias. Caracterizado por um forte sentimento de pertinência ao grupo entre seus membros, o grupo lidera as possibilidades individuais e facilita sua realização em proveito dos interessados, assim como das organizações que os empregam.
Kurt Lewin (1965) define o termo como a interdependência entre os indivíduos e as variáveis que intervêm em seu funcionamento. Para o alemão Lewin, em um grupo livre e solidário, uma decisão grupal será mais importante que uma individual, pois o que estimula as pessoas no grupo é o sentimento de pertinência a ele, que, como resposta, modificará os hábitos individuais.
 Conforme Minicucci (1991), para Robert Freed Bales, um grupo necessita de uma série de comunicações entre os membros reunidos face a face para discutir questões, que progride poruma colocação em comum das percepções que cada um tem de si e dos outros. O filósofo e psicanalista francês Didier Anzieu (apud Baremblitt, 1986) conceitua grupo como a associação de pessoas que compartilham algum objetivo comum. Para Theorore Mills, grupo pode ser definido como uma unidade composta: de duas ou mais pessoas que entram em contato para determinado objetivo, e que consideram significativo ocontato e representam não apenas microssistemas, mas são, também, fundamentalmente, microcosmos de sociedades mais amplas. (1970, p. 73)
Osório (1997) define grupo como um conjunto de pessoas em uma ação interativa com objetivos compartilhados. Um grupo é formado por um conjunto de pessoas. A comunidade é formada por um conjunto de grupos e a sociedade é o conjunto interativo de várias comunidades. Para que haja a formação do grupo são necessárias uma ação interativa e o aspecto relacional entre os membros que o compõem. Nesse sentido, um agrupamento como uma fila de ônibus, por exemplo, não se caracteriza como grupo, pois não há interação e relacionamento interpessoal entre as pessoas. 
As pessoas só permanecem integradas em um grupo se este lhes proporcionar a satisfação de certas necessidades interpessoais fundamentais que, de acordo com Schutz (1974),são necessidades de inclusão, de controle e de afeição. 
Ana María Fernández (2006), cada teoria apresenta seus visíveis, e aquilo que ela não dá conta de esclarecer – seus invisíveis – passa a ser explicado por outras teorias. Nesse sentido, pode-se afirmar que as teorias se completam e, por se completarem, cabe ao profissional de grupos aproveitar o que as várias teorias têm a oferecer.
Segundo Oliveira (2008) quando pensamos sobre grupos precisamos localizar o individuo. É necessário compreender o que as relações humanas significam, pois este entendimento fornecerá bases para a análise dos processos grupais. A autora considera dois aspectos indissociáveis no entendimento das relações:
 ▪ Primeiro que são formadas por indivíduos, que são únicos entre si e segundo que as relações só se dão no encontro de pessoas assim a condição básica para a relação existir é partir do “eu” e do “outro” em uma espiral inevitável e interminável.
Segundo a autora ao falar em relações humanas estamos falando sobre homem e mulheres em processo de constante melhoria que procuram a realização pessoal e coletiva por seu esforço próprio ou por intervenção de outros. Assim “o individuo precisa do coletivo, sem qual o qual não realiza e não se realiza; o coletivo por sua vez se faz da multiplicidade de indivíduos que interagem que organizam que trabalham e que fazem evoluir toda a humanidade” 
Segundo Pichon- Rivière e(1992) apud Oliveira ( 2007): 
▪ “Grupo é um conjunto de pessoas que, ligadas por constantes de tempo e espaço e articulada por sua mútua representação interna, se propõem de forma implícita a uma tarefa, que constitui sua finalidade, interatuando através de complexos mecanismos de assunção e atribuição de papéis”.
▪ Os processos grupais são experiências fundamentais para as nossas formações, estruturação de convicções e para o desenvolvimento de nossas capacidades, com toda a carga das experiências anteriormente vividas que nos jogamos em novas experiências de relacionamentos grupais
Conhecer como as interações dentro de um grupo ou as de uma pessoa com o seu se dão, e verificar em que nível e extensão elas interferem na vida do indivíduo , têm sido objeto de pesquisas na área da psicologia desde os estudos pioneiros de Kurt Lewin (Zander, 1979
▪A nossa inserção grupal pode ser realizada de uma forma consciente ou não.
 ▪ Temos consciência de que participamos de alguns grupos comumente aqueles que aderimos por uma opção pessoal; 
▪ A participação nos demais é feita, geralmente, de maneira rotineira e sem nos darmos conta
Segundo Zimmermann ( 2000) apud Oliveira (2008) são características dos grupos: 
▪ identidade própria (um grupo não é o somatório das características de seus membros e sim o resultado da interação grupal que forma a nova identidade do grupo);
 ▪ comunicação em ttodos os níveis (grupos com grande número de integrantes precisa assegurar comunicação efetive para que assim o grupo atinja seus objetivos);
 ▪ normatização e respeito às regras (a atividade em grupo tem que ser normatizada e seus membros terão que obedecer e respeitar as regras estabelecidas)
▪ unidade como totalidade (o grupo se organiza a serviço de seus membros e seu membros se organizam a serviço do grupo. Cada individuo é indispensável para composição do grupo);
preservação da identidade individual (entender que cada ser é único); 
▪ existência de interações afetivas (faz parte da natureza dos grupos a presença de interações afetivas de inúmeras naturezas);
 ▪ forças contraditórias (regulam a coesão e a desintegração do grupo); 
▪ criação do campo grupal (é um espaço plural e interdisciplinar para o intercâmbio e partilha de experiências)
Todos os grupos podem estar a serviço da transformação social quanto da sua manutenção;
 ▪ Estamos, portanto, rodeados de grupos e participando ou negando participar deles em todos os momentos de nossas vidas
participar deles em todos os momentos de nossas vidas. FASES DO PROCESSO DE GRUPO Segundo Castilho (2004) apud Oliveira (2008) os grupos passam por quatro fases durante seu relacinamento: 
▪ Inclusão: é o momento inicial do grupo onde surge o desejo de ser aceito, este processo tem duração ligada ao estabelecimento da confiança. Durante este período o nível de comunciacação é baixo, caracterizado pelo silêncio e tensão.
 ▪ Controle: fase de difícil comunicação, verifica-se uma luta inconsciente pela liderança e espaço dentro do grupo.
Afeição: fase onde se identifica uma maior produtividade e criatividade. O grupo ja adquiriu confiança mútua, os membros demostram respeito e aceitação as diferenças individuais. 
▪Separação: fase final do grupo, caracteriza-se pela finalização da tarefa ou afastamento de um participante. Os demais membros do grupo podem ficar agressivo ou satisfeito isto vai depender da razão ou condição da separação. 
TEORIA DE CAMPO DE KURT LEWIN
 ▪Kurt Lewin nasceu em 9 de setembro de 1890, na Prússia. 
▪ Graduou-se em química, física, filosofia e psicologia nas Universidades de Friburgo, Munique e Berlim. 
▪ Foi à guerra em 1914 e em 1921 tornou-se professorde psicologia da Universidade de Berlim.
 ▪ Em 1933 deixou a Alemanha por ser judeu, refugiando-se nos Estados Unidos. Interessou-se em desenvolver uma teoria do conjunto do comportamento individual e em elaborar modelos teóricos que permitam renovar a experimentação e a exploração dos fatos psíquicos.
▪ Em 1945 fundou o Centro de Pesquisas em Dinâmica de Grupos do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Morreu em 12 de fevereiro de 1947, em sua residência em Newtonville. 
▪ Foi responsável pelo desenvolvimento de várias teorias, porém duas merecem uma atenção especial: a teoria de campo de forças e a teoria das três etapas. 
▪ Em sua teoria de campo, Lewin se baseia em duas premissas: o comportamento humano é consequência da totalidade dos fatos coexistentes; a coexistência cria um campo dinâmico, no qual qualquer parte desse campo depende de todas as demais partes. Nesse sentido, os fatos são mutuamente interdependentes.
▪ O comportamento humano não depende somente de sua história passada ou de seu futuro, mas principalmente do campo dinâmico atual e presente, que Lewin denominou de espaço de vida. 
▪ Espaço de vida é formado pelo indivíduo, pelo meio psicológico e como esse meio existe para o indivíduo num determinado momento. 
▪ Da relação entre esses três elementos (indivíduo, meio, e como o meio existe para o indivíduo) é que surge o comportamento
▪ O espaço de vida de um grupo é formado por seus elementos mais o meio em que vivem, num determinado tempo.
 ▪ São três as características que definem o grupo: existência (o comportamento é função da pessoa e do meio), interdependência (de seus membros) e contemporaneidade (só os eventos do momento presente podem ter efeito em um determinado momento).
 ▪ Os indivíduos participam de vários espaços de vida, por exemplo, família, escola, trabalho e igreja, e esses espaços foram construídos sob a influência de campos de forças opostas. 
▪ O campo de forças opostas é formado por todas as forças ativas (internas ou externas) que contribuem para determinar um nível de atividade específico do grupo.
▪ Essas forças atuantes são de dois tipos: as forças impulsoras (que tendem a elevar o nível de atividade do grupo) e as forças restritivas (que tendem a diminuir o nível de atividade do grupo).
▪ O nível de atividade mantém-se relativamente constante devido à estabilidade entre a intensidade total das forças opostas (impulsoras e restritivas), caracterizando o equilíbrio quase estacionário do grupo e impedindo que ele se desenvolva mais.
 ▪ Para alterar a estabilidade quase estacionária do grupo, três alternativas se colocam: aumentar a intensidade das forças impulsoras; diminuir a intensidade das forças restritivas ou, ainda, identificar as forças latentes ou neutras que existem na situação ou fora dela e que podem atuar como forças impulsoras caso venham a ser mobilizadas.
Will C. Schutz
Will C. Schutz foi um estudioso das dinâmicas de grupos e desenvolveu ao longo de 30 anos suas pesquisas sistemáticas, realizando novas experiências sobre o fenômeno estudado por Kurt Lewin. 
Schutz (1958) destacou as implicações de suas descobertas como a interdependência e a estreita correlação que existe em todo grupo de trabalho entre seu grau de integração e seu nível de criatividade. O autor também considera as dimensões de dependência e interdependência como fatores centrais de compatibilidade de grupo, indicando que o determinante estratégico de compatibilidade é a dosagem específica de orientações para autoridade com orientações para intimidade pessoal
A concepção de compatibilidade de grupo é importante na constituição de equipes de trabalho, que tem metas bem definidas a alcançar, que poderia, ou deveria, funcionar adequadamente pela competência técnica de seus integrantes, mas que, por vezes, não rendem o esperado, certamente pelas dificuldades interpessoais no trabalho grupal. O autor inova o fenômeno grupal com sua teoria das “Necessidades Interpessoais” na formação e desenvolvimento de um grupo, conceito usado para especificar que a integração dos membros de um grupo acontece quando certas necessidades fundamentais são satisfeitas, pois só em grupo e pelo grupo essas necessidades podem ser satisfeitas, sendo fundamentais porque são vivenciadas por todo ser humano em um grupo qualquer. 
Schutz (1958) nota 3 zonas de necessidades interpessoais existentes em todos os grupos
NECESSIDADE DE INCLUSÃO: que significa a necessidade de se sentir considerado pelos outros, de sua existência no grupo ser de interesse para o outros. Cada membro do grupo procura seu lugar através de tentativas para encontrar e estabelecer os limites de sua participação no grupo, o quanto vai dar de si, o quanto espera receber, como se mostrará ou que papel desempenhará primordialmente. É uma fase de introdução do grupo de forma ativa e experimental. INCLUSÃO - SENTIR-SE ACEITO
 NECESSIDADE DE CONTROLE: significa respeito pela competência e responsabilidade dos outros e consideração dos outros pela competência e responsabilidade do indivíduo. Encontrado o seu lugar, cada membro passa a interessar-se pelos procedimentos que levem às decisões, ou seja, pela distribuição do poder no grupo e controle das atividades dos outros CONTROLE - SENTIR-SE RESPONSÁVEL POR TUDO AQUILO QUE CONSTITUI O GRUPO
NECESSIDADE DE AFETO: Significa sentimentos mútuos ou recíprocos de amar os outros e ser amado, ou seja, sentir-se amado. Uma vez resolvidos razoavelmente os problemas de controle, os membros começam a expressar e buscar integração emocional. Surgem abertamente manifestações de hostilidade direta, ciúmes, apoio, afeto e outros sentimentos. Cada um procura conhecer as possibilidades de intercâmbio emocional, estabelecer limites quanto à intensidade e qualidade das trocas afetivas. O clima emocional do grupo pode oscilar entre momentos de grande harmonia e momentos de insatisfação, hostilidade e tensão. A tendência é o estabelecimento de um clima afetivo positivo dentro do grupo e que traz satisfações a todos, mas que não perdura muito tempo, passando ao polo oposto. AFEIÇÃO - SENTIR-SE VALORIZADO
Jean Piaget
Jean Piaget nasceu em 1896 e faleceu em 1980, renomado psicólogo e filósofo suíço, conhecido por seu trabalho pioneiro no campo da inteligência infantil. 
▪ Piaget passou grande parte de sua carreira profissional interagindo com crianças e estudando seu processo de raciocínio, obtendo com isso um significativo impacto sobre os campos da Psicologia e Pedagogia.
 ▪ Piaget aos 11 anos de idade publicou seu primeiro trabalho sobre sua observação de um pardal albino, estudo que é considerado o início de sua brilhante carreira científica. Ele frequentou a Universidade de Neuchâtel, onde estudou Biologia e Filosofia, recebendo seu doutorado em Biologia em 1918, aos 22 anos de idade.
 ▪ Após formar-se, Piaget foi para Zurich, onde trabalhou como psicólogo experimental. Lá ele frequentou aulas lecionadas por Jung e trabalhou como psiquiatra em uma clínica, experiências que muito o influenciaram em seu trabalho. Ele passou a combinar a psicologia experimental, que é um estudo formal e sistemático, com métodos informais de psicologia: entrevistas, conversas e análises de pacientes.
 ▪Em 1919, Piaget mudou-se para a França, onde foi convidado a trabalhar no laboratório de Alfred Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolveu testes de inteligência, padronizados para crianças. Piaget notou que crianças francesas da mesma faixa etária cometiam erros semelhantes nesses testes e concluiu que o pensamento lógico se desenvolve gradualmente. Foi então em 1919 que Piaget iniciou seus estudos experimentais sobre a mente humana e começou a pesquisar também sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas.
 ▪ Seu conhecimento de Biologia levou-o a enxergar o desenvolvimento cognitivo de uma criança como sendo uma evolução gradativa. Jean Piaget revolucionou as concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo partindo de pesquisas baseadas na observação e em entrevistas que realizou com crianças.Buscando analisar as relações que se estabelecem entre o sujeito que conhece e o mundo que tenta conhecer, considerou-se um epistemólogo genético porque investigou a natureza e a gênese do conhecimento nos seus processos e estágios de desenvolvimento.
 ▪ Em 1921, Piaget voltou à Suíça e tornou-se diretor de estudos no Instituto J. J. Rousseau da Universidade de Genebra, buscando observar crianças brincando e registrando meticulosamente as palavras, ações e processos de raciocínio delas. 
• As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos e observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa. Piaget lecionou em diversas universidades europeias, dentre elas a Universidade de Sorbonne (Paris, França), onde permaneceu de 1952 a 1963. Até a data de seu falecimento, Piaget fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética.
 • Piaget parte do pressuposto de que o conhecimento evolui progressivamente por meio de estruturas de raciocínio que substituem umas às outras por meio de estágios. Isso significa que a lógica e formas de pensar de uma criança são completamente diferentes da lógica dos adultos. 
A essência do trabalho de Piaget: Ensina que ao observarmos cuidadosamente a maneira com que o conhecimento se desenvolve nas crianças, podemos entender melhor a natureza do conhecimento humano. Em sua teoria identifica os quatro estágios de evolução mental de uma criança, sendo que cada estágio um período onde o pensamento e comportamento infantil é caracterizado por uma forma específica de conhecimento e raciocínio: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. 
A capacidade de adaptar-se para Piaget é o processo de funcionamento do organismo a uma nova situação, e como tal, implica a construção contínua do modo como as partes ou elementos se relacionam, e que determina as características ou o funcionamento do todo Para Piaget o comportamento dos seres vivos não é inato: 
▪ Nem resultado de condicionamentos. Para ele o comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo, sendo caracterizada como uma teoria interacionista. A inteligência do indivíduo, como adaptação a situações novas, portanto, está relacionada com a complexidade desta interação do indivíduo com o meio. Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais “inteligente” será o indivíduo.
 ▪ Piaget (1982) apresenta o pressuposto de que a inteligência humana somente se desenvolve no indivíduo em função de interações sociais que são, em geral, negligenciadas. Porém, apesar de tal afirmação, Piaget não se deteve sobre essa questão do papel dos fatores sociais no desenvolvimento humano e sim, das influências e determinações dessa mesma interação sobre a inteligência do ser humano. Piaget põem em foco as condições intelectuais:
 ▪ As observações de Piaget põem em foco as condições intelectuais que tornam a pessoa capaz de cooperar e explicam o efeito da cooperação na formação de sua mente. A estruturação do pensamento em agrupamentos e em grupos móveis permite que cada indivíduo adote múltiplos pontos de vista. Outro tipo de comportamento que a atividade grupal desenvolve, segundo a linha de Piaget, é chamado de reciprocidade. No momento em ocorre contribuições de ajuda mútua, colaboração.
 ▪ O indivíduo raciocina com mais lógica quando discute com os outros, em reciprocidade. (MINICUCCI, 1997).
 ▪ Para o autor o indivíduo raciocina com mais lógica quando discute com outro, pois, frente ao companheiro, a primeira coisa que procura é evitar a contradição. Por outro lado, a objetividade, o desejo de comprovação, a necessidade de dar sentido ás palavras e ás ideias são não só obrigações sociais, como também condições de pensamento operatório. (MINICUCCI, 1997). 
• Mediante experiências em grupo, o indivíduo aprende que, ante algo objetivo, pode - se adotar diferentes pontos de vista correlatos e que as diversas observações extraídas não são contraditórias, mas complementares. O indivíduo que intercambia em grupo suas idéias, com seus semelhantes, tende a organizar de maneira operatória seu próprio pensamento, portanto, o grupo favorece o desenvolvimento do chamado pensamento operatório. (MINICUCCI, 1997). 
• Considerando estes conceitos centrais, o educador deve tornar a atividade grupal proporcional ao nível de desenvolvimento cognitivo dos alunos, não podendo ir além das suas capacidades, nem deixá-los agindo sozinhos, uma vez que, busca-se que o sujeito seja capaz de formar esquemas conceituais de conteúdos com flexibilidade de pensamento, estimulando-se a reflexão e construção de conceitos e princípios ao interagir com o outro. 
PICHON RIVIÈ
▪ Nasceu em Genebra, Suíça em 1907, onde ele viveu até seus 3 anos de idade. 
▪ Ainda criança, muda-se para Goya, Argentina. E com 18 anos mudou-se para rosário, para estudar medicina, seu primeiro emprego na cidade foi ‘’fiscal de bordel’’, ficando 6 meses na cidade, na medicina ele dizia que estavam sendo preparados para cuidar de mortos ao invés de vivos. 
▪ Após os 6 meses em Rosário ele volta a Goya departamento de Corrientes província da Argentina. 
▪ Inicia sua prática psiquiátrica no Asilo de Torres, e umas das suas primeiras tarefas era organizar uma equipe de futebol e graças ao Pichón Rivière o futebol se torna terapia grupal dinâmica. 
▪ Em Buenos Aires trabalha por 15 anos no ´Hospício de la Merced (Hoje é o Hospital Neuropsiquiatrico José T. Borda), um dos primeiros trabalhos de Pichón neste hospital foi o de fazer grupos e instruí-los quanto ao trato do paciente, o que conhecemos hoje como “Grupo Operativo”
Aos 70 anos. Em 1975, havia começado a acusar os efeitos de uma longa enfermidade, mesmo assim continuou trabalhando como professor, e como psicanalista até a sua morte.
 ▪ Faleceu em Buenos Aires, num sábado, 16 de julho de 1977. 
▪ Fundou a Associação Psicanalítica Argentina; o primeiro serviço especializado de atendimento para crianças e adolescentes; o Clube de Futebol Matienzo; foi fundador do Partido Socialista; Candidato a Deputado pelo Partido Socialista; Crítico de arte da revista Nervio; Secretário do Comitê de Ajuda a Espanha Republicana; Fundou o Instituto Argentino de Estudos Sociais (IADES) e foi membro titular da Associação Psicanalítica do Brasil Os papéis se formam de acordo com a representação que cada um tem de si mesmo que responde as expectativas que os outros têm para com o indivíduo. Constata-se a manifestação de vários papéis no campo grupal, destacando-se: porta-voz, bode expiatório, líder e sabotador, conforme enunciado pelo autor (PICHON, 1988).
 ▪ Porta-voz: é aquele que expressa as ansiedades do grupo, a qual está impedindo a tarefa;
 ▪ Bode expiatório: é aquele que expressa a ansiedade do grupo, mas diferente do porta-voz, sua opinião não é aceita pela grupo, pode-se entender que esse papel assume caráter depositário de todas as dificuldades do grupo, sendo culpado de cada um de seus fracassos;
 ▪ Líder: A estrutura e função do grupo se configuram de acordo com os tipos de liderança assumidos pelo coordenador, apesar de a concepção de líder ser muito singular e flutuante. O grupo corre o risco de ficar dependente e agir somente de acordo com o líder e não como grupo; 
▪ Sabotador: é aquele que conspira para a evolução e conclusão da tarefa podendo levar a segregação do grupo (PICHON, 1988). Pichon-Rivière define da seguinte forma um grupo: "conjunto de pessoas, ligadas no tempo e no espaço, articuladas por sua mútua representação interna, que se propõem explícita ou implicitamente a uma tarefa, interatuando para isto em uma rede de papéis, com o estabelecimento de vínculos entre si." (AFONSO, 2000, p. 19). GRUPO OPERATIVO
 ▪ Essa teoria foi um marco para o funcionamento grupal; de relevância mundial quanto a uma contribuição latino –americana para o estudo dos grupos 
▪ Em 1970, alunos de Pichón registram seu próprio conceito de Grupo Operativo, que seria: “A relação dos integrantes do grupo, com a tarefa é que gera a cura, ou a aquisição de conhecimentos”▪ Os Grupos Operativos surgiram nos hospitais psiquiátricos onde Pichón treinou enfermeiros com suas praticas para que os próprios enfermeiros compreendessem a dinâmica da vida de um internado.
 ▪ Pichón conclui que os internados adoeciam muito mais dentro dos hospitais psiquiátricos. Para auxiliá-lo no funcionamento do Grupo Operativo, Pichon faz uso do que chama de cone invertido, um esquema de vetores que verifica a operatividade no grupo. Estes vetores são:
 ▪ Pertença: sentimento de fazer parte do grupo. ▪ Cooperação: contribuição para o desenvolvimento do grupo.
 ▪ Pertinência: centramento nas tarefas.
 ▪ Comunicação: intercâmbio de informações.
 ▪ Aprendizagem: conscientização da natureza real da tarefa. 
▪ Tele: empatia entre os participantes. 
MORENO
▪ Nasceu em Bucareste (Romênia), no ano de 1889; 
▪ Quando tinha 5 anos de idade sua familia se mudou para Viena; 
▪ Moreno foi um psiquiatra romeno, de origem judaica, que estudou Medicina em Viena entre os anos de 1909 e 1917. 
▪ No início da Faculdade de Medicina reunia crianças formando grupos de brincadeiras de improvisação.
 ▪ Depois trabalhou com um grupo de prostitutas, utilizando técnicas grupais. 
▪ Em 1912, fundou o Teatro Vienense da Espontaneidade, onde começou a formar suas idéias da Psicoterapia de Grupo e do Psicodrama.
 ▪ O grande ato público de Moreno, foi no Teatro Komödien Haus. 
▪ Ao se abrir a cortina, havia uma coroa numa cadeira de veludo, espaldar alto e dourado, como um trono real
▪O tema utilizado por ele, era a busca de uma nova ordem de coisas, buscando no público os que tivessem espírito de liderança, sendo o rei por algum momento no qual o júri seria o resto da platéia.
▪Quando lançou o "Jornal Vivo", onde as pessoas a partir das notícias de jornais locais realizavam uma dramatização, criou a raiz do Sociodrama. 
▪Transformou os atores profissionais fiéis ao seu trabalho em "egos-auxiliares".
 ▪Assim, Moreno vai desenvolvendo seu trabalho, transformando o Teatro da Espontaneidade em Teatro Terapêutico e este no Psicodrama Terapêutico. 
▪Em 1925 foi morar nos EUA onde desenvolveu e sistematizou suas descobertas: a socionomia. 
▪Esta teoria de estudo se divide em sociometria, sociodinâmica e a sociatria. Socionomia é composta pelo estudo do grupo e suas relações.
▪Sociometria pretende medir as relações entre os membros do grupo, evidenciando as preferências e evitações presentes nas relações grupais. Moreno desenvolveu o teste sociométrico com objetivo de mensurar e visualizar as relações existentes em um grupo.
 ▪A sociodinâmica busca entender a dinâmica do grupo.
 ▪Sociatria trata as relações grupais utilizando três métodos: o Sociodrama, a Psicoterapia de grupo e o famoso Psicodrama. 
▪ Morre em 14 de Maio de 1974, com 85 anos, pedindo para gravar em sua sepultura: "Aqui jaz aquele que abriu as portas da psiquiatria à alegria."
FUNDAMENTOS TEÓRICOS - Psicodrama
A palavra "Drama" significa "ação" em grego e, neste sentido, o. Psicodrama pode ser definido como uma via de investigação da alma humana mediante a ação. O Psicodrama consiste em um método de pesquisa e intervenção nas relações interpessoais, nos grupos, entre grupos ou de uma pessoa consigo mesma. O objetivo se relaciona a mobilizar para vivenciar a realidade a partir do reconhecimento das diferenças e dos conflitos e facilita a busca de alternativas para a resolução do que é revelado, expandindo os recursos disponíveis. Tem sido amplamente utilizado na educação, nas empresas, nos hospitais, na clínica, nas comunidades
O Psicodrama é uma parte de uma construção muito mais ampla, criada por Jacob Levy Moreno, a Socionomia. 
FUNDAMENTOS TEÓRICOS - Psicodrama O Psicodrama é uma parte de uma construção muito mais ampla, criada por Jacob Levy Moreno, a SOCIONOMIA 
▪ à Socionomia - Ciência das leis sociais e das relações, que se caracteriza fundamentalmente por seu foco na intersecção do mundo subjetivo, psicológico e do mundo objetivo, social, contextualizando o indivíduo em relação às suas circunstâncias. Divide-se em três ramos: a Sociometria, a Sociodinâmica e a Sociatria: 
▪ Sociometria, através do teste sociométrico, mensura as escolhas dos indivíduos e expressa-as através de gráficos representativos das relações interpessoais, possibilitando a compreensão da estrutura grupal.
▪ Sociodinâmica , investiga a dinâmica do grupo, as redes de vínculos entre os componentes dos grupos. 
▪ Sociatria, propõe-se à transformação social, à terapia da sociedade 
SIMPLIFICANDO
▪ Psicodrama é uma piscoterapia de grupo, em que a representação dramática é usada como ferramenta para explorar a psique humana e seus vínculos emocionais.
utiliza como pontos básicos de sua teoria o conceito de espontaneidadecriatividade, a teoria dos papéis, a psicoterapia grupal. 
▪ A ação dramática permite insights profundos por parte do protagonista e do grupo, a respeito do significado dos papéis assumidos. 
▪ Para Moreno, toda ação é interação por meio de papéis.

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