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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE QUÍMICA CICLONE/HIDROCICLONE Curso de Graduação em Engenharia Química Disciplina: Processos Químicos II Profª.: Ana Maria Furtado Grupo: Mariana Ferreira Michelle Colão Renan Carriço Payer Vanessa de Oliveira Santos Rio de Janeiro, 09 de dezembro de 2013 Introdução Separadores centrífugos Nestes equipamentos as partículas são separadas da corrente fluida sob a ação de uma força centrífuga. Atuam de maneira semelhante a separadores gravitacionais porém com intensidade dezenas ou centenas de vezes maior. Ciclones Hidrociclones Ciclone - Descrição geral Promove a separação de partículas em uma corrente gás-sólido (a fase contínua é um gás ou vapor). Partículas são removidas do fluxo gasoso pela ação da força centrífuga resultante do escoamento da suspensão. Usado na separação de sólidos de maior tamanho de uma corrente gasosa. Ciclone - Descrição geral Apresentam, na sua forma clássica, uma construção cônica-cilíndrica. Ciclone - Aplicações Controle da poluição do ar. Indústrias químicas, metalúrgicas e alimentícias. Recuperação de produtos com alto valor agregado. Na área industrial pode atuar na limpeza de gases e vapores de processo. Ciclone – Vantagens Facilidade de construção. Baixo custo de capital, operação e manutenção. A separação ocorre em segundos. Habilidade de poder operar a altas temperaturas e pressões. Habilidade de remoção de partículas grandes e médias com alta eficiência. Ciclone – Desvantagens Não remove com boa eficiência partículas finas (menores que 5µm). Desgaste rápido com pó de alta dureza e velocidade. Podem entupir com poeiras pegajosas, úmidas e em altas concentrações. Hidrociclone - Descrição geral Usado para a separação de partículas em uma corrente líquido-sólido (a fase contínua é um líquido). Equipamentos onde se produz a rotação da suspensão através da alimentação tangencial sob pressão, fazendo com que as partículas mais grossas sejam separadas. Hidrociclone - Descrição geral Apenas as formas cilindro-cônica e totalmente cilíndrica encontram aplicação industrial. Podem ser fabricados em poliuretano, aço revestido em borracha, aço revestido em poliuretano e em aço inoxidável,dependendo da aplicação e material a ser tratado. Hidrociclone - Aplicações Indústria de mineração – aplicação na deslamagem (retirada de lama e terra, ou seja, retirada de barro do minério). Indústria de petróleo. Tratamento de água (hidrociclone “de-oiling”). Hidrociclone – Vantagens Assim como os ciclones, possuem baixo custo para aquisição, instalação e manutenção. Tempo de residência de poucos segundos. Pode ser instalado na posição horizontal ou vertical. Tolera flutuação na vazão. Hidrociclone – Desvantagens São mais susceptíveis à abrasão do que outros equipamentos de separação, tais como sedimentadores, centrífugas e filtros, devido às altas tensões de cisalhamento. Quebra de gotículas devido as tensões cisalhantes desenvolvidas no interior do equipamento. Pouca flexibilidade quanto à mudanças de vazão e distribuição na alimentação, dificultando que a utilização de um equipamento projetado para uma condição tenha bom desempenho em outra. FUNCIONAMENTO Baseia-se na geração de um campo gravitacional centrífugo. Atuam de forma semelhante a separadores gravitacionais, mas com maior intensidade. Promovem a separação de fluidos ou fluido/sólidos imiscíveis e de diferentes densidades. FUNCIONAMENTO Os separadores ciclônicos não possuem quaisquer partes móveis e o campo centrífugo é formado pelas condições impostas ao escoamento do fluido que passa pelo equipamento. FUNCIONAMENTO Fluxo axial reverso formado no interior do hidrociclone Divisão das seções do equipamento Seção cilíndrica, cujo objetivo é causar aceleração por conservação de momento angular. Seção cônica, de menor ângulo, cujo objetivo é captar as partículas/gotículas de maior densidade A seção reta evita que o cone reverso atinja a saída de fundo. FUNCIONAMENTO FUNCIONAMENTO Um dos problemas fundamentais é a ocorrência de ruptura das gotículas de água dispersas, que é prejudicial à separação. A ruptura das gotículas de água é decorrente das elevadas tensões cisalhantes presentes na corrente da fase contínua (óleo). Na separação de sólidos não há qualquer preocupação com eventual ruptura das partículas. A intensidade do vórtice controla a intensidade do campo centrífugo, que promove a segregação das fases contínua e dispersas, dada a diferença de densidade existente entre elas. O tempo requerido para a separação do óleo é maior do que o requerido para um sólido de mesma distribuição granulométrica. FUNCIONAMENTO A maneira de promover maior tempo para a migração consiste em aumentar o tempo de residência da dispersão na região de atuação do campo centrífugo, o que é obtido através de um maior comprimento do equipamento. FUNCIONAMENTO A mistura de duas fases entra tangencialmente na câmara cilíndrica ou cônica em alta velocidade. As partículas experimentam várias forças: A força centrífuga, a força de arraste, a força da gravidade e a força de empuxo. A força centrífuga atua na direção radial. Princípios Físicos e Químicos Desenvolvimento do Modelo Matemático Desenvolvimento do Modelo Matemático Desenvolvimento do Modelo Matemático Desenvolvimento do Modelo Matemático Desenvolvimento do Modelo Matemático Conclusão dos slides anteriores: A força centrífuga tende a empurrar as partículas para a parede e a força de arraste tende a puxar as partículas para a saída do aparelho. Partículas com tamanhos diferentes giram em raios diferentes. V = [ὠ2r(ρp-ρf)₯ 2] / 18µ (para escoamento laminar) V é velocidade de sedimentação, ὠ é o índice de rotação em radianos por segundo, r é a distância radial, ρp é a densidade da partícula, ρf é a densidade do fluido, ₯ é o diâmetro da partícula e µ é a viscosidade do fluido. Princípios Físicos e Químicos. A Lei de Stokes http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=krCKuoQ8oCk9HM&tbnid=PMnDhC2zKiP53M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.infopedia.pt/$george-stokes-fisico-ingles&ei=UCKjUtfNO-_hsASh0YHoCw&bvm=bv.57752919,d.cWc&psig=AFQjCNFwHAVkCpKtWoAgvtB3ITAKeQk4pw&ust=1386509252595812 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=krCKuoQ8oCk9HM&tbnid=PMnDhC2zKiP53M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.infopedia.pt/$george-stokes-fisico-ingles&ei=UCKjUtfNO-_hsASh0YHoCw&bvm=bv.57752919,d.cWc&psig=AFQjCNFwHAVkCpKtWoAgvtB3ITAKeQk4pw&ust=1386509252595812 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=krCKuoQ8oCk9HM&tbnid=PMnDhC2zKiP53M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.infopedia.pt/$george-stokes-fisico-ingles&ei=UCKjUtfNO-_hsASh0YHoCw&bvm=bv.57752919,d.cWc&psig=AFQjCNFwHAVkCpKtWoAgvtB3ITAKeQk4pw&ust=1386509252595812 Conclusão dos slides anteriores: Partículas com tamanhos diferentes giram em raios diferentes. V = [ὠ2r(ρp-ρf)₯ 2] / 18µ) Princípios Físicos e Químicos. A Lei de Stokes http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=krCKuoQ8oCk9HM&tbnid=PMnDhC2zKiP53M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.infopedia.pt/$george-stokes-fisico-ingles&ei=UCKjUtfNO-_hsASh0YHoCw&bvm=bv.57752919,d.cWc&psig=AFQjCNFwHAVkCpKtWoAgvtB3ITAKeQk4pw&ust=1386509252595812 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=krCKuoQ8oCk9HM&tbnid=PMnDhC2zKiP53M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.infopedia.pt/$george-stokes-fisico-ingles&ei=UCKjUtfNO-_hsASh0YHoCw&bvm=bv.57752919,d.cWc&psig=AFQjCNFwHAVkCpKtWoAgvtB3ITAKeQk4pw&ust=1386509252595812http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=krCKuoQ8oCk9HM&tbnid=PMnDhC2zKiP53M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.infopedia.pt/$george-stokes-fisico-ingles&ei=UCKjUtfNO-_hsASh0YHoCw&bvm=bv.57752919,d.cWc&psig=AFQjCNFwHAVkCpKtWoAgvtB3ITAKeQk4pw&ust=1386509252595812 REGRAS HEURÍSTICAS - CICLONES Heumann (1991) sugere uma regra básica no dimensionamento de ciclones: Utilizar sempre ciclones cujo desempenho já tenha sido determinado ou verificado através de testes em ciclones da mesma “família”, ou seja, com a mesma geometria. Estas famílias de ciclones caracterizam-se por razões fixas entre as oito dimensões chaves do ciclone. Tabela: Principais relações geométricas dos ciclones Lapple e Stairmand Operam a baixas temperaturas e pressões, como a temperaturas até 1000°c e pressões de 500 atm. REGRAS HEURÍSTICAS - CICLONES A teoria de Lapple é a mais usada das teorias de corte. Lapple assumiu que as partíclas que entram no ciclone são igualmente distribuídas pela entrada. A partícula que é coletada com 50% de eficiência possui o assim chamado diâmetro de corte. Na prática: Ciclone Lapple: velocidades recomendadas na faixa de 6 e 21 m/s, sendo de 15 m/s a velocidade usualmente recomendada. Ciclone Stairmand: velocidade recomendadas na faixa de 6 e 30 m/s. (MASSARANI, 1997). Logo, partículas maiores que o diâmetro de corte terão maiores possibilidades de serem separadas com eficiência superior a 50%, enquanto que as menores provavelmente serão separadas com eficiência abaixo desse patamar. REGRAS HEURÍSTICAS - CICLONES A eficiência global de separação de um ciclone é definida como a razão entre, a massa de sólidos retidos na saída inferior (underflow) e a massa de sólidos alimentados no ciclone, de acordo com a equação apresentada abaixo: A eficiência global de separação de um ciclone é influênciada pelas condições operacionais, pelas propriedades físicas do material particulado alimentado e pela geometria do ciclone. A eficiência pode aumentar quando a concentração de sólidos aumenta, pois as partículas mais grossas carregam as mais finas para a circunferência do ciclone REGRAS HEURÍSTICAS - CICLONES A queda de pressão, na qual o ciclone é projetado para operar, pode variar em até 20 vezes a pressão cinética inicial. Outro parâmetro importante nos ciclones é a queda de pressão, que diminui quando as partículas são introduzidas no fluxo. Este fenômeno foi atribuído à inércia da partícula, que tenderia a igualar o momento do gás nas camadas adjacentes, na direção do fluxo do gás (FASSANI & GOLDSTEIN, 2000). Shepherd e Lapple (1939) foram os primeiros a abordar o efeito da concentração de sólidos na queda de pressão, observando que a mesma diminui com o aumento da concentração de sólidos. Eles atribuíram esse fato à inércia das partículas, que quando entram em movimento perpendicular ao escoamento do gás, tende a equalizar a quantidade de movimento do gás em camadas adjacentes. REGRAS HEURÍSTICAS HIDROCICLONES Tabela: Proporções geométricas de “famílias” de Hidrociclones Utilizar sempre ciclones cujo desempenho já tenha sido determinado ou verificado através de testes em ciclones da mesma “família” REGRAS HEURÍSTICAS HIDROCICLONES Como regra geral sabe-se que o processo de separação líquido-líquido em hidrociclones é mais difícil que o do sólido-líquido, devido a: Diferença de massa específica entre dois líquidos imiscíveis é geralmente muito pequena, sendo menor ainda que aquela calculada teoricamente em função da formação de emulsões; As gotas de fase dispersa tendem a variar de tamanho durante o processo. Logo deve-se ter cuidados relativos aos Hidrociclones líquidos/líquidos comparados com os sólido/líquidos: Cabeçote mais suave – minimizar o problema de rupturas das gotas; Corpo mais longo – aumenta o tempo de residência; Não existe prolongamento da saída superior – prejudica a eficiência. REGRAS HEURÍSTICAS HIDROCICLONES Hidrociclones bem projetados operam com eficiência total de remoção na faixa de 80% a 90%; Dispositivos capazes de separar partículas com peso específico superior ao da água e diâmetros maiores que 75 μm; Nas mesmas condições operacionais, os hidrociclones “Bradley” apresentam maiores eficiências que os de geometria “Rietema”; As perdas de carga nos hidrociclones são da ordem de 30 a 70 kPa, dependem da vazão, porém, são constantes no tempo, diferentemente de sistemas de filtragem em que as perdas de carga aumentam à medida que se acumulam sedimentos. VARIÁVEIS DE OPERAÇÃO Vazão ou volume injetado na unidade de tempo; Pressão de alimentação; Características dos sólidos (ou da polpa); Características do meio (granulometria, ρ e µ); A vazão é um fator importante na operação, guardando estreita dependência com o tamanho da separação. Um aumento da pressão leva a um corte mais fino, embora menos preciso, provocando maior densidade do overflow: uma diminuição conduz a efeitos inversos. Referências Bibliográficas Alves, J. V .B. Hidrociclone para a Separação do Óleo Residual de Água em Refinarias / Rio de Janeiro: UFRJ/EQ, 2011. XVIII, 90 p. http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/Camsedimentacao_ciclones.pdf (Acessado em 30 de novembro de 2013). Cerri, F. F. P. Estudo para validação de modelo gás-sólido em separação ciclônica de sais de iodo na indústria química - Florianópolis, SC, 2010. 74 p. SILVA, M.A.P. da. Hidrociclones de Bradley: dimensionamento e análise de desempenho. 1989. 81f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1989. MARTI, S. Analysis of gas carry-under in gas-liquid cylindrical cyclones. In: CLAXTON, D.; SVAROVSKY, L.; THEW, M.T. (Eds). Hydrocyclones. London: London & Bury Saint Edmunds, 1996. p. 399-421. BOYSAN, F.; AYERS, W. H.; SWITHENBANK, J. A Fundamental Mathematical Modeling Approach to Cyclone Desing. Trans. I. Chem. E., v.60, p. 222-230, 1982. CLIFT, R., M. GHADIRI, et al., A Critique of Two Models for Cyclone Performance, AIChE Journal, vol. 37, no2, p. 285-289, 1991. http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/Camsedimentacao_ciclones.pdf http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/Camsedimentacao_ciclones.pdf http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/Camsedimentacao_ciclones.pdf http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/Camsedimentacao_ciclones.pdf http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/Camsedimentacao_ciclones.pdf http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/Camsedimentacao_ciclones.pdf http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/Camsedimentacao_ciclones.pdf http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/Camsedimentacao_ciclones.pdf http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/Camsedimentacao_ciclones.pdf http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/Camsedimentacao_ciclones.pdf http://www.enq.ufsc.br/muller/operacoes_unitarias_qm/Camsedimentacao_ciclones.pdf
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