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PORTFÓLIO 2 - CICLO 3

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CEUCLAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
CURRICULO E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO
ATIVIDADE PORTFÓLIO 2 
Professoras: Juliana Brassolatti Goncalves e Karina de Melo Conte
 Currículo como Intersecção de Práticas
Elementos do Sistema Curricular
[CICLO 3]
 LORENI DOMINGOS DALABILIA - 8161060
SÃO PAULO-SP – ABRIL DE 2022
CURRICULO E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO
PORTFÓLIO 2 - CICLO 3
Enunciado da atividade: “Com base nas leituras empreendidas até aqui e na pesquisa sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) responda às questões a seguir. Lembre-se de que as respostas devem ser fundamentadas teoricamente.”.
1. Considerando que, na “Educação Infantil, as aprendizagens e o desenvolvimento das crianças têm como eixos estruturantes as interações e as brincadeiras, assegurando-lhes os direitos de conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-se”(BRASIL, 2020). Pesquise dois artigos publicados nos anos de 2019 e/ou 2020 que tratam da organização curricular da Educação Infantil na BNCC. Faça uma análise sobre cada um deles.
A proposição de uma Base Nacional Comum Curricular para creches e pré-escolas fundamenta-se, também, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, publicadas inicialmente em 1999 e revistas e ampliadas em 2009. Esse documento, de caráter mandatório, afirma que o currículo da Educação Infantil emerge a partir da “articulação dos saberes e das experiências das crianças com o conjunto de conhecimentos já sistematizados pela humanidade, ou seja, os patrimônios cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico” (BRASIL, 2009, p. 06). A elaboração dessas Diretrizes (que possuem objetivos de formação mais abrangentes) seguiu tendências internacionais que propõem uma abordagem curricular para a Educação Infantil comprometida com a formação holística, isto é, que objetiva contribuir efetivamente para o desenvolvimento das crianças, afastando-se, portanto, de enfoques preparatórios para a escolarização vindoura (HADDAD, 2010, p. 418-437). 
Ainda, no que concerne à organização e ao planejamento curricular, para que as práticas pedagógicas tenham como eixo central as especificidades que envolvem os processos de constituição das crianças como seres humanos e de construção do conhecimento de e para meninos e meninas, faz-se necessário um exercício de singularização da experiência das crianças e da infância na atualidade. Falar de um currículo a partir das experiências de meninos e meninas pressupõe considerar a tensão “entre o normativo que é próprio da educação e o contingencial de que tem lugar a infância. Para além de um jogo de sentidos a expressão experiência educativa parece ter um caráter mais aberto, menos conformador, do que a educação da experiência”, típicas dos currículos tradicionais (ROCHA e BUSS-SIMÃO, 2018, p. 31). Ou seja, um currículo organizado a partir dos apontamentos das crianças implica considerar a experiência educativa como parte integrante das vivências socioculturais de meninos e meninas e não uma fragmentação disciplinar e racionalizada da vida e da própria experiência educacional
Tratando, especificamente do brincar e interagir, referidas Diretrizes consideram-nos como eixos estruturantes das práticas pedagógicas, sendo que as interações e brincadeiras possibilitam que as crianças construam os seus conhecimentos e suas hipóteses, elaborem perguntas e estabeleçam significados para o que ocorre na escola e fora dela. Inegavelmente as crianças não brincam porque veem, elas brincam porque imaginam, como já dissera Lev Vygotsky (1896-1934): “a brincadeira é uma imagem em ação”.
Praticamente com o mesmo objetivo, as brincadeiras do faz de conta permitem aconteça a interação das crianças umas com as outras, dando-se a experimentação de forma lúdica do mundo cotidiano. O “eu”, o “outro” e o “nós” é o campo da experiência que trata da interação, é onde surgem às percepções e questionamentos sobre “eu” e os “outros”, desenvolvendo na criança a autonomia, o autocuidado, a reciprocidade e a interdependência. O objetivo desse campo de experiência é valorizar a identidade da criança, respeito ao outro e reconhecer as diferenças que nos constituem enquanto seres humanos. 
Novamente, considerando a ação de brincar de faz de conta, as crianças mostram um pouco daquilo que conhecem, e do que não conhecem, expõem suas dúvidas e ideias ao experimentar diferentes papéis e com isso, elaboram o pensamento e utilizam-se de linguagens, para enfim demonstrar as coisas que vivenciam, acreditam, e o que gostariam de aprender. 
Grande prejuízo no eixo estruturante da interação aconteceu, certamente, durante o período do COVID19. Não poder contar com a socialização, tão característica dessa faixa etária, dificultou-se ainda mais o planejamento de professores e formadores. Se já era crucial a necessidade de formar equipes escolares aptas a trabalhar com brincadeiras no espaço escolar, se tornou quase impossível consolidar um trabalho com brincadeiras remotas, e de quebra, construir uma parceria com as famílias nesse processo de interação. O prejuízo foi incalculável.
2. Entendendo que as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010), sinaliza os desafios à elaboração de currículos para essa etapa de escolarização, de modo a superar as rupturas que ocorrem na passagem não somente entre as etapas da Educação Básica, mas também entre as duas fases do Ensino Fundamental: Anos Iniciais e Anos Finais. Como está estruturada a BNCC do ensino fundamental?
De acordo com a BNCC, o Ensino Fundamental com nove anos de duração, é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos. Há, portanto, crianças e adolescentes que, ao longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais, emocionais, razão porque está estruturado através de 5 áreas do conhecimento, que são elas: Linguagens; Matemática; Ciências da natureza; Ciências humanas e Ensino religioso. 
Vale destacar que essas áreas foram pensadas, dentre outros fatores, para favorecer a comunicação entre os saberes dos diferentes componentes curriculares, visto que cada área do conhecimento possui competências específicas a serem desenvolvidas pelos alunos, assim como cada componente curricular (Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, Artes, Educação Física, Geografia, História, etc..), conforme a fase do ensino − Anos Iniciais e Anos Finais. (CNE/CEB nº7/2010 – BNCC/2017)
Para desenvolver as competências específicas de cada componente curricular e fase do ensino é necessário a definição também de Habilidades, que devem ser relacionadas a Objetos de conhecimento (conteúdos, conceitos e processos), organizados em Unidades temáticas. 
3. Faça uma análise de ambas as propostas curriculares, indicando pontos favoráveis e pontos desfavoráveis da BCNN. Para sua análise traga como referência pelos menos dois artigos que tragam visões distintas sobre o BNCC, ou seja, fundamentar teoricamente sua análise a partir das leituras realizadas até o momento e de um autor que é a favor da Base Nacional Comum Curricular e outro que seja contra.
Infere-se a partir das leituras realizadas que a proposta curricular da Educação Infantil na BNCC está estruturada em cinco campos de experiências, no âmbito dos quais são definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Os campos de experiência constituem um arranjo curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte de patrimônio cultural. Por outro lado, a proposta curricular do Ensino Fundamental está organizada em quatro áreas do conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências Naturais e Ciências Humanas. Essas áreas se intersectam na formação dos alunos, embora sejam preservadas as respectivas especificidades e os saberes próprios construídos e sistematizados nos diversos componentes. Cada área de conhecimento estabelececompetências específicas de área, cujo desenvolvimento deve ser promovido ao longo dos nove anos.
Alguns pontos positivos da BNCC são, por exemplo, as orientações claras sobre o que fazer em cada série e disciplina; dentre as várias disciplinas há uma progressão clara, que denota certa articulação entre diferentes séries. Na Educação infantil, a proposta tem um princípio organizativo e indica um conjunto de ações e intervenções relevantes, inclusive a necessidade de preparar o aluno para o ensino fundamental. Na alfabetização, percebe-se claramente uma orientação/indicação sobre o que é alfabetizar, de que é necessário alfabetizar e que isso deve ser feito, sobretudo, já no 1º ano. Há na BNCC, o reconhecimento da importância de desenvolver fluência de leitura e usar textos adequados para diferentes finalidades, inclusive para desenvolver a fluência de leitura. Em Língua Portuguesa, há um reconhecimento maior sobre a importância dos conhecimentos linguísticos. Entende-se que o programa de Matemática é muito claro, consistente e apresenta estrutura e sequência adequadas, dentre outros. (SILVA, M.V.2019).
Alguns pontos negativos da BNCC estariam no fato de que o currículo da educação infantil, não reflete, necessariamente, a evolução da ciência do desenvolvimento humano e, assim, é insuficiente para promover a revolução necessária nessa área. A abordagem da alfabetização como já referido, avançou muito, todavia ainda contém erros conceituais graves e muitas omissões a exemplo do que acontece no currículo de Língua Portuguesa, onde a separação entre leitura, escrita e Conhecimentos Gramaticais/Linguísticos cria uma dicotomia desnecessária. Com respeito ao eixo “Literatura”, este poderia ter sido incorporado ao eixo de leitura. O currículo de Ciências apresenta uma estrutura e sequência claras e consistentes, porém deveria ser enriquecido com a explicitação de conceitos estruturantes, que servissem como referenciais e elo entre suas unidades temáticas, dentre outros.(SILVA, M.V.2019).
Ainda, conforme SILVA,2019, dentre os defensores da BNCC temos vários autores, a exemplo de Young (2014), Mello (2014) que além do exposto, destacam o atendimento da legislação educacional e a associação da BNCC com a qualidade. Já, entre os autores contrários à Base conforme entendimentos contrários e expostos, temos Lopes; Macedo (2011), Pereira; Costa e Cunha (2015).
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Após a análise de artigos (abaixo indicados), o conteúdo da disciplina, revistas e sites consultados para a atividade proposta, considero que a BNCC é fundamental para ao menos tentarmos reduzir as desigualdades na educação no Brasil. 
Sabidamente os Países mais desenvolvidos no aspecto educacional estabelecem o ensino por meio de suas “bases nacionais”. São os documentos que deliberam as linhas gerais do que os alunos das escolas do país devem aprender a cada ano. 
A meu ver, o destaque da BNCC poderia se dar a concepção da forma de alfabetização e letramento, tratando-se de um processo carregado de conceitos e intencionalidade, de sentido e significado com o real, um formidável elemento precursor no desenvolvimento da capacidade crítica do sujeito criança, que é sujeito ativo e reflexivo. Há uma espécie de socialização do saber, vislumbra-se a igualdade na sua forma acesso, percebendo-se a importância, a finalidade e a intencionalidade da alfabetização, que acabam muitas vezes se perdendo pelos vieses ideológicos dentre outros documentos normativos, mostrando, ainda, de forma muito clara a presença de uma história nacional de educação brasileira bastante conflituosa. Afinal, não é difícil localizar a influência das políticas públicas nesse processo, bem como as ideologias que perpassaram durante a construção dessa base educacional comum para o nosso País.
Mas, tratando a questão de forma positiva, a partir dos estudos da disciplina, é muito bom constatar e afirmar, o quanto já se avançou e o quanto ainda podemos melhorar a educação no Brasil, de uma forma mais democrática e de direitos iguais para todos os cidadãos. 
CONSULTA E REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
ARROYO, M. G. Indagações sobre currículo: educados e educadores: seus direitos e o currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental http://www.mec.gov.br
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica / Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília: MEC, SEB, DICEI,MEC – 2009 e 2013 Disponível em: http://portal.mec.gov.br/
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (ResoluçãoCNE/CEB,nº7/2010);1)http://portal.mec.gov.br/2)https://blog.portabilis.com.br/mudancas-da-bncc-2020/ )
 
BERTANHA, P.; FARAGO, A. C.; CRUZ, A. J.; RICCI, G. P.; FANTACINI, R. A. F. Base Nacional Comum Curricular (BNCC): História, Concepção, Política e Referenciais Pedagógicos. Batatais: Claretiano, 2020. 
CONTE, Karina Melo. 2022 - Currículo e Avaliação da Educação | Claretiano - Rede de Educação.
GOMES, N. L. Indagações sobre currículo: diversidade e currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007. 
HADDAD, Lenira. Tensões universais envolvendo a questão do currículo para a Educação Infantil. In: DALBEN, Ângela; DINIZ, Júlio; LEAL, Leiva & SANTOS, Lucíola (ed.), Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente (p. 418-437). Belo Horizonte: Autêntica (Coleção Didática e Prática de ensino). 2010”
MARTINEZ, Cintia., in anaisevinci/article - UniBrasil, Curitiba, v.6, n.1, p. 245-245, 2020 - https://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/anaisevinci/article/view/5769
ROCHA, Eloisa Acires Candal & BUSS-SIMÃO, Márcia. Infância, experiência e educação: apontamentos a partir de reflexões sobre a pequena infância. Childhood & Philosophy, 14(29), p. 27-42. 2018
SACRISTÁN, J. G. A política curricular e o currículo prescrito. In: O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Penso, 2020. Capítulo 5, páginas 107-123.
SILVA, M. R. Políticas curriculares para a Educação Básica e suas implicações para a reorganização pedagógica das escolas. In: Perspectivas Curriculares Contemporâneas. Curitiba: Intersaberes, 2012. Páginas 37-75.
SILVA, Maria Valnice da. A BNCC e as implicações para o currículo da educação básica. Anais CONADIS - Campina Grande: Editora Realize, 2019. Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/50466. Acesso em: 22/04/2022 22:51; 2)
OUTRAS FONTES/ARTIGOS CONSULTADOS:
1) Os Primeiros Anos - O Bem-Estar Infantil e o Papel das Políticas Públicas. Editado por Samuel Berlinski e Norbert Schady (BID) Analisa as concepções de infância, desenvolvimento infantil, os papéis da família, do professor e do governo. (Disponível em inglês: https://bit.ly/2M9vcOc) ; 
2) O Trabalho do Professor na Educação Infantil, de Zilma Ramos de Oliveira, Damaris Maranhão, Ieda Abbud, Maria Paula Zurawski, Marisa Vasconcelos Ferreira e Silvana Augusto (Editora Biruta) https://novaescola.org.br/conteudo/20324

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