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Avaliação psicomotora de Vitor da Fonseca

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Aprendizagem e controle
motor
Aula 8: Avaliação psicomotora de Vitor da
Fonseca
INTRODUÇÃO
A psicomotricidade pode ser de�nida, resumidamente, como o campo transdisciplinar que estuda e investiga as
relações e as in�uências (recíprocas e sistémicas) entre o psiquismo e a motricidade.
A avaliação do desenvolvimento psicomotor pode ser realizada com base na utilização de várias baterias de testes.
Nesta aula, abordaremos a Bateria de Vitor da Fonseca.
OBJETIVOS
Reconhecer a Bateria de Avaliação Psicomotora (BPM).
Explicar os testes de tonicidade e equilibração.
Analisar os testes de lateralização, bem como as estruturas espacial e temporal.
Avaliar os testes de praxias global e �na.
Bateria Psicomotora
De acordo com Vitor da Fonseca, a Bateria Psicomotora (BPM) é um dispositivo que se baseia em um conjunto de
tarefas que possibilita a identi�cação de dé�cits da função psicomotora.
Apesar das suas limitações, tem grande utilidade na observação do per�l psicomotor podendo ajudar na
compreensão dos problemas de comportamento e aprendizagem de jovens dos 4 aos 12 anos.
Para possibilitar uma avaliação mais global, a BPM realiza também a avaliação dos aspectos somáticos e
morfológicos, dos desvios posturais e do controle respiratório.
A BPM é composta por sete fatores psicomotores distribuídos pelas três unidades funcionais de Luria – que já
abordamos na aula 4.
Não é um teste tradicional, pois permite ao examinador uma análise completa do per�l psicomotor da criança.
As tarefas que compõem a BPM dão oportunidade su�ciente para avaliar o grau de maturidade psicomotora da
criança e detectar sinais desviantes.
Podemos observar:
Paralelamente dá oportunidade para a observação da falta de atenção, concentração, comportamento emocional
etc.
Per�s psicomotor superior e bom (hiperpráxico)
São obtidos por crianças que não apresentam di�culdades de aprendizagem especí�ca.
Per�l normal (eupráxico)
É obtido também por crianças sem di�culdades de aprendizagem, no entanto, apresentam
fatores psicomotores mais variados e diferenciados, mas sem sinais desviantes.
Per�l dispráxico
Identi�ca a criança com di�culdades de aprendizagem ligeiras, apresentando um ou mais
sinais desviantes.
Per�l de�citário
É obtido por crianças com di�culdades de aprendizagem signi�cativas do tipo moderado ou
severo. Trata-se de crianças que apresentam sinais disfuncionais evidentes.
Após o primeiro contato com os pais, os passos para o exame psicomotor são:
PRIMEIRO PASSO
Aplicação da anamnese, que é um histórico da criança desde a gestação até os dias atuais. 
A anamnese vai dar ao examinador um grande suporte ao nível de conhecimento profundo
da criança que está sendo estudada, incluindo:
• Dados pessoais;
• Motivo da procura;
• Antecedentes pessoais;
• Período de gestação;
• Parto;
• Desenvolvimento;
• Alimentação;
• Sono;
• Linguagem;
• Audição;
• Motricidade;
• Comportamento social;
• Sexualidade;
• Quadro geral de saúde.
Esses tópicos são do universo pessoal da criança e servem como suporte para o exame.
SEGUNDO PASSO
Exame livre ou exame de atividade espontânea. Essa etapa é muito importante, pois a
criança poderá se expressar espontaneamente, ser mais verdadeira em seus atos e atitudes
auxiliando o examinador em suas observações.
O procedimento do teste é bem simples: ao adentrar na sala, a criança encontra materiais
diversos – como bolas, colchões, pneus, bancos, arcos, espaguetes, cordas etc. – e poderá se
expressar livremente, brincando, manipulando, jogando e criando.
O examinador deve observar o comportamento motor e emocional, registrar
questionamentos e situações que possam ocorrer.
TERCEIRO PASSO
Nessa fase que surge a BPM e todas as tarefas de seus fatores e subfatores psicomotores.
EXERCÍCIO!
Quais são os per�s psicomotores das crianças submetidas à BPM?
Resposta Correta
Tonicidade
A tonicidade é a base fundamental da psicomotricidade, tendo um papel fundamental no desenvolvimento motor já
que é responsável pelo estado de tensão permanente do músculo.
O tônus muscular é necessário para manifestação do equilíbrio, coordenação e do próprio movimento voluntário.
Quando ocorrem lesões que impossibilitam a passagem de impulsos proprioceptores, surgem alterações no tônus
muscular, que, em distúrbios psicomotores, podem estar presentes na forma de paratonias.
Normalmente, as paratonias resultam de lesões no lóbulo frontal e suas comunicações com outras regiões corticais
e representa a rigidez a movimentos passivos ou quando se solicita que o indivíduo relaxe.
Muitas vezes, resulta da incapacidade de relaxamento e não devido a anomalias no funcionamento proprioceptivo.
Nesse contexto, temos:
Na BPM, a extensibilidade é explorada nos membros inferiores e superiores, desde as articulações distais, proximais e
intermédias, tendo em conta a resistência ao alongamento.
Com o estudo da extensibilidade, podemos determinar a dominância lateral, já que os membros dominantes tendem
a apresentar maior resistência e menor extensibilidade, devido à organização tônico-postural e tônico-muscular mais
integrada e fruto da habituação.
Esse aspecto revela-se importante quando se trata do tônus de ação,
conferindo aos fatores da tonicidade e da lateralização uma relação sensório-
motora de grande importância na progressiva organização psiconeurológica da
criança.
Equilibração
A equilibração é o sentido que permite a permanência em equilíbrio – em grande parte resultado da maturação dos
neurônios cerebelares.
Esta pertence à primeira unidade funcional de Luria e é vista como uma condição básica da organização
psicomotora, já que é responsável pelas funções de vigilância, de alerta e de atenção.
O fator de equilibração na BPM integra a avaliação das qualidades de:
Imobilidade
Capacidade de inibir voluntariamente todo e qualquer movimento durante um curto lapso de
tempo.
Por sua observação, podemos avaliar outros fatores de avaliação da equilibração, tais como:
• Os ajustamentos posturais;
• As reações tonicoemocionais;
• Os movimentos involuntários e faciais;
• As gesticulações;
• Os sorrisos;
• A rigidez corporal;
• Os desvios de simetria;
• Os tiques.
Além disso, também podemos avaliar a capacidade da criança de conservar o equilíbrio em
diversas situações, os ajustamentos posturais, as reações emocionais etc.
A imobilidade requer que a criança �que na posição ortostática durante 60 segundos com os
olhos fechados e os braços ao lado do corpo.
Equilíbrio estático
Equilíbrio que requer as mesmas capacidades da imobilidade revestindo-se das mesmas
características e signi�cações.
As crianças de 4 a 5 anos devem fazer as provas com os olhos abertos, e aquelas a partir de
6 anos, com os olhos fechados.
São três provas: apoio retilíneo, manutenção do equilíbrio na ponta dos pés e apoio unipodal.
Equilíbrio dinâmico
Equilíbrio que exige orientação controlada do corpo em situações de deslocamentos no
espaço com os olhos abertos. A observação deve detectar sinais quanto à precisão,
economia e harmonia dos movimentos.
Devemos, também, dar especial atenção a ajustes abruptos de reequilíbrios, descontrole
postural, movimentos compensatórios com as mãos, movimentos involuntários e dismetrias.
As tarefas deste subfator incluem: marcha controlada, evolução sobre o banco, saltos com
apoio unipodal e saltos com os pés juntos.
EXERCÍCIO!
A BPM é composta de sete fatores psicomotores distribuídos pelas três unidades funcionais de Luria. Que tarefas
motoras são avaliadas pela BPM?
Resposta Correta
Com o objetivo de veri�car o equilíbrio estático, que tipo de teste deve ser aplicado?
Resposta Correta
Lateralidade
A lateralidade é a predisposição à utilização preferencial de um dos lados do corpo expressas nos níveis ocular, pedal,
auditivo e visual e re�ete a dominância de um dos hemisférios cerebrais.
A lateralidade ou dominância de um lado em relação ao outro, ao nível da força e da precisão, não deve ser
confundida com o domínio dos termos e o conhecimento de “esquerda-direita”.Esta se subdivide em:
Corpo
A noção de corpo, que constitui o quarto fator da BPM, foi construída com base na pesquisa de sinais disfuncionais
proprioceptivos, tátil-cinestésicos e vestibulares, para além da apreciação que a criança tem de representação de seu
próprio corpo.
Dele constam os seguintes fatores:
Sentido cinestésico
Identi�car as partes do seu corpo que forem tocadas pelo examinador.
Crianças na faixa etária de 4 e 5 anos devem nomear oito pontos táteis:
Já crianças na faixa etária de 6 anos e acima devem nomear 16 pontos táteis:
Pedimos à criança que feche os olhos em pé, em posição de imobilidade.
Reconhecimento direita-esquerda
Nesta tarefa, a criança deve responder com ato motor as solicitações verbais do examinador, demonstrando o seu
conhecimento de seu próprio corpo e noções de direita-esquerda.
Para a criança na faixa etária de 4 e 5 anos, as solicitações verbais são:
Para crianças de 6 anos e acima
Localização bilateral
As solicitações são as mesmas.
Solicitações contralateral e reversível
Cruzamento da linha média do corpo e localização no outro. As solicitações são:
• Cruzar a perna direita por cima do joelho esquerdo;
• Tocar a orelha esquerda com a mão direita;
• Apontar o olho direito do examinador com a mão esquerda;
• Apontar a orelha esquerda do examinador com a mão direita.
Autoimagem (face)
Aquela que visa estudar a noção de corpo que a criança possui a partir de sua face dentro do parâmetro de espaço
próprio, ou seja, todo o espaço extracorporal imediato que é possível atingir com os movimentos do braço sem mover
os pés.
Fonte da Imagem:
O procedimento é o seguinte:
Pedimos à criança que, de olhos fechados, com os braços em extensão lateral, as mãos �etidas e os indicadores
estendidos, realize um movimento lento de �exão do braço e tente tocar com as pontas dos dedos indicadores a
ponta do nariz por quatro vezes – duas com cada indicador.
Imitação de gestos
Neste fator, a criança deve demonstrar a capacidade de reproduzir gestos do examinador desenhados no espaço.
As tarefas requerem a imitação direta de �guras geométricas desenhadas no espaço, com movimentos bilaterais,
feitos com os indicadores simultaneamente (cada indicador faz um lado da �gura, iniciando juntos e �nalizando,
fechando, a �gura imaginária).
Os desenhos são: um círculo, uma cruz, um quadrado e um triângulo.
Desenho do corpo
Aqui, a criança deve desenhar o que sabe de seu corpo, procurando demonstrar uma representação tanto no aspecto
gnósico quanto no simbólico e no grá�co.
A criança deve desenhar em uma folha normal e dispor do tempo necessário para realizar a tarefa.
Através da estruturação espacial e temporal, a criança toma consciência da própria ação. Seu passado conhecido é
atualizado, o presente experimentado e o futuro antecipado.
Esse fator é uma consequência dos fatores anteriores, pois, para desempenhá-lo adequadamente, é necessário que a
lateralidade da criança esteja bem de�nida assim como seu esquema corporal.
Estruturação espaçotemporal
Se partirmos do princípio que existe uma dimensão espacial em tudo o que fazemos e conhecemos, percebemos a
importância da estruturação espaçotemporal na observação psicomotora.
Assim, a BPM compreende os seguintes fatores:
Organização espacial
Neste subfator, a criança deve entender e calcular distâncias para realizar percursos
motores, envolvendo as funções de análise espacial, direção e plani�cação.
O procedimento a seguir é sugerir à criança andar de um ponto da sala a outro na distância
de 5 m, contando o número de passos em voz alta, depois, pedir para realizar o percurso
aumentando um passo (4,5 anos) ou três passos (6 ou mais anos).
Por último, solicitamos o terceiro percurso com menos um passo ou menos três passos,
tendo como base o primeiro percurso para crianças com 4, 5 anos e 6 ou mais anos,
respectivamente.
Estruturação dinâmica
Esta tarefa envolve a análise visual, memória de curto-termo, rechamada sequencial dos
fósforos e reprodução ordenada da esquerda para a direita.
Requer �chas desenhadas com as �guras (fósforos colocados de diversas formas) e cinco
palitos de fósforos para a criança reproduzir o que viu na �cha.
As �chas são as seguintes:
1 - ensaio, dois palitos paralelos, um para baixo o outro para cima.
2 - modelo a, três palitos paralelos, o do meio com a cabeça para baixo.
3 - modelo b, quatro palitos paralelos, os dois do meio com a cabeça para baixo.
4 - modelo c, cinco palitos paralelos, o primeiro e o terceiro com a cabeça para cima.
O procedimento é o seguinte: pedimos à criança que reproduza as mesmas sequências,
mantendo a orientação esquerda-direita.
É permitido um ensaio com a �cha de dois palitos e depois é iniciado o teste com as outras
três fases de reprodução envolvendo três, quatro e cinco palitos respectivamente.
Representação topográ�ca
A tarefa avalia a integração espacial global e a capacidade de transferência de dados
espaciais. A realização requer uma folha de papel e um lápis.
O procedimento a seguir é: o observador, em conjunto com a criança, realiza um
levantamento topográ�co da sala, reproduzindo o mais exatamente possível os espaços,
móveis, estruturas e proporções, identi�cando tudo na folha de papel como se fosse um
mapa.
É necessário que os móveis da sala sejam numerados, como referência para o trajeto, por
exemplo, porta - 1, armário - 2, quadro - 3 etc.
Assim, a criança deve fazer o percurso que o examinador desenhar aleatoriamente na folha
onde foi feito o levantamento topográ�co da sala.
Dada a di�culdade do teste, somente crianças com 6 anos ou mais é que, normalmente, são
exigidas.
Estruturação rítmica
Avalia problemas de percepção auditiva e de memorização de curto tempo.
A criança deve reter, captar, rechamar e expressar em termos motores os estímulos auditivos
(batimentos de lápis na mesa). A realização requer um lápis.
Sugerimos à criança que ouça com atenção a sequência de batimentos para depois
reproduzir a mesma estrutura e números de batimentos.
As estruturas rítmicas são as seguintes:
1 - para ensaio: *--*--
2 - para cotação: **--**--
3 - para cotação: **--*--
4 - para cotação: *--**--
5 - para cotação: *--*---*
Onde:
* = batida forte e pausada;
- = batida fraca.
Praxia global
A praxia global está relacionada com a realização e a automação dos movimentos globais complexos, que se
desenrolam num determinado tempo e que exigem a atividade conjunta de vários grupos musculares.
Sua manifestação requer a interação entre as duas primeiras unidades funcionais do modelo luriano.
Para se manifestar, exige o desenvolvimento da:
Colaboram também:
Os testes obedecem à seguinte ordem:
Coordenação oculomanual
Requer a capacidade de coordenar o membro superior (dominante) com a percepção visual
de avaliação de distância e de precisão de lançamento.
A tarefa requer uma bola de tênis e um cesto de lixo, uma cadeira e uma �ta métrica.
Pedimos à criança que arremesse a bola para dentro do cesto colocado em cima de uma
cadeira e a uma distância de 1,50 m (4-5 anos) ou 2,50 m (6 anos ou mais).
Deve ser realizado um ensaio e depois quatro lançamentos.
Coordenação oculopedal
A tarefa requer a coordenação do membro inferior (dominante) com a capacidade visual de
cálculo de distância e de precisão.
Material necessário: Uma bola de tênis, uma cadeira e uma �ta métrica.
A criança deve chutar a bola entre as pernas da cadeira em distâncias iguais ao subfator
anterior. A cotação também deve ser a mesma adotada à situação passada.
Dismetria
Na BPM, esse subfator não constitui uma tarefa propriamente falando, pois é o resultado
das duas tarefas anteriores.
Dissociação
A dissociação demonstra a independência dos vários segmentos corporais estruturados em
função de um �m, o que exige a continuidade rítmica da execução motora.
O procedimento a adotar deve seguir a seguinte sequência:
Membros superiores;
Membros inferiores;
Coordenação entre os membros inferiores e superiores.
Sugerimos que a criança realize, primeiramente,vários batimentos das mãos, em cima de
uma mesa da seguinte maneira:
2MD - 2ME
2MD - 1ME
1MD - 2ME
2MD - 3ME
Onde:
MD = Mão Direita;
ME = Mão Esquerda. 
A seguir, a criança deve realizar batidas com os pés no solo, seguindo as mesmas estruturas
de batimentos que as mãos.
Depois, pedimos à criança para realizar os batimentos de coordenação nas quatro
extremidades, a seguir: 1MD - 2ME - 1PD - 2PE.
Onde:
MD = Mão Direita;
ME = Mão Esquerda;
PD = Pé Direito;
PE = Pé Esquerdo.
Praxia �na
A praxia �na, sétimo e último fator psicomotor da BPM, encontra-se integrada na terceira unidade de Luria cujas
funções são controladas pelo lóbulo frontal.
A praxia �na relaciona-se com a função de coordenação dos movimentos oculomanual e depende da atenção e
funções de programação e regulação de atividades de preensão e manipulação mais �nas e complexas.
Fonte da Imagem:
O uso das mãos, em especial o movimento de oposição do indicador com o polegar, possibilitam a execução de
movimentos voluntários complexos e de extrema precisão que não podem ser realizados por outros animais.
Para isso, depende da organização perceptivo-visual necessária a coordenação de movimentos da praxia �na, muito
embora informações táteis também possuam grande importância.
A integração com o componente visual, sintetiza a avaliação psicomotora da praxia �na, que envolve as seguintes
fases:
Coordenação dinamicomanual
Requer a capacidade �na dos movimentos das mãos e dedos com as capacidades
visuoperceptivas em termos de velocidade e precisão.
O material necessário são cinco ou dez clipes de tamanho médio e cronômetro.
Pedimos à criança para fazer uma pulseira o mais depressa possível, contendo cinco clipes
para crianças de 4 e 5 anos e 10 clipes para crianças de 6 anos ou mais.
Tamborilar
Requer a realização precisa de movimentos �nos em forma de transição de dedo a dedo
sequencializada, demonstrando agnosia digital, a plani�cação micromotora distal e a
preferência manual.
A criança deve realizar círculos na transição de dedo para dedo, desde o indicador até o
mínimo, e, em seguida na direção inversa (2, 3, 4, 5 e 5, 4, 3, 2).
É permitido um ensaio, depois a tarefa deve ser cumprida da seguinte forma: mão direita,
esquerda e simultaneamente as duas.
Velocidade-precisão
É a observação da coordenação práxica do lápis.
Requer como material uma folha de papel quadriculado, lápis e cronômetro.
Sugerimos à criança que faça o maior número de cruzes durante 30 segundos dentro dos
quadrados do papel, da esquerda para a direita.
Depois, em outra folha quadriculada, repetir o exercício, mas em vez de cruzes a criança deve
colocar pontos nos quadrados.
ATIVIDADE
1 - Explique como podemos aplicar a BPM em crianças de diferentes idades.
Resposta Correta
2 - Com o objetivo de veri�car a coordenação oculomanual, que tipo de teste deve ser aplicado?
Resposta Correta
3 - Com o objetivo de veri�car a coordenação dinamicomanual, que tipo de teste deve ser aplicado?
Resposta Correta
Glossário
APOIO RETILÍNEO
A criança deve colocar o pé no prolongamento exato do outro, estabelecendo o contato do calcanhar de um pé com a ponta do
outro pé, durante 20 segundos.
MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO NA PONTA DOS PÉS
A criança deve estar de pés juntos e elevar os calcanhares, fazendo a �exão plantar durante 20 segundos.
APOIO UNIPODAL
A criança apoia apenas um pé no chão, fazendo a �exão de joelho da outra perna durante 20 segundos. Nesse caso, é
necessário observar o pé escolhido para o apoio (pé dominante na função de equilibração).
MARCHA CONTROLADA
A criança deve caminhar em cima de uma linha reta com 3 m de comprimento, de modo que o calcanhar de um pé sempre
toque na ponta do outro pé sucessivamente até o �nal, sempre com as mãos na cintura.
EVOLUÇÃO SOBRE O BANCO
A criança deve caminhar de forma normal em cima do banco (3 m de comprimento com 5 cm de altura), com as mãos na
cintura.
SALTOS COM APOIO UNIPODAL
A criança deve percorrer a distância de 3 m, saltando com um pé só até o �nal, as mãos devem estar na cintura. Nesse caso, é
necessário observar o pé escolhido como apoio e, ao �nal do percurso, realizar a prova com o outro pé.
SALTOS COM OS PÉS JUNTOS
A criança deve percorrer a distância de 3 m, realizando saltos para frente, para trás, para a esquerda e para a direita. As mãos
devem estar na cintura.

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