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Umberto Eco: O nome da rosa
	O livro “O nome da rosa”, de Umberto Eco, se passa no ano de 1327 em um mosteiro na Itália. Nesse mosteiro existia uma grande biblioteca com um acervo variadíssimo de livros: livros cristãos, clássicos, científicos e etc. Porém, poucos tinham acesso à essa biblioteca, uma vez que grande parte desses livros eram considerados pagãos. Nesse cenário, a Igreja dominava a sociedade, sendo responsável pela educação e toda promoção de coisas que, tipicamente, são consideradas estatais.
	Dessa forma, poucos conheciam o real conceito de poder e dogmas, não sabendo a importância de ter conhecimento do mundo: através da ignorância a Igreja garantia seu poder sobre a sociedade, mantendo-a longe de questionamentos, ação e reflexão. Pode-se imaginar, portanto, o cenário caótico em que viviam as pessoas dessa época, em especial as mulheres, que eram consideradas demoníacas, causadoras da desordem e do pecado.
	Umberto Eco, a partir dessa obra, nos revela conflitos medievais, abuso de poder, injustiças e muitas outras nuances características das igrejas antigas. Ele nos mostra que a Igreja Católica, durante muito tempo, usou deliberadamente seu poder e conhecimento para benefício próprio, mantendo a “sete chaves” tudo que considerasse ameaçador, impedindo as pessoas de pensarem por si e tirando seu livre arbítrio.
	O contexto religioso retratado na obra foi citado posteriormente por vários pensadores que reconhecem o domínio da Igreja. Ensinavam em suas escolas apenas o básico, cercados de misticismo e terror, ler as escrituras e escrevê-las. Com passar do tempo, os métodos de aprendizagem se aprofundaram com a introdução de novas disciplinas, com o surgimento das escolas paroquiais, depois as escolas monásticas e episcopais, as escolas palatinas, as escolas catedrais, e mais tarde com o surgimento das primeiras organizações liberais no meio do apogeu. , universidades, especialmente as de Paris, Bolonha, Salermo, Oxford, Coimbra, etc.
	Nas palavras do próprio William de Baskerville, personagem principal da obra: "Por conter uma sabedoria e uma ideia diferente da nossa, que nos faria questionar a ineficácia e a dúvida da palavra de Deus, Adesso é o Inimigo da Fé". No entanto, para os poucos intelectuais da época, os livros possuíam o conhecimento necessário para realizar os tão necessários desenvolvimentos intelectuais, tecnológicos e científicos já desejados na época, e favoreciam um maior acesso a bibliotecas e livros raros.

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