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Fundamentação histórica da ética médica

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Fundamentação histórica da ética médica 
Esse resumo refere-se a aula 3 de Bioética – 8º Período 
Medicina pré-hipocrática 
Na medicina pré-hipocrática, temos a fase religiosa, 
sacerdotal, onde a doença era vista como 
consequência de algum pecado, algum mal. O médico 
na época era visto como algum tipo de autoridade, 
mas isento de responsabilidades, pois não tinha 
ciência para a prática médica. 
Podemos destacar algumas civilizações da época, 
como a mesopotâmica, grega e egípcia. Na 
Mesopotâmia foi criado o Código de Hamurabi (1700 
a.C), onde continha certa regulação comercial da 
atividade médica (poderiam cobrar, ser chamados, 
etc), mas sem regulação sobre sua atuação. Nessa 
civilização tem-se os primeiros relatos de higiene e 
contaminação da água, justamente por ser área 
cercada por rios e que fazia agricultura. 
No Egito tinha os médicos sacerdotes que era uma 
profissão em ascensão social, mas dedicada 
principalmente aos nobres e ricos. Uma técnica 
importante de se lembrar é que eles praticavam o 
embalsamamento (demonstra saber anatômico). 
Hipócrates de Cós e a medicina grega: 
Nesse tópico podemos começar falando sobre 
Asclépio (mitologia grega – pode ter existido ou 
não), que disse: pegue os doentes e traga-os até 
mim. Assim começaram a criar colônias de doentes. 
Foi ele quem começou a raciocinar, a tentar explicar 
fatos com bases racionais e não religiosa 
(metafísica). O seu bastão é o símbolo da medicina 
(possibilidade de ajudar e a cobra significa que 
mesmo perdendo algo, continuar vivo – lembrar troca 
de pele). 
Platão descreveu órgãos como fígado, baço e 
intestinos como ligados à alma (se doente, há algo 
com a alma). 
Hipócrates é considerado o grande sistematizador 
do conhecimento médico sendo a primeira pessoa a 
criar o conceito de epidemia. Disse que para ser 
médico devia jurar cuidado ao paciente e daqui veio 
o juramento médico. No juramento médico de 
Hipócrates consta os pilares da ética médica. 
Hipócrates também descreveu de forma clara 
processos de adoecimento (perda de peso, 
tuberculose, etc). 
Medicina pós-hipocrática: 
Aqui podemos destacar os árabes, pois em sua 
civilização foram criados conceitos de higiene (Ex: 
tomar banho todo dia), ao contrário da Europa. Aqui 
também foi organizada as farmácias de forma 
parecida com as de hoje (separação por 
medicamentos, etc). Avicena fazia pesquisas e 
estudava corpos, sendo considerado o pai da 
medicina moderna e também começou a organização 
das escolas e bibliotecas médicas. 
Medicina na Idade Média: 
Nessa época voltou a característica religiosa 
(principalmente católica) como reguladora da 
atividade médica, gerando proibição de estudos com 
dissecação, pesquisas com animais, alquimia, etc. 
Entretanto foi aqui que foram criados os hospitais, 
pois antes os doentes eram tratados em suas 
próprias casas e teve a criação das Escolas médicas 
(Universidades). 
Renascimento Médico: 
Aqui temos diversos pesquisadores importantes 
como: Versalius, HARVEY, Malpighi, Sydehan. 
Teve o desenvolvimento do microscópio, retorno dos 
estudos anatômicos e valorização da profissão 
médica que era exercida e estudada apenas pela 
classe mais rica. Existiam os barbeiros-cirurgiões 
que eram os médicos ¨práticos¨, dando o início das 
especializações. Nesse período houve surgimento de 
especialidades (Ex: pediatria, pois precisava cuidar 
dos meninos que virariam soldados), da saúde 
mental, da microbiologia, das vacinas, da anestesia. 
No século XX então houve avanços importantes na 
radiologia, antimicrobianos, farmacologia em geral, 
mapeamento genético e identificação de DNA, 
avanço em informática e pesquisar e criação do 
CÓDIGO DE ÉTICA em 1965.

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