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Aula - Fisiologia Musculoesqueletica

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O CORPO EM MOVIMENTO 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) 
Imagem: McCRONE, JOHN. Como o cérebro funciona. Série Mais Ciência. São Paulo, Publifolha, 2002. 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC) 
 
•Sistema que: sente, pensa e controla nosso organismo; 
•Informações sensoriais vindas de todas as partes do corpo; 
•Transmite, para a medula espinhal e para o encéfalo; 
•A medula e o encéfalo reagem de forma imediata: 
- Enviam sinais para os músculos e para os órgãos internos do 
corpo produzindo resposta motora; 
•Desempenha três funções importantes: 
- Função sensorial (terminações periféricas); 
- Função integrativa (pensamento e memória); 
- Função motora (áreas centrais). 
Principais Divisões Anatômicas do Sistema Nervoso: 
 
Sistema Nervoso Central: 
Encéfalo: 
- Principal área integradora do sistema nervoso; 
- Onde são armazenadas as memórias, elaborados os pensamentos e emoções; 
- Responsável pelo complexo controle de nosso corpo. 
 
Medula Espinhal: 
- Serve como condutor para vias nervosas (aferentes ou eferentes); 
- Área integradora para a coordenação de atividades neurais subconscientes. 
 
Sistema Nervoso Periférico: 
- Rede ramificada de nervos; 
- Nervo periférico: contém grande número de feixes de fibras nervosas: 
Fibras Aferentes: 
- Transmissão de informações sensoriais para a medula espinhal e para o encéfalo. 
Fibras Eferentes: 
- Transmissão de sinais originados no SNC de volta para a periferia, especialmente 
para os músculos esqueléticos. 
TECIDO NERVOSO: 
 
Contém dois tipos de células: 
- Neurônios: conduzem os sinais pelo sistema nervoso; 
- Células de suporte ou de isolamento (neuróglia): evitam que os sinais sejam 
dispersados; tecido de sustentação que circunda o neurônio da medula espinhal. 
 
 
Neurônio do Sistema Nervoso Central: 
 
Componentes principais: 
1) Corpo Celular: responsável pela nutrição e para a continuidade da vida do 
neurônio; 
 
2) Dendritos: receptores principais do neurônio; 
 
3) Axônio: transmitem os sinais neurais para a célula seguinte (fibra nervosa); 
 
4) Sinapses: ponto de contato entre o botão sináptico e a membrana neuronal, 
através das sinapses os sinais são transmitidos de um neurônio a outro. 
Plano Funcional do Sistema Nervoso: 
 
Sistema Sensorial: 
•Transmite informações sensoriais, superficiais e profundas, 
para o SN, pelos nervos; 
•Condução da informação: 
1) Todos os níveis da medula espinhal; 
2) Tronco cerebral (bulbo, ponte e mesencéfalo); 
3) Regiões mais altas do cérebro (tálamo, córtex cerebral). 
 
Sistema Motor: 
•Controla as atividades do corpo; 
•Controle: 
1) Contração dos músculos esqueléticos; 
2) Contração dos músculos lisos; 
3) Secreção das glândulas endócrinas e exócrinas. 
•Essas atividades formam as funções motoras do SN. 
Plano Funcional do Sistema Nervoso: 
 
Sistema Integrador: 
•Expressão integrador: processamento de informações para 
determinar a ação motora correta e apropriada para o corpo 
ou para permitir o pensamento; 
•Localizado adjacente a todos os centros sensoriais e 
motores da medula espinhal e do encéfalo; 
•Algumas dessas áreas estão relacionadas com a memória; 
•Outras avaliam a informação sensorial para determinar se é 
agradável ou desagradável, dolorosa ou calmante, intensa 
ou fraca, etc.. 
Sistema Nervoso Autônomo Simpático e Parassimpático: 
Imagem: LOPES, SÔNIA. Bio 2.São Paulo, Ed. Saraiva, 2002. 
Motricidade Somática 
SISTEMA MOTOR: 
• Todos os elementos (fibras musculares e neurônios) 
envolvidos com a motricidade (somática e visceral). 
 
As atividades motoras somáticas permitem ao organismo 
relacionar-se com o ambiente: 
a) Manter-se em postura; 
b) Locomover-se; 
c) Reagir a estímulos sensoriais específicos; 
d) Manipular objetos; 
e) Realizar comunicação (linguagem e expressão facial). 
 
Tipos de expressões motoras somáticas 
a) Reflexas (involuntárias); 
b) Voluntárias. 
 
ELEMENTOS DO SISTEMA MOTOR SOMÁTICOS 
 
EFETUADORES: 
• Os músculos esqueléticos que realizam a atividade. 
 
ORDENADORES: 
• Os motoneurônios que comandam as fibras musculares. 
 
CONTROLADORES: 
• Cerebelo e núcleos da base que modulam a atividade 
motora. 
 
PROGRAMADORES e INICIADORES: 
• Áreas corticais motoras associativas e primária. 
 
SISTEMA MUSCULAR 
OS EFETUADORES DA 
POSTURA E DO 
MOVIMENTO 
Músculo 
Cardíaco 
Músculo 
Esquelético 
Músculo 
Liso 
Controle 
Involuntário 
Controle 
Voluntário 
Músculo Estriado 
Músculo Estriado 
Músculo Liso 
SISTEMA 
MOTOR 
SOMÁTICO 
SISTEMA 
MOTOR 
VISCERAL 
Sistema Muscular 
Fisiologia Muscular Esquelética 
Os efetuadores da postura e do movimento 
Características gerais dos 
músculos esqueléticos 
 40% do peso corporal 
 Associados ao esqueleto 
 Propriedade contrátil 
 Contração rápida e lenta 
 Metabolismo aeróbio/ anaeróbio 
 Diferenças intersexuais 
CONTRAÇÃO ISOTÔNICA CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA 
A contração muscular proporciona desenvolvimento de 
força mecânica ou ( tensão). Essa força causa movimento 
ou se opõe a uma carga (peso). 
Obs.: Músculos fásicos e Músculos tônicos 
SNC 
Medula 
Raízes 
ventrais Fibras musculares 
Junção neuromuscular 
nervo 
Sarcômero 
Terminação nervosa 
Ramificação 
nervosa 
Músculos axiais 
e proximais 
Músculos 
distais 
Aferências Aferências 
Núcleos motores somáticos 
da medula (cervical) 
Músculos axiais 
e proximais 
Músculos 
distais 
Musculatura esquelética e os 
neurônios motores da medula 
GRUPO MEDIAL 
musculatura axial e musculatura apendicular proximal 
(antebraço e ombros) 
Equilíbrio Postural 
 
GRUPO LATERAL 
musculatura apendicular distal (braços, pernas, mãos e pés) 
Movimentos finos das extremidades 
Unidade Motora: 
 
• Conjunto de fibras musculares ativadas por 
um único neurônio motor; 
• O número de fibras musculares ativadas 
por cada unidade motora varia entre os 
músculos; 
• Musculaturas pequenas e com grande 
precisão de movimento apresentam poucas 
fibras musculares por unidade motora 
(músculos dos olhos); 
• Por outro lado, músculos maiores e que 
apresentam funções mais grosseiras, como 
o caso do quadríceps, contam com muitas 
fibras musculares por cada unidade motora. 
RELAÇÃO DE INERVAÇAO 
 
Alta: PRECISÃO 
1: poucas fibras 
 
Baixa : POTÊNCIA MECÂNICA 
1: muitas fibras 
JUNÇÃO NEURO-MUSCULAR 
Elementos Estruturais de uma Fibra Muscular Esquelética 
Os filamentos finos deslizam-se sobre os 
grossos na presença de Ca. 
SARCÔMERO: unidade contrátil da fibra muscular 
No estado de repouso (músculo 
relaxado) a miosina não consegue 
se ligar à actina porque os sítios de 
ligação estão obstruídos pela 
tropomiosina. 
O Cálcio liga-se à troponina e remove a 
tropomiosina liberando os sitios de 
ligação da actina para a cabeça da 
miosina. 
 
A ligação da miosina com a actina, 
traciona a cabeça da miosina no sentido 
da linha M 
 
O filamento fino desliza sobre o grosso 
1) A miosina se liga à actina 
 (inicio da contração) 
2) Primeiro ciclo de deslizamento 
3) Desligamento 
4) Reinicio do ciclo 
Presença de Ca 
Disponibilidade de ATP 
 
Ciclo das pontes cruzadas 
 
- a miosina liga-se a actina (forma a ponte cruzada) 
- o ATP é hidrolisado 
- a cabeça da miosina inclina em direção à linha M 
- deslizamento do filamento fino sobre o grosso 
- o sarcômero se encurta 
 
Enquanto houver Ca++e ATP disponíveis, o ciclo se 
repete e o sarcômero encurta. 
 
 
Se as pontes cruzadas continuarem a se formar, os 
filamentos finos continuam a deslizar sobre os grossos. 
 
As linhas Z se aproximam uma da outra, o sarcômero 
encurta. Se todos os sarcômero se encurtarem, a 
miofibrila como um todo encurta-se e ocorre a contração 
do músculo. 
O sarcômero pode variar o comprimento 
O desempenho mecânico da contração 
depende do comprimento inicial do 
músculo a partir do qual a contração é 
iniciada 
O constante uso do 
músculo estimula a 
síntese de proteínas 
contráteis. 
ANABOLIZANTES 
 
Drogas sintéticas da testosterona 
(hormônio masculino) 
 
Entre os vários efeitos causa 
hipertrofia muscular 
EXERCICIO PARA MELHORAR A RESISTENCIA 
Cargas leves são movidas continuamente por longos períodos de tempo 
Corridas de longa distância 
 
Metabolismo aeróbio 
Aumento de mitocôndrias e na densidade de capilares 
Fibras lentas 
 
EXERCICIO PARA MELHORAR A FORÇA 
Cargas pesadas são movidas por pequeno período de tempo por determinado 
grupo de músculo 
Corridas de curta distância 
 
Metabolismo anaeróbio 
Hipertrofia muscular (aumento de proteínas contráteis) 
Fibras rápidas 
Todos os músculos dependem do consumo de ATP 
 
O ATP é disponibilizado pela síntese de: 
 
– Fermentação anaeróbia (produção rápida mas 
limitada): não necessita de O2 mas produz lactato. 
 
– Respiração aeróbia (produz mais ATP mas 
lentamente): requer disponibilidade continua de O2 
Propriedades Contração Lenta 
(I) 
Contração Rápida 
(IIb) 
Intermediária 
(IIa) 
Cor Vermelho Branco Intermediário 
Suprimento sanguíneo Rico Pobre Intermediário 
Nº mitocôndrias Grande Baixo Intermediário 
Grânulos de Glicogênio Raros Numeroso Freqüentes 
Quantidade de mioglobina Alta Baixa Média 
Metabolismo Aeróbico Anaeróbico Médio 
Velocidade de contração Lenta Rápida Rápida 
Tempo de contração Longo Curto Intermediário 
Força contrátil Pouco potente Muito potente Potencia Média 
 velocista maratonista 
Tipos de Fibras Musculares 
Fadiga: fraqueza progressiva e perda da capacidade 
de contratilidade pelo uso prolongado. 
 
Causas 
– Queda na disponibilidade de ATP; 
– Alteração no potencial de membrana; 
– Inibição enzimática pelo acúmulo de lactato (pH 
ácido); 
– Acumulo de K extracelular; 
– Esgotamento de acetilcolina. 
Tônus Muscular: tensão mecânica de repouso 
Fadiga muscular: incapacidade de gerar e 
manter a força requerida ou esperada de 
contração muscular. 
Tremor muscular: contrações musculares 
assincrônicas. 
Paralisia muscular (plegia): incapacidade de 
contração muscular. 
Paresia muscular: diminuição da força muscular. 
 
Fasciculaçâo: ativação espontânea de uma 
única unidade motora. 
 
Fibrilação: ativação espontânea de uma única 
fibra muscular.

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