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Existem princípios biológicos básicos que precisam ser aplicados e respeitados durante um programa de exercícios; Alguns profissionais ignoram e se rendem à modismos ou programas sem esforço. A classificação mais habitual dos exercícios de treino diz respeito a semelhança que cada exercício apresenta com os gestos e o tipo de esforço que caracterizam a situação da competição; No que diz respeito à semelhança com a situação de competição, os exercícios de treino podem ser classificados como de preparação geral, especial e específica: Exercício Geral: surge com pouca afinidade com os movimentos ou a intensidade e duração do esforço do desempenho competitivo do atleta. Características: Têm um caráter formativo acentuado; Ajudam a criar no atleta os pressupostos de coordenação e agilidade; Aumentam a tolerância à carga e a capacidade de trabalho; Permitem uma maior variedade de destrezas técnicas dominadas; Reforçam a motivação para o treino, permitindo maior variedade e inovação nas rotinas diárias de treino. Exercício Especial: é aquele que tem muitos pontos em comum com o exercício de competição, por conter elementos do gesto competitivo; Exercícios Preliminares e Exercícios de Desenvolvimento; Características: Exercícios Preliminares: contribuem para a assimilação e aperfeiçoamento de elementos técnicos determinados; Exercícios de Desenvolvimento: para o desenvolvimento das possibilidades funcionais do organismo, ou seja, qualidades físicas; Exercício Competitivo ou Específico: é aquele que corresponde à situação de competição, pode ser simulado em treino. A Individualidade é um fenômeno que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie; Cada ser humano tem e possui uma formação física e psíquica própria; O treinamento individual tem melhores resultados. Referente aos aspectos metabólicos do desempenho, há uma variabilidade relacionada com as características de cada indivíduo, do seu nível de preparação e experiência de treino, da sua idade, do estado de saúde e de outras condições. No entanto, grupos homogênios também facilitam o treinamento, cabe ao treinador verificar potencialidades, necessidades e fraquezas do indivíduo, para o sucesso; Para alcançar o sucesso do treinamento, a avaliação física, de preferência multidisciplinar é de extrema importância. Devemos conhecer o atleta ao ponto de saber qual o impacto que certos exercícios provocam neste atleta, assim como saber prever com bastante segurança quais os níveis de carga ideais para solicitar o desenvolvimento de uma qualidade ou capacidade. Uma das capacidades de rendimento esportivo é a capacidade biotipológica, que está dividida em: Genótipo: responsável pelo potencial do indivíduo incluindo fatores como composição corporal, biotipo, altura e força máxima esperada e percentual de fibras musculares dos diferentes tipos; Fenótipo: responsável pela evolução das capacidades envolvidas no genótipo, assim relacionado com os fatores ambientais. Portanto, cada atleta tem um limite individual de adaptação para cada tipo de carga de trabalho ou de treino, o qual se vai alterando com a idade, de forma que aumenta até que o sujeito alcance o desenvolvimento máximo e maturação, mas diminui com o envelhecimento. Podemos dizer que a adaptação é um dos princípios da natureza; Adaptação é a lei mais universal e importante da vida; Adaptação no treinamento é a capacidade de um sistema ou órgão se ajustar ao esforço ou sobrecarga adicional, a partir do aumento da força ou função; O corpo humano adquire maior condicionamento físico, por se adaptar às exigências que lhe são impostas; Se o corpo desempenhar repetidamente o mesmo tipo de exercício, o mesmo vai se tornando fácil, pois o corpo vai se adaptando à sobrecarga; Definindo homeostase, como equilíbrio estável do organismo em relação ao meio ambiente; Sabendo-se que esta estabilidade modifica-se por qualquer alteração ambiental, isto é, para cada estímulo há uma resposta, conclui-se que em relação ao organismo humano: a) Estímulos médios=apenas excitam; b) Estímulos médios para forte= provocam adaptações; c) Estímulos débeis=sem consequências; d) Estímulos muito fortes=causam danos. Mas não só de modo pragmático devemos enxergar esse princípio; Outro fator importante é a capacidade do treinador ou professor em se adaptar. É o princípio que determina que exercitando um sistema orgânico em nível superior àquele que habitualmente atua, esse sistema se adaptará e passará a funcionar mais eficientemente; Para adquirir aptidão física total ou o aperfeiçoamento de um dos componentes desta aptidão, o organismo precisa ser submetido a esforços cada vez mais intensos, que transformam o metabolismo; O ótimo desenvolvimento só é obtido acrescentando-se exigências impostas ao organismo durante o treinamento; Várias maneiras de intensidade: Aumento da frequência do exercício; Aumento da intensidade do esforço em um determinado espaço de tempo; Aumento da duração do esforço mantido em determinada intensidade. Este princípio esta intimamente ligado à adaptação, pois a continuidade ao longo do tempo é primordial para o organismo, progressivamente, se adaptar; Princípio que preconiza uma sistematização do trabalho físico sem que haja uma quebra da continuidade, ou seja, é a diretriz que não permite interrupção em todo o processo; A continuidade é que proporciona as adaptações fisiológicas para aumentarem os rendimentos dos exercícios físicos e uma vez atingida a performance máxima, deve-se manter a prática para evitar perdas. A frequência de estímulos, que, na prática, se revela no número de sessões de treino por semana depende, evidentemente, do nível de treino e da idade do atleta; Mesmo para os jovens, no entanto, uma frequência inferior a 3 sessões de treino semanais parece claramente insuficiente; A fadiga provocada pelo treino, implica uma incapacidade de adaptação, com consequente queda de desempenho e efeitos psicológicos de desmotivação e tendência para o abandono da modalidade. É aquele que impõe, como ponto essencial, que o treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da performance desportiva; Esses requisitos podem ser em termos de: Qualidade física; Sistema energético; Segmento corporal; Coordenações utilizadas. O movimento aprendido fica armazenado no néocortex sob forma de engrama, que consiste num determinado padrão de ligação entre os neurônios; O engrama, que é sempre utilizado, fica cada vez mais nítido e forte, ao passo que aquele que não é utilizado se enfraquece e pode até se extinguir; Assim se um gesto esportivo for constantemente repetido, seu engrama ficará mais forte, a ponto de permitir a execução do gesto de forma quase reflexa. Todos os benefícios orgânicos adquiridos em vários meses de treinamento podem ser perdidos em poucas semanas após assumir hábitos sedentários; Esses benefícios se perdem parcialmente em três semanas e totalmente em dez semanas; Todas as alterações do organismo adquiridas através do treino têm uma duração definida; Significa que são transitórias e necessitam de um trabalho contínuo de solicitação para se manterem. A multilateralidade diz respeito a todos os fatoresdo desempenho desportivo, às capacidades motoras, à habilidade técnica e ao saber tático e às qualidades psíquicas; Com o respeito por este princípio pretende- se cumprir os seguintes objetivos: Objetivos: Promover o fortalecimento de todos os grupos musculares do corpo; Impor uma solicitação equilibrada das várias capacidades físicas; Promover uma relação coerente entre aperfeiçoamento técnico e desenvolvimento das capacidades motoras; Evitar a monotonia das cargas de treino sempre iguais (estagnação) ou sobretreino; Obter do atleta a máxima capacidade de suportar a carga de treino. Obs.: A multilateralidade surge como uma das regras básicas do treino no atleta jovem, sendo considerada como uma condição necessária para uma formação desportiva adequada. Acompanhar toda a sua evolução, através de avaliações constantes e periódicas. Aparelho Cardiocirculatório FC (basal, esforços, sub-máxima, máxima). Aparelho Locomotor: Exame Biométrico (peso, altura, comprimento dos MMSS e MMII, perímetros, etc.); Articulações (estabilidade e flexibilidade); Músculos (fibras, força, velocidade, potência). Obs.: A técnica perfeita ao lado de um treinamento bem programado leva a grandes vitórias, sem a presença das temíveis lesões atléticas típicas.
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