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Programa de Especialização Profissional Especialização em Mineração Operações de Beneficiamento Programa de Especialização Profissional PROCESSOS DE Curso de Especialização em Sistemas Mínero-Metalúrgicos CONCENTRAÇÃO Maria Lúcia Magalhães de Oliveira Maio 2008 Programa de Especialização Profissional � O uso de processos gravíticos para a recuperação de ouro era praticado pelos egípcios 400 anos antes de Cristo. � 1943 – Espiral de Humpherys � 1980 – Concentrador Centrífugo Geralmente, a Concentração Gravítica é utilizada no tratamento de partículas grossas, porém em alguns casos podem ser partículas INTRODUÇÃO partículas grossas, porém em alguns casos podem ser partículas abaixo de 50 µm. A densidade das partículas é bastante variável podendo tratar de minerais como a galena (d=7,5 t/m3) até o carvão (d=1,3 t/m3). Densidades: Hematita � 5,011 t/m3 Quartzo � 2,650 t/m3 Programa de Especialização Profissional A CONCENTRAÇÃO GRAVÍTICA pode ser definida como um processo no qual partículas de diferentes densidades, tamanhos e formas são separadas uma das outras por ação da força de gravidade e/ou centrífuga Mecanismos elementar � movimento das partículas em meio fluido Suponhamos 3 esferas do mesmo material, ou seja, com a mesma densidade, e diâmetros d , d e d d2d1 d3 INTRODUÇÃO densidade, e diâmetros d1, d2 e d3 colocadas na superfície de um tanque cheio de líquido em repouso. Considerando as leis do movimento de queda livre, após os respectivos tempos de aceleração cada esfera terá atingido a respectiva velocidade máxima, proporcional à massa. Em um dado instante, elas se encontrarão em diferentes níveis N1, N2 e N3. N1 N2 N3 Programa de Especialização Profissional Suponhamos que as esferas agora estejam em um canal onde existam correntes líquidas definidas pela velocidade horizontal. Ocorrerão dois movimentos: o de queda e o de arrastamento pela corrente líquida que, para efeito de simplificação, consideramos iguais para as 3 esferas que atingem a mesma velocidade horizontal. A trajetória das esferas será, portanto, parabólica. A separação das esferas em 3 fluxos será função do d INTRODUÇÃO 3 fluxos será função do distanciamento na vertical que, por sua vez, depende da massa de cada uma das esferas, uma vez que se supôs que a componente horizontal é a mesma para as três partículas. d2 d1 d3 d2d1 d3 A B C Programa de Especialização Profissional Suponhamos que as esferas agora estejam em uma coluna hidráulica que recebe uma corrente líquida pela sua parte inferior de forma a produzir uma velocidade vertical ascendente. As partículas com velocidade de sedimentação menor que a da corrente ascendente são arrastadas e saem da coluna pela parte superior. As partículas de velocidade maior que a da corrente ascendente se depositam no fundo da coluna por d2 d1 d3 INTRODUÇÃO depositam no fundo da coluna por onde são extraídas. As partículas que têm velocidade de sedimentação igual a da corrente ascendente tendem a permanecer em suspensão, enquanto o equilíbrio for mantido. d2 d1 d3 A separação é, portanto, função da velocidade de queda das partículas Programa de Especialização Profissional Consideremos agora partículas de densidades e tamanhos diferentes, que é o caso típico do processamento mineral. Partículas de igual sedimentação são aquelas que atingem a mesma velocidade terminal no fluido em iguais condições de forças. Partículas de duas diferentes espécies minerais, com densidades ρ1 e ρ2, têm igual sedimentação se: ( ) ( )mm ρρρρρρ −⋅=−⋅ 2211 INTRODUÇÃO Onde: Densidade do meio diâmetro equivalente da partícula 1 diâmetro equivalente da partícula 2 1,0 ≥ m ≥ 0,5 (1 � Newton; 0,5 � Stokes) ( ) ( ) ll ρρρρρρ −⋅=−⋅ 2211 = l ρ =1ρ =2ρ Quanto maior a razão de separação Rs mais fácil será a concentração da espécie 1 em relação à espécie 2. ( ) ( ) l l ρρ ρρ − − = 2 1Rs Programa de Especialização Profissional Os mecanismos que são identificados como responsáveis no processo de concentração gravítica são � aceleração diferencial, � sedimentação retardada, � consolidação intersticial, MECANISMOS � consolidação intersticial, � velocidade diferencial em escoamento laminar, � potencial de energia e � ação das forças cisalhantes Programa de Especialização Profissional ACELERAÇÃO DIFERENCIAL Nos concentradores gravíticos, a distância percorrida por uma partícula, sem que o seu percurso seja alterado ou interrompido por outras partículas ou por uma superfície, é muito pequena. As partículas sofrem, portanto, acelerações e desacelerações. A equação de movimento de uma partícula sedimentada em fluido viscoso é: dv MECANISMOS Rgmgm dt dv mam −⋅−⋅=⋅=⋅ ' Onde: m = massa da partícula a = aceleração g = aceleração da gravidade m’ = massa do fluido deslocado R = resistência do fluido ao movimento da partícula Programa de Especialização Profissional ACELERAÇÃO DIFERENCIAL A aceleração inicial ocorre quanto a v = 0. R, que também depende de v, pode ser considerada desprezível. Desde que a partícula e o fluido deslocado tenham o mesmo volume, tem-se: dv ρ MECANISMOS g dt dv p ⋅ −= ρ ρ l1 Onde: ρl = densidade do fluido ρp = densidade da partícula Programa de Especialização Profissional ACELERAÇÃO DIFERENCIAL A aceleração inicial das partículas minerais é independente do tamanho e depende somente das densidades dos sólidos e do fluido. Se a duração da queda é bastante curta e freqüente, a distância total percorrida pelas partículas será mais afetada pela aceleração diferencial inicial (e pela densidade) do que pela velocidade terminal (e pelo MECANISMOS inicial (e pela densidade) do que pela velocidade terminal (e pelo tamanho). T = 0 T = muito curto Leve Pesado Programa de Especialização Profissional SEDIMENTAÇÃO IMPEDIDA Aumento da concentração de partículas na polpa � aumenta o número de colisões � As trajetórias são influenciadas entre si e pelo deslocamento da água através dos espaços � velocidade terminal de sedimentação menor ρp = densidade da polpa da = tamanho da partícula (a) db = tamanho da partícula (b) − − == pa pb b a QR d d RS ρρ ρρ MECANISMOS Esta razão de sedimentação é sempre maior do que a de queda livre e quanto mais densa for a polpa, maior será a razão do diâmetro de partículas com velocidades terminais iguais. Por este mecanismo, as partículas maiores e as mais pesadas irão se depositar primeiro T = 0 T = muito curto Leve Pesado Programa de Especialização Profissional CONSOLIDAÇÃO INTERSTICIAL Partículas de diferentes tamanhos ou densidades percorrem distâncias diferentes num curto período de tempo. As partículas grossas se depositam primeiro, deixando entre si espaços vazios (interstícios) que serão percorridos por partículas menores até que fiquem retidas nestes interstícios. MECANISMOS Início Fim Leve Pesado Programa de Especialização Profissional VELOCIDADE DIFERENCIAL EM ESCOAMENTO LAMINAR O movimento de partículas em escoamento livre e laminar é afetado por: � inclinação da superfície onde ocorre o movimento � espessura da camada de fluido � coeficiente de atrito entre as partículas e a superfície de escoamento � densidade e forma das partículas MECANISMOS � densidade e forma das partículas � rugosidade da superfície. Durante o escoamento, as partículas ficam sujeitas a um gradiente de velocidades que varia de zero na superfície até um valor máximo próximo à interface fluido/ar. As partículas pesadas maiores chegam à superfície mais rapidamente que as leves menores. Se a superfície for horizontal, a força da gravidade manterá a partícula estática sobre a mesma. Caso seja inclinada, a força da gravidade irá auxiliar no movimento da partícula sobre a superfície Programa de Especialização Profissional VELOCIDADE DIFERENCIAL EM ESCOAMENTO LAMINAR Forças que atuam sobre as partículas: � fluxo de água no sentido do fluxo, sobre a seção transversal da partícula � resistênciado fluido ao movimento da partícula, no sentido oposto A força resultante depende da forma das partículas Partículas irregulares e placóides � posições de maior estabilidade, implicando que a menor seção transversal fique exposta ao movimento MECANISMOS implicando que a menor seção transversal fique exposta ao movimento do fluido � probabilidade menor de se deslocarem dando voltas sobre si mesmas (movimento de rolamento). O deslizamento ou rolamento sobre uma superfície lisa e inclinada dependerá do ângulo de inclinação da superfície. Existe um valor, denominado ângulo crítico, abaixo do qual não ocorre o movimento de deslizamento. O valor do ângulo crítico é função da densidade e do tamanho da partícula, da espessura do filme de fluido e do coeficiente de atrito entre a partícula e a superfície Programa de Especialização Profissional VELOCIDADE DIFERENCIAL EM ESCOAMENTO LAMINAR O efeito combinado do plano inclinado com a velocidade do fluxo será suficiente para manter todas as partículas movimentando-se sobre a superfície. O rearranjo entre elas será de partículas finas e pesadas, seguindo-se partículas grossas e pesadas com finas e leves e, por fim, partículas grossas e leves. Comparando-se partículas de mesma massa e de diferentes formas, o arranjo final, no sentido do fluxo, será dado por partículas placóides, seguidas das partículas cúbicas e, por último, MECANISMOS partículas placóides, seguidas das partículas cúbicas e, por último, estariam as arredondadas que por rolarem irão parar mais distante do ponto de descarga Leve Pesado Programa de Especialização Profissional FORÇAS DE CISALHAMENTO “Se uma suspensão de partículas é submetida a um cisalhamento contínuo, há uma tendência ao desenvolvimento de pressões através do plano de cisalhamento e perpendicular a este plano, podendo resultar na segregação da partículas.” O esforço de cisalhamento pode surgir de uma polpa fluindo sobre uma superfície inclinada, ou ser produzido por um movimento da superfície sob a polpa, ou ainda da combinação dos dois. MECANISMOS Leve Pesado superfície sob a polpa, ou ainda da combinação dos dois. Efeito resultante: proporcional a d2 e decrescente com o aumento da ρρρρ � Estratificação das partículas: grossas leves na parte superior, seguido das finas leves e grossas pesadas e, finalmente, com as finas pesadas junto à superfície do plano. Oposta à da sedimentação retardada Programa de Especialização Profissional CRITÉRIO DE CONCENTRAÇÃO Critério de concentração (CC) TAGGART (1945) aplicado à separação de dois minerais em água é definido por pD CC ρρ ρρ − − = MECANISMOS ρD = densidade do mineral mais denso ρd = densidade do mineral menos denso ρp = densidade da polpa pd ρρ − Programa de Especialização Profissional CRITÉRIO DE CONCENTRAÇÃO Partículas com diferentes formas � multiplicar pelo fator de forma FRF Onde: FSP e FSL = fatores de sedimentação dos minerais pesados e leves. L P FS FS FRP = MECANISMOS Fator de sedimentação � razão entre as velocidades terminais de sedimentação de 2 partículas do mesmo mineral e de mesmo tamanho, porém com formas diferentes, sendo uma delas a que se deseja o fator de sedimentação e a outra esférica. �VP e VL = Velocidade terminal de partículas pesada e leve �VP(esf) e VL(esf) = Velocidade terminal de partículas esféricas )()( esfL L P esfP P P V V FSe V V FS == Programa de Especialização Profissional Critério de concentração CC > 2,5 � separação relativamente fácil CC Significado > 2,5 Separação eficiente até 200 malhas (74 µm) 2,5 – 1,75 Separação eficiente até 100 malhas (149 µm) MECANISMOS 1,75 – 1,50 Separação possível até 10 malhas (2 mm), porém difícil 1,70 – 1,20 Separação possível até ¼”, porém difícil 43,2 165,2 1011,5 =⇒ − − = − − = CCCC pd pD ρρ ρρCritério de concentração Hematita - Quartzo Equipamentos operando por ação da gravidade. Para equipamentos baseados na força centrífuga os limites podem ser significativamente diferentes Programa de Especialização Profissional Separação em meio denso Métodos gravíticos Estática Dinâmica Correntes verticais MÉTODOS gravíticos ou densitários Separação em correntes Correntes longitudinais Correntes Oscilátórias Escamento laminar Escamento em calhas Programa de Especialização Profissional � Separação em Meio denso � Jigagem � Calhas Simples � Concentração em Calhas Estranguladas MÉTODOS � Concentração em Espiral � Mesa Vibratória � Recuperação de Finos Programa de Especialização Profissional SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO Processo de separação em meio denso � líquidos orgânicos, soluções de sais inorgânicos ou, ainda, de uma suspensão estável de densidade pré-determinada. Suspensão � sistema heterogêneo constituído de um sólido insolúvel disperso em água � comportamento de um líquido. Suspensões mais utilizadas � constituídas de finos de magnetita ou de ferro silício. Densidade do meio denso � intermediária entre as das espécies minerais a serem separadas, de maneira que os minerais com densidade inferior flutuem, e aqueles com densidade superior afundem. O processo de separação em meio denso é mais aplicado para partículas grossas acima de 28 malhas (0,6 mm). Programa de Especialização Profissional SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO As principais características de um meio denso ideal são: � dureza elevada - para evitar a degradação das partículas � reduzir a geração de finos � prevenir o aumento da viscosidade da polpa; � estabilidade química � apresentar resistência à corrosão e não reagir com os minerais em estudo; � densidade elevada � para atingir a densidade de separação dos minerais, tendo o meio denso viscosidade aceitável do ponto de vista operacional;tendo o meio denso viscosidade aceitável do ponto de vista operacional; � recuperação fácil - propriedades � recuperação do sólido e reutilização; � estabilidade de suspensão� deve formar uma polpa estável; � granulometria � distribuição granulométrica tal que seja mantida a viscosidade do meio em níveis aceitáveis, do ponto de vista operacional. � grãos arredondados � é aconselhável a utilização de materiais com grãos arredondados, visto que os grãos angulosos diminuem a fluidez do meio e se degradam com mais facilidade. Programa de Especialização Profissional SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO A separação em meio denso é dividida em dois métodos básicos: � Estático � suspensões onde atuam somente forças gravitacionais � tamanhos de partícula entre 150 e 3 mm � Dinâmico � caracterizada pelo uso de separadores que empregam forças centrífugas � separadores centrífugos � tamanho partícula entre 50 e 1,0 mm. Forças atuantesForças atuantes � Separadora: gravitacional e/ou centrífuga � Contrária: resistência ao cisalhamento viscoso Mecanismo de separação � FORÇAS DE CISALHAMENTO Programa de Especialização Profissional SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO ���� EQUIPAMENTOS � Estáticos: Cone, Tambor, Teska, Drewboy e Norwalt Esses equipamentos têm ampla aplicação na concentração de carvão � consistem basicamente de recipientes de diversas formas, onde são introduzidos a alimentação e o meio denso. O produto flutuado é removido por transbordo ou com a ajuda de pás. Aflutuado é removido por transbordo ou com a ajuda de pás. A remoção do produto afundado é um pouco mais difícil, podendo ser feita por meios pneumáticos, bombeamento, elevadores de caçambas de chapas perfuradas, sistemas de arraste etc. � Devido à ampla aplicação da separação em meio denso, especialmente no beneficiamento de carvões com granulometria grossa, o número de fabricantes e modelos disponíveis é muito expressivo. Segundo Campos, 74 tipos de equipamentos são ou já foram usados, pela indústria mineral ou carbonífera. Programa de Especialização Profissional SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO ���� EQUIPAMENTOS � Os separadores de tambor são indicados para alimentações com grande quantidade de minerais pesados podendo ser utilizados para pré-concentração de minérios amplamente utilizados nobeneficiamento de minérios metálicos e não metálicos, com granulometria de granulometria de alimentação variando de 5 a 300 mm. Tambor cilíndrico rotativo, provido de elevadores (ressaltos) que são fixados na parede interna do tambor � remover, continuamente do circuito, o produto afundado durante a separação. O produto flutuado sai por transbordo em um vertedouro localizado na extremidade oposta à alimentação. Programa de Especialização Profissional SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO ���� EQUIPAMENTOS � Separador de tambor pode ser usado para obtenção de dois ou três produtos� constituídos de dois compartimentos de separação operando independentemente um do outro. O produto afundado em uma densidade menor, no primeiro compartimento, alimenta o segundo compartimento onde a compartimento onde a densidade de separação é mais alta. Do primeiro compartimento sai o produto leve (flutuado) e do segundo compartimento saem os produtos pesado (afundado) e misto Vários tamanhos, até 4,3 m de diâmetro por 6 m de comprimento, com capacidade máxima de 450 t/h. Programa de Especialização Profissional SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO ���� EQUIPAMENTOS � Dinâmicos: Ciclone, Dynawhilpool, Triflow A elevada força centrífuga possibilita a separação de partículas com granulometria mais finas do que por outro métodos gravíticos. A atuação de forças de cisalhamento dentro dos ciclones Ciclones de meio denso A alimentação não deve conter partículas abaixo de 0,5 mm, para evitar a contaminação do meio denso, com esta fração fina, minimizando, assim as perdas do meio no processo. de cisalhamento dentro dos ciclones permite a utilização de partículas mais finas de ferro-silício ou magnetita na constituição do meio denso, o que é essencial para estabilidade da suspensão durante o processo de separação. Programa de Especialização Profissional O princípio de operação é bastante similar ao ciclone convencional de classificação. A alimentação e o meio denso são introduzidos, tangencialmente e sob pressão no ciclone, o qual idealmente é SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO ���� EQUIPAMENTOS Ciclones de meio denso ciclone, o qual idealmente é instalado em posição inclinada, possibilitando que a alimentação seja feita por gravidade, de uma determinada altura manométrica. Os produtos pesados movem-se ao longo da parede do ciclone e são descarregados no apex, underflow, enquanto que os leves, overflow, se descarregam no vortex finder. O meio denso forma um gradiente de densidade dentro do ciclone, que aumenta no sentido do centro para a parede interna do ciclone Programa de Especialização Profissional SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO ���� EQUIPAMENTOS Consiste de um cilindro de comprimento e diâmetro definidos, com aberturas nas extremidades sob forma de tubos, por onde são feitas a alimentação do minério e a descarga do flutuado. Existem ainda dois tubos laterais localizados nas partes inferior e superior do cilindro, que permitem a entrada Dynawhilpool � menor degradação dos produtos da separação � menor desgaste operacional do equipamento � bom desempenho de separação � custos operacionais mais baixos do cilindro, que permitem a entrada tangencial do meio denso e a descarga do afundado, respectivamente. A capacidade do DWP é de até 100 t/h Vantagens: Programa de Especialização Profissional SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO ���� EQUIPAMENTOS A forma tangencial de entrada do meio denso na parte inferior e lateral do aparelho propicia a formação de um vortex ascendente ao longo de todo o comprimento do aparelho, cuja descarga pela abertura tangencial lateral superior, contem o produto pesado (afundado) da separação. As partículas leves da alimentação não chegam a penetrar no vortex Dynawhilpool As partículas leves da alimentação não chegam a penetrar no vortex ascendente de meio denso, percorrendo, assim, a sua face interna e sendo descarregadas com o meio denso na extremidade inferior As partículas pesadas da alimentação penetram no vortex ascendente em direção à parede interna do cilindro e são logo descarregadas na abertura lateral superior com parte do meio denso. Somente as partículas de densidades próximas à do meio denso, é que entram em contato com as paredes internas do cilindro por um tempo mais prolongado. Programa de Especialização Profissional SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO ���� EQUIPAMENTOS No Brasil, esse equipamento é utilizado no beneficiamento de minérios de diamante, bauxita refratária, fluorita, dentre outros. Foi usado intensamente na ICOMI, com finos de minério de manganês e na Cia. Mineira de Metais, com minério oxidado de zinco. Dynawhilpool Variáveis operacionais: � pressão de alimentação do meio denso; � pressão de descarga do afundado e � inclinação do equipamento. Capacidade de até 100 t/h. Programa de Especialização Profissional SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO ���� EQUIPAMENTOS Consiste basicamente de dois DWP acoplados e é utilizado nas operações de beneficiamento de carvão, minerais metálicos e não metálicos. A entrada de meio denso e a saída da fração pesada são em forma de voluta. Esta forma de entrada de Tri-Flo voluta. Esta forma de entrada de alimentação produz menos turbulência do que a tangencial usada no DWP. Este separador opera em dois estágios. O produto flutuado que sai do primeiro estágio é retratado no segundo, com a mesma densidade do meio ou em densidade diferente. Programa de Especialização Profissional SEPARAÇÃO EM MEIO DENSO ���� EQUIPAMENTOS A separação resulta em três produtos, podendo ser usadas para obtenção de concentrado, misto e rejeito. O misto obtido, dependendo da situação, pode ser cominuído, deslamado e retornar ao mesmo circuito, ou ser tratado em um circuito separada. No caso de tratamento de minerais metálicos, o segundo estágio de Tri-Flo No caso de tratamento de minerais metálicos, o segundo estágio de separação funciona como estágio scavenger, aumentando assim a recuperação global no circuito. O segundo produto (concentrado scavenger) pode ser, ainda, rebritado e após deslamagem, retornar também ao circuito. São normalmente fabricados em quatro tamanhos variando de 250 a 500 mm de diâmetro, com capacidade de 15 a 90 t/h, respectivamente. Programa de Especialização Profissional JIGAGEM O processo de jigagem é provavelmente o método gravítico de concentração mais complexo, por causa de suas contínuas variações hidrodinâmicas. Nesse processo, a separação dos minerais de densidades diferentes é realizada em leito dilatado por uma corrente pulsante de água, produzindo a estratificação dos minerais. Programa de Especialização Profissional JIGAGEM O princípio da jigagem pode ser ilustrado colocando uma peneira contendo aproximadamente 1 cm de partículas minerais heterogêneas, imersa em um tanque com água.tanque com água. O movimento de oscilação da peneira propiciará uma estratificação das partículas formando um leito com as partículas mais pesadas na parte inferior e as mais leves por cima Programa de Especialização Profissional JIGAGEM Mecanismos � Sedimentação retardada, aceleração diferencial e consolidação intersticial. A estratificação durante o período em que o leito esta expandido é essencialmente controlada pela classificação por queda retardada, modificada pela aceleração diferencial, responsáveis por colocarem os grãos finos/leves em cima e os grossos/pesados no fundo do leito. Durante o período em que o leito está fechado, a estratificação é controlada pela consolidação intersticial. Os efeitos de impulsão e sucção, se ajustados adequadamente, devem resultar em uma estratificação quase perfeita,adequadamente, devem resultar em uma estratificação quase perfeita, seguindo a densidade dos minerais. (A): Pulso (B): Aceleração Diferencial Leve Pesado A B C D (C): Sedimentação Retardada (D): Consolidação Intersticial Programa de Especialização Profissional Os jigues se diferem pela geometria, acionamento, e outros detalhes construtivos. Apesar desta enorme variedade de jigues poderíamos dizer que eles se compõemdos seguintes elementos básicos: JIGAGEM � Uma caixa fixa, a arca, onde no seu interior o meio fluido sofre o movimento de impulsão e sucção. (A) � Um crivo, para manter o leito. (B) C F � Um crivo, para manter o leito. (B) � Um mecanismo de acionamento, geralmente composto de motor, pistão, sistema de lubrificação, etc. (F), (C). � Um sistema de descarga do flutuado e do afundado. (D) � Um dispositivo de adição de água na arca do jigue. (E) A A B E D Programa de Especialização Profissional Vários fatores exercem influência na estratificação obtida num jigue: JIGAGEM �tipo de leito, �distribuição do minério, �frequência, �amplitude A alimentação do jigue deve ser distribuída uniformemente ao longo de toda a área. Quanto menores forem as variações de taxa de alimentação do jigue menor será a instabilidade de desempenho.do jigue menor será a instabilidade de desempenho. Há jigues com diferentes tipos de impulsão e sucção no que se refere à sua frequência e amplitude determinadas para cada caso específico de minério. Frequências mais elevadas com menores amplitudes � melhores resultados com partículas finas. Alguns tipos de jigues apresentam mecanismos que possibilitam a rápida variação destes parâmetros fornecendo um melhor controle operacional. Maiores frequências e amplitudes acarretam maior capacidade do jigue, mas, geralmente, prejudicam o efeito de estratificação Programa de Especialização Profissional Há dois tipos de água adicionada ao processo de jigagem: JIGAGEM � Água de topo � adicionada na caixa de alimentação e que serve para manter o material numa desejada diluição. � Água de arca, adicionada sob o crivo, controla a quantidade de finos succionada para a arca. � Um menor volume de água de arca aumenta a capacidade de sucção, aumentando a eficiência da concentração de finos.sucção, aumentando a eficiência da concentração de finos. � A água de arca serve para evitar a drenagem de toda a água contida na alimentação, mantendo o leito sob a camada de líquido. � Contribui para aumentar a impulsão e reduzir o efeito de sucção no jigue. Programa de Especialização Profissional Os leitos utilizados na jigagem podem ser de bolas de aço, de ferro, de minério bitolado, de minério ou material com densidade intermediária. JIGAGEM � O leito deve ter partículas com dimensões aproximadas de 2 vezes a abertura do crivo de forma a evitar o entupimento o leito � Um leito com partículas muito grandes poderá não se deslocar quando sofrer impulso ascendente anulando o efeito de jigagem. � A utilização de diferentes tamanhos de partículas no leito diminui a porosidade resultando um concentrado de arca mais fino. � A altura do leito, quando muito pequena, pode acarretar um efeito de turbulência que perturba o movimento alternado de impulsão e sucção. � De modo geral quanto mais fina é a alimentação mais espessa é a camada do leito, variando de 2 camadas até 7 a 10 camadas para o caso do carvão Programa de Especialização Profissional Abertura do crivo � 3 vezes o tamanho da partícula do minério a ser concentrado, para evitar entupimento das aberturas. Formas da abertura � retangulares, oblongas e circulares, que são as mais usadas. Materiais � chapas de aço, borracha ou poliuretano. Forma da partícula a ser estratificada é muito importante para uma boa separação. JIGAGEM boa separação. Partículas de forma lamelar têm tendência a permanecer no terço superior por apresentarem maior resistência ao movimento do fluido, e, prejudicam a recuperação metalúrgica quando for do mineral que se pretende concentrar. O jigue é um aparelho que obtém melhores resultados quando trata minério de estreita faixa granulométrica. Ele é utilizado para minérios entre 125 e 1 mm, com melhor performance em frações grossas. Programa de Especialização Profissional Os jigues são classificados de acordo com a maneira pela qual se efetua a dilatação do leito. Jigues de tela móvel � mais antigos (a caixa do jigue move-se em tanque estacionário de água). Jigues de tela (ou crivo) fixa, nos quais a água que é submetida ao movimento. São subclassificados segundo o mecanismo de impulsão: JIGAGEM � Pistão �nos quais o movimento de pulsação é produzido por um� Pistão �nos quais o movimento de pulsação é produzido por um pistão emborcado num tanque de água � Diafragma �nos quais as pulsações são produzidas por movimentos alternados de uma parede elástica do próprio tanque; � Pulsadores �nos quais as pulsações são produzidas por jatos descontínuos periódicos da água ou do ar. Programa de Especialização Profissional Quanto ao dispositivo de descarga os jigues de crivo fixo podem ser divididos em: JIGAGEM � Crivo fechado � o concentrado do mineral mais denso fica todo retido sobre o crivo: � Crivo aberto � onde o concentrado passa através do crivo. Existe ainda um tipo misto de jigue, onde somente as partículas mais finas do concentrado podem passar através do crivo (jigue Cooley).finas do concentrado podem passar através do crivo (jigue Cooley). As variações entre os diversos modelos de jigue industriais disponíveis são devidas aos métodos utilizados para promover a pulsação da água e descarregar a fração contendo os minerais mais densos. Programa de Especialização Profissional No jigue tipo Denver o impulso da água é causado pelo movimento recíproco de um êmbulo com borda selada por uma membrana flexível que permite o movimento vertical sem que haja passagem da água pelos flancos do mesmo. Este movimento se faz em um compartimento adjacente á câmara de trabalho do jigue e resulta da ação de um eixo excêntrico. Existe uma válvula rotativa comandada pelo excêntrico que só dá passagem à entrada de água JIGAGEM excêntrico que só dá passagem à entrada de água na câmara durante o movimento de ascensão do diafragma, ou seja, atenua o período de sucção do leito, melhorando as condições para que haja a sedimentação retardada das partículas através de um leito menos compactado. Para minérios com finos valiosos, a recuperação dependerá de um período de sucção (consolidação intersticial) acentuado. As chances de se obter um concentrado mais impuro aumentam, uma vez que as partículas finas e leves passam a ter maior oportunidade de um movimento descendente intersticial. Programa de Especialização Profissional Posteriormente foi desenvolvido do jigue de Baum usando a pressão de ar gerar as pulsações da água. A eficiência é maior uma vez que é possível obter pulsos mais amplos. JIGAGEM O Jigue de Batac é uma modificação do de Baum e usa câmaras de ar múltiplas sob a tela. É atualmente o jigue mais utilizado na etapa cleaner do processamento de carvão. Programa de Especialização Profissional O jigue trapezoidal, para a mesma capacidade de alimentação, ocupa menos espaço que o convencional, de forma quadrangular. O material é alimentado no centro e caminha para a periferia. Permite a concentração de material com faixa granulométrica mais ampla que as usuais. Se as câmaras do jigue pulsarem alternadamente, os jigues devem ser independentes uns dos outros para que não se formem ondas na superfície. JIGAGEM Programa de Especialização Profissional Métodos para remoção das fração mais densa: � Acima da tela quando sua abertura é menor do que o tamanho de partícula mineral, permitindo a descarga dessa fração em uma calha, enquanto a fração leve descarrega por overflow em outra calha. � Abaixo da tela quando sua abertura é maior do que as partículas minerais densas, que podem então cair na calha de onde podem ser descarregadas através de um transportador espiral ou outro dispositivo mecânico apropriado JIGAGEM Nesse último tipo de descarga uma camada de partículas grandes de maior tamanho deve ser mantida sobre a tela. Essa camada deve ser grande o suficiente para não ser afetada pelo pulso de água e ter densidade das partículas maior que a densidade da fase densa do minério. Não deve haver alteração no fluxo de água de processo, pois perturba as condições de concentraçãono leito do jigue. É recomendável que as tubulações de água de processo para cada jigue, ou mesmo para cada câmara do jigue, sejam alimentadas separadamente a partir de um reservatório de água, por gravidade. Programa de Especialização Profissional ESPIRAL A espiral consiste de um canal helicoidal cilíndrico com seção transversal semi circular modificada. No topo existe uma caixa destinada a receber a alimentação em forma de polpa. A medida que ela se escoa, as partículas mais pesadas se encontram numa faixa ao longo do lado interno do fluxo da polpa e são removidos por aberturas localizadas na parte mais baixa de sua seção transversal. Existem duas aberturas para cada volta da espiral. Estas aberturas são providas de um Cada abertura é conectada a um tubo coletor central, através de mangueiras de tal forma que se juntam os materiais recolhidos nas varias aberturas num único produto. No terminal inferior do canal existe uma caixa destinada - a recolher os minerais leves que não são recolhidos pelas aberturas. espiral. Estas aberturas são providas de um dispositivo que permite guiar os minerais pesados para se obter a separação desejada, através de conveniente regulagem. Programa de Especialização Profissional ESPIRAL Programa de Especialização Profissional ESPIRAL O princípio de funcionamento da espiral é uma combinação de queda retardada e consolidação intersticial. Na espiral, os minerais se depositam conforme seus tamanhos, forma e densidades. Partículas de maior peso específico depositam-se quase que imediatamente. Em contato com a superfície do canal ou próximo dela, são aprisionadas por uma película de fluido aderente à superfície. Esta película se move com velocidade muito menor que a restante da corrente fluida que contém os minerais leves e pequenos que não se depositaram.minerais leves e pequenos que não se depositaram. A polpa se divide em duas partes: a película fluida contendo os minerais predominantemente grossos e pesados e o restante da corrente, contendo os minerais pequenos e leves e quase toda a água. A película fluida praticamente não terá sua trajetória influenciada pela ação centrífuga e se moverá lentamente para o interior do canal onde será removida. O restante da corrente fluida, livre da ação do atrito com a superfície do canal, desenvolve uma velocidade várias vezes maior, sendo lançada contra a parte externa do canal, pela ação "centrífuga". A diferença das forças "centrífugas", causa uma rotação transversal da corrente agindo no sentido de remover os minerais pesados em direção às aberturas e os minerais leves para o interior da corrente. Programa de Especialização Profissional Água de lavagem: é adicionada transversalmente à corrente logo após cada abertura onde se recolhem os minerais pesados Finalidade: suprir a polpa da parcela de água que se perde nas aberturas e devolver à corrente fluida as partículas não recolhidas, para que sejam reclassificadas. ESPIRAL Quando a espiral é alimentada, a velocidade da polpa varia de zero na superfície do canal até um valor máximo na interface com o ar, devidosuperfície do canal até um valor máximo na interface com o ar, devido ao escoamento laminar. O resultado final é que no plano vertical, os minerais pesados estratificam-se na superfície do canal, com baixa velocidade, e os minerais leves tendem a estratificar-se na parte superior do fluxo, nas regiões de maiores velocidades. A concentração em espirais acontece rapidamente. Nas duas primeiras voltas pode-se retirar um concentrado puro. O material recolhido pelas aberturas das últimas voltas pode ser retirado separadamente constituindo o produto misto. Programa de Especialização Profissional ESPIRAL Características funcionais das espirais: � A capacidade de sólidos por espiral varia de 0,5 a 2,5 t/h, entretanto a taxa mais comumente utilizada é em torno de 1,5 t/h. A vazão de polpa da alimentação depende das características do minério. Para materiais finos, aconselha-se vazões 50 a 65 L/min, para materiais médios 70 a 90 L/min e para materiais grossos, em torno de 110 L/min. � O consumo de água para cada espiral, incluindo a água de lavagem,� O consumo de água para cada espiral, incluindo a água de lavagem, varia de 50 a 110 L/min. Industrialmente, esta água é normalmente recuperada e recirculada. � A porcentagem de sólidos da alimentação tem efeito secundário no desempenho das espirais. Polpas contendo sólidos de granulometria grossa podem ter até 50% de sólidos. Usualmente polpas contendo 20 a 30% de sólidos constituem a média das alimentações. Programa de Especialização Profissional ESPIRAL � Limites granulométricos dos minerais pesados � 8 a 200 malhas. � Limites granulométricos dos minerais de baixo peso especifico não é crítico, podendo variar até 4 malhas sem prejuízo do desempenho. Uma quantidade de lama moderada não chega a prejudicar a eficiência,sendo necessário deslamagem prévia somente se houver quantidade excessiva de lamas. Quando mais larga for a faixa granulométrica, menor será a eficiência. A eficiência da espiral normalmente decresce para granulometrias abaixo de 200 malhas. Programa de Especialização Profissional ESPIRAL Características funcionais das espirais: � A diferença de pesos específicos entre os minerais úteis e os minerais de ganga deve ser sempre maior que 1,0 para que se obtenha uma concentração satisfatória. A eficiência tende a crescer com o aumento dos pesos específicos dos minerais pesados. Entretanto, não é verificada a separação de dois ou mais minerais pesados, mesmo que a diferença entre seus pesos específicos seja grande. � A forma ou tamanho das partículas, entretanto, pode influenciar de tal forma a concentração que em certos casos, mesmo para minerais de pesosforma a concentração que em certos casos, mesmo para minerais de pesos específicos muito próximos pode se obter boa separação. Como exemplo pode-se citar a separação de micas e vermiculitas de outros minerais de ganga como quartzo, feldspato, epidoto. � Uma instalação de espirais deve trabalhar com uma carga de misto recirculante. Esta carga pode representar até 20% da alimentação nova. � A concentração em espirais pode ser realizada por estágios, sendo um de desbaste seguido de tantos estágios de limpeza quantos forem necessários. Para minérios metálicos normalmente se retira no estágio de desbaste um rejeito final e um pré-concentrado que vai alimentar os estágios de limpeza. Programa de Especialização Profissional CALHA SIMPLES Na Calha Riflada Simples o material que acumula entre os rifles, se mantém neste espaço em estado de sedimentação retardada e consolidação intersticial pelo turbilhonamento da água e, em menor extensão, pela vibração causada pelos seixos rolando por cima dos rifles. Consiste essencialmente de uma canaleta inclinada, feita normalmente de madeira e de seção transversal retangular onde são instalados vários septos ou obstáculos (riffles). Programa de Especialização Profissional No Brasil as calhas não são muito utilizadas nas instalações de empresas de mineração, embora algumas façam uso da calha para o tratamento dos rejeitos gravíticos, possibilitando alguma recuperação adicional de ouro. Nos empreendimentos de garimpeiros, no entanto, sua aplicação (em diversas versões) é mais difundida. Nas barcaças e dragas que operam na Amazônia é comum o emprego de um tipo de calha denominada de “Cobra Fumando”. Como seu comprimento é pequeno (< 3m) é previsível que seja eficiente apenas na recuperação de ouro grosso. CALHA SIMPLES de ouro grosso. As calhas simples são usadas para o beneficiamento de minério com faixa granulométrica muito ampla e onde o mineral valioso é de tamanho médio e grosso. A quantidade de água e a inclinação são reguladas para que os seixos passem, por rolamento, sobre os riffles. O cascalho grosso é transportado ao longo das calhas por deslizamento e rolamento por sobre os riffles, enquanto o cascalho fino move-se em curtos saltos logo acima dos riffles. As areias sedimentam nosespaços entre os riffles. Programa de Especialização Profissional � Retardar o mineral valioso, mais denso, que sedimenta na parte inferior; Variáveis operacionais: � Proporcionar certo turbilhonamento da água para que haja separação mais eficiente entre os minerais com diferentes densidades. � Formar uma cavidade para retê-lo; Rifles: CALHA SIMPLES Variáveis operacionais: � largura; � profundidade; � inclinação; � comprimento (quanto maior este, maior tende a ser a recuperação); � quantidade de água (maior quantidade para minérios finos). Programa de Especialização Profissional É uma pequena calha de paredes convergentes. Em sua forma elementar possui 2 a 3 pés de comprimento, estreitando-se de 9 polegadas de largura no topo, para 1 polegada na descarga. A alimentação é feita pelo topo em polpa contendo 50 a 55% sólidos e se estratifica à medida que desce pela calha. CALHA ESTRANGULADA No extremo da descarga existe uma placa formando pequeno ângulo com a calha,ângulo com a calha, destinada a fazer a polpa se esparramar antes de atingir os cortadores. Estes cortadores interceptam o fluxo já fora da calha e o dividem nos produtos concentrado, médio e rejeito Programa de Especialização Profissional No fluxo descendente da calha estabelece-se um gradiente de velocidade e as partículas mais pesadas se concentram nos níveis inferiores por uma combinação de sedimentação retardada e consolidação intersticial Faixa granulométrica de alimentação � entre 10 e 200 malhas. Capacidades dependem da granulometria do material a ser tratado. Variam de 0,5 t/h para areias finas até 2,0 t/h para areias mais grossas. CALHA ESTRANGULADA Variáveis de operação: � densidade de polpa da alimentação; � posicionamento dos cortadores; � inclinação da calha (em geral entre 16° e 20° com a horizontal) e � orientação da placa. Programa de Especialização Profissional CONCENTRADOR DE CONE REICHERT O elemento básico do concentrador é um cone medindo 2 metros de diâmetro e com inclinação de 17°. O sistema consiste de uma montagem de cones, um sobre o outro, de tal forma que o cone superior fica emborcado exatamente sobre o cone inferior. O cone superior recebe a polpa de uma caixa distribuidora existente no seu topo e a distribui ao redor de sua periferia, alimentando em seguida o(s)periferia, alimentando em seguida o(s) cone(s) inferior(es). O princípio de operação é similar ao de uma calha. Enquanto a polpa flui para o centro do(s) cone(s) inferior(es) ocorre a separação. As partículas mais densas sedimentam-se mais rapidamente e se deslocam no fundo do filme em direção ao centro, onde são removidas por uma abertura anular. As partículas mais leves são arrastadas pela corrente e fluem sobre a abertura, sendo coletadas por um tubo central. A eficiência deste processo é relativamente pequena e para se obter boa separação, a operação deve ser repetida várias vezes, repassando-se o concentrado em outros cones. Programa de Especialização Profissional CONCENTRADOR DE CONE REICHERT � os cones apresentam alta capacidade. Funcionam normalmente com 65 a 90 t/h de sólidos e em casos excepcionais, com 40 a 100 t/h. � operam com polpas de 55% a 70% sólidos. Assim o volume de polpa por tonelagem de alimentação é consideravelmente reduzido quando comparado com sistemas de baixas densidades de polpa; � o consumo de água numa planta depende do teor do minério a ser tratado. Minérios contendo alta porcentagem de minerais pesadostratado. Minérios contendo alta porcentagem de minerais pesados requerem % de sólidos mais baixas e, consequentemente, demandam maiores volumes de água. A quantidade de água varia de 20 a 35 m3/h; � os cones aceitam partículas de até 3 mm, embora os tamanhos ótimos superiores devam ser entre 0,5 e 0,6 mm, e os inferiores entre 0,04 e 0,05 mm. Em casos excepcionais, pode-se obter uma boa concentração com partículas de até 0,02 mm. A presença de lamas na alimentação aumenta a viscosidade da polpa, retardando a separação e reduzindo a eficiência. Programa de Especialização Profissional MESA OSCILATÓRIA As mesas vibratórias são equipamentos de concentração que agem através de superfícies com movimentos acelerados assimétricos, combinados muitas vezes com o princípio de escoamento laminar. Consiste de um deque de madeira revestido com material com alto coeficiente de fricção (borracha ou plástico), parcialmente coberto com ressaltos, inclinado e sujeito a um movimento assimétrico na direção dos ressaltos, por meio de um mecanismo que provoca um aumento da velocidade no sentido da descarga do concentrado e uma reversão súbita no sentido contrário, diminuindo suavemente a velocidade no final do curso. Programa de Especialização Profissional MESA OSCILATÓRIA Programa de Especialização Profissional MESA OSCILATÓRIA Finalidades dos "riffles'': formam cavidades onde ocorre a formação de leito e estratificações por ação semelhante à encontrada na jigagem: abriga as partículas pesadas para transmissão das vibrações e expor a partículas grandes e leves ao fluxo transversal de água de lavagem depois da estratificação. Os "riffles" são feitos de ripas de madeira com 1/4" de largura e 1/2" de espessura pregados sobre a cobertura com pregos de cobre. As extremidades dos rifles correspondentes ao lado de descarga do concentrado são chanfradas e formam sobre a superfície uma linha diagonal que inicia próximo à caixa de alimentação e termina no canto inferior oposto à referidapróximo à caixa de alimentação e termina no canto inferior oposto à referida caixa. Estratificação vertical entre os riffles Arranjo das partículas ao longo dos riffles Programa de Especialização Profissional MESA OSCILATÓRIA Os "riffles" são dispostos paralelos ao eixo longitudinal e deixam após a linha diagonal uma área vazia onde as partículas pequenas são submetidas a uma separação por escoamento laminar para uma limpeza final do concentrado. A inclinação da mesa no sentido transversal ao eixo longitudinal pode ser controlada através de um volante externo, variando de 0 a 3°. A água de lavagem é adicionada na parte superior da mesa, através de uma calha perfurada com sarrafos próximos aos furos para controle da vazão de água. Distribuição de produtos na mesa Programa de Especialização Profissional MESA OSCILATÓRIA A frequência e o curso de oscilação da mesa devem ser ajustados de acordo com a granulometria da alimentação. Para material muito fino utiliza-se alta frequência e pequeno curso e para material grosso, baixa frequência e grande curso. A frequência varia de 150 a 290 ciclos por minuto enquanto que o curso varia de 0,25 a 1,25 polegadas. A mesa oscilatória é empregada há várias décadas, sendo um equipamento disseminado por todo o mundo para a concentração gravítica de minérios e carvão. É considerada de modo geral ogravítica de minérios e carvão. É considerada de modo geral o equipamento mais eficiente para o tratamento de materiais com granulometria fina. Sua limitação é a baixa capacidade de processamento (< 2 t/h), fazendo com que seu uso, particularmente com minérios de aluviões, se restrinja às etapas de limpeza. É um equipamento muito usado na limpeza de concentrado primário ou secundário de minérios de ouro livre e minérios aluvionares. Programa de Especialização Profissional O hidrociclone é projetado para minimizar o efeito de classificação e maximizar a influência da densidade das partículas. Apresenta maior diâmetro e comprimento do vortex finder e com ângulo do ápex bem superior. Quando a polpa é alimentada tangencialmente, sob pressão, um vortex é gerado em torno do eixo longitudinal. A força centrífuga, inversamente proporcional ao raio, é bastante grande perto do vortex e causa a estratificação radial das partículas de diferentes densidades e tamanhos (aceleração diferencial). CICLONE As partículas pesadas são mais sujeitas a ação da força centrífuga se dirigem para a parte superior da parede cônica formaçãoparte superior da parede cônica � formação de um leitopor sedimentação retardada, no qual as partículas leves e grossas situam-se mais para o centro do cone e as finas, por consolidação intersticial, preenchem os espaços entre os minerais pesados e grossos. As partículas grossas e leves e as mistas ou de densidade intermediária são arrastadas para o overflow pelo fluxo aquoso ascendente, enquanto o leito estratificado se aproxima do apex. Programa de Especialização Profissional Os hidrociclones têm no diâmetro da parte cilíndrica sua dimensão característica, relacionada com a sua capacidade. O ângulo do cone, o diâmetro e a altura do vortex finder, e a pressão de alimentação, entre outros, são os parâmetros mais estudados no hidrociclone. A aplicação do hidrociclone foi estudada com minérios auríferos da África do Sul, como alternativa aos ciclones classificadores, objetivando enriquecer a alimentação para o circuito gravítico e diminuir a massa de material a ser concentrada, ao mesmo tempo em que reduz o teor de ouro do overflow a ser cianetado. Em um único estágio foi alcançada uma razão de concentração de até 5, com recuperação de ouro de 62%. CICLONE até 5, com recuperação de ouro de 62%. Programa de Especialização Profissional CONCENTRADORES CENTRÍFUGOS Jazidas brasileiras e rejeitos � grande quantidade de lama, constituída principalmente de argilo-minerais ou de outros minerais, apresentando tamanhos finos, ultrafinos e coloidais. Concentração de minérios com granulometria fina e com pequenas diferenças de densidade entre os minerais útil e os de ganga � Equipamentos de concentração gravítica que operam com a utilização da força centrífuga e da fluidização do leito de partículas: � Jigue Kelsey, a centrifugação com a pulsação de um leito semelhante ao movimento de um jigue convencional. � Concentradores Knelson e o Falcon, que utilizam somente a força centrífuga como principal agente para a concentração de minerais pesados. � Multi-Gravity Separator que combina a força centrífuga com movimentos longitudinais semelhantes aos das mesas vibratórias. Programa de Especialização Profissional JIGUE KELSEY O princípio de funcionamento do Kelsey emprega os mesmos parâmetros operacionais dos jigues convencionais, com a vantagem adicional de permitir a variação e controle do campo gravimétrico aparente. Isso aumenta a flexibilidade do equipamento na seletividade de partículas muito finas. Enquanto em um jigue convencional, a dinâmica operacional envolve apenas movimentos específicos, o Kelsey incorpora um jigue convencional dentro de uma centrífuga. Consiste de uma câmara onde é colocadaConsiste de uma câmara onde é colocada uma tela, e, em cima desta, um leito de material. A abertura da tela deverá ser inferior ao menor tamanho de partícula que forma o leito composto por partículas de 1 mm com densidade intermediária à dos minerais leves e pesados que compõem o minério. Programa de Especialização Profissional JIGUE KELSEY A polpa (20 a 60% de sólidos em peso) é alimentada sobre o leito. O movimento de rotação da câmara com velocidades de 30 a 45 rpm cria um campo centrífugo da ordem de 80 vezes a aceleração da gravidade, forçando a distribuição da polpa de forma homogênea. Simultaneamente, um outro mecanismo realiza a pulsação do leito pela injeção de água na câmara mais interna. Esta pulsação permite que o leito se dilate e contraialeito se dilate e contraia segundo um ciclo pré- estabelecido, permitindo que as partículas pesadas, sob a ação da força centrífuga, atravessem o leito e possam ser então coletadas na parte lateral da câmara. Capacidade máxima: 2,2 a 3,5 t/h de alimentação Programa de Especialização Profissional CONCENTRADOR CENTRÍFUGO FALCON Composto de um cone que gira a velocidades próximas de 450 rpm, gerando uma intensidade do campo gravitacional de 300 vezes a aceleração da gravidade. Este concentrador consegue separar e recuperar partículas pesadas finas e ultrafinas e realiza uma concentração eficiente para faixas granulométricas entre 1,651 e 0,020 mm. A polpa é alimentada pela parte central do fundo do cone. As partículas ficam sujeitas a uma aceleração devida ao movimento do rotor, formando a zona de dispersão. A força centrífuga separa os sólidos que são ejetados para a parede do conesão ejetados para a parede do cone onde formam uma camada de material que se move para a sua parte superior. Durante este movimento, as partículas leves se soltam da camada, devido ao movimento rápido do fluxo de água. As partículas leves retornam à polpa e constituem o rejeito. As partículas pesadas ficam retidas no cone e são descarregadas na parte inferior de um cilindro que envolve o cone Programa de Especialização Profissional CONCENTRADOR CENTRÍFUGO KNELSON Consiste de uma cesta cônica perfurada com anéis internos. A alimentação é introduzida sob a forma de polpa (20 a 30% de sólidos em peso) por um duto localizado na parte central da base da cesta. As partículas, ao atingirem a base do cone, são impulsionadas para a parede lateral pela ação da força centrífuga gerada pela rotação do cone. Forma-se um leito de volume constante nos anéis, os quais retêm as partículas pesadas, enquanto as partículas leves são expulsas do leito e arrastadas por cima dos anéis para a área de descarga de rejeitos, no topo do cone. A compactação do material do leito é evitada pela injeção de água através de furos nos anéis. Programa de Especialização Profissional CONCENTRADOR CENTRÍFUGO KNELSON O concentrador Knelson tem descarga descontínua, sendo empregado, preferencialmente, para minérios com baixos teores de minerais úteis (da ordem de ppm). No caso de minérios com altos teores, a maior frequência de limpeza do cone compromete a capacidade de produção do equipamento. Mais recentemente, a Knelson Concentrators desenvolveu umMais recentemente, a Knelson Concentrators desenvolveu um concentrador com descarga contínua denominado "Centre Discharge" ou "CD model", que pode ser encontrado em três diferentes tamanhos: 12" (30 cm), 20" (50 cm) e 30" (75 cm). Os parâmetros operacionais são a percentagem de sólidos na alimentação e a pressão de água de fluidização. Programa de Especialização Profissional MULTI GRAVITY SEPARATOR - MGS Consiste de um tambor levemente afunilado na extremidade fechada, próxima à saída do rejeito, medindo 0,6 m de comprimento e com diâmetro médio de 0,5 m Gira no sentido horário com velocidades que variam entre 140 e 300 rpm, produzindo uma força centrífuga variando de 6 a 24 vezes a aceleração da gravidade. O tambor também é submetido a uma oscilação senoidal na direção axial com amplitude variável entre 12 e 25 mm e frequência entre 4 e 6 cicloscom amplitude variável entre 12 e 25 mm e frequência entre 4 e 6 ciclos por segundo. Apresenta um conjunto de raspadores fixos dentro do tambor, que giram no mesmo sentido deste, porém com uma velocidade levemente mais alta. A polpa é alimentada de forma contínua na parte central longitudinal do tambor e distribuída internamente através de um anel acelerador. A água de lavagem é adicionada próximo à extremidade aberta do tambor. Programa de Especialização Profissional MULTI GRAVITY SEPARATOR - MGS A separação das partículas pesadas das leves ocorre pela ação da força centrífuga juntamente com o efeito de cisalhamento provocado pelo efeito oscilatório. As partículas pesadas afundam no campo centrífugo, formando uma camada compacta junto às paredes do tambor. Esta camada é transportada pelos raspadores até a extremidade aberta do tambor, sendo então descarregada na calha de concentrado. As partículas leves flutuam no campo centrífugo e sãono campo centrífugo e são transportadas em contra- corrente pelo fluxo da água de lavagem até a outra extremidade do tambor e, então, descarregadas na calha de rejeito. Variáveis de operação: velocidade de rotação; oscilação; ângulo de inclinação do tambor e água de lavagem Programa de Especialização Profissional PROCESSOS DE CONCENTRAÇÃO Separação Magnética Programa de Especialização Profissional Métodode concentração � separação de diversas substâncias Propriedade diferenciadora: susceptibilidade magnética das espécies minerais presentes em um dado minério. Baixo custo operacional e o investimento moderado. Programa de Especialização Profissional INTRODUÇÃO Técnica antiga de aplicação comercial mais difundida para separação de alguns poucos minerais, especialmente os fortemente magnéticos. Se um condutor é enrolado em forma de uma espira simples e faz-se passar por ele uma corrente elétrica, é formado um campo magnético. Quando a corrente é desligada o campo magnético é também interrompido. Alguns sólidos são atraídos para um dos pólos do ímã enquanto outros são repelidos sob as mesmas circunstâncias. Assim, são conhecidas duas classes de materiais: os paramagnéticos que são atraídos e os diamagnéticos que são repelidos.repelidos. Efeitos diamagnéticos são sempre extremamente pequenos enquanto que efeitos para-magnéticos podem variar de extremamente pequenos até muito grandes. Quanto o paramagnetismo de uma substância for extremamente forte, é usual denominá-la de ferromagnética, pelo fato dela comportar-se como o ferro, a substância ferromagnética mais comum. Efeitos paramagnéticos e diamagnéticos � funções lineares da intensidade do campo magnético. Efeito ferromagnético não é linear (com baixa intensidade do campo a atração magnética é grande e o aumento não é proporcional). Programa de Especialização Profissional Susceptibilidade magnética � propriedade inerente aos materiais que define sua resposta frente a um campo magnético. �ferromagnético: fortemente atraídos pelo campo magnético (magnetita); �paramagnético: fracamente atraídos pelo campo magnético (hematita); INTRODUÇÃO � moderadamente magnéticos; � fracamente magnéticos e �debilmente magnéticos �diamagnéticos: repelidos pelo campo magnético (quartzo, magnesita, calcita, barita, fluorita, apatita, etc). Programa de Especialização Profissional Mineral/Minério Força de atração Grupo 1 – Ferromagnéticos (500 a 5.000 Gauss para separação) • Ferro 100.000 • Magnetita 48.000 • Franklinita 13.089 Grupo 2 – Moderadamente magnéticos (5.000 a 10.000 Gauss para separação) • Ilmenita 9.139 • Pirrotita 2.490 INTRODUÇÃO • Pirrotita 2.490 Grupo 3 – Fracamente magnéticos (10.000 a 18.000 Gauss para separação) • Hematita 0,769 • Siderita 0,743 • Limonita 0,314 • Ferbirita 0,101 • Apatita 0,083 • Dolomita 0,057 • Fluorita 0,032 Programa de Especialização Profissional Mineral/Minério Força de atração Grupo 4 – Debilmente magnéticos (acima de 18.000 Gauss para separação) • Pirita 0,022 • Magnesita 0,019 • Gipsum 0,016 • Turmalina 0,012 • Galena 0,0096 INTRODUÇÃO • Cassiterita 0,0019 • Feldspato 0,0006 • Tantalita 0,0001 Grupo 5 – Não magnéticos – Diamagnéticos • Barita -0,0004 • Quartzo -0,0005 • Antimônio -0,0023 • Grafita -0,0320 Programa de Especialização Profissional INTRODUÇÃO As forças que agem numa partícula mineral colocada num campo magnético, e no caso mais geral, numa separação a úmido são: � Força magnética � Força da gravidade � Força de arraste hidrodinâmico � Forças interpartículas Da combinação destas forças, e da ação individual de cada uma delas sobre as partículas de características diferentespartículas de características diferentes resultarão distintas trajetórias. A resultante entre a força magnética e as forças competitivas determina a probabilida-de de uma partícula magnética ser recuperada num separador magnético. As forças interpartículas, existentes entre as partículas magnéticas e as não magnéticas, são determinantes na qualidade da separação. Programa de Especialização Profissional O processo de separação de dois minerais através da diferença de susceptibilidade magnética é complexo. A força magnética atuando sobre uma dada partícula depende de uma série de fatores e de algumas propriedades tais como a densidade do fluxo e o gradiente de campo criados pelo separador magnético. � densidade de fluxo magnético: número de linhas de indução (imaginárias) que passam através das partículas minerais, INTRODUÇÃO (imaginárias) que passam através das partículas minerais, medido em Tesla (T) ou Gauss (G) (1T = 10.000 G). � gradiente de campo magnético: é a força magnética que induz a passagem das linhas de fluxo através das partículas, medido em Tesla/milímetro (T/mm) ou Gauss/milímetro (G/mm) e representa a convergência ou divergência entre as linhas de fluxo Programa de Especialização Profissional In d u ç ã o m a g n é ti c a (a) (b) INTRODUÇÃO � Curva (a) minerais ferromagnéticos � resposta rápida � Curva (b) minerais paramagnéticos � mesma tendência com menor intensidade � Curva (c) minerais diamagnéticos � repelidos pelo campo, a indução magnética apresenta valor negativo Campo magnético (c) Programa de Especialização Profissional Classificação geral dos equipamentos �Baixa intensidade (campo magnético de 0 a 2.500 Gauss) �Seco �Úmido: Extratores de sucata; Polias magnéticas; Tambores magnéticos. Tambores magnéticos em tanques diversos. EQUIPAMENTOS �Úmido: �Média e alta intensidade (campo magnético de 2.500 a 17.500 Gauss) �Seco �Correias cruzadas; �Úmido: �Alto gradiente (campo magnético de 17.500 a 21.000 Gauss) Tambores magnéticos em tanques diversos. Rolos induzidos; Correias cruzadas; Carrossel de alta intensidade (tipo Jones). Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos de baixa intensidade � Separadores de imãs permanentes (alnico ou ferrite) ou eletromagnéticos (por bobinas elétricas) � campos magnéticos de até 2.500 Gauss Extratores magnéticos suspensos � acima de uma correia transportadora O ferro é atraído pelo ímã e retirado EQUIPAMENTOS O ferro é atraído pelo ímã e retirado do fluxo Separadores magnéticos de limpeza automática levam o ferro separado para uma cinta transportadora circulante. Extratores suspensos simples são limpos manualmente, a intervalos definidos. Programa de Especialização Profissional Polias magnéticas EQUIPAMENTOS (baixa intensidade) Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos de tambor A parte inferior do tambor giratório, feito de aço inox, é imersa no tanque contendo a polpa. Os ímãs permanentes, distribuídos no interior do tambor, criam um campo magnético de elevado gradiente, o qual EQUIPAMENTOS (baixa intensidade) magnético de elevado gradiente, o qual atrai as partículas finas dos metais ferrosos em suspensão para a superfície do tambor. À medida que o tambor gira, essas partículas "saltam" de pólo para pólo, ocorrendo a separação entre partículas magnéticas e não magnéticas, antes da sua descarga pelo chute. Programa de Especialização Profissional Concorrente �Fluxo do material � mesmo sentido de rotação do tambor �Bom desempenho para limpeza � polpas com % de sólidos máxima de 20%. �Alimentação de material grosso EQUIPAMENTOS (baixa intensidade) �Alimentação de material grosso � concentrados limpos. Principais características � integração da caixa de alimentação com o tanque � Tanque com comprimento estendido � maximizar o tempo de residência das partículas � recuperação do mineral Programa de Especialização Profissional Contra-corrente �Fluxo de material em sentido contrário ao da rotação do tambor �Ideais para separação de magnetita em polpas contendo até 35% de sólidos. EQUIPAMENTOS (baixa intensidade) �Embora tenham um elevado nível de produção, os concentrados de magnetita obtidos não são muito limpos. �Alimentação por tubos. � Adequados para separar partículas com tamanho maior que 5,0 mm; � Polpas com 30 a 50% de sólidos; � Recuperações elevadas. Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos de tambor Alta capacidade Alto gradiente EQUIPAMENTOS (baixa intensidade) A principal diferença entre os dois conjuntos são o passo, o tamanho e o número de pólos. O projeto das duas alternativas é similar, ou seja, ambos têm certo número de pólos e de dispositivos intermediários,destinados ao controle do desempenho magnético. Separadores de alta capacidade � seis pólos principais Separadores de alto gradiente � doze a quatorze pólos (recomendados para recuperação de material fino ou menos magnético) Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos de tambor O tambor e o conjunto magnético podem ser facilmente ajustados para obter o melhor desempenho do processo EQUIPAMENTOS (baixa intensidade) Possibilidades do ajuste � Conjunto de ímã em relação à posição do raspador � Posição horizontal do cilindro � número de tubos na câmara da alimentação do tanque Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos de tambor Calhas de coleta do concentrado � diversos projetos A fração magnética é coletada por raspadores EQUIPAMENTOS (baixa intensidade) raspadores A fração não magnética é descarregada normalmente em uma calha apropriadamente projetada sob a máquina. Programa de Especialização Profissional Parâmetros monitorados � Controle da intensidade do campo magnético � separação seletiva de partículas de diferentes minerais; � Baixas intensidades de campo magnético � separação de minerais com elevada susceptibilidade magnética � Elevadas intensidades de campo magnético � separação de minerais EQUIPAMENTOS (baixa intensidade) � Elevadas intensidades de campo magnético � separação de minerais menos magnéticos; � Eletroímã � ajuste pela corrente elétrica; � imãs permanentes � ajuste pela distâncias entre os pólos; � Capacidade dos equipamentos � vazão de polpa, � Ajustar a posição e o ângulo do tambor magnético para obter o melhor desempenho. Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos de rolos induzidos EQUIPAMENTOS (alta intensidade) Podem ser aplicados na concentração de minerais pesados tais como ilmenita, monazita e granada a partir de areias costeiras; redução deareias costeiras; redução de óxidos de ferro em dolomita e bórax; remoção de cromita e pirrotita em concentrados diamantíferos ou mesmo concentração de cromita, wolframita, titânio, rutilo e manganês. Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos a úmido EQUIPAMENTOS (alta intensidade) Os separadores magnéticos de alta intensidade a úmido possibilitam o beneficiamento de grandes massas de minério fracamente magnéticos, principalmente minérios de ferro, com alta recuperação mesmo nas frações ultrafinas (< 200 malhas). Os elementos básicos que constituem um sistema de separação a úmido, de alta intensidade são os seguintes: � Bobina eletromagnética que atua como fonte de campo magnético. � Anel circular ou disco, que gira num plano horizontal entre os pólos� Anel circular ou disco, que gira num plano horizontal entre os pólos criados pelas bobinas e que contém elementos que evitem a dispersão do fluxo magnético (matriz magnética) gerando ao mesmo tempo condições de não-homogeneidade das linhas de fluxo. . � Dispositivos para alimentação de polpa e água de lavagem (tanto a alimentação quanto a lavagem com água podem ser feitas em vários pontos num mesmo rotor). � "Chutes" ou dispositivos coletores para produtos (magnéticos, não magnéticos e médios quando existentes) situados em plano abaixo daquele em que é efetuada a separação. Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos a úmido EQUIPAMENTOS (alta intensidade) As partículas magnéticas são retidas pela matriz enquanto as não- magnéticas são arrastadas através do volume magnetizado indo para os chutes de coleta e descarga. Quando as partículas magnéticas, pelo giro do rotor, deixam a zona magnetizada promove-se uma lavagem com água para coleta no chute apropriado localizado logo abaixo. Os vários separadores contínuos existentes utilizam basicamente os mesmos elementos construtivos e o mesmo princípio de operação. Diferem uns dos outros principalmente pelo número de pólos e pelo tipo de matriz ferromagnética que utilizam. Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos a úmido JONES EQUIPAMENTOS (alta intensidade) Constituído por um quadro de perfis de aço, ao qual estão soldados, em lados opostos, dois eletroímãs em forma de duas grandes ferraduras retas. Envolvendo-se as abas dos eletroímãs existem quatro conjuntos de bobinas eletro-magnéticas montadas em carcaças refrigeradas a ar. O acionamento, constituído por engrenagens helicoidais engrenagens helicoidais (sem-fim e coroa) com transmissão por correias em V, está assentado diretamente sobre o eixo da máquina, o qual está apoiado em mancais de rolamento. Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos a úmido JONES EQUIPAMENTOS (alta intensidade) Na periferia dos discos de rotor encontram-se as caixas de trabalho dentro das quais são montadas placas ranhuradas a uma determinada distância entre si, que constituem no conjunto o que se chama de matriz de separação. As placas são fabricadas de aço resistente ao desgaste, inoxidável e de boa permeabilidade magnética Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos a úmido JONES EQUIPAMENTOS (alta intensidade) A espessura e o espaçamento entre essa placas ranhuradas são determinados em função do material a ser concentrado e ajustado dentro de certos limites por meio de trabalho experimental. As placas são montadas verticalmente como mostrado e suas ranhuras acompanham o sentido do fluxo do material a ser concentrado e são perpendiculares ao plano do campo magnético induzido desenhando uma superfície "denteada" com "cristais" e "vales" formando ângulos de 90° Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos a úmido JONES EQUIPAMENTOS (alta intensidade) As partículas não-magnéticas presas às magnéticas coletadas pela matriz e arrastadas pelo movimento dos rotores são removidas por ação de água de lavagem pouco antes da saída da área polar. Constituem os médios que são retornados à alimentação do Jones diretamente ou então a outra fase anterior do processo. A ação de retirada dos médios auxilia também a retirada do material magnético que será feita na zona neutra, pouco mais à frente, por colocar aquele material remanescente, na parte mais inferior das placas decolocar aquele material remanescente, na parte mais inferior das placas de separação. Em virtude da simetria tanto da construção da máquina, quanto o campo magnético induzido, as caixas de trabalho são carregadas duas vezes a cada giro, existindo portanto para cada rotor, dois pontos de alimentação que são utilizados de maneira contínua. As principais variáveis de controle na operação do Jones são a diluição da polpa de alimentação, a vazão da água de médios e o campo magnético. A rotação da máquina é uma grandeza que merece, às vezes, ser tratada como variável. Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos a úmido JONES EQUIPAMENTOS (alta intensidade) Beneficiamento de minérios de ferro � dois tipos principais na seleção de um método de concentração: minérios magnetíticos e minérios hematíticos. Os minérios magnetíticos podem ser economicamente concentrados por separação em campos magnéticos de baixa intensidade. Para os minérios hematíticos são aplicados os processos de concentração gravimétricos ou de flutuação.gravimétricos ou de flutuação. Minérios hematíticos com baixo teor � separadores magnéticos de alta intensidade, via úmida, contínuos, possibilitaram o aumento das escala de produção a baixos custos de produção, mesmo no beneficiamento de minérios com grandes quantidades de ultrafinos. No caso da CVRD, optou-se pela utilização dos separadores magnéticos Jones, para a concentração de minerais de ferro fracamente magnéticos Programa de Especialização Profissional Separadores JONES EQUIPAMENTOS (alta intensidade) Fluxograma simplificado da usina de concentração do Cauê A fração menor que 1 mm da alimentação é levada aos separadores magnéticos Jones, após classificação em ciclones.após classificação em ciclones. A parcela grossa é concentrada nos chamados"Jones de Grossos" e aquela correspondente ao "overflow" da ciclonagem de classificação, após deslamagem em dois estágios vai à concentração nos "Jones de Finos". Programa de Especialização Profissional Separadores magnéticos a úmido JONES EQUIPAMENTOS (alta intensidade) O teor de ferro médio na alimentação é de 50,0 e 45,0% respectivamente para os Jones de Grossos e de Finos com recuperação metalúrgica acima de 90%. O consumo de água total para lavagem de médios e remoção de concentrados está situado na faixa de 1,1 a 1,6 m3/t com pressão de 4 kgf/cm2 nos bocais. A potência instalada para cada separador é de 91 kW, dos quais 68 kW são disponíveis para excitação das bobinas de 18 kW para o acionamento dosdisponíveis para excitação das bobinas de 18 kW para o acionamento dos rotores. O consumo de energia médio é de 0,59 kWh/t com a seguinte distribuição: 77% para o campo magnético, 17% para acionamento e o restante gasto no sistema de refrigeração das bobinas e lubrificação. O separador magnético Jones pesa aproximadamente 100 toneladas e ocupa uma área útil de cerca de 54 m2. É recomendável altura livre de 20 metros acima com ponte rolante para manutenção. A despeito do alto custo inicial, o separador Jones oferece custos relativamente baixos de operação e manutenção. Isoladamente, a reposição de placas da matriz de separação a cada 15000 horas de operação é o item mais caro em sua manutenção Programa de Especialização Profissional SLON VERTICALLY PULSATING HIGH GRADIENT MAGNETIC SEPARATOR Programa de Especialização Profissional Os separadores magnéticos de SLon consistem principalmente no mecanismo de pulsação, bobinas de energia, garfo magnético, anel de separação e as caixas de alimentação e produto. Metais expandidos ou barras redondas de aço inoxidável magnético são usados como matriz. Quando uma corrente elétrica correr através das bobinas, gera-se um campo magnético SLON – PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO das bobinas, gera-se um campo magnético na zona de separação. O anel com a matriz magnética gira em torno do eixo. Quando polpa entra na zona de separação, as partículas magnéticas são atraídas para a superfície da matriz até o alto do anel onde o campo magnético é insignificante. As partículas não magnéticas passam através da matriz e entram na caixa de rejeito sob as ações combinadas da força da gravidade e da pulsação hidrodinâmica. Programa de Especialização Profissional Uma vez que o anel gira verticalmente, o sentido dos magnetos é oposto àquele da alimentação de modo que as partículas grossas possam ser descarregadas sem ter que passar pela profundidade inteira da matriz. O mecanismo de pulsação acarreta um movimento da polpa na zona de separação, mantendo o leito expandido favorecendo a captura das partículas magnéticas pela matriz e o arraste da não magnéticas para a calha de descarga de rejeito. SLON – PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO Obviamente, o movimento de pulsação impede a obstrução da matriz levando à obtenção de um produto magnético mais puro. Programa de Especialização Profissional • Reduz a obstrução da matriz em função dos movimentos pulsativos • A pulsação libera os materiais magnéticos na região da matriz SLON – PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO matriz • A obstrução da matriz por materiais não magnéticos é prevenida • As partículas não magnéticas são facilmente dispersadas no fluxo de rejeito Programa de Especialização Profissional Modelos Capacidade (t/h) • SLon-2000 50-80 • SLon-1750 30-50 SLON - CAPACIDADES • SLon-1750 30-50 • SLon-1500 20-30 • SLon-1250 10-18 • SLon-1000 4-7 • SLon-750 0.1-0.5 • SLon-500 0.05-0.25 SLon500 Modelo para planta piloto Programa de Especialização Profissional � Concentração de: � Minério de ferro, ilmenita, cromita, e minério de manganês � Preparação de areia mineral � Purificação de minerais não metálicos (feldspato, areia, etc.) � Recuperação de materiais finos SLON - APLICAÇÕES SLON - VANTAGENS � Baixo custo por tonelada de produto � Desempenho metalúrgico elevado � Maior nível de disponibilidade � Baixa manutenção � Elevada força magnética � Aplicado a partículas finas (<20µm) � Elevada eficiência de separação � Baixa tendência ao entupimento da matriz Programa de Especialização Profissional SLON – ARRANJO VERTICAL X HORIZONTAL SLon Jones Programa de Especialização Profissional SLON – COMPARAÇÃO NA MATRIZ Programa de Especialização Profissional SLON – DETALHE DA MATRIZ Programa de Especialização Profissional SLON – RESULTADOS DE TESTES PILOTO COM MINÉRIO BRASILEIRO Programa de Especialização Profissional SLON – APLICAÇÃO Programa de Especialização Profissional SLON – APLICAÇÃO